Por que ouro incenso e mirra

Por que os Reis Magos deram a José e Maria ouro, incenso e mirra?

Muitos acham que a intenção é o que mais conta quando se trata de oferecer presentes. Isso talvez se deva ao fato de que o pensamento por trás do presente o torna mais do que simplesmente um objeto útil ou interessante — faz do presente um símbolo do amor de quem o oferece ou de consideração por quem o recebe. Alguns presentes também vão além do pensamento que os antecedem: esse tipo de presente tem um simbolismo amplamente aceito que lhe confere ainda mais significado. Quando um presente tem todas as três características — utilidade prática, valor pessoal e significado simbólico — é sério candidato a tornar-se o presente mais significativo e apreciado de todos.

Pensemos no que inspirou os presentes levados pelos Reis Magos ao menino Jesus: ouro, incenso e mirra (ver Mateus 2:11). A Bíblia não menciona por que os Reis Magos ofereceram especificamente esses presentes, mas todos os três tinham valor prático e talvez significado simbólico para o Filho de Deus e para Seus pais terrenos.

Uso prático: Para um casal jovem que logo teria despesas com a viagem ao Egito para fugir da ira de Herodes, o ouro seria um presente de valor inestimável.

Significado simbólico: O ouro é o presente típico oferecido aos reis (ver I Reis 9:14, 28), pois simboliza a monarquia e a realeza — um presente mais que adequado para o “Rei dos reis” (I Timóteo 6:15).

Uso prático: Além de seu considerável valor monetário, o incenso era usado para exalar odores agradáveis e perfumados.

Significado simbólico: O incenso provém de uma resina vegetal doce e era usado em ordenanças do sacerdócio, em ofertas de alimentos (ver Levítico 2:1) e em óleo para ungir sacerdotes. Assim, ele pode representar o sacerdócio do Senhor e Seu papel como o Cordeiro de Deus que seria sacrificado em nosso favor (ver João 1:29).

Uso prático: A mirra, um óleo amargo de uma resina vegetal, também tinha valor econômico, mas talvez fosse mais útil a Maria e José por seus usos medicinais.

Significado simbólico: No Novo Testamento, a mirra costuma estar associada ao ato de embalsamar e ao sepultamento, devido a suas propriedades de conservação (ver João 19:39–40). Os usos medicinais da mirra podem simbolizar o papel de Cristo como o Grande Médico, e sua utilização em enterros pode simbolizar “a amarga taça” que Ele tomaria ao sofrer por nossos pecados (ver D&C 19:18–19).


O hábito de presentear no Natal, teve origem com o surgimento da data que significa nascimento, do latim: Natalis, no sentido de "ser posto no mundo". Nascia Jesus, Filho de Deus que repousou tranquilo em uma manjedoura, enquanto os governantes da Judeia procuravam matá-lo. Os antigos profetas, falavam que um Rei nasceria naquele época. Ele salvaria o povo do pecado. Temendo perder o cargo, prestígio e sendo inflamado pelo inimigo, Herodes envia reis magos para localizar Jesus.


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Os sábios, contudo, acabam se rendendo a criança e em ato profético, presenteiam a Jesus com ouro, incenso e mirra anunciando que nascera um Rei, Sacerdote e Salvador.


Este carrega um significado óbvio. É precioso e digno em todas as culturas e épocas. É um ajuste de presente para a realeza que diz para o menino Jesus, Você será um Rei!


O nome para essa resina provavelmente vem de incenso de francos desde que foi reintroduzida para a Europa pelos cruzados francos. Embora seja mais conhecido como incenso "para os ocidentais a resina também é conhecido como incenso, que é derivado do árabe al-lub (" o leite ")."Suba a minha oração perante ti como incenso, e as minhas mãos levantadas sejam como o sacrifício da tarde"(Sl 141:2)

Uma referência à seiva leitosa aproveitado da árvore Boswellia: chamada Frankincense. Tem sido elogiado por suas propriedades medicinais e calmante. Médicos dizem que é calmante, restaurador e meditativo. Também é considerado: estimulante, tonificante e com propriedades de aquecimento. O mundo antigo usava para tratamento da depressão. povos antigos queimavam incenso para realizar suas orações. Incenso, portanto, ilustra Seu papel como nosso Sumo Sacerdote.


Este é talvez o mais misterioso dos presentes. É uma resina produzida por uma pequena árvore scraggly que cresce em regiões semi-desérticas do Norte de África eo Mar Vermelho. Mirra é uma palavra árabe que significa amargo, e é considerado um curador de feridas por causa de sua forte anti-séptico e anti-inflamatórias. Chamando-mo yao, os chineses usaram durante séculos para tratar ferimentos, hematomas e sangramento e aliviar o inchaço doloroso. Os egípcios fizeram famosa nos tempos bíblicos, tendo adquirido mirra sobre o século XV aC a partir de África, onde as árvores cammiphora eram abundantes. Ela foi utilizada em incensos, perfumes e pomadas santo e também medicinalmente como registrado no Papiro de Ebers. Mas seu uso mais notável para eles era a de um material de embalsamamento, usado em múmias egípcias. Como uma pomada embalsamamento isso significava que Ele nasceu para morrer para o mundo. Na verdade, Mirra era uma das especiarias sepultamento de Jesus (João 19:39).

Jesus é nosso Rei Salvador que em sacrifício de morte, nos regatou do Reino das trevas, para o reino da vida eterna. Seu Reino é de justiça e paz (Jo 3:16). Ele ouve nossas orações, intercedendo junto a Deus Pai para que possamos alcançar bençãos e milagres - I Tm 2:5.  A renúncia é uma característica dos que seguem a Jesus, pode parecer difícil viver no mundo e não ser "contaminado" nem derrotado, mas assim como a mirra que era amarga, porém curativa é vida dos discípulos do Mestre que são curados e restaurados pela obediência e amor.


Em Cristo

|  Autor: Wilma Rejane  |  Divulgação: estudosgospel.com.br |

«Os caminhos enlameados … os camelos em pústulas, os cascos em chaga … Momentos houve em que chorámos os palácios de verão sobre os penhascos, os terraços, e as sedosas meninas que sorvetes nos serviam…» Assim o famoso poeta Thomas S. Eliot canta, numa sua poesia de 1927, a viagem dos magos do distante Oriente para a modesta povoação de Belém, na Judeia. Mas, finalmente, eis a meta alcançada, indicada pela estrela: «Viram o Menino com Maria sua mãe, prostraram-se e adoraram-no. Depois abriram os seus cofres e ofereceram-lhe em presente ouro, incenso e mirra» (Mateus 2,11).

Fixaremos a nossa atenção sobre estes presentes, mencionados no Evangelho da Epifania do Senhor, também conhecido por Domingo de Reis (Mateus 2,1-12), que fascinaram igualmente a tradição artística, e que revelam, provavelmente, uma qualidade dos magos, a de estarem à cabeça de uma caravana de mercadores de materiais preciosos do Oriente.

A Bíblia refere alguns dos tesouros guardados nas profundidades da Terra, bem como os produtos mais refinados da vegetação. Nos presentes dos magos estes últimos são incarnados por duas resinas odorosas, distintas pelo aroma.

Por um lado há o incenso, que em grego é dito “lébanon”, precisamente como a nação do Próximo Oriente, e que é filtrado por algumas árvores. Ele tornou-se matéria dos sacrifícios do templo de Jerusalém porque, colocado sobre carvão em brasa, exalava para o céu, evocando a oração que saía dos lábios dos fiéis para Deus, como se canta no Salmo 141,2: «A minha oração está diante de ti como incenso».

«O homem põe um fim às trevas, e esquadrinha, com exatidão, as rochas que estão escondidas na escuridão. Abre galerias longe dos lugares habitados, que são ignoradas pelos pés dos caminhantes, porque estão em sítios inacessíveis»

Por outro lado, eis a mirra, em grego “smyrna”, tal como o nome de uma importante cidade da Ásia Menor (atualmente Turquia), nas margens do Mediterrâneo. Tratava-se da resina de um arbusto que cresce na Arábia meridional, de aroma forte, usado por isso para aliviar o fedor, mas também para conservar os cadáveres nos ritos fúnebres: também o corpo de Jesus foi tratado com «uma mistura de perto de cem libras de mirra e aloés» (João 19,39). Era, no entanto, utilizada, em pequenas doses, para imprimir um sabor forte ao vinho: também a Jesus, na cruz, será posto nos lábios «vinho misturado com mirra, mas Ele não o tomou» (Marcos 15,23).

Elevemos agora ao topo o ouro, o metal mais precioso na antiguidade, extraído das minas da Núbia, na atual Etiópia, e da Lídia, na Ásia Menor. Entra muitas vezes em cena na Bíblia como símbolo de esplendor (não se oxida) e de beleza (é maleável na elaboração de objetos ou estátuas). É, por isso, sobretudo no livro do Apocalipse, um símbolo de divindade: como não recordar, pela negativa, o vitelo de ouro adorado pelos Hebreus no deserto do Sinai?

Nós, no entanto, também o recordamos porque nos permite exaltar um dado relevante da atividade humana na Terra, a mineração (que vale também para as pedras preciosas e a prata). Infelizmente, sabemos que esta atividade importante foi e é muitas vezes deformada pela vergonhosa exploração por parte dos países ricos em relação aos pobres, que guardam sob as suas terras estas matérias raras, tal como é infame o recurso ao trabalho de verdadeiros escravos, tantas vezes crianças, para a sua extração.

Todavia, penetrar a superfície da Terra com a tecnologia à procura dos bens naturais é exaltado na Bíblia. Eis uma viva figuração da engenharia minerária no livro de Job: «Há lugares de onde se extrai a pratae lugares onde se funde o ouro. O ferro é extraído do solo e a pedra derretida converte-se em cobre. O homem põe um fim às trevas, e esquadrinha, com exatidão, as rochas que estão escondidas na escuridão. Abre galerias longe dos lugares habitados, que são ignoradas pelos pés dos caminhantes, porque estão em sítios inacessíveis. A terra que produz o pão é dilacerada por baixo como por um fogo. As rochas encerram a safira e contêm o pó do ouro» (28,1-6).


Card. Gianfranco Ravasi Biblista, presidente do Conselho Pontifício da Cultura

In Famiglia Cristiana

Trad.: Rui Jorge Martins Imagem: "Adoração dos magos" (det.) | Domingos Sequeira | 1828 | Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa

Publicado em 04.01.2020