Por que a pilula do dia seguinte atrasa a menstruação

Se você busca saber se a pílula do dia seguinte atrasada a menstruação, a resposta é sim. O método de emergência contém alta dose hormonal, o que pode desregular o ciclo menstrual atrasando a ovulação e, consequentemente, provocar o atraso da menstruação. Não é um regra para todas, mas é esperado que no mês seguinte o ciclo já seja normalizado. Outros efeitos colaterais da pílula do dia seguinte também podem surgir como náusea, vômito e dor de cabeça. É essencial para a paciente ter consciência de que este é um recurso em casos de extrema necessidade. Só é indicado recorrer a esse recurso quando a mulher não faz uso de um método contraceptivo e teve uma relação sexual sem preservativo, aumentando o risco de gravidez. Conversamos com o ginecologista Rogério Leão para entender melhor sobre como a pílula do dia seguinte afeta o ciclo feminino.

A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação

Segunda a Organização Mundial de Saúde, 43% das mulheres que usam a pílula do dia seguinte terão alteração do ciclo menstrual: 15% delas terão atraso de até 7 dias; 13% atraso de mais de 7 dias e 15% terão a menstruação adiantada. “Pode haver alteração do ciclo menstrual no qual a pílula foi utilizada, mas no ciclo seguinte volta ao normal. Se passar de uma semana de atraso, vale realizar teste de gravidez, embora 13% pode ter esse atraso sem indicar gravidez”, afirma o especialista.

Veja também: Mitos e verdades sobre a pílula do dia seguinte

Entenda como a pílula do dia seguinte funciona 

A pílula do dia seguinte contém alta dose de levonergestrel (hormônio sintético semelhante à progesterona), por isso, deve ser utilizada como método de emergência e não convencional. Sua ação vai depender da fase do ciclo menstrual: se a mulher não ovulou ainda, a pílula bloqueia ou pelo menos retarda a ovulação. Além disso, mesmo que já tenha ovulado, ela ajuda a impedir a gravidez por outras razões: “Altera a motilidade das trompas e, com isso, dificulta a passagem do óvulo e do espermatozóide por ela, além de dificultar a penetração do esperma no muco cervical que se torna mais espesso (por conta do hormônio)”, esclarece o ginecologista. 

A pílula pode ser encontrada em dois tipos: dois comprimidos para serem tomados em duas doses de 0,75 mg com intervalo de 12 horas, ou dose única de 1,5 mg (2 comprimidos de 0,75 mg ou um de 1,5 mg). “O ideal é iniciar até 48 horas do ato sexual, mas estudos mostram eficácia se iniciados até 72 horas após o ato. Até o quinto dia, ainda vale fazer, mas com resultados menos eficazes”, diz o médico.
 

Veja também: Pílula do dia seguinte x anticoncepcional: as diferenças entre métodos
 

Conheça os possíveis feitos colaterais da pílula do dia seguinte

O atraso menstrual não é o único efeito colateral da pílula do dia seguinte. Segundo os dados da OMS apresentados pelo médico, 40% a 50% das mulheres apresentam náuseas e 15% a 20% têm vômitos. Pode ocorrer ainda cefaleia (dor de cabeça), dor mamária e vertigens, embora incomuns. “É importante dizer que, se a mulher vomitar até 2 horas após o uso, deve repetir a dose e pode utilizar a via vaginal nesses casos”, alerta o ginecologista sobre o método de prevenção. 
 

- Enjoo

- Náusea

- Vômito

- Dor de cabeça

- Atraso da menstruação

- Sangramentos de escape

Este artigo tem a contribuição do especialista: Dr. Rogério Leão - Ginecologista e Obstetra do IPGO (Inst. Paulista de Ginecologia e Obstetrícia) e Médico Assistente na área de Ginecologia do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM/ UNICAMP)

CRM: 104.152


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    Seguidor conta que namorada tomou duas pílulas em um mês e agora a menstruação atrasou

    Redação Publicado em 26/11/2021, às 13h00

    “Eu e minha namorada usamos pílula do dia seguinte duas vezes no último mês. Sei que a gente se precipitou e desregula tudo, mas a menstruação está atrasada. Até que dia esperar?”

    Jairo Bouer explica que isso depende muito do dia do ciclo que a garota tomou a pílula. “Eu sempre acho melhor, na dúvida, ligar para o ginecologista e explicar o que aconteceu, para saber se precisa de pílula e em que fase do ciclo está. Assim, ele vai conseguir te contar exatamente quando chega sua menstruação”, aconselha o médico.

    Contudo, Jairo diz que é mesmo normal atrasar a menstruação nesse caso, ainda mais tomando a pílula duas vezes.

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    Ouça a resposta completa:

    Como funciona?

    A pílula do dia seguinte tem como base o hormônio levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética, que em doses altas inibe ou adia a ovulação. Ela pode atuar de duas formas dependendo da fase do ciclo menstrual em que a mulher se encontra ao utilizá-la:

    • Se a ovulação não ocorreu ainda, o hormônio impede a liberação do óvulo. Ou seja, se está perto do período fértil, a pílula retarda a ovulação;
    • Caso a ovulação já tenha acontecido, o hormônio torna o muco do colo do útero mais espesso e dificulta o encontro do espermatozóide com o óvulo  

    Para evitar uma possível gravidez, a pílula do dia seguinte deve ser tomada o mais rápido possível (apesar do nome, não é preciso esperar o dia seguinte). É que sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo. 

    Assim, o ideal é que ela seja consumida nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual – período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas após a relação. Se tomada depois desse prazo, no quarto ou no quinto dia após a relação, a eficácia diminui bastante e a mulher deve ficar atenta para o risco de gravidez.

    Confira:

    Lembre-se: só em casos de emergência

    A pílula do dia seguinte é um método de emergência para evitar uma gravidez indesejada em casos de esquecimento ou falha do método contraceptivo convencional. É um recurso importante para situações em que a camisinha estourou, a mulher esqueceu de tomar o anticoncepcional, fez sexo desprotegido ou mesmo em casos de violência sexual.  

    Entretanto, seu uso deve ser exceção e nunca a regra. A pílula do dia seguinte tem de seis a 20 vezes a dose hormonal de uma pílula comum. Sendo assim, utilizá-la com frequência pode acarretar efeitos colaterais, como irregularidade menstrual. 

    O recomendado é que a pílula seja usada apenas uma ou duas vezes no ano, no máximo. Se tomada mensalmente, ela aumenta o risco de problemas, trazendo uma chance mais alta de câncer – se a mulher já tiver essa predisposição –, ou risco maior de trombose.

    Veja também: