Substantivo é uma classe que sofre variação, podendo ser indicado por gênero, número e grau. Confira tipos, flexões, regras e muitos exemplos. Show Tire todas as suas dúvidas sobre o tema - Foto: Concursos no Brasil A língua portuguesa separa as palavras em dez classes gramaticais: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, interjeição, preposição, pronome, numeral, substantivo e verbo. A mais numerosa delas é a classe dos substantivos. Mais a diante vamos nos aprofundar nela. Primeiramente, o que são os substantivos?O termo substantivo significa “o que há de substancial e real em algo”. A partir deste conceito, podemos concluir que os substantivos são partes fundamentais de um texto. Substantivos são descritos como uma classe de palavras responsáveis por dar nome:
Os substantivos podem ser antecedidos por outros termos, como: numerais (uma menina), pronomes (a menina) ou adjetivos (linda menina). Dentro desta classe, existem 9 subclasses de substantivos: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e primitivo. E eles podem ser flexionados em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). Quais são as funções sintáticas dos substantivos?Antes de aprendermos as subclasses dos substantivos, faz-se necessário saber sua função sintática. Eles fazem parte de uma área responsável pelo estudo da formação, estruturação, flexão e classificação de todas as palavras da língua portuguesa, chamada morfologia. Ao invés de agrupados em frases, orações ou períodos, esta área estuda detalhadamente as palavras e termos isoladamente. Por meio da análise morfológica todas as palavras de um idioma são classificadas, como as dez classes apresentadas na introdução deste artigo. Quando se leva em conta as frases, orações ou períodos, os substantivos podem adotar novas funções, a depender do contexto nos quais eles são aplicados e as palavras que o acompanham, aí analisamos sua função sintática. Desse modo, as funções sintáticas que o substantivo pode assumir como núcleo dentro das orações são as seguintes:
Apesar das várias funções que pode desempenhar, os substantivos são uma classe de temos tão usuais que compreendê-los não é um trabalho árduo, mas sim de costume. Esse hábito é adquirido pelo uso e prática dessas palavras no texto e no dia a dia. Agora, vamos às subclasses dos substantivos! Tipos de substantivosSegundo a norma culta da língua portuguesa, os substantivos são classificados em nove tipos diferentes: comum, próprio, coletivo, abstrato, concreto, composto, simples, derivado e primitivo. Além disso, observe nas exemplificações a seguir, um mesmo substantivo pode encaixar em mais de uma classificação consecutivamente. Substantivo comumOs substantivos comuns designam seres da mesma espécie, sejam eles: pessoas, animais, plantas, frutas, objetos, lugares ou fenômenos. Essa categoria identifica estes seres ou objetos sem particularizá-los, ou seja, de forma genérica. Observe os exemplos: Substantivo próprioOs substantivos próprios designam e distingue seres de determinada espécie, mas ao contrário dos substantivos comuns, eles são particularizados. Convencionalmente, eles são escritos com letra maiúscula, como entidades, países, cidades, estados, continentes, planetas, oceanos, dentre outros. Esses termos são sempre grafados em letras maiúsculas. Veja a seguir:
Substantivo coletivoJá o substantivo coletivo designa um conjunto, pluralidade ou agrupamento de seres, sejam pessoas, coisas, objetos, plantas ou animais, da mesma espécie. Disponibilizamos uma lista com alguns coletivos a seguir:
Substantivo abstratoOs substantivos abstratos indicam qualidades, sentimentos, estados, ações e conceitos. São termos que dependem de outro ser concreto na oração para se manifestarem. Eles podem ser derivados de ações, verbos, estados ou qualidades. Por exemplo:
Substantivo concretoOs substantivos concretos são usados para dar nome aos seres e coisas reais, que têm existência própria e independente, diferentemente dos substantivos abstratos. Exemplos: anel, boneca, caneta, dado, escada, faca, garfo, hélice, lápis, mulher, nabo, papel, sabão, uva, zebra. Os substantivos simples são representados pelos nomes formados por apenas uma palavra ou radical. Exemplo: amor, água, cheiro, pré, pós, recém, sem, sexta, sapato. Em contraponto, os substantivos compostos são formados por mais de uma palavra. Isso é feito por um processo chamado “composição”, ou seja, quando duas palavras se juntam para formar um substantivo. Exemplos: sexta-feira, cachorro-quente e cana-de-açúcar. Existem duas maneiras de formar um substantivo composto:
Os substantivos primitivos são aqueles que não se originam de outras palavras da língua portuguesa. Na verdade, esses vocábulos são provenientes de outras línguas, como o tupi, latim, grego, francês, árabe etc. A partir deles podemos formar outras palavras, novos termos, que chamamos de substantivos derivados. Esse tipo de substantivo surge de outras palavras a partir de um processo chamado de “derivação”, que é o acréscimo de letras ou sílabas. Existem cinco tipos de derivação:
Exemplos:
Confira abaixo uma lista de substantivos derivados de palavras primitivas:
Flexão do substantivoUfa! Concluímos a etapa das subclasses dos substantivos, agora estamos mais perto do final. Antes disso, precisamos entender que os substantivos podem flexionar-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo e aumentativo). Mas, afinal, como flexionamos substantivos? Na verdade, usamos estas flexões diariamente, então é só uma questão de aprender a olhar e perceber como isso funciona. Veja nos exemplos a seguir:
Antes de tudo, é importante que não se confunda “sexo” e “gênero”, eles não são a mesma coisa. Quando falamos do gênero de um substantivo na língua portuguesa, estamos falando de seres ou objetos, sejam eles dotados de sexo ou não, como por exemplo:
A partir deste exemplo, podemos concluir que os substantivos considerados masculinos são acompanhados dos artigos: “o(s)”, “um” e “uns”. E que os substantivos femininos são antecedidos pelos artigos: “a(s)” e “uma(s)”. Também existem os casos em que um substantivo que é atribuído a pessoas ou animais, mas exibem diferenças entre gênero e sexo. A palavra “cônjuge”, por exemplo, apesar de ser classificada como masculina ela pode ser usada para falar de uma pessoa do sexo feminino. De maneira geral, a maneira de distinguir e classificar um substantivo quanto ao gênero é por meio dos artigos. Como por exemplo, a palavra “dentista”, neste caso, artigos são responsáveis pela distinção entre feminino e masculino, dado que a palavra isolada não dá indícios sobre isso. Dito isso, temos na língua portuguesa dois gêneros e, de acordo a forma de identificá-los, os substantivos podem ser classificados como uniformes (e suas subclassificações), biformes (e suas subclassificações). 1. Substantivos uniformes Chamamos de uniformes, os substantivos que apresentam uma única forma para ambos os gêneros. Ou seja, eles existem nos dois gêneros de forma invariável (que não sofrem mudanças ou alterações). Como é o caso dos comuns de dois gêneros, nos quais uma mesma palavra é usada para os dois sexos, sendo diferenciada apenas pelos artigos, adjetivos ou pronome que os acompanharem. Veja:
Enquanto isso, existem alguns substantivos que apresentam uma forma e um artigo para os dois gêneros, estes são classificados como substantivos sobrecomuns. Dito de outro modo, são palavras que tem apenas um gênero, mas são usados para os dois sexos ou representam um nome de seres não vivos.
Alguns substantivos usados para distinguir e dar nome a animais (fêmeas e machos) possuem apenas uma forma e artigo para ambos os sexos, a essa classe de substantivos damos o nome de epicenos. Neste caso, a diferenciação do sexo dos animais se dá pelo termo “fêmea” ou “macho” que acompanha e adjetiva estes substantivos. Observe os exemplos:
Para estes casos não há complicação, basta aplicar o artigo adequado a pessoa ou ser do qual se fala. Mas existe outra forma de flexão de gênero para o qual é necessária mais atenção a respeito das regras de formação, são os substantivos biformes. 2. Substantivos biformes Estes substantivos possuem duas formas diferentes de escrita segundo o gênero do substantivo ao qual dão nome. De modo geral, o final da palavra é alterado para fazer o acordo.
Em alguns destes exemplos acima foi possível observar uma certa regularidade na maneira como são formados os nomes femininos de alguns substantivos biformes. Em alguns casos bastarão a troca do artigo – o no final da palavra e trocar por – a, como em: gato – gata, porco – porca, gordo – gorda. Mas esta não é uma regra geral, a seguir vamos apresentar algumas regras para facilitar essas transições.
Nota: Existem exceções à regra 3, como acontece no caso das palavras como: barão e baronesa, cão e cadela, ladrão e ladra, … Além desta exceção, alguns substantivos masculinos, para formar o feminino é usado uma palavra com radical diferente, ou que apresentam duas formas diferentes, uma para o feminino e outra para o masculino, são os chamados substantivos heterônimos. Para estes casos é necessário se tornar familiar com as palavras flexionadas com os dois gêneros, o uso do dicionário pode ajudar a tirar dúvidas e facilitar este processo. Mas segue alguns exemplos:
Flexão de númeroA flexão de número para os substantivos diz respeito a distinção entre singular (indica um ser, coisa ou objeto) e plural (indica dois ou mais seres, coisas ou objetos). Na língua portuguesa, a regra geral para a formação do plural é fazer o acréscimo da letra “s” no final das palavras, como: alfinetes, bolsas, cobras, dados, jacas, massas, pratos, roupas, sogros, tapetes... Contudo, existem exceções a esta regra, na tabela a seguir demonstramos como realizar a formação do plural nestes casos:
Atenção! Existem alguns substantivos que são usados apenas na sua forma plural, como por exemplo: costas, férias, óculos, trevas, núpcias, dentre outros. Finalmente, chegamos à flexão de grau. De modo simples, este tipo de flexão trata do tamanho dos seres e das coisas podendo ser classificados em diminutivo e aumentativo. Eles podem ser formados por meio de dois processos:
Existem diferentes sufixos (–ão, –inha, – zarrão, –zinha etc.) que podem ser acrescentados as palavras a fim de formar o aumentativo e o diminutivo dos substantivos, veja na tabela a seguir alguns exemplos de formação:
Compartilhe |