O que não pode fazer no resguardo de parto normal

O que não pode fazer no resguardo de parto normal
O que não pode fazer no resguardo de parto normal
O que não pode fazer no resguardo de parto normal

Home > Matérias > Saúde da Mulher > Cuidados após o parto normal: o que esperar desse período

O que não pode fazer no resguardo de parto normal
  Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por diversas transformações. Para se ter uma ideia, o abdômen se expande até 11 vezes, e o útero, que antes tinha o tamanho parecido com o de uma pêra, com cerca de 90 gramas, pode chegar a pesar um quilo no final da gestação.

  É por essas e outras mudanças somadas a todo o processo do parto normal, incluindo possíveis procedimentos médicos, que existe o puerpério, período popularmente conhecido como quarentena e resguardo, necessário para a recuperação da mãe.

  O puerpério começa com a saída da placenta e vai até a primeira ovulação, que acontece entre seis a oito semanas depois de dar à luz. Veja a seguir como é a recuperação após o parto normal e quais são as principais recomendações para esse período: 

 Dores na região do períneo

 

  Nos primeiros dias do puerpério é comum sentir dores no períneo, região que fica entre a vagina e o ânus, mesmo não tendo levado pontos. Isso acontece porque durante o parto normal essa região é pressionada pela cabeça do bebê. Se houver corte próximo à vagina (episiotomia), você poderá se sentir dolorida. Para aliviar o incômodo, existem algumas dicas que podem ser úteis:

 

  - Faça compressas gelada na região;

  - Use almofadas para hemorroidas (com um furo no meio) na hora de se sentar para evitar pressionar os pontos;

  - Varie as posições (de pé, sentada e deitada) para aliviar a pressão da área;

  - Siga as orientações do seu médico, que pode receitar um analgésico que não interfira na amamentação;


  Além disso, vale lembrar que os pontos precisam ser mantidos limpos com sabonete neutro e secos.

 

Sangramento

 

  Durante a quarentena, é normal notar a presença de um sangramento com fluxo volumoso. Essa secreção, que faz parte do processo de regeneração do útero, é como se fosse uma menstruação, que tende a diminuir de volume gradualmente e a clarear de tom com o passar dos dias. Caso você tenha febre e sinta um cheiro forte, procure o seu médico.

 

Vida sexual  

 

  Geralmente, não é permitido manter relações sexuais por 30 a 40 dias após o parto, pois o útero está se regenerando das mudanças ocasionadas pela gravidez. Além disso, a penetração nesse período pode ser dolorosa para a mulher e causar infecções. Outra curiosidade é que durante o puerpério ocorre o aumento dos níveis de prolactina, hormônio que estimula a produção do leite e que geralmente reduz a libido e a lubrificação vaginal.

  Vale ressaltar que é praticamente impossível que a mulher possa engravidar nesse período, ainda mais se estiver amamentando de forma exclusiva. Porém, mesmo assim, cada organismo é único, e a ovulação pode ocorrer antes do tempo previsto e sem a mulher saber. Portanto, é imprescindível discutir com o médico a adoção de métodos contraceptivos que não interfiram no leite.

 

Cólicas

 

  As cólicas fazem parte da recuperação do corpo da mulher. Elas indicam que o útero está se contraindo para voltar ao seu tamanho normal e tendem a aumentar principalmente durante a amamentação, momento em que o organismo libera o hormônio responsável por esse processo.

 

Mudanças no humor

 

  As alterações hormonais que ocorrem depois de dar à luz podem levar a sensações de desânimo e tristeza, que duram entre uma a duas semanas. Caso esse ­mix de sentimentos dure por mais de 15 dias, é preciso ficar atenta, pois a depressão pós-parto pode ter se instalado e requer tratamento médico.

Perda de peso   Uma das preocupações das mulheres após a gravidez é com os quilinhos a mais que foram ganhados. Porém, mantenha a calma e seja paciente. Com uma dieta saudável, é possível recuperar o peso anterior em torno de seis a nove meses.  Os exercícios físicos podem ser retomados cerca de 15 dias após o parto normal. Costumam ser liberadas atividades mais leves, como caminhada, musculação leve, pilates, ioga, entre outras. Mas antes de começar qualquer modalidade é importante buscar orientações do seu médico.  Uma pesquisa canadense publicada  na revista Diabetes Care aponta que o período ideal para perder peso é até 12 meses depois da gestação. Após isso,  é preciso ficar atenta, pois os riscos de desenvolver hipertensão ou diabetes são maiores em decorrência do excesso de peso.   

O que não pode fazer no resguardo de parto normal

Voltar

O que não pode fazer no resguardo de parto normal

Sem conexão

Logo depois de dar à luz, é mais do que normal que a mulher queira, o quanto antes, retomar suas atividades. Mas nunca é demais lembrar que, mesmo que tudo tenha transcorrido normalmente no parto, é preciso redobrar os cuidados no período após a chegada do bebê.

Alô, mamães!

Batizado de puerpério, o pós-parto costuma durar de 6 a 8 semanas e só chega ao fim quando a mulher volta a menstruar. Principalmente para as mamães de primeira viagem, é mais do que normal que a fase, também conhecida como resguardo ou quarentena, seja cercada de dúvidas e medos que vem lá do tempo da vovó. Para ajudar a esclarecer o que é mito ou verdade, convidamos o ginecologista e obstetra Maurício Sobral, para responder as questões mais comuns. Vem ver:

A mulher não pode lavar a cabeça durante o resguardo?

Mito! Antigamente se acreditava em uma crença de que o sangramento poderia reverter da vagina para a cabeça, deixando a mulher louca, o que não passa de um mito popular. No resguardo não há problema nenhum em manter a higiene em dia lavando os cabelos.

Amamentar pode deixar as mamas caídas?

Mito! O que contribui ou não para isso é a predisposição genética da mama.

O que não pode fazer no resguardo de parto normal

Sem conexão

Durante a quarentena posso engravidar?

Verdade! Apesar da possibilidade de gravidez nesse período ser pequena por causa da amamentação e também porque a fertilidade retoma normalmente 45 dias após o parto, ela não é impossível. Por isso, o indicado nesta fase é a utilização de um método contraceptivo eficaz de uso permitido durante a lactação.

Deve-se evitar ter relações sexuais durante este período?

Verdade! No caso do parto normal a penetração pode doer, machucar e até causar uma infecção. Já na cesária, além do risco de infecção, pode haver ferimentos na incisão abdominal que está sensível e em processo de cicatrização. Por isso, o mais indicado é aguardar o prazo de 40 dias. Mas nunca é demais lembrar que o sexo pode ser muito mais do que a penetração, não é? Use a imaginação!

É normal sofrer de prisão de ventre no pós-parto?

Verdade! Mas é possível evitar o problema adotando alimentação rica em fibras com mamão, laranja, aveia, alimentos integrais e muito líquido.

No resguardo não se pode praticar atividade física?

Mito! A prática de exercícios leves como caminhada, yoga e atividades de alongamento estão liberadas após 15 dias para os partos normais e 30 para as cesárias.

O que não pode fazer no resguardo de parto normal

Sem conexão

Após o parto é normal não sentir desejo sexual?

Verdade! Após a retirada da placenta há uma queda dos hormônios que reduzem a libido e afetam a lubrificação vaginal. Além disso, a nova rotina pode fazer com que a mulher deixe o sexo em último plano. Porém, com o tempo, tudo tende a melhorar.

Amamentar ajuda a emagrecer?

Verdade! Isso acontece porque o metabolismo da mãe fica mais acelerado para a produção de leite. Para produzir a substância, as mulheres gastam 400 calorias por dia, o equivalente a 30 minutos de corrida.

O resguardo no pós-parto é um período que levanta muitas dúvidas às mamãs. O que podem ou não fazer? É normal que se sintam tão sensíveis? Quando vão deixar de perder sangue? Como minorar os desconfortos que decorrem do parto? Quando podem ter relações sexuais?

O que é o período de resguardo no pós-parto?

Antes de mais, importa compreender o que é o período de resguardo no pós-parto, também designado por quarentena ou puerpério. Ao longo da gravidez, o corpo sofre profundas alterações hormonais e físicas com o objetivo de proteger a gravidez e fornecer todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento do bebé.

O resguardo é um período de 6 a 8 semanas, que se inicia imediatamente a seguir à expulsão da placenta, e durante o qual, o seu corpo passa por uma série de alterações para retornar ao estado pré-gravidez.

Quanto tempo é necessário para o corpo voltar ao normal?

Depois do bebé nascer, o corpo da mulher precisa de tempo para voltar ao seu estado normal. Em média, são necessárias 6 a 8 semanas. Contudo, a normalização do peso, por exemplo, pode exigir mais do que um ano. O tempo de resguardo para o parto normal ou cesariana é semelhante uma vez que a incisão uterina exige cerca de 6 semanas para cicatrizar.

O período de resguardo no pós-parto exige alguns cuidados para prevenir o risco de infeções, para facilitar a cicatrização (episiotomia no caso de parto normal ou do corte do parto por cesariana), para evitar uma nova gravidez (apesar de a fertilidade nos primeiros 45 dias após o parto ser reduzida, não há garantia que tal não possa acontecer e, mesmo amamentando, a mulher pode engravidar).

O que vai acontecer no seu corpo nos primeiros dias após o parto​

Involução uterina

As contrações uterinas não terminam imediatamente após a expulsão da placenta, na 3ª e última fase do trabalho de parto. Nos 10 dias após o parto, elas permanecem ajudando o útero a regressar ao seu tamanho normal (involução uterina).

Os lóquios são um corrimento vaginal, semelhante ao período menstrual. Este corrimento é constituído por secreções uterinas e vaginais, sangue e revestimento do útero.

As características dos lóquios variam ao longo do tempo: cor de sangue nos primeiros 2 a 4 dias; mais rosadas à medida que a perda vai diminuindo; esbranquiçadas ou amareladas após 10 dias.

Este corrimento pode durar cerca de 21 dias mas também se pode prolongar pelos primeiros 2 a 3 meses após o parto.

​Amamentação

Por volta do 3º dia de puerpério inicia-se a produção de leite. Até lá, o seu peito produz uma substância designada colostro. Apesar de produzido em pequena quantidade, tem todos os nutrientes de que o bebé necessita. À medida que o bebé mama, a quantidade de leite produzido aumenta. ​

Cuidados a ter no período de resguardo

  • Beba muita água para se manter hidratada, favorecer a involução uterina, estimular o funcionamento do intestino e para a produção de leite;
  • É recomendável aguardar cerca de 40 dias para retomar a vida sexual e usar um método contracetivo que não prejudique a amamentação (os que contêm estrogénio são desaconselhados porque passam para o bebé através do leite materno);
  • É possível que sinta uma quebra no desejo sexual. É natural que assim seja. Para além do desconforto do pós-parto (após 40 dias pode ainda não se sentir completamente recuperada), a lubrificação vaginal diminui e a sua atenção está centrada nos cuidados ao bebé. Se sentir que isto é um problema, pode conversar com o seu médico na consulta de revisão do puerpério;
  • Algumas mulheres receiam que a vagina sofra alterações depois do parto normal. Contudo, o parto vaginal não alarga a vagina. Os exercícios de Kegel, que se devem praticar durante toda a vida, tenha-se ou não bebés, são especialmente recomendados na gestação (após o 4º mês) e no pós-parto, assim que se recupere do parto;
  • ​A primeira menstruação pode surgir entre a 6 e a 8 semana pós parto nas mulheres que não amamentam; nas que amamentam é imprevisível pelo que devem utilizar contraceção adequada para evitar uma nova gravidez precoce;​
  • Se tiver febre, pode ser um sintoma de infeção (corte da cesariana ou episiotomia) e deve procurar ajuda médica imediata;
  • A queda de produção hormonal pode aumentar a queda de cabelo. É uma situação normal e temporária. Durante este período pode lavar o cabelo sempre que necessário;
  • Se teve parto normal, pode retomar as suas caminhadas, alongamentos ou outra atividade física moderada cerca de 15 dias após o parto. Se teve cesariana, deve aguardar 30 dias após o nascimento do bebé;
  • Pode ter hemorroidas, veias dilatadas do canal anal, internas ou externas, dolorosas e que podem sangrar ou não. Podem surgir durante a gravidez ou resultam do esforço expulsivo durante o parto. Para aliviar o desconforto, aplique compressas frias durante alguns minutos, várias vezes ao dia, alterne a aplicação de água fria e água morna localmente, quando estiver sentada, utilize uma bóia.
  • Quanto à prisão de ventre, duas semanas após o parto, o seu intestino deverá estar a funcionar normalmente. Se tiver dor perineal ou hemorroidas (alimentação para quem sofre de hemorroidas) é natural que tenha medo em forçar os músculos quando vai à casa de banho. Consulte o seu médico e faça uma dieta rica em líquidos e fibras.
  • Durante este período sentir uma vontade súbita e incontrolável de urinar e ter perda involuntária de urina (incontinência urinária). Pratique os exercícios de Kegel para ajudar a recuperar a força muscular da bexiga. Cerca de 3 meses após o parto tudo voltará ao normal.

Cuide das suas emoções

Nos primeiros dias após o parto é possível que se sinta dependente, cansada, irritada, com falta de sono e sem apetite. A ansiedade em responder às necessidades do recém-nascido, dificuldades na amamentação ou a pressão familiar podem deixá-la exausta.

Concentre-se nas suas necessidades e nas do seu bebé. Durma sempre que ele dormir e peça ajuda para cuidar de outros filhos, para fazer as refeições ou gerir as visitas.

Teads fallback - Discover inRead by Teads!

LEIA TAMBÉM