Idade média da população brasileira

21.01.2021

Site G1 – 20/01/2021 Uma pesquisa da Fundação Seade divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que a idade média da população da cidade de São Paulo aumentou de 25 para 37 anos no período de cem anos. Em 1920, 35% dos paulistanos tinham menos de 15 anos. Em 2020, esse grupo representava menos de 19%. Um dos motivos dessa mudança foi a queda na taxa de natalidade, que passou de 34 para 13 nascimentos por mil habitantes, além da expressiva redução da mortalidade em todas as faixas etárias, sobretudo na mortalidade infantil, que passou de 176 para 11 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos. A faixa etária entre 15 e 59 anos cresceu 5 pontos percentuais. Já o grupo com mais de 60 anos aumentou quatro vezes. Com 11,9 milhões de habitantes, o município de São Paulo representa 26,6% da população estadual e 5,6% da brasileira. O crescimento foi de 20 vezes em cem anos. Atualmente, a cidade de São Paulo é mais populosa que Portugal e Grécia. A capital paulista se tornou a maior cidade do país em 1960 quando superou o Rio de Janeiro. Idosos O bairro com maior população acima de 60 anos é Pinheiros, na Zona Oeste, que concentra 29,2% dos moradores nessa faixa etária. E a região que possui o menor número de habitantes acima de 60 anos é Anhanguera (9,1%).

Os distritos da Sé e do Brás, no Centro, contam com 11,7% e 13,8% de idosos, respectivamente.

O índice de pessoas com mais de 30 anos bateu um recorde em 2021, chegando a 56,1% dos 212,7 milhões de brasileiros.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada na manhã desta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2012, quase metade da população (49,9%) tinha menos de 30 anos, taxa que caiu para 43,9% no ano passado, cerca de 92,7 milhões de pessoas.

“Estima-se que, entre 2012 e 2021, a população com menos de 30 anos de idade tenha apresentado não apenas uma redução de sua participação na população total, mas também uma variação negativa em termos absolutos, com queda de 5,4% do total de pessoas nessa faixa etária”, destaca um trecho da pesquisa do IBGE.

O levantamento registrou redução na representatividade de todas as faixas etárias abaixo dos 30 anos, nos últimos dez anos.

O IBGE ressaltou a queda da participação da faixa entre 10 e 13 anos – de 6,7% para 5,5% entre 2012 e 2021 – e ainda do grupo entre 14 e 17 anos, que teve uma diminuição de 7,1% para 5,8% no período.

Por outro lado, a população de 30 anos ou mais registrou crescimento nessa década, chegando a 119 milhões de brasileiros. O destaque fica com a parcela de pessoas com 60 anos ou mais de idade.

Em 2021, esse grupo representou cerca de 14,7% da população nacional. Há dez anos, era 11,3%. Segundo o IBGE, o contingente de pessoas nessa faixa etária cresceu 39,8% no período.

“A análise da estrutura etária da população residente e a participação percentual de cada grupo etário por sexo, em 2012 e 2021, confirma o alargamento do topo e o estreitamento da base dessa estrutura, evidenciando a tendência de envelhecimento populacional”, colocou o IBGE.

Por conta do envelhecimento, a pesquisa também mostra novidades no grupo que depende economicamente de algum membro da família que trabalha.

Entre as crianças e adolescentes, o índice caiu de 34,4 por 100 para 29,9 por 100, entre 2012 e 2021. Já entre os idosos, essa taxa subiu de 11,2 por 100 para 14,7 por 100.

População brasileira cresce

Segundo o levantamento do IBGE, a população do país teve uma alta de 7,6% na década, saltando de 197,7 milhões, em 2012, para 212,7 milhões em 2021.

Os maiores aumentos foram registrados no Centro-Oeste (13,0%) e Norte (12,9%), no entanto, as regiões ainda somam as menores participações no todo (7,8% e 8,7%, respectivamente).

Já o Sudeste segue como a região mais populosa, com 42,1%, um aumento de 7,3% no contingente em relação a 2012.

O IBGE aponta que as estimativas ainda não incorporam os impactos da pandemia de Covid-19, que causou um aumento nas mortes e uma redução nos nascimentos. Por isso, o órgão conta com o próximo censo, que começa no mês de agosto, para atualizar as projeções.

Autodeclarados pretos e pardos têm aumento

A PNAD Contínua também mostra que está crescendo o percentual de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas. Com relação ao primeiro grupo, o índice cresceu de 7,4% para 9,1% em uma década, enquanto o segundo, de 45,6% para 47%. Já a participação dos que se apresentam ao IBGE como brancos caiu de 46,3% para 43% no período.

Segundo o IBGE, a representatividade da população declarada branca diminuiu em todas as regiões. O maior aumento de autodeclarados pretos aconteceu no Nordeste (2,7 pontos percentuais). Enquanto o Sul observou a maior alta de autodeclarados pardos (3,2 pontos percentuais).

“Em termos absolutos, estima-se que, enquanto a população residente no País cresceu 7,6% entre 2012 e 2021, nesse mesmo período a população declarada de cor preta cresceu 32,4% e a parda 10,8%, ao passo que a população que se declarava de cor branca não apresentou variação relevante”, diz a pesquisa.

Idade média da população brasileira
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A divisão populacional de um determinado local conforme a faixa etária, ocorre da seguinte forma: Jovens – do nascimento até aos 19 anos de idade; Adultos – corresponde à população que possui entre 20 a 59 anos de idade; Idosos ou melhor idade – pessoas que apresentam 60 anos de idade ou mais. No Brasil, em consequência da desaceleração do aumento médio anual da população (crescimento demográfico) e o envelhecimento populacional, está havendo a mudança do desenho da pirâmide etária. Até os anos 1980, a pirâmide era afunilada na ponta e larga na base, setor em que estão representadas as camadas de jovens. No ano de 2000, a pirâmide mostrou uma base mais estreita e formato menos afunilado, indicando a tendência de crescimento da população adulta. Nas últimas décadas, aumentou o percentual de idosos e adultos e diminuiu a porcentagem de jovens. Esse fato é o resultado da diminuição das taxas de mortalidade e natalidade e aumento da expectativa de vida. Em 1950, a distribuição era a seguinte: idosos, 4,6%; adultos, 43,1%; e jovens, 52,3%. Conforme dados do último recenseamento geral da população, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a faixa etária dos jovens abrange 40,2%, a dos adultos 50,5%, e a dos idosos, 9,3% do total da população. A média da expectativa de vida da população brasileira só não é maior devido à grande quantidade de assassinatos entre os indivíduos da faixa etária composta por jovens.

Pirâmide Etária da População Brasileira

Após a abordagem do conteúdo, solicite aos alunos a realização de um levantamento da faixa etária de seus familiares. Em seguida, os estudantes deverão montar uma pirâmide etária seguindo a divisão por idade (jovens, adultos e idosos). Feito isso, os alunos irão realizar uma comparação dos dados obtidos com os da população brasileira fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por Wagner de Cerqueira e Francisco Graduado em Geografia

A expectativa de vida dos homens passou de 72,8 anos em 2018 para 73,1 anos em 2019 e a das mulheres foi de 79,9 anos para 80,1 anos. Desde 1940, a esperança de vida do brasileiro aumentou em 31,1 anos. Uma pessoa nascida no Brasil em 2019 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos.

Essas são algumas informações das Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil, referentes a 2019, divulgadas hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa de vida fornecida pelo estudo é um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Segundo o IBGE, em 1940, uma pessoa ao completar 50 anos, por exemplo, tinha uma expectativa de viver mais 19,1 anos. Já em 2019, a esperança de vida para uma pessoa nessa faixa etária seria de 30,8 anos. Atualmente vive-se, em média, quase 12 anos mais.

No entanto, a expectativa de vida muda conforme a idade da pessoa e o sexo, sendo que a taxa de mortalidade dos homens é sempre superior à das mulheres. Aos 20 anos, a chamada sobremortalidade masculina atinge seu pico. Em 2019, um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher do mesmo grupo de idade.

De acordo com o demógrafo do IBGE, Fernando Albuquerque, na faixa entre 15 e 34 anos, existe maior disparidade entre a taxa de mortalidade da população masculina em relação à feminina. “Isso ocorre devido à maior incidência de óbitos por causas externas ou não naturais, como homicídios e acidentes, que atingem com maior intensidade a população masculina jovem. A expectativa de vida masculina no país poderia ser superior à que se estima atualmente, se não fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por causas não naturais”.

Entretanto, de forma geral, em todas as faixas houve declínio da mortalidade ao longo do tempo. Para o IBGE, o fato de que, em 1940, a população de 65 anos ou mais representava 2,4% do total e, em 2019, o percentual passou para 9,5% é um indicativo de que os brasileiros estão vivendo por mais tempo.

Segundo o instituto, um modo de se perceber esse movimento de maior longevidade é observar a probabilidade de uma pessoa que atingiu os 60 anos chegar aos 80 no país. “A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que as probabilidades de sobrevivência entre 60 e os 80 anos de idade tivessem aumentos consideráveis entre 1980 e 2019 em todas as unidades da federação, chegando a alguns casos a mais que dobrarem as chances de sobrevivência entre estas duas idades”, disse Albuquerque.

Em 1980, de cada mil pessoas que chegavam aos 60 anos, 344 atingiam os 80 anos de idade. Em 2019, esse número passou para 604 indivíduos na média do Brasil.

Mortalidade infantil

A mortalidade infantil caiu de 12,4 por mil em 2018 para 11,9 por mil em 2019. De 1940 a 2019, a mortalidade infantil caiu 91,9%, sendo que a taxa de mortalidade entre 1 a 4 anos de idade diminuiu 97,3%.

Em 1940, a taxa de mortalidade infantil era de cerca de 146,6 óbitos para cada mil nascidos vivos; já em 2019, a taxa foi de 11,9 por mil. A taxa de mortalidade para crianças de até 5 anos caiu de 212,1 por mil para 14 por mil nesse mesmo período, sendo que cerca de 85,6% das crianças que não chegam aos 5 anos morreram no primeiro ano de vida e 14,4% entre 1 e 4 anos de idade.

A meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para o Brasil é de, até 2030, reduzir a mortalidade neonatal para, no máximo, cinco por mil e a mortalidade de crianças menores de 5 anos para, no máximo, oito por mil.