Como era o dia a dia e as condições de trabalho dos operários nas fábricas inglesas do século XIX

A revolução Industrial viu nascer um novo grupo de trabalhadores: o operariado. As suas condições de trabalho eram muito duras, salários baixos e sem qualquer tipo de segurança. As condições de vida eram também más, as casas não tinham quaisquer condições de habitabilidade e a doença proliferava. Para lutar contra isto surgiram os sindicatos e os partidos socialistas que defenderam os direitos da classe operária.

A Revolução Industrial alterou profundamente as relações de trabalho e a forma de produção. A oficina de Antigo Regime, núcleo de produção em pequena escala, deu lugar à fábrica, unidade de produção em série. O artesão deu lugar ao operário. Este apenas tem a sua força de trabalho para sobreviver, vendia-a ao industrial, ao empresário, a troco de um salário.

As condições de trabalho e de vida do operariado no início da era industrial eram duras e demoraram muito tempo até terem alguma melhoria. O êxodo rural, a quebra de rendimento do artesanato e o crescimento populacional, atirou para as cidades uma grande quantidade de mão de obra sem formação que se sujeitou a qualquer tipo de trabalho. O industrial recrutava os operários necessários sem regras de trabalho definidas, não havia tabelas salariais que definissem o valor a pagar, não estava estabelecido um horário de trabalho nem qualquer direito em caso de acidente ou doença. A falta de regulação no mundo laboral permitia todo o tipo de arbitrariedades e o operário sofria imenso nos momentos de crises económicas, quando tinha de enfrentar o desemprego sem apoio de qualquer espécie.

Como era o dia a dia e as condições de trabalho dos operários nas fábricas inglesas do século XIX

No local de trabalho o operário enfrentava problemas de toda a ordem. As fábricas não eram aquecidas no inverno e no verão o calor era sufocante, não havia iluminação suficiente para a execução do trabalho, a falta de arejamento era uma constante, o barulho das máquinas ensurdecedor, ausência de vestiário especifico para a execução de determinados ofícios, falta de sanitários, a não existência de espaços para tomar refeições e jornadas de trabalho que variavam entre 12 a 16 horas por dia. Outro aspeto importante era o risco permanente de acidentes, nas fábricas o operário trabalhava com rodas e correias de transmissão e na mina poderiam acontecer desabamentos e incêndios.

Os salários eram bastante baixos, já que a elevada quantidade de mão de obra disponível estava sujeita à lei da oferta e da procura e, tratando-se de trabalho não especializado, qualquer um aprendia rapidamente tarefas repetitivas e mecânicas.

Para além das péssimas condições de trabalho e dos magros salários, as condições de vida fora do local de trabalho eram degradantes. As casas não tinham condições de higiene, eram pequenas para albergar famílias, alugadas a preços elevados para as suas posses, sem luz nem aquecimento para o inverno e localizadas em bairros operários que envolviam a zona da fábrica.

A alimentação destas famílias era altamente deficitária e desequilibrada o que também dificultava a sua capacidade de trabalho. Face aos magros recursos, toda a família tinha de trabalhar pelo que o trabalho infantil era uma realidade comum e o trabalho feminino altamente explorado. Neste cenário, era normal que as doenças proliferassem, o alcoolismo, a prostituição, a delinquência e a criminalidade eram uma realidade que se acentuava em momentos de desemprego e de crise económica.

Como era o dia a dia e as condições de trabalho dos operários nas fábricas inglesas do século XIX

Para alterar este panorama os operários começaram a associar-se para exigirem melhores condições de trabalho e de vida. Nasceram as primeiras associações que deram origem aos sindicatos que iriam defender os seus interesses. Estas associações inicialmente eram ilegais e as suas ações passaram por protestos e greves. Com o decorrer do tempo foram sendo aceites e apresentaram as suas reivindicações: definição de regras e estabelecimento de horários de trabalho; descanso semanal obrigatório; direito à greve; direito a férias; regulamentação do trabalho infantil e feminino; proteção na doença; seguros para acidentes e melhorar as condições dos locais de trabalho. Todas estas reivindicações foram progressivamente sendo alcançadas com greves, protestos e com petições enviadas ao parlamento.

Este último aspeto tornou-se importante, pois as condições de vida e de trabalho dos operários tornaram-se objeto de debate político surgindo as ideias socialistas que defendiam os seus interesses. A classe operária foi tomando consciência da sua força e importância para o desenvolvimento económico e social pelo que foi afinando a sua intervenção política, exigindo representação nas instituições políticas e ganhar o direito de voto. Os partidos que olhavam pelos interesses dos operários, partidos socialistas e trabalhistas, defendiam que o desenvolvimento económico deveria trazer garantias de justiça social. Os operários eram um grupo fundamental para a produção, geravam riqueza que era apropriada quase na totalidade pelas classes altas, pelo que os meios de produção deveriam estar nas mãos do Estado que redistribuiria a riqueza em favor do coletivo. Estes partidos afirmavam-se de esquerda e progressistas, opunham-se aos partidos de direita e conservadores das classes burguesas.

Como era o dia a dia e as condições de trabalho dos operários nas fábricas inglesas do século XIX

Os operários eram submetidos a condições desumanas de trabalho. As fábricas geralmente eram quentes, úmidas, sujas e escuras. As jornadas de trabalho chegavam a 14 ou 16 horas diárias, com pequenas pausas para refeições precárias.

Quais eram as condições de vida e trabalho dos operários ingleses logo após a Revolução Industrial?

Eram precárias as condições de vida e trabalho dos artesãos no início da primeira revolução industrial: as fábricas tinham um ambiente insalubre; o tempo de trabalho chegava a 80 horas semanais; os salários eram bem abaixo do nível de subsistência.

Quais eram as condições de vida dos trabalhadores durante a Revolução Industrial?

Resposta. a vida dos operarios na revolução industrial As fábricas não eram ambientes adequados de trabalho, tinham péssimas condições de iluminação e ventilação. ... A média de vida dos trabalhadores era muito baixa comparada à de hoje. A jornada de trabalho chegava até 16 horas por dia, sem direito a descansos e férias.

Como era a vida dos trabalhadores ingleses durante a revolução industrial?

A vida dos trabalhadores ingleses nas fábricas durante o período inicial da Revolução Industrial era vivida em condições precárias. Longas jornadas de trabalho em ambientes inóspitos, com salários baixos e funções que exigiam posturas desconfortáveis e perigosas.

Quais eram as condições de trabalho na indústria no final do século XIX?

As condições de trabalho nas primeiras fábricas da Revolução Industrial eram insalubres. ... A jornada de trabalho durava até dezesseis horas, não havia férias, nem descanso aos sábados. Enfim, as condições de trabalho eram precárias e punham em risco a vida dos operários.

Quais eram as condições de trabalho no século XIX?

As indústrias, conforme as casas dos trabalhadores, também não proporcionavam boas condições de trabalho, geralmente eram quentes e úmidas, com pouca ventilação. A alimentação servida para os operários nas fábricas era insuficiente e de péssima qualidade, pobre em nutrientes.

O que os operários ingleses do século XIX?

Começaram com atos clandestinos, como quebrar máquinas das fábricas. É com tempo foi virando num ato pacifico,até chegar no momento de pedir a criação de leis trabalhistas para os políticos ingleses.

Quais eram as condições de vida dos trabalhadores?

era uma vida sofrida os trabalhadores tinham uma jornada de trabalho de 16 horas por dia sem descanso as fabricas eram locais horríveis os trabalhadores não tinham direito a completamente nada as moradias eram horríveis tinham que morar todos juntos numa só casa e ainda tinham que pagar por essas moradias!

São normas específicas de direito para os trabalhadores?

surgiu a Comissão interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que somente foi regulamentada pela Portaria 155 em 1.

Como era a vida dos trabalhadores industriais nos primeiros momentos da Revolução Industrial?

Causou profundas transformações no modo de produção e também nas relações entre patrão e trabalhador. Durante o auge da Revolução Industrial, os trabalhadores ingleses recebiam salários baixíssimos e eram obrigados a suportar uma longa jornada de trabalho.

Como viviam os operários?

Os operários viviam, no começo da Revolução Industrial, em bairros que não haviam sido planejados, sem condições adequadas de saneamento básico ou habitação, sem acesso a serviços públicos de saúde e sem contar com mecanismos de seguridade e previdência social.

Como eram as condições de vida das pessoas nos bairros operários das cidades industriais?

Resposta. As condições de vida eram muito precarias, pois eles trabalhavam varias e varias horas nas fabricas e ganhavam muito pouco, fazendo com que passassem fome, nao tivessem condicoes de comprar produtos e etc.

Como os movimentos e manifestações dos operários eram tratados pela polícia?

5) Como os movimentos reivindicatórios dos operários eram tratados pela polícia? Como balbúrdia e agitação; dessa forma, eram combatidos com violência e prisões, já que os operários eram tratados como criminosos.

Como eram organizadas as vilas operárias?

As vilas operárias eram precárias, sendo muitas vezes construídas de maneira improvisada, com materiais inadequados, sem sistemas de esgoto, água encanada ou obedecer normas de segurança.

O que foi o movimento ludista Brainly?

ludista foi um movimento social ocorrido na inglaterra entre os anos de 1811 a 1812 contrários aos avanços tecnológicos ocorridos na revolução industrial os ludista protestava contra a substituição da mão-de-obras humanas por máquinas.

Quais transformações a revolução industrial provocou no cotidiano das pessoas e no meio ambiente?

A Revolução Industrial permitiu diversos avanços na produção de produtos em indústrias, mas trouxe diversas outras consequências. No cotidiano, possibilitou a produção com maior velocidade, diminuiu o preço de diversos produtos e passou a criar mais necessidades.

Quais foram os benefícios da revolução industrial?

São benefícios da Revolução Industrial a melhora do padrão de vida nas sociedades industriais, o aumento da produtividade e o avanço da ciência. ... São malefícios da Revolução Industrial o surgimento do Imperialismo, o aumento das desigualdades sociais e a progressiva destruição do meio-ambiente.