Que formação vegetal está representada na uf onde você mora

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O Maranhão é o segundo maior estado da Região Nordeste em extensão territorial, que divididos em 217 municípios possui uma área de 1.554.300 km².

O Estado está localizado na sub-região nordestina Meio-Norte, que tem características de transição, pois está entre a Região Amazônica e a área do Sertão Nordestino. Por conta dessa característica, no território maranhense tem em seu interior uma rica diversidade animal e vegetal.

A Vegetação do Maranhão é composta por diferentes tipos de ambientes que são derivados de sua transicionalidade. No interior do Estado encontramos vários tipos de vegetações encontradas nos principais biomas do Estado: A Floresta Amazônica, o Cerrado, a Caatinga e a Mata dos cocais.

A Floresta Amazônica

A Floresta Amazônica que ocupa as regiões Oeste e Noroeste Maranhense, tem a característica de ter uma vegetação ombrófila densa – que é constituída por árvores de grande porte em grande quantidade, quase sempre de mesmo tamanho -. O tamanho e a concentração de árvores justifica-se pelo clima úmido da região que possibilita a densidade arbórea do bioma. Suas principais espécies vegetais são os buritizais, açaí e palmeiras.

Esse bioma maranhense se destaca por abrigar muitos indígenas, onde vivem aproximadamente 160 tribos, que mantém uma relação de preservação com a Floresta. Entretanto, essa relação de preservação não ocorre em totalidade. Segundo dados do RADAM Brasil, cerca de 75% da vegetação amazônica presente no Estado já foi desmatada, por conta das queimadas que são realizadas para fins agropecuários, extração de carvão, atividades mineradoras e plantações de eucalipto.

O Cerrado

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Chapada das Mesas, área de conservação do Cerrado no Maranhão. Foto: Marcelo Alex / Shutterstock.com

Outro bioma constituinte da vegetação do Maranhão é o Cerrado, que predomina em 60% do território maranhense, se espacializando nas regiões Sul e Leste do Estado.

Sua vegetação tem um elevado grau de endemismo, ou seja, composta por espécies vegetais nativas e próprias do bioma, e seu ambiente varia entre matas mais secas e ralas (Cerradão), árvores baixas, inclinadas e tortuosas (Cerrado típico) e vegetações caducifólias – que perdem as folhas no período de estiagem -.

Apesar de ser o maior bioma do Estado maranhense, o Cerrado sofre com o desmatamento e a devastação devido ao crescimento do agronegócio a partir do MA-TO-PI-BA, que utiliza o ambiente cerradeiro como fronteira agrícola para a produção de soja. Estima-se que 50% da vegetação do bioma já foi desmatada para dar origem as plantações dessa commoditie.

Mata dos cocais

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Mata de Cocais. Foto: Pedro Helder Pinheiro / Shutterstock.com

A Mata dos cocais é considerada uma vegetação de transição no Maranhão, pois está situada entre as florestas úmidas da Amazônia e o clima semiárido do sertão.

Sua vegetação é marcada pela presença de árvores de grande porte como o babaçu, buriti, açaí, carnaúba, entre outras que são importantes no desenvolvimento da região, a partir do extrativismo vegetal, que são fundamentais para a sobrevivência da população local.

Muitas famílias sobrevivem da extração do coco do babaçu, da carnaúba, entre outras espécies, e vendem para a fabricação de produtos como a cera, a glicerina, o óleo de babaçu e diversos tipos de shampoo. As mulheres que trabalham nesse tipo de extrativismo vegetal são conhecidas como quebradeiras. Apesar desse reconhecimento, essas mulheres diariamente lutam contra o crescimento dos latifúndios e a repressão de grandes fazendeiros e donos de grandes cultivos agropecuários para garantirem seu trabalho e sustento.

Caatinga

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Área de caatinga. Foto: Mendesbio / Shutterstock.com

A Caatinga presente no extremo leste do território maranhense na fronteira com o Piauí, apresenta diversas peculiaridades em relação à sua vegetação. Suas espécies vegetais, por conta do clima semiárido e dos longos períodos de estiagem, tem mecanismos de sobrevivência por causa da pouca disponibilidade hídrica.

Sua vegetação é marcada pela presença de árvores baixas, cactos, e troncos tortuosos que apresentam espinhos em sua estrutura. Suas principais espécies vegetais são: o juazeiro, mandacaru e o ipê-roxo.

Entretanto, assim como no Maranhão e em toda a região Nordeste, a vegetação é considerada um hotspot – bioma com risco de extinção – muito por conta da extração de lenha nativa, que vem ocasionando a derrubada de muitas árvores e o desmatamento para a criação de pastagens e para a prática da agricultura.

Referências:

https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/eu-na-floresta/floresta-amazonica-do-maranhao-esta-75-desmatada/

https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversidade/category/58-probio-i-serie-biodiversidade.html?download=1008:amazonia-maranhense-diversidade-e-conservacao

https://www.mma.gov.br/biomas/cerrado

https://cerradania.org/2017/11/25/cerrado-no-maranhao-e-o-maior-bioma/

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/159940/1/Serie-Documentos-108-Luciana.pdf

Mestre em Ciências Humanas (PUC-RJ, 2016)
Graduado em Geografia (UFF, 2009)

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As espécies da flora não estão distribuídas ao acaso, mas sim agrupadas em formações vegetais em equilíbrio com o solo, clima, além de contar com a concorrência de ações por parte da sociedade humana. Assim, vegetação é a forma de agrupamento das espécies vegetais em consonância com o ambiente, incluindo a participação da ação do homem na sucessão de seus modos de produção (MARTINELLI, 2010).

Dessa forma, seguindo a ideia de Martinelli (2010) podemos destacar que há 3 tipos de vegetação dentro do Estado da Bahia, que são:

  • A Caatinga;
  • O Cerrado;
  • As áreas de Floresta Tropical Úmida;

Assim, de acordo com Alcoforado (2003), podemos afirmar que cerca de 64% do território do Estado da Bahia é revestido por caatingas, 16% por cerrados, 18% por floresta tropical úmida e 2% por campos. As florestas ocorrem na área litorânea e ocupam uma faixa de terra cuja largura varia entre 100 km (no Recôncavo) e 250 km (no vale do rio Pardo). Essas áreas sofreram bastante com a devastação nos últimos anos, devido à grande extração de madeira feita na região dominada por essa vegetação no Estado da Bahia, mas atualmente um processo de reflorestamento está sendo colocado em prática, para aumentar novamente a quantidade de árvores, a longo prazo. No lado oriental do Estado da Bahia apresentam-se como matas perenes, no centro como semidecíduas e no lado ocidental como decíduas agrestes.

A principal área de ocorrência de cerrados é o planalto ocidental do Estado. Outras manchas, pequenas, surgem em meio às áreas de caatinga. A vegetação do Cerrado se encontra em uma região do Estado da Bahia onde o clima que predomina é o tropical e apresenta duas estações bem definidas: uma chuvosa, entre outubro e abril, e outra seca, entre maio e setembro. A vegetação predominante nessas áreas são constituídas por espécies do tipo tropófilas, além disso, são semidecidual estacional (que caem parte das folhas no período de estiagem) com raízes profundas. A vegetação é, em geral, de pequeno porte, com galhos retorcidos e folhas grossas.

A caatinga reveste todo o resto do estado, isto é, a maior parte de seu interior. É importante salientar que a caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, ocupando algo em torno de 10% do território do país. Esse tipo de bioma não é uniforme em todo território que está presente. Embora apresente certas características comuns, ela muda de acordo com a pluviosidade, fertilidade e tipo de solo. Outra característica da caatinga é a vegetação formada basicamente por plantas xerófilas, ou seja, adaptadas às condições de aridez. As principais espécies vegetais da Caatinga são:

  • Palma;
  • Xiquexique;
  • Aroeira;
  • Umbuzeiro;
  • Caroá;
  • Juazeiro;
  • Mandacaru;
  • Cacto;

Que formação vegetal está representada na uf onde você mora

Mandacaru. Foto: Raul Romario / Shutterstock.com

Referencias:

ALCOFORADO, F. Os Condicionantes do Desenvolvimento do Estado da Bahia. 2003. Tese (Doutorado em Planificacíon Territorial y Desarrollo Regional) Universidade de Barcelona. Disponível em: http://www.tdx.cat/bitstream/handle/10803/1944/6.TERRITORIO_SOCIEDADE_ESTADO_BAHIA.pdf?sequence=1. Acesso em 02 de fevereiro de 2018.

MARTINELLI, Marcelo. Estado de São Paulo: aspectos da natureza. Confins Online, 2010. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/6557 – Acesso em 20 de dezembro de 2017.