Qual o significado da sigla IPCC é sua importância no cenário político e econômico Mundial

O IPCC é a sigla para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change, em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU). O órgão foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

O IPCC tem o objetivo de providenciar informações científicas sobre o tema aos governos para que sejam desenvolvidas políticas climáticas. De forma voluntária, pesquisadores vinculados ao IPCC analisam centenas de estudos científicos publicados a cada ano para elaborar um documento com as informações disponíveis sobre o que estimula as mudanças climáticas, os efeitos das alterações no clima e riscos futuros, além de identificar como medidas de adaptação e mitigação podem reduzir esses riscos.

O órgão da ONU não produz pesquisas científicas por conta própria, os relatórios são baseados num balanço dos estudos feitos por especialistas ao redor do mundo. Com uma avaliação plural e abrangente, o órgão identifica os pontos de convergência em diferentes áreas e indica os caminhos para aprofundar a pesquisa científica. Atualmente, o IPCC tem 196 países membros.

De acordo com a matemática e vice-presidente do IPCC, Thelma Krug, o órgão tem sido importante por prover aos formuladores de políticas públicas as informações mais refinadas sobre o conhecimento científico da mudança do clima por meio da avaliação da literatura produzida em todo o mundo.

“Com trajetórias de emissões projetadas até o final deste século, os governos podem avaliar se, conjuntamente, estão realizando esforços consistentes com estes cenários”, explicou. A referência para as emissões é a projeção do aquecimento global de 1,5ºC até 2100, no âmbito do Acordo de Paris, assinado em 2015 durante a COP21.

Krug explica que, caso o Acordo de Paris seja, de fato, implementado pelos governos-membros, o aumento da temperatura média global será mantido bem abaixo de 2ºC e com o objetivo de limitar o aquecimento a 1,5ºC, em comparação aos níveis pré-industriais. O IPCC estima que as atividades humanas tenham causado cerca de 1ºC de aquecimento global acima dos níveis pré-industriais, uma média de acréscimo de 0,2ºC por década.

O aquecimento causado por emissões antrópicas desde o período pré-industrial até o presente persistirá por séculos e milênios, e continuará causando mudanças a longo prazo, como o aumento do nível do oceano, extremos climáticos, perda de neve e gelo"

— Thelma Krug, vice-presidente do IPCC.

Acordo de Paris

O principal objetivo do Acordo de Paris é frear o aquecimento global e aumentar os esforços mundiais para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC e evitar que ultrapasse 2ºC até o final do século, com base no período pré-industrial. O Acordo é voluntário e cada país define a sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) com as metas domésticas que irá seguir para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as estratégias para atingir isso.

Atingir as metas do Acordo de Paris minimizará os riscos de impactos nos sistemas humanos e naturais, mas não evitará que eles aconteçam. Cada região do globo será atingida de forma diferente. Krug destaca que as NDCs propostas por cada país para atingir as metas do Acordo de Paris indicam que os compromissos de redução de emissões são consistentes com um aquecimento de 3ºC. Dessa forma, os países precisam de metas mais ambiciosas.

As projeções do IPCC consideram variações de riscos de impactos de acordo com os diferentes níveis de aquecimento. Por isso, as publicações do IPCC têm permitido que os governos tomem decisões com informações científicas e conscientes sobre quais serão as consequências de suas decisões. Em dezembro de 2020, o Brasil enviou a sua NDC revisada ao Acordo de Paris, representando o novo compromisso do país com o combate às mudanças climáticas, após a primeira versão apresentada depois da aprovação do tratado internacional, em 2015.

Com base no ano de 2005, a NDC reafirmou o compromisso de redução das emissões líquidas totais de gases de efeito estufa em 37% em 2025, e assumiu o compromisso de reduzir em 43% as emissões brasileiras até 2030. No entanto, dados recentes sobre o aumento do desmatamento ilegal no país colocam em risco a capacidade que o país terá para cumprir com a sua proposta. No mercado internacional, as metas do Acordo de Paris são critérios para estabelecer novos parceiros comerciais e para fazer pressão política para que países menos ambiciosos cumpram com a sua parte para mitigar as mudanças climáticas.

Mas o Brasil não é o único que deixou a desejar. Segundo a ONU, os últimos compromissos climáticos dos países signatários do Acordo de Paris estão “muito longe” dos objetivos de conter o aquecimento global. A ciência é clara, para limitar o aumento das temperaturas a 1,5ºC até o final deste século devemos reduzir as emissões em 45% até 2030 em relação a 2010.

Porém, segundo a ONU, embora a maioria das nações tenha aumentado seus objetivos, o impacto conjunto apenas só deve reduzir em 1% as emissões até 2030, em comparação aos níveis de 2010. Para a ONU, a retomada pós-Covid-19 “oferece a oportunidade para uma recuperação mais verde e mais limpa”. Nesse contexto, os compromissos de longo prazo devem ser combinados com ações imediatas para “lançar a década de transformação que as pessoas e o planeta precisam tão desesperadamente”. Já passou da hora de agirmos.

Qual é o papel do IPCC?

O IPCC elabora Relatórios de Avaliação abrangentes sobre o estado da arte científico, técnico e socioeconômico da mudança do clima, seus impactos e riscos futuros e das opções para reduzir a taxa na qual as mudanças climáticas estão ocorrendo.

O que é IPCC e qual sua importância para aquecimento do planeta?

O IPCC é a sigla para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change, em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU). … O IPCC tem o objetivo de providenciar informações científicas sobre o tema aos governos para que sejam desenvolvidas políticas climáticas.

O que o IPCC alerta?

O novo relatório global do IPCC foi motivo de apreensão na comunidade internacional. Desenvolvido pelos maiores especialistas em mudanças climáticas, ele indica que a temperatura média do planeta tende aumentar 1,5 ºC nas próximas duas décadas, trazendo devastação generalizada.

Qual o significado de IPCC e sua importância no cenário político e econômico mundial?

É um consenso que o IPCC representa a maior autoridade mundial a respeito do aquecimento global, e tem sido a principal base para o estabelecimento de políticas climáticas mundiais e nacionais, mas isso não o livra de receber críticas.

Quantos cientistas têm o IPCC?

Para o Sexto Relatório de Avaliação (AR6), a ser divulgado em 2022, estão envolvidos 21 cientistas do Brasil. Os cientistas participantes dos ciclos do IPCC são, atualmente, indicados pelos governos nacionais.

Quais são as evidências do aquecimento global apresentadas pelo IPCC?

De acordo com o IPCC, a temperatura da Terra aumentou cerca de 0,85 ºC nos continentes e 0,55 ºC nos oceanos dentro de um período de 100 anos. É válido ressaltar que essa correlação não é unanimidade entre os estudiosos, visto que muitos desacreditam que o aumento desses gases tem agravado o aquecimento global.

Qual a previsão feita pelo IPCC?

Os cientistas estimam que o nível do mar subirá de 2 metros a 3 metros nos próximos 2 mil anos, se o aquecimento global for limitado a 1,5ºC; ou até 6 metros, num cenário de 2ºC. “É praticamente certo que o nível médio global do mar continuará a se elevar ao longo do século 21”, diz o relatório.

Qual é a causa do efeito estufa?

A principal causa do efeito estufa é a industrialização. Devido a esse processo, a queima de combustíveis de origem fóssil se intensificou nos últimos séculos. Os principais produtos da reação de combustão desses reagentes são os gases citados anteriormente como os principais para o efeito estufa.

O que é o IPCC qual é a posição desse órgão em relação ao papel do ser humano nas mudanças climáticas?

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC) é um órgão das Nações Unidas que tem como função fazer avaliações de informações científicas sobre as alterações climáticas.

O que é o relatório do IPCC é o que a ciência atual diz sobre mudanças climáticas?

O que é o relatório do IPCC e o que a ciência atual diz sobre mudanças climáticas? … Ele examina fundamentos como, por exemplo, como as emissões causadas pelo homem estão levando a mudanças fundamentais no sistema climático planetário.

Quem foi o maior cientista brasileiro?

A seguir, confira os 4 cientistas brasileiros que fizeram história no país e no mundo!

  1. Oswaldo Cruz (1872-1917) …
  2. Carlos Chagas (1879-1934) …
  3. Duilia de Mello (1963) …
  4. Suzana Herculano-Houzel (1972)

8 de jul. de 2021

Quem compõe o IPCC?

A criação do IPCC se deu em função principalmente de quatro atores: a Organização Meteorológica Mundial – OMM -, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA -, o Conselho Internacional de Uniões Científicas – CIUC – e o Governo dos Estados Unidos (Mahony, 2014).

Quais as principais advertências do mais recente relatório do IPCC sobre o aquecimento global?

Atendendo às advertências do relatório do IPCC Se coletivamente falharmos em reduzir as emissões na década de 2020 e zerarmos as emissões líquidas de CO2 por volta de 2050, limitar o aquecimento a 1,5°C está fora de alcance. Os impactos que enfrentaremos farão com que o clima extremo de hoje pareça ameno.

Quais os resultados do relatório do IPCC?

O relatório mostra que a Terra está mais quente do que esteve nos últimos 125 mil anos. Nós estamos vendo uma aceleração na taxa de aquecimento global nunca vistos nos últimos 2 mil anos.