Quais foram as características e obras do Renascimento que mais te chamaram a atenção e por que

Quais foram as características e obras do Renascimento que mais te chamaram a atenção e por que
Leonardo da Vinci (Foto: Reprodução)

Um dos maiores expoentes do Renascimento, movimento cultural, intelectual e artístico que representou a transição entre a Idade Média e a Modernidade, Leonardo da Vinci viveu seus últimos anos na França e provavelmente morreu de derrame cerebral aos 67 anos. Suas obras mais conhecidas são a Mona Lisa e a Última Ceia, além de obras arquitetônicas e dezenas de invenções.

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Conheça mais da vida e obra de Da Vinci:

1. Ele era polímata
Polímatas são pessoas que têm conhecimento em vários assuntos, e da Vinci era uma delas. Entre as funções exercidas por ele estão a de pintor, escultor, cientista, engenheiro, anatomista, matemático, escritor e arquiteto.

2. O sobrenome da Vinci é derivado da cidade onde ele foi criado
Nascido na comuna de Vinci, na Toscana, o renascentista era filho ilegítimo de uma camponesa com um tabelião. Pouco se sabe sobre a mãe dele, Caterina. Da Vinci foi criado pelo pai, Piero, com quem se mudou para Florença quando tinha 12 anos. Foi lá onde começou a se desenvolver nas artes e na engenharia, guiado pelo artista florentino Andrea del Verrocchio, com quem trabalhou por cerca de uma década até mudar de cidade.

3. Ele foi preso
Aos 24 anos, enquanto ainda trabalhava com Verrocchio, da Vinci foi preso e acusado de sodomia com um aprendiz de ourives de 17 anos. Na época, a homossexualidade era considerada crime em Florença. O italiano passou pouco tempo na prisão e foi inocentado, mas precisou pagar multa e aguentar a humilhação pública.

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"O Homem Vitruviano", de Leonardo da Vinci (Foto: Reprodução)

4. A Última Ceia levou três anos para ser finalizada
Com quase 9 metros de largura e 4,6 metros de altura, A Última Ceia foi pintada entre 1495 e 1498. A obra retrata Jesus ao lado dos 12 apóstolos e atualmente está exposta na igreja Santa Maria delle Grazie, em Milão.

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5. Mona Lisa representa a esposa de um comerciante de Florença
Lisa del Giocondo, mulher de um comerciante de seda, é a modelo por trás da pintura Mona Lisa. É por isso que, em italiano, a obra é mais conhecida como La Gioconda. Para o resto do mundo, o “mona” do nome foi escolhido por derivar de “madonna”, semelhante a madame ou senhora.

A obra foi modificada várias vezes por da Vinci ao longo dos anos e vendida ao rei Francisco I da França, onde ficou até a Revolução Francesa. Ela chegou a ser roubada por um italiano que defendia o retorno da obra à Itália. Mona Lisa tem 77 centímetros de altura e 53 centímetros de largura e pode ser vista no Museu do Louvre, em Paris.

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Um dos quadros mais conhecidos e populares da História da Arte, a Mona Lisa, pintada por Leonardo da Vinci no início dos anos 1500, ainda impressiona pelos mistérios e simbolismos que o rosto da mulher expõe, além, é claro, da própria beleza da pintura a (Foto: Reprodução)

6. Michelangelo detestava da Vinci
A técnica da pintura não era a única diferença entre os dois artistas italianos. Mal-humorado, trabalhador e celibatário, Michelangelo, tido como um dos maiores artistas do Ocidente e arquiteto da Basílica de São Pedro (sede da Igreja Católica em Roma), detestava da Vinci. Certa vez, chegou a xingar e provocar da Vinci ao vê-lo na rua.

Acredita-se que as vestes e maneiras suntuosas do autor de Mona Lisa, assim como sua homossexualidade, possam ter irritado Michelangelo.

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7. Ele era ambidestro
Um estudo conduzido pela Galleria degli Uffizi, em Florença, descobriu que da Vinci era ambidestro. Até então, acreditava-se que o pintor era canhoto. O estudo teve como base um desenho feito por da Vinci em 1473, quando tinha 21 anos. Uma análise das duas frases escritas no desenho levou pesquisadores a concluírem que ele era capaz de escrever com as duas mãos.

A historiadora de arte Cecilia Frosinini disse em entrevista à agência de notícias Reuters que o artista "nasceu canhoto, mas foi ensinado a escrever com a mão direita desde muito jovem."

Juliana Bezerra

Professora de História

As características do renascimento são o humanismo, racionalismo, individualismo, antropocentrismo, cientificismo, universalismo e a arte da Antiguidade Clássica.

Foi um movimento artístico e filosófico que despontou na Itália no século XV.

Representou uma das mais importantes mudanças de mentalidade na história da humanidade, pois foram renovadas diversas áreas do conhecimento como filosofia, política, economia, cultura, artes, ciência, dentre outras.

O movimento humanista surge como mote para a valorização do ser humano e da natureza humana, onde o antropocentrismo (homem no centro do mundo) foi sua principal característica.

O humanismo foi uma corrente intelectual que se destacou na filosofia e nas artes e que desenvolveu o espírito crítico do ser humano.

2. Racionalismo

Ao defender a razão humana, essa corrente filosófica foi importante para desenvolver diversos aspectos do pensamento renascentista em detrimento da fé medieval.

Com ele, o empirismo ou a valorização da experiência, foram essenciais para a mudança de mentalidade no período do renascimento. Esta corrente afirmava que os fenômenos humanos e da natureza deveriam ser comprovados diante de experiências racionais.

Note que o racionalismo está intimamente relacionado com a expansão científica, de forma que busca uma explicação para os fatos, baseada na ciência. Em outras palavras, a razão é o único caminho para se chegar ao conhecimento.

Representou uma das importantes características do renascimento associados ao movimento humanista.

O homem é colocado em posição central e passa a ser regido, não somente pela igreja, mas também por suas emoções e escolhas. Assim, ele torna-se um ser crítico e responsável por suas ações no mundo.

4. Antropocentrismo

Em detrimento do pensamento teocêntrico medieval, onde Deus estava no centro do mundo, o antropocentrismo (homem como centro do mundo) surge para valorizar diversos aspectos do ser humano.

A razão torna-se o instrumento pelo qual o ser humano deve pautar suas ações. Ainda que a religião continue a ter muita importância, a inteligência humana foi exaltada diante das diversas descobertas científicas da época.

Desta maneira, reforçado pelo individualismo, o homem passa a ter uma posição centralizada e isso o impulsiona a ousar no aprendizado e em descobertas científicas ou de novas terras.

5. Cientificismo

Numa época de efervescência, o conceito do cientificismo foi de suma importância para mudar a mentalidade do homem e trazer à tona questões sobre o conhecimento do mundo.

Destacam-se como grandes pensadores e cientistas desse período:

  • Nicolau Copérnico: astrônomo e matemático
  • Galileu Galilei: astrônomo e físico
  • Johannes Kepler: astrônomo e matemático
  • Andreas Vesalius: médico, “pai da anatomia”
  • Francis Bacon: filósofo e cientista
  • René Descartes : filósofo e matemático
  • Leonardo da Vinci : artista, cientista, matemático, inventor
  • Isaac Newton: astrônomo e cientista

6. Universalismo

Foi desenvolvida sobretudo, na educação renascentista corroborada pelo desenvolvimento do conhecimento humano em diversas áreas do saber.

O homem renascentista busca ser um "polímata", ou seja, aquele que se especializa em diversas áreas. O maior exemplo de figura polímata do renascimento foi sem dúvida, Leonardo da Vinci.

Vale ressaltar que no período renascentista, houve uma expansão de escolas, faculdades e universidades, bem como a inclusão de disciplinas relacionadas às humanidades (línguas, literatura, filosofia, dentre outras.)

A retomada dos valores clássicos foi essencial para o estudo dos humanistas. Um dos fatos que facilitou muito o estudo dos clássicos foi a invenção da imprensa, uma vez que a rápida reprodução das obras auxiliou na divulgação do conhecimento.

Segundo os estudiosos da época, a filosofia e as artes desenvolvidas durante a Grécia e a Roma antiga possuíam grande valor estético e cultural, em detrimento daquelas da Idade Média.

O que foi o Renascimento?

O Renascimento (ou Renascença) foi um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, ocorrido entre os séculos XIV e XVII.

Surgido na Itália, o Renascimento ganha esse nome no século XVI, de maneira a sugerir que antes do período, na Idade Média, a ciência e a arte estavam extintas, o que não é o caso. Portanto, atualmente esse termo é contestado.

De qualquer maneira, esse foi um momento em que grandes progressos ocorreram em diversos campos do conhecimento.

Como fatores que contribuíram para o surgimento da renascença, especificamente na Península Itálica, podemos destacar:

  • surgimento de uma economia pré-capitalista;
  • intensificação dos valores burgueses;
  • presença da arte e tradição clássica nas cidades italianas;
  • divisão política da Itália em cidades-estados.
Quais foram as características e obras do Renascimento que mais te chamaram a atenção e por que

Saiba tudo sobre o período do Renascimento: