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CAPITAL INTELECTUAL COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO NAS ORGANIZA��ES Joaquina Helena Vaz Langort Marques (CV) Resumo Nos dias de hoje, com o mercado cada vez mais competitivo, as empresas têm necessidade de investir cada vez mais em recursos humanos, acrescentando conhecimento em seu capital, sendo que as pessoas com suas respectivas habilidades, competências e comportamento, exercem papel extremamente importante nas Organizações. O capital intelectual manifesta-se em todas as ações da vida, nas decisões e até mesmo na sobrevivência da espécie humana e os ativos intangíveis, como as qualificações dos empregados, a tecnologia da informação e os incentivos à inovação, podem desempenhar papel importante na criação de valor para a empresa.. O artigo aborda a importância do conhecimento como gerador de riquezas das organizações, gestão do conhecimento, capital intelectual, apresentando conceitos sobre sua importância no ambiente econômico atual e suas considerações através do capital humano, capital estrutural, capital de clientes. Palavras-chaves: capital intelectual; capital humano; ativos intangíveis. Abstract Nowadays, with the market increasingly competitive, companies must neces-sity to invest more in human resources, adding knowledge capital, and people with their skills, competencies and behaviors to exert extremely important role in organizations. Intellectual capital mani-ta in all actions of life, decisions and even the survival of the species in the human and intangible assets, such as the qualifications of employees, information technology and innovation incentives, can play important role in creating value for the company .. The article discusses the importance of knowledge as a generator of wealth or-zations, knowledge management, intellectual capital, presenting concepts about its importance in the current economic environment and their concerns through human capital, structural capital, customer capital. Keywords: intellectual capital, human capital, intangible assets. Para ver el art�culo completo en formato pdf comprimido zip pulse aqu� Vaz Langort Marques, J.; Mauch Palmeira, E.: "Capital intelectual como diferencial competitivo nas organiza��es" , en Contribuciones a la Econom�a, noviembre 2011, en http://www.eumed.net/ce/2011b/ INTRODUÇÃO Com o surgimento de novas tecnologias e as rápidas mudanças que estão ocorrendo, as empresas necessitam adequar-se a uma nova realidade, investindo em capital humano, com o objetivo de obter um resultado mais rápido, onde o conhecimento torna-se um recurso econômico muito
mais importante do que a matéria-prima, e muitas vezes mais do que o capital econômico. Pode-se observar que as pessoas são importantes nas organizações, sendo elas, as principais responsáveis pelo desempenho das empresas, constituindo vantagens competitivas num mercado cada vez mais exigente. 1. O conhecimento como gerador de riqueza das organizações O conhecimento é o maior bem e foco da maioria dos investimentos, fonte do maior produto que uma empresa, principalmente, prestadora de serviços, pode ter e não deve ser retido e sim divulgado, pois quanto mais informações são compartilhadas, maior será o retorno para as empresas. Segundo Crawford (1994), o conhecimento é a capacidade de aplicar informação a um trabalho ou um resultado específico. O conhecimento sempre desempenhou importante papel nas grandes transformações sociais. Na primeira fase da Revolução Industrial, Paiva (1999) coloca que foram aplicadas as ferramentas, processos e produtos; na segunda fase – revolução da Produtividade -, passou a ser aplicado ao trabalho. Atualmente, o conhecimento está sendo aplicado ao próprio conhecimento; é a Revolução Gerencial, segundo Drucker (1996). 1.1 GESTÃO DO CONHECIMENTO Atualmente as organizações reconhecem que o conhecimento é necessário para mantê-las competitivas no mercado e melhorar significativamente o seu desempenho. O mais novo
desafio a ser enfrentado pelas empresas é a criação e a implantação de processos que gerem, armazenem e gerenciem o conhecimento. 2. CAPITAL INTELECTUAL O Capital Intelectual é o material intelectual - conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência, que se pode aproveitar para a criação de riqueza, sendo um conjunto de benefícios intangíveis
que agregam valor às empresas e representa um diferencial competitivo em relação aos concorrentes, sendo muito importante para o desenvolvimento das Organizações. Existem empresas, pessoas e organizações que escolhem produzir com ações individuais, mas isso deve ser alterado, para que o conhecimento e a informação não fiquem nas mãos de
uma única pessoa e vá embora quando esta sair da empresa, causando prejuízo frente aos seus clientes e investidores. Muitas empresas estão adotando e investindo no trabalho em equipe, estimulando o aprendizado em grupo. - Ativos de Mercado: potencial que a empresa possui em decorrência dos intangíveis que estão relacionados ao mercado, tais como: marca, clientes, lealdade dos clientes, negócios recorrentes, negócios em andamento, canais de distribuição e franquias. - Ativos Humanos: compreendem os benefícios que o indivíduo pode proporcionar para as organizações por meio da sua expertise, criatividade, conhecimento, habilidade para resolver problemas, visto de forma coletiva e dinâmica. - Ativos de Propriedade Intelectual: incluem os ativos que necessitam de proteção legal para proporcionar benefícios às organizações.
Os fatores que geram o capital intelectual, de acordo com Brooking apud Antunes & Martins (2002), são: De acordo com Dal Piero (2000): "é comum o pensamento de que seres humanos não devem ser tratados como despesa. No mínimo, devem ser vistos como ativos da
empresa. No entanto, este ativo produz a partir de movimentos intangíveis – o pensamento, o raciocínio, a síntese e análise – e assim tornar-se difícil de contabilizar, dimensionar potencial e dar uma face econômica/financeira do ser humano". O conhecimento é fator importante para o sucesso de uma empresa. Dentro dessa linha de raciocínio é possível citar também o aumento da competitividade dinâmica do mercado, da volatilidade dos capitais, da conscientização
dos clientes, dos fornecedores, dos funcionários e da comunidade em geral. A mistura de todos esses fatos fez os executivos perceberem que no atual cenário global, a rapidez, a inovação, a flexibilidade, o conhecimento e a capacidade de aprendizado individual e coletivo tornaram-se mais importantes que os próprios bens materiais, exigindo, assim, uma nova forma de gerenciamento (ENSSLIN e SCHNORRENBERGER, 2004). 2.1 Capital humano O Capital Humano é aquele incorporado nas pessoas que possuem talentos para criação de produtos e serviços de qualidade, com o intuito de atrair
clientes e satisfazê-los da melhor maneira possível. - Habilidade do tipo commodity: são as habilidades adquiridas, costumam não serem específicas de uma empresa e podem ter o mesmo valor para qualquer organização. É por exemplo, a habilidade de atender ao telefone. - Habilidades alavancadas: o conhecimento pode ser mais valioso para uma determinada empresa do que para outra. São específicas a um setor e não a uma empresa. - Habilidades proprietárias: são os talentos específicos à empresa, em torno dos quais uma organização constrói seu negócio. Pode ser codificada em forma de patentes, direitos autorais, expertise. A gestão do capital humano passa pelo levantamento do potencial humano, pela identificação das potencialidades estratégicas a desenvolver e pela capacitação necessária. Este capital refere-se ao conhecimento contido e retido, ao conhecimento de propriedade da empresa e inclui dados, tecnologias, estrutura e sistemas, rotinas e procedimentos organizacionais. A infra-estrutura
que apóia o capital humano, como equipamentos de informática, softwares, bancos de dados, também forma o capital estrutural, tendo como objetivo relacionar pessoas com especialistas e informações e clientes à empresa. - O capital tecnológico é formado pelas patentes, marcas registradas, banco de dados, softwares, copyrights, franquias, tecnologias de processos e de produtos. 2.3 Capital do Cliente É definido como o valor de sua franquia, seus relacionamentos contínuos com pessoas e organizações com as quais negocia e é justamente neste componente, que o capital se transforma em dinheiro, por isso que este capital é medido com mais freqüência do que os outros. Oliveira (2002) relaciona algumas maneiras de investir no capital do cliente: - Inove com os clientes: independente de quem seja o seu comprador, ele deseja obter o máximo do cliente dele. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento podem ser muito mais produtivos, caso já se tenha um cliente capaz de se beneficiar pelo fato de ser o primeiro a experimentar a inovação. - Invista em seus clientes de empowerment: oferecer aos clientes a oportunidade de acompanhar eletronicamente, passo a passo, a fabricação de um produto, pode ter desvantagens com relação ao poder de barganha. Entretanto, apresenta uma infinidade de vantagens, destacando-se a possibilidade de se obter feedback do cliente, antes mesmo de se cometer erros. - Concentre-se nos clientes como indivíduos: o empowerment, como benefício, aumenta a capacidade da empresa em adquirir informações sobre os seus clientes. Entretanto, transformar essas informações em capital do cliente, um ativo duradouro, requer a capacidade de atender com flexibilidade às necessidades dos clientes individuais. Isso torna necessário que as informações a serem utilizadas possam ser extraídas de bases de dados organizadas por clientes, onde constem cadastros individualizados. - Divida os ganhos com seus clientes: o conceito de capital do cliente só faz sentido quando o produtor e o cliente não lutam pelo excedente que criaram juntos, mas concordam abertamente em possuí-los juntos. Quanto mais estreitos os laços entre produtor e consumidor, maior é a capacidade de se gerar excedente em forma de capital do cliente. - Aprenda o negócio do seu cliente e lhe ensine o seu: afinal, quanto melhor informado estiver sobre o negócio de um cliente, melhor poderá servi-lo. Isso se dará através da identificação das necessidades não-expressas do cliente, o que permitirá o desenvolvimento de produtos que os atendam. - Torne-se indispensável: as informações sobre o cliente podem e devem ser utilizadas para que se busque ofertar um serviço vital para o cliente, de difícil substituição por outro fornecedor. Por meio de informações, é possível conhecer as características e especificidades de determinado produto que o tornam especialmente atraente aos olhos do comprador. Verifica-se, então, a necessidade de controle desses três fatores que interagem entre si: capital humano, estrutural e de clientes, para obter um capital intelectual bem estruturado, que possa ser mensurado e avaliado, de acordo com as características e particularidades de cada organização para obter resultados satisfatórios e contribuir com a contabilidade através de novas informações, proporcionando uma visão mais moderna e atual. CONCLUSÃO Com as mudanças tecnológicas, houve uma profunda alteração de valores na sociedade, e o conhecimento passou a ter uma importância fundamental em todas as atividades desta nova era. A grande questão é saber identificar e divulgar o conhecimento gerado dentro da empresa,
promovendo a transformação de material intelectual bruto gerado em capital intelectual, e que garanta uma trajetória de crescimento e desenvolvimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, M. T. P. MARTINS, E. Capital intelectual: verdades e mitos. Revista de Contabilidade & Finanças da USP – FEA – Departamento de Contabilidade e Atuaria. São Paulo – SP, ano XIII, nº 29, p.41-54, mai/agos.2002. BAUM, M. S. GONÇALVES, O. Ativos intangíveis – mensurar ou ignorar. In Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul, 8., 2001, Gramado. Anais da VIII Convenção de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Gramado: RS, 2001. v.3, p.101-120. BROOKING, Annie. (1996). “Intellectual Capital: Core Asset for the Third Millennium Enterprise”. Boston: Thomson Publishing Inc.; BROOKING, A. Intellectual capital. Londres: International Thompson Business Press, 1996. CRAWFORD, Richard. Na era do capital humano: o talento, a inteligência e o conhecimento como forças econômicas, seu impacto nas empresas e nas decisões de investimento. São Paulo: Atlas, 1994. DUFFY, Daintry. Uma idéia capital. HSM Management. Revista de Informação Conhecimentos para Gestão Empresarial. São Paulo – SP: ano 4, nº 22, p.72-78, set/out/2000. DAL PIERO, Francisco (2000). A "Era da Marca". Um Recado aos Contadores / O Momento é de Proteger e Contabilizar o Capital Intelectual. http://www.rondonia.com DUFFY, Daintry. Uma idéia capital. HSM Management. Revista de Informação Conhecimentos para Gestão Empresarial. São Paulo – SP: ano 4, nº 22, p.72-78, set/out/2000. DRUCKER, Peter F. Sociedade pós-capitalista. 5.ed. são Paulo: Pioneira, 1996. EDWINSSON, L. O capital intelectual como instrumento de gestão. Administração e finanças. Case Studies – Skandia. Insight. jul/ago. 1997. EDWINSSON, L. MALONE, M. S. Capital intelectual: descobrindo o valor real de sua empresa pela identificação de seus valores internos. São Paulo: Makron Books, 1998. ENSSLIN, Ph.D. Leonardo & SCHNORRENBERGER, Darci. Gerenciamento de intangíveis: sonho ou realidade? Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, mai./jun. 2004. OLIVEIRA, F. M. G. SILVA, Mariana Maciel da. Capital intelectual. http://www.dep.ufscar.br/pet/kintelec.htm. Acesso em: 02 jul.2002. MARÇULA, M. Metodologia para gestão do conhecimento apoiada pela tecnologia da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – ENEGEP, 19., 1999, Rio de Janeiro. MENDES, Mário Henrique de Freitas (2000). Capital Intelectual: O Desafio do Terceiro Milênio. http://www.uefs.br/exerecic/ PADOVEZE, Clóvis Luís. Aspectos da gestão econômica do capital humano. Revista de Contabilidade do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo. São Paulo – SP: ano IV, nº 14, p.4-20, dez/2000. PAIVA, Simone Bastos. O capital intelectual e a contabilidade: o grande desafio no alvorecer do 3° milênio. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília, ano 28, n. 117, p. 76-82, maio/jun. 1999. STEWART, Tomas A. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1998. STRAIOTO, Dizia Maria G. T. Contabilidade e os ativos que agregam vantagens superiores e sustentáveis de competitividade – O capital intelectual, A. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, jul./ago. 2000. SÁ, Antônio Lopes de. Ativo Intangível e potencialidades dos capitais. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, ano 29, n. 125, p. 46-53, set./out. 2000. SÁ, A. L. de. Os valores intangíveis da riqueza patrimonial e a contabilidade do intelectual. http://www.lopesdesa.com.br. Acesso em 01 jun.2002. SVEIBY, Karl Erik. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando patrimônios de conhecimento. Tradução de Luiz Euclydes Trindade Frazão Filho – Rio de Janeiro: Campus, 1998. SVEIBY, Karl Erik O valor do intangível. HSM Management. Revista de Informação e Conhecimentos para Gestão Empresarial. São Paulo – SP: ano 4, nº 22, p.66-69, set/out/2000. <http://www.gestiopolis.com/canales5/fin/mensuracao.htm> acesso em 23-10-2011 Quanto à utilização de tecnologias na gestão da informação as empresas podem obter vantagens competitivas?Quanto à utilização de tecnologias na gestão da informação, as empresas podem obter vantagens competitivas que trazem um diferencial às empresas. Assim, ultimamente tem ocorrido a implementação de Extranets, cujo valor comercial decorre de vários fatores.
Quais os benefícios da tecnologia da informação para as empresas?Abaixo, você confere as principais vantagens da tecnologia para as empresas:. Maior produtividade do funcionário. ... . Comunicação mais rápida e confiável. ... . Contabilidade simplificada. ... . Aumento da eficiência. ... . Armazenamento de dados confiável. ... . Redução dos custos. ... . Possibilidade de operação remota. ... . Maior competitividade no mercado.. Como a tecnologia da informação influencia a competição e as fontes de vantagem competitiva?A TI permite que a empresa tenha recursos para mudar processos, definir estratégias de negócios e planejamento empresarial, e firmar a marca – todas estas ações são fundamentais para competir no mercado.
Qual a importância da tecnologia da informação nas organizações e sua influência nos aspectos competitivos?Os benefícios que a tecnologia da informação traz para as organizações é a melhoria dos relacionamentos com fornecedores e clientes, inovação de produtos e serviços, novos canais de vendas e distribuição, promoção de produtos e serviços, customização e massa, novas oportunidades de negócio, estratégia competitiva, ...
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