Olá, educando (a). Esta videoaula de Geografia foi veiculada na TV no dia 06/10/2021 (Quarta-feira). Aqui no Portal Conexão Escola, ela está disponível juntamente com a proposta de atividade. Show Na aula de hoje vamos compreender a colonização da América e da África pelos europeus. Temática – Geografia – América e África: da colonização a escravidão. Disponível em: <pixabay.com/photo>. Acesso em: 13 de Setembro de 2021.Assista a videoaula abaixo, com a temática – Geografia – América e África: da colonização a escravidão. GEOGRAFIA | 8º ANO | ENSINO FUNDAMENTAL | PROF.: AILTONAmérica e África: da colonização a escravidão O continente americano e africano não estão coladinhos, na verdade estão bem distantes separados pelo Oceano Atlântico por aproximadamente 9.382 km, considerando a costa oeste da África e a costa leste da América do Sul. Ainda que distantes fisicamente, a história de ocupação do continente americano pelos europeus passa pela exploração de pessoas escravizadas e de origem africana, que resultou na miscigenação e contribuiu para formação populacional e cultural da América. Por volta de 1492 tem início a colonização da América pelos europeus, onde hoje conhecemos por América do Sul a ocupação ocorreu principalmente por portugueses e espanhóis ainda que houvesse a presença de holandeses e franceses. Na região da América do Norte e Central ingleses, franceses e espanhóis foram os principais colonizadores. Veja: Figura I: América línguas oficiais. Fonte: ADAS, M; ADAS, S. Expedições Geográficas: 7° ano. 3° Edição. São Paulo: Moderna, 2018. p. 67. A regionalização do continente americano que leva em consideração a história de ocupação e a imposição do idioma pelos colonizadores, como podemos observar na Figura I, divide a América em Anglo- Saxônica: países de língua inglesa; América Latina: países de língua neolatina, originadas do latim. Em alguns países da América Latina a língua dos nativos são considerados idiomas oficiais ou algumas palavras foram incorporadas ao idioma oficial, como é o caso das palavras indígenas que compõem o Português aqui no Brasil. Não é incomum encontrar aqui no Brasil pessoa que buscam dupla nacionalidade em decorrência dos seus ancestrais europeus, como por exemplo italianos e alemães que migraram durante o período das Guerras Mundiais, no entanto, é difícil encontrar alguém buscando sua ancestralidade dos povos africanos e acredite muitos de nós temos origem no velho continente. Durante o período da colonização américa, independente por qual nação europeia, houve intensa exploração da mão de obra africana que cruzava o Atlântico em navios negreiros para serem comercializados e escravizados. Estima- se que aproximadamente 11 milhões de pessoas foram trazidas para o continente americano e aqui escravizadas, o Brasil foi um dos principais destinos tendo recebido em algo próximo há 4,5 milhões de africanos de diversas etnias. Veja: Figura II: Área de origem dos afro- brasileiros. Fonte: ADAS, M; ADAS, S. Expedições Geográficas: 7° ano. 3° Edição. São Paulo: Moderna, 2018. p. 69. Como podemos observar na Figura II, a origem das pessoas que eram escravizadas no Brasil não limitava- se apenas a uma região da África, ainda que possamos destacar a área do Congo, Moçambique e Cabo Verde como um dos principais pontos de partida dos navios negreiros para a América do Sul. Os povos africanos que vieram para América apresentavam tradições e religiões diferentes, ainda que não tivessem liberdade para expressar a sua cultura, contribuíram com aspectos culturais marcantes de diferentes regiões do continente americano. A população brasileira é formada pela tríade entre europeus (principalmente portugueses), negros africanos e índios (nativos), os povos africanos que também estão presentes na miscigenação do povo brasileiro podem ser visíveis em nossa cultura com valiosas contribuições como as palavras: moleque, cachaça, cafuné, fubá, berimbau e mocambo; na culinária com o: acarajé, vatapá, caruru, mungunzá e angu; na música e na dança com: samba, tambor, capoeira e maracatu. Os escravos foram importantes para o enriquecimento dos colonizadores europeus que exploravam o comércio e a mão de obra dos escravizados. No entanto, a Revolução Industrial provoca alterações profundas em nossa sociedade e uma delas é a defesa do fim da escravidão pela necessidade de gerar mercado consumidor, na América o primeiro país abolir a escravidão foi o Haiti em 1793, outras nações vão tomando o mesmo rumo nos anos seguintes México (1829), Paraguai e Uruguai (1842), Estados Unidos (1865) e Brasil (1888). A abolição da escravidão não representou necessariamente o fim da escravidão ou garantiu direitos e melhor condição de vidas ao escravos que habitavam na América. O Brasil, o último país americano abolir escravidão, não o fez de bom grado e uma parcela expressiva da população era contra o fim da exploração da mão de obra escrava, por não considerar os homens negros como cidadãos os marginalizavam e de forma preconceituosa criavam obstáculos para sua inserção na sociedade, é importante ressaltar que com a abolição da escravidão no Brasil não houve nenhuma política pública de inserção dos homens negros na sociedade brasileira. Nos Estados Unidos, país desenvolvido, maior potência econômica e militar do mundo, os homens negros não estavam realmente livres após 1865, foi apenas em 1965 com a proclamação da Lei dos Direitos Civis que os direitos democráticos alcançaram todos os cidadãos nascidos nos Estados Unidos. A segregação racial era tão intensa que haviam espaços públicos, assentos em ônibus, lanchonetes e restaurantes separados para pessoas negras e brancas e obviamente os afrodescendentes negros estavam em condição de subordinação aos brancos. Conferência de Berlim Assim como ocorreu na América, por volta de 1500, a colonização europeia alcançou o continente africano em 1884, isso mesmo, ainda que a África seja considerada um dos berços da civilização não foi poupada dos interesses imperialistas das potências europeias. Com a expansão da industrialização a necessidade por matéria- prima leva a partilha da África pelos europeus, o que conhecemos por neocolonialismo. Observe a Figura III: Figura III: África: político – 1947. Fonte: ADAS, M; ADAS, S. Expedições Geográficas: 7° ano. 3° Edição. São Paulo: Moderna, 2018. p. 264. A conferência de Berlim em 1884 define a partilha da África entre os colonialistas europeus, estabelecendo acordos, regras, fronteiras e posse sobre o território africano conquistado para evitar conflitos entre os colonizadores. Mesmo que considerada como velho continente ao lado da Europa e Ásia, a África assiste o processo de colonização já no século XIX que não respeita as etnias e povos que habitavam aquele espaço, criando fronteiras arbitrárias e agrupando tribos que carregam conflitos e desavenças. A Figura III apresenta as áreas de domínio de cada nação europeia e os países africanos que já haviam conquistado sua independência até 1947. Atividades Responda as questões abaixo e registre as respostas em seu caderno. Se possível, compartilhe com os colegas e professores. Questão 1 – Analise a Figura III e aponte quais países eram independentes na África em 1947? Questão 2 – Abolição da escravatura garantiu a integração das pessoas que eram escravizadas à sociedade daquele período? Justifique sua resposta. Questão 3 – Aponte quais pontos em comuns podemos estabelecer entre a relação dos europeus com a América (1500) e África (1884).
Qual relação entre o continente africano e a escravidão?O comércio de pessoas que se tornavam escravizadas estava presente no continente africano desde os egípcios antigos. As pessoas se tornavam escravas na África principalmente em razão das guerras: membros de tribos rivais eram reduzidos à condição de cativos, ou seja, escravos.
Quais as diferenças entre a escravidão praticada no continente africano?A principal diferença era que a escravidão na África não tinha o caráter comercial adotado após o desenvolvimento do tráfico de escravos através do oceano Atlântico. Um dos sistemas que existiam na África negra era o jonya, difundido no Sudão ocidental, no Níger e no Chade.
Qual era a principal forma de escravização no continente africano?As pessoas se tornavam escravizadas na África principalmente por guerras. Outra forma de escravidão presente na África foi a escravidão por dívida: o indivíduo endividado passava a ser escravo do credor da dívida.
Quais são as principais funções dos escravos no continente africano?O desenvolvimento da economia colonial era garantido pela mão de obra escrava, que era empregada em diversas áreas: pecuária, lavoura, coleta, pesca e transporte de produtos. Os escravizados também realizavam uma diversidade de atividades desde o plantio (diversas culturas) até a preparação e o processamento do açúcar.
|