O jogo enquanto ferramenta de aprendizagem vai se desenvolver de forma positiva, se o educador souber trabalhar adequadamente com ele. É sabido que muitos vêem este tipo de atividade como atividade de disputa, onde há perdedores e ganhadores e uma grande parte dos docentes dissemina este conceito errôneo que se tem desta atividade. Quando se trabalha o corpo, a ludicidade e o jogo, desenvolvemos diversas potencialidades como a criatividade, o prazer, a interação entre as pessoas, a cooperação, entre outras. Show Devido o caráter sócio-histórico de Vygotsky, o qual aponta a brincadeira como uma atividade dominante na infância, em que através dela a criança expressa sua imaginação, conhece seu corpo e até mesmo cria suas próprias regras, verificamos que a brincadeira tem caráter essencial na formação e no desenvolvimento do indivíduo na sociedade. Todavia, constantemente nos deparamos com situações onde os jogos são relegados a um segundo plano. O desenvolvimento da criança e seu conseqüente aprendizado ocorrem quando esta participa ativamente: seja discutindo as regras do jogo, seja propondo soluções para resolvê-los. É de extrema importância que o professor também participe e que proponha desafios em busca de uma solução e de uma participação coletiva. O papel do educador neste caso será de mediador e este não delimitará mais a função de cada e nem como se deve jogar. Outro teórico que percebe o jogo como atividade importante no desenvolvimento
da criança, resultando em benefícios morais, intelectuais e físicos, é FROEBEL. Para este teórico, a falta de liberdade e a repressão repercutem negativamente, no que diz respeito ao estímulo da atividade espontânea, característica fundamental para o desenvolvimento. “ Brincar é a fase mais importante da infância- do desenvolvimento humano neste período- por ser a auto-ativa representação do interno- a representação de necessidades e impulsos internos.” (FROEBEL, 1912, pp. 54-55) Assim, semelhante ao pensamento de Vygotsky, que vê a interação como ação que provoca intervenções no desenvolvimento da criança, Froebel, também concorda que os jogos interferem positivamente, pois no brincar a criança expõe sua capacidade representativa, o prazer e a interação com outras crianças. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Desta forma, entendo que as atividades lúdicas cooperativas contribuem e oportunizam as crianças momentos de expressão, criação e de troca de informação, além de trabalhar a cooperação. Torna-se necessário também que o educador reavalie seus conceitos a respeito dessas atividades, principalmente com relação aos jogos, e que neste processo a criança tenha espaço para expressar sua fala, seu ponto de vista e suas sugestões. O professor ao propor algum tipo de atividade, deve deixá-lo à vontade, pois através da troca de experiências com outros colegas, da criatividade e busca de soluções, ele conseguirá construir seu próprio conhecimento. Referências Bibliográficas - KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org) – O Brincar e suas teorias – São Paulo: Ed. Pioneira , 2002. Flavia Sales Qual o papel do professor nas atividades lúdicas?O professor deve ter uma relação mediadora nesse processo de atividades lúdicas e a prática pedagógica, para que ocorra uma aprendizagem significativa e não seja somente uma forma de diversão da criança.
Como o professor deve trabalhar o lúdico em sala de aula?O professor pode fazer uso do lúdico em diferentes situações dentro da sala de aula, incluindo jogos e brincadeiras, podendo ser um instrumento norteador, no processo de ensino/ aprendizagem de cada disciplina, com a intenção de fazer com que o aprendizado se torne algo sedutor.
Qual o papel do professor como sujeito mediador da atividade lúdica na infância?Através do lúdico, o educador pode desenvolver atividades em que haja uma interação maior entre os educandos favorecendo-os a aprendizagem de forma divertida ensinando-os a compreender os valores éticos, morais, tornando-os conscientes de seus direitos e deveres de como ser responsável.
Qual o papel do professor na prática do brincar?Observar as interações; Perseguir os interesses das crianças; Colaborar com materiais de apoio; Trabalhar a escrita com materiais de apoio (identificados a partir da observação dos rumos das brincadeiras);
|