Qual é a estrutura adquirida pelas pteridófitas que as tornam mais evoluída que as briófitas?

Uma dúvida muito comum entre os alunos do Ensino Médio e aqueles que se preparam para o vestibular é a diferença entre briófitas e pteridófitas. Na Biologia, a botânica pode parecer um bicho de sete cabeças, mas não é sempre assim, como vamos mostrar neste artigo.

  • O que são Briófitas e Pteridófitas?
  • Briófitas e Pteridófitas: diferenças
  • Briófitas e Pteridófitas: exemplos
  • Briófitas e Pteridófitas: caiu no vestibular
  • Veja também:

Primeiramente, vamos entender o que são as briófitas e pteridófitas. Junto das gimnospermas e angiospermas, elas compõem os grupos atualmente classificados no Reino Vegetal, isto é, entre todas as espécies de plantas conhecidas.

As briófitas e pteridófitas, especificamente, diferenciam-se das demais plantas por terem os seus órgãos reprodutores não expostos diretamente ao meio, sendo, por isso, chamadas de criptógamas (do grego cripto = escondido + gamae = gametas).

Por sua vez, gimnospermas e angiospermas são classificadas como fanerógamas e apresentam sementes (do grego fanero = visível + gamae = gametas).

Quais as diferenças entre Briófitas e Pteridófitas?

As Briófitas não possuem vasos condutores e sua fase de ciclo de vida predominante é a gametófita. As Pteridófitas possuem vasos condutores de seiva e sua fase predominante é a esporofítica.

Qual é a estrutura adquirida pelas pteridófitas que as tornam mais evoluída que as briófitas?

Briófitas e Pteridófitas: diferenças

Mas, então, quais as diferenças entre briófitas e pteridófitas? Basicamente, há duas diferenças principais: a fase do ciclo de vida dominante em cada uma e a presença ou não de vasos condutores de seiva. Vamos explorar a seguir essas especificidades.

No caso do Reino Vegetal, diz-se que seus indivíduos têm ciclo de vida com alternância de gerações, ou seja, há duas fases com dois tipos de seres vivos diferentes, que alternam sua existência de geração em geração. Essas fases são chamadas de esporofítica e gametofítica.

A primeira é determinada pela planta denominada esporófito, que dará origem a um ser gametofítico ou gametófito através de reprodução assexuada, que, por sua vez, formará novamente um esporófito por meio de reprodução sexuada.

No caso das briófitas, a fase que predomina, tendo maior relevância e duração, é a gametofítica (produtora de gametas); já nas pteridófitas, quem predomina é a fase esporofítica (produtora de esporos).

A outra grande diferença entre os grupos se refere aos vasos condutores de seiva. Nas briófitas, eles estão ausentes, e o transporte de água e nutrientes é feito de célula em célula, por difusão – um processo muito lento.

Nas pteridófitas, por outro lado, a seiva corre por vasos condutores, são plantas vasculares, o que garante maior velocidade no seu transporte ao longo de todo o vegetal.

Uma implicação importante dessa característica é o tamanho que essas plantas podem alcançar – geralmente, pteridófitas são muito maiores do que as briófitas, uma vez que podem levar eficientemente recursos da raiz para outras partes do vegetal, não sendo a distância entre elas um impeditivo imediato para o seu crescimento.

Briófitas e Pteridófitas: exemplos

Agora que já ficou claro do que estamos falando, basta exemplificar quem são essas plantas. O clássico modelo de briófita é o musgo, enquanto as samambaias e as avencas são as pteridófitas mais conhecidas.

Qual é a estrutura adquirida pelas pteridófitas que as tornam mais evoluída que as briófitas?
Musgo é um tipo de Briófita (Imagem: Shutterstock)

Qual é a estrutura adquirida pelas pteridófitas que as tornam mais evoluída que as briófitas?
Samambaia é um tipo de Pteridófita (Imagem: Shutterstock)

Briófitas e Pteridófitas: caiu no vestibular

Unesp 2015

As espécies dos grupos vegetais A e B assemelham-se, pois: crescem preferencialmente em solos úmidos; possuem órgãos de reprodução pouco desenvolvidos; são destituídas de flores, sementes e frutos; dependem da água para a reprodução; reproduzem-se por alternância de gerações. Contudo, as espécies do grupo A são vasculares e as do grupo B, avasculares.

Nos grupos A e B, poderiam estar incluídas, respectivamente,

a) clorófitas e rodófitas.
b) samambaias e avencas.
c) musgos e hepáticas.
d) musgos e samambaias.
e) avencas e hepáticas.

Comentários

A e B correspondem, respectivamente, a pteridófitas e briófitas, sendo a única alternativa que compreende exemplos dessas plantas e na ordem correta a letra e: avencas e hepáticas. Clorófitas e rodófitas são algas. Samambaias e avencas são, ambas, pteridófitas. Musgos e hepáticas são, ambas, briófitas. E musgos e samambaias são briófitas e pteridófitas, nesta ordem. Portanto, as alternativas a, b, c e d estão incorretas.

Gabarito: E

Qual é a estrutura adquirida pelas pteridófitas que as tornam mais evoluída que as briófitas?

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Qual a estrutura que faz das pteridófitas plantas mais evoluídas do que as briófitas?

Nesses vegetais, portanto, já é possível observar a presença de xilema e floema, duas estruturas responsáveis pelo transporte de substâncias no interior da planta. Graças a essa característica, as pteridófitas possuem um porte superior ao das briófitas.

Qual foi a novidade evolutiva das pteridófitas em relação às briófitas?

Plantas Traqueófitas: Presença de Tecidos Condutores As pteridófitas são chamadas traqueófitas ou plantas vasculares, o que é uma novidade evolutiva em relação às briófitas. Isso quer dizer que têm dois tecidos condutores diferenciados: o xilema e o floema.

Qual é a diferença entre evolutiva entre as briófitas e as pteridófitas?

No caso das briófitas, a fase que predomina, tendo maior relevância e duração, é a gametofítica (produtora de gametas); já nas pteridófitas, quem predomina é a fase esporofítica (produtora de esporos). A outra grande diferença entre os grupos se refere aos vasos condutores de seiva.

Qual a estrutura evolutiva que aparece em pteridófitas?

As pteridófitas (do grego pteridon = feto e phyton = planta), também chamadas de plantas vasculares sem sementes, são um grupo vegetal que se destaca pelo surgimento de uma importante novidade evolutiva: os vasos condutores de seiva (xilema e floema).