Qual a importância do acompanhamento psicológico para quem é diagnosticado com a doença?

Ser diagnosticado com uma doença crónica tem implicações no estado anímico de qualquer pessoa. É por isso que, aliado aos tratamentos médicos que se devem seguir à risca, é imperativo receber apoio psicológico permanente.

Quer sejam simples ou complexas, as patologias crónicas têm as suas especificidades. De igual forma, cada doente assume uma forma própria de viver com as suas dificuldades e de as enfrentar.

Frequentemente, existem oscilações bruscas de comportamento num mesmo paciente, consoante a evolução da enfermidade. Por arrasto, é provável que os familiares e amigos mais próximos se sintam impotentes e descompensados emocionalmente.

As limitações que houver não são impeditivas de seguir em frente, nem de encarar o futuro com otimismo. Em alguns casos, é necessário apoio, confiança e a certeza de que não se está sozinho num caminho que é sinuoso.

A intervenção de um especialista poderá ajudar a que a situação seja superada ou, no mínimo, suavizada em termos psicológicos. Conheça 5 evidências de que a Psicologia tem um papel essencial em casos de doenças de difícil resolução ou até sem cura.

1. Ajuda na aceitação do diagnóstico

Receber a notícia de que se tem um problema de saúde irreversível, ou quase, constitui um momento negativamente marcante. Tão marcante que, muitas vezes, a reação inicial da pessoa passa por não querer acreditar no diagnóstico ou desvalorizá-lo.

Quando assim é, o paciente entra no que vulgarmente se denomina fase de negação. Por outras palavras, envereda por uma atitude de rejeição total do seu quadro clínico verdadeiro. Tal postura dificulta qualquer tratamento médico inicial, podendo levar a que a doença conheça uma progressão mais acelerada.

Nesta fase, a intervenção de um psicólogo – ainda que possa ser complicada devido à relutância do indivíduo – é crucial. O acompanhamento psicológico desde o primeiro instante ajudará a que a pessoa comece a passar da negação para a aceitação. Ao terapeuta cabe tentar que, dentro do possível, o doente mantenha um bom equilíbrio emocional.

Uma vez atingido este ponto, é tempo de dar outros passos igualmente importantes para a manutenção estável da saúde psíquica.

2. Escutar as aflições dos pacientes

A função de um psicólogo passa muito por ouvir e entender as angústias das pessoas que a ele recorrem. Quando se trata de alguém com uma doença crónica, esse exercício é ainda mais fulcral.

O paciente tenderá a estar descrente, desorientado e sobretudo revoltado. Por norma, a revolta é mesmo o sentimento dominante assim que o doente cai em si e assume o seu problema.

Para que, num cenário destes, se possa olhar a vida de modo construtivo, importa que se descarreguem todas as mágoas. Apenas um ambiente calmo, de diálogo e compreensão consegue garantir esse restabelecimento anímico de forma gradual.

A assistência de um terapeuta proporciona isso por via de uma linguagem clara e adequada ao contexto, entre outros aspetos. Em síntese, o acompanhamento psicológico possibilita não só o aliviar da frustração, como a construção de pontes para um futuro menos sofrido.

3. Saber lidar com a doença crónica

Uma doença insanável representa um rude golpe para todo o ser humano. Haverá sempre limitações a nível físico e restrições de várias ordens que estarão presentes no dia-a-dia. Isso é irrecuperável em grande parte das ocasiões.

Porém, pode aprender-se a viver com uma enfermidade crónico-degenerativa. Em casos extremos, é até possível viver com o falecimento no horizonte a curto/médio prazo. Porque, afinal, a morte faz parte da vida e é incontornável para todos. Não tem de ser considerada um tabu nem vista com um fatalismo desmesurado.

A ajuda psicológica permitirá, precisamente, aceitar todas estas condicionantes de uma maneira menos trágica. O objetivo passa por direcionar os pacientes para um sentido de dignidade e paz interior.

Além disso, o psicólogo clínico tem aqui mais uma missão decisiva a desempenhar. A ele caberá atuar como intermediário entre os pacientes e os médicos. Por um lado, incentivando os primeiros no seguimento dos tratamentos. Por outro, informando os segundos acerca do estado psíquico da pessoa adoentada.

4. Apoio psicológico aos familiares

Perante complicações de saúde, a família e os amigos tendem a ser os maiores pilares emocionais do doente. Significa, portanto, que estes estarão expostos ao sofrimento do seu ente querido. Ora, isso implica também um enorme dispêndio de emoções que pode deixar marcas nestas pessoas.

O acompanhamento psicológico em situações delicadas de enfermidade estende-se, com frequência, àqueles que são mais próximos do paciente. Os familiares transparecem, igualmente, momentos de fraqueza e desânimo. O medo de uma eventual perda é aterrador e insuportável para muitos. No limite, uma circunstância tão traumática poderá até desestruturar toda uma família.

A ação do psicólogo junto do grupo familiar do doente será assim benigna para todos. O terapeuta funcionará, novamente, como um elo de ligação entre as partes. Mais do que isso, promoverá uma compreensão e cooperação mútuas.

5. Manutenção da esperança

Nalgumas doenças crónicas, como a diabetes ou a hipertensão arterial, as terapias e a medicação podem atenuar bastante os efeitos nefastos, permitindo ter qualidade de vida.

A acompanhar os cuidados médicos indispensáveis está a força de vontade do paciente e a sua resistência mental. Isto é particularmente relevante no tratamento de um cancro de mama, por exemplo. Até porque os métodos aí utilizados podem tornar-se violentos, tanto física como psicologicamente.

É certo que há que considerar o temperamento de cada pessoa perante a adversidade. Existem as mais positivas, que manterão a confiança, e as mais pessimistas, que podem cair facilmente na resignação. Nestas últimas, o trabalho do psicólogo pode ser determinante.

De qualquer forma, o que é fundamental salientar é o peso do apoio psicológico na manutenção da esperança na cura. Ou, pelo menos, nas reais possibilidades de uma recuperação parcial e de uma vida controlada.

Por influência do psicoterapeuta, o doente conseguirá ver luz ao fundo do túnel e não perderá o foco na terapia.

Na Eiriz Saúde, dispomos de uma excelente equipa na área da Psicologia, pelo que a satisfação dos que nos procuram está garantida. Em caso de necessidade, não hesite em contactar-nos.

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Qual a importância do acompanhamento psicológico?

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Como você terapeuta lida com o paciente que recebeu algum diagnóstico?

Contar com o apoio psicológico pode ser a melhor forma de a pessoa aceitar a doença, e encará-la da melhor maneira. O profissional dará todo o suporte necessário ao paciente para que ele não se sinta sozinho nessa fase de sua vida, e possa enfrentá-la com mais força.