Qual a consequência da altitude em relação ao clima local de São Paulo

Os fatores impermeabilização do solo e remoção da cobertura vegetal, associados à emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) emitidos pelos processos industriais e pelos veículos movidos a combustíveis fósseis, são grandes propulsores da criação de climas locais bastante alterados, capazes de impactar na saúde dos seres vivos. Mundialmente, pesquisadores estudam as mudanças climáticas provocadas pelas interferências promovidas pelo ser humano na Terra. Com isso, as cidades têm se mobilizado para enfrentar as mudanças climáticas uma vez que um clima local ameno e equilibrado garante mais saúde, ar puro, oportunidades econômicas e sociais, áreas verdes e bem-estar para seus cidadãos (Consórcio Intermunicipal do ABC, 201X)

Neste contexto a ocorrência de chuvas intensas e a alta umidade relativa do ar, a ocorrência de ventos, a presença do Reservatório Billings e de vegetação, são importantes fatores reguladores da dispersão dos poluentes em nossa cidade. A vegetação, além de contribuir na retenção de partículas de poluentes, exerce importante papel regulador da temperatura e do escoamento das águas das chuvas.

Nossa cidade tem uma legislação específica para tratar das mudanças climáticas, a Lei nº 6.812/2019. Esta lei define uma Política de Enfrentamento às Mudanças Climáticas, abordando os princípios, objetivos, conceitos, diretrizes e instrumentos para o seu efetivo desenvolvimento. A política pretende, resumidamente, promover o desenvolvimento sustentável, controlar as emissões dos GEE dentro de padrões saudáveis, construir uma cidade capaz de lidar e se recuperar diante das mudanças do clima protegendo as comunidades mais vulneráveis e estimular a inovação para melhorar a qualidade de vida da população como um todo. Tudo isso para assegurar a contribuição do Município no cumprimento dos propósitos da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, conforme diz a própria lei. A lei ainda define metas, estratégias de adaptação e mitigação e vários outros pontos, todos importantes para a construção de uma cidade economicamente sustentável; sendo um dos fatores mais importantes dentro destes aspectos, as boas práticas em mobilidade urbana. Você pode saber mais sobre esse tema, clicando aqui.

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O clima da cidade de São Paulo é considerado subtropical úmido (Cfa de acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger), com as quatro estações do ano relativamente definidas. A temperatura média anual é de 20 °C; o verão é morno com precipitação e o inverno é fresco com pouca precipitação. Ao longo do ano, normalmente, a temperatura mínima nos meses mais frios é de 13 °C e a temperatura máxima nos meses mais quentes é de 29 °C e raramente são inferiores a 8 °C ou superiores a 32 °C.[1][2]

Em São Paulo, as temperaturas são aumentadas principalmente pelo efeito das ilhas de calor, que são ocasionadas pela poluição atmosférica, poucas áreas verdes e a alta concentração de edifícios.[3]

A estação meteorológica mais antiga em atividade no município de São Paulo está localizada na antiga sede do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), no bairro da Água Funda, zona sul da cidade, e opera desde 1933. No entanto, é no Mirante de Santana, na zona norte, onde fica a estação oficial da cidade, administrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e em operação desde 1945, doze anos depois da estação do IAG/USP.[4] Em março de 2018, o INMET instalou uma estação automática em parceria com SESC-Interlagos, na zona sul, que entrou em operação no dia 14 e foi oficialmente inaugurada no dia 23, em alusão às comemorações do Dia Meteorológico Mundial.[5][6]

Temperatura[editar | editar código-fonte]

A capital paulista é considerada a segunda ou terceira mais fria do Brasil, dependendo da referência utilizada para a classificação. Tomando-se como referência a temperatura média anual, a cidade recebe o título de segunda capital mais fria. Tomando-se como referência a temperatura média do mês mais frio, a cidade recebe o título de terceira mais fria. Devido à proximidade do mar, a maritimidade é uma constante do clima local, sendo responsável por evitar dias de calor intenso no verão ou de frio intenso no inverno e tornar a cidade mais úmida, com temperaturas mínimas que raramente são superiores a 23 °C num período de 24 horas no verão.

No inverno, o ingresso de fortes massas de ar polar acompanhadas de excessiva nebulosidade às vezes fazem com que as temperaturas permaneçam muito baixas, mesmo durante a tarde. Tardes com temperaturas máximas que variam entre 14 °C e 16 °C são comuns até mesmo durante o outono e o início da primavera. Durante o inverno, já houve vários registros de tardes em que a temperatura sequer ultrapassou a marca dos 10 °C, como em 24 de julho de 2013, quando a máxima foi de apenas 8,5 °C.

Devido ao efeito das ilhas de calor, causado por excessos de prédios, asfalto, concreto e poucas áreas verdes, a cidade de São Paulo tem sofrido com os dias quentes e secos durante o inverno, não raro ultrapassando a marca dos 25 °C nos meses de julho e agosto, um estudo realizado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, com o apoio do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), indica que a diferença de temperatura, entre o centro e as áreas mais afastadas do centro, pode chegar a até 10 °C.[7] Por isso o governo do estado e a prefeitura iniciaram um projeto, com o intuito de plantar árvores na cidade, a fim de aumentar suas áreas verdes e diminuir os efeitos das ilhas de calor.[8][9]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1945 a menor temperatura registrada em São Paulo, na estação do Mirante de Santana, onde são feitas as medições oficiais da cidade, foi de −2,1 °C em 2 de agosto de 1955,[10] embora, no Observatório de São Paulo, tenham sido registrados −3,2 °C em 25 de junho de 1918, em uma estação meteorológica que funcionou entre 1916 e 1930.[11][12] A máxima histórica atingiu a marca de 37,8 °C em 17 de outubro de 2014, ultrapassando o recorde anterior de 37 °C registrado em 20 de janeiro de 1999.[13]

Dados climatológicos para São Paulo (Mirante de Santana)
Mês JanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDezAno
Temperatura máxima recorde (°C) 37 36,4 34,3 33,4 31,7 28,8 30,2 33 37,1 37,8 36,1 34,8 37,8
Temperatura máxima média (°C) 28,6 29 28 26,6 23,4 22,9 22,9 24,5 25,2 26,5 26,9 28,3 26,1
Temperatura média compensada (°C) 23,1 23,5 22,5 21,2 18,4 17,5 17,2 18,1 19,1 20,5 21,2 22,6 20,4
Temperatura mínima média (°C) 19,4 19,6 18,9 17,5 14,7 13,5 12,8 13,3 14,9 16,5 17,3 18,7 16,4
Temperatura mínima recorde (°C) 10,2 11,1 11 6 3,7 1 0,4 −2,1 2,2 4,3 7 9,4 −2,1
Precipitação (mm) 292,1 257,7 229,1 87 66,3 59,7 48,4 32,3 83,3 127,2 143,9 231,3 1 658,3
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 17 14 13 6 6 5 4 4 7 10 11 13 110
Umidade relativa compensada (%) 76,9 75 76,6 74,6 75 73,5 70,8 68,2 71,3 73,7 73,7 73,9 73,6
Horas de sol 139,1 153,5 161,6 169,3 167,6 160 169 173,1 144,5 157,9 151,8 145,1 1 893,5
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1991-2020; insolação: 1981-2010;[14] recordes de temperatura: 1945-presente)[10][15][16][13][17]

Precipitação[editar | editar código-fonte]

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados em
São Paulo (Mirante de Santana) por meses (INMET, 1945-presente)[10][15]
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 127,4 mm 12/01/1949 Julho 123,6 mm 05/07/2019
Fevereiro 123 mm 10/02/2020 Agosto 53,2 mm 24/08/1953
Março 106,2 mm 11/03/1994 Setembro 78,1 mm 09/09/2009
Abril 82,1 mm 07/04/2017 Outubro 72,7 mm 07/10/1991
Maio 140,4 mm 25/05/2005 Novembro 103,2 mm 27/11/1950
Junho 89,6 mm[18] 27/06/2020 Dezembro 151,8 mm 21/12/1988

A cidade é conhecida como "terra da garoa" por ser comum o registro de chuvisco (garoa) associado à maritimidade, no entanto a urbanização densa fez com que a entrada dessa umidade marítima fosse dificultada e a ocorrência do fenômeno tem sido cada vez mais escassa. Em vez disso, foram intensificados os registros de eventos extremos a partir da década de 1940 e em especial após os anos 1990, com tempestades mais severas intercaladas por períodos maiores sem precipitação.[19] Tempestades de granizo são mais comuns durante o verão, quando ocorrem grandes quedas em pouco tempo.[20]

A precipitação anual média no Mirante de Santana é de 1 441 milímetros (mm), concentrados principalmente no verão. As estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é fresco e com pouca chuva, e o verão, moderadamente quente e chuvoso. Outono e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município. Também ocorrem com maior frequência nos municípios vizinhos.

O maior acumulado de precipitação registrado pelo INMET em 24 horas desde o início das medições, em 1943, também no Mirante de Santana, foi de 151,8 mm, no dia 21 de dezembro de 1988. Outros grandes acumulados no mesmo período foram 140,4 mm em 25 de maio de 2005, 127,4 mm em 12 de janeiro de 1949, 123,6 mm em 5 de julho de 2019, 114,3 mm em 15 de dezembro de 2012, 109,5 mm em 28 de fevereiro de 2011, 106,4 mm em 16 de janeiro de 1991, 106,2 mm em 11 de março de 1994, 103,5 mm em 19 de janeiro de 1977, 103,3 mm em 8 de fevereiro de 2007 e 102,7 mm em 17 de fevereiro de 1988.[13][15][21][22] O mês de maior precipitação foi março de 2006, com 607,9 mm registrados. No dia 14 de agosto de 2009 a cidade bateu o recorde com o dia mais seco da história, com 10% de umidade do ar.[13][15]

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Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Clima do Brasil

Referências

  1. «Climatologia de São Paulo». Climatempo. Consultado em 30 de janeiro de 2021
  2. «Clima, condições meteorológicas e temperatura média por mês de São Paulo (Brasil) - Weather Spark». pt.weatherspark.com. Consultado em 27 de março de 2022
  3. «Ilha de Calor». Toda Matéria. Consultado em 26 de novembro de 2020
  4. SALDAÑA, Paulo (12 de agosto de 2011). «A vida na estação meteorológica». Consultado em 24 de julho de 2020
  5. Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (31 de julho de 2019). «SÃO PAULO CAPITAL, BALANÇO DE JULHO DE 2019» (PDF). Consultado em 24 de julho de 2020
  6. INMET (2018). «INMET CELEBRA O DIA METEOROLÓGICO MUNDIAL COM TEMA: "PRONTOS PARA O TEMPO, PREPARADOS PARA O CLIMA"» (PDF). Consultado em 24 de julho de 2020
  7. Tatiana Loureiro. «Ilhas de calor em São Paulo: Pontos quentes da cidade». Superinteressante. Consultado em 11 de novembro de 2010
  8. Eli Serenza (15 de agosto de 2011). «Especialistas vêem reflorestamento como atividade econômica e meio para reduzir desmatamentos». Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Consultado em 10 de setembro de 2011
  9. «Subprefeituras que mais plantaram árvores em 2008 são premiadas». Prefeitura Municipal de São Paulo (SP). 19 de março de 2009. Consultado em 10 de setembro de 2011. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2012
  10. a b c Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (1979). «Normais Climatológicas do Brasil (1931-1960)» 2 ed. Rio de Janeiro. Consultado em 21 de julho de 2020
  11. ZN na Linha (fevereiro de 2008). «Mirante de Santana: O tempo oficial da cidade». Consultado em 14 de julho de 2009. Arquivado do original em 24 de março de 2014
  12. Eduardo Geraque (19 de junho de 2016). «SP teve 'neve de mentira' em manhã fria de 1918; caso virou folclore local». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 1 de janeiro de 2019
  13. a b c d INMET. «Banco de dados meteorológicos». Consultado em 12 de outubro de 2020
  14. INMET. «Normais climatológicas do Brasil». Consultado em 23 de março de 2022
  15. a b c d INMET. «Estação: SÃO PAULO (MIR.de SANTANA) (83781)». Consultado em 12 de outubro de 2020
  16. INMET. «Estação: SÃO PAULO - MIRANTE (A701)». Consultado em 12 de outubro de 2020
  17. NONATO, Viviane Samara Barbosa (8 de outubro de 2020). «SÃO PAULO CAPITAL REGISTRA A 3ª MAIOR TEMPERATURA EM 77 ANOS». INMET. Consultado em 12 de outubro de 2020. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2020
  18. INMET (1 de julho de 2020). «SÃO PAULO CAPITAL, BALANÇO DE JUNHO DE 2020» (PDF). Consultado em 20 de julho de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 3 de julho de 2020
  19. Herton Escobar (28 de fevereiro de 2020). «Dados comprovam aumento de eventos climáticos extremos em São Paulo». Jornal da USP. Consultado em 23 de julho de 2020. Cópia arquivada em 30 de julho de 2020
  20. Terra (17 de setembro de 2008). «Queda de Granizo na Grande São Paulo». Consultado em 9 de janeiro de 2012. Cópia arquivada em 24 de junho de 2012
  21. PEGORIM, Josélia (25 de janeiro de 2014). «S. Paulo teve a maior chuva em 24h desde março de 2013». Climatempo. Consultado em 26 de abril de 2014. Cópia arquivada em 27 de abril de 2014
  22. «São Paulo registra recorde de chuva em 24 horas para o mês de julho». Agência Brasil. 5 de julho de 2019. Consultado em 5 de julho de 2019

Qual a influência da altitude sobre o clima?

Quanto maior a altitude, mais frio será e quanto menor a altitude, mais quente. Isto ocorre, entre outros motivos, porque os raios solares chegam com certo comprimento de onda e ao refletirem de volta para o espaço mudam este comprimento.

Como a altitude do relevo pode afetar o clima de um local?

No caso, regiões de maior altitude, como montanhas muito altas, tendem a ter uma temperatura mais baixa do que regiões mais próximas ao nível do mar. Tem uma relação muito forte com a pressão atmosférica, ou seja, onde está mais próximo do nível do mar será menos frio; onde está mais distante, será mais frio.

Como é o clima do Estado de São Paulo?

De acordo com a classificação de Koppen, o clima de São Paulo é Cwa, também chamado de subtropical úmido, caracterizado por um inverno notadamente seco e um verão bastante chuvoso.

Qual a consequência da altitude em relação ao clima do Rio de Janeiro?

Assim, dentro do Estado do Rio de Janeiro, a temperatura e a distribuição das chuvas pelos meses do ano variam, principalmente, de acordo com o relevo e com a proximidade do mar. Quanto maior for a altitude, mais baixa é a temperatura. Quanto mais perto do mar, mais amena será a temperatura.