No texto Estruturas das proteínas foi mostrado que as proteínas podem possuir estruturas primárias, secundárias, terciárias e quaternárias. Muitas das funções dessas proteínas estão ligadas diretamente às suas estruturas. No entanto, elas podem perder suas estruturas secundárias, terciárias e até quaternárias, e, consequentemente, deixarem de ser ativas. Show Quando essas conformações espaciais são alteradas ou destruídas, dizemos que a proteína foi desnaturada ou ocorreu uma desnaturação proteica, mantendo somente a estrutura primária, que é a própria cadeia peptídica, formada pela sequência de aminoácidos ligados entre si.
Os fatores que alteram a estrutura de uma proteína podem ser diversificados, incluindo alteração na temperatura e no pH do meio, ação de solventes orgânicos, agentes oxidantes e redutores e até mesmo agitação intensa. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Um exemplo comum é o que acontece com o ovo quando ele é cozido ou frito. No seu aquecimento ocorre a aglutinação e a precipitação da albumina, que é a proteína da clara do ovo, é por isso que ela se torna branca. Outro exemplo ocorre quando fervemos o leite, a nata é proteína desnaturada.
Quando usamos o álcool como desinfetante, ele penetra e dissolve permanentemente a estrutura proteica de uma bactéria.
A lesão celular ocorre quando as células são submetidas a um estresse tão severo que não são capazes de se adaptar, ou quando são expostas a agentes perniciosos. A hipóxia, a isquemia, os agentes físicos/químicos, os agentes infecciosos e as reações imunológicas são algumas das causas de injúria celular. Inicialmente a lesão se manifesta por meio de alterações funcionais e morfológicas reversíveis. Conforme ocorre a progressão do dano, esse processo pode culminar em alterações irreversíveis e, portanto, morte celular. Existem, ainda, dois tipos de morte celular, a apoptose e a necrose, sendo esta sempre um processo patológico. NECROSEA necrose se caracteriza pelo tamanho celular aumentado (edema), alterações nucleares (picnose, cariorréxis, cariólise), membrana plasmática danificada e extravasamento de conteúdo celular para fora da célula, além do aumento da eosinofilia. Já a aparência morfológica da necrose resulta da desnaturação das proteínas intracelulares e/ou da digestão enzimática. A partir disso, esse processo de morte celular pode ser classificado em diversos tipos de necrose: Necrose de Coagulação: é característica da morte por hipóxia em todos os tecidos, à exceção do cérebro. Com isso a acidose intracelular desnatura proteínas e enzimas, bloqueando a proteólise celular. O tecido, ainda, apresenta a textura firme e a manutenção da sua arquitetura, com preservação do contorno celular por pelo menos alguns dias. Necrose de liquefação: é característica de infecções bacterianas ou fúngicas, pois estas estimulam o acúmulo de células inflamatórias, sendo as células mortas completamente digeridas por enzimas. O resultado final é a transformação do tecido em massa viscosa. Necrose caseosa: Esse termo é derivado da aparência semelhante a queijo branco da área necrótica. É uma forma distinta de necrose de coagulação, encontrada comumente em focos de tuberculose, os quais são caracterizados por reação granulomatosa. Necrose gordurosa: se refere a áreas de destruição de gordura que ocorre como resultado da liberação de lípases pancreáticas ativadas no parênquima pancreático. APOPTOSEApoptose é a via de morte celular que é induzida por um programa intracelular altamente regulado, no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu DNA nuclear e as proteínas citoplasmáticas. Os sinais que induzem a apoptose incluem a ausência de fatores de crescimento ou hormônios, a ação específica dos receptores de morte e os agentes nocivos. Esse fenômeno, portanto, pode estar presente em situações fisiológicas e em condições patológicas. Em situações fisiológicas esse fenômeno pode estar relacionado à destruição programada de células durante a embriogênese, à involução dependente de hormônios (colapso endometrial no ciclo menstrual), à eliminação celular em células em proliferação, à eliminação de linfócitos auto reativos, etc. Já em condições patológicas, esse processo pode ser desencadeado por estímulos nocivos, doenças viróticas e tumores. Dentre as principais características morfológicas que definem as células em apoptose, observa-se o encolhimento celular, condensação da cromatina, formação de bolhas citoplasmáticas, corpos apoptóticos e fagocitose das células, geralmente mediada por macrófagos. Além disso, a célula é rapidamente eliminada, antes que seu conteúdo possa extravasar e causar reação inflamatória, tornando sua detecção histológica mais difícil. Qual o efeito do aumento da temperatura sobre as membranas?Em temperaturas elevadas existe mudança na estrutura das proteínas que integram a membrana plasmática, permitindo que as sustâncias contidas no interior das células extravasem. O resultado deste processo mostra a coloração vermelha nas amostras.
Como a temperatura afeta a fluidez da membrana?A fluidez da membrana é controlada por diversos fatores físicos e químicos. A temperatura influencia na fluidez: quanto mais alta ou baixa, mais ou menos fluida será a membrana, respectivamente.
Quais são os principais fatores que podem afetar a permeabilidade das membranas?5) Os principais fatores que podem afetar a permeabilidade das membranas são: temperatura, solventes, pressão, pH. Explicando o fator temperatura: o fator temperatura altera o grau de fluidez da bicamada lipídica.
Como a permeabilidade da membrana pode ser alterada?A permeabilidade da membrana plasmática pode ser alterada se algumas substâncias forem aplicadas nela. Isso é muito praticado através de medicamentos como anestésicos.
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