Quais os principais atrativos da economia chinesa para os investidores estrangeiros?

Beijing, 12 mai (Xinhua) -- O investimento estrangeiro direto (IED) na parte continental chinesa, em uso real, expandiu-se 20,5% ano a ano, para 478,61 bilhões de yuans nos primeiros quatro meses do ano, informou o Ministério do Comércio nesta quinta-feira.

Em termos do dólar americano, a entrada subiu 26,1% ano a ano, para US$ 74,47 bilhões, de acordo com o ministério.

A entrada do IED registrou crescimento de dois dígitos no período de janeiro a abril, mesmo sobre a base alta de um crescimento de 38,6% no mesmo período do ano passado, disse a porta-voz da pasta, Shu Jueting.

Shu destacou o importante papel da economia de alta qualidade da China na atração de investimento estrangeiro. O IED na indústria de alta tecnologia da China registrou um aumento acentuado ano a ano de 45,6% durante o período, 25,1 pontos percentuais mais em relação ao crescimento médio em todos os setores.

O IED no setor manufatureiro de alta tecnologia cresceu 36,7% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto que no setor de serviços de alta tecnologia cresceu 48,3% ano a ano, mostram dados da pasta.

Grandes projetos financiados pelo exterior também registraram expansão constante nos primeiros quatro meses de 2022, à medida que as localidades se esforçam para superar o impacto da pandemia e atrair ativamente investimentos, acrescentou Shu.

No período de janeiro a abril, a China registrou 185 grandes projetos recém-adicionados, cada um com investimento estrangeiro superior a US$ 100 milhões, o que significa que 1,5 projeto de grande porte financiado por estrangeiros foi lançado em média todos os dias.

"As empresas multinacionais expandiram ativamente o investimento na China, o que mostra a confiança dos investidores estrangeiros nas perspectivas da economia chinesa e reflete a atração do enorme mercado chinês, do sistema industrial completo e da infraestrutura, bem como dos abundantes recursos humanos do país", disse Shu.

Nos primeiros quatro meses deste ano, o IED que flui para a região central do país registrou um rápido aumento de 43,7% em termos anuais, seguido por 26,9% na região oeste e 18,7% na região leste.

Shu também observou que o país continuará a aprofundar a abertura e otimizar os serviços para investidores estrangeiros, a fim de criar mais oportunidades para empresas com financiamento estrangeiro. Fim

A atividade industrial da China voltou a se contrair em outubro, no mais recente indício do impacto das rígidas políticas anticovid adotadas pelo país e do enfraquecimento da demanda global por produtos de fabricação chinesa.

O índice oficial de atividade (PMI) do setor industrial caiu para 49,2 pontos, de 50,1 em setembro, informou ontem o Departamento Nacional de Estatística do país. O resultado foi mais fraco que o esperado pelos analistas e chama a atenção para o grau de vulnerabilidade da economia da China a suas políticas de controle da pandemia. Números abaixo de 50 indicam contração do nível de atividade.

O PMI oficial do setor de serviços, que inclui construção civil, também se contraiu, para 48,7 pontos, de 50,6 de setembro. O indicador só de serviços de outubro caiu de 48,9 pontos para 47. Esse foi seu nível mais baixo desde abril, quando Xangai, capital comercial e polo manufatureiro da China, foi colocada em um lockdown que durou um mês.

Após sair do lockdown em junho, Xangai e todas as 30 regiões de nível provincial da China tiveram surtos esporádicos, de baixa intensidade de covid. Mas isso não abalou a determinação do líder chinês, Xi Jinping, de permanecer fiel à sua estratégia de covid zero, que envolve a realização de testes em massa, quarentenas e lockdowns abrangentes para esmagar surtos assim que aparecem.

Os números dos PMIs esfriaram as expectativas de uma recuperação sustentada após o crescimento maior que o previsto de 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) registrado no terceiro trimestre. Também levantam dúvidas sobre qual será o motor da economia chinesa, a segunda maior do mundo, principalmente diante do crescente risco de recessão nos EUA e em outros parceiros comerciais consumidores de produtos chineses.

O crescimento da China desacelerou significativamente no último ano, pressionado pelo colapso do mercado imobiliário e pela fragilidade dos gastos de consumo.

As vendas de novas residências pelas 100 maiores incorporadoras da China caíram 28% ao ano em outubro, marcando o 16 período mensal de declínio, segundo a China Real Estate Information Corp.

Os investimentos públicos em infraestrutura e outros projetos impulsionaram a economia no curto prazo, mas são vistos por muitos economistas como não sustentáveis ao crescimento.

“Os alicerces da nossa recuperação econômica têm de passar por nova estabilização”, disse Zhao Qinghe, estatístico-sênior do Departamento Nacional de Estatística, em nota divulgada ontem.

As preocupações dos investidores com as perspectivas econômicas da China se agravaram desde o Congresso do Partido Comunista chinês em outubro, em que Xi reforçou seu poder, levando à uma pressão de venda em massa de ações e outros ativos chineses. Ele não deu indícios se os rígidos controles sobre a pandemia passarão por algum grau de abrandamento no futuro próximo.

Os dados de ontem apontam para o crescente risco de desestabilização da atividade industrial e das cadeias de suprimentos, com a ocorrência de surtos de covid em polos fundamentais de produção industrial e de logística.

A China registrou mais de 2,6 mil novos casos de transmissão local de covid no domingo, mais que o dobro do número diário na comparação semanal. Os novos casos diários registrados no domingo na província de Guangdong, um dos maiores centros de produção industrial e de exportação, foram sete vezes maiores que o total contabilizado no mesmo dia da semana anterior, revelam os números.

Até 28 de outubro, cidades que respondem por 47% do PIB chinês enfrentavam alguma forma de restrição à mobilidade, segundo estimativas do Goldman Sachs.

Os controles do governo chinês à covid também afetaram a economia de Hong Kong. O PIB do território encolheu 4,5% ao ano no terceiro trimestre, após uma contração de 1,3% ao ano registrada no segundo trimestre.

Quais eram os principais atrativos para as empresas estrangeiras na China?

O fato de a população da China equivaler a aproximadamente um quinto da população mundial foi um dos principais fatores que tornaram a economia do país atrativa para os investidores estrangeiros, pois o acesso a esse amplo mercado consumidor era a garantia de rápido lucro e retorno aos investimentos realizados.

Qual a principal estratégia competitiva do governo da China para atrair os investimentos estrangeiros?

A principal estratégia competitiva do governo para atrair os investimentos estrangeiros tem sido oferecer pacotes de incentivos fiscais e um marco regulador frouxo em termos de direitos laborais e de proteção ambiental, que, aliado ao baixo custo de investimento inicial e à mão de obra barata, fizeram da China o ...

Quais são as principais vantagens do sistema econômico chinês?

Por uma série de vantagens que a economia chinesa oferece, a saber: a) mão de obra barata e abundante: por ser o país com a maior população do mundo, a China possui um dos maiores mercados de reserva, isto é, uma enorme quantidade de trabalhadores em busca de emprego.

Quais as atividades econômicas que mais se destacam na China?

Principais setores econômicos O país é líder mundial na produção de cereais, arroz, algodão, batata e chá, bem como, em termos de pecuária, na criação de ovinos, de suínos e ainda na oferta de produtos de pesca.