Quais fatores que contribuíram para o desenvolvimento industrial do Nordeste?

É interessante notar o crescimento econômico do Nordeste nas últimas décadas. De acordo com um artigo do site Valor Econômico, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) nordestino avance em 2,9% em 2020 — mais alto que o do Brasil, que fica em 2,2%. Sim, “bons ventos” sopram na economia dessa grande e importante região brasileira.

Mas como o Nordeste atingiu essa fase de crescimento econômico? Quais são os setores que mais empregam e fomentam esse progresso? Neste artigo, abordaremos tais questionamentos. Acompanhe os próximos tópicos!

  • 1 Como ocorreu o crescimento econômico no Nordeste nas últimas décadas?
  • 2 Quais são as perspectivas econômicas da região?

Como ocorreu o crescimento econômico no Nordeste nas últimas décadas?

Entre os setores que mais impulsionaram o crescimento econômico do Nordeste nas últimas décadas, estão a agricultura e a tecnologia. Falando sobre esse último, um artigo do portal UOL mostrou alguns estados nordestinos que investiram no setor. Por exemplo, Sergipe fez parcerias com a IBM, a Amazon e a Microsoft para disponibilizar serviços em nuvem a pequenas e médias empresas.

Já no Ceará, em 2018, o governo injetou quase R$ 2 bilhões na área de tecnologia da informação (TI) para projetos ao longo de 10 anos. Outra evidência da prosperidade desse setor são os parques tecnológicos, como o Porto Digital, em Pernambuco, e o SergipeTec, em Sergipe. Com certeza, a tecnologia no Nordeste ainda dará muitos resultados positivos para a economia da região.

Para isso, ela precisa, é claro, de mão de obra especializada. Nesse contexto, investir em graduações como de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (disponível nas modalidades semipresencial e a distância) ou Engenharia da Computação é uma boa escolha.

Um segundo setor que contribuiu muito para a economia da região Nordeste é a agricultura. De acordo com o Diário Econômico ETENE (DEE), publicado pelo Banco do Nordeste, a região tem 8,1% de participação na produção de grãos no Brasil. Grande parte dessa porcentagem é preenchida pelo estado da Bahia, que contribui com 42,4%.

Ainda segundo esse estudo, a perspectiva para os próximos anos deve acompanhar o crescimento visto nos períodos anteriores. Isso porque culturas importantes, como o feijão, o milho, o algodão e a mandioca, projetam expansão de produção. Novamente, mãe de obra qualificada faz a diferença. O curso de Agronomia, por exemplo, é um diferencial importante nesse contexto (e está disponível na modalidade semipresencial).

Em vista do aquecimento da economia, o emprego no Nordeste entrou em uma boa fase de ascensão. Sendo assim, aumentaram as oportunidades de trabalho para profissionais com ensino superior em diversas áreas, levando pessoas de várias partes do Brasil a se mudaram para a região.

Quais são as perspectivas econômicas da região?

Além das áreas citadas (agricultura e tecnologia), o Nordeste tem outros setores em expansão, como o turismo, a indústria e a agropecuária. No caso do turismo, o belo litoral e a infraestrutura de serviços atraem visitantes nacionais e internacionais para as várias cidades. Alguns ficam tão encantados que decidem morar no Nordeste.

Quanto à indústria, o Nordeste tem, pelo menos, três grandes polos industriais: o Suape, em Pernambuco; o Pecém, no Ceará; e o Camaçari, na Bahia. Esses aglomerados empresariais contribuem muito para a elevação do PIB desses estados. Devido a isso, o PIB da Bahia chegou a mais de R$ 268 milhões — dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por fim, a agropecuária nordestina recebeu destaque no Censo Agropecuário do IBGE apresentado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De acordo com esses números, os rebanhos da região cresceram em 18,38%, chegando a 7,6 milhões de cabeças. Com isso, o Nordeste foi a única região nacional a registrar um crescimento nos rebanhos no período em que a pesquisa foi realizada.

Sem dúvidas, o Nordeste é um lugar cheio de boas oportunidades. Para encontrar algumas delas, basta acessar o Canal Conecta — uma plataforma que integra profissionais e empresas e é exclusiva dos alunos aqui da Unime. Nós temos as melhores graduações da Bahia, com unidades em Salvador, Itabuna e Lauro de Freitas. Com essa ponte, garantimos o sucesso na carreira de quem deseja crescer junto com o Nordeste.

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A industrialização no Brasil foi historicamente tardia ou retardatária.

Enquanto na Inglaterra acontecia a Primeira Revolução Industrial, o Brasil vivia sob o regime colonial e escravista.

Desta maneira, as primeiras fábricas só puderam ser abertas com a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808.

Fases da industrialização brasileira

Para fins de estudo, o desenvolvimento industrial do Brasil é dividido em quatro fases.

  • 1530 – 1808: período colonial, quando as indústrias estavam proibidas
  • 1808 – 1930: compreende a época joanina, o Primeiro e o Segundo Reinado, e a Primeira República. Surgem as primeiras fábricas, mas o café era o grande produto de exportação.
  • 1930 – 1956: alguns assinalam que nestas décadas se deu a Revolução Industrial Brasileira. O governo Vargas passa a ser o grande investidor e formador da indústria pesada no País.
  • 1956 – até os dias de hoje: começa com o estímulo à indústria de automóveis por JK, a abertura da economia ao capital estrangeiro e a globalização.

1ª fase: período colonial

Durante o período colonial, a metrópole portuguesa proibia a manufatura, pois os produtos iriam concorrer com os do reino e, com o fortalecimento da economia, a colônia poderia se tornar independente, o que não interessava a Portugal.

2ª fase: primeiras fábricas no Brasil

Em 1808, com a vinda da família real para o Brasil, o Príncipe-regente D. João tomou algumas medidas que favoreceram o desenvolvimento industrial, entre elas:

  • extinção da lei que proibia a instalação de indústrias de tecidos na colônia;
  • liberação da importação de matéria prima para abastecer as fábricas, sem a cobrança da taxa de importação.

Essas medidas não surtiram o efeito esperado, pois o mercado interno ainda era pequeno. A maior parte da população era escravizada e não poderia comprar estes artigos.

Industrialização no Segundo Reinado

Durante o Segundo Reinado, a principal atividade econômica no Brasil era a cafeicultura. Ao longo do século XIX, estados e governos estavam ligados à produção de café, de onde provinha a riqueza e o poder.

Apesar da elite cafeicultora não se interessar pela atividade industrial, surgem as primeiras fábricas no Brasil. Estas se dedicam a produzir produtos de consumo doméstico como tecidos, ferramentas e velas.

Com a Tarifa Alves Branco, em 1844, aumentam-se as taxas alfandegárias que os produtos importados deveriam pagar. Com isso, surge um ambiente favorável para o surgimento das primeiras manufaturas e produzir aqui ficaria mais barato.

Nesta época, se destacam as atividades empreendedoras do barão de Mauá que investiu em ferrovias, estaleiros, iluminação pública, bancos, etc.

Ao mesmo tempo, o País começa a receber as novidades tecnológicas como a eletricidade, o bonde de tração animal e o telefone.

Quais fatores que contribuíram para o desenvolvimento industrial do Nordeste?

Fatores da industrialização no Brasil

Vários fatores contribuíram para o processo de industrialização no Brasil no começo do século XX:

  • a exportação de café gerou lucros que permitiram o investimento na indústria;
  • os imigrantes estrangeiros traziam consigo as técnicas de fabricação de diversos produtos;
  • a formação de uma classe média urbana consumidora.

A passagem de uma sociedade agrária para uma urbano industrial mudou a paisagem de algumas cidades brasileiras, principalmente das capitais dos estados.

Industrialização na Primeira República

Durante a Primeira República (1899-1930), verificamos a instalação de tecelagens, montadoras de automóveis, fábricas de calçados, alimentos, produtos de higiene e limpeza como sabão, etc. As condições de trabalho eram duras com jornadas de 14 horas, seis dias na semana e o salário baixo.

Também a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) impulsou a industrialização no Brasil. Com o conflito era inviável importar produtos manufaturados da Europa e dos Estados Unidos e muitos artigos foram substituídos pela fabricação local.

No entanto, o grande impulso industrial no Brasil ocorreria após a crise do café e a de 29.

3ª fase: industrialização no governo Vargas

O primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945) foi decisivo para a industrialização brasileira.

Com o governo Vargas, o Estado passa a investir e abrir empresas públicas. Ele privilegia a indústria pesada, ou seja, aquela que transforma a matéria-prima e fabrica bens de grande porte.

O contexto exterior também ajudou, pois era complicado importar máquinas num momento em que os países europeus se preparavam para a guerra. Curiosamente, a Alemanha nazista tornou-se compradora do algodão brasileiro a fim de vestir seus soldados.

Para instalar a indústria pesada era preciso financiamento e isso foi possível graças ao empréstimo obtido junto aos Estados Unidos. Assim foi construída a Companhia Siderúrgica Nacional, em 1941, em Volta Redonda (RJ). Este acordo se deu na época quando o Brasil foi lutar junto aos americanos na Segunda Guerra Mundial.

Outras indústrias de base do período são a Companhia do Vale do Rio Doce (1942), para a extração de minério de ferro e a Fábrica Nacional de Motores (1942).

Quanto à mão de obra empregada nas fábricas, observamos o crescimento de operários vindos do nordeste brasileiro.

4ª fase: do governo JK até os dias de hoje

Com a chegada de Juscelino Kubitschek à presidência, se observa o crescimento da indústria de bens intermediários.

JK privilegiou a indústria automobilística em detrimento do transporte ferroviário e a fabricação de autopeças conheceu um grande impulso. Para isso, abriu a economia brasileira ao capital estrangeiro.

Igualmente, verifica-se um incremento industrial automobilístico de São Paulo, no ABCD paulista (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema).

A construção de Brasília também garantiu o fomento da indústria nacional, pois era preciso muito material para levantar a nova capital.

Veja também: Plano de Metas

Ditadura militar e indústria no Brasil

Com o golpe de 1964 houve a instalação de um ditadura militar de caráter autoritário e nacionalista no Brasil.

O Estado volta a aparecer como um grande investidor e realiza obras de grande porte como a usina hidrelétrica de Itaipu, a rodovia Transamazônica e a ponte Rio-Niterói.

Os gastos com estes empreendimentos, no entanto, aumentam a dívida externa e provocam uma inflação descontrolada no País.

Industrialização e neoliberalismo

A eleição de Collor de Mello, em 1989, e os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), significam a implantação do neoliberalismo no Brasil.

Desta forma, as estatais são privatizadas, a economia se abre ao capital estrangeiro na maior parte dos setores, e o trabalhadores veem seus direitos diminuírem.

Acompanhando a tendência mundial, a atividade industrial no Brasil decresce e desponta o setor de serviços, tendência que segue no século XXI.

Temos mais textos sobre o assunto para você:

  • Primeira República
  • Revolução Industrial
  • Industrialização
  • Urbanização Brasileira
  • Tipos de Indústrias
  • Neoliberalismo no Brasil

Referências Bibliográficas

História do Brasil Boris Fausto. Documentário. TV Escola. 2002.

Furtado, Celso - Formação Econômica do Brasil. Editora Fundo de Cultura,1º edição: 1959. Cia das Letras: 2006. São Paulo.

Quais fatores que contribuíram para o desenvolvimento industrial do Nordeste?

Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.

Quais os principais fatores que contribuíram para o desenvolvimento industrial do Nordeste?

Dentre as principais indústrias, estão as do ramo alimentício, calçadista e vestuário. A migração de empresas para a região se deve principalmente pelo fato do Nordeste possuir abundante mão-de-obra e de baixo custo, sem contar que muitos Estados oferecem incentivos fiscais para as empresas interessadas.

Quais foram os fatores que mais contribuíram para o desenvolvimento industrial?

Vários fatores contribuíram para o processo de industrialização no Brasil no começo do século XX: a exportação de café gerou lucros que permitiram o investimento na indústria; os imigrantes estrangeiros traziam consigo as técnicas de fabricação de diversos produtos; a formação de uma classe média urbana consumidora.

Quais foram os fatores que contribuíram para o crescimento da economia do Nordeste?

Entre os setores que mais impulsionaram o crescimento econômico do Nordeste nas últimas décadas, estão a agricultura e a tecnologia. Falando sobre esse último, um artigo do portal UOL mostrou alguns estados nordestinos que investiram no setor.

Que atividades industriais foram relevantes para o desenvolvimento industrial do Nordeste?

A indústria petrolífera, têxtil, de gesso, de automóveis e de aço são grandes empregadoras na região nordeste e a expansão tecnológica já é uma realidade.