Quais eram os criollos chapetones mestiços na sociedade espanhola?

Just for you: FREE 60-day trial to the world’s largest digital library.

The SlideShare family just got bigger. Enjoy access to millions of ebooks, audiobooks, magazines, and more from Scribd.

Read free for 60 days

Cancel anytime.

indígenas e mestiços (82% da população), que eram trabalhadores duramente explorados por guachupins e criollos.

As rivalidades entre esses três grupos marcaram o movimento de independência do México.

Primeiros conflitos Em 1808, quando chegou a notícia de que

Napoleão Bonaparte tinha tomado o trono espanhol, as rivalidades políticas aumentaram na Cidade do México: de um lado, os realistas (defensores da Espanha, guachupins em sua maioria) propuseram que a colônia deveria se manter submissa e esperar chegar novas ordens da metrópole; de outro, os autonomistas do cabildo (assembleia) da cidade (de maioria criolla), liderados por Francisco Primo Verdad e Juan Azcárate, defendiam que o vice-rei, José de Iturrigaray, deveria assumir provisoriamente o governo da Nova Espanha.

Apesar de os criollos defenderem a formação de uma Junta Governativa fiel ao rei espanhol deposto, a proposta de uma administração separada da Espanha alarmou os guachupins. Quando Iturrigaray convocou uma reunião de todos os cabildos da Nova Espanha, os realistas resolveram agir: em setembro de 1808, o vice-rei foi preso juntamente com grande parte dos criollos que defendiam a Junta provisória.

Segundo o historiador Thimoty Anna, "tornava-se impossível agora para a Nova Espanha tomar a mesma estrada rumo ao governo provisório criollo e à independência que a maioria das colônias sul-americanas haviam percorrido entre 1808 a 1810. Os autonomistas criollos haviam sido esmagados por um único golpe certeiro, desfechado por um punhado de conservadores poderosos".

Coube, assim, aos criollos de regiões periféricas, aliados a grupos indígenas e mestiços, a liderança na luta pela independência.

Conspiração de Querétaro e Grito de Dolores Em Querétaro, centro agrícola de Guanajuato, um grupo de ricos criollos se organizou para depor os realistas da Nova Espanha. Entre os conspiradores se encontrava o padre Miguel Hidalgo y Costilla, pároco da cidade de Dolores.

Hidalgo era criollo, padre, acadêmico, estudioso do

Iluminismo e defensor das causas dos grupos explorados, por isso contava com a admiração de indígenas e mestiços.

Enfrentando as consequências da grave seca que, entre 1808 e 1809, tinha atingido o México e deixara os trabalhadores em situação miserável, os criollos de Querétaro, sob a liderança de Hidalgo, organizaram um grande levante popular contra a Cidade do México.

Em 16 de setembro de 1810, Hidalgo convocou as massas populares para lutar contra o domínio espanhol. Esse episódio passou à história como o Grito de Dolores, marcou o início da luta pela Independência do México e transformou Miguel Hidalgo y Costilla no primeiro líder desse processo, à frente de milhares de indígenas e mestiços.

Apesar de não ter nenhuma proposta clara para o futuro país independente, o discurso de Hidalgo - a favor do fim da escravidão, da devolução das terras aos povos indígenas e da independência em nome da Virgem de Guadalupe (a protetora do México) - repercutiu em várias regiões, fazendo com que tropas desordenadas e mal treinadas se formassem em quase toda a Nova Espanha. As batalhas entre realistas e rebeldes, então, tiveram início.

Os criollos de outras regiões, que também desejavam a independência, se amedrontaram com a grande participação de indígenas nas batalhas, e por isso se colocaram a distância - e, em alguns casos, ajudaram a combater os rebeldes.

Guerra Civil Hidalgo acabou sendo vencido, preso e fuzilado em 1811. Mas a luta popular continuou sob a liderança do padre José Maria Morelos y Pavón e de Ignácio Lopez Rayón. Dessa vez, as tropas eram mais bem treinadas e causaram grande temor aos realistas.

Mas a guerra de independência do México se tornou uma guerra civil entre a população indígena e mestiça, que tomou a frente da batalha, e a elite criolla, que não queria perder seus privilégios - e, portanto, não estava disposta a ceder às reivindicações populares. Os espanhóis quase não participaram desses conflitos: foram os mexicanos que, divididos, lutaram uns contra os outros.

Em 1815, depois que Morelos foi preso e fuzilado, as rebeliões populares foram aniquiladas pelos criollos. Nesse mesmo ano, o rei Fernando 7º, que havia recuperado o trono espanhol, iniciou a perseguição aos criollos que tivessem defendido qualquer tipo de ideal liberal na América.

A partir desse momento, a Nova Espanha entrou em convulsão novamente, só que, dessa vez, os criollos estavam na liderança da rebelião e focalizaram as guerras contra a metrópole e seus representantes, os guachupins.

Depois de 11 anos de guerra, em setembro de 1821, o México se tornou independente. Mas, apesar de os criollos terem vencido os pueblos indígenas e concluído o processo de independência, as lutas sociais continuaram agudas no México.

Quem eram os chapetones criollos e mestiços?

Responsáveis pelo cumprimento dos interesses da Espanha no ambiente colonial, os chapetones eram todos os espanhóis que compunham a elite colonial. Logo em seguida, estavam os criollos. Eles eram os filhos de espanhóis nascidos na América e dedicavam-se a grande agricultura e o comércio colonial.

Quem eram os chapetones e os criollos na sociedade colonial espanhola?

A estrutura social da América Espanhola colonial estava dividida em chapetones (espanhóis) no topo; criollos (filhos de espanhóis que nasceram na América e não detinham os mesmos privilégios que os chapetones) no centro; e índios, mestiços e afrodescendentes na base da pirâmide.

Quem eram os mestiços na colonização espanhola?

Os mestiços compunham o grau intermediário desta hierarquia. Fruto do envolvimento entre o europeu e o indígena, os mestiços viviam à margem da política colonial, sobrevivendo de expedientes variados nos espaços urbanos e rurais hispânicos.

Quem eram os criollos quem eram os chapetones?

Chapetones – colonos brancos nascidos na Espanha, eram privilegiados. Criollos – brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Eram ricos, proprietários de terras mas, não tinham os mesmos privilégios dos Chapetones.