Antes de chegarem ao Brasil, os migrantes passaram por momentos de tristeza e tensão ao se despedirem da terra em que moravam e dos amigos que cultivaram na Itália. Em uma mistura de apreensão e expectativa, embarcaram em navios sem saber ao certo para onde iriam, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo). A imigração dos primeiros italianos ao Brasil completa 140 anos em 2015. Show
Orações davam força para seguir o caminho. Da janela de casa, as famílias que decidiam ficar acompanhavam o cortejo dos que partiam. A pesquisadora Chiara Canesi lembra que a tristeza estava presente tanto em quem partia quanto nas pessoas que optavam por permanecer. "Eles se encontravam numa condição de não ter mais os familiares por perto. Outra coisa importante, na minha opinião, era o discurso das famílias. Dessas famílias que saem da própria terra, deixando outros ramos da mesma família aqui [na Itália]. Então, não era toda a família que partia. Deixavam parentes. Claramente um sentimento de tristeza", aponta ela. saiba mais
A tristeza era, de certa forma, amenizada com as perspectivas apresentadas nas terras estrangeiras. "Foi um momento no qual a pobreza era um drama no país [Itália]. O Brasil e a Argentina eram vistos como novos mundos, com grande capacidade e potencial do ponto de vista econômico", conta o presidente da autoridade portuária de Gênova, Luigi Merlo. Entretanto, antes de partir ao Brasil, era preciso fazer uma longa viagem na Itália. Dependendo do lugar, as famílias levavam cinco dias para chegar até a estação de trem mais próxima rumo ao porto de Gênova. Uma travessia feita a pé, debaixo de sol e chuva, por estradas de chão. Contavam apenas com o auxílio de animais para carregar os pertences. Aos milhares, de trem, eles chegavam a Gênova, onde começava a parte mais difícil da viagem. "O porto de Gênova era o principal ponto de chegada de todos os imigrantes, que partiam da Itália ou chegavam na Itália. Era um dos maiores portos para a circulação de imigrantes", conta o diretor de obras da estação de trem, Eurico Tordielli. Solução encontrada pelo governo italiano foi mandar o povo para outros países (Foto: Reprodução/RBS TV)A maior parte das famílias se concentrava entre o porto e a estação de trem. Muitas delas chegavam dias antes do embarque, sem nenhum tipo de orientação, e se tornavam alvos fáceis de quem queria ganhar dinheiro com a onda emigratória. Os atravessadores, como eram chamados, ficavam pelas ruas e cobravam altos valores por alimentação e hospedagem. Quem não tinha dinheiro ficava pelas ruas ao longo do porto, enfrentando o cansaço e a humilhação. Antes do embarque, passavam por revistas. "As pessoas que viessem para o Brasil tinham de ser morigeradas e laboriosas, ou seja, que fossem de bem e fossem trabalhadoras. E essas pessoas tinham um limite de idade, que variava dos 20 aos 35 anos. Que viessem acompanhadas com a família, que fossem de preferência trabalhadores rurais", conta a historiadora da UCS, Luiza Iotti. Na documentação exigida, um atestado de bons antecedentes. Apesar de gratuito, funcionários do governo cobravam pelos papeis. Em uma atitude desesperada, uma mãe que era viúva e que passava por muitas dificuldades, ameaçou se atirar em um rio caso não recebesse os documentos. Não foi preciso. No dia 12 de outubro de 1876, Ana Rech embarcou com os filhos para o Brasil. Superando as dificuldades da vida de uma mulher sozinha, Ana Rech se estabeleceu em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. Construiu uma loja no comércio e uma hospedagem para os tropeiros que passavam pela região e logo, com toda sua força, a imigrante acabou se tornando uma figura querida na comunidade. "Ela tinha 40 afilhados, porque, naquela época, havia poucas famílias. Ela era parteira, atendia as mulheres no parto, ajudava com o que ela podia. E ela sempre foi muito assim, pelo o que eu sei, muito devota, doou o terreno para a igreja e para o cemitério", relata, orgulhosa, a bisneta de Ana Rech, Genoefa Rech Boff. 22 comentários: De PedroTeixeira a 3 de Julho de 2008 às 20:58 Durante mais de duzentos anos os países europeus foram, em grande parte, países de emigração, mas nas últimas décadas esta tendência inverteu-se e a UE tornou-se gradualmente um destino de imigração e de pedidos de asilo. A prosperidade e o bom funcionamento das sociedades europeias fazem com que a Europa continue a ser um destino atractivo, razão pela qual
cada vez mais políticos e académicos consideram que uma imigração bem gerida pode ser a solução para o declínio demográfico europeu. De acordo com o Eurobarómetro, a insuficiente integração dos imigrantes nos países de destino tem como consequência uma
percepção negativa da imigração, o que faz com que apenas 4 em cada 10 europeus considerem que os imigrantes contribuem de forma positiva para o desenvolvimento do país de destino. De Hugo & Eduarda a 3 de Julho de 2008 às 21:27 As dificuldades e os problemas dos imigrantes resumem-se a alguns dos pontos a seguir apresentados: -obter autorização para ficar em alguns países mais tempo do que inicialmente tinha previsto; http://www.multikulti.org.uk/pt/immigration/help-with-immigration-problem/ De Juliana a 9 de Setembro de 2010 às 20:44 É exatamente isso que os imigrantes sofrem.
De Juliana a 9 de Setembro de 2010 às 21:05 É Hugo e não Bruno. De Anónimo a 29 de Setembro de 2016 às 20:11 Otimo De Vitor Cabral a 3 de Julho de 2008 às 21:36 Quais são as práticas consideradas discriminatórias? De Stephanie Judite a 3 de Julho de 2008 às 22:54 Durante mais de duzentos anos os países europeus foram, em grande parte, países de emigração, mas nas últimas décadas esta tendência inverteu-se e a UE tornou-se gradualmente um destino de imigração e de pedidos de asilo. A prosperidade e o bom funcionamento das sociedades europeias fazem com que a Europa continue a ser um destino atractivo, razão pela qual cada vez mais políticos e académicos consideram que uma imigração bem
gerida pode ser a solução para o declínio demográfico europeu. De Helder Monteiro e Helder Ribeiro a 3 de Julho de 2008 às 23:01 O problema da imigração ilegal na UE ensombra os benefícios evidentes que
decorrem de fluxos migratórios bem geridos. O número de cidadãos oriundos de países terceiros que se encontram em situação irregular na UE parece situar-se, de acordo com algumas estimativas, entre 4,5 e 8 milhões de pessoas. http://www.acime.gov.pt/modules.php?name=FAQ&myfaq=yes&id_cat=30&categories=Racismo#709 De TANIA´S a 3 de Julho de 2008 às 23:12 Os imigrantes enfrentam vários problemas e práticas discriminatórias, como por exemplo quando procuram: Além disso, os imigrantes enfrentam outros obstáculos, tais como: http://www.multikulti.org.uk/pt/immigration/help-with-immigration-problem/ De Paula Liliana a 3 de Julho de 2008 às 23:19 A produção ou difusão de anúncios de ofertas de emprego, ou outras formas de publicidade ligada à pré-selecção ou ao recrutamento, que
contenham, directa ou indirectamente, qualquer especificação ou preferência baseada em factores de discriminação racial;A recusa de fornecimento ou impedimento de fruição de bens ouserviços, por parte de qualquer pessoa singular ou colectiva; De Filipa Soares a 4 de Julho de 2008 às 16:15 As dificuldades e os problemas
que os imigrantes podem ter, são: http://www.multikulti.org.uk/pt/immigration/help-with-immigration-problem/ De Américo a 7 de Julho de 2008 às 01:21 A Organização Internacional do Trabalho (OIT) sublinhou hoje que a falta de domínio da Língua e o desconhecimento da legislação dos países de acolhimento são as principais dificuldades encontradas pelos imigrantes, à margem da conferência internacional "Acção contra o tráfico e exploração por trabalho forçado de trabalhadores migrantes na Europa", no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. As principais dificuldades dos imigrantes têm a ver com o domínio da língua, a cultura, a alimentação, e as leis no país de acolhimento. Temos ainda outras dificuldades no âmbito das leis do país, e ainda dificuldades de integração na sociedade devido a alguns seres humanos que pensam que só eles têm direito á vida, chamados racistas, e ainda outros seres humanos que se aproveitam dos mais fracos como forma de ganhar a vida. Consideremos, por exemplo, as medidas tomadas ao nível da habitação. A gestão do espaço urbanístico tem sido encoberta por políticas racistas e xenófobas. Todos os planos e programas de realojamento (P.E.R) responderam, antes demais, a critérios meramente económicos sem terem qualquer preocupação
sócio-política ou levando em consideração as especificidades socioculturais e económicas dos imigrantes. A lógica do mercado imobiliário imperou assim sobre a possibilidade política de resolver um dos problemas sociais mais agudos com que se defrontam os imigrantes. E os imigrantes foram mais uma vez empurrados para as zonas degradadas e menos cobiçadas, levando à proliferação dos guetos (Quinta do Mocho, Bela Vista, Buraca, Apelação, etc). De Mariana a 7 de Julho de 2008 às 21:38 Quais as dificuldades dos Imigrantes? Consideram-se práticas discriminatórias as acções ou omissões que, em razão da pertença de qualquer pessoa a determinada raça, cor, nacionalidade ou origem étnica, violem o principio da igualdade, designadamente: http://www.acime.gov.pt/modules.php?name=FAQ&myfaq=yes&id_cat=30&categories=Racismo#709 Comentar post Quais eram as dificuldades dos imigrantes ao chegar ao Brasil?Falta de informação, dificuldades com o idioma e acesso à documentação são os principais obstáculos para os estrangeiros no país.
Quais foram as dificuldades que os imigrantes?A síntese expositiva dos resultados obtidos permite concluir que aprendizagem do idioma, dificuldade de obtenção de documentos para regularização migratória, dificuldade para conseguir emprego, racismo, discriminação racial, revalidação de diploma e reunião familiar são alguns dos principais desafios e dificuldades ...
Como viviam os imigrantes que chegaram ao Brasil que dificuldades eles enfrentavam?Chegando ao Brasil, os imigrantes eram contratados pelo sistema de parceria. Nesse sistema, os fazendeiros custeavam a vinda dos imigrantes, fazendo com que eles já chegassem endividados. Além disso, trabalhavam em um pedaço de terra da fazenda e os lucros e prejuízos da colheita eram divididos.
Quais eram as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes nas viagens que faziam com destino ao Brasil entre o fim do século 19 e início do século 20?“As condições de viagem na terceira classe eram muito difíceis. Era uma condição de pobreza, muitas pessoas e pouca comida.
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