Quais as ferramentas de maior utilização na aprendizagem colaborativa?

São chamadas de ferramentas colaborativas na educação as soluções tecnológicas que possibilitam mais qualidade no ensino e otimização do tempo nos processos educacionais, seja nas escolas e universidades, seja em empresas que fazem treinamentos com seus colaboradores.

Além disso, essas ferramentas proporcionam benefícios como mais qualidade de conteúdo e uma maior proximidade entre os alunos com os professores ou instrutores dos cursos realizados.

Existem diversas ferramentas que podem ser utilizadas na sua empresa para essa finalidade. Confira as principais delas!

Ambientes virtuais de aprendizagem

Os ambientes virtuais de aprendizagem são sistemas, geralmente, armazenados em nuvem, em que os professores ou instrutores podem postar materiais complementares das aulas, como artigos, vídeos, e-books e outros itens que sirvam como apoio para que o aluno tenha mais facilidade de fixar o aprendizado.

Nesses ambientes também é possível que os alunos façam upload de trabalhos, tudo de forma simples e informatizada, descartando o uso de papel.

Aplicativos

São diversos os aplicativos que podem ser utilizados nos processos educacionais, como o Prezi, que é muito útil para a criação de apresentações com design inovador.

Já para o armazenamento de material didático, recomenda-se o uso de ferramentas como o Dropbox e o Google Drive, que também são úteis para que alunos e professores interajam compartilhando arquivos.

Projetores

As pessoas compreendem e assimilam melhor os conteúdos quando eles estão acompanhados de imagens ou vídeos que ilustrem aquilo que o professor está dizendo e, para isso, o uso de projetores é fundamental.

Existem diversos modelos de projetores no mercado, e você pode analisar qual é a melhor opção para o seu negócio. Entre os principais deles, destaca-se o Projetor Epson Brightlink 1450Ui, que tem uma excelente luminosidade e conta com a tecnologia 3LCD, itens que são muito importantes para a qualidade das projeções.

Monitores interativos

As projeções, em alguns casos, como nos treinamentos corporativos com pequenos grupos ou aulas particulares, podem ser substituídas por monitores interativos, que garantem mais agilidade por meio do toque múltiplo nas telas.

O Interactive LDC com LED Backlight é um exemplo de monitor interativo que pode fazer a diferença nos processos educacionais, mostrando imagens vívidas, vidro antirreflexo, opção para congelamento de imagem e vida útil de até 50 mil horas.

Filmadoras profissionais

A educação a distância deixou de ser uma tendência para se tornar uma realidade em muitas instituições de ensino, de modo que é necessário gravar vídeos com os professores ministrando as aulas e disponibilizá-los para que os alunos assistam.

Esses vídeos precisam ter excelente qualidade e, para isso, é relevante o uso de filmadoras profissionais, que garantam a produção de materiais de qualidade para que o aprendizado seja potencializado. São diversos modelos disponíveis, e você pode buscar mais informações sobre cada um deles.

Microfones

As salas de aula que são muito amplas e que recebem muitos alunos também precisam contar com um bom serviço de microfonia, tendo em vista que todos os presentes devem compreender aquilo que é dito pelo professor ou ministrante de forma clara.

Os microfones também são importantes para os casos de conferências educacionais, como congressos, fóruns, seminários e outros eventos similares.

Essas são apenas algumas das ferramentas colaborativas na educação que podem revolucionar a forma como você executa as aulas em sua instituição de ensino ou empresa. Vale a pena conhecer mais sobre elas e garantir muito mais sucesso no aprendizado dos alunos.

A Dealer atua há mais de 20 anos no mercado audiovisual e pode oferecer as melhores opções em ferramentas para educação, pois tem muita expertise na área. E, para você ficar por dentro de todas as nossas novidades, assine a nossa newsletter e receba mais conteúdos interessantes como este diretamente em seu e-mail!

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Você provavelmente conhece nomes de pintores italianos renomados como Rafael, Ticiano e Michelangelo, certo? Você sabia que eles empregavam traços da aprendizagem colaborativa em seus ateliês?

Muitas de suas obras, que hoje são contempladas por milhares de pessoas, na verdade não foram feitas por um só artista, mas sim por várias mãos. No Renascimento, era comum que os mais importantes pintores tivessem em seus ateliês diversos discípulos, que aprendiam com o mestre todas as etapas da realização de um quadro.

Não é por acaso que tais obras de arte são lembradas até hoje. Sua excelência e qualidade partem não só do mestre que guia os seus aprendizes, mas também do trabalho em conjunto das várias mãos que pintaram cada parte de uma paisagem ou um retrato. 

Como você pôde observar, práticas colaborativas não são novidade. Porém, nos últimos anos, algumas abordagens se desenvolveram e alcançaram destaque.

Uma importante aliada das instituições de educação superior (IES) são as metodologias ativas. Nos últimos anos, elas vêm revolucionando a forma de se ensinar na educação superior do Brasil e do mundo.

Uma destas metodologias é a aprendizagem colaborativa. Dos ateliês renascentistas até os dias de hoje, muita coisa mudou no que se refere ao trabalho em equipe para melhorar a aprendizagem dos alunos. Mas a essência da cooperação continuou.

Neste Guia Completo, vamos falar sobre a importância da aprendizagem colaborativa e como ela pode ajudar a inovar o ensino em sua IES. Ao longo do texto, serão respondidas algumas perguntas, como:

  • O que é a aprendizagem colaborativa?
  • Como surgiu a aprendizagem colaborativa?
  • Quais são os pressupostos teóricos da aprendizagem colaborativa?
  • Qual a importância da aprendizagem colaborativa?
  • Quais os benefícios da aprendizagem colaborativa?
  • Quais são as características da aprendizagem colaborativa?
  • Como promover a aprendizagem colaborativa na IES?

Vamos lá?

A aprendizagem colaborativa é uma metodologia pedagógica na qual se aprende por meio da colaboração e participação ativa. Por meio dela, os alunos são incentivados a realizar tarefas ou solucionar problemas de maneira conjunta, construindo seu aprendizado de maneira interdependente. 

Em outras palavras: os alunos dependem um dos outros para que o processo de aprendizagem ocorra

Assim como a aprendizagem entre pares, a aprendizagem colaborativa é mais uma das metodologias ativas de aprendizagem que podem ser aplicadas em sua IES. Através destes novos métodos de ensino, o aluno sai de uma posição passiva, apenas receptora da informação, para se tornar a figura central do seu processo de aprendizagem. 

O protagonismo do aluno é apenas um dos objetivos da aplicação da aprendizagem colaborativa. Essa metodologia também auxilia no desenvolvimento das habilidades de cognição dos alunos, incentivadas pelo trabalho em equipe e pelas discussões realizadas em grupo.

Outro objetivo dessa metodologia ativa é ampliar a aprendizagem dos alunos, criando conexões mais significativas em seu processo educacional. Ao reunir os alunos em pares ou grupos, o professor desenvolve a cooperação e a ajuda mútua entre os estudantes, que passam não só a aprender como também a ensinar uns aos outros.

Agora que você já sabe o que é a aprendizagem colaborativa, que tal conhecer como surgiu essa metodologia ativa e seu histórico de contribuições das mais diversas linhas de pensamento?

2. Como surgiu a aprendizagem colaborativa?

Como mostram os pesquisadores Patrícia Torres e Esrom Irala em seu estudo “Aprendizagem colaborativa: teoria e prática”, os métodos de ensino e aprendizagem mudaram e muito ao longo dos séculos. Vamos nos reportar a este estudo várias vezes ao longo do texto; vale a pena conferir sua íntegra!

Além disso, cada civilização teve sua própria maneira de responder às demandas por educação, criando diferentes soluções para enfrentar os desafios de seu contexto e sua época. 

Em nossa sociedade ocidental, podemos traçar os primórdios institucionais das práticas colaborativas no século XVIII na Grã-Bretanha

Naquele contexto, princípios como cooperação e trabalho em equipe eram desenvolvidos em algumas universidades. Os professores se utilizavam de técnicas como composição de textos em equipe e habilidades de comunicação em grupo com seus alunos.

Aprendizagem colaborativa na arte

Um outro importante espaço de colaboração e ensino é aquele mencionado ao início do texto: as escolas de artes e ofícios, além dos ateliês de artista. 

Desde a Idade Média, o ensino das artes foi marcado pela coletividade e pelo trabalho em grupo, passando desde o ateliê dos mestres renascentistas até as corporações de ofício, onde os aprendizes conviviam com o mestre para aprender suas técnicas e métodos de pintura, escultura e desenho.

Aprendizagem colaborativa e o Gestalt

No século XX, algumas correntes teóricas foram importantes para o desenvolvimento posterior das práticas em aprendizagem colaborativa. Em um primeiro momento, é preciso citar as teorias da Gestalt, uma corrente da psicologia que se baseia na ideia da compreensão do todo para entendimento das partes. 

Por meio de estudos realizados por psicólogos da Gestalt com crianças que frequentavam a escola, observou-se um melhor desempenho escolar em grupos de trabalho, principalmente naqueles onde havia um líder democrático. Por outro lado, equipes que eram comandadas por um líder autoritário não tiveram um desempenho comparável.

Aprendizagem colaborativa e pedagogia

Outra raiz histórica das metodologias de aprendizagem colaborativa modernas vem da área da educação. Nomes como Jean Piaget e Lev Vygotsky são fundamentais quando falamos de metodologias ativas de aprendizagem, pois pensam principalmente como ocorrem os processos cognitivos a partir dos sujeitos que estão aprendendo. 

Ao longo das décadas seguintes, diversos educadores, psicólogos e outros profissionais da educação trabalharam no desenvolvimento de práticas de aprendizagem colaborativa. A metodologia que conhecemos hoje principalmente tomou forma a partir dos anos de 1990. 

Na década de 90, a aprendizagem colaborativa começou a conquistar seu espaço em cursos superiores do mundo todo. Nos Estados Unidos, foi realizada a primeira conferência anual sobre essa metodologia ativa, consolidando a aprendizagem colaborativa como uma possibilidade de inovação na educação e no ensino.

Leia também: Por que e como aplicar a Aprendizagem Baseada em Equipes em sala de aula?

3. Quais são os pressupostos teóricos da aprendizagem colaborativa?

No que se refere aos pressupostos teóricos que baseiam a recente metodologia da aprendizagem colaborativa, os pesquisadores Torres e Irala demonstram que existem quatro linhas de pensamento. Vamos conhecer quais as bases teóricas da aprendizagem colaborativa?

Primeira linha: Movimento da Escola Nova

O Movimento da Escola Nova foi capitaneado por diversos autores importantes do campo da educação, como John Dewey, Maria Montessori e Célestin Freinet. Esses teóricos tinham como ponto em comum fazer o resgate da figura do aluno como ponto principal de inflexão do processo de aprendizagem. 

Essa corrente pretendia colocar o aluno como agente participativo e ativo da ação educativa, pois o enxerga como indivíduo dotado de personalidade e capacidade de construir e modificar o mundo ao seu redor. Nessa abordagem, o sujeito é integrado ao seu medo, priorizando as relações interpessoais na construção do conhecimento. 

A Escola Nova também pretendia propor um ensino onde seus interesses, desejos e necessidades são motores dos processos de aprendizagem. Assim, o professor seria mais é o foco dos métodos educativos, atuando então como um facilitador do aprendizado ao criar condições para que o aluno tenha autonomia.  

Segunda linha: Teoria da Epistemologia Genética

A Epistemologia Genética é uma corrente de pensamento que tem sua origem nos trabalhos do importante pensador suíço Jean Piaget. A epistemologia nada mais é do que um ramo da filosofia que estuda de que maneira o ser humano constrói e valida o conhecimento. Isto é, uma ciência que se ocupa da própria ciência. 

A Epistemologia Genética tem esse nome pois, em seus estudos, Piaget estava preocupado em descobrir de que maneira surge o conhecimento, com foco principalmente nos processos de construção de conhecimento das crianças. Assim, o termo “genética” tem sua origem na palavra “gênese”, que significa início, começo. 

Partindo de princípios interacionistas, Piaget entendia o sujeito como um ser ativo, que se relaciona com seu meio físico e social e constrói relações significativas com as pessoas, objetos e crenças. 

No entendimento da Epistemologia Genética, o conhecimento é entendido como algo que é construído por cada indivíduo por meio de suas experiências, não sendo um objeto físico passível de transmissão passiva. 

A Epistemologia Genética foi base para algumas correntes da educação, como a aprendizagem construtivista. Nessa linha de pensamento, é incentivado que os alunos se engajem em todo o processo de aprendizagem, sendo agentes importantes na construção de seus conhecimentos por meio de conexões e associações significativas ao seu esquema mental. 

Terceira linha: Teoria Sociocultural

A Teoria Sociocultural também é uma das bases da aprendizagem colaborativa. Nessa linha de pensamento, o foco reside na interação social como forma de desenvolvimento do ser humano. 

Um de seus principais pensadores foi Lev Vygotsky, psicólogo russo conhecido por suas teorias do desenvolvimento. Esse autor defendia que existe uma relação de causa entre as diversas interações sociais e o desenvolvimento dos indivíduos. 

Na Teoria Sociocultural, a aprendizagem é vista como um processo que ocorre no sujeito por meio de suas interações com o seu ambiente ao redor e com outros indivíduos.

Vygotsky também argumentava que toda aprendizagem é um processo ativo, mediado por diversas ferramentas, sendo a mais importante destas a linguagem comum a todos os seres humanos. 

A contribuição dessa abordagem para a aprendizagem colaborativa reside no pressuposto de que toda a inteligência tem origem social. A aprendizagem acontece primeiro no coletivo, por meio da linguagem, para que depois possam acontecer os processos internos do indivíduo. 

Na visão de Vygotsky, para que aconteça a aprendizagem é necessário que exista a interação entre duas ou mais pessoas. Assim, podemos entender qual o papel da Teoria Sociocultural para nossa metodologia ativa aqui apresentada. 

Quarta linha: Pedagogia Progressista

De maneira geral, a Pedagogia Progressista entende que a educação pode trazer também a transformação social. Assim como o Movimento da Escola Nova, essa corrente teórica também dá ênfase a uma visão colaborativa do processo de aprendizagem.

A Pedagogia Progressista enxerga os alunos como responsáveis pelo seu processo de aprendizagem, em cooperação com os outros estudantes e também com a participação dos professores. Para esta linha de pensamento, o conhecimento é produzido por meio da discussão coletiva e da conscientização da realidade que circunda o indivíduo e o grupo. 

De certo modo, a Pedagogia Progressista vai além do pensamento do Movimento da Escola Nova. Nesta linha teórica, a aprendizagem acontece para além da transformação individual, tendo em vista os ideais de transformação social por meio da ação educativa.

4. Qual a importância da aprendizagem colaborativa?

A aprendizagem colaborativa é uma importante ferramenta metodológica para a educação, pois incentiva diversas habilidades cognitivas e sociais dos alunos. 

Segundo os especialistas Torres e Irala, quando acontece uma interação entre os alunos de maneira colaborativa, como na resolução de um problema sugerido pelo mediador, cada pessoa trará em sua bagagem seus próprios esquemas de pensamento e seus pontos de vista sobre um determinado assunto. 

Na aprendizagem colaborativa, esses diferentes esquemas de pensamento são fundamentais para que o processo de aprendizagem ocorra. Ao comunicar perspectivas distintas, os alunos poderão dialogar e negociar sobre o melhor caminho a seguir. Nesse processo, são gerados novos conhecimentos e significados por meio de uma atividade compartilhada

A aprendizagem colaborativa também pode ser uma importante ferramenta para fomentar e aprimorar as competências socioemocionais dos alunos. 

A Teoria do Big Five (ou “Cinco Grandes Fatores de Personalidade”) diz que existem cinco grandes competências socioemocionais que podem ser desenvolvidas em um ambiente educacional: 

  1. Abertura a novas experiências;
  2. Engajamento com outras pessoas;
  3. Amabilidade;
  4. Consciência e autogestão;
  5. Estabilidade emocional.

Por meio da sugestão de atividades realizadas coletivamente, a aprendizagem colaborativa pode ajudar os alunos a melhorar suas competências socioemocionais. Por exemplo, ao propor uma atividade para ser realizada em grupo, o professor está incentivando os alunos a cultivar relações interpessoais.

Além de tudo, a aprendizagem colaborativa pode fomentar o surgimento de relações sociais mais saudáveis entre as pessoas. 

Quando os alunos aprendem a trabalhar em colaboração dentro ou fora da sala de aula, eles também desenvolvem importantes habilidades para a vida em sociedade. Ao entrar em contato com pontos de vista diferentes, os alunos desenvolvem também a escuta ativa e o diálogo. 

Leia também: Saiba o que é e as características da educação dialógica

5. Quais os benefícios da aprendizagem colaborativa?

Vamos conhecer quais os benefícios da aprendizagem colaborativa?

  • Melhoria das aprendizagens: a aprendizagem colaborativa pode melhorar de maneira significativa diversos processos pedagógicos que acontecem na IES;
  • Melhoria das relações interpessoais: por meio do trabalho em grupo, os alunos aprendem a se relacionar de maneira mais saudável;
  • Melhoria da autoestima: como o estudante é a peça central do processo de aprendizagem, ele ganha mais confiança e assertividade;
  • Melhoria das competências no pensamento crítico: o diálogo e a troca de ideias favorece a construção de novos conhecimentos;
  • Maior capacidade em aceitar as perspectivas dos outros: a diversidade e a pluralidade de pensamentos aparece durante o trabalho em grupo;
  • Maior motivação: com o apoio dos colegas, o aluno ganha maior disposição para realização das tarefas;
  • Maior número de atitudes positivas para com o curso, professores e colegas: a aprendizagem colaborativa favorece o surgimento de importantes laços de amizade e respeito entre todos na IES;
  • Menos problemas disciplinares: com o trabalho em equipe, são favorecidas situações de cordialidade e cooperação entre os alunos e professores;
  • Aquisição de competências necessárias para trabalhar com outras pessoas: 
  • Menos tendência à faltas: com essa metodologia, a IES pode diminuir a abstenção e aumentar o engajamento dos alunos com o curso. 

6. Quais são as características da aprendizagem colaborativa?

Vamos descobrir quais as principais características da aprendizagem colaborativa?

Em artigo publicado na revista acadêmica estadunidense “Change”, a especialista Roberta Matthews e outros autores elencam as seguintes características da aprendizagem colaborativa:

  1. Aprendizagem ativa: aprender de maneira ativa é muito mais efetivo que apenas receber de forma passiva o conteúdo;
  2. Colaboração e cooperação: aprender e ensinar são práticas compartilhadas entre professores e alunos;
  3. Mediação do professor: o professor atua como um facilitador e um mediador da aprendizagem;
  4. Desenvolvimento de habilidades e competências socioemocionais: ao participar de atividades em grupos, os alunos ganham habilidades de pensamento mais elaboradas, aumentando também as capacidades individuais de uso do conhecimento;
  5. Responsabilidade: a responsabilidade pela aprendizagem em grupo e de maneira individual melhora o desenvolvimento intelectual do aluno;
  6. Auto-conhecimento: Ao articular ideias e debater com os colegas, o aluno aumenta sua habilidade para refletir sobre sua própria aprendizagem;
  7. Valorização do diálogo: A construção do consenso faz parte das habilidades sociais desenvolvidas pelo trabalho em equipe;
  8. Sentimento de pertencimento: A aprendizagem colaborativa aumenta o sentimento de pertencimento do aluno a um grupo e a uma instituição, sendo importante ferramenta para retenção e engajamento;
  9. Diversidade: Valorização da pluralidade de ideias e pontos de vista.

Características do trabalho em grupo na aprendizagem colaborativa

Na aprendizagem colaborativa, os grupos de trabalho são peça fundamental para se entender como essa metodologia ativa funciona. Segundo Torres e Irala, essas são algumas das principais características do trabalho em grupo na aprendizagem colaborativa:

  • Interdependência positiva;
  • Responsabilidade individual;
  • Heterogeneidade e diversidade;
  • Liderança partilhada;
  • Responsabilidade mútua;
  • Preocupação com a aprendizagem dos outros elementos do grupo;
  • Ênfase nas tarefas e também na manutenção do trabalho;
  • Ensino direto das habilidades e competências socioemocionais;
  • Professor atua como observador;
  • O grupo acompanha a sua produtividade.

Como é possível notar, a aprendizagem colaborativa tem diferenças significativas na condução do trabalho em equipe quando comparada aos métodos tradicionais de ensino. Em primeiro lugar, vemos a importância da colaboração e da interdependência entre os membros do grupo, que se ajudam mutuamente enquanto constroem conhecimentos e aprendem juntos. 

Além disso, os métodos tradicionais de ensino não atribuem muita responsabilidade aos alunos, pois os professores possuem toda a autoridade na condução das atividades.

Por meio das metodologias ativas na prática, os estudantes adquirem importantes habilidades que serão fundamentais para o exercício futuro da profissão. Desenvolvendo essas competências, as IES podem formar profissionais proativos, engajados e inovadores, capazes de gerar mudanças para toda a sociedade.

Leia também: Como funciona e como desenvolver a extensão universitária na IES

7. Como promover a aprendizagem colaborativa na IES? 3 dicas essenciais

Seja por meio da aplicação em conjunto com outros tipos de metodologias ativas, seja com o auxílio de diversas ferramentas da tecnologia disponíveis para o ensino superior, a aprendizagem colaborativa pode ser implementada em qualquer instituição de ensino, independente do número de alunos ou professores.  

A seguir, listamos algumas práticas que podem ajudar você a promover essa metodologia ativa na sua IES: 

Dica 1: Utilize em conjunto com outras metodologias ativas

O uso de uma metodologia ativa de aprendizagem não exclui a possibilidade de aplicação de outra em sala de aula. Pelo contrário, esses novos métodos de educação podem e devem ser utilizados em conjunto!

Apesar de serem muito diferentes entre si, todas as estratégias de metodologia ativa compartilham entre si alguns princípios básicos. O principal desses princípios é enxergar o aluno como protagonista do seu processo de aprendizagem.

Cabe ao gestor e professores conhecer as necessidades e demandas dos seus alunos, para aplicação conjunta dessas estratégias. Mapeando seus interesses, eles podem definir quais são aquelas que mais se encaixam no perfil de sua instituição.

A sala de aula invertida, por exemplo, é uma das abordagens que podem colaborar na promoção da aprendizagem colaborativa. Ao chegar em sala de aula com todo o conteúdo em mente, o aluno aproveita o tempo em classe para discutir com os colegas, tirar dúvidas com o professor e realizar atividades em grupo. 

Já a rotação por estações transforma o ambiente da sala de aula em um espaço de aprendizagem em circuitos. Ao percorrer as estações, os grupos de trabalho constroem conhecimento por meio de diversas categorias de aprendizado, como visual, auditivo, escrito, entre outros. 

Como foi possível notar, são muitas as possibilidades que as metodologias ativas podem trazer para a sua IES. Por isso, é preciso estar atento às mudanças e inovações do mercado educacional. Para isso, a tecnologia pode ser uma grande aliada da instituição, como mostraremos a seguir. 

Dica 2: Aposte na tecnologia

Se é possível transformar a realidade da IES por meio de metodologias de ensino inovadoras, com a ajuda da tecnologia você pode potencializar ainda mais a revolução nas práticas pedagógicas.

As metodologias ativas com uso de tecnologias digitais são grandes aliadas para a aplicação da aprendizagem colaborativa, pois garantem maior acessibilidade e democratização do conhecimento. 

Por meio de diversos recursos, como celulares, tablets e redes sociais, as aulas podem se tornar mais dinâmicas e atrativas. Na aprendizagem colaborativa, por exemplo, essas tecnologias podem ser ferramentas poderosas para comunicação entre os grupos de trabalho. 

Com o auxílio das ferramentas digitais, o educador ganha maior facilidade para assumir o papel de mediador da aprendizagem dos estudantes, ajudando a construir uma relação benéfica entre o professor e a tecnologia.

E o uso das ferramentas digitais não para por aí: apostar na tecnologia vai muito além da utilização de celular na sala de aula ou redes sociais para acompanhamento de projetos. O gestor da IES deve também ficar atento à estrutura oferecida pela IES, que precisa também incorporar as recentes inovações no campo educacional. 

Dica 3: Prepare seus professores

Por último, mas não menos importante, precisamos falar de uma figura fundamental em uma instituição de ensino superior: o professor. Mesmo que seu papel tradicional tenha se transformado, o professor continua tendo destaque no dia a dia da IES. 

Um bom gestor deve estar atento não só na hora de contratar seus docentes, mas deve também proporcionar uma boa capacitação para o seu corpo de funcionários. Professores bem capacitados se sentem mais confiantes e preparados para executar as novas metodologias, que exigem novas competências e habilidades de sua parte.

Nesse sentido, ensino superior a distância exige que o professor esteja preparado para mudanças inovadoras na forma de ensinar e aprender. Esse modelo é uma grande possibilidade para que a aprendizagem colaborativa e outros métodos sejam aplicados — mas cabe ressaltar que também são perfeitamente compatíveis com ensino híbrido ou presencial.

Para que os professores tenham total domínio das metodologias ativas, é preciso que estejam preparados desde já para a educação do futuro

Dentre as principais competências do professor do futuro, podemos destacar:

  • A busca por aprimoramento constante;
  • Boas habilidades de comunicação;
  • O domínio da escuta ativa;
  • E o estímulo ao pensamento crítico de seus alunos. 

Com essas competências a serem desenvolvidas pelo gestor educacional, sua IES estará mais perto de transformar os processos de aprendizagem e ensino, criando um ambiente estimulante para que os professores atuem na mediação do conhecimento dos alunos.

Com esses conhecimentos em mãos, você já pode começar a preparar a sua IES para promover a aprendizagem colaborativa e outras metodologias ativas. Mãos à obra!

Esperamos que tenha gostado deste conteúdo sobre aprendizagem colaborativa. Que tal aproveitar e descobrir como fazer aulas interativas?

O que são ferramentas colaborativas na educação?

As ferramentas colaborativas são softwares que auxiliam no desenvolvimento de tarefas realizadas por um grupo, o qual busca, por meio do trabalho coletivo, cumprir um projeto ou um objetivo em comum.

Quais são as principais ferramentas colaborativas do mercado?

Quais são as principais ferramentas colaborativas disponíveis?.
Assinatura Eletrônica..
Google Documento e Planilhas..
Trello..
Slack..
Skype for Business..
Google Drive..
E-mail corporativo. Related Post..

Quais as ferramentas de aprendizagem?

Confira alguns exemplos abaixo:.
Realidade virtual. O primeiro exemplo de tecnologias como ferramentas de aprendizagem é a realidade virtual, que representa uma simulação de outro ambiente. ... .
Realidade aumentada. ... .
Gamificação. ... .
Aplicativos. ... .
Sala de aula invertida. ... .
Videoaulas. ... .
Lousa digital. ... .
Correção de redação online..

Quais são as ferramentas colaborativas aplicadas ao ensino remoto?

Algumas das ferramentas para aulas remotas amplamente utilizadas são: ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), sistemas de gestão da aprendizagem (LMS), aplicativos gamificados, tutoria digital, entre outras. Muitos desses instrumentos já eram conhecidos, mas seu uso foi impulsionado pelo distanciamento social.