Quais as consequências desse problema para os animais que vivem na Antártida?

Recordes de temperaturas e menos acesso a comida estão fazendo com que a vida dessas simpáticas aves fique cada vez mais difícil. Mas ainda podemos mudar esse cenário

Quais as consequências desse problema para os animais que vivem na Antártida?
Pinguim-de-barbicha e seu filhote, avistados durante o censo para contar a população na Ilha Elefante, Antártida. Foto: © Abbie Trayler-Smith / Greenpeace

Se você tem um pinguim em cima da geladeira, você sabe que eles combinam com ambientes gelados. Então, a notícia de que a Antártida está cada vez mais quente não soa bem para os pinguins de verdade. 

Nos dias 6 e 9 de fevereiro, o continente que costuma ser o mais gelado da Terra bateu recordes de temperaturas. Os termômetros registram 18,3 ºC e 20,75 ºC, respectivamente.

Um dos impactos já está registrado: a população de uma espécie de pinguins sofreu uma redução drástica nas últimas décadas, segundo cientistas que estão a bordo de nosso navio na Antártida. As razões disso são a queda de seu principal alimento e o aquecimento global.

Entre janeiro e o começo de fevereiro, os cientistas realizaram um censo dos pinguins-de-barbicha (Pygoscelis antarcticus) na Ilha Elefante por meio de imagens de drones e programas de computador. O censo anterior era de 1971 e havia identificado 123 mil ninhos. A conclusão é que hoje existem 60% menos pinguins-de-barbicha na ilha do que meio século atrás. Colônias analisadas em outras partes da região oeste da Antártida registraram diminuições piores: de até 70%.

“Uma queda significativa dessas sugere que o ecossistema mudou drasticamente de 50 anos para cá e que esses impactos estão refletindo na cadeia alimentar de animais, como os pinguins-de-barbicha. Embora vários fatores possam colaborar, todas as nossas evidências apontam para as mudanças climáticas como principais responsáveis”, disse Heather J. Lynch,professor da Universidade de Stony Brook, a bordo de nosso navio e na liderança da pesquisa.

Altas temperaturas na Antártida e no oceano ao seu redor estão conectadas com uma menor disponibilidade da comida favorita dos pinguins: o krill (que são como minúsculos camarões). Um estudo de 2016 mostrou que nos últimos 40 anos, a população desses crustáceos diminuiu em 80% em algumas regiões. A principal razão é o aquecimento das águas do mar. Além dos pinguins, vários outros animais são impactados por dependerem do krill para sua alimentação.

As mudanças climáticas, a gente já sabe, são resultados do excesso de gás carbônico na atmosfera. E somos nós, seres humanos, que estamos jogando isso lá por meio de queima de combustíveis fósseis e pela derrubada de florestas. Quando a ciência mostra efeitos colaterais disso, fica ainda mais evidente a necessidade da urgência do assunto. É por isso que já chamamos de Emergência Climática o momento em que vivemos.

Precisamos nos unir e cobrar governantes e lideranças do mundo todo para que ações de combate às mudanças climáticas e às emissões de gases sejam tomadas logo.

Enquanto isso, também podemos juntos pedir pela proteção dos oceanos e de toda a vida que depende deles. “Um mundo com menos pinguins é um lugar menos feliz”, disse a Frida Bengtsson, porta-voz da campanha Proteja Os Oceanos do Greenpeace. E ela está certa. Uma das formas de agir é entrar em nosso abaixo-assinado cobrando os nossos governantes para assinarem o Tratado Global dos Oceanos. Esse documento vai facilitar a criação de áreas de proteção no mar. Fique do lado de quem quer pinguins, oceanos e nosso clima a salvo.

O aquecimento global pode ser definido como um processo em que há o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra. Esse processo pode ocorrer como consequência de fenômenos naturais e também de atividades humanas. A ação humana é responsável por elevar a emissão de gás carbônico, um composto que provoca o aumento do efeito estufa.

O aquecimento global desencadeia efeitos graves para o nosso planeta, tais como: derretimento das calotas polares, desaparecimento de ilhas e de regiões costeiras, além do aumento de eventos climáticos extremos, como tempestades e ondas de calor. Outro problema que merece atenção, e já pode ser notado atualmente, é a extinção de espécies de animais e plantas.

Tópicos deste artigo

  • 1 - Quais espécies correm risco de extinção em razão do aquecimento global?

Quais espécies correm risco de extinção em razão do aquecimento global?

De acordos com relatórios do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC), 30% das espécies do planeta correm o risco de desaparecer caso a temperatura global do planeta aumente 2ºC. Apesar de parecer uma mudança pequena, é suficiente para afetar diretamente várias espécies, principalmente aquelas que são sensíveis às condições ambientais, como anfíbios e fitoplâncton.

Assim, houve uma queda drástica, por exemplo, no número fitoplânctons. Segundo alguns especialistas, isso ocorre por causa do aumento da temperatura das águas do mar. Esse aumento deixa a coluna de água estratificada em algumas regiões, o que dificulta a chegada de nutrientes ao fitoplâncton. Essas modificações no mar afetam toda a cadeia alimentar, uma vez que o fitoplâncton é a base dessas cadeias.

  • Urso-polar

Não podemos esquecer de citar o símbolo maior do aquecimento global e de seu impacto na natureza: os ursos polares. Esses animais estão fortemente ameaçados, pois habitam em uma área que está sofrendo intenso degelo e, por isso, ocorreu uma redução de sua área de caça, onde eles geralmente capturavam suas presas, que sobem para respirar em espaços entre o gelo e água. Diminuindo a área de caça, reduz-se a capacidade de conseguir comida e, consequentemente, os ursos morrem. Alguns cientistas destacam ainda que essa situação causou um aumento na ocorrência de canibalismo entre esses seres.

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  • Sapos tropicais

Um caso bastante peculiar envolve algumas espécies de sapos tropicais. Segundo a WWF Brasil, mais de 70 espécies de sapos desses locais estão morrendo em decorrência da ação de fungos que se desenvolvem melhor com temperaturas mais elevadas. Isso mostra que o aquecimento global pode desencadear também o risco de doenças causadas por alguns parasitas.

  • Tartarugas marinhas

Os problemas não param por aí. Se o aquecimento global desencadeia a elevação do nível do mar e consequente redução das áreas costeiras, um outro grupo de animais pode ser afetado: as tartarugas marinhas. Esses animais necessitam de locais adequados para colocarem seus ovos, assim, o aquecimento afeta sua reprodução. Além disso, como o sexo é determinado pela temperatura da areia, aumentos de temperatura podem afetar a proporção entre machos e fêmeas.

De certa forma, todas as espécies são influenciadas pelo aumento de temperatura, uma vez que a extinção de apenas uma afeta toda a cadeia alimentar e o equilíbrio do ecossistema. Dessa forma, é fundamental que comecemos a apresentar atitudes mais corretas com o meio ambiente a fim de garantir um planeta saudável para as futuras gerações.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Quais as consequências desse problema para os animais que vivem na Antártica?

A presença de espécies invasoras pode degradar um ecossistema, pois elas competem com animais nativos por recursos como água, território e alimento. Além disso, essa ameaça se torna maior, pois, em alguns casos, esses animais caçam as espécies nativas, causando um enorme desequilíbrio ambiental.

Qual é a consequência desse problema nesse continente Antártida?

Resposta: derretimento dessas geleiras gera transtornos ambientais e sociais. Esse fenômeno altera a temperatura dos oceanos, causando um desequilíbrio ambiental e atingindo principalmente as espécies marinhas.

Quais as consequências do aquecimento global para os pinguins que vivem na Antártica?

A elevação da temperatura global está afetando o equilíbrio ambiental, atingindo todos os tipos de vida. Várias espécies de animais marinhos e peixes estão ameaçadas pelo degelo. Um exemplo bastante representativo é a redução do gelo na Antártica, a qual fez com que a população de pinguins diminuísse em 33%.

Quais são as consequências desse processo para os pinguins que vivem nesse continente?

As consequências para os pinguins que vivem na Antártida são que a redução da camada de gelo na região pode afetar tanto a criação dos filhotes quanto a disponibilidade de alimentos, pois o derretimento do gelo marinho pode diminuir a oferta do krill, um tipo de crustáceo que é o alimento base dos pinguins da região.