Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo a fundo?

Quais são as capacidades físicas utilizadas no atletismo?

Capacidades Fisicas

  • Velocidade: É a capacidade de realizar as ações vigorosas em um curto espaço de tempo. ...
  • Resistência: É a capacidade de suportar e recuperar-se da fadiga, ou seja, a capacidade de manter o esforço físico em um maior espaço de tempo. ...
  • Força: ...
  • Flexibilidade: ...
  • Agilidade: ...
  • Bibliografia:

Quais são as fases de uma corrida de velocidade no atletismo?

Estas corridas são constituídas por quatro fases fundamentais: partida, aquisição de velocidade, manutenção de velocidade e perda de velocidade.

Quais são as provas de corridas de velocidade no atletismo na Olimpíada?

Velocidade na Olimpíada

  • Natação (prova dos 50 m livre) 8,46 km/h. ...
  • Canoagem de velocidade (prova dos 200 metros) 20,5 km/h. ...
  • Maratona paralímpica de cadeirantes. 25,3 km/h. ...
  • AtletismoCorrida (prova dos 100 metros) 37,4 km/h. ...
  • Ciclismo de pista (prova dos 250 metros) 92,7 km/h. ...
  • Tiro com arco. 240 km/h. ...
  • Badminton. 400 km/h.

Qual a prova de atletismo é considerada de velocidade?

Provas do atletismo São de três tipos. As corridas rasas podem ser de curta distância ou velocidade (100m, 200m e 400m), de médio-fundo (800m e 1500m) e de longa distância ou fundo (5000m e 10000m).

Qual prova do atletismo é a mais longa?

Muitos acham que a prova mais longa do atletismo é a maratona e seus 42.

Qual é a prova de velocidade oficial mais rápida do atletismo?

100 metros rasos – Wikipédia, a enciclopédia livre.

Quem são os grandes vencedores das provas de velocidade?

O recorde mundial masculino pertence ao jamaicano Usain Bolt – 19s19 – conquistados em Berlim 2009 e o feminino à norte-americana Florence Griffith-Joyner – 21s34 – em Seul 1988; os atuais campeões olímpicos são Bolt e a também jamaicana Elaine Thompson e os campeões mundiais, o turco Ramil Guliyev e a holandesa Dafne ...

Qual foi a maior velocidade atingida por um velocista?

44,72 km/h

Qual a velocidade de um atleta?

Velocidade média dos atletas profissionais em uma prova é de 20 km/h. Administrador experimenta treino de um grande maratonista olímpico.

Quais as provas de corrida de velocidade e quais as características dos atletas para as provas de velocidade?

As provas de velocidade são aquelas em que os atletas devem percorrer até 400 metros; as de meio fundo têm trajetória entre 800 e 1500 metros; e as de fundo vão de 3.

Quais as provas e as características das corridas?

Corrida de Pista Corrida de Pistas Ovais – O atleta corre em uma faixa que pode ser de 100, 200 ou 400 metros. ... Corridas de Fundo – São realizadas dentro da pista, com distâncias de 5 e 10 mil metros. Corridas com Obstáculos/Barreiras – As provas acontecem dentro de estádios, com barreiras que o atleta deve saltar.

Qual é a principal diferença nas largadas das provas de 100m e de fundo?

Nas provas de meio fundo e fundo os atletas saem em pé. Importante salientar que as provas de meio fundo e fundo não são raiadas, saem um ao lado do outro na largada, todos vão para raia 1, somente no 800 metros rasos saem raiada apenas na primeira curva, depois todos atletas vão raia 1.

Qual a diferença entre marcha atlética e maratona?

Maratona: competição de longa distância, realizada somente na rua. Os atletas percorrem 42,195km. ... Marcha atlética: espécie de caminhada com regras específicas, com percursos de 20km e 50km.

O que quer dizer a palavra maratona?

Significado de Maratona Prova de corrida a pé ao longo da qual cerca de 42km são percorridos. [Figurado] Toda competição cuja duração é bem prolongada e que exige uma grande resistência: maratona de degustação; maratona de dança.

Qual é a regra da marcha atlética?

Na marcha atlética, é obrigatório manter um dos pés sempre no chão, e o joelho da perna que dá a passada não pode ser flexionado até que o movimento seja realizado por completo. ... E, caso ocorram três penalizações, o atleta é automaticamente desclassificado.

Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo a fundo?
Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo a fundo?

Detec��o e sele��o de corredores de fundo e meio fundo

Detecci�n y selecci�n de corredores de fondo y medio fondo

Detection and selection of long and middle distance runners

Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo a fundo?

 

*Centro Universit�rio Est�cio do Cear�

**Academia Brasileira de Treinadores

Comit� Ol�mpico do Brasil

(Brasil)

Edson Marcos de Godoy Palomares* **

Malena Martins Magalh�es*

Michelly Maria Alc�ntara Nobre*

Suelen Rodrigues Borges*

 

Resumo

          Visando ampliar o material de pesquisa no campo da sele��o e detec��o de atletas de longa e m�dia dist�ncia, nos dedicamos � investiga��o nesse campo. De in�cio devemos avaliar o potencial gen�tico, pois para ser um corredor de talento � preciso ter um bom gen�tipo. Sabe-se que a gen�tica influencia as caracter�sticas anat�micas e fisiol�gicas, al�m dessas devemos considerar as val�ncias f�sicas as quais est�o inseridas na capacidade motora do indiv�duo. A detec��o de um talento n�o pode ser evidenciada apenas por um �nico aspecto de predi��o, mas por um processo de desenvolvimento em que se pondera no decorrer de uma trajet�ria de etapas de treinamento, testes e mensura��es ordenadas aliadas � participa��o em competi��es esportivas.

          Unitermos

: Sele��o. Talentos fundistas. Detec��o de corredores. Perfil de corredores.

Abstract

          In order to expand the research material in the field of detection and selection of athletes of long and medium-haul flights, we are dedicated to research in this field. At first we should evaluate the genetic potential, because to be a talent you have to have a good genotype. It is known that genetics influences the physiological and anatomical features, in addition to these we have to consider the physical skills which are inserted into the motor skills of the individual. The detection of a talent cannot be evidenced only by a single aspect of prediction, but by a process of development in which he ponders over a path of training steps, tests and measurements ordered Allied participation in sports competitions.

          Keywords

: Athletes. Talent selection. Detection of hallways. Corridors profile.

Recep��o: 11/08/2015 - Aceita��o: 25/10/2015

 
Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo a fundo?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 20, N� 210, Noviembre de 2015. http://www.efdeportes.com/

Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo a fundo?

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1.     Introdu��o

    A corrida � uma das formas mais rudimentares de exerc�cio, surgiu da necessidade dos homens primitivos de deslocar-se mais rapidamente para fugir de alguns perigos ou perseguir a ca�a, ou seja, como meio de sobreviv�ncia. O homem percorria grandes dist�ncias para melhores condi��es de vida. O atletismo � presente desde o tempo de nossos ancestrais. Foi se aprimorando com o passar dos tempos, ent�o ideias de distancias e categorias surgiram.

    Sabendo que a identifica��o pr�via de talentos esportivos � uma necessidade fundamental para otimizar o treinamento e posteriormente entrar em um processo competitivo, na pesquisa buscamos indicar meios que possam dar aux�lio para a descoberta de novos talentos de corrida de m�dia e longa dist�ncia.

    Primeiramente devemos avaliar o potencial atl�tico em rela��o aos dotes gen�ticos. Para ser um corredor � preciso ter inicialmente um bom potencial gen�tico, necessitando de est�mulos para alcan�ar o m�ximo que sua gen�tica oferece de acordo com o princ�pio da individualidade biol�gica. A gen�tica influencia as caracter�sticas anat�micas e fisiol�gicas como: somat�tipo, antropometria, tipos de fibras, volume muscular, flexibilidade, capacidade aer�bia e cardiovascular, entre outros. Al�m destes aspectos, as val�ncias f�sicas tamb�m s�o pautadas, est�o inseridas como capacidades motoras de desenvolvimento.

    Levamos tamb�m em considera��o os testes que v�m se modificando devido ao grande desenvolvimento cient�fico e tecnol�gico, e a forma como o atleta vem se adaptando ao treinamento. Os testes est�o relacionados aos aspectos anat�micos e fisiol�gicos.

    O objetivo deste estudo � abordar o processo de detec��o e sele��o de corredores nas categorias de meio fundo e fundo.

2.     Referencial te�rico

    A teoria da Sele��o Natural elaborada por Darwin defende que o processo consiste em selecionar indiv�duos mais adaptados a determinada condi��o ecol�gica, eliminando aqueles desvantajosos para essa mesma condi��o. A express�o mais adaptada refere-se � maior probabilidade de determinado indiv�duo sobreviver e deixar descendentes em determinado ambiente.

    Os termos Fen�tipo e Gen�tipo forma criados pelo pesquisador dinamarqu�s Wilhelm L. Johannsen - Fen�tipo � empregado para designar as caracter�sticas apresentadas por um indiv�duo, sejam elas morfol�gicas, fisiol�gicas e comportamentais. Tamb�m fazem parte do fen�tipo caracter�sticas microsc�picas e de natureza bioqu�mica, que necessitam de testes especiais para a sua identifica��o. E o Gen�tipo refere-se � constitui��o gen�tica do indiv�duo, ou seja, aos genes que ele possui.

    A gen�tica, o ambiente e a intera��o entre ambos t�m impacto importante sobre o desempenho f�sico, j� que as diferen�as no gen�tipo e no treinamento contribuem para as diferen�as observadas em rela��o ao sucesso esportivo (Hopkins, 2001).

    Aspectos como a valoriza��o cultural do esporte e agentes sociais como a fam�lia e a escola, podem exercer uma influ�ncia marcante na forma��o de atletas. Em outras palavras, a probabilidade de a crian�a possuir uma base motora adequada tem elevada rela��o com as oportunidades ambientais as quais essa crian�a tem acesso (Gallahue & Ozmun, 2005; Stodden et al., 2008; Stork & Sanders, 2008).

    O termo �talento esportivo� � utilizado para caracterizar indiv�duos que apresentam um desempenho acima da m�dia, em determinado campo de a��o, podendo ser desenvolvido atrav�s da estimula��o e de oportunidades no seu processo de socializa��o (Calantonio, 2007; Lanaro Filho & Boehme, 2001).

    O individuo talentoso deve somar um conjunto de capacidades gen�ticas e experi�ncias vivenciadas. O talento esportivo � fruto de uma gen�tica privilegiada que s� atinge o �pice de seu desempenho se estiver em condi��es favor�veis de desenvolvimento (Dantas et al., 2004).

    A detec��o de um talento n�o pode ser evidenciada apenas por um �nico aspecto de predi��o, mas por um processo de desenvolvimento em que se pondera no decorrer de uma trajet�ria de etapas de treinamento, testes e mensura��es ordenadas aliadas � participa��o em competi��es esportivas (Lanaro Filho & B�hme, 2001).

    Em popula��es isoladas, a segrega��o gen�tica pode causar o aumento ou diminui��o da frequ�ncia de certos alelos, de modo que elas diferem de outras popula��es. Fato este, que pode haver a sele��o para um determinado fen�tipo em particular, de forma que possa favorecer o desempenho de provas de longa e m�dia dist�ncia do atletismo, isto pode ser observado em atletas do leste Africano (Scott & Pitsiladis, 2007).

    O desempenho esportivo para o alto n�vel de rendimento s� pode ser alcan�ado quando os fundamentos necess�rios para os mesmos s�o desenvolvidos na inf�ncia e juventude, o que pressup�e o planejamento sistem�tico de um processo de treinamento ao longo prazo (Weineck, 1996).

    A capacidade enzim�tica muscular mitocondrial est� diretamente ligada ao metabolismo de substratos durante o exerc�cio f�sico. Quanto maior a densidade mitocondrial, maior � o consumo muscular de lip�dios durante o exerc�cio f�sico (Henriksson, 1977). Em tese, o n�vel de lactato sangu�neo � mais baixo para uma dada carga de trabalho, quanto mais alta � a atividade das enzimas oxidativas (Ivy et al., 1980). Deste modo, existe uma liga��o direta entre o potencial oxidativo dos m�sculos envolvidos na corrida e o n�vel de desempenho f�sico, assim como uma velocidade de corrida � mais alta antes da concentra��o de lactato sangu�neo come�ar a subir (Sj�din & Jacobs, 1981)

    A colora��o vermelha do m�sculo est� ligada � alta concentra��o de enzimas de metabolismo aer�bio, de mioglobina, e com a densidade de vasculariza��o.

    Fibras musculares tipo I (contra��o lenta). Este tipo de fibra possui resposta de contra��o lenta, � mais avermelhada (escura), pois possui maior n�mero de capilares sangu�neos o que proporciona ao m�sculo maior suprimento de sangue e, consequentemente, de oxig�nio. Apresenta tamb�m grande quantidade de mitoc�ndrias que s�o o "pulm�o" da c�lula, respons�veis pela "respira��o" celular, ou seja, usam o oxig�nio para obter energia.

    S�o fibras pequenas, com pouca capacidade de hipertrofiar, ou seja, de ganhar volume muscular. S�o resistentes � fadiga, pois possuem metabolismo predominantemente aer�bio (dependem de oxig�nio para gerar energia), por isso respondem �s atividades de longa dist�ncia. (Zaidan & Frias, 2008)

    Corredores de m�dia e longa dist�ncia requerem um alto n�vel de resist�ncia aer�bia. V�rios estudos anteriores (Morgan, Baldini, Martin & Kohrt, 1989; Powers, Dodd, Deason, Byrd & Mcknight, 1983) mostraram que o consumo m�ximo de oxig�nio (VO2max), velocidade de corrida no limiar de lactato e economia de corrida em alta velocidade corresponde significativamente com o sucesso na corrida. No entanto, sabemos que muito poucos corredores de elite possuem altos n�veis de todas as tr�s vari�veis.

    Al�m da import�ncia de condicionamento aer�bio, a corrida de longa dist�ncia requer uma grande quantidade de for�a mental (Thelwell & Greenlees, 2003). De acordo com Morgan et al. (1988), fatores psicol�gicos possuem um papel importante no desempenho da corrida.

    Em rela��o ao somat�tipo, os estudos cl�ssicos de locomo��o humana verificaram que o trabalho realizado pelos membros em movimento consiste numa parte substancial do custo metab�lico da corrida, j� que a adi��o de poucas gramas de peso nos p�s ou tornozelos promoveria aumento da taxa metab�lica (Cavagna et al., 1964). Fator observado nos africanos, onde hipoteticamente, a melhor economia de corrida dos corredores pode estar relacionada com o fato dos mesmos apresentarem membros magros permitindo-os correr com um custo energ�tico menor durante a corrida (Larsen, 2003; Wilber & Pitsiladis, 2012).

    Outro fator apontado por alguns estudos � o desempenho em corredores que apresentam um bi�tipo ectomorfo, longil�neo, baixa massa corporal e pernas relativamente longas. Estes s�o privilegiados em sua perpetra��o.

    As fun��es motoras est�o diretamente ligadas ao desenvolvimento do atleta, � preciso detectar algumas val�ncias f�sicas para que esse atleta venha ao �pice de seu desenvolvimento. Algumas val�ncias podem ser abordadas como: velocidade, coordena��o, resist�ncia aer�bia e anaer�bia, flexibilidade, for�a, agilidade, dentre outras.

    Os testes motores caracterizam-se pela realiza��o de uma tarefa motora conduzida em situa��o que procure solicitar predominantemente uma capacidade motora especifica. Um aspecto importante a considerar na utiliza��o dos testes motores refere-se � necessidade de tentar estabelecer a varia��o fisiol�gica, que melhor relaciona-se com os resultados a serem alcan�ados (Guedes, 2006).

    O Teste de Cooper ou Teste de 12 minutos foi elaborado pelo Doutor Kenneth H. Cooper em 1968 para ser usado pelas for�as armadas para verificar o n�vel de condicionamento f�sico. Em sua forma original, o objetivo do teste � correr o mais longe poss�vel em 12 minutos. O teste de Cooper visa medir o condicionamento da pessoa e dessa forma deve ser corrido em um ritmo constante. O teste de Cooper � bastante utilizado para as categorias de meio fundo e fundo, por ser fidedigno e de baixo custo (Gomes, 1995).

3.     Metodologia

3.1.     Tipo de estudo

    O presente estudo caracterizou-se por ser uma revis�o integrativa, que compreende por amostra, estudos publicados referentes � tem�tica. Este tipo de pesquisa busca dados relevantes em obras pr�-existentes, implicando normalmente na an�lise comparativa entre autores (Marconi e Lakatos, 2007).

3.2.     Local e per�odo

    A pesquisa foi realizada na cidade de Fortaleza em bibliotecas universit�rias e na rede internacional (internet), no per�odo compreendido entre agosto e dezembro de 2014.

3.3.     Amostragem

    Composta por 29 obras liter�rias virtuais ou impressas publicadas em sua maioria nos �ltimos 5 anos, com autores de diversas nacionalidades.

3.4.     M�todo de condu��o

    O estudo foi conduzido com a elabora��o de quadros e tabelas, num primeiro momento onde relacionam as principais ideias dos autores. Posteriormente foram comparadas e separadas por princ�pios ideol�gicos.

4.     Discuss�o

    Este estudo teve a finalidade de analisar os processos de orienta��o na detec��o e sele��o de futuros talentos nas corridas de meio fundo e fundo. Notou-se a car�ncia liter�ria em rela��o ao assunto. Alguns autores declaram o quanto � gen�tica pode interferir e ser fundamental para o desempenho e desenvolvimento esportivo, existem fatores gen�ticos que podem fazer toda diferen�a na escolha de um atleta em potencial neste caso corredores de m�dia e longa dist�ncia, as varia��es de frequ�ncia do DNA est�o associadas com caracter�sticas que afetam o desempenho atl�tico, consumo m�ximo de O2, d�bito card�aco, tipos de fibras, dentre outros. Vale ressaltar que a sele��o de talentos � importante para o sujeito que aparentemente tenha um potencial gen�tico favor�vel possam ser inseridos em programas de longa dura��o, reduzindo assim os riscos de erros na detec��o de futuros atletas. Foram percept�veis algumas concord�ncias e diverg�ncias de alguns autores sobre o impacto da gen�tica e dos est�mulos dados pelo ambiente, sendo que alguns ressaltam a gen�tica como fator principal, j� outros asseguram que os fatores e est�mulos ambientais podem influenciar diretamente no progresso do atleta, verificamos que n�o basta apenas nascer talentoso, pois os est�mulos externos d�o suporte para a evolu��o (Martin et al., 2008).

    Em geral, podemos dizer que h� duas categorias de atletas que chegam ao alto n�vel de rendimento desportivo, os geneticamente talentosos e os que treinam arduamente (Smith, 2003). Nesse sentido, a gen�tica, o ambiente e a intera��o entre ambos t�m impacto importante sobre o desempenho f�sico (Scott e Pitsiladis, 2007; Wilber e Pitsiladis, 2012; Tucker e Collins, 2012). Determinar o fen�tipo indica o grau de dom�nio que o treino pode exercer nos aspectos, tais como: aptid�es e habilidades. Durante o per�odo de sele��o deve-se obsevar o potencial dos indiv�duos no inicio de seu desenvolvimento, proporcionando condi��es para que evoluam durante o treinamento, compreender as caracter�sticas e habilidades que s�o necess�rias para aquele tipo de modalidade esportiva. Muitas vari�veis podem influenciar a corrida as mais evidenciadas s�o: VO2m�x, economia de corrida, e limar de lactato.

    O desempenho nas corridas de longa dist�ncia requer a combina��o de alta pot�ncia aer�bia e de utiliza��o de alta fra��o do VO2m�x durante a competi��o e uma boa economia de corrida (Larsen, 2003; Coyle, 2007; Wilber e Pitsiladis, 2012). No caso de atletas de alto n�vel que possuem pequena varia��o no VO2m�x, a economia de corrida e a alta fra��o sustent�vel de utiliza��o do VO2m�x s�o fatores mais importantes e melhores preditores do desempenho f�sico e sucesso esportivo (Maughan e Leiper, 1983; Coyle, 2007) do que ter simplesmente um alto O2m�x (Conley e Krahenbuhl, 1980; Coyle, 2007).

    Alguns autores acreditam que as val�ncias f�sicas precisam ser desenvolvidas na fase da inf�ncia e adolesc�ncia, para quando atingirem a fase de treinamento os fatores psicomotores j� estejam ampliados e avan�ados. Os est�mulos externos como aspectos sociais de integra��o desde a inf�ncia para a inclus�o em modalidades esportivas e recreativas desenvolvendo eficientemente as habilidades motoras tem uma grande import�ncia para a inser��o destes jovens atletas nos esporte. Entende-se que um talento esportivo � um indiv�duo que al�m de possuir uma gen�tica privilegiada, deve tamb�m ter a influ�ncia do ambiente para o alcance do maior pico atl�tico. A gen�tica, o ambiente e a intera��o entre ambos t�m impacto importante sobre o desempenho f�sico, j� que diferen�as no gen�tipo e no treinamento contribuem para as diferen�as observadas em rela��o ao sucesso esportivo (Hopkins, 2001).

    As val�ncias f�sicas mais observadas diante de poss�veis corredores envolvem:

  • Velocidade que � a capacidade de mudar a localiza��o de uma parte do ou de mover o corpo todo em uma �nica dire��o. Define as diferentes formas e subcategorias da velocidade motora (Tritschler, 2003; Weineck, 1999). Na aquisi��o, a consolida��o e o aperfei�oamento de um movimento qualquer ajustado em sua organiza��o est�o associado � capacidade motora. Sendo a coordena��o � capacidade de integrar os movimentos dentro de padr�es repetidos que s�o eficientes (Guedes, 2006; Tritschler, 2003).

  • A resist�ncia pode ser classificada quanto � dura��o, curta, m�dia, longa e quanto os principais requisitos motores, resist�ncia de for�a, resist�ncia de for�a r�pida e resist�ncia de velocidade (Weineck, 1999). As caracter�sticas cin�ticas �mais lentas� s�o pr�prias do processo metab�lico aer�bio. Esse sistema � alcan�ado ap�s dois ou tr�s minutos do inicio do trabalho. O metabolismo aer�bio envolve predominantemente o uso de O2, fonte primaria de energia para eventos que duram de 2 minutos a 2-3 horas (Volkov, 2002; Bompa, 2002).

  • O metabolismo anaer�bio al�tico fornece a energia que, ap�s 8 a 10 segundos, � substitu�da pelo metabolismo anaer�bio l�tico. A capacidade m�xima � atingida entre 20 � 40 segundos, no decorrer do esfor�o diminui devido ao esgotamento das reservas intramusculares de glicog�nio e ao acumulo nos tecidos das substancias finas da degrada��o anaer�bia (Volkov, 2002).

  • Flexibilidade � a capacidade de executar ao longo de toda a amplitude articular movimentos de grande amplitude por si mesmo ou por influencias auxiliar de for�as externas (Guedes, 2006).

  • A for�a motora � entendida como a capacidade que um m�sculo ou um grupo muscular tem de produzir tens�o e se opor a uma resist�ncia externa num determinado tempo ou velocidade (Barbanti, Tricoli & Ugrinowitsch, 2004).

  • Agilidade � a capacidade de mudar a posi��o do corpo de um ponto para o outro o mais rapidamente poss�vel. Devem-se preconizar distancias em torno de 10 metros e existe um consenso que tr�s mudan�as de dire��o de 180 graus sejam suficientes (Guedes, 2006).

  • Os testes motores caracterizam-se pela realiza��o de uma tarefa motora conduzida em situa��o que procure solicitar predominantemente uma capacidade motora especifica. Um aspecto importante a considerar na utiliza��o dos testes motores refere-se � necessidade de tentar estabelecer a varia��o fisiol�gica, que melhor relaciona-se com os resultados a serem alcan�ados (Gomes, 2012).

    Os estudos revelam que o melhor tipo de fibras para este esporte s�o as fibras que possuem a caracter�stica de contra��o lenta, pois suportam grandes esfor�os por um prolongado per�odo de tempo, nestas fibras h� uma maior concentra��o de mitoc�ndrias, levando ao m�sculo um maior suporte de oxig�nio, e seus capilares fornecem nutri��o necess�ria durante o trabalho, apresentam tamb�m a propriedade de pouca hipertrofia isto explica o perfil dos atletas serem predominantes pelo somat�tipo ectomorfo, que s�o indiv�duos longil�neos, baixo percentual de gordura, pouco m�sculo, esse perfil ajudar� o praticante durante o percurso j� que um grande volume de massa muscular iria atrapalhar o desempenho, sendo mais peso para carregar durante um prolongado per�odo de tempo (Newsholme, 2006)

    Os crit�rios para a identifica��o dos talentos consistem em escolher testes e protocolos que possuam fidedignidade, precis�o biol�gica, confian�a e validade, avaliando a idade cronol�gica, est�gios da matura��o biol�gica, realizar o procedimento de testes e avalia��es f�sicas para identificar poss�veis talentos levando em considera��o, a sa�de do avaliado, sua adapta��o fisiol�gica ao treinamento e � competi��o, e como esse indiv�duo se comporta em momentos de estresse. Os testes precisam possuir uma correla��o com as experi�ncias f�sicas capacidades trabalhadas. Devido ao alto custo da mensura��o direta do consumo de O2, s�o mais utilizados os m�todos indiretos dos quais consistem em v�rios protocolos para estimar o VO2m�x, a partir de vari�veis como: tempo, FC, IMC, % G, idade e outros. Ap�s selecionar o teste devemos observar sua precis�o e a popula��o para a qual o teste foi elaborado, estes podem ser m�ximos, subm�ximo e de campo, mas tamb�m os sem exerc�cio, lembrando que quanto mais o exame exige do avaliado maior ser� sua preciso e risco. Dentre os m�todos indiretos ser�o utilizados para a detec��o o teste m�ximo de esteira usando o protocolo de Bruce e de Balke, sendo que o de Balke foi modificado por Cooper, (1968) diminuindo o tempo do teste, teste subm�ximo teste de 12 min. Em Balke, de acordo com estudos o teste de 4000 metros se mostrou mais preciso que o teste de Cooper para predi��o de velocidade limiar anaer�bia.

5.     Considera��es finais

    Conclu�mos que a sele��o/detec��o de corredores de meio fundo e fundo leva em considera��o que as caracter�sticas fenot�picas e genot�picas s�o primordiais para a classifica��o destes atletas, neste perfil est�o englobados aspectos como composi��o de fibras musculares, capacidade de VO2m�x, somat�tipo corporal, fun��es motoras desenvolvidas. Essas combina��es desenvolvidas agregam ao desempenho esportivo, trazendo excelentes resultados.

    Um indiv�duo talentoso � aquele que possui uma performance acima da m�dia, al�m de apresentar o dotes gen�ticos referentes �s modalidades a serem inseridas, deve tamb�m receber incentivo de fatores ambientais adquirindo assim ocorre um bom desenvolvimento das fun��es psicomotoras.

    Saber qual � o principal elemento para a detec��o e sele��o de talento ainda � uma inc�gnita, pois isso se constitui de uma s�rie de vari�veis. Presumimos que a uni�o da gen�tica com o ambiente causa uma estrutura essencial para obten��o do sucesso esportivo.

    Reconhecer que quanto mais precocemente for a descoberta de um atleta em potencial, melhor ser� o resultado do trabalho, sendo poss�vel desta forma planejar um sistema de treinamento adequado, levando em considera��o fortalecer as val�ncias f�sicas precisas para o melhor desenvolvimento da performance, trabalhar o f�sico, mas tamb�m dar aten��o ao psicol�gico, e como isso pode vir a ter efeito em seu comportamento.

    Ap�s obter percep��o de um futuro talento os testes e protocolos a ser utilizados devem ser precisos e possuir validade para aquele p�blico alvo, testes para determinar o VO2m�x, limiar anaer�bio, velocidade do limiar anaer�bio, dentre outros. Durante a aplica��o dos testes verificar os atletas que apresentam qualidade na frequ�ncia de passadas, os tipos de pisada e os destaques em rela��o ao VO2m�x, economia durante a corrida, e o limiar de lactato.

    Houve uma dificuldade relativa para encontrar poss�veis avalia��es a ser aplicadas durante a sele��o dos corredores. Carecemos de protocolos e testes que possuam mais fidedignidade para serem adotados especificamente a corredores de m�dia e longa dist�ncia, seria interessante a obten��o de mais estudos relacionados a este assunto ou compara��es de testes que fossem mais precisos para esta popula��o.

Bibliografia

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Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo a fundo?

Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo a fundo?

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Lecturas: Educaci�n F�sica y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados

Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de fundo e fundo?

As provas de meio-fundo exigem um pouco mais de velocidade e agilidade do que as de fundo. Nas provas de meio fundo é utilizado o metabolismo aeróbio (forma mais eficaz de obter energia) e anaeróbio láctico, nas de fundo o metabolismo é apenas o aeróbio.

Quais as capacidades físicas mais utilizadas nas corridas de meio fundo e fundo a agilidade e força?

Nas corridas são utilizadas as capacidades físicas de velocidade, resistência, força, agilidade, equilíbrio e impulsão.

Qual a capacidade física mais importante em uma corrida de fundo?

Obviamente, quando analisamos um individuo correr, reparamos que algumas capacidades físicas têm maior destaque: Velocidade e resistência.

Quais são as capacidades físicas utilizadas na corrida?

Na corrida, usa-se capacidades físicas como velocidade, força, resistência, agilidade e equilíbrio. A Caminhada é uma aceleração do ato natural de andar.