Porque o grão de pólen não é o gameta masculino?

O GRÃO DE PÓLEN pode considerar-se o parceiro masculino no processo de reprodução sexuada das plantas com flor. É ele o responsável pela formação dos gâmetas masculinos (células espermáticas) e pelo transporte destes para o saco embrionário, onde ocorrerá a dupla fertilização. Trata-se, pois, dum gametófito multicelular masculino, ainda que muito reduzido (microgametófito), cuja função é transmitir a informação genética paterna no momento da dupla fertilização. A sua formação ocorre em estruturas reprodutoras especializadas da flor, as anteras, que quando sofrem deiscência libertam o pólen maturo para que este seja transportado até aos estigmas da mesma ou de outra flor. Nesta fase, denominada progâmica, o pólen germina na superfície estigmática e origina um tubo polínico, que cresce e penetra através do pistilo até reconhecer e penetrar o óvulo. A fase ulterior, denominada singâmica, caracteriza-se pelo rebentamento do tubo polínico e a libertação das células espermáticas no interior do saco embrionário, onde vão executar a dupla fertilização.

Dependendo das espécies, os grãos de pólen são libertados das anteras no estado bicelular ou tricelular. No primeiro caso, o pólen consiste de uma célula vegetativa, que é aquela que se alonga e desenvolve o tubo polínico, e uma célula generativa ou geradora, que é aquela que sofre mitose e citocinese e origina as células espermáticas. Neste caso, a mitose e citocinese ocorrem na célula generativa quando esta já se encontra no interior do tubo polínico. No pólen tricelular, a mitose e citocinese ocorrem no grão de pólen ainda no interior das anteras, pelo que este é libertado constituído por uma célula vegetativa e duas células espermáticas. O grão de pólen das gramíneas é libertado no estado tricelular (fig. 1).
Porque o grão de pólen não é o gameta masculino?

Fig. 1. Grão de pólen de gramínea observado no microscópio óptico

Porque o grão de pólen não é o gameta masculino?

Fig. 2. Grão de pólen de gramínea observado no microscópio electrónico de varrimento

Os grãos de pólen das gramíneas são esferóides (fig. 2) a ovóides, medindo em média entre 16 e 47 µm. São grãos monoporados (1-anaporados), heteropolares, isto é, com um pólo proximal e um pólo distal bem diferenciados, e radiosimétricos, isto é, com simetria radial. Em vista equatorial são normalmente circulares, elípticos ou ovais (fig. 1). Em vista polar são circulares. A abertura polínica tem uma forma circular, tipo poro (2-4 µm de diámetro; figs. 1 e 2), e, como acontece em todas as monocotiledóneas, situa-se no pólo distal possuindo um opérculo que, na maioria dos casos, desaparece com a acetólise. A exina é fina (1-1,5 µm de espessura), quando comparada com a maioria da das outras Angiospérmicas, e apresenta-se diferenciada em duas camadas, a sexina (camada mais externa e esculpida) e a nexina (camada mais interna e não esculpida). A sexina é geralmente mais espessa que a nexina, embora esta se apresente mais espessa sob a abertura polínica para formar o opérculo (fig. 2). Na sexina, o tecto é completo e perfurado e o infratecto é columelado. A superfície da exina compõe-se geralmente de pequenos grânulos mais ou menos densos (pólen escábrido; fig. 2) ou é inteiramente lisa (pólen psilado)

Devido às suas características peculiares, o grão de pólen tem hoje inúmeras aplicações, sendo objecto de estudo em muitas áreas de investigação científica. Tendo em conta a constância dos caracteres palinológicos para um determinado taxon, o pólen é hoje cada vez mais usado em estudos de Sistemática e de Filogenia. Na família Poaceae, por exemplo, os grãos de pólen das diversas espécies não podem distinguir-se morfologicamente entre si. Na verdade, esta é considerada um exemplo típico de uma família estenopolínica, ou seja, que apresenta uma baixa diversidade polínica. Apenas o pólen dos cereais mostra algumas diferenças tendenciais em relação ao das gramíneas selvagens, como sejam um tamanho maior e poros e respectivos opérculos com dimensões superiores, sendo estas as características polínicas mais variáveis apresentadas por esta família.

O grão de pólen, estrutura surgida nas gimnospermas, está presente nesse grupo e nas angiospermas. Ela não é o gameta masculino, e sua denominação correta é micrósporo, um elemento que contém o gametófito masculino, ou seja, a estrutura capaz de produzir gametas.

Quais são as partes da flor e suas funções?

Uma flor completa apresenta as seguintes estruturas: Estame: estrutura masculina da flor onde localizam-se o filete e a antera. Carpelo: estrutura feminina da flor, formada pelo estigma, estilete e ovário. Pétalas: folhas modificadas e coloridas com a função de atrair os polinizadores.

Onde fica o pólen das flores?

A parte masculina das plantas, chamada estame, produz grãos de pólen. Cada um desses grãos contém uma célula reprodutora. A parte feminina das plantas, chamada pistilo, contém óvulos. Na polinização, os grãos de pólen (localizados na antera, na ponta do estame) se deslocam da parte masculina para a feminina.

Porque o grão de pólen não é gameta masculino da planta?

Ele é o micrósporo que contém o gametófito. O grão de pólen, estrutura surgida nas gimnospermas, está presente nesse grupo e nas angiospermas. Ela não é o gameta masculino, e sua denominação correta é micrósporo, um elemento que contém o gametófito masculino, ou seja, a estrutura capaz de produzir gametas.

É correto afirmar que o grão de pólen e?

O grão de pólen é o micrósporo do vegetal, ou seja, o esporo que apresenta o gametófito masculino.

Qual é o nome do gameta masculino das plantas?

Gameta das plantas O gameta masculino, nesse caso, é chamado de anterozoide, e o gameta feminino é a oosfera. Já nas gimnospermas e angiospermas, o gameta masculino é o núcleo espermático, e o gameta feminino também chama-se oosfera.

Quantos cromossomos tem um grão de pólen?

Por exemplo, se forem cultivadas plantas originadas de grãos de pólen de feijão, via cultura de anteras, inicialmente será haploide (n = 11 cromossomos).