Briófitas são plantas avasculares que apresentam como representantes musgos, hepáticas e antóceros. Assim como outros grupos de plantas, as briófitas se destacam por possuírem ciclo de vida com alternância de gerações. O gametófito haploide compõe a fase dominante, enquanto o esporófito é uma fase que dura apenas pouco tempo. Show
Essas plantas se caracterizam por serem avasculares, um dos motivos que impedem que elas atinjam grandes tamanhos. Algumas briófitas, no entanto, possuem células especializadas na condução de água e nutrientes. Além de não possuírem vasos condutores, briófitas não possuem sementes, flores e frutos. Saiba mais: Reino Vegetal — o grupo em que estão todas as plantas Resumo sobre briófitas
Videoaula sobre briófitasNão pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Aspectos gerais das briófitasBriófitas são plantas relativamente simples que não possuem:
Devido à ausência de vasos condutores, essas plantas são chamadas de avasculares, diferindo-se das pteridófitas, que são vasculares. Embora não possuam xilema e floema, em muitos musgos é possível observar tecidos especializados na condução de água e nutrientes. Nessas plantas, as células condutoras de água são chamadas de hidroides, e as células responsáveis por conduzir substâncias nutritivas são chamadas de leptoides. Algumas briófitas são talosas, e outras são folhosas. As talosas são aquelas que apresentam corpo não diferenciado em raiz, caule e folhas. As folhosas, por sua vez, apresentam diferenciação entre rizoide, filídio e caulídio. Apesar de as estruturas parecem folhas e caules verdadeiros, elas não podem ser assim consideradas, pois verdadeiros caules e folhas são produzidos pelos esporófitos, e nessas estruturas há presença de tecidos de condução. No que diz respeito ao rizoide, a estrutura também não possui tecidos de condução e está relacionada apenas com a fixação do vegetal ao substrato. De forma distinta da raiz das plantas vasculares, os rizoides não estão relacionados com absorção de água e sais. Nas briófitas, a embebição ocorre por meio de todo o corpo do gametófito. As briófitas são plantas que não atingem grande porte. Seu pequeno porte é explicado pelo fato de seu corpo ser muito delgado e a ausência de tecidos de condução impossibilitar o transporte de água e nutrientes a longas distâncias. Como salientado anteriormente, alguns musgos possuem tecidos especializados, o que garante maior altura nessas plantas, sendo possível observar indivíduos com mais de 50 cm. Veja também: Transpiração nas plantas — processo por meio do qual a planta libera água no estado gasoso Habitat das briófitasAs briófitas ocorrem em diferentes ambientes, no entanto, são encontradas principalmente em locais úmidos de florestas e ao longo de cursos d’água. Uma das razões para isso é a dependência da água para sua reprodução. Vale destacar, no entanto, que essas plantas também podem sobreviver em locais considerados hostis, como:
Destaca-se que algumas espécies são aquáticas, porém não há espécies verdadeiramente marinhas, exceto o musgo Fontinalis dalecarlica, que ocorre no norte do mar Báltico em razão da baixa salinidade local. Ciclo de vida das briófitasTodas as briófitas, assim como as plantas vasculares, apresentam ciclo de vida com alternância de gerações. Nas briófitas, o gametófito é a fase de vida dominante, maior e de vida livre, sendo o esporófito menor, nutricionalmente dependente do gametófito e de vida curta. A seguir, conheceremos melhor o ciclo de vida das briófitas, utilizando como exemplo os musgos. A figura acima representa o ciclo de vida de um musgo.O esporófito é a fase produtora de esporos, uma geração diploide. Ele é formado por três partes básicas: o pé, inserido no arquegônio do gametófito; a seta, haste que segura a cápsula; e a cápsula, localizada na extremidade da seta e responsável por produzir os esporos por meiose. Os esporos, que são estruturas haploides, são liberados e, com a ajuda do vento, dispersados pelo ambiente. Se caírem em um ambiente adequado, como solo úmido, germinam e dão origem ao protonema, que origina o gametófito. O gametófito é a fase produtora de gametas, uma geração haploide. Nos musgos, há gametófitos masculinos e femininos. No gametófito masculino, há anterídios que produzem os anterozoides, únicas células flageladas nas briófitas. O gametófito feminino, por sua vez, apresenta arquegônios, os quais produzem a oosfera. Cada arquegônio produz uma única oosfera, enquanto os anterídios produzem numerosos anterozoides. Os anterozoides são liberados e nadam em direção à oosfera. Para que consigam atingi-la, é fundamental a presença de chuva ou de gotas de orvalho. Os anterozoides são quimicamente atraídos para o arquegônio, onde encontram a oosfera, se fundem e dão origem ao zigoto. O zigoto se divide e dá origem ao esporófito. O esporófito então produz esporos e os libera, reiniciando o ciclo. Saiba também: Como é o ciclo de vida das pteridófitas? Classificação das briófitasAs briófitas atualmente são divididas em três filos: Marchantiophyta, Bryophyta e Anthocerophyta. Marchantiophyta é o filo do qual fazem partes as hepáticas. Nesse grupo, que conta com mais de 5.000 espécies, há representantes talosos e também folhosos. As hepáticas se destacam pela ausência de estômatos, característica observada nos outros filos. O nome de hepática faz referência aos gametófitos em forma de fígado. Bryophyta é o filo mais diversificado, apresentando cerca de 12.800 espécies, de modo que nele estão incluídos os musgos, um dos representantes mais conhecidos de briófitas e que formam grandes tapetes verdes no solo. Apresentam hidroides e leptoides, células especializadas no transporte de substâncias pelo corpo da planta. Por fim, há o filo Anthocerophyta, o menos diverso entre as briófitas, possuindo cerca de 300 espécies. No filo Anthocerophyta, estão as plantas conhecidas como antóceros. O nome do filo tem origem do grego keras, que significa “chifre” e é uma referência ao formato do esporófito. Importância ecológica e econômica das briófitas
Porque as briófitas e as pteridófitas são comuns em locais úmidos e sombreados?Para atingir a oosfera, os anterozoides precisam nadar até ela, sendo, necessária, portanto a presença de uma película de água. Em virtude dessa necessidade, as briófitas, geralmente, são encontradas em ambientes úmidos.
Por que as pteridófitas vivem em ambientes úmidos?Vivem, em sua maioria, em locais úmidos, pois dependem da água para sua reprodução. Todas as pteridófitas apresentam anterozoides móveis, que necessitam de água para nadar até a oosfera.
Por que as briófitas são dependentes de ambientes úmidos?Ainda que sejam os primeiros indivíduos presentes no ambiente terrestre, as briófitas são altamente dependentes de água, tanto para o transporte de nutrientes quanto para reprodução. Por isso, são encontradas, na maioria das vezes, em ambientes úmidos, próximos a locais de água-doce e com sombras.
Por que os musgos são mais comumente encontrados em ambientes úmidos?Ademais, os musgos geralmente crescem em regiões úmidas e abrigadas da luz (como interior de florestas ou próximas de rios), pois não possuem estruturas para evitar de forma eficiente a perda de água por transpiração.
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