Por quê os vulcão entram em erupção

Embora representem grandes catástrofes naturais e provoquem temor em quem resida nas proximidades, os vulcões também são considerados fontes de observação científica sobre o que acontece nas entranhas da Terra. "As lavas, os gazes e as cinzas expelidos durante as erupções fornecem novos conhecimentos de como os minerais são formados e onde recursos de interesse econômico para a humanidade podem se localizar", pondera o professor Claudio Terezo, autor do Novo Dicionário de Geografia e professor da Escola São Paulo da Cruz, em Osasco.

Por quê os vulcão entram em erupção

Os vulcões também são considerados fontes de observação científica

Foto: Getty Images

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Tecnicamente, um vulcão pode ser descrito como uma estrutura geológica, muitas vezes em formato de cone, que tem origem na emissão de magma, gases e partículas. Segundo o professor Terezo, os vulcões entram em erupção "devido às atividades endógenas (ou seja, do interior da Terra), que são processos e eventos que permitem e provocam a ascensão de material magmático (lavas, gazes e cinzas) do interior da Terra à superfície, numa liberação espetacular do calor interno acumulado através do tempo".

Ainda não existe consenso sobre quando um vulcão é ativo ou não. Em algumas formações, ocorreram várias erupções nos últimos milhares de anos, mas atualmente elas não estão em atividade. Hoje, apenas alguns vulcões encontram-se em estado permanente de erupção, como o Stromboli, nas Ilhas Lipari, próximo da Sicília, na Itália, e o Izalco, localizado em El Salvador. Na América do Sul, o Sangay e o Cotopaxi, ambos no Equador, também têm constante atividade.

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Fonte: Redação Terra

Vulcões são estruturas geológicas constituídas de massa de rocha fundida, devido às altas temperaturas em seu interior. Basicamente representam uma abertura na superfície terrestre capaz de expelir material magmático e gases vindos do interior do planeta.

As erupções vulcânicas podem causar bastante destruição, especialmente quando sua área é habitada. Nem toda região do planeta há vulcões, e sua formação e distribuição estão relacionadas à existência das placas tectônicas.

Visualmente os vulcões assemelham-se a montanhas, podendo até ser confundidos, especialmente quando se encontram inativos. Contudo, são estruturas diferentes desde a sua formação até a sua composição. Os vulcões podem ser localizados tanto nos continentes quanto nos oceanos, e o estudo dessas estruturas é bastante relevante para compreender os eventos ocorridos no interior da Terra.

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Por quê os vulcão entram em erupção
Vulcões são proeminências na superfície terrestre capazes de expelir material magmático.

Tópicos deste artigo

  • 1 - Como se formam os vulcões
  • 2 - Partes do vulcão
  • 3 - Tipos de vulcões
  • 4 - Como ocorre uma erupção
  • 5 - Vulcões e terremotos
  • 6 - Vulcões no Brasil
  • 7 - Curiosidades

Como se formam os vulcões

A formação dos vulcões está associada com a existência das placas tectônicas. Sabe-se que a litosfera terrestre não é formada por bloco rochoso único e imóvel. A Terra é formada por grandes blocos semirrígidos que se movimentam sobre o manto, de maneira lenta ou contínua. Essa movimentação pode fazer com que essas placas aproximem-se ou afastem-se uma das outras.

Essa movimentação acontece devido às altas temperaturas no interior do planeta. O calor desencadeia uma movimentação circular do manto (movimento convectivo), fazendo com que o calor existente no núcleo terrestre seja transferido para as outras camadas da Terra. Assim, provoca a movimentação das placas situadas sob o manto.

Por quê os vulcão entram em erupção
Na imagem acima, podemos ver a distribuição de vulcões (representados pelos pontos vermelhos).

Quando as placas tectônicas chocam-se, ocorrendo o chamado movimento convergente, a placa mais densa afunda-se retornando ao manto e sofrendo fusão, enquanto a outra placa, ao sofrer pressão no sentido oposto, origina então dobras na crosta terrestre. Essas dobras dão origem a pequenas ilhas vulcânicas na chamada zona de subducção. Assim, é possível afirmar que a ocorrência dos vulcões está associada às regiões de limite entre as placas tectônicas.

A Placa do Pacífico que se desloca para o norte choca-se com a Placa Norte-Americana, e nessa região localizam-se, segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), aproximadamente, 60% dos vulcões ativos do planeta (Anel de Fogo do Pacífico). Já a Placa de Nazca choca-se contra a placa Sul-Americana, e nessa região formaram-se vulcões e cordilheiras. A Placa Africana choca-se com a Placa Eurasiana.

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Vale dizer que não é apenas o movimento de aproximação que provoca a formação de vulcões. O afastamento das placas tectônicas provoca a formação de vulcanismo submarino à medida que o fundo oceânico expande-se, de acordo com o CPRM.

Outro ponto importante a ser abordado é que não há ocorrência de vulcões apenas nos limites entre as placas. Podem encontrar-se em pontos quentes, nas regiões no interior da placa. Esses pontos são chamados e conhecidos, em inglês, de hot spot, havendo possibilidade de ascensão do magma. Um exemplo disso são os vulcões localizados no Havaí.

Partes do vulcão

Por quê os vulcão entram em erupção
Os vulcões, apesar de suas várias formas, possuem uma estrutura comum.

Os vulcões, formados principalmente por silicatos que se misturam com vapor d'água e gás, possuem uma estrutura que se liga a uma câmara subterrânea profunda. Basicamente, os vulcões são constituídos de:

  • Câmara magmática
  • Chaminé
  • Cone vulcânico
  • Cratera

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Tipos de vulcões

Os vulcões diferem-se em sua forma e também quanto ao tipo de erupção (que pode ser  explosiva, efusiva, mista ou catastrófica) e quanto ao material expelido (como as erupções havaiana, estromboliana, vulcaniana, pliniana, entre outras).

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Os vulcões podem ser classificados segundo o material magmático expelido.

Os principais tipos são:

  1. Vulcão-escudo: é capaz de expelir enormes quantidades de material magmático que percorrem longas distâncias, formando uma larga montanha remetente a um escudo.
  2. Cone de escória: é o mais comum, apresenta menores dimensões, e o magma expelido é de baixa viscosidade.
  3. Estratovulcões: possui o formato de um cone, sendo, portanto, ingrime. Mantém-se em longa atividade, sua lava expelida é de alta viscosidade e, por vezes, ascende-se ao exterior do vulcão de forma violenta.
  4. Caldeira: possuiu um grande diâmetro, entre 15 km2 e 100 km2, podendo ser formado em horas ou dias. É caracterizado pela saída violenta de gases do interior do planeta.
  5. Vulcão submarino: encontra-se no fundo oceânico e é responsável pela formação de um novo assoalho.

Classificação quanto a sua atividade:

Ativo: apresenta atividade, ou seja, demonstra sinais de instabilidade.

Dormente: não está em atividade, contudo, pode ser que, em um dado momento, volte a apresentar sinais de instabilidade.

Extinto: possivelmente não apresentará sinais de atividade.

Como ocorre uma erupção

As forças internas da Terra provocam a erupção vulcânica. O movimento das placas é estimulado pela agitação do material magmático, provocada pelas altas temperaturas do interior da Terra. A movimentação faz com que o material magmático eleve-se, atingindo a superfície. Esse material, por vezes, é chamado de lava, sendo composto por metais como ferro e magnésio.

Vulcões e terremotos

Você sabia que há uma relação entre terremotos e a distribuição dos vulcões? E você sabe o que são terremotos? Vamos entender. Terremoto é, de maneira geral, um abalo sísmico, ou seja, tremores provocados na superfície terrestre de alta ou baixa intensidade. Esses abalos podem ocorrer devido à movimentação das placas tectônicas e também pela atividade vulcânica que libera forças acumuladas.

As regiões onde as placas tectônicas convergem-se provocam acúmulo de pressão e descarga de energia, acionando então o vulcão. A intensidade da erupção vulcânica pode então provocar tremores na superfície, portanto, o terremoto.

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Vulcões no Brasil

Para o alívio de muitos, não! Não existem em território brasileiro nenhum vulcão ativo. Contudo, o vulcanismo já existiu no Brasil no fim da Era Mesozoica, segundo o CPRM, especificamente nas regiões Sul e Sudeste do país. Nessas são encontradas rochas basálticas.

O país atualmente tem sua área continental sobre a placa tectônica Sul-Americana, portanto, não está entre um encontro de placas, não havendo então formação de vulcões.

Curiosidades

  • De acordo com o CPRM, existem cerca de 20 vulcões em atividade no mundo todo.
  • Em Marte há um vulcão, o Monte Olimpus, com cerca de 26 km de altura, além de outros três vulcões.
  • Segundo o CPRM, nos últimos 250 anos, houve cerca de 90 tsunamis provocados por erupções vulcânicas.
  • Há cerca de um vulcão, a cada 100 km, na Cordilheira dos Andes.
  • A ciência que estuda os vulcões é a Geologia, especificamente a Vulcanologia.
  • Os vulcões mais perigosos do mundo são: Vesúvio (Itália); Eyjafjallajökull (Islândia); Sakurajima (Japão); Kilauea (Havaí); e Merapi (Indonésia).

Qual é o motivo do vulcão entrar em erupção?

A erupção vulcânica, ao ser provocada pelo acúmulo de pressão quando há movimentação das placas, acaba gerando uma descarga de energia e, então, a ascensão do magma. Dependendo da intensidade que ocorrer essa erupção pode resultar em possíveis tremores na superfície, ou seja, os terremotos.

Qual é a função do vulcão?

A importância dos vulcões As erupções vulcânicas são responsáveis por diversos processos do planeta Terra, por mais que seus poderes de destruição sejam grandes, por exemplo a liberação de alguns gases responsáveis pela mudança da temperatura da atmosfera.

Quais são as causas de um vulcão?

Essas erupções surgem por causa da movimentação das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre. Por estarem em constante movimento, podem se afastar ou colidir, provocando terremotos, maremotos ou o surgimento de vulcões.

Quanto tempo dura um vulcão em erupção?

"A maioria das erupções à superfície do planeta dura entre um e seis meses.