Onde estão localizadas as principais centros industriais da região Nordeste?

6. Os grandes centros industriais do Brasil

Região Sudeste 

São Paulo 

Na região Sudeste está situada a mais importante concentração industrial no país, e o Estado de São Paulo é o seu principal destaque.
No Estado de São Paulo, a maior concentração industrial está localizada na Grande São Paulo, um centro polindustrial, formado por 39 municípios, entre eles o de São Paulo, constituindo o maior parque industrial da América Latina.
Os municípios do Grande ABC (Santo André, São Bernardo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra), também são de grande importância industrial. Osasco, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Suzano também são destaques industriais.

Rio de Janeiro

A maior concentração do Estado do Rio de Janeiro está no Grande Rio, um grande centro polindustrial, com destaque para o setor naval e o turismo.
Outros centros monoindustriais também merecem destaque como, Petrópolis, Nova Friburgo, Volta Redonda, Barra Mansa, Campos, entre outros.

Minas Gerais

O Estado de Minas Gerais é rico em recursos minerais, por isso destaca-se em grande centro metalúrgico e siderúrgico, situados na Grande Belo Horizonte (Belo Horizonte, Sabará, Nova Lima, Contagem, Betim) e nos municípios de Mariana, Santa Bárbara, Itabirito, Juiz de Fora, etc.

Região Sul 

Rio Grande do Sul

A capital Porto Alegre é o maior destaque do Estado como centro poli-industrial, e como centros periféricos destacam-se Esteio, Canoas, Gravataí. Além desses, outras cidades ganham destaque, como: Caxias, Novo Hamburgo e Pelotas.

Paraná

O principal destaque vai para a região metropolitana de Curitiba, Ponta Grossa e Guarapuava.

Santa Catarina

No Estado de Santa Catarina destaca-se o centro mecânico de Joinville, o pólo ceramista de Criciúma, e indústria de embutidos de Chapecó, e o setor têxtil de Blumenau.

Região Nordeste 

Recife

Destaca-se o distrito industrial do Cabo e os centros industriais: Paulista, Curado, Jabotão e São Lourenço da Mata.

Salvador 

Destacam-se os distritos industriais de Aratu e Camaçari.

Ceará

Fortaleza é o grande destaque (pólo têxtil).

Regiões Norte e Centro Oeste

São as duas regiões com a menor participação na produção industrial, apenas 5%. Contudo, nos últimos anos houve um aumento na participação, destacando-se a região metropolitana de Belém do Pará, Manaus no Amazonas com a Zona Franca, e as indústrias de bens de consumo em Goiânia, Anápolis, Campo Grande, Corumbá e Brasília.

Instalado na BR-101, entre Recife e João Pessoa, o Polo Automotivo da Jeep localizado município de Goiana (PE) emprega atualmente mais de 13000 pessoas. O complexo reúne a fábrica do Grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles), que opera em 3 turnos e produz 1000 veículos por dia, e 16 empresas que fornecem peças para a produção da picape Fiat Toro e dos SUVs Jeep Renegade e Compass.

A instalação do polo, em abril de 2015, aqueceu a indústria de Pernambuco, um dos poucos Estados em que o setor registrou expansão na participação da geração de riquezas entre 2006 e 2016.

De acordo com dados da plataforma Perfil da Indústria nos Estados, a indústria foi responsável por 19,7% do PIB de Pernambuco em 2016, uma alta de 0,5 ponto percentual na comparação com 2006. Pode parecer pouco, mas, das 27 unidades da federação, em apenas 3 o setor industrial registrou expansão na produção de riquezas no período analisado: Pernambuco, Amapá (alta de 3,8 pontos percentuais) e Mato Grosso do Sul (alta de 3,3 pontos percentuais).

Em São Paulo, o maior parque produtivo do país, a indústria teve queda de 6,0 pontos percentuais na participação do PIB entre 2006 e 2016. No Rio de Janeiro, a queda foi de 16,7 pontos percentuais. Nos outros Estados que integram a região Sudeste, a mais industrializada do Brasil, o setor também perdeu participação na produção de riquezas: em Minas Gerais a redução foi de 5,8 pontos percentuais e no Espírito Santo, de 14,7.

Veja o infográfico:

Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Aristides Monteiro avalia que esses dados são reflexos de 12 movimentos que ocorrem paralelamente na indústria do país. O primeiro é a perda estrutural de competitividade, com baixa produtividade por trabalhador, baixo crescimento das atividades na indústria de transformação e aumento da importação de insumos e máquinas usados no processo produtivo.

“Esse vetor enfraquece a atividade nas regiões mais industrializadas, Sudeste e Sul. É um processo que vem ocorrendo desde os anos 1990, com a abertura comercial e financeira e uma macroeconomia de juros elevados que trouxe desincentivos à produção industrial”, explica Monteiro.

Por outro lado, o surgimento de novos polos industriais, como o de Goiana, é resultado de incentivos fiscais federais e estaduais e da expansão da renda urbana em cidades das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

No caso específico do Centro-Oeste, o pesquisador do Ipea afirma que a expansão da fronteira agrícola incentivada pela elevada demanda por commodities levou para a região atividades industriais relacionadas com o processamento de minerais, carnes e grãos. “Já no caso do Norte e Nordeste, a expansão da capacidade industrial está relacionada com investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do programa Minha Casa Minha Vida, que foram catalisadores para atrair investidores privados”, destaca Monteiro.

A criação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará, é exemplo de como o desenvolvimento de novos polos produtivos pode atrair capital estrangeiro. O Terminal Portuário do Pecém começou a operar em 2001, mas foi inaugurado oficialmente apenas em março do ano seguinte. No final de 2018, a Ceará Portos, empresa que administrava as operações portuárias, passou a ter o Porto de Roterdã como sócio.

Da união nasceu o CIPP, uma joint venture com 70% de capital do Governo do Estado do Ceará e 30% de capital do parceiro holandês. O CIPP engloba o terminal portuário, o complexo industrial focado no mercado interno e a 1ª Zona de Processamento de Exportações (ZPE) a operar no país – uma zona de livre comércio que oferece benefícios fiscais e liberdade cambial para as empresas ali instaladas, que devem destinar pelo menos 80% da produção para exportações.

Ao todo, 27000 pessoas trabalham no CIPP, que movimentou mais de 17 milhões de toneladas no ano passado, alta de 9% em relação a 2017. O presidente do complexo, Danilo Serpa, afirma que a parceria com o Porto de Roterdã, o maior da Europa, foi fundamental para a expansão das atividades portuárias. “Estamos com um plano, principalmente depois da entrada dos holandeses, bem agressivo. Estamos terminando o novo plano diretor justamente para poder nos orientar em quais áreas de atuação devemos buscar mais parceiros.”

DADOS REGIONALIZADOS SOBRE A INDÚSTRIA DO PAÍS - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) compila na plataforma Perfil da Indústria nos Estados informações sobre o desempenho do setor produtivo em todas as unidades da federação. A ferramenta traz dados sobre o desenvolvimento de segmentos específicos em cada estado brasileiro, sobre o porte das indústrias, as exportações, o pagamento de tributos e a participação da indústria na geração de riquezas. Também permite que o usuário faça comparações entre Estados e entre regiões.

Gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, explica que a plataforma nasceu com o objetivo de facilitar o acesso a informações sobre o setor industrial do país: “Temos no ar duas ferramentas, uma sobre o Brasil como um todo e comparando nosso desempenho com outros países, e o Perfil da Indústria nos Estados. Estamos trabalhando em uma terceira, que deve ser lançada em 2020, que vai ter dados desagregados sobre os setores que integram a indústria.” 

PAPEL DAS FEDERAÇÕES - As federações de indústrias estão presentes nos 26 Estados e no Distrito Federal e representam as indústrias locais perante os governos estaduais e municipais. Além disso, fazem a conexão das empresas de sua região ou localidade com a CNI, por meio do oferecimento de informações sobre o cenário de atuação das indústrias, indicação de demandas e expectativas, bem como sobre a execução de iniciativas e projetos conjuntos.

As federações estaduais da indústria também desempenham papel fundamental na consolidação de informações sobre o setor produtivo do país. Gerente do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Guilherme Muchale, afirma que questões ligadas à falta de infraestrutura, à burocracia e à cobrança de impostos são as que mais dificultam o desenvolvimento do setor no Estado –e no país como um todo.

“São pontos básicos que precisam ser trabalhados dentro de uma agenda mais profunda, é importante pensar num plano de desenvolvimento de longo prazo. Todos os bons exemplos mundiais de industrialização sabiam o que deveriam fazer, como a Coreia do Sul, países do leste asiático e o próprio Chile. Havia um plano de longo prazo que envolveu a reestruturação de ambiente macroeconômico.”

A base do sistema de representação da indústria no Brasil conta com 27 federações que reúnem mais de 1250 sindicatos e 700 mil empresas. Juntas essas instituições defendem os interesses do setor produtivo na busca de um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento sustentável do país.

A série Caminhos da Indústria – desafios e oportunidades é produzida pelo Poder360, com apoio da CNI.

Onde estão localizados os principais centros industriais Nordeste?

As principais áreas industriais do Nordeste se concentram em Recife, Salvador e Fortaleza. Apesar do incremento na produção industrial da região, a mesma necessita melhorar muito, pois a indústria ainda não se encontra diversificada.

Onde estão localizados os principais centros industriais da região?

No Brasil, os mais importantes polos industriais estão divididos da seguinte maneira:.
Região Sudeste. São Paulo. ... .
Região Sul. Rio Grande do Sul. ... .
Região Nordeste. Recife..

Quais são as principais indústrias da região Nordeste?

Indústria e desenvolvimento Indústrias de automóveis, petróleo, alimentação, confecção, metais e gesso são algumas das vertentes em que o nordeste lidera. Enquanto Recife é responsável por quase 95% da produção de gesso para todo o país, o Rio Grande do Norte produz os mesmos 95% de sal marinho para todo o Brasil.

Qual é o estado mais industrializado da região Nordeste?

Pernambuco tem maior crescimento industrial no Nordeste e segundo no Brasil, em maio, diz IBGE.