O que pode causar dormência no dedo do pé?

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Neuropatia periférica é uma patologia que atinge os nervos dos pés e das mãos, causando uma sensação frequente de formigamento.

O problema é grave e, na maioria das vezes, recorrente de tratamentos oncológicos ou de diabetes. A necessidade do alerta surge devido a pouca informação que ainda encontramos sobre a doença.

Neste post criamos um pequeno guia sobre a neuropatia periférica, com as informações que você precisa para reconhecer e tratar a doença. Confira.

Quais os sintomas da neuropatia periférica?

O sintoma mais aparente da Neuropatia periférica é a sensação de formigamento, como informamos no início da postagem. No entanto, há outros alertas dados pelo nosso corpo:

  • Perda da sensibilidade nas extremidades dos dedos;
  • Atrofia, devido a perda da massa muscular da região;
  • Formigamentos constantes;
  • Pontadas;
  • Redução da força das mãos e dos pés;
  • Alterações nas unhas e pelos da região afetada pela doença;

Os sintomas variam bastante de paciente para paciente e, principalmente, devido as causas da doença. No entanto, as sensações acima ocorrem porque, como os nervos estão lesionados, eles não conseguem transmitir toda a força e sensibilidade que a pele e os músculos do seu precisam.

Classificação da neuropatia periférica

O que pode causar dormência no dedo do pé?
Dormência e formigamento nas mãos e pés é o principal sintoma da Neuropatia Periférica.

A classificação da neuropatia periférica se dá de acordo com o tipo de nervo afetado. Eles podem ser:

  • Nervo motor: são os nervos compostos apenas por fibras motoras. Eles conduzem impulsos do sistema nervoso central até os músculos ou glândulas, responsáveis por nossos movimentos;
  • Nervo sensorial: os nervos sensoriais ou sensitivos são compostos apenas por fibras sensitivas. Elas conduzem o impulso dos órgãos sensitivos para o nosso sistema nervoso central;
  • Nervo autônomo: são os nervos responsáveis por atividades como o pensamento e o controle dos movimentos. Eles regulam a circulação sanguínea, a digestão, a respiração, os órgãos reprodutores e a eliminação dos resíduos do organismo, etc.

Também há classificação considerando a quantidade de nervos lesionados. Sendo:

  • Mononeuropatia: quando apenas um nervo foi danificado;
  • Polineuropatia: quando vários nervos estão comprometidos.

A Síndrome do Túnel do Carpo, que é uma das doenças ocupacionais mais comuns, por exemplo, é um exemplo de neuropatia periférica classificada como mononeuropatia motor. Ela atinge apenas o nervo mediano do punho.

Além das duas classificações por quantidade de nervos lesionados, temos ainda a mononeuropatia múltipla, que apesar de ser bem menos frequente, pode ocorrer. É dado esse nome para a neuropatia periférica que atinge vários nervos, mas em locais diferentes do corpo. Isso pode acontecer de forma simultânea ou sequencial.

Podemos ainda incluir na classificação da neuropatia, a evolução do quadro. Nesse caso ela pode ser:

  • Neuropatia periférica aguda: quando os sintomas são menos intensos, o início dos incômodos é mais rápido e a recuperação acontece em até 12 meses;
  • Neuropatia periférica aguda: quando a evolução dos incômodos é gradual. Os sintomas, nesse caso são mais persistentes e a recuperação demora para acontecer, podendo se prolongar por anos.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da neuropatia periférica depende das causas e, de certa forma, dos sintomas.

Explicamos melhor.

O que pode causar dormência no dedo do pé?
O diagnóstico da Neuropatia Periférica é feito através de exames clínicos e de imagem.

Pacientes que sintomas mais amenos, que não têm histórico de diabetes ou tumores, passam primeiramente por um exame essencialmente clínico. Posteriormente, o diagnóstico passa pelas seguintes etapas:

  • Exame de liquor: esse exame analisa o líquido cefalorraquidiano para averiguar alterações;
  • Biopsia do nervo periférico: é indicada para casos mais específicos, como:
    • Paciente que passaram por tratamentos quimioterápicos;
    • Pacientes com diabetes, alcoolismo e/ou câncer;
    • Pacientes que sofrem ou sofreram por toxicidade de compostos como mercúrio, agrotóxicos, chumbo, entre outros;
    • Pacientes que apresentam quadros de doenças autoimunes, como reumatismo, psoríase e lúpus;
    • Pacientes que apresentam quadros de doenças infecciosas, como hanseníase e borreliose de Lyme.
  • Eletroneuromiografia: feita para medir a atividade muscular através de pequenos choques elétricos e agulhas.

A importância do diagnóstico precoce da neuropatia periférica se dá para controlar a evolução da doença. Caso isso aconteça, o paciente corre o risco de cair, por exemplo, sentir muitas dores ao ficar em pé – ou até mesmo não conseguir andar ou levantar -, não sentir os membros superiores e inferiores, etc.

A neuropatia periférica também pode denunciar um câncer. É importante que o paciente averigue se não há esse risco.

Como citamos acima, a neuropatia pode sim indicar a presença de um tumor. No entanto, isso não é uma regra.

É mais comum que ela surja durante ou após um tratamento, principalmente, de tumores em estágio mais avançado. Pacientes que passaram por transplante de medula óssea têm mais chance de produzir neuropatia periférica. Também aqueles casos que houve uso de quimioterapia ou radioterapia. É preciso conversar com seu médico para entender melhor os seus riscos e prevenir a patologia.

Tem cura? Qual o tratamento?

A neuropatia periférica não tem cura, mas tem controle.

O que pode causar dormência no dedo do pé?
A neuropatia periférica não tem cura, mas tem controle.

O tratamento é indispensável para qualquer paciente diagnosticado com esse quadro. Somente assim é possível ter uma qualidade de vida positiva e uma rotina sem dores.

Para pacientes que passam por quimioterapia ou radioterapia, parar com esse tratamento vai aliviar as dores. Enquanto isso não acontece, o paciente precisa manter a dosagem diária de comprimidos analgésicos, anticonvulsivantes com efeitos analgésicos, tratamentos tópicos e antidepressivos com efeito analgésico.

Somente o seu médico poderá encaminhar qual o melhor tipo de medicamento tomar para a neuropatia periférica. Cada caso deve ser analisado e estudado, para então direcionar ao tipo de medicamento mais indicado. Evite o uso de comprimidos para aliviar dores sem orientação médica.

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O que fazer quando o dedo do pé está dormente?

Você precisa passar por uma avaliação especializada e fazer uma investigação. Pode ser algum neuroma de morton, pode ser neurite, patologias neurológicas e endocrinologicas, e até alterações na coluna vertebral.

Qual o motivo de dormência no dedo do pé?

Dedos dormentes Sentir dormência nos dedos dos pés pode ser sinal de problemas de circulação. “Quando os dedos perdem a sensibilidade, significa que o sangue não está circulando como deveria nesta região”, alerta Paulo Camiz, professor do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Estou sentindo meu dedo dormente?

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O que pode ser dor e dormência no dedão do pé?

Dor no dedão do pé intensa pode ser gota Do lado da causa mais preocupante da dor no dedão do pé está a gota, também chamada de artrite gotosa. É uma artropatia (doença das articulações) inflamatória desencadeada pelo excesso de ácido úrico que se deposita na articulação.