O que eram as irmandades e o que elas promovia?

Irmandades Leigas no Brasil Colonial

As Irmandades Leigas eram associações religiosas católicas que existiram no Brasil Colonial.

O que eram as irmandades e o que elas promovia?

Irmandades leigas: religiosidade e assistencialismo

O que eram (definição histórica)

As irmandades leigas, também conhecidas como ordens terceiras, eram associações religiosas leigas (sem vínculo oficial com a Igreja), muito comuns no período colonial da História do Brasil, principalmente na região de Minas Gerais durante o Ciclo do Ouro (século XVIII). 

Essas irmandades eram compostas por grupos de pessoas de determinadas classes sociais. Dessa forma, havia irmandades formadas por homens da elite, por escravos, por homens livres das camadas médias da sociedade, etc.

Principais características:

- Cada irmandade leiga possuía um santo católico em que dedicava devoção;

- Faziam festas religiosas e reuniões para realização de rezas e atividades de devoção ao santo da ordem;

- Prestavam ajuda mútua, além de realizarem obras de caridade e assistencialismo;

- As irmandades serviam também como espaços para socialização entre os membros;

- As irmandades mais poderosas, principalmente as compostas por membros da elite colonial, disputavam poder político e destaque social;

- As irmandades leigas atuavam também no financiamento para a construção de igrejas, assim como de suas manutenções. Havia até disputas entre essas irmandades para ver qual conseguia construir a igreja mais bela ou maior. 

Você sabia?

- Uma das mais importantes irmandades leigas de Minas Gerais no século XVIII era composta por negros. O nome dela era Irmandade da Virgem Senhora do Rosário dos Pretos.

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Artigo publicado em: 29/01/17 - Última revisão: 08/06/2021

Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).

Fontes de Pesquisa e Bibliografia Indicada

Fontes de pesquisa utilizadas na elaboração do artigo:

- PRIORE, Mary del; VENANCIO, Renato. Uma breve História do Brasil. São Paulo: Planeta, 2010.

- HOLANDA, Sérgio Buarque de. A Época Colonial. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.

Bibliografia indicada:

Os leigos e o poder. Irmandades leigas e Política colonizadora em Minas Gerais.

Autor: Boschi, Caio César

Editora: Ática

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Procissão da Irmandade do Preciosíssimo Sangue em Bruges em maio de 2015

O que eram as irmandades e o que elas promovia?

Confrarias, irmandades ou ordens terceiras são associações religiosas de leigos no catolicismo tradicional, que se reuniam para promover o culto a um santo, representado por uma relíquia ou imagem. Estas associações agrupavam-se geralmente por vizinhança. Sua característica principal é o caráter leigo no culto católico[1]. Surgiram na Europa durante a Idade Média e espalharam-se nas colônias portuguesas. Foram um elemento importantíssimo da vida na América. No Brasil, as confrarias de negros estão na origem de cultos afro-brasileiros como as irmandades dos homens pretos,[desambiguação necessária] o candomblé e o maracatu.[desambiguação necessária]

Confrade/confreira, correligionário/correligionária, ou simplesmente irmão/irmã são os vocábulos utilizados para se referir aos membros de uma confraria de qualquer religião ou política.

Segundo Riolando Azzi[1], existem dois tipos principais de confrarias: as irmandades e as ordens terceiras. Ambas surgiram na Idade Média. As irmandades derivam das antigas corporações de artes e ofícios. As ordens terceiras são vinculadas a ordens religiosas medievais como as franciscanas, as carmelitas e aos dominicanos[1].

Irmandades[editar | editar código-fonte]

O que eram as irmandades e o que elas promovia?

As irmandades medievais agrupavam-se nas aldeias ou nos bairros. Algumas eram constituídas por membros de uma mesma profissão (corporação). Por vezes associavam-se a mosteiros, enquanto outras administravam a vida da confraria de forma autônoma. Além da função religiosa, estas associações promoviam a ajuda mútua a seus membros[2]. Algumas irmandades dedicavam-se também a minorar o sofrimento e lutar contra a pobreza. Assim, fundaram e mantiveram casas de abrigo, hospitais e leprosários para assistência aos pobres e doentes. Outras irmandades cuidavam da manutenção de pontes e caminhos como um serviço aos viajantes e peregrinos[2].

Um outro tipo de irmandade, surgida no século XII, constitui as irmandades de penitentes, que congregavam de leigos casados ou solteiros, que viviam em suas próprias casas segundo um programa de vida cristão, um compromisso assumido de forma pública de dedicação a Deus[2]. Este compromisso buscava a união a vida ordinária com o ideal de vida evangélico. Seus membros vestiam-se de roupas simples, faziam períodos de penitência, nos quais abstinham-se de festas, teatro, danças e comprometiam-se a ter uma vida de oração regular, além de confissão e comunhão ao menos três vezes ao ano. A admissão à comunidade pressupunha a devolução de bens injustamente adquiridos e a renúncia a atividades consideradas desonestas, como a agiotagem. A procissão destas irmandades ocorria na Semana Santa[2].

Ordens terceiras[editar | editar código-fonte]

As ordens terceiras estão vinculadas às ordens religiosas, sobretudo aos franciscanos, carmelitas e dominicanos[1].

História das confrarias no Brasil[editar | editar código-fonte]

O que eram as irmandades e o que elas promovia?

Após o Concílio de Trento, a Igreja Católica confirmou o poder dos santos intercessores em oposição à reforma protestante que eliminou estas devoções. Ao mesmo tempo, na Europa, a Reforma Católica enfatizou a prática sacramental e valorizou o clero em detrimento dos leigos. Entretanto, nas colônias, devido ao regime de padroado, a Cúria Romana pouca influência teve na vida da Igreja local. Cabia ao Rei a autoridade sobre o clero secular e religioso e a construção de locais de culto.

As irmandades brasileiras[editar | editar código-fonte]

O que eram as irmandades e o que elas promovia?

Chegando à América, as confrarias e irmandades organizaram-se de forma autônoma em relação ao clero.[3] A primeira confraria criada no Brasil foi a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Olinda, por volta de meados de 1539. No ano seguinte surgiu o primeiro hospital brasileiro, a Santa Casa de Misericórdia de Olinda, destinada a atender os enfermos dos navios dos portos e moradores das vilas e povoados.[4][5][6] Antes de 1719, eram regulamentadas pelas Ordenações do Reino, que subordinava as confrarias às autoridades civis. Naquele ano, seria criado o primeiro arcebispado na Bahia. Como o desenvolvimento das paróquias ocorria de forma desigual e considerando o precário número de missionários, estas associações, formadas eminentemente por leigos, foram fundamentais para a propagação da fé católica ao povo que vivia na colônia. De forma distinta da Igreja católica europeia, a ênfase se dá ao aspecto devocional[3].

Cada irmandade tinha seu próprio estatuto ou compromisso. Ele definia as normas de funcionamento da associação e os direitos e deveres de seus membros. O estatuto deveria ser aprovado pelo rei de Portugal, como Grão-Mestre da Ordem de Cristo. A irmandade tinha autonomia para administrar seus bens, que consistiam na arrecadação aos seus associados e heranças dos congregados. A "mesa provedora" nomeava o capelão (sacerdote) da irmandade para ministrar os sacramentos, sendo este um "empregado" da confraria[3].

Irmandade do Arcanjo São Miguel de Almas de Porto Alegre em 2012

Para manter o culto ao santo padroeiro da organização, era necessário ao menos um altar para a devoção. Às vezes já havia uma capela ou ermida dedicada ao santo e a função da associação era zelar por ela. Outras vezes, as irmandades se reuniam em um pequeno oratório e a irmandade busca angariar recursos para a construção da capela. As irmandades com menos recursos contentavam-se com um altar lateral em uma igreja que já tem um santo principal. Era comum que uma mesma igreja fosse dividida por várias irmandades. Foi no século XVII, durante o ciclo do ouro, que as irmandades intensificaram sua organização, com construções ricas e suntuosas[1], principalmente a Irmandade do Santíssimo Sacramento, que nas localidades, era a mais importante.

Estas associações desempenharam um papel para além do religioso. Seus membros criaram laços de solidariedade e ajuda mútua: promoviam sepultamentos dignos para seus membros, oravam pelas almas dos falecidos e assistiam seus órfãos e viúvas. Era comum que um membro da irmandade designasse sua alma como herdeiro. Assim, seus bens eram administrados pelos irmãos e garantiam a realização de missas pela alma do morto, intercedendo assim pela sua salvação no juízo final[1].

As festas religiosas e procissões eram um momento privilegiado de convívio social, sobretudo para as mulheres, que viviam restritas ao ambiente familiar. As procissões eram o ponto alto para os membros das irmandades: cada uma tinha sua vestimenta, cores e estandartes que lhe davam reconhecimento interno e externo[3].

As confrarias desempenharam um papel importantíssimo no Brasil Colônia. Em uma sociedade instável e insegura, foram pontos de apoio para os aglomerados urbanos em surgimento. Na ausência de Estado, supriam as necessidades materiais e espirituais. Para a Metrópole, serviram como instrumento de amenizar os conflitos sociais e eximiu a Coroa dos serviços sociais necessários à população. Do ponto de vista religioso, estas instituições atuaram como financiadoras de templos e ofícios, muitas vezes eximindo a Coroa e a Igreja, unidas no padroado régio, desta função [7].

O período áureo destas organizações foi no Brasil Colônia e permaneceram fortes durante o Império. Foram perdendo prestígio durante a República, quando ocorreu a separação entre a Igreja e o Estado. Neste período ocorre a Romanização do catolicismo brasileiro, que, entre outras reformas, passou a valorizar mais as organizações leigas vinculadas ao clero[1].

As confrarias afro-brasileiras[editar | editar código-fonte]

Carlos Julião. Cortejo da Rainha Negra. na Festa de Reis. Aquarela colorida do livro Riscos illuminados de figurinos de brancos e negros dos uzos do Rio de Janeiro e Serro Frio.

O que eram as irmandades e o que elas promovia?

Aos poucos foi sendo permitido aos escravos criarem suas próprias confrarias, mas mantendo a distinção de cor: havia as confrarias dos "homens brancos", dos "pardos" e dos "pretos". Organizadas por grupos sociais, reproduziam a estratificação social da sociedade colonial [1][8].

As irmandades compostas por negros congregava tanto negros livres como escravos. Para a maioria, era a única forma de convívio fora do espaço de trabalho. Um traço típico da associação, além da cor da pele, era a etnia africana de origem[1].

Segundo alguns historiadores, as irmandades de negros surgidas no Brasil tiveram sua origem não somente na Europa, mas também na África, levadas pelos colonizadores portugueses a partir da segunda metade do século XV. Há registros de irmandades do Rosário em Angola, Moçambique e Congo desde o século XVII[9]. Alguns autores acreditam que muitos negros já chegaram ao Brasil como irmãos do Rosário[9],[10].

A possibilidade de reunir-se oficialmente em confrarias congregadas por etnia permitiu aos negros a vivência do culto africano: dentro das igrejas, veneravam os santos católicos e fora dela, seus orixás[3]. Nas festas dos santos e santas das irmadades dos homens pretos e pardos, as tradições africanas se manifestavam. Estas associações estão na origem de tradições afro-brasileiras como o Candomblé[11], o maracatu[12] e o congado[10].

As eleições dos reis e rainhas da irmandade eram uma ocasião de afirmação da identidade cultural e também a ocasião de arrecadar as doações para o sustento da associação. Além do amparo que as irmandades brancas garantiam a seus associados, como assistência médica, jurídica e funeral, amparo financeiro, as irmandades de negros reservava parte de seus recursos para a compra de alforria para alguns membros[3].

Assim estas irmandades tiveram grande importância na história do Brasil no que se refere ao africano, às correntes favoráveis à libertação dos escravos, na administração de fundos para compra de cartas de alforria, na luta pela ocupação do espaço social, na continuidade dos valores culturais e na constituição de identidade[3].

As confrarias hoje[editar | editar código-fonte]

O que eram as irmandades e o que elas promovia?

Estas organizações continuam atuantes com suas devoções, cerimônias e obras sociais e são reconhecidas pela Santa Sé. O Papa Bento XVI, falando a membros das mais de duas mil confrarias das regiões e dioceses da Itália em 2007, reconheceu a importância histórica do seu papel para além da devoção, sobretudo na Idade Média, "quando ainda não havia formas de assistência pública que garantissem iniciativas sociais e de saúde, para as faixas menos favorecidas da coletividade". Também exortou seus membros a: "radicados no sólido fundamento da fé em Cristo, suas beneméritas Confrarias, com a singular multiplicidade de carismas e a vitalidade eclesial que as distingue, continuem, portanto, difundindo a mensagem da salvação entre o povo, operando nas multíplices fronteiras da nova evangelização."[13]

Em 2013, ocorreu em Roma a Jornada Mundial das Confrarias e a Piedade Popular. Durante a missa celebrada neste encontro, o Papa Francisco reafirmou a importância destas associações para a Igreja[14]: "Ao longo dos séculos, as Irmandades têm sido uma forja de santidade para muitas pessoas, que viveram com simplicidade uma relação intensa com o Senhor. Caminhai decididamente para a santidade; não vos contenteis com uma vida cristã medíocre, mas a vossa pertença sirva de estímulo, a começar por vós mesmos, para amar mais a Jesus Cristo".

Referências

  1. a b c d e f g h i Azzi, Riolando (1983): "A instituição eclesiástica durante a primeira época colonial", em: História da Igreja no Brasil, (3a edição), Edições Paulinas/Vozes, Petrópolis, Brasil.
  2. a b c d Benke,C., 2007.Breve história da espiritualidade cristã. Editora Santuário, São Paulo, ISBN 978-85-369-0204-3
  3. a b c d e f g http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=297&sid=36&tpl=printerview
  4. «Catálogo - ID: 44158». IBGE. Consultado em 6 de abril de 2019
  5. «Projeto de Extensão do curso de História começa a dar os primeiros resultados». Unicap. Consultado em 6 de abril de 2019
  6. «A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Olinda e seu prestigio social e político em Pernambuco». ABHR. Consultado em 6 de abril de 2019
  7. Mastos, HCJ, 2005. Nossa História - 500 anos de presença da Igreja Católica no Brasil. 2a. edição. Edições Paulinas, São Paulo, ISBN 85-356-0737-4
  8. Larissa Viana. "O idioma da mestiçagem. As irmandades de pardos na América Portuguesa". Editora Unicamp. 2007
  9. a b Simão, M.S. (2010): As irmandades de Nossa Senhora do Rosário e os africanos no Brasil do Século XVIII. Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa
  10. a b | van der Poel,Francisco: Congado: origens e identidade
  11. Santana, A. A Irmandade do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho: memória e identidade afrocatólica na Bahia, acessado em 01 de abril de 2016[ligação inativa]
  12. Maracatu, página Sua Pesquisa, acessada em 1 de abril de 2016
  13. Rádio Vaticana Arquivado em 25 de março de 2009, no Wayback Machine., acessado em 27 de fevereiro de 2008.
  14. Vaticano: Encontro mundial de confrarias, página da Agência Ecclesia, acessada em 07 de fevereiro de 2018

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Augusti, V. M.; Boschiero, Daniela; Ruy, D. P. (2005), A festa e a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção: patrimônios a serem reservados, Limeira: ISCA Faculdades
  • Azzi, Riolando (1983): "A instituição eclesiástica durante a primeira época colonial", em: História da Igreja no Brasil, (3a edição), Edições Paulinas/Vozes, Petrópolis, Brasil.
  • Dias, Reinaldo; Silveira, Emerson J. S. (2003), Turismo religioso: ensaios e reflexões, Campinas: Alínea
  • Boschi, Caio César (2007), Irmandades, religiosidade e sociabilidade
  • Campos, Adalgisa Arantes (2011), O mecenato dos leigos: cultura artística e religiosa, Belo Horizonte: C/Arte, pp. 95-111 Gomes, Angela de Castro, Primeira República no Brasil: uma história da historiografia, ISBN 9789892608624, Imprensa da Universidade de Coimbra, pp. 55–93, doi:10.14195/978-989-26-0862-4_2
  • Cássia, Taynar de (2001): Movimento negro de base religiosa: a Irmandade do Rosário dos Pretos. Caderno CRH, Salvador, n. 34, p. 165-179.
  • Cruz, Teresa Cristina de C. (2007), As irmandades religiosas de africanos e afrodescendentes, PerCursos
  • Godechot, Jacques (28 de dezembro de 1969), «As grandes correntes da historiografia da Revolução Francesa, de 1789 aos nossos dias», Revista de História, ISSN 2316-9141, 39 (80), doi:10.11606/issn.2316-9141.rh.1969.128913
  • Graça, Tereza Cristina Cerqueira da; Souza, Laura de Mello (org) (2006), «História da Vida Privada no Brasil: Cotidiano e vida privada na América Portuguesa», São Paulo: Companhias das Letras, Revista TOMO, ISSN 2318-9010, doi:10.21669/tomo.v0i0.4918
  • Junior, José (2009), Irmandades Religiosas: espaços de devoção e disputas políticas na Paraíba oitocentista (PDF), ANPUH, consultado em 3 de junho de 2019
  • Livermore, H.; Boxer, C. R.; Boxer, Charles (1971), «Four Centuries of Portuguese Expansion, 1415-1825», Pacific Affairs, ISSN 0030-851X, 44 (2), doi:10.2307/2755382
  • Penteado, Pedro. Confrarias. In: Azevedo, Carlos Moreira (dir.). Dicionário de História Religiosa de Portugal. Lisboa: Centro de Estudos Religiosos, p.15-52
  • Sá, Isabel dos Guimarães; Lopes, Maria Antónia (2008), História breve das misericórdias portuguesas: 1498-2000, doi:10.14195/978-989-26-0420-6
  • Silveira, Emerson José Sena da (2016), «uma metodologia para as ciências da religião? impasses metodológicos e novas possibilidades hermenêuticas», Paralellus, Revista de Estudos de Religião - UNICAP, ISSN 2178-8162, 7 (14): 73–98, doi:10.20426/p.2178-8162.2016v7n14p073
  • Tavares, Mauro Dillmann (2007), Irmandades religiosas, Devoção e ultramontanismo em Porto Alegre no Bispado de Dom Sebastião Dias Laranjeira (1861–1888). Dissertação de mestrado (PDF), Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em História, consultado em 3 de junho de 2019
  • Tragante, Christiane A. (2009), «Lagrou, Els. 2009. Arte Indígena no Brasil: agência, alteridade e relação», Belo Horizonte: C/ Arte, Campos - Revista de Antropologia Social, ISSN 1519-5538, 10 (2), doi:10.5380/cam.v10i2.20263

O que eram as irmandades e o que elas promovia?

O que eram Irmandades o que elas promoviam?

As irmandades são instituições religiosas compostas por leigos que tinham como objetivo ajudar os seus membros e a comunidade. As irmandades obedeciam a regras sancionadas pela Igreja e tinham as suas contas verificadas anualmente por um dignitário religioso.

Como Eram as irmandades?

As irmandades eram regidas por um conjunto de regras chamadas de compromissos que deveriam ser aprovados pela Igreja Católica, Presidente de Província e pela autoridade monárquica, para depois ter seu direito de funcionamento.

Qual foi o papel social das irmandades?

De modo geral, a irmandades atuavam como espaço de consolidação da fé católica, ao mesmo tempo em que também serviam de alternativa para a resolução e discussão de problemas e questões que não eram diretamente controladas pelas instituições políticas oficiais.

Qual era o papel das irmandades criadas na sociedade mineradora do século 18?

As irmandades obedeciam a regras sancionadas pela Igreja e tinham as suas contas verificadas anualmente por um dignitário religioso. Estas instituições, que existiam na Europa desde a Idade Média, aparecem no Brasil a partir do século XVIII, em especial na região de Minas Gerais.