O que era o terceiro estado e quais as suas reivindicações?

Questões:

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História - Grupo 3
Prova discursiva realizada no dia 08/12/2001
Quest�es

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Valor: 3,5 pontos
"O que é o Terceiro Estado? Tudo. O que tem sido até agora na ordem política? Nada. O que deseja? Vir a ser alguma coisa.

Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentado. Se suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros (...)."

Abade Sieyès. O que é o Terceiro Estado?

Considerando o texto apresentado,

A) identifique 2 (dois) grupos sociais que compunham o Terceiro Estado e explique seus descontentamentos às vésperas da Revolução Francesa;

Respostaa) O candidato poder� identificar dois destes grupos sociais: A alta burguesia, formada por banqueiros, grandes comerciantes e grandes manufatureiros que, apesar de se beneficiarem com o monop�lio do com�rcio externo, estavam descontentes por pagarem tributos, n�o terem privil�gios de nascimento ( o julgamento em Tribunais especiais, os direitos de ca�a, o acesso aos cargos da Corte, aos comandos militares e �s dignidades eclesi�sticas, por exemplo) e nem poder pol�tico; a m�dia burguesia, formada por propriet�rios de oficinas artesanais, lojas de com�rcio, profissionais liberais e funcion�rios do Estado, estava descontente com o Antigo Regime pela obriga��o do pagamento de in�meros tributos, pelo n�o usufruto de privil�gios, pela pouca representa��o pol�tica e pelas limita��es econ�micas impostas pela pol�tica mercantilista do Estado absolutista como por exemplo, sua exclus�o do monop�lio do com�rcio externo; a baixa burguesia, formada na maioria poe pequenos comerciantes e artes�os, reclamava do peso do pagamento dos tributos (d�zimo, talha real, corv�ia, banalidades, impostos alfandeg�rios, ped�gios internos que dificultavam a circula��o de mercadorias), das limita��es impostas pelos regulamentos das Corpora��es de Of�cio, da falta de privil�gio e de participa��o pol�tica; os trabalhadores urbanos assalariados, al�m de descontentes com o �nus do pagamento de tributos e da exclus�o de qualquer participa��o pol�tica, sentiam mais de perto os efeitos da crise do Antigo Regime pelas prec�rias condi��es de trabalho e de vida em que viviam nas cidades; e os camponeses livres e servos que, enraizados � terra h� s�culos, n�o conseguiam se libertar dessa condi��o, viviam cada vez mais empobrecidos pelo insuport�vel custo dos tributos (al�m dos tributos regulares pagos ao Estado e � Igreja, ainda pagavam obriga��es aos senhores) e n�o tinham acesso � representa��o pol�tica.

B) cite, a partir dos descontentamentos do Terceiro Estado em relação ao Antigo Regime, 2 (duas) ações empreendidas pelos revolucionários franceses que tenham contribuído para alterar esta situação.

Resposta

       
b) A defesa dos princ�pios de liberdade e de igualdade jur�dica atrav�s da aboli��o dos privil�gios, da Constitui��o Civil do Clero, da liberdade de associa��o, do confisco dos bens eclesi�sticos, da proclama��o dos Direitos do Homem e do Cidad�o, de medidas adotadas para a implanta��o de governos representativos (voto censit�rio, sufr�gio universal), da aboli��o da escravid�o nas col�nias francesas, entre outras medidas.

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Valor: 3,0 pontos
"Quando a Guerra Civil começou, ninguém devia ter ficado muito surpreso, porque os conflitos de interesse entre Norte e Sul, e a incapacidade crescente de resolvê-los, tinham uma longa história que remonta às próprias origens da república americana."

(Peter Louis Eisenberg, A Guerra Civil Americana, SP: Ed. Brasiliense, 1982. p 39)

Considerando o texto apresentado,

A) cite 2 (dois) conflitos entre a sociedade do Norte e a do Sul que sejam anteriores à eclosão da Guerra Civil americana;

Resposta

Podem ser mencionados conflitos relativos:
a) � dificuldade de se estabelecer uma pol�tica em rela��o �s terra p�blicas nos territ�rios a Oeste: a antiga Ordenan�a do Noroeste, de 1787 (que estabelecia que os territ�rios a noroeste do Rio Ohio seriam livres da escravid�o) teve de ser revista logo como bem demonstraram os Acordos do Missouri , de 1820, e o Projeto Wilmot, de 1848, e a Lei de 1850
b) � forma espec�fica de ingresso dos territ�rios tornados estados na Uni�o: segundo o Norte, nos novos estados deveriam florescer apenas sociedades livres; segundo o Sul, o modelo da sociedade escravista deveria continuar e se estender ao Oeste; havia ainda uma terceira posi��o - a dos pr�prios novos estados que queriam decidir seu pr�prio rumo independentemente do disputado equil�brio entre Norte e Sul.
c) � tentativa de manuten��o da escravid�o a todo custo pelos sulistas: com a negocia��o cada vez mais dif�cil do cumprimento de determinadas leis federais (como por exemplo a que obrigava � devolu��o de escravos fugitivos pelos estados livres), a solu��o secessionista era, em alguns estados sulistas j� apresentada como inevit�vel.
d) ao descontentamento dos nortistas com a enorme bancada sulista no Congresso uma vez que a exist�ncia de escravos em grande quantidade no Sul contava para a representa��o proporcional (segundo cl�usula da Constitui��o Americana, apesar de n�o votarem e serem considerados propriedade de outros homens no Sul, os escravos podiam ser contados para aquele efeito da seguinte forma => cada escravo corresponderia a 3/5 partes de um homem branco e livre).
e) � defesa de pol�ticas econ�micas diferenciadas: enquanto o Norte defendia o o protecionismo alfandeg�rio (como defesa de sua precoce industrializa��o), o Sul era a favor do livre-cambismo (mais interessante � exporta��o de seu principal produto - o algod�o).
f) � intensifica��o do movimento abolicionista nas cidades do Norte (ao longo da d�cada de 1830) e sua difus�o sob a forma de propaganda aos estados do Sul.
g) � pouca import�ncia das rela��es escravistas para a economia dos estados do Norte, onde predominava o assalariamento, em contraste com o papel que tinha a escravid�o no Sul, considerada espinha dorsal daquela economia no per�odo.

B) explique por que a emancipação dos escravos tornou-se uma questão ameaçadora e não negociável para o Sul.

Resposta

A emancipação tornou-se uma questão ameaçadora para o Sul porque:
a) A manutenção da escravidão era crucial para aqueles estados. A escravidão era não apenas o sustentáculo das principais atividades econômicas do Sul, mas estruturava também todo um modo de existência social (relações de dominação política específicas, hierarquias sociais, costumes e atitudes dos diferentes grupos sociais envolvidos).
b) A escravidão como ordem ou instituição social expressava, ademais, a existência de um complexo universo mental que cabia ao Sul defender a qualquer custo, posto que o seu fim representaria, inevitavelmente, o fim também do modo de ser sulista .
c) A presença de uma grande porcentagem de negros escravizados ou libertos em determinados estados (como, por exemplo, na Carolina do Sul) constituía uma ameaça permanente às elites sulistas desses lugares. Para defender-se abusavam de leis draconianas para cercear a mobilidade do negro liberto (os chamados códigos negros) e descartavam a priori qualquer possibilidade de discutir a emancipação e a abolição.
d) A Declaração de Emancipação (1863), de Lincoln, ao reconhecer como livres todos os escravos nos Estados inimigos da União, implodia mais ainda a tentativa de resistência das forças confederadas.

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3
Valor: 3,5 pontos
O desenvolvimento econômico nacional foi um tema central dos debates políticos que, no início dos anos sessenta, mobilizaram diversos grupos sociais e os governos brasileiros da época. Particularmente, durante o governo João Goulart, esta temática figurou em projetos que a associaram à possibilidade de criação de uma ordem política democrática no Brasil. O movimento militar que ocasionou a deposição do presidente João Goulart, em 1964, por seu turno, acabou por implementar ações que redirecionaram tais perspectivas de desenvolvimento econômico.

A) Identifique 2 (duas) propostas do Governo João Goulart (1961-64) relacionadas à associação entre desenvolvimento econômico e democracia.

Resposta

A perspectiva do Governo João Goulart caracterizou-se, entre outros aspectos, por enfatizar propostas de desenvolvimento econômico capitalistas desconcentradoras de renda, valorizando e buscando legitimar a participação dos trabalhadores na conquista de novos patamares de bem estar social. Neste sentido, o aluno poderá identificar diversos aspectos, como por exemplo:
- A legalização dos sindicatos rurais; tolerância em relação à CGT (Comando Geral dos Trabalhadores);
- A proposta das Reformas de Base: reforma agrária, reestruturação da universidade, reforma tributária (inversão na carga de impostos), reforma bancária (crédito para pequenos e médios proprietários), reforma eleitoral (voto para analfabetos);
- A continuação da Política Externa Independente;
- A formulação do Plano Trienal (como um pacto para a viabilização das reformas);
- A anistia para os não oficiais revoltosos - sargentos e marinheiros do Exército e da marinha.

B) Explique em que direção os governos militares reorientaram a política de desenvolvimento econômico que vinha sendo formulada pelo Governo Goulart.

Resposta

Os governos militares deram ênfase à associação entre desenvolvimento e segurança nacional, conforme a Doutrina formulada pela Escola Superior de Guerra (ESG). Nesses termos, o desenvolvimento econômico esteve associado aos grandes capitais internacionais e a participação democrática sofreu restrições em função da defesa da segurança do Estado; assim diversos grupos e suas respectivas reivindicações foram enquadrados como ameaças internas à segurança da Nação e do Estado.
O aluno poderá explicar diversas ações relacionadas à formulação acima, destacando-se, entre outras:
- A política econômica de crescimento que redundou no "milagre brasileiro";
- O estrito controle da participação e da expressão dos diversos movimentos sociais, através de censura e/ou intervenções nas respectivas associações;
- A política centralizadora de concessão de benefícios previdenciários;
- A extinção do pluripartidarismo e a implantação do bipartidarismo.

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O que era o terceiro Estado e quais as suas reivindicações durante a Revolução Francesa sua resposta?

O Terceiro Estado era a Plebe, que constituía a maioria da população (+/- 98%) havendo assim cortesãos, burgueses e camponeses. A função do Terceiro Estado era sustentar a sociedade e o Estado. Pagavam, ao contrário do Clero e da Nobreza, impostos ao Estado e também direitos senhoriais.

Quais são as reivindicações do Terceiro Estado?

A principal reivindicação do terceiro estado era a abolição dos privilégios e a instauração da igualdade civil. Somente os integrantes do terceiro estado arcavam com as taxas e impostos que sustentavam a monarquia francesa.

O que era o terceiro Estado e quais as suas?

Terceiro Estado – Pessoas que não faziam parte do clero ou da nobreza. Formado por cidadãos comuns. Correspondiam a mais de 95% da população da França e sustentavam a sociedade. Cortesãos, Burgueses, camponeses, criados, comerciantes e demais profissionais formavam o terceiro estado.

Quem é o Terceiro Estado?

* 3° estado – burguesia: alta burguesia, média burguesia, baixa burguesia (artesãos, aprendizes, proletários, servos e camponeses semi ou livres).