O que acontece com a princesa Isabel na novela?

A princesa Isabel era filha de Dom Pedro II, imperador do Brasil entre 1840 e 1889, e é uma figura extremamente conhecida de nossa história por ter assinado a lei que aboliu a escravatura do Brasil – a Lei Áurea. A princesa Isabel era herdeira do trono, mas nunca teve muito interesse com a política. De toda forma, acabou nunca assumindo, pois a Proclamação da República forçou seu exílio, em 1889.

Resumo

  • Nasceu no Rio de Janeiro de 1846 e passou sua infância no Paço do São Cristóvão.

  • Teve uma educação de alto nível, chegando a estudar até 15 horas por dia e estudando diversas disciplinas.

  • Casou-se com o francês Conde d’Eu e teve quatro filhos com ele.

  • Assumiu o Brasil em três ocasiões.

  • Foi a responsável por assinar a Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea.

  • Foi expulsa do Brasil em 1889 e morreu no exílio em 1921 com 75 anos de idade.

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Biografia

  • Infância

Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriel Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1846. Era filha de Dom Pedro II, o imperador do Brasil, com sua esposa, Teresa Cristina. Foi a segunda filha do casal e foi nomeada herdeira, porque o filho mais velho do casal – Afonso Pedro – faleceu ainda criança.

O imperador e sua esposa ainda tiveram outra criança do sexo masculino – Pedro Afonso – mas ele também faleceu ainda criança. O falecimento dos dois filhos homens reforçou a posição de Isabel como herdeira e, por isso, ela foi nomeada herdeira presuntiva, título disponibilizado quando não há melhor opção para o trono.

Devido à sua importância para a monarquia brasileira, a princesa Isabel recebeu uma educação de alta qualidade. Chegou a estudar durante 15 horas na adolescência e estudava disciplinas diversas como economia, física, mineralogia, história e estudou diversos idiomas, tais como latim, alemão, italiano, francês e inglês.

Passou sua infância reclusa e cresceu no Paço do São Cristóvão, local que, anos mais tarde, foi transformado no Museu Nacional (destruído após um incêndio em 2018). O isolamento da princesa Isabel é destacado pelos historiadores, pois a princesa não frequentava os locais visitados pela corte e aristocracia do Rio de Janeiro.

  • Casamento

No final de 1863, o imperador começou a procurar um marido para a princesa Isabel e, dessa busca, saiu o casamento da princesa com um representante da nobreza francesa: Luís Filipe Maria Fernando Gastão, o Conde d’Eu. O casamento dos dois aconteceu em 1864, quando a princesa tinha 18 anos completos.

Os historiadores relatam que os registros feitos pela princesa e pelo conde, mostram um casal extremamente apaixonado e que possuía uma relação sólida. Do casamento da princesa Isabel e do Conde d’Eu nasceram quatro filhos: Luísa Vitória, Pedro, Luís e Antônio. O conde, por sua vez, não era a pessoa mais popular na corte brasileira, por ser estrangeiro e por ter problemas de comunicação ocasionados pela sua surdez e pelo seu mau português.

Anos depois, o conde foi enviado para a Guerra do Paraguai, como substituto de Duque de Caxias no comando das tropas imperiais. No Paraguai, o conde ficou conhecido por ter alforriado os escravos no país e por ter liderado a caçada que resultou na morte do ditador paraguaio, durante a Batalha de Cerro Corá.

O que acontece com a princesa Isabel na novela?

Uma das últimas imagens da família real ainda no poder no Brasil, em 1889. **

Acesse também: Entenda quais as causas que levaram ao início da Guerra do Paraguai

  • Política

A princesa Isabel, como mencionado, nunca teve grande apreço pela política e, por isso, permaneceu, o máximo possível, alheia ao que acontecia nessa área em nosso país. Preferia dedicar-se ao serviço doméstico, ao cuidado dos filhos, à jardinagem e a outras questões menores. Mesmo assim, foi a primeira mulher senadora do país, quando completou 25 anos, por ser a filha mais velha do imperador, conforme decretava a lei brasileira.

Como herdeira do trono, a princesa Isabel foi obrigada a assumir o comando como regente do Brasil em três ocasiões. Isso aconteceu, porque D. Pedro II viajava frequentemente, principalmente quando sua saúde foi piorando, conforme envelhecia. Foi regente do Brasil nas seguintes ocasiões:

  1. Em 1871, quando assinou a Lei do Ventre Livre.

  2. Em 1876 e 1877, quando mediou um conflito entre católicos e maçons.

  3. Em 1888, quando aboliu a escravatura por meio da Lei Áurea.

  • Papel na abolição

O ponto mais polêmico da vida da princesa é quanto à sua posição perante a escravidão. Durante muito tempo, a princesa Isabel foi enxergada como redentora, por ter assinado a lei que decretou o fim da escravidão em nosso país. Essa posição tem sido revista e os historiadores têm colocado limites na atuação da princesa a respeito da abolição.

Primeiramente, é importante frisar que a abolição da escravatura foi fruto da mobilização popular de diferentes camadas da sociedade brasileira, inclusive dos próprios escravos. Foi essa mobilização que criou o clima político para decretar o fim da escravatura no Brasil. Portanto, esse acontecimento não foi fruto da benevolência da princesa.

A princesa, porém, tem muito mérito por ter feito algo que seu pai nunca teve coragem ao longo de sua vida: tomar uma posição. A princesa Isabel, porém, só assumiu seu posicionamente acerca dessa questão quando ela era quase inevitável, pois, durante boa parte da década de 1880, ela permaneceu alheia ao debate político que acontecia no país.

A princesa abrigou escravos em sua residência apenas uma única vez, de acordo com a historiadora Mary del Priore, e algumas vezes foi vista portando camélias – flor símbolo do movimento abolicionista|1|. Além disso, acabou brigando abertamente com o Barão de Cotegipe, presidente do Conselho de Ministros do Brasil, um escravocrata convicto. De toda forma, entrou para a história do Brasil por ter assinado a Lei Áurea, abolindo, definitivamente, o trabalho escravo do país.

Acesse também: Entenda como ocorreu o processo de abolição da escravatura no Brasil

  • Fuga do Brasil

Foi obrigada a fugir do Brasil em exílio, quando a família real foi expulsa, em consequência da Proclamação da República, que aconteceu em 15 de novembro de 1889. A princesa exilou-se pelo resto de sua vida na França, local no qual o Conde d’Eu possuía residências. A transformação do Brasil em república foi resultado do enfraquecimento da monarquia nos quadros políticos de nosso país.

Além disso, de acordo com a piora na saúde de D. Pedro II, as desconfianças acerca da princesa aumentava, principalmente, porque havia um preconceito muito forte pelo fato de os herdeiros do trono serem uma mulher e seu marido estrangeiro. Assim, a perda de apoio da monarquia levou o exército a conspirar contra a família real.

  • Morte

A princesa Isabel faleceu na França, em 14 de novembro de 1921, com a idade de 75 anos. A princesa, como mencionado, nunca retornou ao Brasil depois de 1889. Em 1920, a expulsão da família real foi revogada pelo presidente Epitácio Pessoa, mas, por questões de saúde, a princesa permaneceu na França. Seus restos mortais estão localizados em Petrópolis, no Rio de Janeiro.

|1| PRIORE, Mary del. Castelo de Papel: uma história de Isabel de Bragança, princesa imperial do Brasil e Gastão de Orléans, conde d’Eu. Rio de Janeiro, Rocco, 2013.

*Créditos da imagem: Commons

** Créditos da imagem: Commons

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14 de novembro de 1921Isabel do Brasil / Data de falecimentonull