O principal objetivo da prática do slackline é:

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O slackline: do surgimento a evolu��o e seus benef�cios

El slackline: del surgimiento a la evoluci�n y sus beneficios

O principal objetivo da prática do slackline é:

 

Graduado em nutri��o

pela Universidade Presbiteriana Mackenzie

(Brasil)

Daniel Ferreira de Barros

 

Resumo

          O Slackline iniciou-se em meados dos anos 80 nos campos de escalada do Vale de Yosemite, EUA. Os escaladores passavam semanas acampando em busca de novas vias de escalada e nos tempos vagos esticavam as suas fitas para se equilibrar e caminhar. O Slackline conhecido hoje em dia, � um esporte de equil�brio sobre uma fita de nylon, estreita e flex�vel, praticado geralmente a uma altura de 30 cm do ch�o. Com o aumento de popularidade e um not�vel crescimento de adeptos mundialmente, faz-se necess�rio estudos para melhor compreens�o desta pratica. Este estudo teve como objetivo utilizar da literatura cientifica atual para apresentar o slackline desde o seu surgimento e evolu��o at� os benef�cios oferecidos pela sua pratica.

          Unitermos

: Slackline. Esporte radical. Qualidade de vida.

Abstract

          The Slackline began in the mid-80s in the climbing fields of Yosemite Valley, USA. The climbers spent weeks camping in search of new climbing routes and over times stretched their tapes for balance and walking. The Slackline known today is a balance sport on a nylon strip, narrow and flexible, generally performed at a height of 30 cm above the ground. With the increased popularity and remarkable growth of worldwide fans, it is necessary studies to understand this practice. This study aimed to use the current scientific literature to present the slackline since its emergence and evolution to the benefits offered by your

          Keywords

: Slackline. Extreme sport. Quality of life.

Recep��o: 01/02/2015 - Aceita��o: 28/02/2015

 
O principal objetivo da prática do slackline é:
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 19, N� 202, Marzo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Introdu��o

Slackline: hist�ria e evolu��o

    O Slackline � um esporte que consiste em equilibrar-se em cima de uma fita suspensa entre dois pontos fixos. Seu objetivo � atravessar esse percurso se equilibrando, possibilitando treinar o corpo, melhorar o equil�brio e concentra��o (HEIFRICH et al. 2012). Durante a execu��o, o atleta ainda poder� realizar manobras sobre ela. Atualmente, o slackline � considerado esporte pela confedera��o internacional de esportes radicais (BARTHOLDO; ANDRADE, 2012).

    Entende-se que essa pratica � uma varia��o e evolu��o da corda bamba do circo. Existem evidencias nos Estados Unidos no Colorado em 1907 quando Ivy Baldwin atravessou num cabo de a�o duas torres de arenito de 200 metros de extens�o a 180 metros de altura (PAOLETTI, MAHADEVAN; 2012).

    Segundo a confedera��o brasileira de esportes radicais em 2012, o slackline praticado atualmente teve sua origem em meados dos anos 80 nos Estados unidos nos campos do Vale de Yosemite. Os escaladores ficavam nas montanhas acampados por semanas, na busca por novas �reas para escalada. Nos tempos vagos ou quando as chuvas impediam de escalar, esticavam suas fitas atrav�s dos equipamentos para se equilibrar e caminhar (BARTHOLDO; ANDRADE, 2012). Perceberam ent�o que essa atividade melhorava tanto o equil�brio quanto a postura (CBER; 2012). A brincadeira passou a ser realizada freq�entemente com o objetivo de melhora na pratica da escalada. Inicialmente foi difundida apenas entre escaladores, no entanto, ao longo dos anos, mais interessados arriscaram-se testando seu equil�brio (PAOLETTI, MAHADEVAN; 2012). Devido aos in�meros benef�cios oferecidos somados a praticidade e divers�o o slackline ganhou diversos adeptos mundialmente. A corda de escalada utilizada foi substitu�da por uma cinta pr�pria para a pr�tica, facilitando sua execu��o que al�m de segura deu caracter�stica singular ao esporte (HEIFRICH et al. 2012). Com o aumento de sua popularidade, foi criada no ano de 2011 a World Slacklines Federation -WSFED, com sede em Stuttgart, Alemanha (MAHAFFLEY; 2009). No Brasil, o slackline chegou atrav�s dos escaladores em 1995. No entanto somente dez anos depois ganhou adeptos no pa�s. Primeiramente nas praias do Rio de Janeiro e logo em seguida se estendeu para todo o pa�s (PORTELA; 2001). Este estudo teve como objetivo utilizar da literatura cient�fica atual para apresentar o slackline desde seu surgimento � evolu��o e os seus benef�cios registrados ate o presente momento.

As modalidades

    SegundoBARTHOLDO e ANDRADE em 2012, o slackline hoje se divide em sete modalidades que s�o:

Slackline.

A fita � montada em curtas distancias entre 05 e 10 metros. O praticante se equilibra sobre o Slack com diferentes tens�es. Essa diferen�a na tens�o e comprimento permite diversas possibilidades de execu��o.

Trickline.

Tem como objetivo a execu��o de manobras de equil�brio din�mico. S�o utilizadas fitas colocadas a partir de 60 cm de altura que d�o a impuls�o necess�ria para realizar as manobras. Permite a realiza��o de manobras de saltos e equil�brio extremo, exigindo bastante preparo f�sico e treino.

Longline.

Realizada perto do ch�o, objetivo � desafiar dist�ncias cada vez maiores, de 20 metros no m�nimo utilizando fitas tubulares especificas de 25 mm. Caso contr�rio, a fita n�o ter� o balan�o t�o admirado pelos praticantes desta modalidade.

Highline.

A modalidade mais radical do Slackline, com travessias feitas acima de 5 metros de altura em locais como pr�dios e montanhas. Recomenda-se que o atleta possua al�m de uma experi�ncia em slackline avan�ada, conhecimentos de escalada e dom�nio dos equipamentos.

Waterline.

� a pratica sobre as �guas, piscinas, rios ou praias. � definida como a mais descontra�da das modalidades uma vez que n�o se utilizam quase cabos de a�o devido suas quedas n�o oferecem riscos. Permite a realiza��o de manobras.

Baseline.

Restrita somente ao p�blico p�ra-quedista trata-se de uma varia��o do highline, por�m sem o cinto de seguran�a com al�as para as pernas (baudrier). O praticante se equipa com o paraquedas nas costas e caso caia da fita o mesmo � acionado.

Shortline.

Trata-se da modalidade mais segura, j� que a fita � colocada em n�vel baixo e com as ancoragens pr�ximas. Al�m disso, � a mais indicada para iniciantes, juntamente com o Trickline por n�o exigir maiores esfor�os e habilidades especificas em rela��o �s outras modalidades.

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Benef�cios

    O slackline est� dividido em dois exerc�cios: De movimento- Andar sob a corda ou arriscar uma nova manobra; Est�ticos- sentar, tentar uma nova posi��o, levantar um p� etc. A regi�o abdominal e os bra�os s�o exigidos em todo tempo de treino pois trabalham de forma cont�nua. Como n�o � um esporte de alto impacto, as articula��es s�o mais preservadas (HUBER, KLEINDL; 2010).

    Segundo Portela em 2011, um treino de slackline em m�dia consome de 400 a 700 calorias. Tamb�m � notado em praticantes um fortalecimento imediato da musculatura como um todo, em especial a musculatura interna dos membros inferiores e refor�o nas articula��es do tornozelo e joelho. Dentre os benef�cios oferecidos pelo slackline destacam-se:

Equil�brio:

A configura��o do sistema de equil�brio do indiv�duo no slackline � dada pela combina��o dos pontos de ancoragem da fita, dos pontos de apoio do indiv�duo sobre a fita e do centro de massa alinhados pela for�a da gravidade (KELLER; 2012). Al�m disso, a elasticidade da fita solicita reconfigura��es posturais constantes com o uso de bra�os e pernas para manter a estabilidade (HUBER; KLEINDL, 2010). Durante a execu��o no slackline h� uma rela��o direta entre a din�mica corporal e a din�mica externa proporcionada pela fita que se move em resposta � aplica��o de for�as e ao desequil�brio do corpo. H� um atraso natural na resposta motora devido ao tempo de processamento da informa��o pelo sistema nervoso, e a adapta��o da correta quantidade de for�a aplicada para estabiliza��o e controle motor sobre a fita (PAOLETTI; MAHADEVAN, 2012). Nesse esporte corpo e mente articulam-se como unidade insepar�vel conscientizando sobre os limites e criando alternativas para super�-los. Um estudo feito por MAHAFFLEY em 2009 demonstra que uma das tarefas mais importantes do sistema do controle postural humano � o equil�brio do corpo sobre a pequena base de apoio fornecida pelos p�s. Os resultados desse estudo apontam correla��o entre a varia��o da �rea de deslocamento do centro de gravidade e o centro de press�o. No slackline isso indica que o controle sobre o ponto de apoio dos p�s na fita influencia fortemente a obten��o do equil�brio na fita (SEGAL; 2006).

Concentra��o:

A concentra��o � important�ssima no slackline, pois sem ela o praticamente n�o consegue permanecer em cima da fita (KELLER; 2012). Devido ao esporte exigir muito equil�brio do corpo, automaticamente a concentra��o � trabalhada. Se a mente n�o estiver focada na postura corporal o praticamente cai da fita (PAOLETTI, MAHADEVAN; 2012). O equil�brio emocional tamb�m � estimulado atrav�s da dedica��o, tentativas, quedas e repeti��es, refor�ando a autoestima e encorajamento quanto ao medo e vergonha, fatores estes que podem afastar o indiv�duo do esporte. (MAHAFFLEY; 2009)

Psicol�gicos:

A pr�tica do slackline estimula as capacidades cognitivas, como o desenvolvimento do racioc�nio l�gico al�m de exercitar a capacidade de planejamento e aprimorar compet�ncias como a aten��o, disciplina e determina��o (PORTELA, 2011). Segundo HEIFRICH et al. 2012, os benef�cios mentais s�o semelhantes aos oferecidos no yoga, trabalhando calma e concentra��o de forma gradativa e continua.

Posturais:

Cada pessoa possui caracter�sticas individuais de postura que podem ser influenciadas por alguns fatores, anomalias cong�nitas, adquiridas, m� postura, obesidade, m� alimenta��o, atividades f�sicas sem orienta��o entre outras (GUYTON; HALL, 1998). Uma boa postura ajusta nosso sistema musculoesquel�tico distribuindo e equilibrando todo o esfor�o de nossas atividades di�rias favorecendo a menor sobrecarga em cada segmento corporal (LAZZAROTTI et al. 2010).

    Os benef�cios posturais oferecidos pelo slackline se d�o gra�as ao envolvimento de diversos grupos musculares na cintura p�lvica e escapular durante o exerc�cio (HUBER, KLEINDL; 2010). Nas mulheres, al�m de prevenir a incontin�ncia urin�ria e prolapso, a melhoria da regi�o p�lvica traz benef�cios durante a gravidez, aux�lio no trabalho de parto e recupera��o do per�neo (PORTELA, 2011).

Musculares:

� muito comum durante a pr�tica de atividade f�sica os agrupamentos musculares se dividirem entre os que realizam o movimento, os que v�o auxiliar ou estabiliz�-lo e os que se op�em ao mesmo (POWERS; 2005). Sendo assim os agonistas s�o aqueles m�sculos que realizam o movimento, sinergistas os que auxiliam e estabilizam e antagonistas os que se op�em a a��o (LAZZAROTTI et al. 2010). O perfeito funcionamento entre esses grupos musculares resultam em um forte fator de prote��o contra tor��es articulares, principalmente de tornozelo e joelhos. Al�m disso, ato de subir na fita, recebe in�meros est�mulos proprioceptivos, aumento nas percep��es de localiza��o e espa�o, na forma est�tica e principalmente na forma din�mica (DONATO et al.; 2008). O slackline exige uma otimiza��o no uso da musculatura agonista, sinergista e antagonista, e quanto mais ele desenvolver sua habilidade de se manter sobre a fita, mais aumentar� a capacidade de responder a um est�mulo, e quanto mais r�pido consegue reagir a um est�mulo, mais tempo consegue ficar sobre a fita, gerando um ciclo virtuoso onde, ao final, o praticante estar� mais protegido de les�es torcionais n�o traum�ticas (PORTELA, 2011).

For�a:

Entre os principais benef�cios oferecidos pelo slackline, destacam-se a melhoria no controle corporal e coordena��o motora (KELLER; 2012). Seus efeitos positivos em rela��o ao fortalecimento de articula��es se assemelham aos treinamentos funcionais (MAHAFFEY, 2009). Durante a execu��o, muitos m�sculos s�o solicitados. O quadr�ceps e gl�teo para a tarefa de atravessar a fita, e os m�sculos mais internos e os estabilizadores logo em seguida com o balan�ar do praticante na travessia (POWERS; 2005).Devido ao modo com que os m�sculos s�o trabalhados, o esporte age de forma profil�tica nos epis�dios de les�es em membros inferiores diminuindo novos surgimentos ou amenizando complica��es (HUBER, KLEINDL; 2010)

Conclus�o

    O Slackline vem se desenvolvendo de forma muito ampla, fomentando al�m da profissionaliza��o, se tornando um potencial grande de mercado. Hoje se apresenta como um elemento constituinte da cultura corporal de movimento em dimens�o mundial, influenciando nos h�bitos de lazer e esportivos. Mediante a este cen�rio torna-se fundamental novos estudos envolvendo diferentes especialidades do meio esportivo que apresentem de forma clara como o slackline est� se configurando nos dias de hoje, conhecer a perspectiva de seus adeptos, as exig�ncias do esporte no �mbito fisiol�gico, psicol�gico, nutricional entre outros e com isso sejam elaboradas diversas estrat�gias para suportes futuros.

Referencias

  • BARTHOLDO, T. L.; ANDRADE, M. V. P. Esportes Radicais. Praticando o slackline. Col�gio de Aplica��o da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. 2011.

  • CBER- CONFEDERA��O BRASILEIRA DE ESPORTES RADICAIS, Dispon�vel em: http://www.cber.com.br/, Acesso em 15 dez 2014.

  • DONATTO, M.P. et al. Compara��o das medidas antropom�tricas entre atletas, Revista Brasileira de Obesidade, Nutri��o e Emagrecimento. S�o Paulo, v.2, n. 8, p.89-95, 2008.

  • GUYTON, A. C; HALL, J. E. Fisiologia humana e mecanismos das doen�as. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.

  • HEIFRICH, J. et al. The history of slacklining. Dispon�vel em http://www.slackline-tools.com/know-how/history/ Acesso em 09 dez. 2014.

  • HUBER, P. KLEINDL, R. A case study on balance recovery in slacklining: 28� International Conference on Biomechanics in Sports. Human Performance Research Graz, University & Medical University of Graz, Austria, 2010.

  • KELLER, M. et al. Improved postural control after slackline training is accompanied by reduced H-reflexes. J. of Med. and Science in Sport, v.22, n.4, p. 471-477, 2012.

  • LAZZAROTTI, F.A. et al. O termo pr�ticas corporais na literatura cient�fica brasileira e sua repercuss�o no campo da Educa��o F�sica. Rev. Bras. Ci�nc. Movimento, Porto Alegre, v. 21, n. 1, p.33-42, 2010.

  • MAHAFFLEY, B. J. Physiological effects of slacklining on balance and core strength. Exercise and Sport Science. Physical Education, 2009.

  • PAOLETTI, P.; MAHADEVAN, L. Balancing on tightropes and slacklines. Journal of the Royal Society, Harvard University, Cambridge, United States. 2012.

  • PORTELA, T. R. O efeito de um treino em superf�cies inst�veis (2010). Dispon�vel em URL: http://sigarra.up.pt/fadeup/publs_pesquisa.FormView?P_ID=20365, Acesso em 15 dez. 2014.

  • POWERS, S. K. Fisiologia do exerc�cio: teoria e aplica��o ao condicionamento e ao desempenho. Barueri Manole, 2005.

  • SEGAL, K.R. Use of bioeletrical impedance analysis measurements as an elevatuation for participating in sports. Clin. Nutri. California, v.9, n.15, p-118-124, 2006.

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Lecturas: Educaci�n F�sica y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados

Qual o objetivo principal do Slackline?

O Slackline é um esporte que consiste em equilibrar-se em cima de uma fita suspensa entre dois pontos fixos. Seu objetivo é atravessar esse percurso se equilibrando, possibilitando treinar o corpo, melhorar o equilíbrio e concentração (HEIFRICH et al.

O que e mais importante para a prática do Slackline?

Força, equilíbrio e concentração são os principais requisitos exigidos para a prática do slackline, modalidade em que o praticante precisa se equilibrar em cima de uma corda e fazer manobras sobre ela.

Qual e a definição de Slackline?

O Slackline, também conhecido como corda bamba, significa "linha folgada" e pode ser comparado ao cabo de aço usado por artistas circenses, porem sua flexibilidade permite criar saltos e manobras inusitadas.

Quais são as principais vantagens da prática do Slackline?

Mais força muscular, flexibilidade, consciência corporal e coordenação motora. Esses são alguns dos benefícios do slackline, modalidade que começa a ganhar as academias. Nada como um esporte ser encarado também como prática de lazer.