Descreva as mudanças econômicas ocorridas nos Estados Unidos após a guerra

Em 1914, o estouro da Primeira Guerra Mundial determinou o consumo de uma tensão que se desenvolvia entre as nações da Europa desde o século XIX. Antes da guerra, os Estados Unidos defendiam a política de “portas abertas” como a melhor solução para a forte concorrência imperialista. Nesse âmbito, as autoridades do governo dos EUA acreditavam que todos os imperialistas tinham direitos iguais na exploração dos territórios afro-asiáticos.

Apesar dessa premissa conciliadora, os países europeus preferiam a guerra como solução. Nesse novo contexto, os Estados Unidos passaram a lucrar à custa da Primeira Guerra Mundial. Em um curto espaço do tempo, as nações europeias necessitavam de enormes quantidades de alimentos e armas para o conflito. Mesmo que permanecendo neutro, por uma questão de interesse e afinidade, o governo norte-americano exportava seus produtos apenas às nações integrantes da Tríplice Entente.

O comportamento solidário dos EUA logo se aprofundou, principalmente quando observamos o empréstimo de recursos financeiros para a guerra na Europa. Até esse momento, o conflito se transformava em um evento bastante lucrativo e benéfico para a economia norte-americana. No âmbito político, os Estados Unidos esperavam que a nação pudesse se fortalecer ainda mais ao possivelmente assumir a condição de intermediadora dos tratados de paz.

Tais projeções mudariam de rumo no ano de 1917. Naquele ano, os russos abandonaram a Tríplice Entente com o desenvolvimento da Revolução Russa. Para as potências centrais, essa seria a oportunidade ideal para vencer o conflito. Não por acaso, os alemães puseram em ação um ousado plano de atacar as embarcações que fornecessem mantimentos e armas para a Inglaterra. Nesse contexto, navios norte-americanos foram alvejados pelos submarinos da Alemanha.

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Nesse momento a neutralidade norte-americana se tornava insustentável por duas razões fundamentais. Primeiramente, porque a perda das embarcações representava uma clara provocação que exigia uma resposta mais incisiva do governo americano. Além disso, a saída dos russos aumentava o risco da Tríplice Entente ser derrotada e, consequentemente, dos banqueiros estadunidenses não receberem as enormes quantidades de dinheiro emprestado aos países em guerra.

No dia 6 de abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra contra os alemães e seus aliados. Um grande volume de soldados, tanques, navios e aviões de guerra foram utilizados para que a vitória da Entente fosse assegurada. Em pouco tempo, as tropas alemãs e austríacas foram derrotadas. Em novembro de 1918, o armistício de Compiègne acertou a retirada dos alemães e a rápida vitória da Tríplice Entente.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

A Guerra de Secessão, ou Guerra Civil Americana, aconteceu nos Estados Unidos entre os estados do Norte e os estados do Sul, de 1861 a 1865. Esse conflito foi iniciado quando os estados do Sul separaram-se da União e formaram os Estados Confederados da América. A Guerra de Secessão foi motivada pela divergência que havia entre os dois grupos a respeito da abolição da escravatura e da extensão dos novos territórios que estavam sendo ocupados no oeste.

Tópicos deste artigo

  • 1 - Antecedentes
  • 2 - Abraham Lincoln e a Guerra Civil
  • 3 - Mapa Mental: Guerra de Secessão
  • 4 - Derrota sulista

Antecedentes

Durante a década de 1850, os Estados Unidos eram uma “nação dividida” entre os estados do Norte e os estados Sul. Apesar de haver algumas concordâncias e similaridades entre os lados a respeito da política imperialista dos Estados Unidos, havia também uma enorme discordância acerca do modelo de sociedade com o qual os novos territórios seriam povoados.

O Norte era caracterizado pelo desenvolvimento de uma forte indústria, defensor do trabalho livre assalariado e composto por uma forte classe média urbana. O Sul, por outro lado, possuía uma economia basicamente agrícola, voltada para a produção de algodão no sistema de plantation, com utilização extensa do trabalho escravo.

A grande divergência entre os dois lados durante a década de 1850 girava em torno da questão da política a ser adotada nos novos territórios que haviam sido conquistados. O Sul defendia a extensão do modelo escravista para os novos territórios, e o Norte defendia que os novos territórios deveriam ser constituídos com a proibição da escravidão.

Essa disputa entre Norte e Sul relacionada ao uso da mão de obra escrava intensificou-se a partir da ocupação do Nebraska e do Kansas. O presidente americano Franklin Pierce mostrou-se favorável à extensão da escravidão para o Kansas, e isso gerou grande insatisfação na ala abolicionista. A disputa no Kansas, inclusive, levou a pequenos conflitos armados entre milícias de abolicionistas e escravocratas no final da década de 1850.

Abraham Lincoln e a Guerra Civil

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Primeira bandeira confederada, utilizada pelos separatistas de março a maio de 1861

A rivalidade entre a ala abolicionista e a ala escravocrata alcançou o debate presidencial nas eleições de 1860. O principal representante dos democratas era Stephen Douglas, e os republicanos estavam representados por Abraham Lincoln. A vitória de Abraham Lincoln nas eleições de 1860 gerou grande insatisfação no Sul.

O presidente Abraham Lincoln mantinha uma postura ambígua a respeito da escravidão, pois era um defensor da abolição da escravatura, porém acreditava que a “raça branca” era naturalmente “superior”. Além disso, Lincoln afirmava que não aboliria a escravidão nos locais em que ela já existisse e defendia a sua manutenção exclusivamente no Sul, ou seja, era contrário a sua expansão para os novos territórios, como o Kansas. A postura de Lincoln recebeu críticas dos dois lados: os nortistas consideravam-no muito conservador, enquanto os sulistas consideravam-no um abolicionista radical, mesmo Lincoln adotando medidas conciliatórias.

A insatisfação dos estados sulistas com a presidência de Abraham Lincoln relacionava-se à questão da escravidão e motivou-os a rebelarem-se contra o governo americano. Os sulistas passaram a defender um discurso separatista, e, como consequência, o Sul acabou declarando sua desvinculação da União e formação de uma nova nação, conhecida como Estados Confederados da América. A eleição de Lincoln e a separação dos estados sulistas foram, portanto, os estopins para o início da Secessão em 1861.

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Ilustração representa os soldados da União defendendo o Forte Sumter do ataque confederado em 1861

O primeiro estado sulista a separar-se da União foi Carolina do Sul, que foi seguido por Alabama, Flórida, Mississipi, Geórgia, Texas e Luisiana. O ataque que marcou o princípio da guerra civil também foi realizado pelos sulistas contra um forte da União (Forte Sumter), instalado em Charleston, na Carolina do Sul. Lincoln – que afirmava que não aceitaria nenhum tipo de separatismo – convocou os exércitos para lutar contra os separatistas e reintegrá-los à nação.

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A convocação dos exércitos da União por Lincoln fez com que outros estados sulistas declarassem sua secessão e se vinculassem com os confederados: Virgínia, Arkansas, Carolina do Norte e Tennessee. A resposta de Lincoln ao ataque no Fort Sumter, em Charleston, veio com o envio de 80 mil soldados. A partir disso, a Guerra Civil Americana espalhou-se pela nação.

Mapa Mental: Guerra de Secessão

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* Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

No início do conflito, o Norte possuía uma larga vantagem em relação ao Sul: os nortistas possuíam maior contingente militar, uma economia muito mais desenvolvida e melhor infraestrutura. Apesar disso, os sulistas alimentavam um forte otimismo em suas capacidades. Além disso, os sulistas contavam com a liderança de importantes estrategistas militares, como o general Robert E. Lee.

A Guerra Civil Americana foi o pior conflito da história dos Estados Unidos. As batalhas realizadas em campo aberto transformaram-se em verdadeiros massacres, com milhares de soldados morrendo, por exemplo, na Batalha de Gettysburg, na qual cerca de 30 mil sulistas morreram em poucos dias de confronto.

Derrota sulista

Os sulistas foram derrotados pelos nortistas à medida que sua economia foi sendo sufocada pelas ações impostas por Abraham Lincoln. A falta de apoio estrangeiro e o embargo marítimo, que impediu a entrada de mercadorias no Sul, acabaram destruindo a economia sulista. A crescente precariedade dos Confederados fez com que cerca de um terço do exército desertasse.

Além disso, a partir da “Lei do Confisco”, os nortistas foram reavendo o controle sobre territórios anteriormente controlado pelos sulistas. Isso fez com que propriedades de sulistas fossem confiscadas por nortistas, o que favoreceu a fuga de escravos (que eram libertados caso fossem resgatados pelos nortistas). A fuga dos escravos intensificou o desmoronamento do sistema escravista e da economia sulista.

Assim, a guerra que havia começado em nome da integridade territorial da União acabou tomando novo significado na luta pelo fim da escravidão. A nova postura de Lincoln, então, foi motivada principalmente por fins políticos, ao perceber que a defesa da abolição poderia aumentar sua popularidade tanto nos Estados Unidos como na Europa.

A abolição da escravidão nos Estados Unidos foi decretada em 1º de janeiro de 1863 com a Lei de Emancipação dos Escravos e foi reafirmada com a promulgação da 13ª Emenda Constitucional em 1865, após o fim da guerra. A Secessão oficialmente terminou em maio de 1865, com a derrota dos sulistas, sua reintegração à União e com a abolição definitiva da escravidão no país.

A Guerra de Secessão custou aos Estados Unidos mais de 600 mil vidas – mais do que qualquer outra guerra na história americana – e gerou grande destruição no Sul do país. A respeito dessa guerra, também se pode afirmar que:

O conflito também serviu para criar o mito de Lincoln como grande estadista defensor da liberdade, forjar certo sentimento de identidade nacional baseada na superioridade do “mundo” do Norte, abrir caminho para o surgimento de determinadas leis comuns e definir a trilha histórica de um país unificado a partir das armas1.

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FERNANDES, Luiz Estevam e MORAIS, Marcus Vinícius de. Os EUA no século XIX. In.: KARNAL, Leandro (org.). História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2008, p.136.

Por Daniel Neves
Graduado em História

Quais as mudanças econômicas ocorridas nos Estados Unidos após essa guerra?

Após a guerra, os territórios do Oeste foram incorporados ao novo Estado unificado e possibilitaram a construção de estradas de ferro, linhas de telégrafo e cidades. Como a União venceu a guerra, o modelo industrialista do Norte se tornou hegemônico nos Estados Unidos e guiou o desenvolvimento econômico do país.

Qual era a situação dos Estados Unidos após a guerra?

O período do pós-guerra nos Estados Unidos foi um de crescimento, paz e prosperidade. Porém, durante o final das décadas de 1960 e 1970, vários conflitos sociais irromperam no país. Em meados da década de 1960, tumultos começaram a surgir em regiões habitadas por negros.

Como estava a economia americana após a Primeira Guerra Mundial?

O colapso das bolsas de valores, dos preços e da produção ao redor do mundo foi nada menos que espetacular. Na América do Norte e na Europa as vendas em todos os ramos do atacado e do varejo despencaram assustadoramente, roubando de uma hora para outra o sustento de milhões de trabalhadores arremessados ao desemprego.

Quais foram os resultados da Guerra Civil dos Estados Unidos da América?

Vitória da União:.
Dissolução dos Estados Confederados..
Integridade territorial dos Estados Unidos preservada..
Escravidão abolida..
Início da Era da Reconstrução..
Aprovação e ratificação das 13. ª, 14. ª e 15. ª Emendas à Constituição dos Estados Unidos..