Depoimentos de quem já tirou o útero

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  • Debora Marques da Silva Torres - C�ncer de Colo do �tero
    Aos 38 anos de idade, ap�s perder uma tia com c�ncer de p�ncreas, durante consulta e exames de rotina, recebi o diagn�stico de c�ncer no colo do �tero.

Anualmente, desde 2008, venho fazendo meus exames ginecol�gicos. Em 2013 tive meu segundo filho e, em agosto de 2014, coloquei um DIU.

Em agosto de 2015, fiz meus exames ginecol�gicos num hospital especializado em c�ncer, numa campanha que fizeram e o resultado foi ok, segundo uma médica, mas me pediram que retornasse em janeiro para acompanhamento, o que me deixou confusa, porém, ap�s esta consulta, ainda em agosto, minha tia descobriu um c�ncer no p�ncreas, em estado avan�ado e com met�stase, no qual os médicos deram 4 meses de vida; ela viveu 6 e em fevereiro de 2016, ela nos deixou.

Ap�s este baque, em abril, comecei a fazer meus exames novamente, no qual finalizei em agosto por conta dos sangramentos fora de época (que achava serem por causa do DIU).

No dia 31 de agosto, quando peguei todos os resultados que faltavam, fui ao ginecologista e recebi o diagn�stico de c�ncer no colo do �tero e fiquei sabendo que teria que tirar o meu �tero. Estava sozinha com o médico na sala, foi como se fosse ao céu e inferno ao mesmo tempo.

Naquele dia, meu marido estava de plant�o no trabalho e tivemos que conversar por telefone, mas eu estava estranhamente tranquila e n�o falei a verdade. Na manh� do outro dia marquei a consulta com o cirurgi�o oncol�gico, j� para o dia seguinte e foi ent�o, nesta consulta, acompanhada do meu marido, que a minha ficha caiu.

O médico verificou meus exames com todo cuidado, me ouviu, fez alguns questionamentos e confirmou com muita cautela o meu diagn�stico. Entrei em p�nico... ele me explicou como seriam todos os processos, me solicitou uma série de exames (estadiamento) e me encaminhou para a �rea humanizada do hospital.

Ap�s esta consulta fiquei muito mal, mesmo tentando ser forte (pois estava com meu marido) e no outro dia, foi o pior para mim, porque tive uma crise de p�nico e queria que o mundo acabasse.

Porém,  estava escutando uma r�dio qualquer e come�ou a tocar uma m�sica que falava "pra quem tem fé a vida nunca tem fim" e eu achei que fosse um sinal, que precisava lutar, afinal havia passado 3 dias, ainda estava viva e tudo que havia conquistado até ali ainda me acompanhava e eu tinha 2 filhos, marido, fam�lia e amigos que precisavam de mim.

Em 2 dias eu fiz todos os exames, no nono dia estava com tudo pronto e j� sa� da sala do meu médico com a cirurgia marcada.

Amanh� completa 2 meses que recebi a not�cia mais dif�cil da minha vida e pouco mais de 1 m�s que fiz uma histerectomia total e uma linfadenectomia pélvica, a qual ainda estou me recuperando, para dar in�cio aos meus tratamentos de radioterapia, quimioterapia e braquiterapia, que devem durar em torno de 2 meses.

N�o vou mentir, tem dias que estou péssima e n�o quero ver e nem falar com ninguém, mas n�o acho justo com aqueles que est�o ao meu lado e me apoiando, que s�o muitos, e também, n�o é justo comigo.

Estou sendo tratada por 4 médicos atualmente e o que me acompanha é o que fez a minha cirurgia; ele virou um grande amigo, tenho total confian�a no seu trabalho e em tudo que me passa; ele que me d� for�as para que siga meus tratamentos com os outros médicos e que me d� esperan�a de ter minha vida de volta, ter um futuro.

Acabei de fazer todos os exames pré tratamento e devo iniciar daqui 10 dias. Sei que n�o ser� um per�odo f�cil, que os tratamentos me trar�o consequ�ncias irrevers�veis na qual terei que me tratar praticamente para sempre, mas sei que é necess�rio para a minha cura.

De todo este processo, o que mais me incomoda, é o espanto das pessoas ao me verem bem, ao me verem otimista, sorridente e com planos para o futuro, mas sei que é o estigma do c�ncer, ent�o, por mim, por todos que est�o passando por isso, luto diariamente, para mostrar que é poss�vel, mesmo com todas as dificuldades que nos s�o apresentadas; que existe vida p�s c�ncer.

E acima de qualquer doen�a, tenho fam�lia, amigos queridos e muita fé. Ent�o, que venham os pr�ximos passos, pois sei que n�o estou sozinha.


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Entender as mudanças físicas que podem ocorrer com uma histerectomia pode ajudar a gerenciar suas expectativas. Aqui estão cinco perguntas para você fazer ao seu médico/médica.

Uma histerectomia é uma cirurgia ginecológica comum, mas os fatos sobre esse procedimento nem sempre são comunicados com clareza. Em uma pesquisa da American Urogynecologic Society com mais de 1.200 mulheres, 30% dos entrevistados não sabiam que a remoção do útero parava a menstruação, e 13% pensavam erroneamente que uma mulher ainda poderia engravidar depois de uma histerectomia.

Antes de decidir fazer uma histerectomia, é importante saber como seu corpo mudará após o procedimento. Aqui estão cinco perguntas comuns para perguntar ao seu médico – as respostas exatas dependerão do tipo de cirurgia que você e seu médico decidirem ser o melhor tratamento para você.

1. Terei uma cicatriz depois de uma histerectomia?
Não necessariamente, diz Dra. Linda Bradley, vice-presidente de obstetrícia e ginecologia da Cleveland Clinic, em Ohio. Quatro das cinco opções cirúrgicas de histerectomia disponíveis são minimamente invasivas. Esses incluem:

Histerectomia vaginal: Esta é a cirurgia minimamente invasiva, com o útero removido pela vagina. Não há cicatrizes visíveis.

Histerectomia supracervical laparoscópica: Três a quatro pequenas incisões são feitas no abdome neste procedimento cirúrgico. Através deles, o médico insere um tubo fino e iluminado com uma câmera (laparoscópio) para ver dentro da pélvis; o útero é seccionado em pequenos pedaços que são removidos pelas incisões.

Histerectomia vaginal assistida por laparoscopia: Este procedimento requer pequenas incisões abdominais e uma incisão vaginal. Um laparoscópio e outros instrumentos cirúrgicos são inseridos nas incisões abdominais e o útero é removido pela vagina.

Histerectomia assistida por robô: Este tipo de procedimento de histerectomia, realizado com o auxílio de um computador e robótica, envolve pequenas incisões abdominais.

A quinta opção cirúrgica é uma histerectomia abdominal, a abordagem tradicional. Este procedimento é a cirurgia mais invasiva com a cicatriz mais perceptível. Neste procedimento, o útero é removido através de uma grande incisão no abdômen – um corte horizontal ao longo da linha do biquíni, ou uma incisão vertical, se necessário.

Com o tempo, as cicatrizes de uma histerectomia geralmente ficam mais claras, mas a pele nunca será exatamente a mesma. Algumas mulheres são propensas a quelóides, um espessamento do tecido cicatricial, diz Dra. Bradley.

2. Quanta dor devo esperar depois de uma histerectomia?
A dor também depende da opção cirúrgica de histerectomia a que você se submete. A maioria das mulheres com histerectomia laparoscópica ou vaginal sente dor por duas a três semanas. Algumas mulheres têm menos dor após a histerectomia vaginal assistida por laparoscopia do que depois de uma histerectomia vaginal básica, de acordo com uma pesquisa que apareceu no Journal of Minimallynlyly Invasive Gynecology em 2013. Com histerectomia abdominal, a dor pode durar de três a cinco semanas.

A quantidade de dor e cicatrizes também depende do que exatamente é removido durante a histerectomia, que deve basear-se na sua razão para ter o procedimento, a experiência do seu cirurgião e o equipamento cirúrgico disponível. Por exemplo, apenas seu útero pode ser removido ou seu colo do útero pode ser retirado também. Ou se você tiver câncer de colo de útero, por exemplo, pode precisar de uma histerectomia radical, que também retira tecido de cada lado do colo do útero e da parte superior da vagina. Cada um desses procedimentos pode ter um efeito diferente após a cirurgia, quando se trata de quanta dor você experimenta.


3. Qual é o risco de complicações após uma histerectomia?

Embora a maioria das mulheres não tenha problemas de saúde durante ou após a cirurgia, os riscos podem incluir:

– Lesão de órgãos próximos
– Problemas de anestesia, como problemas respiratórios ou cardíacos
– Coágulos de sangue nas pernas ou pulmões
– Infecção
– Sangramento pesado
– Menopausa precoce, se os ovários forem removidos
– Dor durante a relação sexual

Dra. Bradley pede que as mulheres, considerando uma histerectomia, falem com seus médicos sobre ter o procedimento minimamente invasivo possível, especialmente aqueles que não estão com um peso saudável. Mulheres com excesso de peso que têm cirurgia abdominal para condições não cancerosas estão em maior risco de sangramento e infecção do que mulheres com peso normal, de acordo com um estudo publicado na revista Human Reproduction em 2011. Também foi encontrado que mulheres com baixo peso tiveram mais complicações com cirurgia abdominal e laparoscópica.

4. Devo esperar sintomas da menopausa após uma histerectomia?
A menopausa ocorre quando os ovários param de produzir os hormônios estrogênio e progesterona, que regulam a menstruação. A menos que você tenha seus ovários removidos durante uma histerectomia devido a um motivo médico, você provavelmente não entrará na menopausa precoce. Mas enquanto a maioria das mulheres não experimenta a menopausa precoce após uma histerectomia, algumas mulheres podem, mesmo se mantiverem um ou ambos os ovários, segundo um estudo da Duke University publicado na revista Obstetrics & Gynecology em dezembro de 2011. Os pesquisadores não têm certeza se é a cirurgia em si ou a condição subjacente que leva a uma histerectomia que causa menopausa precoce em alguns casos.

Se seu médico achar que você está em risco de desenvolver câncer de ovário, seus ovários também podem ser removidos, diz Bradley, embora isso não seja comum. E se seus ovários forem removidos e você estiver na pré-menopausa, você provavelmente entrará em menopausa abrupta. Ondas de calor, suores noturnos e outros sintomas podem ocorrer. Terapia de reposição de estrogênio pode ajudar a aliviar esses problemas relacionados a histerectomia, diz Bradley. No entanto, há alguma preocupação de que tomar estrogênio pode aumentar o risco de câncer de mama se você tiver mais de 45 anos.


5. Ainda vou gostar de sexo depois de uma histerectomia?

As mulheres muitas vezes relatam sexo melhor após uma histerectomia, diz Dra. Bradley, porque o procedimento alivia a dor ou o sangramento intenso, e porque elas não precisam mais se preocupar com uma possível gravidez indesejada. Algumas mulheres que também têm o colo do útero removido, no entanto, podem experimentar uma queda na testosterona e possível disfunção sexual. Não hesite em discutir os efeitos colaterais e riscos sexuais com seu médico antes de prosseguir com uma histerectomia.

Dra. Bradley incentiva as mulheres a trabalharem com seus médicos para evitar a histerectomia. Mas quando todas as outras alternativas de tratamento estão esgotadas, a histerectomia pode ajudar – muitas mulheres ficam aliviadas por estarem sem dor, especialmente se não estiverem preocupadas com a fertilidade.

Fonte: https://www.everydayhealth.com/hs/hysterectomy/your-body-after-hysterectomy/?eh_uid=84641190&slot=2&xid=nl_EHNLwomenshealth_2019-01-24_15796961&utm_source=Newsletters&nl_key=nl_womens_health&utm_content=2019-01-24&utm_campaign=Womens_Health

Tradução e adaptação: Redação CDD

Quais as desvantagens de retirar o útero?

A histerectomia provoca a menopausa precoce, o que acarreta na diminuição dos hormônios sexuais. É possível que a mulher passe a ter menos libido e sinta algum desconforto durante a relação sexual, pois há diminuição na lubrificação.

Como fica o corpo quando tira o útero?

A vagina é encurtada, mas a área em torno do clitóris e revestimento da vagina, geralmente, permanecem tão sensíveis quanto antes. Entretanto, algumas mulheres se sentem menos femininas após uma histerectomia. Elas podem sentir um "vazio" ou não se sentirem realmente uma mulher.

Quais as vantagens e desvantagens da retirada do útero?

A desvantagem é que esse método geralmente é mais doloroso. Uma histerectomia vaginal envolve fazer uma incisão na parte superior da vagina e remover o útero através da vagina. As vantagens desse método são menos dor, menor tempo de internação e ausência de cicatriz visível.

Quando tira o útero emagrece?

As mulheres que realizaram histerectomia por miomas uterinos volumosos podem mesmo ter uma diminuição do volume abdominal, levando à sensação de emagrecimento. Em relação a vida sexual, após a histerectomia, as relações não sofrem alteração na vida da mulher.