Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história

Local, preferido de grandes nomes da cultura brasileira como Olavo Bilac e Machado de Assis, começou a se consagrar por causa de uma desavença causada pelo recheio de uma empada.

Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história

Confeitaria Colombo completa 125 anos de fundação

A Confeitaria Colombo, um dos estabelecimentos mais tradicionais do Rio de Janeiro, completa 125 anos de história nesta terça-feira (17). O local, que era o preferido de grandes nomes da cultura brasileira como Olavo Bilac e Machado de Assis, começou a se consagrar entre os cariocas por causa de uma desavença causada pelo recheio de uma empada.

“Essa briga aconteceu fora daqui, lá no Café Pascoal. E foi Olavo Bilac, saiu de lá chateado e veio para a Colombo atendendo um convite do nosso fundador e criador da frase: ‘o freguês tem sempre razão’”, destacou Marcelo de Souza Teixeira, maître da confeitaria.

Entrar na Colombo é como voltar no tempo. Os frequentadores ficam encantados com o piso português, as prateleiras cheias de cristais e os espelhos belgas de meia tonelada.

Em 1919, a confeitaria passou por uma reforma e ganhou um segundo andar, com uma claraboia francesa. O elevador, da época, funciona até hoje.

O sorvete da Colombo encantou a Rainha Elizabeth, da Inglaterra, em um banquete em 1968. No balcão, bolinhos de bacalhau, coxinhas, camarões empanados e pastéis.

Confeitaria Colombo completa 125 anos de história — Foto: Reprodução/ TV Globo

Bastidores

Os quitutes da confeitaria são produzidos por uma equipe que começa a trabalhar ainda de madrugada. São mais de 20 pessoas, que utilizam cerca de 300 kg de farinha e 2,5 mil ovos por dia.

“É bastante gente trabalhando. São divididos em bancadas, em ilhas, por causa do volume de produção. Mas a galera é bem organizada”, explicou Thiago Faro, chefe de cozinha.

Funcionário mais antigo

O trabalhador mais antigo da Colombo é Orlando Duque, que é garçom há 67 anos. Entre os milhares de clientes que já atendeu, um deles se destaca na memória, ao ponto dele lembrar até o local onde ele costumava se sentar.

“Era o nosso ex-presidente Getúlio Vargas. Eu era garoto ainda, servia cafezinho a Getúlio Vargas. Mas além de Getúlio Vargas, eu servi também Juscelino Kubistchek, Tancredo Neves. São várias personalidades, como artistas brasileiros e artistas estrangeiros como Rock Hudson, Gina Lollobrigida. Eu digo sempre que a celebridade aqui chama-se Confeitaria Colombo, ela é que é a celebridade”, explicou Duque.

Segundo andar da Confeitaria Colombo, inaugurado em 1919 — Foto: Reprodução/ TV Globo

  • Rio de Janeiro

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Fundada em 1894, a Confeitaria Colombo faz história no Rio de Janeiro, sendo considerada até hoje uma das mais respeitadas casas comerciais do país. Tombada como patrimônio cultural e artístico da cidade, a confeitaria está totalmente ligada com a história urbana do Rio de Janeiro. Conforme a cidade crescia, a confeitaria ia se fortalecendo como ponto de encontro social, inclusive de grandes nomes da literatura, como Olavo Bilac e Machado de Assis.

Além dos doces e salgados, arquitetura da confeitaria atrai turistas de todos os cantos. Com décor art nouveau, com muitos espelhos de cristais trazidos da Bélgica, mármores, piso e mobiliário em jacarandá, o design da Confeitaria Colombo é inspirado na fase da Belle Èpoque do Rio de Janeiro, com visual que remete aos costumes franceses da época. Tanto que em 1922, a Confeitaria Colombo trouxe da França a icônica claraboia e também o elevador, um dos primeiros do Rio.

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Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história
Foto: Divulgação / Confeitaria Colombo
Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história
Foto: Divulgação / Confeitaria Colombo

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A linda Confeitaria Colombo

A Confeitaria Colombo possui vários ambientes. Assim que entrar no edifício histórico, você chega ao Bar Jardim, um espaço onde parece que o tempo parou. Dá gosto fazer um lanche sobre as charmosas mesinhas do início do século passado. É o cenário perfeito para um café e um momento de descanso.

Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história
Foto: Equipe Quanto Custa Viajar

O cardápio servido nesse ambiente é BEM grande e tem opções para todos os gostos. Salgados variados, recheados com carne, frango, peixe e vegetarianos partem de R$ 9,90, preço de um pastel de carne, chegando até R$ 29,90, caso opte por um camarão empanado com queijo, por exemplo.

Os sanduíches são servidos acompanhados de salada ou batata frita, com valores que vão de R$ 29,50 a R$ 51, tudo depende da escolha. Os chás especiais, torradas e waffles compõem um café da manhã com cara de brunch. As sobremesas e os doces da Confeitaria Colombo são outro espetáculo para deixar qualquer turista apaixonado.

Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história
Foto: Divulgação / Confeitaria Colombo

Destaque para as opções de café da manhã, que são combos especiais para você sair rolando da confeitaria. O mais pedido é o Café Colombo Especial (R$ 54,50) que tem café ou chá ou chocolate, croissant ou baguete, queijo prato, presunto, geleia da casa, pasta de queijo branco, mel, manteiga, uma torrada Petrópolis, dois casadinhos, um bolinho, iogurte natural, granola, uma salada de frutas, um suco de laranja e leite quente ou frio.

Os preços da Confeitaria Colombo são, sim, mais elevados dos que os das demais padarias da região. Mas, você não está pagando apenas pelo alimento, mas sim pela experiência de conhecer um lugar com mais de 120 anos de história no Rio de Janeiro.

Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história
Foto: Wikimedia Commons

Além do espaço do Bar Jardim, a confeitaria ainda tem o Salão Bilac, que recebe esse nome em homenagem a Olavo Bilac, assíduo frequentador da Colombo. O salão conta com um ambiente exclusivo e agradável indicado para os clientes que procuram uma refeição mais rápida sem abrir mão da qualidade e sabor.

No mezanino fica o Salão Cabral, criado em 2005 após uma restauração no prédio histórico. O espaço fica aberto de segunda a sexta, no horário de almoço.

Já o Salão Cristóvão, no segundo andar, atende aos mais exigentes paladares com um buffet de saladas, pratos quentes e sobremesas. Serviço a la carte é oferecido somente aos sábados. O salão fica aberto das 11h30 às 16h.

Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história
Foto: Divulgação / Confeitaria Colombo
Confeitaria Colombo Rio de Janeiro história
Foto: Divulgação / Confeitaria Colombo

Quem gosta de história pode visitar o Espaço Memória, onde ficam expostos projetos, louças e cristais originais, assim como embalagens que fizeram parte da história da confeitaria.

Vale a pena ficar de olho no site da confeitaria quando desejar fazer sua visita, isso porque todos os meses acontecem eventos com menus especiais. Nesses casos, é necessário fazer reserva com antecedência.

Como chegar até lá?

A Confeitaria Colombo fica no centro do Rio de Janeiro. De metrô, você pode descer na Estação Carioca e caminhar poucos metros até a confeitaria. Também é possível ir de VLT, descendo na Estação Confeitaria Colombo.

Se for de ônibus, existem vários linhas que passam na Avenida Rio Branco. De carro, você precisará para o veículo em um estacionamento pago no Terminal Menezes Cortes.

Confeitaria Colombo

  • Endereço: Rua Gonçalves Dias, 32 — Centro.
  • Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 19h. Sábados e feriados, das 9h às 17h.

Qual foi a primeira Confeitaria Colombo?

Fundada em 1894 a Confeitaria Colombo faz história no Rio de Janeiro. Por mais de um século a Confeitaria Colombo é uma das mais respeitadas casas comerciais do país.

Em que ano foi inaugurada a Confeitaria Colombo no Rio de Janeiro?

Com grande inspiração nos cafés da Europa, a Confeitaria Colombo existe desde 1894 e é uma das atrações no centro histórico do Rio de Janeiro.

Qual a confeitaria mais antiga do Brasil?

É a Casa Cavé. A Cavé foi fundada por Auguste Charles Felix Cavé, um imigrante francês, no dia 5 de março de 1860. Até hoje, a confeitaria conserva aspectos do Rio Antigo. Auguste Charles Felix Cavé ficou à frente do negócio até 1922.

Qual a história da Confeitaria Colombo?

A confeitaria foi fundada em 1894 pelos imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão, tendo um extenso rol de clientes célebres na sociedade brasileira. Sua arquitetura e ambiente permitem ter uma ideia de como teria sido a Belle Époque na então capital da República.

Quem foram os donos da Confeitaria Colombo?

Maurício Assis, dono da confeitaria Colombo.