Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império

Os persas constituíram uma das mais importantes civilizações da Antiguidade.

A Pérsia se localizava, principalmente, ao leste da Mesopotâmia, no atual território ocupado pelo Irã, que era chamado de Pérsia até 1935, quando mudou seu nome.

O Império Persa

Os persas se estenderam por um largo território. Dentre as suas conquistas destacamos: a Babilônia, o Egito, os Reinos da Lídia, Fenícia, Síria, Palestina e as regiões gregas da Ásia Menor.

Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império
Mapa do Império Persa em 500 a.C (Reprodução/Wikimedia Commons)

Quem deu início ao Império Persa foi Ciro, o Grande (560 a.C – 529 a.C). Porém, o desenvolvimento da civilização se deve, principalmente a Dario I, o Grande.

Este foi o responsável por grandes construções, principalmente a Estrada Real, cujo objetivo era manter a hegemonia dos povos conquistados. Seguiu-se Dario I, Xerxes I, Artaxexes I até o último imperador, Dario III, derrotado por Alexandre, o Grande.

A política persa e o poder soberano

A expansão da Pérsia somente foi possível graça ao empreendedorismo dos imperadores que estiveram no seu poder.

Todos os povos conquistados pelo Império Persa tinham de pagar imposto, mas não eram obrigados a deixar de lado os seus costumes ou a sua língua.

Os persas foram um dos primeiros povos a realizar uma reforma política e administrativa. Era preciso organizar a população que havia sido conquistada. Assim, a reforma administrativa, realizada no governo de Dario deu origem às satrapias - províncias governadas pelos sátrapas. Estes eram considerados os “olhos e ouvidos do rei”, pessoas de confiança encarregadas de vigiar os sátrapas.

Desse modo, o sistema político e administrativo da civilização persa possuía um nível de complexidade maior em relação a outras sociedades do período.

Economia persa

Os persas viviam da agropecuária, da mineração, do artesanato e dos impostos cobrados aos povos subjugados.

A construção da Estrada Real propiciou o desenvolvimento do comércio, pois tornou as viagens mais rápidas e seguras. A fim de poder negociar com todos as regiões do seu vasto império, os persas instituíram uma moeda, o dárico.

Cultura, Arte e Religião persa

Os persas construíram grandes obras arquitetônicas e seus seus palácios, além de grandes, eram bastante luxuosos. Os mosaicos e as pinturas retratam os feitos dos imperadores assim como os deuses.

Ainda hoje, a cultura persa é famosa pelos belos tapetes persas reconhecidos em todo o mundo. Seus desenhos elaborados formam um labirinto geográfico ou com elementos da natureza.

Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império
Tapete persa do século 16, exposto no Museu de Arte Metropolitano de Nova Iorque (foto: reprodução/The Met Museum)

Zoroastrismo ou Masdeísmo é o nome da antiga religião desse povo, que teve origem na fusão das crenças populares dos povos persas, feita pelo seu fundador, o profeta Zoroastro ou Zaratustra – daí a origem do nome.

Trata-se de uma religião dualista, ou seja, que acredita no princípio do Bem versus Mal (Mazda, o deus do Bem, e Arimã, o deus do Mal).

Temos mais textos sobre este assunto:

  • Fenícios
  • Hebreus
  • Alexandre, o Grande

Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império

Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha.

Civilização Persa

A civilização persa foi uma das mais expressivas civilizações da Antiguidade. A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, num extenso planalto onde hoje corresponde ao Irã, localizado entre o golfo Pérsico e o mar Cáspio. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas áreas férteis. Esta civilização estabeleceu-se no território por volta de 550 a.C..

Através de Ciro, que era um príncipe persa, realizou a dominação do Reino da região da Média e, assim, deu início à formação de um bem-sucedido reinado que durou cerca de vinte e cinco anos. Nesse período, este talentoso imperador também conquistou o reino da Lídia, a Fenícia, a Síria, a Palestina, as regiões gregas da Ásia Menor e a Babilônia.

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O processo de expansão iniciado por Ciro foi continuado pela ação do imperador Dario, que dominou as planícies do rio Indo e a Trácia. Nesse momento, dada as grandes proporções assumidas pelo território persa, Dario viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Pelas mãos de Dario, os domínios persas foram divididos em satrápias, subdivisões do território a serem administrados por um sátrapa.

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Mosaico representando os exércitos persas.

O planalto do Irã, região montanhosa e desértica, situada a leste do Crescente Fértil, entre a Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas.

A princípio, os persas eram dominados pelos medos. Essa situação se inverteria por volta de 550 a.C. Nessa época, sob o comando de Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar a região.

Os persas conquistaram ainda outros povos que viviam nas proximidades do planalto do Irã, impondo a todos a mesma administração. Eles acabaram por construir um vasto império. Seu território compreendia a Ásia Menor, a Mesopotâmia e uma parte da Ásia Central.

Esses domínios seriam ainda ampliados nos governos posteriores a Ciro: Cambises conquistou o Egito em 525 a.C.; Dario I dominou a Ásia até o vale do rio Indo e também uma pequena parte da Europa, onde se localizavam algumas colônias gregas.

Dario e depois seu sucessor, Xerxes, tentaram conquistar ainda a região da atual Grécia, mas fracassaram. Em 330 a.C., o Império Persa foi conquistado por Alexandre Magno, da Macedônia.

A formação do império persa

Ciro inaugurou o chamado império persa. Com o aumento da população, houve a necessidade da expansão geográfica.

Ciro, o Grande (560-530 a.C.), tornou-se rei dos medos e persas, após haver conquistado Ecbátana e destronado Astíages (555 a.C.). Conquistou também a Babilônia (539 a.C.). O império ia desde o Helesponto até as fronteiras da Índia.

Ciro não proibia as crenças nativas dos povos conquistados. Concedia alguma autonomia  para as classes altas, que governavam as regiões dominadas pelos persas, mas exigia, em troca, homens para seu exército, alimentos e metais preciosos. Ciro morreu em 529 a.C.

Cambises , filho e sucessor   de Ciro, iniciou uma difícil campanha militar contra o Egito, em 525 a.C., finalmente vencida pelos persas na batalha de Pelusa. Nessa época o império persa abrangia o mar Cáspio, o mar Negro, o Cáucaso, grande parte do Mediterrâneo oriental, os desertos da África e da Arábia, o golfo Pérsico e a Índia. Cambise pretendia estender seus  domínios até Cartago, mas não conseguiu levar esse plano adiante por causa de violenta luta interna pelo poder.

A luta pelo poder prosseguiu após a morte de Cambises. Dario, parente distante de Cambises, aliou-se a fortes setores da nobreza, tomou o trono e iniciou uma nova era na história da Pérsia.

Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império

Ciro, o grande (imperador persa)

A organização do império

Os povos dominados pelos persas podiam conservar seus costumes, suas leis, sua religião e sua língua. Eram obrigados, porém, a pagar tributos e a servir o exército persa.

Dario procurou organizar o império dividindo-o em províncias e nomeando pessoas de sua confiança para governá-las. Para facilitar a comunicação entre as províncias, foram construídas diversas estradas, entre elas a Estrada Real. Com mais de 2 mil quilômetros de extensão, essa estrada ligava as cidades de Susa e Sardes. Por ela passavam os correios reais, o exército e as caravanas de mercados.

A riqueza para sustentar esse enorme império era fornecida por camponeses livres, que viviam em comunidades e pagavam impostos ao imperador. Havia também o trabalho escravo, mas a maioria dos trabalhadores não pertencia a essa categoria.

Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império
  
Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império

Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império

Como os persas garantiam a colaboração e a submissão dos povos que anexavam ao seu grande império

Como referenciar: "Persas" em Só História. Virtuous Tecnologia da Informação, 2009-2022. Consultado em 02/11/2022 às 04:10. Disponível na Internet em http://www.sohistoria.com.br/ef2/persas/

Como os persas garantiram a colaboração e a submissão dos povos que anexava vão ao seu grande império?

Ciro, o Grande estabeleceu um princípio que foi a marca do Império Aquemênida: o respeito à diversidade cultural. Os persas cobravam tributos dos povos conquistados, mas permitiam que eles mantivessem suas tradições culturais e religiosas. Isso, a princípio, contribuiu para assegurar seu domínio.

Quais as principais contribuições do Império Persa para as outras civilizações?

Cultura, Arte e Religião persa Os persas construíram grandes obras arquitetônicas e seus seus palácios, além de grandes, eram bastante luxuosos. Os mosaicos e as pinturas retratam os feitos dos imperadores assim como os deuses.

Como os persas conseguiram construir um grande império?

Após dominar toda a Mesopotâmia, os persas conseguiram alargar suas fronteiras do Rio Nilo, no Egito, até o Rio Indo, na Ásia. Conhecido por sua capacidade de se aliar politicamente às elites dominadas, Ciro conseguiu construir um grande império.

Como era a relação dos persas com a cultura dos povos conquistados?

O governo de Ciro sempre tratou bem os povos dominados, possibilitando-lhes a liberdade de ação, de emprego e de religião, porém Ciro os obrigava a servir o exército persa e a pagar tributos.