Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

  • Popular
  • Qual era a relacao entre os portugueses e os indios?

    Índice

    • 1 Qual era a relação entre os portugueses e os índios?
    • 2 O que aconteceu com a chegada dos portugueses?
    • 3 Como foram os primeiros contatos dos portugueses com os índios?
    • 4 Como a chegada dos portugueses eles já habitavam o Brasil?

    Qual era a relação entre os portugueses e os índios?

    Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia.

    Como os portugueses trataram os indígenas?

    Os portugueses dividiam os índios em dois grupos: os “índios mansos” e os “índios bravos”. Os índios “bravos” eram inimigos e faziam alianças com europeus inimigos: eram considerados estrangeiros, justificando as chamadas “guerras justas”.

    Como os europeus tratavam os indígenas?

    Segundo os cronistas da época, os indígenas consideravam os europeus amigos ou inimigos, conforme fossem tratados: amistosamente ou com hostilidade. Com o passar do tempo, e ante a necessidade crescente de mão de obra dos senhores de engenho, essa relação sofreu alterações.

    O que aconteceu com a chegada dos portugueses?

    A chegada dos portugueses aqui foi um dos momentos mais marcantes das grandes navegações, realizadas por eles durante todo o século XV. A partir desse acontecimento, a presença portuguesa no território foi constante, embora diminuta no início. A partir da década de 1530, medidas colonizatórias foram implantadas aqui.

    Qual foi uma das consequências da dominação portuguesa para os indígenas?

    O processo de colonização levou à extinção de muitas sociedades indígenas que viviam no território dominado, seja por meio das guerras, seja em consequência do contágio por doenças trazidas dos países distantes como a gripe, o sarampo e a varíola, que vitimaram, muitas vezes, sociedades indígenas inteiras, em razão dos …

    Por que os portugueses começaram a escravizar os índios?

    Os indígenas foram primeiramente escravizados justamente por ser o único grupo disponível em grande quantidade para que os portugueses pudessem explorar. A escravização dos indígenas era mais barata, mas uma série de fatores tornavam-na mais complicada de sustentar-se.

    Como foram os primeiros contatos dos portugueses com os índios?

    Como foi o primeiro contato dos portugueses com os índios? O primeiro contato entre portugueses e índios foi marcado pelo espanto diante do novo, do diferente. Inicialmente, não houve violência, mas sim um contato amistoso e movido por boa disposição.

    Por que os indígenas eram enganados pelos portugueses?

    Os índios foram enganados, explorados, escravizados e, em muitos casos, massacrados pelos portugueses. Perderam terras e foram forçados a abandonarem sua cultura em favor da europeia. Primeiramente, o reflexo histórico contribuiu para que os índios perdessem seu espaço e fossem subjugados pelo uso da violência.

    Como a cultura indígena foi afetada pela chegada dos europeus?

    Com a chegada da primeira leva de europeus, logo no primeiro século, a população indígena foi reduzida a quatro milhões, com as doenças e o extermínio. Atualmente, no Brasil, são cerca de 450 mil indígenas distribuídos por todo o território brasileiro.

    Como a chegada dos portugueses eles já habitavam o Brasil?

    Entretanto, as terras brasileiras já eram ocupadas pelos povos indígenas. O professor Paulo Chaves contou no Projeto Educação, nesta quinta-feira (9), que a chegada dos portugueses, na verdade, foi uma invasão ao país. Cerca de 3 milhões de nativos, os índios, já viviam no Brasil.

    O que mudou com a chegada dos portugueses no Brasil?

    Depois da chegada dos portugueses, o Brasil passou também a fabricar armamentos, diz Vera Lúcia. “Nós, enquanto colônia, não podíamos fabricar armamentos. Ficou chamado Casa do Trem, porque recebia da metrópole portuguesa, as partes dos armamentos para serem aqui fundidos. Mas com a vinda da corte, tudo isso mudou.

    Passo 1

    Definir os objetivos de aprendizagem

    A partir da leitura desse texto, espera-se que os alunos contrastem os modos de viver de portugueses e indígenas no início da colonização do Brasil, além de identificar as razões que levaram os portugueses a adotar costumes dos povos locais.

    Versão original Transcrição

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Portugueses e indígenas: os primeiros contatos

    Costumes muito diferentes

    Desde que se encontraram pela primeira vez, portugueses e indígenas perceberam que tinham costumes muito diferentes.

    Por exemplo:

    • Os indígenas tomavam banho todos os dias, enquanto os portugueses raramente se banhavam.
    • Os indígenas não usavam roupas, enquanto os portugueses viviam vestidos demais para o clima que encontraram aqui.
    • Os portugueses comiam carnes e peixes secos e salgados, enquanto os indígenas consumiam vários tipos de frutas, raízes e peixes frescos.

    Aos poucos, indígenas e portugueses foram absorvendo os costumes uns dos outros.

    O aprendizado com os indígenas

    Os portugueses aprenderam muitos costumes indígenas para se adaptar ao local e explorar as terras em busca de riquezas, como madeira e ouro.

    Eles utilizavam as canoas indígenas para explorar os rios e aprenderam a manejar o arco e a flecha para pescar e o tacape para caçar.

    Os portugueses começaram a cultivar e a consumir alimentos da culinária indígena, como o milho, a mandioca e o amendoim. Além disso, usavam plantas locais para curar doenças e ferimentos.

    O calor fez com que os portugueses deixassem de usar casacos pesados e meias e preferissem roupas de algodão. As noites muito quentes também levaram muitos portugueses a adotar as redes para dormir: eram menos quentes durante a noite e evitavam o contato com animais rasteiros.

    Fonte: 

    MODERNA. Projeto Buriti – História. 4º ano, 3ª edição. p. 52. São Paulo, SP, 2014.

    Relação do texto com a BNCC de História

    O texto oferece oportunidades para que os alunos comparem as ações de diferentes grupos humanos (os coletivos de pessoas que são usados para fazer referência aos portugueses e indígenas), no tempo e no espaço que precederam os contatos iniciais ocorridos entre esses povos, bem como as mudanças que se produziram após tais encontros (EF04HI01).

    Ao conhecer quais costumes indígenas foram adotados pelos portugueses para se adaptar ao local e explorar as terras em busca de riquezas, é possível conduzir uma reflexão sobre as motivações por trás dos processos migratórios (EF04HI09) envolvidos na colonização do atual território do Brasil.

    Código BNCCHabilidade da área de História
    EF04HI01 Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças ocorridas ao longo do tempo.
    EF04HI09 Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de destino.

    Relação das atividades com a BNCC de Língua Portuguesa

    Conforme será detalhado nos próximos passos, as atividades que propomos para ensinar e aprender a estudar textos, além de favorecer a apropriação de conhecimentos históricos, contribuem para alcançar objetivos previstos nas diretrizes da área de Língua Portuguesa. 

    Na medida em que os alunos são convidados a participar da leitura, comentário e análise de textos, espera-se que desenvolvam também conhecimentos letrados próprios dos campos de estudo e pesquisa, incluindo os eixos de:

    • Oralidade
    • Análise linguística/semiótica
    • Leitura/escuta
    • Produção de textos

    Passo 2

    Entender o texto para ensinar melhor

    Para tomar decisões sobre como organizar o trabalho pedagógico em torno da leitura de um determinado texto, é importante atentar-se não só ao conteúdo histórico estudado, como também à forma em que ele é apresentado.

    A partir de uma análise minuciosa das características da linguagem de cada texto, como a que apresentamos a seguir, é possível antecipar intervenções produtivas a serem incorporadas no seu planejamento.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Depois de analisar detalhadamente o texto “Portugueses e indígenas: os primeiros contatos”, sugerimos elaborar um quadro de síntese que ajude a visualizar a relação entre conteúdo e linguagem que estará em jogo durante as atividades de leitura.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Conforme pode ser visto no quadro acima, os PARTICIPANTES citados ao longo do texto são os coletivos humanos: “portugueses” e “indígenas”. Também, encontramos trechos que se referem a outros dois participantes, que não são pessoas ou grupos de pessoas. Trata-se de: “o calor” e “as noites muito quentes”.

    Na primeira parte do texto, os ACONTECIMENTOS narrados caracterizam aspectos específicos dos modos de viver de portugueses e indígenas, estabelecendo comparações entre as ações relacionadas a seus costumes. Assim, são contrastados os hábitos de higiene (com que frequência “tomavam banho”), vestimenta (que tipos de roupa “usavam”) e alimentação (que produtos “comiam” ou “consumiam”). Por exemplo: “Os indígenas tomavam banho todos os dias, enquanto os portugueses raramente se banhavam”.

    Na segunda parte, o texto relata quais costumes dos indígenas foram adotados pelos portugueses, adicionando uma explicação causal expressa em termos de finalidade, isto é, o “por quê?” e “para quê?” de cada uma das aprendizagens mencionadas. Por exemplo: “Os portugueses aprenderam muitos costumes dos indígenas para se adaptar ao local e explorar as terras em busca de riquezas, como madeira e ouro”.

    Por fim, encontramos outros trechos que, mediante o uso de verbos, comunicam relações de CAUSALIDADE entre as ações dos portugueses, como por exemplo:

    • “O calor fez com que os portugueses deixassem de usar casacos pesados”.
    • “As noites muito quentes também levaram muitos portugueses a adotar as redes para dormir: eram menos quentes durante a noite e evitavam o contato com animais rasteiros”.

    1. Verbos de ação: São aqueles que enunciam as ações realizadas pelos participantes ("cortar", "lutar", "transportar", "pagar", "extrair", "trazer", etc.). Vejamos um exemplo.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    MODERNA. Projeto Buriti – História. 4º ano, 1ª edição. p. 16. São Paulo, SP, 2011.

    Nesse fragmento podemos observar a utilização dos verbos de ação para relatar as ações dos participantes – aquilo que fizeram: “organizar”, “partir”, “comandar” e “chegar”.

    2. Expressões de finalidade: Nos textos didáticos de História, também vinculadas à construção de causalidade, estão as expressões de finalidade que manifestam o propósito ou objetivo com que se realiza a ação. De um modo geral, as expressões de finalidade são identificáveis pelo uso da preposição “para”.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    MODERNA. Projeto Buriti – História. 4º ano, 1ª edição. São Paulo, SP, 2011.
    MODERNA. Projeto Buriti – História. 5º ano, 1ª edição. São Paulo, SP, 2011.

    Podemos observar que a expressão de finalidade sublinhada em cada frase explica aquilo que motivou ou causou o acontecimento relatado: levar notícias ao rei causou ou motivou a volta de uma das embarcações a Portugal; ter de se adaptar ao local e explorar as terras motivou os portugueses a aprender costumes indígenas; explorar os territórios americanos causou ou motivou a colonização; e, porque precisavam de quem trabalhasse nas plantações e nos engenhos, os portugueses trouxeram ao Brasil africanos escravizados.

    Passo 3

    Usar a linguagem para melhorar compreensão

    No texto “Portugueses e indígenas: os primeiros contatos” podemos reconhecer duas partes com características textuais diferenciadas:

    • A primeira, de tipo descritivo, enumera características relacionadas aos hábitos dos coletivos de “portugueses” e “indígenas”. A palavra “enquanto” funciona como palavra-índice da comparação estabelecida entre eles.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    • A segunda, de caráter explicativo, utiliza expressões de finalidade em torno da preposição “para” e, dessa forma, esclarece as razões que levaram os portugueses a adotar costumes indígenas (por exemplo: “para se adaptar ao local…”, “para explorar os rios…”, “para curar doenças e ferimentos”).

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Passo 4

    Juntando as peças do quebra-cabeça

    A seguir, propomos um conjunto de atividades a serem realizadas antes, durante e depois da leitura do texto "Portugueses e indígenas: os primeiros contatos", considerando os aspectos da linguagem que foram analisados nos passos anteriores.

    Para te ajudar a enriquecer a implementação das atividades na prática, disponibilizamos explicações detalhadas e exemplos de perguntas-guia para cada etapa proposta

    Ao final da página, você poderá baixar gratuitamente os materiais necessários para o trabalho em sala de aula.

    Atividades para realizar em sala de aula

    • Apresentar os objetivos e explicar as atividades que serão realizadas como parte dessa nova abordagem para estudar textos de História.
    • Pensar no texto a partir do título, dos subtítulos e das imagens.
    • Listar dúvidas, conjecturas e perguntas sobre o tema.
    Organização da turmaMateriais
    Realização de forma coletiva
    • Texto original.
    • Lousa ou cartaz para registrar as questões e conjecturas dos alunos.

    Por isso, as perguntas e intervenções do professor devem:

    • Mobilizar o que os alunos já sabem, a fim de ancorar o estudo do texto nos seus conhecimentos prévios.
    • Ajudar a explicitar as dúvidas e curiosidades dos alunos sobre o conteúdo.

    Dessa forma, é possível criar um propósito compartilhado para a leitura que oriente a recepção geral do texto.

    Listar dúvidas, conjecturas e perguntas sobre o tema

    Os diálogos em torno do conhecimento ou experiências prévias dos alunos sobre tema, título, imagens, etc. criam contextos que estimulam a formulação de perguntas, dúvidas e conjecturas que podem ser registradas em uma lista. Esse registro inicial marca o começo do percurso compreensivo empreendido sobre o texto e pode servir para guiar a leitura e, posteriormente, para verificar as aprendizagens alcançadas.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    É fundamental que, a partir da contextualização oferecida pelo professor, os alunos tenham espaço para compartilhar suas ideias e, também, suas dúvidas. A proposta, nesse sentido, inverte os “papéis” que normalmente se praticam na sala de aula: quem pergunta são os alunos e quem responde é o texto.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Frente a perguntas similares sobre o que imaginavam que seria abordado no texto, duas turmas responderam de formas muito diferentes, dando às professoras insumos específicos para orientar as conversas com os alunos, considerando suas respectivas hipóteses e expectativas.

    Anterior Próximo

    Atividades para realizar em sala de aula

    • Realizar uma leitura expressiva, em voz alta, do texto:
      • usando gestos para marcar o contraste entre os hábitos de portugueses e indígenas;
      • mudando a entonação para destacar as expressões de causalidade e finalidade que explicitam os motivos pelos quais os portugueses adotaram diferentes costumes indígenas.
    • Retomar as principais informações apresentadas e identificar a necessidade de releitura do texto, verificando conjuntamente as questões que ainda não foram resolvidas.
    Organização da turmaMateriais
    Realização de forma coletiva
    • Texto original.
    • Lousa ou cartaz para verificar as questões e conjecturas registradas antes da leitura.

    Para isso, ouvir a leitura em voz alta feita por um leitor mais experiente pode ajudar a focalizar a atenção compartilhada dos alunos sobre o texto. Neste momento, algumas intervenções são importantes:

    • Antecipar formas de usar a sua voz e seus gestos para dar ênfase ao que o texto diz, a como diz, ao que quer dizer.
    • Promover a identificação conjunta de questões que não foram resolvidas e precisam de um estudo mais aprofundado do texto.

    Como professor, você já estudou conosco aspectos relacionados ao conteúdo e à linguagem dos textos e, por essa razão, é capaz de ajudar os alunos a explicitar suas incompreensões e formular novas perguntas, motivando-os a participar das atividades de releitura e a realizar anotações no texto.

    Realizar uma leitura expressiva, em voz alta, do texto

    A leitura em voz alta que propomos é aquela feita pelo professor, que se coloca como modelo de leitor para seus alunos.

    Por ter estudado o texto em profundidade e conhecer os objetivos de aprendizagem esperados, o professor consegue enriquecer a leitura com gestos faciais e corporais apropriados, modificando o volume e o tom de voz para ajudar a manter e guiar a atenção dos aprendizes.

    O uso intencional da voz, dos gestos faciais e corporais estimula a percepção de maior número de detalhes e o acompanhamento do fluxo da informação e das relações expressas, dando aos alunos a oportunidade de pensar mais e melhor sobre aquilo que está sendo explicado no texto.

    Identificar a necessidade de releitura do texto

    Após a leitura em voz alta, o professor novamente será o encarregado de agir como modelo de quem formula perguntas ao texto e reconhece aquilo que ainda gera dúvidas, convidando os alunos a participar das atividades de releitura e anotação.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Questões como essa podem ajudar os estudantes a perceber a necessidade de ampliar a sua compreensão do vocabulário, bem como das relações entre as unidades informativas apresentadas no texto (de causalidade, temporalidade, composição, contraste).

    Atividades para realizar em sala de aula

    • Explicar por que será feita uma releitura do texto: para reconhecer as informações-chave e aprender sobre os tipos de palavras que explicitam as relações entre essas informações.
    • Quem fez o quê? Por que? Para que? Analisar as relações entre os participantes e os processos-chave.
      • Reler o texto em voz alta, com apoio do cartaz ou do texto projetado, comentando as informações apresentadas sobre os modos de viver de portugueses e indígenas.
      • Identificar a organização do texto, destacando as palavras utilizadas para: comparar os hábitos desses povos (“enquanto”); explicitar a finalidade dos portugueses ao adotar cada um dos costumes mencionados (“para…”).
    Organização da turmaMateriais
    Realização de forma coletiva
    • Você precisará de uma versão do texto “espacializado” ou reformatado em cola et commata (seja uma transcrição na lousa, um cartaz impresso ou uma projeção utilizando datashow).
    • As crianças também devem ter acesso a uma folha com essa versão do texto.

    Ao reler os textos com a mediação do professor, os alunos têm a oportunidade de identificar, localizar, anotar e comentar a linguagem utilizada para descrever, relatar, explicar o que aconteceu, com quem, como, por que, etc. Por sua vez, você como professor tem a chance de observar o raciocínio dos alunos para oferecer pistas ajustadas às necessidades de cada um no processo de aprendizagem. 

    Para isso, propomos:

    • Retomar e aprofundar a compreensão das questões levantadas antes da primeira leitura desse texto em particular.
    • Colocar em prática um conjunto de procedimentos de análise, tanto do vocabulário quanto da organização do texto, a fim de que os alunos ganhem autonomia para enfrentar a tarefa de ler para aprender.

    Quem fez o quê? Por que? Para que? Analisar as relações entre os participantes e os processos-chave

    A atividade permite um aprofundamento nos fenômenos ou acontecimentos informados pelo texto, focalizando sua atenção nas relações estabelecidas entre os participantes e os processos citados nos fragmentos textuais em análise.

    Durante a releitura do texto, é preciso mostrar aos alunos o modo de identificação dos participantes (nomes e grupos nominais) e dos acontecimentos (verbos e grupos verbais), apoiando a análise oral com a anotação escrita. Podemos aproveitar o momento para desempacotar informações e, se for o caso, tornar evidente as ligações entre as informações (temporais, causais, de finalidade, comparação, contraste, etc.).

    Exemplos de orientações e perguntas-guia

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Como observamos no exemplo, algumas questões-chave podem orientar a análise do texto: no caso de enunciados com verbos de ação, com que palavras se informa quem “fez o quê?”

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    A partir de um fragmento textual é possível tornar visível as relações que se estabelecem entre diferentes unidades informativas (neste caso, relações de contraste). Para tanto, são úteis os seguintes procedimentos: reler, questionar, anotar e comentar.

    Anterior Próximo

    Atividades para realizar em sala de aula

    Elaborar representações esquemáticas

    • Completar quadro comparativo sintetizando os costumes de portugueses e indígenas.
    • Fazer esquemas a partir do vocabulário do texto, respondendo à questão: por que os portugueses aprenderam costumes indígenas?
      • Introduzir o procedimento de manipulação do vocabulário-chave do texto.
      • Exemplificar o processo de categorização e organização do vocabulário-chave, utilizando elementos gráficos como linhas e flechas para conectar as palavras relacionadas entre si.
      • Após concluir o trabalho em pequenos grupos, elaborar uma versão coletiva do esquema e publicar no mural da sala.
    Organização da turmaMateriais
    A primeira atividade deve ser realizada de forma coletiva. A segunda deve ocorrer em duas etapas: a primeira deve ser conduzida pelo professor; a segunda, em duplas ou pequenos grupos.
    • Lousa ou cartaz para elaborar quadro comparativo.
    • Vocabulário recortável em tamanho grande, para exemplificar o trabalho na lousa.
    • Vocabulário recortável, em tamanho pequeno, para as crianças manipularem.
    • Folha sulfite para colar versão final do esquema.

    Assim, espera-se que possam:

    • Usar o que compreenderam para reescrever o conteúdo do texto ou representá-lo esquematicamente (por meio de linhas do tempo, diagramas de fluxo, etc.).
    • Apropriar-se da linguagem dos textos na medida em que vão utilizando-a para comunicar o que aprenderam.
    • Explicitar as conquistas alcançadas e identificar aspectos que ainda precisam ser alvo do trabalho educativo.

    Para isso é fundamental que o professor dê espaço para os alunos enfrentarem os desafios propostos, sem “atalhos” que os levem a uma resposta aparentemente certa mas que pouco os ajude a estabelecer conexões por si mesmos e explicitar seu próprio raciocínio para consolidar as aprendizagens propiciadas.

    Elaborar representações esquemáticas: fazer esquemas a partir do vocabulário do texto

    A manipulação do vocabulário do texto cria oportunidades para os alunos reconstruírem e representarem esquematicamente as informações estudadas.

    Para isso, devemos preparar cartões com as palavras-chave do texto e propor que os estudantes as ordenem e agrupem, identificando as conexões entre elas. Vale lembrar que alguns termos podem dar nome aos grupos estabelecidos.

    Observar o desenvolvimento dessa atividade nos oferecerá insumos sobre as relações conceituais que os aprendizes estão elaborando sobre o texto e pode orientar a formulação de novas perguntas sobre o tema em questão.

    Lembrando que se trata de uma proposta desafiante que exige:

    • passar de um modo linear e contínuo (texto) a um modo fragmentado e descontínuo (palavras e expressões em boxes, conectados com linhas e flechas);
    • organizar as unidades informativas do texto, de forma coerente, no espaço gráfico.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Antes de propor a realização desse procedimento em duplas ou individualmente, os alunos precisam acumular experiência com o apoio e o modelo do professor. Para conduzir a atividade de forma coletiva, sugerimos preparar o material didático de modo que os cartões possam ser colados e lidos a certa distância.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Seguindo o modelo oferecido na lousa, um dos grupos utiliza o espaço gráfico para esquematizar, linha por linha, cada um dos aprendizados mencionados no texto. As relações estabelecidas são coerentes e permitem que os alunos verifiquem quais palavras se referem aos hábitos adotados pelos portugueses e quais à motivação por trás desses aprendizados.

    Como foi o contato entre os portugueses e os índios?

    Os alunos reproduzem algumas informações na ordem linear em que são apresentadas no texto. Mas, há uma tentativa de utilizar o eixo vertical para esquematizar os nomes dos alimentos locais que os portugueses adotaram (milho, mandioca e amendoim). Apesar de ser a primeira experiência de muitos alunos com esse tipo de representação esquemática, já conseguem usar flechas para conectar diversos elementos, mesmo nem sempre para indicar o mesmo tipo de relação.

    Anterior Próximo

    Materiais para uso em sala de aula

    Como foi o contato dos portugueses com os indígenas?

    Em 22 de abril de 1500, a frota de Pedro Álvares Cabral aportou na Bahia, em um local ocupado pelas tribos Tupi-Guarani. Esse fato foi importante e singular. Pois nessa região, as tribos tinham um caráter menos violento, facilitando a primeira conversa entre portugueses e índios.

    Como foram os primeiros contatos entre portugueses e os índios?

    Os grupos indígenas de língua tupi eram as tribos tamoio, guarani, tupiniquim, tabajara etc. Todas essas tribos se encontravam na parte litorânea brasileira. Estes foram os primeiros índios a terem contato com os portugueses que aqui chegaram.

    Qual era a relação dos portugueses com os índios?

    Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando no pequeno número de índios de hoje.

    Como os índios reagiram com a chegada dos portugueses?

    Segundo os cronistas da época, os indígenas consideravam os europeus amigos ou inimigos, conforme fossem tratados: amistosamente ou com hostilidade.