O vídeo dessa semana é de uma motocicleta que fez muito sucesso no Brasil, que acabou sendo descontinuada no começo do ano, mas continua sendo uma boa opção de compra no mercado de usados, a Yamaha XJ6 N. Produzida entre 2009 e 2019, a naked vinha com um motor de 600 cm³ com 77,5 cv que a fazia andar bem e ter muito torque em baixa. Além da ótima ciclística, trazia um ronco encantador emanado pelo saudoso motor de quatro cilindros. Show
Além de todos esses atributos, a 600 oferecia (e ainda oferece) ótimo custo benefício. Não é por acaso que ela continua sendo muito procurada no mercado de usados. Por isso, nada mais justo do que fazermos uma justa homenagem a um dos maiores ícones da montadora japonesa, em território nacional. Dê um play e confira tudo sobre a Yamaha XJ6 N ABS 2019.
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Deem uma olhada na minha cara de entusiasmo quando soube que a moto do mês seria a Yamaha XJ6 N… Pois é, não sei se foi meu lado criança quando fala de comida sem nunca ter experimentado: “não quero porque não gosto”, ou meu lado velho e ranzinza, semelhante ao Paulo Francis quando dizia: “não vi e não gostei”.Yamaha XJ6 N: Seduzindo pela razão, e não pela emoçãoA verdade é que sempre achei a Yamaha XJ6 N uma moto mediana e sem graça. Sem apelos estéticos ou tecnológicos que me atraíssem. Achava que era uma moto colocada no mercado apenas para completar o line-up da marca e ter uma participante no segmento de media cilindrada das naked. Principalmente pelo fato dela chegar substituindo um ícone que era a FZ6. Fotos: Edgar Rocha Quando você olha as opções do mercado neste segmento, você encontra motores potentes, ABS de série (em alguns casos opcional), painéis completíssimos, chassis em alumínio e com formato deltabox, suspensões invertidas, lanternas e piscas em LED e muito esmero no design e nos acabamentos. Quando você olha a Yamaha XJ6 N, não vê nada disto! Aí você imagina que uma moto tão aquém de suas concorrentes (levando em conta os aspectos citados acima) deva vender pouco. Ledo engano, ela é a vice-campeã de vendas com 3.565 unidades emplacadas, perdendo a liderança por apenas 714 motos. Mas se ela é tão desprovida de qualidades, conforme falei, porque vende tanto? A resposta é: preço. Por apenas R$ 27.850,00 você tem uma moto quatro cilindros, um valor bem mais barato que muita monocilíndrica de cilindrada semelhante. Mas será que somente o preço fala mais alto neste caso? Não, a XJ6 N possui qualidades que estão fora de nosso alcance de visão e precisam ser experimentados. Confesso que aos poucos a Yamaha XJ6 N foi me ganhando e minha fisionomia de tédio foi se alterando para um largo sorriso. Conforme os quilômetros passavam, começava a olhá-la com outros olhos e entender mais o seu sucesso. A Yamaha XJ6 N é básica e sem excessosJá de início preciso avisar: se você procura fortes emoções e “aquela” resposta bruta que somente uma quatro cilindros pode lhe dar, esqueça. A Yamaha XJ6 N é básica e sem excessos. O design é… digamos… legal. Sem ousadias ou soluções criativas. Sem faixas ou cores berrantes e sem detalhes exclusivos ou apêndices. Simples até demais para quem concorre em um mercado tão competitivo. Ao montar na moto, você já se sente em uma moto menor. Tem muita 250cc com bem mais “espaço” e porte que nossa XJ. Requereu certa adaptação, mas não foi de toda ruim. A posição de pilotagem é bem confortável e a ergonomia foi bem respeitada. Nada de pernas encolhidas em demasia, corpo muito inclinado para frente ou esforço excessivo nos braços. O painel é simples, possui boa visualização e tem todas as informações necessárias e básicas. Surpreendeu-me achar um marcador de temperatura do líquido de arrefecimento do motor, mas com toda certeza faltou um indicador de marchas e um capricho maior no design. Os comandos são simples, de bom tato e precisos. Nada de mais. Yamaha XJ6 N e seu motor quatro cilindrosO motor suave, liso e silencioso. Sem vibrações, entrega a potência delicadamente tornando a pilotagem segura e sem sustos. O giro sobe lentamente acompanhado de um ronco gostoso de ouvir. Seu câmbio é bem curto nas primeiras marchas e com curso do pedal bem pequeno. A sexta marcha é bem longa e devido ao grande torque do motor, permite baixar a velocidade e giro (ficando em sexta marcha ) e andar suavemente sem trancos. Seu motor tem muito torque e é muito elástico. Pode-se diminuir muito o giro e retomar a velocidade (bem lentamente, diga-se de passagem) sem necessidade de troca de marchas. Mas se você quiser aproveitar todos os quase 78 cv, tem de elevar o giro bastante, acima dos 8.000 rpm utilizando bem as trocas de marcha. Acima desta rotação, a Yamaha XJ6 N muda e começa a se comportar com bem mais performance, mas nesta hora os freios, as suspensões e o chassi não acompanham o ritmo do motor. O conjunto foi feito para ser bom e não ótimo, e quando solicitamos mais de todos os componentes, apenas o motor se apresenta a altura. Os freios são a disco, duplo na dianteira e simples na traseira. Mas teria como ser diferente? Lógico que não. É o mínimo que se espera da uma moto naked de 600 cm³. Quer saber se freia bem? Sim. Dá conta do recado, mas sempre dentro daquela média baixa. Não tem ABS nem como opcional, não tem disco em forma de margarida ou ao menos tem malha de aço na linha de freio. Nada que a coloque acima da média. O chassi em tubos de aço tipo Diamond mantém bem a rigidez do conjunto e as suspensões calibradas na medida certa entre o conforto e a performance média. Sim, esta é a palavra, mediana, regular. Bem, acho que vocês já entenderam… Sabe quando você passa de ano com média 5? A Yamaha XJ6 N é uma moto que cumpre o papel dela e ponto. Não te provoca fortes emoções nem te cativa pelo design, acessórios, ou pelas cores. Não te seduz pela performance, ronco, tecnologia embarcada ou extravagâncias, mas tenho que admitir que ela é extremamente prazerosa de pilotar, com uma entrega calma e linear de potência onde você doma a moto com facilidade e sem sustos. Tem um conjunto muito bem acertado e ideal para pilotos iniciantes e medianos. A moto que eu recomendaria para os que desejam um “upgrade” de sua 250/300 e que vai ensinar muita gente a pilotar. Seu conjunto básico me conquistou, e acho que vai continuar conquistando muitos consumidores, que poderão ter uma excelente naked média de quatro cilindros, com uma excelente ciclística e com claras limitações de performance. Compartilhe38 respostas
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COLUNISTASLuanDe analista de sistemas a criador de conteúdo, aos 35 anos resolvi tirar habilitação para motos e a paixão me pegou.Juliana42 anos, criadora de conteúdo e apaixonada por motociclismo. A frente da BestRiders a 3 anos, participando de cada detalhe.PUBLICIDADE
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