Como parte das ações do projeto especial Março Delas, a equipe do Sesc Engenho de Dentro foi pesquisar como essas conquistas se efetivaram no Brasil ao longo do tempo. Venha ver! Show Você já parou para pensar em quantas coisas podem mudar ao longo do tempo? Aproveitando as ações do Março Delas – Mulheres Reais que Inspiram, a nossa equipe de Assistência do Sesc Engenho de Dentro mergulhou na trajetória da Luta pelos Direitos das Muheres no Brasil ao longo dos últimos quase 200 anos. O resultado, você encontra nesse infográfico, uma linha do tempo que vai desde que as primeiras meninas foram liberadas para frequentar a escola, em 1827, até a lei que passou a considerar a importunação sexual feminina como crime, em 2018. Vamos conhecer esse caminho com a gente? Entenda a linha do tempo:1827 – Meninas são liberadas para frequentarem a escolaQuando paramos para refletir que hoje em dia as mulheres brasileiras são a maioria no que se refere ao acesso à formação superior – 25% das mulheres no país ingressam nas universidades, enquanto o número de homens é apenas 18% (segundo relatório Education of Glance 2019, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), não imaginamos que o acesso à educação básica por muito tempo foi negado às meninas. Foi apenas em 1827, a partir da Lei Geral – promulgada em 15 de outubro – que as mulheres foram autorizadas a ingressar nos colégios e estudassem além da escola primária. 1832 – A obra “Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens” é publicadaSe falar sobre as conquistas do feminismo hoje em dia ainda é um desafio e gera burburinhos entre pessoas que não simpatizam com a ruptura social que o movimento representa, imagina só como foi fazer isto lá em 1832? A autora Nísia Floresta desafiou as tradições e costumes da sociedade ao publicar seu livro Direitos das Mulheres e Injustiças dos Homens. Ela foi a primeira mulher brasileira a denunciar em uma publicação o mito da superioridade do homem e de defender as mulheres como pessoas inteligentes e merecedoras de respeito igualitário. Seu livro é considerado o pioneiro do feminismo brasileiro por reforçar que a mulher é tão capaz quanto qualquer homem de assumir cargos de liderança ou desempenharem quaisquer atividades na sociedade. 1879 – Mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdadesSe a possibilidade de ingressar em espaços de educação fundamental já foi tardia para as mulheres, o acesso às faculdades demorou ainda mais. Somente em 1879 é que as portas das universidades foram abertas à presença feminina. Mas isso não impediu que o machismo estrutural da sociedade continuasse oprimindo as mulheres que queriam estudar de realizarem seus objetivos, o preconceito ainda foi um mal muito presente na vida das jovens estudantes daquela época. 1910 – O primeiro partido político feminino é criadoQuando falamos nas conquistas feministas, muito rapidamente pensamos nas leis de acesso que garantem às mulheres espaços de equidade social em relação aos homens. Muitas dessas determinações legais são fruto da presença e pressões que as mulheres feministas dedicaram ao cenário político. Mas, mesmo que a Proclamação da República no Brasil tenha ocorrido em 1889, foi apenas 20 anos depois, em 1910, que nasceu o Partido Republicano Feminino, como ferramenta de defesa do direito ao voto e emancipação das mulheres na sociedade. 1932 – Mulheres conquistam o direito ao votoEm 1932, o sufrágio feminino foi garantido pelo primeiro Código Eleitoral brasileiro: uma vitória da luta das mulheres que, desde a Constituinte de 1891, pleiteavam o direito ao voto. Essa conquista só foi possível após a organização de movimentos feministas no início do século XX, que atuaram intensa e exaustivamente no movimento sufragista, influenciados, sobretudo, pela luta das mulheres nos EUA e na Europa por direitos políticos.
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