Por que passarinho nao leva choque

Por que passarinho nao leva choque

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Henrique Tramontina / Arte ZH

Na seção #SempreQuisSaber, o Planeta Ciência convida especialistas a responderem a questões enviadas por leitores para o email . Envie a sua!

"Por que os passarinhos não tomam choque quando pousam em fios de luz?"
Roberta Corrêa, Porto Alegre

Quem responde é o professor de Física Rafael Irigoyen (youtube.com/atorrebrasil)

"O choque elétrico é a sensação que temos quando a corrente elétrica, que são cargas em movimento ordenado, passa pelo nosso corpo. Dependendo do valor da corrente, o choque pode ser fatal. Para que a corrente se estabeleça de um ponto a outro de um circuito elétrico, é necessário que exista uma diferença de potencial elétrico (d.d.p.) entre os pontos - a chamada ‘voltagem’.

Para entender melhor o conceito, pense numa mesa com uma bola em cima. A bola representa a corrente. Com a mesa na horizontal, todos os pontos estão no mesmo nível (no mesmo potencial) e a bola não rola (a corrente não flui). Inclinando a mesa, teremos pontos de maior e de menor potencial. Nesse caso, a bola irá rolar.

Quando o pássaro pousa em um único fio da rede elétrica, ele toca em pontos de mesmo potencial, e a d.d.p. entre suas patas é nula: nenhuma corrente elétrica se estabelece através dele.

Pessoas recebem descarga elétrica ao encostar nos fios por estarem em contato com o solo, que está em um potencial elétrico diferente do fio, o que produz corrente. Se um pássaro tocar em dois fios ao mesmo tempo, ou em um fio e no poste, ele ligará dois pontos de potenciais elétricos diferentes e será eletrocutado. Da mesma forma, se uma pessoa se pendurar em um fio de alta tensão sem entrar em contato com outro fio, o chão ou o poste, ela nada sofrerá."

 Você alguma vez andando na rua já deve ter olhado para o alto e visto vários pássaros assentados sobre os fios elétricos e estarem tranquilos como se estivessem no galho de uma árvore.  Então deve ter se perguntado: Por que os pássaros que assentam nos fios elétricos não levam choque?

 Não há dúvidas que a eletricidade proporcionou e vem proporcionando cada vez mais o desenvolvimento da humanidade, porém ela pode em alguns momentos ser muito perigosa, não só pra nós, mas também para os animais. Um choque elétrico da ordem de poucos miliampéres que percorre o coração de um ser humano, é suficiente para interromper o ritmo normal de batimentos do coração, causando sérios problemas a outros órgãos do corpo, podendo levar a pessoa à morte.

Pássaros não levam choque nos fios

 Mas e aí, porque os pássaros não levam choque? A resposta é a seguinte: Eles pousaram com os dois pés sobre o fio. Ou seja, estão no mesmo potencial elétrico do fio. Por isso nada acontece com eles. Você se recorda que a eletricidade nada mais é que o fluxo ordenado de elétrons livres nos condutores submetidos a uma diferença de potencial? Pois é, os pássaros nessas circunstâncias não estão sendo submetidos a uma diferença de potencial. Além do mais, vale lembrar que a eletricidade procura sempre fluir através do caminho mais fácil para ela (caminho de menor resistência).

 Os corpos dos pássaros, assim como nossos, são feitos de células, estrutura óssea e tecidos. Esse tipo de material orgânico não fornece à eletricidade um caminho mais fácil para fluir do que aquele que ela já está percorrendo no fio, já que os mesmos são feitos geralmente de alumínio ou cobre, que são bons condutores de eletricidade. Dessa forma, pode-se dizer que nessas condições, com os dois pés sobre o fio, o corpo do pássaro não é um bom condutor de eletricidade.

Por que passarinho nao leva choque

 Agora, caso o pássaro abra suas asas e consiga alcançar o outro fio, ou toque em alguma estrutura aterrada, nesse momento o mesmo passa a estar submetido a potenciais elétricos diferentes. Dessa forma, o pássaro se torna um condutor que está oferecendo um caminho mais fácil (de menor resistência) para a eletricidade fluir, provocando um curto-circuito e sua morte imediata. O nível deste curto-circuito dependerá tanto da própria rede de energia, do tempo que a corrente fluirá através do corpo da ave e dos níveis de tensão.

Como não levar um choque?

 Em algumas áreas da manutenção elétrica, podemos encontrar eletricistas que trabalham em circuitos energizados. Os mesmos passam por muitos treinamentos e preparação, além de usarem sempre equipamentos específicos para realizar esses tipos de atividades. Nesses casos, o eletricista pode usar equipamentos isolantes, não permitindo a circulação da eletricidade por ele, ou equipamentos condutores, que permitem ao eletricista entrar no mesmo potencial elétrico do circuito.

Acredito que agora você tenha conseguido entender por que os pássaros não levam choque nos fios elétricos.

Se você quer saber mais sobre o choque elétrico, clique aqui e leia o artigo.

Segundo o professor de física do Cursinho da Poli Bassam Ferdinian, os pássaros não tomam choque porque a distância entre as patas dos animais não é suficiente para gerar uma diferença de potencial (DDP) capaz de eletrocutá-los.

Ou seja, para que o pássaro tome um choque, é necessário que a corrente elétrica circule pelo seu corpo, gerando uma diferença de potencial. É assim que funcionam os aparelhos elétricos, que só são ativados quando há uma diferença de potencial entre os pontos em que esteja ligado para que as cargas elétricas possam se deslocar.

Agora, se um ser humano resolver agarrar (com ambas as mãos) um fio elétrico sem estar isolado, é muito provável que ele tome um choque. "A distância entre as mãos de uma pessoa é suficiente para gerar uma diferença de potencial e, consequentemente, tomar um choque", disse Ferdinian.

DDP

A diferença de potencial (DDP) ou o desnível de energia potencial ocasiona o deslocamento espontâneo de cargas ao nível do campo elétrico onde atuam forças que realizam trabalho. Ou seja, é através dele que a energia elétrica faz motores funcionarem e lâmpadas acenderem. Ou gera um tremendo choque.

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Saber qual alimento tem mais ou menos calorias e manter a dieta na linha não é nada complicado. Basta olhar as informações nutricionais nos rótulos dos produtos para identificar o número de calorias presente em cada porção do seu biscoito ou suco favorito, por exemplo.

Toda essa facilidade para o consumidor é garantida por testes de laboratório ou por sistemas de cálculo que permitem estimar o número de calorias de um alimento, segundo Jussara Carnevale, professora do departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

No caso do teste, os alimentos são submetidos a um equipamento chamado bomba calorimétrica. O aparelho queima uma pequena porção do produto e mede a energia liberada em forma de calor. Quanto mais energia, mais calorias tem o alimento.

Outra forma é feita pela análise da composição química do produto, quando se tenta ver a quantidade de substâncias geradoras de energia: proteínas, lipídeos, carboidratos e álcool. "A partir do conhecimento da proporção em gramas destes componentes, é feita uma estimativa que levam em consideração o calor de combustão (queima) e a digestibilidade (de cada um deles)", afirma a professora.

Jussara explica que os alimentos com mais calorias fornecem mais energia a quem os ingere e, por isso, tendem a contribuir para o aumento de peso. Isso porque as pessoas engordam ou emagrecem conforme o balanço entre o consumo e o gasto energético. Se o consumo de calorias é maior do que o gasto (por meio de exercícios, por exemplo) há aumento no peso.

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Não é por nada que ela é sinônimo de traiçoeira, venenosa e brava. A jararaca, um dos quatro principais gêneros de serpentes peçonhentas que podem ser encontrados no Brasil, é considerada a cobra mais perigosa no País.

Isso porque 87% dos acidentes com serpentes são causados por jararacas, de acordo com dados do Instituto Butantan. Em seguida vêm as cascavéis (9%), as surucucus (3%) e as corais (1%).

De acordo com Fan Hui Wen, médica especialista em acidentes por animais peçonhentos do Hospital Vital Brazil, do Butantan, não é possível dizer que uma cobra é mais venenosa do que a outra, pois o veneno desses quatro gêneros age de forma diferente.

No caso das jararacas, o veneno causa na região da picada um processo inflamatório com inchaço e dor, que pode chegar a uma necrose (apodrecimento da pele) e infecção. De acordo com a Dra. Fan, manchas arroxeadas também podem aparecer em consequência do sangramento de pele.

"O soro específico para combater o envenenamento por jararaca chama-se antibotrópico e deve ser aplicado em ambiente hospitalar e sob supervisão médica", completa.

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Você já deve ter parado para observar uma fêmea de gato ou cão ser persistentemente perseguida por machos em busca de acasalamento. A partir disso, surge a dúvida: com tantos candidatos, será que as fêmeas podem ter filhotes de pais diferentes?

Segundo o biólogo Guilherme Domenichelli, do Zoológico de São Paulo, o tema não é apenas uma teoria: as fêmeas de gatos e de cães podem ter filhotes de vários machos distintos em uma mesma ninhada.

"Isso é realmente muito comum entre essas espécies. É lógico que cada um dos filhotes acabará agregando 50% das características da mãe e outros 50% do pai, mesmo que a mãe tenha copulado com vários exemplares", explica.

Quando está no cio, a fêmea pode ter diversas relações com um macho, ou mais de um, copulando durante os quatro ou cinco dias do mesmo período fértil.

No momento em que um óvulo é fertilizado por um espermatozoide, uma reação natural impede que outro espermatozoide também o penetre. No entanto, no momento em que uma fêmea copula com machos diferentes, poderá ter cada um de seus óvulos fertilizados por espermatozoides de pais distintos.

No caso dos gatos, as fêmeas que não têm pedigree (certificado de registro de ancestralidade) podem produzir quatro óvulos ou mais, o que não garante que os fertilizados possam se desenvolver em filhotes. Em média, podem nascer de três a sete filhotes. Para alguns gatos de raça, as ninhadas ocorrem em maior quantidade, chegando a mais de dez gatinhos.

O período de gestação é pequeno e dura nove semanas, em média. Entre os cães, a quantidade de óvulos e o tempo de gestação são similares aos dos gatos.

Outros animais

De acordo com Guilherme Domenichelli, é possível que este processo de reprodução de gatos e cães ocorra com exemplares de outras espécies, mesmo sendo algo incomum. "Pode ocorrer que as fêmeas de outras espécies tenham filhotes de machos diferentes, mas fica difícil de identificar os parentescos deles porque não existirão tantas diferenças facilmente visíveis como entre os cães e os gatos", completa.

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É recorrente uma pessoa gripada olhar para os lados, encher o peito e se preparar para eliminar aquela secreção mórbida das membranas mucosas com cor amarelada ou esverdeada. Mas, alguns preferem engolir a substância mesmo sujeitos a uma das sensações mais desagradáveis de quando se está resfriado. Afinal, ingerir o muco produzido pelo aparelho respiratório faz mal à saúde?

O otorrinolaringologista Geraldo Augusto Gomes, do Hospital Universitário Clementino Fraga, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), adverte que engolir a secreção não é a coisa mais segura a ser feita. "O muco pode ir parar nos pulmões e se aliar a outros fatores que contribuem para uma pneumonia", alerta.

Ainda que no meio social eliminar o catarro não seja um indicativo de boas maneiras, Gomes aconselha às pessoas expelir a substância sempre que as circunstâncias forem favoráveis. "O muco em excesso não é um fator de alto risco à saúde, mas devemos evitar engoli-lo", destaca.

O muco, popularmente chamado de catarro, é uma substância composta por proteínas, água e restos celulares produzidos pelo revestimento respiratório que protege o corpo do ataque de microorganismos. Apesar do aspecto repugnante, ele sempre se renova e circula pelo organismo mesmo quando a pessoa não está doente.

O revestimento interno da traqueia e brônquios é dotado de células ciliadas que, em situações de saúde, controlam a passagem da secreção em direção ao aparelho digestivo, lubrificando e protegendo a mucosa respiratória. No entanto, quando ocorre uma inflamação na região, as glândulas ali existentes se desequilibram, prejudicando a função dos cílios. Estes, por sua vez, não conseguem controlar o muco que passa a ser produzido em excesso para combater os invasores.

Além disso, um grande depósito da substância pode se formar nos pulmões, causando falta de ar. "Como mecanismo de defesa, o corpo expulsa o acúmulo por meio da tosse", ressalta.

O especialista explica que a inflamação nem sempre será provocada por microorganismos, como vírus e bactérias, mas também por reações alérgicas, poluição e até mesmo variações climáticas extremas. "Algumas pessoas podem ter uma sensibilidade maior a estes fatores, principalmente, à umidade", diz o médico.

O catarro chega ao nariz?

Não. De acordo com Geraldo Augusto Gomes, o catarro indica uma fase mais avançada de inflamação das vias respiratórias do que o escorrimento nasal, conhecido como coriza. Esse avanço, conforme Gomes, pode evoluir de uma simples inflamação para um estado mais sério. "O surgimento de uma secreção espessa e com tonalidade mais amarelada ou esverdeada sugere que o problema avançou para uma infecção", completa.

A partir disso, os leucócitos entram em ação, saindo da circulação sanguínea para defender o organismo dos agentes invasores. "O catarro é a prova de que os leucócitos estão liderando uma batalha do organismo contra a forma de vida desconhecida", finaliza.

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As pessoas realmente encolhem com a idade? Sim, as pessoas encolhem com a idade, afirma o dr. Roger Haertl, chefe de cirurgia espinhal do Hospital New York-Presbiteryan/Centro Médico Weill Cornell, mas na verdade elas perdem e recuperam até 2 cm diariamente. A degeneração da idade interfere no processo normal de recuperar altura, e aos 60 a perda de 5 cm não é incomum.

Existem 23 discos intervertebrais gelatinosos que agem como absorvedores de choque entre as vértebras da coluna, explica Haertl. Os discos, formados por até 88% de água, são comprimidos durante o dia enquanto postura, movimento e vibração espremem para fora o fluido. Mais tarde à noite, quando o corpo está na horizontal e em repouso, os discos reabsorvem o fluido como esponjas.

À medida que envelhecemos, processos degenerativos interferem na reabsorção, afirma Haertl. O suprimento e a circulação do sangue diminuem, enrijecendo o disco. Os ossos das vértebras podem sofrer um colapso, causando uma dor considerável. Num último estágio, os nervos e a medula espinhal podem ser comprimidos, levando à paralisia.

O laboratório de Haertl trabalha no implante de discos artificiais desenvolvidos biologicamente para remediar a perda de altura. Mas por enquanto, afirma, o melhor remédio é a prevenção. Qualquer coisa que interfira na microcirculação dos discos, como fumo, obesidade e diabetes, deve ser evitada, e exercícios aeróbicos e uma dieta balanceada devem ser privilegiados.

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Apesar de ser muito utilizado, não se costuma mais utilizar o conceito de "raça” para definir um grupo de diversas características físicas que os indivíduos espalhados pelo mundo apresentam, mas sim de grupo étnico. Os grupos étnicos surgiram quando os homens começaram a ocupação do planeta.

Clarice Alho, professora de Genética, conta que nossos ancestrais, que compartilhavam genes com outros primatas, viviam na África. "Eles conseguiram se expandir e - há cerca de 200 mil anos - foram ocupando outras áreas. Primeiro ocuparam a área onde hoje é a Ásia e depois - já por volta de 60 mil anos atrás - foram para o norte, onde encontramos a Europa", diz ela.

Dessa forma, continua a professora, "eles deixaram de carregar fluxo genético". Como os grupos estavam distantes geograficamente, qualquer mutação no DNA (cor dos cabelos, dos olhos e da pele, por exemplo) era compartilhada apenas pelos que conviviam no mesmo espaço, gerando grandes modificações entre os habitantes das diferentes regiões.

Mais recentemente, há cerca de 15 mil anos, os asiáticos migraram para a América, surgindo assim os ameríndios. A posterior chegada ao continente americano dos europeus, por meio da expansão marítima, e dos negros, vítimas da escravatura, deu início a um ambiente que hoje é marcado pela miscigenação, ou seja, pela ligação desses diferentes grupos através da reprodução.

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Na literatura e no cinema, os vampiros chupam sangue humano, não podem sair à luz do Sol, são combatidos com cruzes, água benta, alho e outros objetos e ainda se transformam em morcegos. Mas, na vida real, os morcegos também se alimentam de sangue?

De acordo com o biólogo e zootecnista Daniel Pereira Rocha, das cerca de mil espécies de morcegos conhecidas no mundo, apenas três são hematófagas (se alimentam de sangue), sendo que apenas uma delas bebe sangue de outros mamíferos. Animal da ordem Chiroptera, o morcego é o único mamífero voador.

"Esse é o segundo maior grupo de mamíferos em número de espécies, perdendo apenas para a ordem Rhodentia. No mundo, só não encontramos morcegos nos polos e nos desertos. Os hematófagos vivem na América do Sul, têm hábitos noturnos e parte significativa deles se orienta por ecolocalização - emitindo sons de alta frequência, inaudíveis ao homem, que, ao esbarrar em algum objeto, retornam sob a forma de eco. Ao contrário do que muitos pensam, eles não são cegos", diz Rocha.

A alimentação de cada espécie ainda contribui com a natureza e com o homem, segundo o biólogo. "Alguns se alimentam de frutas, contribuindo com o reflorestamento de áreas devastadas. Outros se alimentam de insetos, agindo diretamente no controle populacional destes. Os que se alimentam de pólen ajudam na polinização de flores.

Algumas espécies carnívoras agem no controle de roedores indesejáveis. E até mesmo as espécies hematófagas podem nos ajudar porque sua saliva têm uma substância anticoagulante, objeto de estudo no tratamento de doenças do coração".

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A tatuagem existe há mais de 3,5 mil anos e representa a personalidade das pessoas. Na época, ela servia para indicar quais indivíduos faziam parte da mesma comunidade. Os povos primitivos tinham tatuagens para representar os fatos mais importantes de suas vidas, como, por exemplo, o nascimento, a puberdade, o desenvolvimento e a morte.

Nossos antepassados se tatuavam também para mostrar a identidade social, como guerreiros, sacerdotes e reis. A tatuagem para eles também servia para identificar prisioneiros, exigir proteção e celebrar a vida.

Os cristãos se reconheciam através das tatuagens que tinham no corpo, como desenhos de cruzes, peixes, letras gregas e pelas letras IHS. Isso era comum nos primeiros séculos da Era Cristã.

Já no começo da Idade Moderna, a tatuagem começou a ser vista como sinal de marginalidade, porém voltou a ser “mais aceita” quando começou a marcar os corpos de artistas, músicos e pessoas famosas.

Quando a tatuagem deixou de ser um símbolo de marginalidade, ela voltou a ser símbolo de expressão de arte no corpo, sem necessariamente voltar a marcar identidades sociais. Antigamente as tatuagens eram feias, com desenhos toscos. Hoje não há limites para essa arte.

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Você alguma vez já percebeu que seu cachorro ou gato se mexe enquanto dorme ou emite sons durante o sono? Pois saiba que o bichinho pode estar sonhando. "O sonho de um gato ou cachorro pode ser influenciado pelo ambiente em que ele convive. Se o animal vive em um ambiente barulhento e onde ele não recebe atenção, poderá dormir pouco, se tornando estressado e solitário", avisa a psicobióloga Silvia Helena Cardoso.

Por outro lado, os bichos que vivem em um ambiente calmo e recebem carinho e atenção tendem a ter o sono mais tranquilo. De acordo com Silvia, as afirmações levam em conta registros de exames feitos em diversos animais.

Conforme a especialista, é importante ainda respeitar os animais durante o descanso e deixar que eles durmam tranquilamente. "O momento em que o sono é mais profundo, conhecido como REM, é necessário para o equilíbrio e bem-estar dos bichos", salienta.

Ela ressalta que estudos mostram que o sono REM só se apresenta em aves e mamíferos, ou seja, animais de sangue quente. Entre eles estão galinhas, ratos, gatos, cães, macacos e elefantes. "Experimentos com animais como répteis, por exemplo, não apresentaram indícios de sono REM", destaca Silvia.

O Massachusetts Institute of Technology (MIT) publicou um estudo no qual se tentou investigar o conteúdo dos sonhos dos animais. Analisando os padrões cerebrais de ratos em estado de alerta e depois quando os bichos estão dormindo, os cientistas do MIT conseguiram criar uma base de comparação de dados. Conforme o experimento, realizado em 2001, foi possível identificar que os ratos sonham com atividades ligadas à rotina do dia-a-dia como, por exemplo, correr em um labirinto, ou então com comida.

Conforme a pesquisadora Silvia, a quantidade de sono nos animais é inversamente relacionada ao grau pelo qual as espécies devem lidar com o perigo predatório, ou seja, as espécies vulneráveis a predadores tendem a dormir menos. "Alguns animais grandes como elefantes, vacas e cavalos também dormem pouco, pois gastam grande quantidade de tempo fazendo estocagem de alimentos", explica.

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O seu cãozinho de estimação pode sonhar? Por que encolhemos quando ficamos mais velhos? Como surgiram os grupos étnicos? Engolir a secreção quando estamos gripados faz mal à saúde? Os morcegos se alimentam realmente de sangue?

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