Como é feita a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia

Quero emagrecer! Essa é uma frase bastante comum hoje em dia, especialmente para quem sofre com a obesidade, uma doença crônica que representa um alto fator de risco para aparecimento de outras doenças (comorbidades) como o diabetes e a hipertensão (pressão alta) que podem causar a morte do indivíduo.

A cirurgia bariátrica e metabólica tem se mostrado um tratamento bastante eficaz no combate à doença. Entretanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em 2016, das mais de 90 mil cirurgias bariátricas realizadas em todo o país, menos de 10% foram feitas na rede pública.

Esse percentual deve aumentar, graças à incorporação, no início deste ano, da videolaparoscopia nos procedimentos de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS – Sistema Único de Saúde (SUS).

Considerada um procedimento menos invasivo, a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia possibilita ao paciente um tempo menor de internação (apenas dois dias) e um retorno mais rápido às atividades normais como trabalhar (em média, em 15 dias).

Também é considerada uma técnica mais segura do que a cirurgia aberta, pois o procedimento é realizado por cinco ou seis pequenas incisões no abdômen de 0,5 cm e 1cm para a introdução das cânulas, por onde passam as pinças que realizarão a cirurgia e uma câmera, responsável pela visualização do mesmo.

Outras vantagens da videolaparoscopia são a diminuição do risco de hérnias e infecção da ferida cirúrgica, diminuição do risco de complicações pulmonares e menor dor pós-operatória.

Vale ressaltar que a primeira recomendação para o tratamento da obesidade deve ser o tratamento clínico pela mudança de estilo de vida, com reeducação alimentar, a adoção de hábitos saudáveis e exercícios físicos regulares. O passo seguinte é a associação de medicamentos que auxiliem na perda de peso. Quando médico e paciente se convencem de que se esgotou a tentativa de tratar a obesidade exclusivamente pela mudança do estilo de vida e por terapias medicamentosas e já se passaram ao menos dois anos dessas tentativas, a alternativa mais eficaz é a cirurgia bariátrica e metabólica.

Referências:

Cirurgia bariátrica por videolaparoscopia é incorporada no SUS; Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM); disponível em: http://www.sbcbm.org.br/wordpress/cirurgia-bariatrica-por-videolaparoscopia-e-incorporada-no-sus/

Você já ouviu falar em Cirurgia Bariátrica por Videolaparoscopia? Esta é uma alternativa menos invasiva para tratar a obesidade e garantir rápida recuperação pós-cirúrgica.

Conheça todos os benefícios de aderir ao procedimento e aprenda a identificar se ele é indicado para você.

O que é Cirurgia por Videolaparoscopia?

A técnica de videolaparoscopia consiste na redução de estômago realizada de forma muito mais precisa. Na cirurgia, o cirurgião utiliza uma microcâmera para visualizar melhor o acesso ao estômago durante o procedimento. Os cortes também costumam ser menores do que os procedimentos tradicionais. Nesta modalidade são feitas de quatro a sete incisões de 0,5 a 1,2 centímetros cada, por onde são introduzidas as cânulas e a câmera de vídeo. 

A cicatrização dos tecidos também ocorre mais rapidamente, pois as feridas pós-cirúrgicas são menores e mais fáceis de cicatrizar. Além disso, as cirurgias bariátricas por videolaparoscopia apresentam menos risco de infecção.

Quem pode fazer o tratamento?

O procedimento é indicado para o mesmo público que a cirurgia convencional. Portanto, podem realizar o tratamento pacientes que possuem:

  • IMC maior que 40 kg/m², sem perda de peso, mesmo com acompanhamento nutricional adequado e comprovado;

  • IMC maior que 35 kg/m² e presença de doenças crônicas graves como pressão alta, diabetes descontrolada ou colesterol muito alto.

Quanto tempo dura a recuperação?

Após a cirurgia, a internação hospitalar pode durar até 7 dias. Isso será importante para que a equipe multidisciplinar avalie como o sistema digestivo está se adaptando à redução de estômago, bem como evitar o surgimento de complicações associadas. O paciente deve receber alta assim que estiver apto para realizar ações sozinho, como ir ao banheiro e se alimentar.

O cuidado com as incisões deve ser redobrado nas primeiras duas semanas de recuperação. O paciente deve contar com o apoio de médicos e enfermeiros para fazer os curativos, por isso esteja preparado para retornar ao hospital ou ao posto de saúde após a alta hospitalar. Desta forma, evita-se que os cortes estejam sujeitos à exposição e a cicatrização ocorre de maneira mais segura.

A alimentação também é determinante para uma recuperação completa. Por conta da retirada de parte do estômago, a dieta deve ser retomada gradualmente conforme a cicatrização do órgão.  A readaptação alimentar é iniciada com alimentos líquidos, que em seguida poderão ser substituídos por comidas mais pastosas. Finalmente, ocorre uma transição entre dieta semi-sólida e sólida.

Todo o cardápio ingerido depois da operação é recomendado pela equipe multidisciplinar, para que o paciente consiga repor os nutrientes perdidos devido ao emagrecimento em larga escala. O nutricionista ainda será responsável por avaliar a necessidade da inclusão, ou não, de suplementação de vitaminas. 

Quais são as vantagens da Videolaparoscopia?

Enquanto nas cirurgias tradicionais, que utilizam cortes de 10 a 20 centímetros no abdômen, os pacientes demoram de 30 a 60 dias para voltarem às atividades normais, a cirurgia por videolaparoscopia leva o paciente ao retorno da rotina em 15 dias. 

Quando o tratamento é feito por videolaparoscopia, há alta redução no risco de hérnias e infecção nas incisões. Entre os todos os benefícios, destacam-se:  retorno precoce às atividades, diminuição do risco de problemas pulmonares e pouca dor no pós-operatório.

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Como é feita a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia

  • Como é feita a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia
    Como é feita a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia

Atualmente, com a evolução da tecnologia, a cirurgia bariátrica pode ser realizada por videolaparoscopia, uma técnica cirúrgica moderna, sendo menos invasiva e mais confortável ao paciente.

O método de gastroplastia por video, utiliza aparelhos contendo na extremidade que é introduzida no corpo, uma minicâmera que transmite imagens em alta resolução para monitores de vídeo. Este procedimento é chamado, então, videolaparoscopia. Utilizada anteriormente, na maior parte das vezes, somente para fazer diagnósticos, a videolaparoscopia atual permite praticar intervenções cirúrgicas bariátricas antes só possíveis a céu aberto (cirurgia aberta - minilaparotomia).

A cirurgia bariátrica por videolaparoscopia reduz a morbidade operatória. Comparada à laparotomia (aberta), essa via é significativamente menos invasiva, podendo portanto, reduzir a morbidade e tempo de recuperação pós-operatória.

A resposta metabólica ao trauma cirúrgico, que está relacionada à magnitude da lesão tecidual, tem sido bastante estudada, sendo menos intensa durante procedimentos videolaparoscópicos. O mesmo tem sido mostrado em relação à função imunológica, estando menos debilitada após a videolaparoscopia

A função pulmonar também é mais bem preservada e o íleo pós-operatório é menos comum, levando a menores taxas de complicações pós-operatórias e menor tempo de internação. A videolaparoscopia tem reduzido drasticamente complicações relacionadas à incisão, como hematomas, seromas, infecção, deiscências e hérnias.

Pacientes obesos mórbidos, que usualmente já têm um número maior de doenças associadas, possuem um risco maior para complicações peri-operatórias e mortalidade que pacientes não obesos. Apesar dos bons resultados dos procedimentos bariátricos abertos, as vantagens documentadas da cirurgia bariátrica por videolaparoscopia em pacientes não obesos devem ser até maiores em pacientes obesos mórbidos que possuem um risco mais elevado para morbidade cardio-pulmonar, infecciosa e relacionado à incisão.

Menos tempo de cirurgia: A cirurgia bariátrica por videolaparoscopia dura, em média, pouco tempo, algo entre 40 minutos e 1 hora e 30 minutos.

Menos invasiva: O cirurgião realiza de quatro a sete pequenas incisões de 0,5 a 1,2 centímetros. É necessário insuflar a cavidade abdominal com gás carbônico, a fim de criar espaço suficiente para que o cirurgião possa trabalhar com o auxílio de uma videocâmera, cânulas, sonda, bisturi elétrico, grampeadores especiais e outros instrumentos de acesso

Menos tempo de recuperação: No pós-operatório, os benefícios são maiores: dor mínima por um dia ou quase inexistente (medida principalmente pela quantidade de analgésicos consumida pelo paciente), alta hospitalar precoce (36 horas) e retorno mais rápido às atividades laborais (7 a 10 dias)

Menos riscos: A videolaparoscopia ainda oferece menos risco de infecções. Após o primeiro ano de cirurgia, a incidência de hérnia nos minicortes ocorre em apenas 2% a 3% dos pacientes.