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A República Romana foi um período da história da civilização romana que durou 500 anos, de 509 a.C. a 27 a.C. quando foi governada por senadores e magistrados. Durante este tempo, Roma organizou suas instituições e realizou importantes conquistas militares que lhe garantiram o domínio do Mar Mediterrâneo. Origem da República RomanaA República Romana tem sua origem no ano de 509 a.C, quando o último rei etrusco é deposto e o Senado assume as funções de governo. Após a experiência monárquica, os romanos optam por não deixar o poder nas mãos de um só indivíduo. Por isso, eliminaram a figura do rei e todos os cargos deveriam ser exercidos por duas ou mais pessoas. Assim, não havia a figura de um só governante, mas dois, chamados cônsules. Estes tinham um mandato de um ano e deviam controlar-se mutuamente. Instituições da República Romana
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Sociedade na República RomanaA sociedade romana estava organizada entre patrícios, plebeus, escravos e clientes. As mulheres não eram consideradas como cidadãs e não participavam da política. Vejamos a origem e a função social que cada extrato possuía:
Patrícios x PlebeusConflitos permanentes entre patrícios e plebeus vão abalar a República Romana. Afinal, o exército romano era composto em sua maioria por plebeus que não tinham possibilidade de participar da vida política da cidade. Com o intuito de pressionar os patrícios a cederem direitos políticos, os plebeus saíram de Roma. Só voltaram quando foi negociada a criação do Tribunal da Plebe, em 494 a.C. Este passou a controlar os patrícios e as magistraturas e, com o tempo, os plebeus seriam tão poderosos quanto os patrícios. Os plebeus conseguiram organizar assembleias e promulgar leis que garantissem tantos direitos quanto tinham os patrícios. Vejamos algumas delas:
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Expansão militarUma vez que o conflito interno entre patrícios e plebeus foi se tranquilizando, os romanos passaram a conquistar outras regiões da Península Itálica até dominá-la totalmente. Em seguida, invadiram a Grécia, de onde trouxeram os deuses, a filosofia e vários costumes. Partiram, então, para a guerra no outro lado do Mediterrâneo contra cidade de Cartago, num conflito que durou cerca de 120 anos e acabou com a vitória romana. Fim da República RomanaCom a expansão territorial romana, a República ficou mais difícil de governar devido à inclusão de novos povos e do tamanho. Igualmente, a fragmentação do poder não ajudava na tomada de decisões rápidas e a prática da corrupção se havia generalizado entre os magistrados. Assim, os romanos buscam novas fórmulas que permitissem a centralização do poder, mas sempre auxiliado (e vigiado) pelo Senado. Primeiro, através do Triunvirato e depois através da figura de um só Imperador. Começaria, então, a época do Império Romano. As Instituições da República Romana, como o senado e as magistraturas, ordenaram durante séculos a mais poderosa cidade-estado da Antiguidade. Por Me. Cláudio Fernandes A cidade de Roma, fundada pelos povos latinos na região do Lácio, na Península Itálica, durante quase todo o século VII a.C., esteve subjugada à monarquia etrusca. Os etruscos, povos que também se estabeleceram na região da atual Itália, começaram a exercer o seu poder sobre a região do Lácio por volta de 616 a.C. com Tarquínio Prisco. Entretanto, no ano de 509 a.C., os patrícios – cidadãos romanos herdeiros dos antigos clãs fundadores da cidade – instituíram a República por meio de um Golpe de Estado. A República, que significa “coisa pública”, passou a funcionar com base em uma sofisticada rede de instituições. As instituições da República Romana eram essencialmente comandadas pelos patrícios. Durante boa parte do período em que durou a república, à plebe era relegado o espaço do tribunato, a Tribuna da Plebe, composta por membros eleitos anualmente e que tinha o poder de vetar as decisões relativas aos interesses dos plebeus. À parte disso, as demais instituições eram ocupadas pelos patrícios e possuíam um funcionamento interconectado e teoricamente harmônico. Nesse contexto, havia os senadores, os magistrados e os comícios. Os comícios encarregavam-se da eleição dos magistrados e da votação das leis. Os magistrados, por sua vez, tinham por funções: a convocação dos comícios, a presidência do Senado e a elaboração de propostas de novas leis. Por fim, ao Senado era atribuída a função de propor conselhos aos magistrados e aprovar as decisões tomadas no âmbito dos comícios. A principal e mais poderosa instituição da República Romana era o Senado. A expressão senado, que até hoje perdura no interior das instituições democráticas contemporâneas, vem do latim senex,, que significa “senhor”, “velho”. Os membros que compunham o senado eram os homens mais velhos das famílias tradicionais de Roma. Ao todo, somavam-se 300 senadores. No senado estava concentrada grande parte do poder da Antiga República Romana. No âmbito dos comícios, havia a Assembleia Centuriata, que era constituídas por dezenove centúrias, compostas por patrícios que se encarregavam de eleger cargos da magistratura, como os censores, que eram eleitos a cada cinco anos e cuidavam do censo populacional e da arrecadação de impostos; os pretores, responsáveis pelo âmbito da justiça; e, por fim, pela constituição da Assembleia Curiata, que se encarregava de eleger anualmente os dois cônsules, responsáveis pela administração da vida pública e pelo comando do exército. Cabia à Assembleia Curiata a eventual eleição de um ditador, em tempos de crise, que teria um mandato de seis meses e poderes absolutos. No mais, como afirma o pesquisador Paulo Roberto Souza da Silva, as instituições “políticas da república romana: o Senado, os colégios de magistrados e os comícios, garantiram, por séculos, a legalidade, força e eficiência do Estado, na guerra e na paz. As mudanças sociais e econômicas causadas pelo sucesso nas Guerras Púnicas tornaram Roma um império, mas com uma constituição de simples Cidade-Estado.” [1] NOTA [1] SILVA, Paulo Roberto Souza da. Instituições Republicanas na Revolução Romana. Revista Alethéia de Estudos sobre Antiguidade e Medievo. Volume 2/2, Ago/Dez. 2010. p. 16. Aproveite para conferir as nossas videoaulas relacionadas ao assunto: |