A historia do arte popular

No post de hoje apresentamos 10 bons motivos para conhecer a obra Breve história da Arte Popular - A cultura subterrânea do Rio de Janeiro, de Roberto Salgado de Carvalho publicado pelo Clube de Autores. Confira:

1 - Quem não curte uma arte popular, não é mesmo? Do mesmo modo, quem no Brasil não conhece alguma manifestação das artes populares ou mesmo é participante ativo dessa construção histórica? Numa nação tão marcada pela arte popular, o livro de Roberto Salgado de Carvalho tem como proposta discutir essa arte, essa arte subterrânea na cultura carioca;

2 -É a partir do “olhar de dentro” – e do ponto de vista dos excluídos – que tem residido a potência da arte popular no Brasil, não entendida apenas como folclore, mas como produção artística de pessoas com pouca ou nenhuma formação acadêmica, e é a partir desse olhar que o autor pretende realizar seu trabalho...

3 - (...) Pois salta aos olhos a grande capacidade da periferia para assimilar influências e transformá-las em uma forma de arte original. Exemplo disso é o Carnaval, que combina artes visuais, música e dança em uma festa popular impregnada de superação e resistência...

4 - Segundo o autor, é disso que trata o presente livro, não por acaso publicação de um artista plástico com reconhecimento internacional que nos chama a atenção para esse olhar dos excluídos que, paradoxalmente, é também privilegiado por estar visceralmente ligado e refletir a realidade das massas populares, que difere das classes média e alta ao não cultivar a importação como regra dominante;

5 - Sobre o autor, Roberto Salgado de Carvalho nasceu no Rio de Janeiro em 1959. Formou-se em professor de Educação Artística e lecionou em comunidades, em Santa Cruz e no Andaraí. Radicou-se desde 1987 nos EUA, trabalhando como professor de Educação Artística, primeiro na capital e, atualmente, no estado de Maryland. Publicou em inglês dois livros sobre arte brasileira: “Brazilian Rock Paintings and Shamanism” (2009) e “The Mysterious Stone” (2014);

6 - Roberto é pintor e participou de exposições nos EUA, Canadá e Europa. Algumas de suas obras fazem parte dos acervos das seguintes instituições: Museu do Folclore Edison Carneiro (RJ), Museu Internacional de Arte Naif (RJ), Museu Municipal da Estância de Socorro (SP), Musée International D’Art Naif (Canadá), Mas Foundation (França), Museo Nazionale Delle Arti Naives (Itália) e Gallery Pro Arte Kasper (Suíça);

7 - Retomando o livro, seu foco está na cultura subterrânea do Rio, cidade que mais recebeu negros escravizados na Humanidade, o autor encontra na poesia de Noel Rosa, repleta de imagens do cotidiano da então Capital da República, e no artista múltiplo Heitor dos Prazeres – pintor, compositor e instrumentista – as referências ideais para dar dimensão do poder estético e da originalidade da arte urbana brasileira...

8 - (...) essa arte que é em geral produzida pela população das periferias, excluída dos padrões colonizados e forçada a viver em comunidades sem acesso às condições básicas. Essa população procurou reafirmar sua dignidade humana por meio de sua cultura;

9 - Ah, e um detalhe também muito legal. A publicação está sendo comercializada por meio do site Clube de Autores e isso por um preço bem bacana e acessível, mas bem bacana e acessível mesmo. Confere lá!

10 - Enfim, se você tem curiosidade pela arte, especialmente pela arte popular este livro te convida a mergulhar um pouco na arte carioca e sua alma festiva e subterrânea da cultura. Uma cultura que fala muito sobre quem somos, o que somos, de modo que as expressões artísticas contam também sobre nós.

Você pode baixar esta atividade em PDF no final, pronta para impressão.

Arte Popular é a atribuição que se dá a produções artísticas (pintura, literatura, escultura, etc.) com relevante valor, de pessoas que nunca se especializaram em arte, de fato, frequentando escolas e etc. Basicamente, é a arte do povo, sendo o Brasil, um dos principais celeiros de inúmeros artistas criativos da história do país. A cultura popular é a principal raiz dessa arte. O artista popular dedica seu tempo livre, sua folga do trabalho para criar sua arte. Muitas vezes de maneira solitária, em alguns casos com ajuda da família. De maneira geral, não consegue sobreviver e sustentar família somente dos trabalhos artísticos realizados. Os principais compradores e revendedores da arte popular são feiras e mercados.

A história do Brasil está repleta de marginalização e um dos modos de luta encontrados por esses grupos não hegemônicos, ou seja, que não aceitavam serem dominados, foi as diferentes expressões artísticas. Hegemonia significa a relação de domínio de uma classe social sobre um conjunto da sociedade. A arte possui a capacidade de discutir diferenças de cor, sexo, idade, costumes, religião e assim inserir grupos antes discriminados à sociedade através das culturas populares.

Os africanos foram obrigados a construir cidades, monumentos e obras de arte para os colonizadores. Nesse contexto alguns deles se ressaltaram por demonstrarem traços particulares e conseguirem inserir sua cultura em sua arte. Entre eles estão o Mestre Ataíde e Aleijadinho.

Para sobreviver a cultura africana precisou resistir e mudar sua prática religiosa, cultura material e arte. Divindades africanas até hoje são personificadas com imagens católicas. Quando a arte popular conquista espaço na mídia ela torna-se fonte econômica, mas não perde o caráter de luta contra a discriminação social.

A característica principal da cultura não hegemônica é a luta pelo reconhecimento de seu valor histórico. É possível perceber a contribuição desses grupos através de diferentes movimentos artísticos.

As mulheres no campo artístico

As mulheres sempre foram motivo de representação desde a arte antiga até a moderna. Durante grande parte da história da arte ocidental, as mulheres figuravam como musas ou assistentes e não como artistas criadoras. A pesquisa e estudo direcionados a arte produzida por mulheres proporcionou um debate histórico e artístico de cunho feminista buscando a valorização da arte produzida por elas. A cada dia surgem mais trabalhos interessantes que debatem esse tema.

A arte judaica tem suas raízes históricas na arte hebraica da palestina antiga e manteve suas características ao longo dos séculos no seio da diáspora do seu povo. O contato com tão díspares culturas levou, naturalmente, essa arte a assimilar os estilos locais, mas conservando sempre uma essência própria, profundamente religiosa.

(brasileirinhotiradentes.com.br)

Arte do povo de uma autêntica criatividade de um pais rico e diversificado, apresentada por um povo de raízes na cultura popular brasileira. Em geral os artistas não tem formação acadêmica procuram retratar os seus costumes com liberdade daquilo que os olhos captam e a imaginação cria. Usam os mais diversos tipos de materiais como barro, madeira, ferro, pedra, entre outros. Cada vez mais brasileiros se apaixonam pela Arte Popular, descobrindo que vale a pena ter uma obra popular em seu ambiente por se tratar de uma identidade genuinamente brasileira, tornando-se grandes colecionadores e tendo a consciência de que se trata também de um ótimo investimento.

ATIVIDADES SOBRE O QUE VOCÊ APRENDEU

1. A arte popular está relacionada com

2. Geralmente, como os artistas da arte popular desenvolvem seu trabalho?

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3. A arte que expressa a revolta dos negros escravos sobre a relação de domínio dos colonizadores através da luta e do jogo, dançado e cantado ao som de instrumentos como berimbau é:

4. Grupos não hegemônicos vindos da África procuravam refúgio em lugares chamados:

5. Em que os grupos não hegemônicos encontraram refúgio para lutar contra as classes dominantes?

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6. Como a arte africana conseguiu sobrevir aqui no Brasil durante a escravidão?

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7. A arte popular pode ser considerada como:

a) Uma escultura feita por acadêmicos.

b) Uma pintura feita por burgueses.

c) Uma pintura feita por um artista autodidata.

d) Uma escultura esculpida em pedra mármore.

8. Pelo estudo, pode-se concluir que

a) cultura não hegemônica está presente em diversos países e culturas.

b) A cultura não hegemônica só existe no Brasil.

c) A cultura não hegemônica só é relacionada a negros.

d) A cultura não hegemônica não existe mais, é algo que ficou nas manifestações do passado.

Observe a imagem para responder à questão:

9. A Charge representa que o momento histórico de que manifestação artística?

10. Qual a base da arte judaica?

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1B / 2. O artista popular dedica seu tempo livre, sua folga do trabalho para criar sua arte. Muitas vezes de maneira solitária, em alguns casos com ajuda da família. / 3C / 4A / 5. Nas expressões artísticas. / 6. Durantes as construções de cidades e monumentos feitos por escravos, implicitamente incluíam suas culturas artísticas. / 7C / 8A / 9C / 10. A arte hebraica da palestina antiga.

HABILIDADES DA BNCC ALCANÇADAS

(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

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