A comparação entre os três estágios da produção, no quadro apresentado

2017

E (Espcex (Aman) 2017) A Revolução Industrial, que teve lugar na Inglaterra do século XVIII, pode ser definida como uma transformação sem precedentes no modo da produção manufatureira que trouxe profundas mudanças na estrutura social e econômica da sociedade. Teve papel preponderante na sua ocorrência

Show
    • a) o Cartismo.
    • b) o Ludismo.
    • c) uma ampla geração de energia elétrica.
    • d) a obtenção de empréstimos financeiros obtidos da França.
    • e) a Revolução Gloriosa que favoreceu o capitalismo.

    RESPOSTA: Dentre as razões que explicam o pioneirismo inglês na primeira revolução industrial está a maturidade econômica e comercial da Inglaterra. E isso, em parte, se explica pela ocorrência da Revolução Gloriosa que, ao organizar a política inglesa em torno do parlamentarismo, consolidou o capitalismo como forma econômica na Inglaterra.

    D (Ufu 2017) Desta vala imunda a maior corrente da indústria humana flui para fertilizar o mundo todo. Deste esgoto imundo jorra o ouro puro. Aqui a humanidade atinge o seu mais completo desenvolvimento e sua maior brutalidade, aqui a civilização faz milagres e o homem civilizado torna-se quase um selvagem.

    TOCQUEVILLE, A. de, Journeys to England and Ireland. Ed. Mayer, 1958, p. 107-8.

    O advento das revoluções burguesas na Europa, atrelado ao industrialismo, gerava, ao mesmo tempo, perplexidade e deslumbramento ao promover mudanças sociais radicais e ambíguas, fomentadas pelos avanços tecnológicos em diferentes esferas.

    Assinale a alternativa que apresenta a principal mudança no sistema produtivo dos países pioneiros em promover a industrialização.

    • a) A formação de mão de obra com os cercamentos dos campos cultiváveis, expulsando-se os trabalhadores dos grandes centros urbanos.
    • b) O declínio do proletariado enquanto grupo social hegemônico, arrefecendo-se os conflitos de classe.
    • c) A manutenção das terras comunais para a produção de alimentos voltados para a subsistência dos camponeses europeus.
    • d) A adoção da divisão técnica do trabalho, com grande utilização de maquinários nas fábricas e aumento da acumulação de capitais.

    RESPOSTA: Somente a alternativa [D] está correta. O texto do pensador Alex de Tocqueville aponta para a Revolução Industrial e as Revoluções Burguesas que assolaram a Europa. Este contexto histórico provocou inúmeras transformações na esfera social e econômica surgindo à necessidade de compreender o mundo social, daí o surgimento da Sociologia na segunda metade do século XIX. A Revolução Industrial provocou uma divisão técnica do trabalho, surgiram às fábricas e os maquinários, separação entre capital (burguesia) e trabalho (operariado), acúmulo de capital para a burguesia através de muita exploração da mão de obra.

    D (Ufpr 2017) Considere o fragmento a seguir:

    Afirmo que cada homem, e cada mulher, e cada criança deve obter algo mais, na distribuição geral dos frutos do trabalho, além de alimento, farrapos e uma miserável rede com uma manta pobre a cobri-la: e isso, sem ter de trabalhar doze ou quatorze horas por dia […] dos seis aos sessenta anos. – Eles têm uma reivindicação, uma sagrada e inviolável reivindicação por um pouco de comodidade e divertimento […] por algum tempo livre razoável para essas discussões, e por alguns meios ou informações que possam levá-los à compreensão dos seus direitos.

    (Os Direitos da Natureza. Thelwall, John. In: THOMPSON, Edward P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004. p. 175-176.)

    Sobre o período destacado no excerto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

    (     ) O contexto se dá na Revolução Industrial na Inglaterra, em que as condições de trabalho eram insalubres, motivo pelo qual muitos trabalhadores adoeciam ou faleciam, causando a diminuição habitacional das cidades inglesas, uma das principais características do período.

    (     ) O trecho se refere aos movimentos de trabalhadores que sofriam as consequências da Revolução Industrial. Um exemplo desses movimentos foram os Luditas, que se opunham ao desenvolvimento industrial destruindo máquinas, em revolta contra as condições de trabalho sub-humanas e os baixos salários.

    (     ) Nesse período houve a primeira Divisão Internacional do Trabalho, na qual as matérias-primas eram transformadas em produtos manufaturados que provinham do império chinês, como o tecido.

    (     ) O aumento populacional foi uma das características da Revolução Industrial, entre os fatores que levaram a esse aumento está a intensa migração do campo para a cidade, motivada pela criação de empregos nas indústrias.

    Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

    • a) F – V – V – F.
    • b) V – V – F – F.
    • c) V – F – V – F.
    • d) F – V – F – V.
    • e) V – F – F – V.

    RESPOSTA: Somente a proposição [D] está correta. O texto do historiador Thompson faz referência a Revolução Industrial e suas implicações como a exploração dos trabalhadores com uma jornada de trabalho estafante. Este acontecimento histórico gerou êxodo rural com um intenso crescimento populacional nas cidades, provocou também diversas reações como o Movimento Ludita que propugnava a destruição da máquina.

    A (G1 – ifsp 2017) Sobre a Revolução Industrial, pode-se afirmar que foi um movimento contínuo, transformador da sociedade no âmbito socioeconômico, que se desenvolveu em fases e alterou profundamente o modo de vida anteriormente conhecido. Acerca deste assunto, assinale a alternativa correta.

    • a) A era agrícola e de manufatura doméstica foi superada com a introdução de uma revolução tecnológica e industrial que alterou os meios de produção e, consequentemente, alterou as relações de trabalho.
    • b) A Primeira Revolução Industrial introduziu melhorias socioeconômicas alcançadas por todos os setores da sociedade.
    • c) A Segunda Revolução Industrial permitiu ao homem fixar-se no campo, pois a mecanização facilitou o plantio e a colheita da produção, favorecendo, assim, o crescimento das cidades.
    • d) A Organização Científica do Trabalho (OCT) foi criada por Ford durante a terceira fase da Revolução Industrial e previa, entre outros, um método de trabalho mais flexível e não hierarquizado.
    • e) O método de produção em série, durante a Segunda Revolução Industrial, ficou conhecido como Toyotismo.

    RESPOSTA: Somente a alternativa [A] está correta. A Revolução Industrial começou na Inglaterra no final do século XVIII considerando que este país possuía recursos naturais, marinha forte, estabilidade política, ética protestante com espírito capitalista e acumulou capital através da política econômica denominada mercantilismo. A Revolução Industrial provocou inúmeras transformações socioeconômicas, tais como, o êxodo rural e a superação da manufatura doméstica.

    C (Fuvest 2017)

    A comparação entre os três estágios da produção, no quadro apresentado

    Com base na tabela, é correto afirmar:

    • a) A industrialização acelerada da Alemanha e dos Estados Unidos ocorreu durante a Primeira Revolução Industrial, mantendo-se relativamente inalterada durante a Segunda Revolução Industrial.
    • b) Os países do Sul e do Leste da Europa apresentaram níveis de industrialização equivalentes aos dos países do Norte da Europa e dos Estados Unidos durante a Segunda Revolução Industrial.
    • c) A Primeira Revolução Industrial teve por epicentro o Reino Unido, acompanhado em menor grau pela Bélgica, ambos mantendo níveis elevados durante a Segunda Revolução Industrial.
    • d) Os níveis de industrialização verificados na Ásia em meados do século XVIII acompanharam o movimento geral de industrialização do Atlântico Norte ocorrido na segunda metade do século XIX.
    • e) O Japão se destacou como o país asiático de mais rápida industrialização no curso da Primeira Revolução Industrial, perdendo força, no entanto, durante a Segunda Revolução Industrial.

    RESPOSTA: A alternativa [C] está correta porque o Reino Unido destacou-se na liderança da Primeira Revolução Industrial, mantendo sua expressiva produção também durante a Segunda Revolução, fato ocorrido também com a Bélgica, embora em menores proporções. As alternativas incorretas são: [A], porque a industrialização acelerada da Alemanha e dos Estados Unidos foi expressiva na Segunda Revolução; [B], porque Espanha, Itália e Rússia tiveram desempenho industrial aquém dos países europeus setentrionais e Estados Unidos; [D], porque Índia e China registraram decréscimo em sua produção industrial; [E], porque o Japão aumentou sua produção industrial na Segunda Revolução.

    B (G1 – ifpe 2017) Um dos marcos iniciais da Idade Contemporânea é a Revolução Industrial, a partir da qual a produção tornou-se mecanizada (realizada a partir de máquinas), reduzindo o tempo de fabricação e aumentando, assim, os lucros.

    Analise as seguintes proposições sobre esse tema.

    1. As primeiras máquinas surgidas eram bastante simples e baratas e foram empregadas nas atividades da nascente indústria têxtil.
    2. A industrialização iniciou-se, simultaneamente, em todos os países da Europa, sempre a partir de um maquinário leve e barato.
    3. A rotina das fábricas era marcada por longas jornadas de trabalho e condições desfavoráveis de higiene e segurança para os trabalhadores.
    4. A Revolução Industrial ocorreu primeiramente na Inglaterra devido a fatores como a disponibilidade de recursos financeiros e mão de obra.
    5. Com a industrialização, surgiu, também, a organização do movimento operário, que lutava por direitos dos trabalhadores e melhores condições de vida.

    Estão CORRETAS apenas as proposições

    • a) I, II, III e V.
    • b) I, III, IV e V.
    • c) I, III e V.
    • d) III, IV e V.
    • e) II, IV e V.

    RESPOSTA: Somente a alternativa [B] está correta. A questão faz referência a Revolução Industrial que começou na Inglaterra no final do século XVIII considerando que este país possuía recursos naturais como ferro e carvão, marinha forte, estabilidade política, mão de obra barato devido à política dos cercamentos de terras e acumulou capital ao longo da idade Moderna. A afirmação [II] está equivocada, a industrialização não começou simultaneamente entre os países europeus. Alguns países tiveram uma industrialização tardia como a Alemanha, Portugal e Espanha, entre outros.

    C (Uefs 2017)

    A comparação entre os três estágios da produção, no quadro apresentado

    A comparação entre os três estágios da produção, no quadro apresentado, indica que a mudança mais expressiva entre eles ocorreu com a

    • a) proibição do trabalho feminino, decorrente da extinção da atividade manual familiar.
    • b) drástica diminuição do mercado de trabalho, decorrente da introdução do trabalho com máquinas.
    • c) retirada da posse dos meios de produção do trabalhador, o que levou à introdução da divisão do trabalho e ao surgimento das fábricas.
    • d) divisão de trabalho entre homens, mulheres e crianças, obrigados a apresentarem resultados específicos de produtividade.
    • e) extinção da força de trabalho por parte das famílias, que foram proibidas de praticar as atividades nas oficinas domésticas.

    RESPOSTA: Somente a alternativa [C] está correta. A imagem mostra a evolução nas formas de produção culminando no surgimento da maquinofatura no final do século XVIII com o advento da Primeira Revolução Industrial. É possível observar o surgimento da divisão do trabalho bem como a separação entre capital e trabalho, ou seja, entre a burguesia dona do capital e dos meios de produção e o proletariado que, após perder a posse dos meios de produção, passa a vender sua força de trabalho.

    B (Unesp 2017) Nem todos os homens se renderam diante das forças irresistíveis do novo mundo fabril, e a experiência do movimento dos quebradores de máquina demonstra uma inequívoca capacidade dos trabalhadores para desencadear uma luta aberta contra o sistema de fábrica. De um lado, esse movimento de resistência visava investir contra as novas relações hierárquicas e autoritárias introduzidas no interior do processo de trabalho fabril, e nessa medida a destruição das máquinas funcionava como mecanismo de pressão contra a nova direção organizativa das empresas; de outro lado, inúmeras atividades de destruição carregaram implicitamente uma profunda hostilidade contra as novas máquinas e contra o marco organizador da produção que essa tecnologia impunha.

    Edgar de Decca. O nascimento das fábricas, 1982. Adaptado.

    De acordo com o texto, os movimentos dos quebradores de máquinas, na Inglaterra do final do século XVIII e início do XIX,

    • a) expunham a rápida e eficaz ação dos sindicatos, capazes de coordenar ações destrutivas em fábricas de diversas partes do país.
    • b) representavam uma reação diante da ordem e da disciplinarização do trabalho, facilitadas pelo emprego de máquinas na produção fabril.
    • c) indicavam o aprimoramento das condições de trabalho nas fábricas, que contavam com aparato de segurança interna contra atos de vandalismo.
    • d) revelavam a ingenuidade de alguns trabalhadores, que não percebiam que as máquinas auxiliavam e facilitavam seu trabalho.
    • e) simbolizavam a rebeldia da maioria dos trabalhadores, envolvidos com partidos e agrupamentos políticos de inspiração marxista.

    RESPOSTA: O movimento citado no texto – quebra das máquinas – era o ludismo. Ele simbolizava uma resistência a duas coisas: (1) a rigidez do trabalho nas fábricas e (2) o desemprego gerado pela maquinofatura.

    C  (Uece 2017) Atente ao seguinte excerto:

    “O crime […] consistiu em herdar as piores feições do sistema doméstico num contexto em que inexistiam as compensações do lar: ‘ele sistematizou o trabalho das crianças pobres e desocupadas, explorando-o com uma brutalidade tenaz…’ […] Na fábrica a máquina ditava as condições, a disciplina, a velocidade e a regularidade da jornada de trabalho, tornando-as equivalentes para o mais delicado e o mais forte”.

    Edward P. Thompson. A Formação da Classe Operária Inglesa. Vol. II: A maldição de Adão.

    Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1987. p. 207.

    Considerando os processos de transformação ocorridos na sociedade ocidental, é correto afirmar que esse trecho da obra do historiador inglês Edward P. Thompson se refere à

    • a) Revolução Gloriosa, ocorrida na Inglaterra entre 1688 e 1689, que garantiu o fim do absolutismo na Inglaterra e possibilitou o desenvolvimento social e econômico daquele país.
    • b) Revolução Francesa, que no final do século XVIII criou um novo modelo social e econômico para o mundo ocidental.
    • c) Revolução Industrial, que, principiando no século XVIII, estabeleceu novas formas de organização do trabalho na sociedade capitalista.
    • d) Revolução Haitiana, que teve início em 1791 e marcou a independência do país caribenho do domínio francês, mas colocou-o sob o controle do capital industrial inglês.

    RESPOSTA: Somente a alternativa [C] está correta. O historiador inglês Edward Thompson na sua obra clássica intitulada “A Formação da Classe Operária Inglesa” faz referência às transformações provocadas pela Revolução Industrial que teve início na Inglaterra no final do século XVIII. A máquina aumentou a produção e a jornada de trabalho, alterou o ritmo da fábrica, introduziu a disciplina mudando a concepção de tempo com a necessidade do relógio. Era a consolidação do sistema capitalista com o surgimento da classe operária e a separação entre capital e trabalho.

    C (Mackenzie 2017) (…) Em termos de produtividade econômica, a transformação social foi um êxito imenso; em termos de sofrimento humano, uma tragédia, aumentada pela depressão agrícola depois de 1815 que reduziu o pobre rural à miséria mais desmoralizadora (…). Porém, do ponto de vista da industrialização havia consequências benéficas, pois uma economia industrial necessita de trabalhadores, e onde se podia obtê-los senão no antigo setor não industrial?

     Hobsbauwn, Eric. A Revolução Industrial. In As Revoluções Burguesas.

    No trecho acima, o autor analisa consequências da Revolução Industrial na Inglaterra. Sobre o texto e o contexto, é correto afirmar que

    • a) a Revolução Industrial na Inglaterra marcou a passagem da sociedade rural para a industrial, apontando que, mesmo antes da introdução das máquinas, as manufaturas domésticas sediadas no campo tendiam a desaparecer pela falta de competitividade de seus produtos.
    • b) a tendência à estabilização das populações campesinas e de pequenos burgueses, no interior rural inglês, foi um empecilho que acabou por gerar medidas governamentais, sancionadas pelo Parlamento a fim de solucionar tal problema social.
    • c) com os cercamentos dos campos, no século XVIII, e pela consequente expropriação dos trabalhadores de seus meios de trabalho, o país contava com um enorme contingente de mão de obra desempregada nas cidades, disponível para o trabalho industrial.
    • d) a grave crise agrícola de 1815, acompanhada pela epidemia de peste bubônica que atacou, principalmente, o interior agrícola do país, acabou por gerar um grande êxodo rural e um enorme fluxo populacional, disposto a trabalhar nas cidades, mesmo com baixo índice salarial.
    • e) a ganância dos grandes proprietários de terra ingleses, interessados em exportar seus produtos para os novos centros industriais do país, acabou por ocasionar a situação de penúria, relatada no texto, em que se encontrava a população rural na época.

    RESPOSTA: Uma das explicações para o pioneirismo inglês na primeira Revolução Industrial eram os cercamentos rurais: grandes proprietários de terra “cercavam” os lotes de terra dos pequenos produtores rurais e os expulsavam do campo, o que produzia elevado êxodo rural, ainda que forçado. Por isso, era grande a oferta de mão de obra nas cidades inglesas.

    2016

    (Uel 2016) Leia os textos a seguir.

    O reino recém-unido da Grã-Bretanha estava emergindo como uma potência europeia, intelectual, militar e comercial. Newton era reconhecido como o gênio supremo da época, enquanto a Royal Society de Londres era vista como seu árbitro científico supremo. Locke estava fundando a Filosofia empírica e promulgando as ideias políticas liberais que, na altura do fim do século, seriam corporificadas na constituição americana. Enquanto isso, Robinson Crusoé, de Defoe, e As Viagens de Gúliver, de Swift, satisfaziam, cada um à sua maneira, a fome de aventuras estrangeiras do público. Essa era uma nação autoconfiante, experimentando os primeiros rebuliços do que viria a ser a Revolução Industrial – a máquina a vapor já estava sendo usada nas minas da Cornualha.

    (STRATHERN, P. Uma Breve História da Economia. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. p.62.)

    Há hoje, nas planícies da Índia e da China, homens e mulheres, infestados por pragas e famintos, vivendo pouco melhor, aparentemente, do que o gado que trabalha com eles de dia e que compartilha seu local de dormir à noite. Esse padrão asiático, e esses horrores não mecanizados, é o destino daqueles que aumentam seus números sem passar por uma revolução industrial.

    (ASHTON, T. S. The Industrial Revolution, 1760-1830. London: Oxford University Press, 1948. p.161.)

    Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir.

    • a) Explique o contexto histórico da Revolução Industrial.
    • b) Situe o posicionamento dos autores desses textos quanto a esse evento histórico.

    RESPOSTA: 

    a) A Revolução Industrial ocorreu em um momento de crescimento da Inglaterra, como o texto atesta. E promoveu uma série de modificações na sociedade de então: aceleração da produção industrial, substituição da manufatura pela maquinofatura, êxodo rural promovido pelos cercamentos, divisão social entre empresários e operários e acúmulo de capital são alguns exemplos.

    b) O primeiro texto exalta os avanços produzidos pela Revolução e o segundo texto destaca as dificuldades enfrentadas por países que não passaram pela Revolução.

    2014

    (Ufpr 2014) Leia o excerto de texto escrito pelo anarquista Neno Vasco (1878-1920), na edição de Primeiro de Maio de 1914 do jornal brasileiro “A Voz do Trabalhador”:

    “Eis a festa do 1º de Maio, isto é, a manifestação proletária que a inconsciência de uns, a astúcia e velhacaria de outros e a cumplicidade de todos reduziram em tantas partes a uma absurda ‘festa do trabalho’, como lhe chamam os burgueses complacentes. (…) Vós, só o podereis festejar quando tiverdes conquistado. E é dessa conquista que se trata, tanto no 1º de Maio como nos outros dias.”

    (Neno Vasco. O Significado do 1º de Maio. In: A Voz do Trabalhador, Ano VII, números 53-64, 1º de maio de 1914) – <http://passapalavra.info/2009/09/11694>.

    Discorra sobre o sentido original do Primeiro de Maio no final do século XIX e explique as razões da indignação expressa no texto acima.

    RESPOSTA: O Primeiro de Maio surgiu como resultado da indignação e das manifestações em busca de melhores condições de trabalho dos operários após a Primeira Revolução Industrial. O autor do artigo demonstra indignação porque, segundo ele, a comemoração do Primeiro de Maio foi transformada em algo festivo, não condizente com a originalidade da comemoração do dia.

    (Unicamp 2014) Um motivo para a melhoria da dieta ao longo do século XIX era que chegavam cada vez mais alimentos do que chamamos de “periferia” da Europa, denominação vaga que engloba a Rússia e a Europa do Leste, como também das zonas de abastecimento do Novo e do Velho Mundo. Grande parte da Europa acabou por beneficiar-se dessas importações, mas os países mais necessitados desses produtos eram aqueles onde a industrialização e o desenvolvimento urbano ocorreram com maior ímpeto, ou seja, Grã-Bretanha, os Países Baixos e a Alemanha. Do Novo Mundo chegavam o açúcar, o café e o cacau, e da China, do Ceilão e da Índia chegavam o chá e o arroz.

    (Adaptado de Norman J. G. Pounds, La Vida Cotidiana: historia de la cultura material. Barcelona: Editorial Crítica, 1992, p. 507-509.)

    a) Explique a relação entre o processo de industrialização e importação de alimentos na Europa.

    b) Por que a dieta europeia melhorou ao longo do século XIX?

    RESPOSTA:

    a) O processo de industrialização dos países europeus contou com um fator comum: o êxodo dos trabalhadores do campo para as cidades. Nesse sentido, a mão de obra que anteriormente lavrava os campos e produzia os alimentos que abasteciam os países passou a trabalhar nas recém-criadas fábricas, criando a necessidade de importação de alimentos.

    b) Como o próprio texto deixa claro, a dieta melhorou porque a Europa passou a importar alimentos de “novos” lugares, ampliando a quantidade e a variedade de produtos. Nesse contexto, o neocolonialismo promovido na África e na Ásia contribuiu para essa melhora, porque os países europeus passaram a importar novos alimentos de localidades como a Índia e a China.

    (Unesp 2014) Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental.

    (Eric Hobsbawm. A era das revoluções: 1789-1848, 1986.)

    Aponte dois fatores que justifiquem a importância dada pelo texto à Revolução Industrial e indique dois motivos do pioneirismo britânico.

    RESPOSTA: A Revolução Industrial gerou uma série de transformações no mundo, tais como: a consolidação do capitalismo, o surgimento de proletariado, a separação entre capital (burguesia) e trabalho (operário), intensificou o êxodo rural, entre outros. O pioneirismo da Inglaterra na Revolução Industrial se deve a um conjunto de fatores, entre eles: marinha forte, recursos naturais como ferro e carvão, acúmulo de capital, estabilidade política, ética protestante, entre outros.

    2013

    (Uel 2013) Leia o texto a seguir.

    A tecnologia tem sido o catalizador da mudança social desde antes do matemático grego Arquimedes demonstrar que a água pode ser levantada para irrigar um terreno ressecado acima de um fluxo de água, por meio de um mecanismo contínuo propulsor dentro de um tubo flexível. Contudo, ao mesmo tempo, a diferença entre os contemplados e os tecnologicamente carentes tornou-se um abismo. Para cada um que agora compra sua passagem de avião, trem e ingresso de teatro online, milhões ainda esperam pela eletricidade e por água limpa corrente.

    (Adaptado de: JARDINE, L. Como a tecnologia afeta a transformação social. In: SWAIN, H. Grandes questões da História. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010. p.255-259.)

    • a) Com base no texto, descreva duas características fundamentais da Revolução Industrial inglesa do século XVIII.
    • b) Discuta as relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social no mundo contemporâneo.

    RESPOSTA:

    a) Sobre a revolução industrial, o candidato deve articular uma RESPOSTA que aponte suas características: o surgimento da manufatura, a urbanização, o surgimento do proletariado, o surgimento da indústria de bens de consumo, a expulsão do homem do campo, o cercamento das terras, a exploração do trabalho assalariado.

    b) Espera-se que o candidato articule uma reflexão demonstrando como o desenvolvimento tecnológico pode contribuir para o desenvolvimento humano e até mesmo para a preservação ambiental. Essas tecnologias não estão, contudo, disponíveis para todos, o que reforça a desigualdade existente. Em suma, o candidato deverá argumentar sobre os aspectos contraditórios das relações entre desenvolvimento tecnológico e bem-estar social.

    2012

    (Unesp 2012) Noite após noite, quando tudo está tranquilo

    E a lua se esconde por trás da colina,

    Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo.

    Com machado, lança e fuzil!

    Oh! meus valentes cortadores!

    Os que com golpes fortes

    As máquinas de cortar destroem.

    Oh! meus valentes cortadores! (…).

     (Canção popular inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que é Taylorismo, 1986.)

    A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização. Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”, enquanto outros os veem como “revolucionários conscientes”. Justifique as duas interpretações acerca do movimento.

    RESPOSTA: O movimento dos quebradores de máquinas entre os séculos XVIII e XIX, na Inglaterra, também conhecido por “Ludismo”, reuniu operários nos principais centros urbanos, que invadiam as fábricas e destruíam as máquinas. Para alguns, em especial os autores marxistas, eram rebeldes ingênuos, pois representaram um movimento espontâneo, sem ideologia, objetivos concretos ou forma mais acabada de organização, portanto, fadados à derrota. Para outros, eram revolucionários conscientes, encaixando-se nessa visão, historiadores mais tradicionais que entendem que os operários tinham consciência do papel nefasto das máquinas e das fábricas em suas vidas, responsáveis pelo aumento do desemprego e pela precarização do trabalho; ou ainda os historiadores anarquistas, que consideram que o movimento organizado de massas tem potencial revolucionário e, de alguma forma, pretende se opor ao “status quo”.

    2011

    (Fuvest 2011) Viver numa grande cidade implica o reconhecimento de múltiplos sinais. Trata-se de uma atividade do olhar, de uma identificação visual, de um saber adquirido, portanto. Se o olhar do transeunte, que fixa fortuitamente uma mulher bonita e viúva ou um grupo de moças voltando do trabalho, pressupõe um conhecimento da cor do luto e das vestimentas operárias, também o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos a sua presa, implica um conhecimento específico da cidade.

    Maria Stella Bresciani, Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Brasiliense, 1982, p.16. Adaptado.

    O texto mostra como o forte crescimento territorial e demográfico de algumas cidades europeias, no século XIX, redefiniu formas de convivência e sociabilidade de seus habitantes as quais, em alguns casos, persistem até hoje.

    • a) Cite e explique dois motivos do crescimento de cidades como Londres e Paris, no século XIX.
    • b) Indique e analise uma característica, dentre as mencionadas no texto, que se faça presente em grandes cidades atuais.

    RESPOSTA: O principal motivo de crescimento dessas duas cidades foi a industrialização, bastante acentuada no decorrer do século XIX, apesar da revolução industrial na Inglaterra ter-se iniciado no século anterior. A segunda metade do século XIX foi marcada pela 2ª Revolução Industrial, que promoveu não apenas as novas tecnologias, mas também um aumento significativo do número de fábricas e, portanto, de postos de trabalho. A segunda causa é a crise no setor agrário, colocado em segundo plano pelos governantes e burguesia dessas nações e que sofreu a interferência do processo de mecanização, principalmente nas últimas décadas do século, provocando desemprego entre os camponeses que, em um primeiro momento, tendiam a migrar para as grandes cidades.

    No trecho: “(…) o olhar do assaltante ou o do policial, buscando ambos, a sua presa (…)”, podemos observar uma situação cada vez mais comum nas grandes cidades, marcadas pelo banditismo e pela organização da criminalidade, com aumento constante da violência urbana em praticamente todas as grandes metrópoles brasileiras, que tem como contrapartida a “ação policial” e a preocupação da sociedade civil.

    2010

    (Unicamp 2010) Na Europa, até o século XVIII, o passado era o modelo para o presente e para o futuro. O velho representava a sabedoria, não apenas em termos de uma longa experiência, mas também da memória de como eram as coisas, como eram feitas e, portanto, de como deveriam ser feitas. Atualmente, a experiência acumulada não é mais considerada tão relevante. Desde o início da Revolução Industrial, a novidade trazida por cada geração é muito mais marcante do que sua semelhança com o que havia antes.

    (Adaptado de Eric Hobsbawm, O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade contemporânea?, em: Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 37-38.)

    • a) Segundo o texto, como a Revolução Industrial transformou nossa atitude em relação ao passado?
    • b) De que maneiras a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX alterou o sistema de produção?

    RESPOSTA:

    a) De acordo com o texto sim, pois antes da Revolução Industrial, “o passado era o modelo para o presente e o futuro”, pois o velho representava a sabedoria, experiência e a memória. Depois da Revolução Industrial, novidade surgida a cada geração ganhou mais importância em relação a sua semelhança com o que havia antes.

    b) A Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX promoveu a substituição da produção artesanal como sistema de produção predominante pelo sistema fabril. Promoveu também a mecanização da produção e a perda o controle por parte do trabalhador sobre o processo de trabalho, isto é, a alienação.

    (Unifesp 2010) A paz não passa de um engodo, de uma quimera, de um sonho fugaz; a indústria tornou-se o suplício dos povos, depois que uma ilha de piratas [refere-se à Inglaterra] bloqueia as comunicações (…) e transforma suas fábricas e oficinas em viveiros de mendigos.

    (Charles Fourier. Théorie des quatre mouvements (1808), in OEuvres complètes. Paris: Anthropos, vol. I, 1978, citado por Elias Thomé Saliba. As utopias românticas. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.)

    O fragmento, escrito em 1808, mostra a visão de Charles Fourier acerca do nascimento das fábricas. Explique

    • a) por que o autor chama as fábricas de “viveiros de mendigos”.
    • b) o que leva o autor a afirmar que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”.

    RESPOSTA: 

    a) Nas fábricas dos primeiros tempos da Revolução Industrial, os operários trabalhavam em precárias condições, devido às longas jornadas de trabalho em ambiente em insalubre, sujeitos a acidentes e a castigos físicos e em troca de salários insignificantes.

    b) A afirmação de Charles Fourier de que a Inglaterra “bloqueia as comunicações”, remete, no contexto em que se deu, à hegemonia inglesa no comércio internacional, condição que a Inglaterra ostentava desde o século XVII e que foi consolidada com a Revolução Industrial no século XVIII.

    (Uerj 2010)

    A comparação entre os três estágios da produção, no quadro apresentado

    Coketown era uma cidade de tijolos vermelhos, ou melhor, de tijolos que seriam vermelhos se a fumaça e as cinzas permitissem, cidade de máquinas e de altas chaminés. Apresentava muitas ruas largas, todas iguais, e muitas ruazinhas ainda mais iguais, cheias de pessoas também muito iguais, pois todas saíam e entravam nas mesmas horas, andando com passo igual na mesma calçada, para fazer o mesmo trabalho, e para elas cada dia era parecido com o da véspera e com o dia seguinte.

    CHARLES DICKENS

    In: ENDERS, Armelle e outros. História em curso. Rio de Janeiro: FGV, 2008.

    A Revolução Industrial provocou grandes mudanças em algumas cidades inglesas a partir de finais do século XVIII. A imagem de Birmingham, de 1886, e o fragmento do romance Tempos difíceis, publicado em 1854, apresentam sinais dessas transformações.

    Apresente uma mudança causada pelo processo de industrialização nas cidades inglesas e uma de suas consequências para as condições de vida do operariado.

    RESPOSTA:

    Uma das mudanças:

    – expansão, diversificação e maior complexidade da paisagem urbana

    – separação entre bairros operários, mais próximos das zonas de localização das indústrias, e bairros nobres, áreas de lazer e logradouros destinados à administração

    – alteração do espaço natural decorrente da concentração industrial em áreas urbanas, causadora de efeitos poluentes e de degradação ambiental, associados tanto à aplicação dos progressos tecnológicos na mecanização da produção quanto aos processos de expansão e de concentração demográfica

    – crescimento populacional decorrente da ampliação da demanda por mão de obra e alimentado por feixes migratórios originários das áreas rurais

    Uma das consequências:

    – crescente divisão do trabalho

    – padronização dos ritmos de vida

    – exploração da mão de obra infantil e feminina

    – crescimento dos índices de violência e criminalidade

    Entre as consequências as Revolução Industrial, a intensificação do processo de urbanização da sociedade foi uma das mais significativas, porém as precárias condições de vida e trabalho a que foram submetidas as populações operárias geravam situações como as descritas no texto.

    2008

    (Fuvest 2008) Durante o século XVIII, na Europa, constituíram-se dois polos dinâmicos: um de dimensão cultural, representado pela França, e outro de dimensão econômica, representado pela Inglaterra.

    Descreva aspectos referentes ao

    • a) primeiro polo.
    • b) segundo polo.

    RESPOSTA:

    a) A França foi , no século XVIII, o centro de difusão dos ideais liberais contrários ao então vigente Antigo Regime e que inspiraram as chamadas revoluções burguesas. As ideias liberais tinham por fundamento a filosofia iluminista, cujos princípios mais relevantes eram a defesa da razão como único caminho para o conhecimento e a defesa da liberdade e da igualdade de direitos.

    b) A Inglaterra era, no século XVIII, o principal centro dinâmico do capitalismo. O país foi o berço da Revolução Industrial, importante processo que desencadeou inúmeras transformações econômicas, sociais, políticas e culturais em dimensões mundiais, verificadas a partir do século XIX, promovendo a consolidação do capitalismo.

    HISTÓRIA – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL