Quem é dono da emirates

Vista de fora, a vida de Mohammed bin Rashid Al Maktoum, de 71 anos, é tão deslumbrante quanto o emirado do Dubai, que governa há 14 anos e ajudou a modernizar. Mas por detrás do também vice-presidente e primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, que ajudou a lançar empresas como a companhia aérea Emirates e cuja paixão por cavalos faz dele presença assídua em Ascot (onde já foi fotografado ao lado da rainha Isabel II), esconde-se uma complicada vida familiar. Da mesma forma que os modernos arranha-céus escondem a crise causada pelo coronavírus e uma sociedade que não é perfeita para todos.

O emir do Dubai, que sucedeu ao irmão em 2006, foi um dos responsáveis pela transformação económica do emirado. Não tão rico quanto Abu Dhabi em petróleo, descoberto em 1966, o Dubai apostou nos serviços e no turismo para se catapultar a nível mundial. A sua economia foi construída com a ajuda de legiões de expatriados: mais de 90% dos 3,3 milhões de habitantes são estrangeiros. Muitos, oriundos de países como Nepal, Bangladesh, Índia, Paquistão ou Filipinas, trabalham na construção e são constantes as denúncias de condições de trabalho deficientes.

Para projetar o nome do Dubai no mundo, o emir apostou na construção do mais alto arranha-céus de sempre, o Burj Khalifa, inaugurado em 2010 - tal como agora os Emirados Árabes Unidos apostaram no envio de uma sonda que acaba de chegar a Marte, tendo o centro espacial a sede no Dubai. Mas com as construções nas últimas décadas que transformaram a antiga cidade portuária do deserto numa metrópole vieram dívidas. O país viu-se agora afetado pela covid-19, que atingiu o setor do turismo e obrigou a adiar a Expo 2020, onde muito dinheiro foi empatado. Ao contrário do que aconteceu na crise de 2019, quando Abu Dhabi garantiu um bailout de 20 mil milhões de dólares, agora não é certo que possa fazer o mesmo, com a queda do preço do petróleo.

Escândalos familiares

No meio da crise, o emir volta a ver-se envolto em escândalos familiares. Mohammed bin Rashid Al Maktoum casou-se seis vezes e terá 30 filhos (alguns dos meios-irmãos têm o mesmo nome, o que ainda confunde mais a árvore genealógica da família). A sua primeira mulher, considerada a oficial, é a sua prima direta Hindt. A primeira-dama do Dubai é mãe de 12 dos seus filhos, incluindo o príncipe herdeiro Hamdan bin Mohammed Al Maktoum (Rashid, o irmão mais velho, morreu vítima de ataque cardíaco em 2015, com 33 anos).

Fazza, como é conhecido, tem 38 anos e é uma estrela no Instagram, onde tem mais de 11 milhões de seguidores. Nesta rede social partilha o amor pelos animais, pelo desporto - tem até um vídeo a treinar na passadeira com Cristiano Ronaldo -, pela poesia ou pela fotografia. Mas são duas das filhas da mulher argelina do emir, Houria Ahmed Lamara (sobre quem se sabe muito pouco), que têm chamado a atenção para a sua vida privada. Shamsa e Latifa tentaram fugir do pai, e esta última denunciou em vídeos que nesta semana vieram a público que temia pela sua vida.

Shamsa foi a primeira a tentar fugir, ainda em 2000, da propriedade da família em Surrey (no Reino Unido), tendo sido apanhada pelos guarda-costas um mês depois e obrigada a voltar ao Dubai. Já Latifa tentou fugir com 16 anos, em 2002, cruzando a fronteira com Omã, mas foi apanhada, alegando que depois ficou em isolamento e foi torturada. Em 2018, voltou a tentar, fugindo em jet ski com uma amiga até águas internacionais, onde as esperava o iate de um empresário e ex-espião francês. Não chegaram ao destino, a Índia.

Em vídeos que terão sido filmados um ano depois, mas só agora tornados públicos pela BBC, Latifa dizia ser refém numa villa convertida em prisão, com polícias dentro e fora da casa. Os vídeos foram enviados por amigos, que dizem não receber mensagens secretas dela há vários meses, com o chefe da diplomacia britânica, Dominic Raab, a dizer que as imagens são "preocupantes" e a pedir provas onde se veja que a princesa de 35 anos está "viva e com boa saúde".

Um ano depois da captura de Latifa, foi a sua sexta mulher (a segunda oficial) a causar escândalo. Proprietário da Godolphin, uma das mais importantes empresas de cavalos de corrida, o emir é um apaixonado pelo hipismo. Uma paixão que partilhava com a princesa Haya bint Hussein, meia-irmã do rei da Jordânia, educada no Reino Unido como ele, e atleta olímpica. Casaram-se em 2004, mas em abril de 2019 ela fugiu com os dois filhos (de 13 e 9 anos) para o Reino Unido.

O emir, que também é um conceituado poeta, publicou um poema que dizia algo como "a era das tuas mentiras acabou" e concluía com um "não quero saber se vives ou morres". Em tribunal, procurou, sem sucesso, ficar com a custódia dos filhos, tendo Haya pedido proteção para ela e para a filha, de forma a evitar um casamento forçado.

Quem é dono da emirates
A Emirates possui 115 jatos A380, mas um deles já está fora dos planos (Emirates)

Talvez pareça exagero, mas a Emirates Airline pode ser considerada a maior porta-voz do A380, até mais do que a própria Airbus, fabricante do maior jato de passageiros da história. O motivo é óbvio: a companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos explora como nenhuma outra cliente a imagem de exclusividade do imenso avião de dois andares.

Não por acaso, ela opera a mais extensa frota de A380 no mundo, com 115 unidades. A segunda colocada nessta lista, a Singapore Airlines, tem apenas 19 aviões, e a terceira, a Lufthansa, 14 unidades e que estão sendo retiradas de serviço.

Essa situação peculiar tem obrigado a Emirates a defender a necessidade do A380, a despeito de várias outras empresas terem decidido retirá-lo de operação antes mesmo da pandemia do coronavírus. Com a crise que afeta a aviação comercial, no entanto, a companhia aérea do Oriente Médio passou a ser alvo de rumores de que pode desistir de bancar a operação do A380, algo que ela ainda nega. A empresa ainda possui oito unidades novas a serem entregues pela Airbus.

Em recente declaração, a Emirates afirmou que acredita que seus A380 serão reativados nos próximos anos, como planejado. Apenas algumas unidades já programadas sairão de serviço como o jato de registro A6-EDB, que foi visto em Dubai já sem a pintura da companhia.

A aeronave, número de série 13, foi entregue em outubro de 2008 após voar pela primeira vez em abril daquele ano e realizou sua útima rota comercial em fevereiro deste ano com destino a Muscat, ou seja, permaneceu em serviço apenas 12 anos.

Ignora-se ainda qual será o destino do avião, que pertence à Emirates. Pode servir como peças de reposição para outros A380 ou mesmo oferecido no mercado de aeronaves usadas. Recentemente, Tim Clark, Presidente da Emirates, afirmou que outros duas aeronaves deverão ser aposentadas nos próximos meses. Mas até ele já reconheceu que o A380 e o 747 já são passado.

.@emirates phased out first #A380#InAviation #AVGEEK pic.twitter.com/V8rhIrQKrn

— Mohamed Al Mehairi (@AlMehairiAUH) June 12, 2020

Veja também: ANA quer adiar recebimento de seu último Airbus A380

Quem são os donos da Emirates?

H.H. Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum Atualmente, ele dirige o Grupo Emirates, que inclui a dnata. Hoje, a Emirates é uma premiada companhia aérea global, cuja rede cobre mais de 150 destinos e se estende por seis continentes. Somando mais de 270 aeronaves, sua frota de Boeings 777 e Airbus A380 é a maior do mundo.

Qual o valor da empresa Emirates?

A Emirates é denominada a “Marca de companhia aérea mais valiosa” do mundo e a marca mais valiosa do Oriente Médio pela Brand Finance, com um valor estimando em USD 3,7 bilhões.

Quem é o dono do aeroporto de Dubai?

É um importante hub da aviação no Oriente Médio, e é o principal aeroporto do Oriente Médio. ... .

Quantos aviões da Emirates tem?

A Emirates é a companhia aérea com mais Airbus A380 em operação em todo o mundo, com uma frota de 115 aeronaves desse modelo. Também é a maior operadora de Boeing 777 do mundo, totalizando 142 aeronaves, 10 da versão -200LR e 132 da versão -300ER.