Que toca a Divisão Internacional do Trabalho qual a situação melhor descreve os países subdesenvolvidos?



Alguns países são mais desenvolvidos que outros. Ao mesmo tempo, nenhum consegue ser competitivo em todo setor. A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) existe para tentar equilibrar o impacto da economia global. Enquanto os grandes exportam tecnologia e novas técnicas de produção em massa, os pequenos colaboram de outra maneira e, assim, todos ganham.

Neste artigo, vamos falar sobre o conceito de DIT, como surgiu, como funciona e qual é a participação do Brasil nesse sistema.

Saiba o que é a Divisão Internacional do Trabalho e como surgiu

Trata-se de uma espécie de acordo que estabelece a divisão de atividades e serviços entre os países do mundo. Pode ser considerada uma especialização produtiva que atua por meio de trocas. O objetivo é promover o progresso para todos os envolvidos.

O método foi adotado depois do surgimento do capitalismo moderno. É dividido em três momentos, de acordo com a dinâmica econômica de cada época. Acompanhe a seguir.

Primeira fase

Aconteceu no final do século XV, no início do capitalismo. A produção ainda era manual, feita a partir da extração de matéria-prima e acúmulo de minério e metais preciosos.

Segunda fase

Ocorreu no século XVII, durante a Primeira e a Segunda Revolução Industrial. Nesse período, as colônias e os países emergentes também forneciam produtos agrícolas, entre diversos tipos de minerais e especiarias.

Terceira fase

Depois da destruição causada pela guerra, a economia voltou a crescer e os países subdesenvolvidos começaram um processo tardio de industrialização. Assim, a terceira DIT surgiu no século XX com a chegada de empresas multinacionais e globais.

Veja como funciona na prática

O país em desenvolvimento — inclusive aquele que foi marcado por uma crise econômica ou que passou por uma lenta transformação de industrialização — oferece uma variada cadeia de incentivos ao mais desenvolvido. Um deles é a isenção total ou parcial da taxa de imposto.

Em troca, recebe a instalação de indústrias no local. Ou seja, o mais pobre precisa que o mais rico invista na região. Dessa forma, cada um proporciona uma facilidade para que cresçam juntos.

Entenda a participação do Brasil nesse sistema

A presença do Brasil na Divisão Internacional do Trabalho ganhou mais força com a exportação de matéria-prima para multinacionais de países desenvolvidos.

A partir do século XX, o país passou por uma transformação econômica e social que permitiu ganhar o status de uma das maiores economias do mundo. A modernização industrial, o surgimento da tecnologia, a expansão de alguns serviços (como a telecomunicação) contribuíram para esse processo.

No entanto, essa mudança não garantiu uma melhoria significativa na qualidade de vida da população. Ao mesmo tempo, esse problema também é consequência das próprias opções adotadas para a sua inserção na DIT, uma vez que essa orientação é feita por agentes políticos e econômicos.

Como você viu, a Divisão Internacional do Trabalho é um acordo entre os países que define as atividades e os serviços que são realizados por cada um, como uma forma de acelerar um benefício econômico para todos. Apesar da crítica de estudiosos, esse sistema é capaz de minimizar o impacto negativo do subdesenvolvimento.

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A DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é a distribuição da produção econômico-industrial internacional. Considerando que é impossível que um único país seja potencialmente produtor de todas as mercadorias, dividem-se os campos de especialização produtiva pelas diversas partes da Terra.

A DIT passou por algumas fases, essas obedeceram à dinâmica econômica e política do período histórico em que elas existiram.  Veja o quadro abaixo:

Que toca a Divisão Internacional do Trabalho qual a situação melhor descreve os países subdesenvolvidos?

Esquema ilustrativo simplificado das fases da DIT

Primeira DIT

Durante o final do século XV e ao longo do século XVI, período de início das grandes navegações e de expansão da civilização europeia pelo mundo, o capitalismo encontrava-se em sua fase inicial, chamada de capitalismo comercial. Esse período era caracterizado pela manufatura (produção manual) a partir da extração de matérias-primas e pelo acúmulo de minérios e metais preciosos por parte das nações (metalismo).

Com isso, aqueles locais colonizados pelos países europeus exerciam a função de produzir, a partir da exploração de seus recursos naturais, os metais preciosos e as matérias-primas utilizados pelas metrópoles. Um exemplo é o do Brasil, em que Portugal extraía o Pau-Brasil para a produção de vários tipos de produtos.

Segunda DIT

Durante o século XVI – mas principalmente a partir do século XVII – essa divisão do trabalho sofreu algumas poucas e sensíveis alterações. Com a Primeira e a Segunda Revolução Industrial, as colônias e os países subdesenvolvidos passaram a fornecer também produtos agrícolas, assim como vários tipos de minerais e especiarias. Nesse período, por exemplo, o Brasil se viu marcado pela monocultura da cana-de-açúcar (século XVI) e exploração de ouro (século XVII).

Terceira DIT ou “Nova DIT”

A partir do século XX, com a Revolução Técnico-Científica-Informacional e a consolidação do Capitalismo Financeiro, temos a expansão das grandes multinacionais pelo mundo. Isso acarretou na mudança da Divisão Internacional do Trabalho, que passou a ser conhecida também por Nova DIT.

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Nesse período, os países subdesenvolvidos também realizaram os seus processos tardios de industrialização. Só que, diferentemente da industrialização dos países desenvolvidos, essa aconteceu a partir da abertura do mercado financeiro desses países e pela instalação de empresas Multinacionais ou Globais, oriundas, quase sempre, de países desenvolvidos.

Além disso, assistiu-se também a uma segmentação do mercado produtivo. Para buscar isenções de impostos e rápido acesso a matérias-primas nos países subdesenvolvidos, as multinacionais distribuíram o seu processo produtivo por todo o globo terrestre. Um carro, por exemplo, tem o seu motor produzido no México, os para-choques na Argentina, o Chassi na Coreia do Sul e a montagem realizada no Brasil.

Com isso, surgiu a denominação de “indústrias maquiladoras”, pois não havia produção de nenhum material nelas, mas apenas a montagem oriunda da produção de peças de diversos setores do mundo.

Que toca a Divisão Internacional do Trabalho qual a situação melhor descreve os países subdesenvolvidos?

A maioria das indústrias automobilísticas é, na verdade, responsável apenas pela montagem dos carros

Convém ressaltar que a produção industrial continua sendo realizada majoritariamente pelos países desenvolvidos, ou com o capital oriundo desses países. Apenas o local da produção é que mudou, mas todo o capital dessas empresas retorna aos seus países de origem. Essa migração das multinacionais se deve pela busca de mão de obra abundante nos países pobres e por maiores oportunidades de explorarem os recursos naturais.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Qual a situação melhor descreve os países subdesenvolvidos?

Os países subdesenvolvidos apresentam uma elevada concentração de renda entre a sua população, havendo uma pequena parcela populacional que concentra a maior parte da renda do país. Portanto, há um alto índice de desigualdade de renda, também chamado de Índice de Gini.

Qual a função dos países subdesenvolvidos na Divisão Internacional do Trabalho?

Originalmente, a DIT clássica indicava que os países subdesenvolvidos forneciam matérias primas para os países desenvolvidos, enquanto estes as usavam para a produção de bens finais. Posteriormente, os países subdesenvolvidos tinham que comprar esses produtos dos países produtores (desenvolvidos).

Como se dá a Divisão Internacional do Trabalho entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos?

Países desenvolvidos: investimentos, empréstimos e produtos de alta complexidade tecnológica. Países subdesenvolvidos: produtos primários, produtos industrializados de baixa complexidade e mão-de-obra a baixos custos. Países em desenvolvimento: juros, lucros e produtos industrializados.

Qual o impacto econômico da Divisão Internacional do Trabalho para os países subdesenvolvidos?

A Divisão Internacional do Trabalho provoca desigualdades. Os países emergentes ou em desenvolvimento, como México, Argentina, Brasil e outros, adquirem tecnologias a preços altos, enquanto que os produtos exportados pelos países citados não atingem preços satisfatórios, favorecendo os países ricos.