Qual o número atômico do elemento que apresenta o subnível mais energético 6p3 *?

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Fronts Quimica 1 Feltre LA 10/06/2005 16:12 Page 1 



Ricardo Feltre 

Engenheiro Químico pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 
Doutor em Engenharia Química pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 
Professor de Química em cursos pré-vestibulares e em cursos superiores. 


OUÍMICA 



Livro não-consumível 

Componente curricular: QuÍITIÍCcI 

Ilustrações: Adilson Secco, Nelson Matsuda 



6 - edição 

São Paulo, 2004 


=111 Moderna 



Composite 


JOHN WILLIAM BANAGAN / THE IMAGE BANK - GETTY IMAGES 


-f 


Título original: QUÍMICA 
© Ricardo Feltre, 2004 


=111 Moderna 


Coordenação editorial: José Luiz Carvalho da Cruz 

Edição de texto: Alexandre da Silva Sanchez, Flávia Schiavo, Márcio Costa 

Colaboradora: Soraya Saadeh (Manual do Professor) 

Revisão técnica: Francisco Benedito Teixeira Pessini, Soraya Saadeh 
Revisão editorial: Maria Aiko Nishijima 
Preparação de texto: Morissawa Casa de Edição ME 

Assistência editorial: Joel de Jesus Paulo, Rosane Cristina Thahira, Regiane de 
Cássia Thahira 

Coordenação de design e projetos visuais: Sandra Botelho de Carvalho Homma 
Projeto gráfico: Marta Cerqueira Leite, Sandra Botelho de Carvalho Homma 
Capa: Luiz Fernando Rubio 

Foto: Mulher trabalhando nas salinas, Vietnã 
©John William Banagan/The Image Bank-Getty Images 
Coordenação de produção gráfica: André Monteiro, Maria de Lourdes Rodrigues 
Coordenação de revisão: Estevam Vieira Lédo Jr. 

Revisão: Daniela Bessa Puccini, José Alessandre S. Neto 

Coordenação de arte: Wilson Gazzoni Agostinho 

Edição de arte: Wilson Gazzoni Agostinho 

Editoração eletrônica: Setup Bureau Editoração Eletrônica 

Coordenação de pesquisa iconográfica: Ana Lucia Soares 

Pesquisa iconográfica: Vera Lucia da Silva Barrionuevo 

As imagens identificadas com a sigla CID foram fornecidas pelo Centro de 

Informação e Documentação da Editora Moderna. 

Coordenação de tratamento de imagens: Américo Jesus 

Tratamento de imagens: Américo Jesus, Fabio N. Precendo e Rubens M. Rodrigues 

Saída de filmes: Helio P de Souza Filho, Mareio H. Kamoto 

Coordenação de produção industrial: Wilson Aparecido Troque 

Impressão e acabamento: 


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 


Feltre, Ricardo, 1928- . 

Química / Ricardo Feltre. — 6. ed. — 

São Paulo : Moderna, 2004. 

Obra em 3 v. 

Conteúdo: V. 1 . Química geral — v. 2. 
Físico-química — v. 3. Química orgânica 
Bibliografia. 

1 . Química (Ensino médio) 2. Físico-química 
(Ensino médio) — Problemas, exercícios etc. 

I. Título. 


04-2879 CDD-540.7 


índices para catálogo sistemático: 

1. Química : Ensino médio 540.7 

Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 
Todos os direitos reservados 

EDITORA MODERNA LTDA. 

Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho 
São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 

Vendas e Atendimento: Tel. (0 11) 6090-1500 

Fax (0_ _11) 6090-1501 
www.moderna.com.br 
2005 

Impresso no Brasil 
1 3579 10 8642 


IIMICA 1-PNLEM 


2 


06/07/2005, 15:23 


APRESENTAÇAO 


Em seus três volumes, esta obra procura contribuir para 
o ensino da Química entre os alunos do Ensino Médio. Nela 
são apresentados os conhecimentos básicos da Química e 
suas aplicações mais importantes. Continuamos nos guian- 
do para a simplificação da teoria, na articulação desta com 
os fatos do cotidiano e na diversificação dos exercícios. 

Para atingir essa finalidade, cada capítulo da obra foi 
dividido em tópicos que visam tornar a exposição teórica 
gradual e didática. No final de cada tópico, propusemos 
algumas perguntas cuja finalidade é a revisão das idéias 
principais aí desenvolvidas, seguindo-se também uma série 
de exercícios sobre o que foi discutido. 

Em todos os capítulos foram colocados, em muitas opor- 
tunidades, boxes com curiosidades e aplicações da Química, 
pequenas biografias de cientistas, sugestões de atividades 
práticas e leituras. A intenção dessas seções foi proporcio- 
nar maior articulação dessa ciência com outras, como a Ma- 
temática, a Física e a Biologia, e também com os avanços 
tecnológicos. 

Agradecemos aos professores e aos alunos que presti- 
giam nossa obra e reiteramos que críticas e sugestões serão 
sempre bem recebidas. 


O autor 


6/7/05, 14:05 




SUMARIO 


Capítulo Q primeIRA VISÃO DA QUÍMICA 

1. Observando a natureza, 2 

2. As transformações da matéria, 3 

3. A energia que acompanha as transformações da matéria, 5 
Box: Veja o que a falta de energia pode provocar, 7 

4. Conceito de Química, 7 

5. A Química em nosso cotidiano, 7 
Atividades práticas — pesquisa 8 
Revisão, 9 
Exercícios, 9 

Leitura, 1 0 Questões sobre a leitura, 1 0 




Capítulo 



CONHECENDO A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES 



1. Como a matéria se apresenta: Homogênea? Heterogênea?, 12 

2. Fases de um sistema, 12 

3. Como a matéria se apresenta: Pura? Misturada?, 1 3 

Atividades práticas, 14 
Revisão, 14 

Exercícios, 1 5 Exercícios complementares, 1 5 

4. Transformações da água, 1 5 

Revisão, 18 

Exercícios, 1 8 Exercícios complementares, 1 9 

5. As observações e as experiências na ciência, 20 

5.1. Medições: o cotidiano e o científico, 20 

5.2. Uma medição importante: a densidade, 23 

5.3. A importância dos gráficos no dia-a-dia, 24 
Atividades práticas, 26 

Revisão, 26 

Exercícios, 26 Exercícios complementares, 28 

6. Substância pura (ou espécie química), 29 

Revisão, 30 
Exercícios, 30 

7. Processos de separação de misturas, 31 

7.1. Filtração, 32 

7.2. Decantação, 33 

7.3. Destilação, 35 

Box : Destilação do ar líquido, 36 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




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rm 



Sumario-QFI -PNLEM 


5 



L] 


7.4. Cristalização, 36 

7.5. Outros processos de desdobramento de misturas, 36 

8. Aprendendo mais sobre o laboratório de Química, 37 

9. A segurança nos laboratórios de Química, 39 

Atividades práticas, 40 
Revisão, 40 

Exercícios, 41 Exercícios complementares, 42 
Leitura, 43 Questões sobre a leitura, 44 
I Desafio, 45 


EXPLICANDO A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES 


1. Vale a pena explicar (entender) os fatos do cotidiano (e da ciência)?, 49 

Box : Conhecimento e poder, 49 

2. As tentativas de explicar a matéria e suas transformações, 49 

3. O nascimento da Química, 50 

3.1. A lei de Lavoisier, 50 

3.2. A lei de Proust, 51 
Atividades práticas, 52 
Revisão, 52 
Exercícios, 52 

4. A hipótese de Dalton, 53 

5. Os elementos químicos e seus símbolos, 54 

Revisão, 55 
Exercícios, 55 

6. Explicando a matéria — As substâncias químicas, 55 

6.1. Substâncias simples, 57 

6.2. Substâncias compostas ou compostos químicos, 58 

7. Explicando a matéria — As misturas, 58 

Atividades práticas — pesquisa 59 
Revisão, 59 

Exercícios, 60 Exercícios complementares, 60 

8. Explicando as transformações dos materiais, 61 

8.1 As transformações físicas, 61 

8.2 As transformações químicas, 61 

• E fácil reconhecer uma transformação química?, 62 

• Misturar ou reagir?, 63 

9. As propriedades das substâncias, 64 

Atividades práticas, 64 
Revisão, 65 

Exercícios, 65 Exercícios complementares, 65 



30/5/05, 10:53 







A 


10 . Explicando as variações de energia que acompanham 
as transformações materiais, 66 

11 . Segunda visão da Química, 66 

12. Como a ciência progride, 67 

Atividades práticas, 69 
Revisão, 69 
Exercícios, 69 

Leitura, 70 Questões sobre a leitura, 71 
H Desafio, 72 


Capítulo Q A EVOLUÇÃO DOS MODELOS ATÔMICOS 

a i. O modelo atômico de Thomson, 75 

2 . A descoberta da radioatividade, 77 

3. O modelo atômico de Rutherford, 78 
Atividades práticas, 80 
Revisão, 80 

Exercícios, 81 Exercícios complementares, 81 

4 . A identificação dos átomos, 81 

4.1. Número atômico, 82 

4.2. Número de massa, 82 

4.3. Elemento químico, 82 

4.4. íons, 82 

4.5. Isótopos, isóbaros e isótonos, 83 
Revisão, 84 

Exercícios, 85 Exercícios complementares, 86 

5. O modelo atômico de Rutherford-Bohr, 86 

5.1 Introdução, 86 

5.2 Um breve estudo das ondas, 87 

5.3 As ondas eletromagnéticas, 88 

5.4 O modelo de Rutherford-Bohr, 90 
Atividades práticas, 92 
Revisão, 92 

Exercícios, 93 Exercícios complementares, 93 

6. O modelo dos orbitais atômicos, 94 
Box: Pode-se ver o átomo?, 95 

7. Os estados energéticos dos elétrons, 96 

7.1 Níveis energéticos, 96 

7.2 Subníveis energéticos, 96 

7.3 Orbitais, 96 

7.4 Spin, 97 

7.5 A identificação dos elétrons, 98 
Revisão, 99 

Exercícios, 1 00 Exercícios complementares, 1 01 


QF1-PNLEM 



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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




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A 


8. A distribuição eletrônica, 101 

8.1 Distribuição eletrônica em átomos neutros, 101 

8.2 Distribuição eletrônica nos íons, 102 
Exercícios, 1 03 Exercícios complementares, 1 04 
Leitura, 1 05 Questões sobre a leitura, 1 07 

H Desafio, 1 08 



A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 


1. Histórico, 1 1 1 

2. A classificação periódica moderna, 1 1 3 
Classificação periódica dos elementos, 1 14 

2.1. Períodos, 1 1 5 

2.2. Colunas, grupos ou famílias, 1 1 5 

2.3. Os nomes dos elementos químicos, 1 1 7 
Revisão, 1 1 8 

Exercícios, 1 1 8 Exercícios complementares, 1 1 9 

3. Configurações eletrônicas dos elementos 
ao longo da classificação periódica, 1 1 9 

Revisão, 1 21 

Exercícios, 121 Exercícios complementares, 123 

4. Propriedades periódicas e aperiódicas dos elementos químicos, 123 

4.1 Introdução, 1 23 

4.2 Raio atômico, 1 24 

4.3 Volume atômico, 1 26 

4.4 Densidade absoluta, 1 27 

4.5 Ponto de fusão e de ebulição, 1 27 

4.6 Potencial de ionização, 127 

4.7 Eletroafinidade ou afinidade eletrônica, 127 
Atividades práticas, 1 28 

Revisão, 1 28 

Exercícios, 1 28 Exercícios complementares, 1 30 
Leitura, 1 31 Questões sobre a leitura, 1 32 
H Desafio, 1 33 


Capítulo 



AS LIGAÇÕES QUÍMICAS 



1. Introdução, 1 36 

2. Ligação iônica, eletrovalente ou heteropolar, 137 

2.1. Conceitos gerais, 1 37 

2.2. A ligação iônica e a Tabela Periódica, 1 39 

2.3. O tamanho do íon, 1 40 
Revisão, 141 

Exercícios, 141 Exercícios complementares, 142 


Sumario-QFI -PNLEM 


7 



30/5/05, 10:53 


LI 


I* 







A 


3. Ligação covalente, molecular ou homopolar, 143 

3.1. Ligação covalente, 143 

3.2. Caso particular da ligação covalente, 145 

3.3. Fórmulas de compostos covalentes, 146 

3.4. Compostos moleculares e compostos iônicos, 147 

3.5. Exceções à regra do octeto, 148 
Revisão, 149 

Exercícios, 149 Exercícios complementares, 150 

4. Ligação metálica, 1 51 

4.1. Estrutura dos metais, 151 

4.2. A ligação metálica, 152 

4.3. Propriedades dos metais, 1 52 
Revisão, 1 53 

Exercícios, 153 

Leitura, 1 54 Questões sobre a leitura, 1 54 
I Desafio, 1 55 



A GEOMETRIA MOLECULAR 


1. A estrutura espacial das moléculas, 157 

1.1. Conceitos gerais, 1 57 

1.2. Moléculas com pares eletrônicos ligantes e não-ligantes, 158 

1.3. Teoria da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência, 158 

1.4. Macromoléculas covalentes, 159 

1.5. Alotropia, 1 59 

• A alotropia do carbono, 1 59 

• A alotropia do fósforo, 1 60 

• A alotropia do enxofre, 1 61 
Revisão, 1 61 

Exercícios, 162 Exercícios complementares, 163 

2. Eletronegatividade/polaridade das ligações e das moléculas, 1 64 

2.1. Conceitos gerais, 1 64 

2.2. Ligações polares e ligações apoiares, 1 65 

2.3. Momento dipolar, 1 66 

2.4. Moléculas polares e moléculas apoiares, 167 
Revisão, 1 68 

Exercícios, 169 Exercícios complementares, 170 

3. Oxidação e redução, 1 71 

3.1. Conceitos de oxidação e redução, 1 71 

3.2. Conceito de número de oxidação, 1 72 

3.3. Números de oxidação usuais, 1 73 

3.4. Cálculo dos números de oxidação, 1 73 
Box: A explosão do foguete brasileiro VLS-1 

(Veículo Lançador de Satélites-1 ), 1 74 
Revisão, 1 74 

Exercícios, 1 75 Exercícios complementares, 1 76 

4. Forças (ou ligações) intermoleculares, 1 76 
4.1. Forças (ou ligações) dipolo-dipolo, 1 76 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



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4.2. Ligações por pontes de hidrogênio, 1 76 

4.3. Forças (ou ligações) de Van der Waals (ou de London), 1 78 

4.4. Relação entre as ligações e as propriedades das substâncias, 1 79 
Atividades práticas, 1 79 

Revisão, 1 80 

Exercícios, 1 80 Exercícios complementares, 1 82 
Leitura, 1 83 Questões sobre a leitura, 1 84 
I Desafio, 1 84 



ÁCIDOS, BASES E SAIS INORGÂNICOS 


1. Introdução, 1 88 

1.1. Dissociação e ionização, 189 

1.2. Grau de ionização, 189 
Revisão, 1 90 
Exercícios, 1 90 

2. Ácidos, 191 

2.1 . A definição de ácido de Arrhenius, 1 91 

2.2. Classificação dos ácidos, 1 91 

a) De acordo com o número de hidrogénios ionizáveis, 191 

b) De acordo com a presença ou não de oxigênio na molécula, 1 92 

c) De acordo com o grau de ionização, 192 

2.3. Fórmulas dos ácidos, 1 92 

2.4. Nomenclatura dos ácidos, 193 

a) Hidrácidos, 1 93 

b) Oxiácidos, 1 93 

2.5. Ácidos importantes, 194 

a) Ácido sulfúrico — H 2 S0 4 , 1 94 

b) Ácido clorídrico — HCl, 1 95 

c) Ácido nítrico — HN0 3 , 1 95 

d) Ácido fluorídrico — HF, 1 95 
Revisão, 1 96 

Exercícios, 196 Exercícios complementares, 197 


3. Bases ou hidróxidos, 198 

3.1 . Definição de base de Arrhenius, 1 98 

3.2. Classificações das bases, 1 99 

a) De acordo com o número de hidroxilas (OH), 199 

b) De acordo com o grau de dissociação, 199 

c) De acordo com a solubilidade em água, 1 99 

3.3. Fórmulas das bases, 1 99 

3.4. Nomenclatura das bases, 199 

a) Quando o elemento forma apenas uma base, 1 99 

b) Quando o elemento forma duas bases, 1 99 

3.5. Bases importantes, 200 

a) Hidróxido de sódio — NaOH, 200 

b) Hidróxido de cálcio — Ca(OH) 2 , 200 

c) Hidróxido de amónio — NH 4 OH, 201 
Revisão, 201 

Exercícios, 201 



Sumario-QFI -PNLEM 


9 


30/5/05, 10:53 





A 


4. Comparação entre ácidos e bases, 202 

4.1. Propriedades funcionais, 202 

4.2. A medida do caráter ácido e do básico, 203 
Box: Acidez do solo, 204 

Atividades práticas, 204 
Revisão, 205 

Exercícios, 205 Exercícios complementares, 205 

5. Sais, 206 

Box: Império do sal, 206 

5.1. Conceituação dos sais, 207 

5.2. Reação de neutralização total/Sais normais ou neutros, 207 

a) Fórmula geral dos sais normais, 208 

b) Nomenclatura dos sais normais, 208 

c) Solubilidade dos sais normais, 209 

5.3. Outros tipos de sais, 209 

a) Sais ácidos ou hidrogeno-sais, 209 

b) Sais básicos ou hidroxi-sais, 209 

c) Sais duplos ou mistos, 210 

d) Sais hidratados ou hidratos, 21 0 

e) Sais complexos, 21 0 
Box: O galo do tempo, 21 0 

5.4. Sais importantes, 210 

a) Cloreto de sódio — NaCl, 21 0 

b) Carbonato de sódio — Na 2 C0 3 , 21 1 

c) Hipoclorito de sódio — NaOCt, 21 1 

d) Carbonato de cálcio — CaC0 3 , 21 1 
Atividades práticas, 21 1 

Revisão, 21 2 

Exercícios, 21 2 Exercícios complementares, 21 3 
Leitura, 21 4 Questões sobre a leitura, 21 5 
I Desafio, 21 6 



ÓXIDOS INORGÂNICOS 


1. Definição de óxido, 21 9 

2. Fórmula geral dos óxidos, 21 9 

3. Óxidos básicos, 220 

3.1. Nomenclatura dos óxidos básicos, 220 

4. Óxidos ácidos ou anidridos, 221 

4.1. Nomenclatura dos óxidos ácidos, 222 

5. Óxidos anfóteros, 222 

6. Óxidos indiferentes ou neutros, 223 

7. Óxidos duplos, mistos ou salinos, 224 

8. Peróxidos, 224 

Box: Agua oxigenada, 225 


QF1-PNLEM 


10 



30/5/05, 10:53 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



rm 



Sumario-QFI -PNLEM 


11 



L] 


9. Óxidos importantes, 225 

9.1 . Óxido de cálcio — CaO, 225 

9.2. Dióxido de carbono — C0 2; 226 
Revisão, 226 

Exercícios, 227 Exercícios complementares, 228 

10. As funções inorgânicas e a classificação periódica, 228 

Revisão, 231 

Exercícios, 231 Exercícios complementares, 232 
Leitura, 233 Questões sobre a leitura, 235 
I Desafio, 235 


AS REAÇÕES QUÍMICAS 


1. Introdução, 238 

1 . 1 . Equações iônicas, 239 

2 . Balanceamento das equações químicas, 240 

Revisão, 241 
Exercícios, 241 

3. Classificações das reações químicas, 242 

3.1. Reações de síntese ou de adição, 242 

3 . 2 . Reações de análise ou de decomposição, 243 

3.3. Reações de deslocamento ou de substituição ou de simples troca, 243 

3 . 4 . Reações de dupla troca ou de dupla substituição, 244 
Revisão, 244 

Exercícios, 244 Exercícios complementares, 245 

4 . Quando ocorre uma reação química?, 246 

4 . 1 . Reações de oxirredução, 246 

a) Comportamento dos metais, 246 

b) Comportamento dos não-metais, 247 

4 . 2 . Reações que não são de oxirredução, 248 

a) Quando um dos produtos for menos solúvel que os reagentes, 248 

b) Quando um dos produtos for mais volátil que os reagentes, 248 

c) Quando um dos produtos for menos ionizado que os reagentes, 249 
Revisão, 249 

Exercícios, 250 Exercícios complementares, 251 

5 . Resumo das principais reações envolvendo as funções inorgânicas, 252 

5 . 1 . Reações entre os opostos, 252 

5 . 2 . Outros tipos de reação, 253 

a) Reações com o oxigênio, 253 

b) Reações com o hidrogênio, 253 

c) Reações com a água, 253 

d) Comportamento diante do calor, 254 
Atividades práticas, 255 

Revisão, 255 

Exercícios, 255 Exercícios complementares, 256 
Leitura, 258 Questões sobre a leitura, 258 
H Desafio, 259 



30/5/05, 10:53 





A 


Capítulo 



MASSA ATÔMICA E MASSA MOLECULAR 


1. Unidade de massa atômica (u), 263 

2 . Massa atômica, 263 

2.1. Massa atômica dos elementos químicos, 264 

2.2. Determinação moderna das massas atômicas, 264 

2.3. Regra de Dulong-Petit, 265 
Revisão, 265 

Exercícios, 265 

3. Massa molecular, 266 

Revisão, 267 
Exercícios, 267 


4. Conceito de mol, 268 

5. Massa molar (M), 269 

Revisão, 270 

Exercícios, 270 Exercícios complementares, 273 
Leitura, 274 Questões sobre a leitura, 276 
H Desafio, 276 


Capítulo 


12 


ESTUDO DOS GASES 



1. Introdução, 278 

2 . O estado gasoso, 278 

3. O volume dos gases, 278 

4 . A pressão dos gases, 279 

5. A temperatura dos gases, 280 

Box: Zero absoluto, 281 
Revisão, 281 
Exercícios, 281 

6. As leis físicas dos gases, 282 

6.1. Lei de Boyle-Mariotte, 282 

Box: As leis da ciência só valem dentro de certos limites, 283 

6.2. Lei de Gay-Lussac, 283 

6.3. Lei de Charles, 284 

7. Equação geral dos gases, 286 

8. Condições normais de pressão e temperatura (CNPT), 286 

9. Teoria cinética dos gases, 286 

10. Gás perfeito e gás real, 287 

Atividades práticas, 287 
Revisão, 288 

Exercícios, 288 Exercícios complementares, 290 

11. Leis volumétricas das reações químicas (leis químicas dos gases), 291 
11.1. Leis volumétricas de Gay-Lussac, 291 


QF1-PNLEM 



12 


30/5/05, 10:54 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


11.2. Hipótese ou lei de Avogadro, 291 
Revisão, 293 

Exercícios, 293 Exercícios complementares, 294 

12. Volume molar, 294 

13. Equação de Clapeyron, 295 

Revisão, 297 

Exercícios, 297 Exercícios complementares, 300 

14. Misturas gasosas, 301 

14.1. Conceitos gerais, 301 

a) Relação entre os gases iniciais e a mistura final, 302 

b) Situação dentro da mistura final, 302 

Box: As pressões parciais em nosso organismo, 302 

c) Relacionando valores parciais com o valor total, 303 
Box: Medidas da poluição, 304 

14.2. Massa molar aparente de uma mistura gasosa, 304 
Revisão, 304 

Exercícios, 305 Exercícios complementares, 310 

1 5. Densidade dos gases, 31 1 

15.1. Densidade absoluta, 31 1 

15.2. Densidade relativa, 312 
Atividades práticas, 31 3 
Revisão, 31 3 

Exercícios, 314 Exercícios complementares, 315 

16. Difusão e efusão dos gases, 316 

Atividades práticas, 31 7 
Revisão, 31 7 
Exercícios, 31 7 

Leitura, 318 Questões sobre a leitura, 320 
I Desafio, 320 



CÁLCULO DE FÓRMULAS 


1. As fórmulas na Química, 323 

2. Cálculo da fórmula centesimal, 323 

Revisão, 325 

Exercícios, 325 Exercícios complementares, 326 

3. Cálculo da fórmula mínima, 326 

Revisão, 328 

Exercícios, 328 Exercícios complementares, 328 

4. Cálculo da fórmula molecular, 328 

4.1. Cálculo da fórmula molecular a partir da fórmula mínima, 329 

4.2. Cálculo direto da fórmula molecular, 330 
Revisão, 330 

Exercícios, 330 Exercícios complementares, 331 
Leitura, 331 Questões sobre a leitura, 334 
I Desafio, 335 


A 


Sumario-QFI -PNLEM 


30/5/05, 10:54 




A 



CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO 


1. Introdução, 337 

2 . Casos gerais de cálculo estequiométrico, 339 

2.1. Quando o dado e a pergunta são expressos em massa, 339 
Exercícios, 339 Exercícios complementares, 340 

2.2. Quando o dado é expresso em massa 

e a pergunta em volume (ou vice-versa), 341 
Exercícios, 341 Exercícios complementares, 343 

2.3. Quando o dado e a pergunta são expressos em volume, 343 
Exercícios, 344 


2.4. Quando o dado é expresso em massa 

e a pergunta em mols (ou vice-versa), 344 
Exercícios, 344 Exercícios complementares, 345 


2.5. Quando o dado é expresso em massa e a pergunta 
em números de partículas (ou vice-versa), 345 
Exercícios, 346 


2 . 6 . Havendo duas ou mais perguntas, 346 
Exercícios, 347 


3 . Casos particulares de cálculo estequiométrico, 347 

3 . 1 . Quando aparecem reações consecutivas, 347 
Exercícios, 348 Exercícios complementares, 349 

3 . 2 . Quando são dadas as quantidades de dois (ou mais) reagentes, 350 
Exercícios, 351 Exercícios complementares, 352 

3 . 3 . Quando os reagentes são substâncias impuras, 353 
Exercícios, 355 Exercícios complementares, 356 

3 . 4 . Quando o rendimento da reação não é total, 356 
Exercícios, 358 Exercícios complementares, 358 

3 . 5 . Quando há participação do ar nas reações químicas, 359 

a) Cálculo do volume do ar necessário à combustão, 359 

b) Cálculo do volume total dos gases no final da reação, 359 
Exercícios, 360 

3 . 6 . Quando os reagentes são misturas, 360 
Exercícios, 362 

Leitura, 362 Questões sobre a leitura, 365 
I Desafio, 365 


Respostas, 369 

Lista de siglas, 376 

Tabelas auxiliares, 378 

Sugestões de leitura para os alunos, 381 

Museus brasileiros ligados à Ciência, 382 

Referências bibliográficas, 384 


QF1-PNLEM 



14 


30/5/05, 10:54 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




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ÍNDICE DAS LEITURAS 

O planeta Terra (capítulo 1), 10 
O ciclo da água na Terra (capítulo 2), 43 
O meio ambiente em perigo (capítulo 3), 70 
Usos das radiações eletromagnéticas (capítulo 4), 105 
Três famílias importantes (capítulo 5), 1 31 

■ Ligas metálicas (capítulo 6), 154 
Semicondutores (capítulo 7), 1 83 

O tratamento da água (capítulo 8), 214 
A chuva ácida (capítulo 9), 233 
O vidro e o cimento (capítulo 1 0), 258 

■ História das medições (capítulo 1 1), 274 
A camada de ozônio (capítulo 12), 318 
O efeito estufa (capítulo 1 3), 331 
Produção do ferro e do aço (capítulo 14), 362 


ÍNDICE DAS BIOGRAFIAS 

Antoine Laurent de Lavoisier (capítulo 3), 50 
Joseph Louis Proust (capítulo 3), 51 
John Dalton (capítulo 3), 53 
Joseph John Thomson (capítulo 4), 77 
Ernest Rutherford (capítulo 4), 78 
Niels Henrik David Bohr (capítulo 4), 91 
■ Linus Cari Pauling (capítulo 4), 1 01 

Dimitri Ivanovitch Mendeleyev (capítulo 5), 112 

Gilbert Newton Lewis (capítulo 6), 144 

Svante August Arrhenius (capítulo 8), 1 88 

Evangelista Torricelli (capítulo 12), 279 

William Thomson - Lord Kelvin of Largs (capítulo 1 2), 280 

Robert Boyle e Edme Mariotte (capítulo 1 2), 282 

Joseph Louis Gay-Lussac (capítulo 12), 283 

Jacques Alexandre César Charles (capítulo 12), 284 

Amedeo Avogadro (capítulo 1 2), 291 

Benoit Pierre Émile Clapeyron (capítulo 12), 295 

Thomas Graham (capítulo 12), 316 



Sumario-QFI -PNLEM 


15 


30/5/05, 10:54 



rrrr 


m 


ELEMENTOS QUÍMICOS 

(As massas atômicas entre parênteses são dos isótopos mais estáveis dos elementos radioativos.) 
(De acordo com as últimas recomendações da IUPAC.) 


Elemento 

Símbolo 

Número 

Atômico 

Massa 

Atômica 

Actínio 

Ac 

89 

(227) 

Alumínio 

Al 

13 

26,9815 

Amerício 

Am 

95 

(243) 

Antimônio 

Sb 

51 

121,75 

Argônio 

Ar 

18 

39,948 

Arsênio 

As 

33 

74,9216 

Astato 

At 

85 

(210) 

Bário 

Ba 

56 

137,34 

Berquélio 

Bk 

97 

(247) 

Berílio 

Be 

4 

9,0122 

Bismuto 

Bi 

83 

209 

Bóhrio 

Bh 

107 

(262,1) 

Boro 

B 

5 

10,811 

Bromo 

Br 

35 

79,909 

Cádmio 

Cd 

48 

112,40 

Cálcio 

Ca 

20 

40,08 

Califórnio 

Cf 

98 

(251) 

Carbono 

C 

6 

12,01115 

Cério 

Ce 

58 

140,12 

Césio 

Cs 

55 

132,905 

Chumbo 

Pb 

82 

207,19 

Cloro 

Cl 

17 

35,453 

Cobalto 

Co 

27 

58,93 

Cobre 

Cu 

29 

63,55 

Criptônio 

Kr 

36 

83,80 

Cromo 

Cr 

24 

51,996 

Cúrio 

Cm 

96 

(247) 

Darmstácio 

Ds 

110 

(269) 

Disprósio 

Dy 

66 

162,50 

Dúbnio 

Db 

105 

(262) 

Einstêinio 

Es 

99 

(252) 

Enxofre 

S 

16 

32,064 

Erbio 

Er 

68 

167,26 

Escândio 

Sc 

21 

44,956 

Estanho 

Sn 

50 

118,69 

Estrôncio 

Sr 

38 

87,62 

Európio 

Eu 

63 

151,96 

Férmio 

Fm 

100 

(257) 

Ferro 

Fe 

26 

55,847 

Flúor 

F 

9 

18,9984 

Fósforo 

P 

15 

30,9738 

Frâncio 

Fr 

87 

(223) 

Cadolínio 

Cd 

64 

157,25 

Gálio 

Ca 

31 

69,72 

Cermânio 

Ce 

32 

72,59 

Ffáfnio 

Hf 

72 

1 78,49 

Hássio 

Hs 

108 

(265) 

FHélio 

He 

2 

4,0026 

Hidrogênio 

H 

1 

1,00797 

Hólmio 

Ho 

67 

164,930 

Indio 

In 

49 

114,82 

lodo 

1 

53 

126,9044 

Irídio 

Ir 

77 

192,2 

Itérbio 

Yb 

70 

1 73,04 

ítrio 

Y 

39 

88,905 

Lantânio 

La 

57 

138,91 


Elemento 

Símbolo 

Número 

atômico 

Massa 

atômica 

Laurêncio 

Lr 

103 

(260) 

Lítio 

Li 

3 

6,941 

Lutécio 

Lu 

71 

1 74,97 

Magnésio 

Mg 

12 

24,312 

Meitnério 

Mt 

109 

(269) 

Manganês 

Mn 

25 

54,9380 

Mendelévio 

Md 

101 

(258) 

Mercúrio 

Hg 

80 

200,59 

Molibdênio 

Mo 

42 

95,94 

Neodímio 

Nd 

60 

144,24 

Neônio 

Ne 

10 

20,183 

Netúnio 

Np 

93 

(237) 

Nióbio 

Nb 

41 

92,906 

Níquel 

Ni 

28 

58,69 

Nitrogênio 

N 

7 

14,0067 

Nobélio 

No 

102 

(259) 

Osmio 

Os 

76 

190,2 

Ouro 

Au 

79 

196,967 

Oxigênio 

O 

8 

15,9994 

Paládio 

Pd 

46 

106,4 

Platina 

Pt 

78 

195,09 

Plutônio 

Pu 

94 

(244) 

Polônio 

Po 

84 

(209) 

Potássio 

K 

19 

39,098 

Praseodímio 

Pr 

59 

140,907 

Prata 

Ag 

47 

107,870 

Promécio 

Pm 

61 

(145) 

Protactínio 

Pa 

91 

(231) 

Rádio 

Ra 

88 

(226) 

Radônio 

Rn 

86 

(222) 

Rênio 

Re 

75 

186,2 

Ródio 

Rh 

45 

102,905 

Roentgênio 

Rg 

111 

(272) 

Rubídio 

Rb 

37 

85,47 

Rutênio 

Ru 

44 

101,07 

Rutherfórdio 

Rf 

104 

(261) 

Samário 

Sm 

62 

150,35 

Seabórgio 

Sg 

106 

(263,1) 

Selênio 

Se 

34 

78,96 

Silício 

Si 

14 

28,086 

Sódio 

Na 

11 

22,9898 

Tálio 

Tl 

81 

204,37 

Tantálio 

Ta 

73 

180,948 

Tecnécio 

Tc 

43 

(98) 

Telúrio 

Te 

52 

127,60 

Térbio 

Tb 

65 

158,924 

Titânio 

Ti 

22 

47,90 

Tório 

Th 

90 

232,0 

Túlio 

Tm 

69 

168,934 

Tungsténio 

w 

74 

183,85 

Urânio 

u 

92 

238 

Vanádio 

V 

23 

50,942 

Xenônio 

Xe 

54 

131,38 

Zinco 

Zn 

30 

65,38 

Zircônio 

Zr 

40 

91,22 


QF1-PNLEM 



16 


30/5/05, 10:54 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




ULZL 




LI 



Tópicos do capítulo 

1 Observando a natureza 

2 As transformações da matéria 

3 A energia que acompanha 

as transformações da matéria 

4 Conceito de Química 

5 A Química em nosso cotidiano 



PRIMEIRA VISÃO DA QUÍMICA 


Leitura: 0 planeta Terra Un alquimista, obra de Adriaen van Ostade, 1661 


Apresentação do capítulo 


Imaginemos um filme sobre a evolução da humanidade, desde o ser humano mais primitivo 
até os dias atuais. Notaríamos que o desenvolvimento material da humanidade ocorreu 
graças ao melhor aproveitamento e ao desenvolvimento das técnicas de transformação dos 
recursos disponíveis na natureza. 

Com o advento da Revolução Industrial, o trabalho artesanal foi, em grande parte, 
substituído por técnicas cada vez mais sofisticadas de produção em série. Do mesmo modo, 
as observações sobre os acontecimentos do cotidiano foram dando origem a teorias 
científicas crescentemente avançadas. 

Nesse contexto, como todo ramo do conhecimento humano, a Química também tem 
acompanhado a evolução histórica da humanidade. Com relação ao título deste capítulo — 

" Primeira visão da Química " —, devemos esclarecer que a "visão" aqui apresentada é, por 
enquanto, bastante simplificada e incompleta. 

0 objetivo deste capítulo é exatamente o de dar algumas idéias de matéria, suas 
transformações, e da energia que estas envolvem. 




Capitulo 01-QF1 

-PNLEM 1 I 29/5/05,18:08 



T 





OBSERVANDO A NATUREZA 


Desde o início da civilização até hoje, a humanidade pôde observar que a natureza é formada por 
materiais muito diferentes entre si. O solo em que pisamos pode ser de: terra vermelha, terra preta, 
areia, pedras etc. Os vegetais também apresentam enorme variedade: existem desde os minúsculos 
musgos até árvores gigantescas; a madeira pode ser mais mole ou mais dura; as flores têm cores muito 
diversificadas; há grandes diferenças entre os frutos, e assim por diante. O mesmo ocorre com os ani- 
mais: existem aves, mamíferos, peixes etc. de formas, tamanhos e constituições muito diferentes entre si. 

Todos esses materiais que nos rodeiam (a terra, as pedras, a água e os seres vivos) constituem o que 
chamamos matéria. Daí dizemos que: 

Matéria é tudo que tem massa e ocupa lugar no espaço (isto é, tem volume). 

Massa e volume são então propriedades gerais da matéria. É bom lembrar também que a maté- 
ria pode se apresentar sólida (por exemplo, as pedras), líquida (por exemplo, a água) ou gasosa (por 
exemplo, o ar que respiramos). 



As pedras se apresentam na forma sólida. A água se apresenta na O ar se apresenta na forma gasosa. 

forma líquida. 


O trabalho de separação dos diferentes materiais encontrados na natureza foi uma atividade mui- 
to importante para a humanidade. Um primeiro cuidado do homem primitivo deve ter sido o de reco- 
nhecer os alimentos comestíveis e os venenosos, bem como o de encontrar as plantas que podiam curar 
suas enfermidades. 

Com o passar dos séculos, os seres humanos foram aperfeiçoando as técnicas de extração e sepa- 
ração de materiais úteis ao seu dia-a-dia. Assim, por exemplo: dos vegetais extraíram as tintas para 
pintar seus corpos e seus utensílios; da terra separaram metais, como a prata e o ouro; do leite, a 
gordura para fabricar a manteiga, e assim por diante. 

Podemos então dizer que: 

Separações são os processos que visam isolar os diferentes materiais encontrados 
numa mistura. 



A cozinheira “cata” o feijão, separando os grãos 
de má qualidade. 


O garimpeiro, com sua peneira, separa diamantes 
do cascalho existente no fundo do rio. 



2 



Capitulo 01-QF1-PNLEM 


2 


6/7/05, 14:10 


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2 


AS TRANSFORMAÇÕES DA MATÉRIA 


Ao longo do tempo, a humanidade tem observado que, sob certas condições, a matéria se trans- 
forma. A própria natureza se encarrega de muitas transformações. Assim, por exemplo: o frio intenso 
transforma a água em gelo; o fogo transforma uma árvore em cinzas; com o tempo, os frutos apodre- 
cem; o ferro se enferruja; e até nosso corpo envelhece. Dizemos então que: 

Transformação material é toda e qualquer alteração sofrida pela matéria. 

As transformações da matéria são também chamadas de fenômenos materiais (ou simplesmente 
fenômenos), sendo que, nessa expressão, a palavra "fenômeno" significa apenas transformação, não 
significando nada de extraordinário, fantástico ou sobrenatural. 


Exemplos de transformações ou fenômenos materiais 



A explosão de fogos de artifício. 


A água se transformando em vapor ao A ferrugem formada em tambores, 
ser aquecida em um béquer. 


É muito importante lembrar também que os seres humanos têm provocado transformações na 
matéria, em seu próprio interesse. Assim, por exemplo, com o fogo conseguiu: 

• assar a carne dos animais para melhorar sua alimentação; 

• cozer vasos de barro para guardar água ou alimentos; 

• cozer blocos de barro, transformando-os em tijolos, para construir suas casas; etc. 


A.C. johnny hart 



Capítulo 1 • Primeira Visão da Química 3 

A 


Capitulo 01-QF1-PNLEM 


3 


29/5/05, 18:08 


2003 TRIBUNE MEDIA/ 
INTERCONTINENTAL PRESS 







A 


Usando técnicas cada vez mais avançadas, os seres humanos conseguiram, com o passar dos sécu- 
los, transformar, por exemplo: 

• fibras vegetais ou pêlos de animais em tecidos para se abrigarem; 

• produtos vegetais em corantes para colorir seus tecidos; 

• minérios em metais, como o cobre, o ferro, o chumbo etc. 

Atualmente a Química está presente em todas as situações de nosso cotidiano. De fato, grande 
parte dos avanços tecnológicos obtidos pela civilização ocorreu graças à curiosidade e ao esforço em 
desenvolver novas técnicas para separar e transformar os materiais encontrados na natureza. Do mesmo 
modo que, ao longo do tempo, os cozinheiros procuraram transformar os alimentos em pratos cada vez 
mais saborosos, os técnicos e os cientistas experimentaram novos caminhos para transformar os mate- 
riais da natureza em produtos que permitem melhorar a qualidade de vida das pessoas. Podemos então 
dizer que um dos conceitos de experiência em Química refere-se às tentativas de separar e reconhecer 
alguns materiais e, em seguida, tentar transformá-los em novos produtos. 



Cozinha industrial Laboratório químico moderno 


Por meio dessas técnicas podemos fabricar: 

• adubos, inseticidas e diversos insumos que aumentam a produção agrícola; 

• produtos que permitem conservar os alimentos por mais tempo; 

• fibras e tecidos para produzir desde roupas delicadas até coletes à prova de balas; 

• cosméticos e perfumes para embelezar as pessoas; 

• medicamentos específicos para o tratamento de inúmeras doenças; 

• matérias variados para a construção de casas e edifícios; 

• veículos (carros, ônibus, aviões, navios etc.) para o transporte de pessoas e cargas; 

• chips de computadores que revolucionaram a vida moderna, pois armazenam milhares de 
informações. 



4 



Capitulo 01-QF1-PNLEM 


4 


29/5/05, 18:08 


CID MICHAEL ROSENFELD/ STONE-GETTY IMAGES 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


GARFIELD 


JIM DAVIS 



EPAI E55E5 TENI5 
DE CORRIDA S Ko NOVOS. 


\foi vitima 
)do avanço 
'TECNOLÓSICO 
NA INDÚSTRIA 
DE CALÇADOS 
ESPORTIVOS, 


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COM O SEU RASO? 


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Q 



A ENERGIA QUE ACOMPANHA AS TRANSFORMAÇÕES DA MATÉRIA 


A descoberta do fogo foi um dos passos mais importantes na evolução da humanidade. O fogo 
controlado surgiu quando o ser humano aprendeu a acender uma fogueira, na hora desejada. Nesse 
caso, a energia se apresenta nas formas de luz e calor. Com a luz, o homem primitivo iluminou suas 
noites e afugentou os animais perigosos e, com o calor, aprendeu a assar seus alimentos, a cozer o barro 
e, muitos séculos depois, a extrair os metais dos minérios. 

Atualmente sabemos que algumas transformações são passageiras ou reversíveis, isto é, podem ser 
desfeitas. Transformações desse tipo recaem, em geral, no que chamamos de transformações físicas 
(ou fenômenos físicos). Exemplificando: 

• em montanhas muito altas, a água se congela; mas, com um pouco de calor, a neve ou o gelo se 
derretem facilmente, voltando à forma líquida; 

• num termômetro, o mercúrio se dilata com o calor e se contrai com o frio, mas continua sendo 
sempre o mesmo mercúrio; 

• o sal que dissolvemos na água pode ser recuperado, bastando que ocorra a evaporação da água. 

Outras transformações são mais profundas e freqüentemente irreversíveis, isto é, torna-se difícil (e, 

às vezes, impossível) retornar à situação inicial. São, em geral, transformações, fenômenos ou reações 
químicas. Exemplos: 

• depois de se queimar um pedaço de madeira, é impossível juntar as cinzas e a fumaça finais e 
refazer a madeira inicial; 

• depois de se preparar um ovo frito, é impossível fazer o ovo voltar à forma original; 

• se um objeto de ferro se enferruja, é muito difícil reverter o processo (raspar o objeto antes de 
pintá-lo significa apenas "jogar a ferrugem fora", e não recuperar a porção de ferro oxidado). 

O progresso da civilização foi também devido à procura de novas formas de obtenção de ener- 
gia. Como exemplo podemos citar que os primeiros seres humanos dependiam de seus músculos para 
obter energia. Mais tarde, animais foram domesticados e atrelados a moendas, a carroças, passando a 
ser utilizados como fonte de energia. 



Capítulo 1 • Primeira Visão da Química 


5 



Capitulo 01-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 18:08 




A energia proveniente de quedas d'água foi aproveitada para movimentar as rodas d'água e as 
turbinas das modernas hidroelétricas, e a energia proveniente dos ventos, para acionar os moinhos e 
as modernas turbinas eólicas. 


Evolução no aproveitamento dos ventos 




0 mesmo vento que move moinhos 
em alguns países da Europa move 
as turbinas eólicas (modernos 
geradores de eletricidade). 


Atualmente o consumo de energia é cada vez maior e sua produção, crescentemente diversificada: 

• a queima do carvão e dos derivados de petróleo movimenta caldeiras, automóveis, aviões etc.; 

• a energia elétrica ilumina nossas ruas e edifícios e aciona um grande número de aparelhos domés- 
ticos e industriais; 

• a energia química de pilhas e baterias é fundamental para o funcionamento de aparelhos portá- 
teis (rádios, telefones celulares etc.); 

• a energia nuclear, defendida por alguns e combatida por outros, talvez se torne importante no 
futuro. 




A foto mostra prédios comerciais iluminados no horário em que Usina nuclear Angra I, Angra dos Reis, RJ 
poucos funcionários estão trabalhando. Assim, concluímos que 
ocorre desperdício de energia. 


cb 

d) 

0. 

o 

C7) 

TD 

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O 

O 


CO 

tf 

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E, afinal, o que é energia? É difícil defini-la, por se tratar de algo que não é material, mas nem por 
isso duvidamos de sua existência. De fato, até hoje ninguém viu a energia elétrica passando por um fio, 
mas, mesmo assim, evitamos o contato direto com fios desencapados. 

Costuma-se dizer, de modo geral, que: 


Energia é a propriedade de um sistema que lhe permite realizar um trabalho. 


6 



Capitulo 01-QF1-PNLEM 


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DELFIM MARTINS / PULSAR 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Enfim, reconhecemos a existência da energia pelo efeito (trabalho) que ela produz. Por exemplo: 

• a energia térmica (calor) pode realizar o trabalho de dilatar um corpo; 

• a energia elétrica (eletricidade) pode realizar o trabalho de movimentar um motor elétrico; 

• a energia química de uma explosão pode realizar o trabalho de demolir um prédio. 

VEJA O QUE A FALTA DE ENERGIA PODE PROVOCAR 

_ 

Em geral, só percebemos a importância de alguma coisa, quando ela nos falta. Na tarde de 14 de 
agosto de 2003, faltou energia elétrica em Nova York e em grande parte da região leste dos Estados 
Unidos e do Canadá, durante aproximadamente 24 horas. 

O blecaute deixou 50 milhões de norte-americanos às escuras, sem elevadores, sem metrô e trens 
elétricos, e sem comunicação telefônica. Milhares de pessoas dormiram nas ruas. 

Sob forte onda de calor, os aparelhos de ar-condicionado não funcionaram, os alimentos se deterioraram 
nas geladeiras e muitos incêndios foram provocados pelo uso de velas. O prejuízo foi de milhões de dólares. 

L 


Considerando os conceitos vistos nas páginas anteriores, podemos agora dizer que: 


O 


5 


A Química (ou, melhor, a matéria e suas transformações) está sempre presente em nosso dia-a-dia: 
nos alimentos, no vestuário, nos edifícios, nos medicamentos, e assim por diante. Não têm sentido 
certas propagandas que anunciam "alimento natural sem Química", pois o próprio alimento em si já é 
uma mistura química. 

Talvez o exemplo mais ligado a nosso cotidiano seja o funcionamento de nosso próprio organismo. 
O corpo humano é um "laboratório" em que ocorrem, durante todo o tempo, fenômenos químicos 
muito sofisticados, a saber: 

• ingerimos vários materiais: alimentos, água, ar (pela respiração) etc.; 

• há muitas transformações desses materiais, no estômago, nos intestinos etc. auxiliadas por 
"produtos químicos" específicos existentes no suco gástrico, na bile (do fígado) etc.; 

• há produção de energia, utilizada nas movimentações de nosso corpo e também para manter a 
temperatura do organismo em torno de 36-37 °C etc.; 

• há recombinação dos alimentos para a manutenção de nossos ossos, tecidos, órgãos etc.; 

• após inúmeras transformações, o organismo elimina os produtos residuais, por meio das fezes, 
urina, suor etc. 

Enfim, nesse "processo da vida", notamos ainda um perfeito entrosamento dos fenômenos que 
são estudados pela Química, Física, Biologia e por novos ramos da ciência. 

Uma das críticas mais constantes, na atualidade, é a de que a Química é perigosa, responsável por 
toda a poluição existente no mundo. Isso não é verdade. Seus produtos são projetados para serem úteis 
à humanidade. O problema reside no mau uso desses produtos. Assim, por exemplo, o petróleo é útil na 
produção da gasolina, do diesel etc., mas torna-se nocivo quando derramado nos mares, devido aos 
acidentes marítimos. 

Capítulo 1 • Primeira Visão da Química 7 


Química é o ramo da ciência que estuda: 

• a matéria; 

• as transformações da matéria; 

• e a energia envolvida nessas transformações. 

estudo que iniciamos agora visa detalhar e aprofundar cada um desses tópicos. 

A QUÍMICA EM NOSSO COTIDIANO 


D CONCEITO DE QUÍMICA 



Capitulo 01-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 18:08 




O problema não está no uso, mas no abuso da utilização dos produtos químicos. É o que aconte- 
ce, por exemplo, com o uso excessivo de carros para satisfazer o conforto da vida moderna, mas que 
acarreta a poluição do ar das grandes cidades. Enfim, a culpa não é da Química, mas da ignorância, da 
incompetência ou da ganância das pessoas que a usam. 




Em um lixão podem ser encontrados desde restos 
de comida até materiais tóxicos e infectados. 


Praia de Atafona, em São João da Barra, RJ, atingida pelos 
produtos químicos da fábrica de celulose Cataguazes, 
de Minas Gerais, em 04/04/2003. 


Note como é importan- 
te conhecer a Química (e evi- 
dentemente outros ramos da 
ciência) para compreender 
melhor o mundo em que vi- 
vemos. O conhecimento evi- 
tará que você seja enganado 
por produtos e propagandas, 
tornando-se um cidadão mais 
consciente, e o levará, sem 
dúvida, a evitar o consumo 
excessivo de materiais e de 
energia. Por fim, o conheci- 
mento irá conscientizá-lo da 
necessidade de reciclagem de 
materiais como o papel, o vi- 
dro, os metais etc. 



Usina de reciclagem de lixo de Campinas, Estado de São Paulo. 


r 

ATIVIDADES PRÁTICAS — PESQUISA 




1- Identifique cinco produtos utilizados em sua casa que 
contenham componentes químicos. 

2 a Procure saber por que há, nos postos, dois ou mais 
tipos de gasolina com preços diferentes. 

3 a Faça uma relação de equipamentos existentes em sua 
casa que possuam chips eletrônicos. 


4 a Compare os rótulos de vários cremes dentais. Procu- 
re verificar se há componentes químicos em comum. 
5 a Imagine uma experiência para provar que o ar tem 
massa. 


8 



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MARCOS PERON / KINO FÁBIO MOTTA / AE 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Mn 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é matéria? 

b) Como pode se apresentar a matéria? 

c) O que são separações e para que servem? 

d) O que são transformações materiais? 

e) O que se costumam realizar, especialmente, os cientistas, na tentativa de separarar 
e reconhecer alguns materiais e tentar transformá-los em novos produtos? 

f) O que é fenômeno físico? 

g) O que é fenômeno químico? 

h) O que é energia? 

i) O que a Química estuda? 

J) O que o abuso no uso de matéria e energia pode causar ao planeta? 



EXERCÍCIOS 




1 Cite três materiais comuns retirados do solo. 

2 Costuma-se dizer que a água é um líquido. Isso é sempre 
verdade? 

3 Cite três materiais gasosos que você conhece. 

4 Como se costuma retardar o processo de enferrujamento, 
por exemplo, de um portão de ferro? 

5 Antigamente, tubos de ferro eram utilizados em instala- 
ções de água nas residências. Hoje preferem-se tubos de 
plástico. Por quê? 

6 Por que são empregados aditivos nos alimentos? 

7 De que modo o fogo ajudou os seres humanos primitivos? 

8 Cite uma forma de produção de energia e uma de suas 
aplicações. 

9 Cite três produtos normalmente encontrados no lixo 
domiciliar. 

10 Você considera que a Química é responsável por toda a 
poluição existente no planeta? 

1 1 (Mackenzie-SP) A alternativa que contém um fenômeno 
físico observado no dia-a-dia é: 

a) a queima de um fósforo. 

b) o derretimento do gelo. 

c) a transformação do leite em coalhada. 

d) o desprendimento de gás, quando se coloca sal de 
frutas em água. 

e) o escurecimento de um objeto de cobre. 


12 (UFPE) Considere as seguintes tarefas realizadas no dia-a- 
dia de uma cozinha e indique aquelas que envolvem trans- 
formações químicas. 

1) Aquecer uma panela de alumínio. 

2) Acender um fósforo. 

3) Ferver água. 

4) Queimar açúcar para fazer caramelo. 

5) Fazer gelo. 

a) 1 , 3 e 4 

b) 2 e 4 

c) 1 , 3 e 5 

d) 3 e 5 

e) 2 e 3 

1 3 (UFPE) Em quais das passagens grifadas abaixo está ocor- 
rendo transformação química? 

1) " O reflexo da luz nas águas onduladas pelos ventos 
lembrava-lhe os cabelos de seu amado." 

2) " A chama da vela confundia-se com o brilho nos seus 
olhos." 

3) "Desolado, observava o gelo derretendo em seu copo 
e ironicamente comparava-o ao seu coração." 

4) "Com o passar dos tempos começou a sentir-se como 
a velha tesoura enferrujando no fundo da gaveta." 

Estão corretas apenas: 

a) 1 e 2 

b) 2 e 3 

c) 3 e 4 

d) 2 e 4 

e) 1 e 3 


Capítulo 1 • Primeira Visão da Química 9 



Capitulo 01 -QF1-PNLEM 


9 


29/5/05, 18:09 


LEITURA 


O PLANETA TERRA 


A "espaçonave" chamada PLANETA TERRA é 
uma esfera com cerca de 12.600 km de diâme- 
tro, que pesa cerca de 6 ■ 1 0 21 toneladas e se des- 
loca no espaço com uma velocidade de aproxi- 
madamente 106.000 km/h. No entanto, na vas- 
tidão do universo, nosso planeta é apenas uma 
"partícula de poeira". Essa espaçonave carrega 
mais de 6 bilhões de seres humanos e um núme- 
ro enorme de vegetais e animais. Na verdade, 
todos os seres vivos habitam apenas uma "pelí- 
cula" da Terra, que se assemelha, em proporções, 
à casca de uma maçã. Essa película é uma região 
denominada biosfera (do grego: bios, vida; 
sphaira, esfera). E importante também notar que 
todos os seres vivos só existem à custa do que é 
retirado do ar (atmosfera), da água (hidrosfera) 
e do envoltório sólido (litosfera). Do espaço ex- 
terior, porém, nos chega a energia solar, sem a 


qual não existiria na Terra a vida tal qual a co- 
nhecemos. 

A atmosfera é formada principalmente por ni- 
trogênio e oxigênio. A hidrosfera é a "capa" de 
água que envolve a Terra. Encontra-se na forma 
sólida (gelo, nas altas montanhas, nas geleiras, nos 
icebergs etc.), na forma líquida (oceanos, rios, la- 
gos, água subterrânea etc.) ou na forma gasosa 
(como na umidade do ar, por exemplo). A litosfera 
ou crosta terrestre é conhecida, com relativa preci- 
são, somente até poucos quilômetros de profundi- 
dade. E formada por rochas, minerais, minérios etc., 
onde aparecem, em maior quantidade, o oxigênio, 
o silício, o alumínio e o ferro. 

Isso é tudo de que a humanidade dispõe para 
sobreviver. Portanto, não "gaste" a Terra com con- 
sumos excessivos nem a torne uma "lata de lixo" 
com demasiado desperdício. 



■ 

Questões sobre a leitura ^ca^ernlT 



14 O que é biosfera? 

15 De onde são retirados todos os materiais necessários à 
vida humana? 

16 Qual é a fonte de energia mais importante para a huma- 
nidade? 

17 (Enem-MEC) Se compararmos a idade do planeta Terra, 
avaliada em quatro e meio bilhões de anos (4,5 • 1 0 9 anos), 
com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando come- 
çaram a florescer os primeiros vegetais, a Terra já teria 42 
anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas últi- 
mas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o come- 
çar a plantar e a colher. Há menos de um minuto perce- 
beu o ruído de máquinas e de indústrias e, como denun- 
cia uma ONC de defesa do meio ambiente, foi nesses 
últimos sessenta segundos que se produziu todo o lixo 
do planeta! 

I. O texto acima, ao estabelecer uma paralelo entre a 
idade da Terra e a de uma pessoa, pretende mostrar 
que: 


a) a agricultura surgiu logo em seguida aos vegetais, 
perturbando desde então seu desenvolvimento. 

b) o ser humano só se tornou moderno ao dominar a 
agricultura e a indústria, em suma, ao poluir. 

c) desde o surgimento da Terra, são devidas ao ser hu- 
mano todas as transformações e perturbações. 

d) o surgimento do ser humano e da poluição é cerca de 
dez vezes mais recente que o do nosso planeta. 

e) a industrialização tem sido um processo vertiginoso, 
sem precedentes em termos de dano ambiental. 

II. O texto permite concluir que a agricultura começou 
a ser praticada há cerca de: 

a) 365 anos c) 900 anos e) 460.000 anos 

b) 460 anos d) 10.000 anos 

III. Na teoria do Big Bang, o Universo surgiu há cerca de 
1 5 bilhões de anos, a partir da explosão e expansão 
de uma densíssima gota. De acordo com a escala pro- 
posta no texto, essa teoria situaria o início do Univer- 
so há cerca de: 

a) 100 anos c) 1 .000 anos e) 2.000 anos 

b) 1 50 anos d) 1 .500 anos 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Tópicos do capítulo 

1 Como a matéria se apresenta: 
homogênea? heterogênea? 

2 Fases de um sistema 

3 Como a matéria se apresenta: 
pura? misturada? 

4 Transformações da água 

5 As observações e as experiências 
na ciência 

6 Substância pura (ou espécie 
química) 

7 Processos de separação de 
misturas 

8 Aprendendo mais sobre o 
laboratório de Química 

9 A segurança nos laboratórios 
de Química 

Leitura: O ciclo da água na Terra 


CONHECENDO A MATÉRIA E SUAS 
TRANSFORMAÇÕES 


Erupção do vulcão Etna. Sicília, Itália, 2001. 


Apresentação do capítulo 


No capítulo 1 , falamos da matéria e de suas transformações, de um modo muito superficial. 
Neste vamos aprofundar nossos conhecimentos desse assunto. Faiaremos sobre como a 
matéria se apresenta aos nossos oihos — homogênea e heterogênea. É o que chamamos 
de uma visão macroscópica da matéria. 

Estudaremos as chamadas mudanças de estado físico da matéria. Veremos também os 
processos que permitem separar os diferentes tipos de matéria existentes numa mistura até 
se chegar a várias substâncias isoladas umas das outras. Falaremos, ainda, da medida de 
propriedades características das substâncias, como ponto de fusão, ponto de ebulição, 
densidade etc., que permitem distinguir uma substância de outra. 


11 ^ 29/5/05,18:11 




-QF1-PNLEM 



A 



COMO A MATÉRIA SE APRESENTA: HOMOGÊNEA? HETEROGÊNEA? 


Quando observamos e estudamos uma "porção limitada da matéria, passamos a chamá-la de 
sistema em estudo". Veremos então que alguns sistemas se apresentam uniformes, como a água límpida, 
o leite, um fragmento de ouro etc., e outros não-uniformes, como uma pedra que possui pontos claros 
e pontos escuros, um pedaço de madeira com veios de diferentes cores etc. Em decorrência dessas 
observações, surgiu a seguinte classificação: 


Q 

o 


1 

< 



A água límpida é um exemplo 
de sistema homogêneo. 


Tronco de árvore seccionado, no qual se vêem veios de 
diferentes cores. Exemplo de sistema heterogêneo. 


• sistemas homogêneos: os que se apresentam uniformes e com características iguais em todos os 
seus pontos; 

• sistemas heterogêneos: os que não se apresentam uniformes nem têm características iguais em 
todos os seus pontos. 

É importante notar que o critério de diferenciação entre homogêneo e heterogêneo é relativo, 
pois depende da aparelhagem de que dispomos para nossas observações. Assim, à medida que vão 
sendo construídos microscópios mais potentes, vamos notando que muitos sistemas que nos pareciam 
homogêneos são, na realidade, heterogêneos. Agora, você já começa a compreender por que a ciência 
exige, muitas vezes, o uso de aparelhos sofisticados. 




FASES DE UM SISTEMA 


Considere os exemplos abaixo: 



Óleo de cozinha flutuando sobre 
água (há duas porções líquidas e 
homogêneas). 



Se você observar cuidadosamente um pedaço 
de granito, verá três porções sólidas e 
homogêneas. 


12 



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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Em um sistema heterogêneo, as porções homogêneas são denominadas fases. No exemplo do 
sistema água/óleo, temos duas fases líquidas; no caso do granito, temos três fases sólidas (o conjunto 
dos pontos brilhantes, o conjunto dos pontos escuros e a massa acinzentada). 

Assim, quanto ao número de fases, os sistemas são classificados como: 

• sistemas monofásicos — têm uma única fase (logo, são homogêneos); 

• sistemas polifásicos — possuem mais de uma fase (portanto, sempre heterogêneos). 

Os sistemas polifásicos podem ser bifásicos (formados por duas fases, como o sistema água/óleo), 
trifásicos (como o granito), e assim por diante. 




• É muito importante não confundir as fases com os componentes existentes em um sistema. Assim, no 
exemplo ao lado, temos: 


a) três fases — uma sólida, que é o gelo; outra fase sólida, que é 
o sal não-dissolvido; e uma fase líquida, formada pelo sal dissol- 
vido e pela própria água; 

b) apenas dois componentes — a água (líquida ou na forma de 
gelo) e o sal (dissolvido ou depositado no fundo do recipiente). 

• É também importante notar que uma fase pode estar subdividi- 
da em muitas porções. Se tivermos, por exemplo, um sistema 
formado por água líquida e cinco pedaços de gelo, teremos, mes- 
mo assim, apenas duas fases: uma líquida (a água) e outra sólida 
(que é o gelo). 




COMO A MATÉRIA SE APRESENTA: PURA? MISTURADA? 


Comparando um copo com água pura (isto é, que não contenha mistura) com um copo com água 
e açúcar, totalmente dissolvido, nossa visão não irá notar nenhuma diferença, mas, pelo paladar, perce- 
bemos a diferença entre uma e outra. Note que: 

• pela visão, distinguimos os materiais homogêneos dos heterogêneos; 

• pelo paladar, distinguimos salgado, doce, azedo ou amargo; 

• pelo olfato, percebemos desde um perfume até um odor extremamente desagradável. 



Há diferença? 


Água pura Água com açúcar 

(incolor e (incolor e 

transparente) transparente) 

As propriedades que impressionam nossos sentidos são chamadas propriedades organolépticas. 
Considerando que nunca se deve provar ou cheirar substâncias desconhecidas, pois isto pode até 
representar risco de morte, a Ciência desenvolveu aparelhos e medidas com essa finalidade, como 
veremos ainda neste capítulo. 



Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 1 3 

A 


Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


13 


6/7/05, 14:13 







Resumindo o que foi dito até agora, chegamos ao seguinte esquema: 



ATIVIDADES PRÁTICAS 




ATENÇÃO: Não cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

Materiais 

• 1 copo de vidro ou de plástico transparente 

• 1 colher (de café) de sal de cozinha 

• 1 colher (de café) de areia 

• 1 colher (de café) de açúcar 

• 1 colher (de café) de raspas de giz 

• 1 colher (de café) de limalha de ferro 

• 1 colher (de café) de tinta guache 

• 1 cubo de gelo 

• água 

• 1 colher de sopa 

Procedimento 

• Coloque água até a metade do copo e adicione o sal. 

• Agite bem. 


• Observe o que acontece e anote, em seu caderno, todos 
os dados observados experimentalmente (número de 
componentes utilizados, número de fases observadas). 

• Repita o procedimento com a areia, o açúcar, as raspas 
de giz, a limalha de ferro, a tinta guache e o cubo de gelo. 

• Analise os dados coletados e classifique os sistemas e 
as misturas em homogêneos e heterogêneos, apon- 
tando o número de fases e de componentes de cada 
um dos sistemas. 

Perguntas 

1) Quais sistemas você classificou como homogêneo e 
quais como heterogêneo? 

2) Quais misturas você classificou como homogênea e 
quais como heterogênea? 

3) Se um sistema apresenta duas fases, você pode afir- 
mar que esse sistema é uma mistura heterogênea? 
Por quê? 


aXH 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é sistema? 

b) O que é sistema homogêneo? 

c) O que é sistema heterogêneo? 

d) O que são fases? 

e) Como é denominado um sistema com duas fases? E com três fases? 

f) O que são propriedades organolépticas? 

g) Quantos componentes uma substância pura apresenta? 

h) Quantos componentes formam uma mistura? 

i) O que é solução? 



14 



Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


14 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





1 (Ufac) A mistura de água e álcool é: 

a) homogênea gasosa. 

b) heterogênea líquida. 

c) homogênea líquida. 

d) heterogênea sólida-líquida. 

e) simples. 

2 (UFSM-RS) Considere as misturas: 

I. areia e água 

II. sangue 

III. água e acetona 

IV. iodo dissolvido em álcool etílico 
Classificam-se como homogêneas: 

a) apenas I e II. 

b) apenas I e III. 

c) apenas II e IV. 

d) apenas III e IV. 

e) apenas I, II e III. 


3 (Ufes) Em um sistema, bem misturado, constituído de 
areia, sal, açúcar, água e gasolina, o número de fases é: 
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 


4 (Ufes) Observe a representação dos sistemas I, II e III e 
seus componentes. O número de fases em cada um é, 
respectivamente: 



Óleo, água e 
gelo 


Água gaseificada 
e gelo 


Óleo, gelo, água 
salgada e granito 


a) 3, 2 e 4 c) 2, 2 e 4 e) 3, 3 e 6 

b) 3, 3 e 4 d) 3, 2 e 5 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 





5 (UCDB-MS) Em um laboratório de Química foram prepa- 
radas as seguintes misturas: 

I. água /gasolina 

II. água/sal 

III. água/areia 

IV. gasolina/sal 

V. gasolina/areia 

Quais dessas misturas são homogêneas? 

a) Nenhuma. c) II e III. e) II e IV. 

b) Somente II. d) I e II. 

6 (Mackenzie-SP) Constitui um sistema heterogêneo a mis- 
tura formada de: 

a) cubos de qelo e solução aquosa de açúcar (qlicose) 

b) gases N 2 e C0 2 

c) água e acetona 

d) água e xarope de groselha 

e) querosene e óleo diesel 

Observação: Os gases sempre formam misturas homo- 
gêneas. 


7 Misturando, agitando bem e deixando um certo tempo 
em repouso, diga quantas fases surgirão em cada um 
dos sistemas: 

a) água e álcool 

b) água e éter 

c) água, álcool e acetona 

d) água, álcool e mercúrio 

e) água, gasolina e areia 

8 (UGF-GO) No sistema representado pela figura a seguir, os 
números de fases e componentes são, respectivamente: 

a) 2 e 2 

b) 2 e 3 

c) 3e2 

d) 3 e 3 

e) 3 e 4 




TRANSFORMAÇÕES DA ÁGUA 


Observamos, em nosso cotidiano, que o gelo derrete sob a ação do calor, transformando-se em 
água, e que a água ferve, sob a ação de calor mais intenso, transformando-se em vapor d'água. 



Água (vapor) 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 1 5 

A 


Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


15 


6/7/05, 14:13 






Esses três estados — sólido, líquido e gasoso — são chamadas de estados físicos ou estados de 
agregação da matéria, e as transformações de um estado para outro são denominadas mudanças 
de estado físico da matéria. Essas mudanças recebem os nomes gerais mostrados no esquema abaixo. 


Vaporizaçao 

(evaporação) 



O esquema resume as seguintes definições: 

• Fusão é a passagem do estado sólido para o líquido. Solidificação é o inverso. 

• Vaporização é a passagem do estado líquido para o gasoso (gás ou vapor). 

• Evaporação é a vaporização lenta, que ocorre na superfície do líquido, sem agitação nem 
surgimento de bolhas. 

• Ebulição é a vaporização rápida, com agitação do líquido e aparecimento de bolhas. 

• Calefação é uma vaporização muito rápida, com gotas do líquido "pulando" em contato com 
uma superfície ultra-aquecida. 

• Liquefação ou Condensação é a passagem do gás ou vapor para o estado líquido. 

• Sublimação é a passagem do estado sólido diretamente para o gasoso (e menos freqüentemente 
usada para a transformação inversa). 

Se acompanharmos as mudanças dos estados físicos da água, com um termômetro que permita 
registrar as temperaturas durante o processo de aquecimento, ao nível do mar, iremos notar que: o gelo 
puro derrete a 0 °C (temperatura ou ponto de fusão do gelo) e a água pura ferve a 1 00 °C (temperatura 
ou ponto de ebulição da água). 


0 

to 

o 

'53 

<5 

o 


0 

TD 

OS 


0 

TD 

O 

tÕ 

o> 



MAURÍCIO DE SOUSA PRODUÇÕES LTDA. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Se estas observações forem transportadas para um gráfico, teremos o chamado diagrama de 
mudança de estados físicos. 


Temperatura (°C) 


P.E. = 100 °C 
(temperatura - 
de ebulição) 

P.F. = 0 °C 
(temperatura - 
de fusão) 






-\o 








,o 


A'' 












O 



Gelo + água 


Trecho de ; 

fusão: I 


coexistem 1 

Neste trecho 

gelo e água ; 

só existe 

em temperatura ; 

gelo (sólido), 

constante (0 °C). 1 

cuja temperatura 


está subindo. 



iV 2 *- 





Neste trecho 
só existe 
água (líquido), 
cuja temperatura 
está subindo. 


Trecho de 
ebulição: 

coexistem 
água e vapor 
em temperatura 
constante 
(100 °C). 


Neste trecho 
só existe 
vapor d'água, 
cuja temperatura 
está subindo. 


Tempo 


Neste gráfico notamos dois trechos horizontais (dois patamares). O primeiro patamar do gráfico 
exprime o fato de que a fusão do gelo ocorre à temperatura constante de 0 °C, que é a temperatura de 
fusão ou ponto de fusão (P.F.) do gelo. Do mesmo modo, o segundo patamar indica que a ebulição da 
água ocorre à temperatura constante de 1 00 °C, que é a temperatura de ebulição ou ponto de 
ebulição (P.E.) da água. 

No resfriamento da água, o gráfico será "invertido": 


Aquecimento da água 


Resfriamento da água 



Se tivermos uma mistura (ou substância impura), os patamares mostrados acima não serão mais 
encontrados. Assim, por exemplo, uma mistura de água e sal terá um intervalo (ou faixa) de fusão 
abaixo de 0 °C e um intervalo (ou faixa) de ebulição acima de 100 °C, ao nível do mar, como se 
vê abaixo. 



Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 1 7 

A 


Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


17 


29/5/05, 18:12 


OBSERVAÇÃO 


Existem misturas especiais que acabam se comportando como se fossem susbtâncias puras, diante 
dos fenômenos de fusão/solidificação ou de ebulição/condensação. No primeiro caso, temos uma 
mistura eutética (ou, simplesmente, um eutético), que se funde/solidifica em temperatura cons- 
tante (como no caso da liga metálica que contém, em massa, 62% de estanho e 38% de chumbo, 
que se funde à temperatura constante de 1 83 °C); no segundo caso, temos uma mistura azeotrópica 
(ou, simplesmente, um azeótropo), que ferve/se condensa em temperatura constante (como ocor- 
re com a mistura contendo, em volume, 96% de álcool comum e 4% de água, que ferve à tempera- 
tura constante de 78,1 °C). 


Para finalizar, devemos fazer uma generalização importante: tudo o que acabamos de explicar 
para a água pura ocorre também com outros materiais puros. De fato, ao nível do mar, cada líquido 
(álcool, acetona etc.) e também cada sólido (como os metais chumbo, ferro etc.), desde que puros, irão 
se fundir e ferver em temperaturas bem definidas. Ao nível do mar, por exemplo, temos: 


Substância 

Ponto de fusão (°C) 

Ponto de ebulição (°C) 

Álcool 

-114,1 

+ 78,5 

Acetona 

-94,0 

+56,5 

Chumbo 

+ 327,0 

+ 1.740,0 

Ferro 

+ 1.535,0 

+2.750,0 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é estado físico (ou de agregação) da matéria? Quais são esses estados? 

b) O que é mudança de estado físico (ou de agregação)? 

c) O que é fusão? 

d) O que é vaporização? 

e) O que é liquefação? 

f) O que é solidificação? 

g) O que é sublimação? 





EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




9 (Univali-SC) Resfriando-se progressivamente água desti- 
lada, quando começar a passagem do estado líquido para 

o sólido, a temperatura: 

a) permanecerá constante, enquanto houver líquido pre- 
sente. 

b) permanecerá constante, sendo igual ao ponto de 
condensação da substância. 

c) diminuirá gradativamente. 

d) permanecerá constante, mesmo depois de todo líqui- 
do desaparecer. 

e) aumentará gradativamente. 

18 


10 (Vunesp) O naftaleno, comercialmente conhecido como 
naftalina, empregado para evitar baratas em roupas, funde 
em temperaturas superiores a 80 °C. Sabe-se que boli- 
nhas de naftalina, à temperatura ambiente, têm suas 
massas constantemente diminuídas, terminando por de- 
saparecer sem deixar resíduo. Essa observação pode ser 
explicada pelo fenômeno da: 

a) fusão. 

b) sublimação. 

c) solidificação. 

d) liquefação. 

e) ebulição. 



Capitulo 02A-QF1 -PNLEM 


18 


6/7/05, 14:14 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


1 1 (UCDB-MS) Uma substância sólida é aquecida continua- 
mente. O gráfico a seguir mostra a variação da tempera- 
tura (ordenada) com o tempo (abscissa): 



O ponto de fusão, o ponto de ebulição e o tempo duran- 
te o qual a substância permanece no estado líquido são, 
respectivamente: 

a) 150, 65 e 5 d) 65, 150 e 5 

b) 65, 150 e 25 e) 65, 150 e 10 

c) 150, 65 e 25 

1 2 (UFPA) Dado o diagrama de aquecimento de um material: 



Pela análise dos dados da tabela, medidos a 1 atm, 
podemos afirmar que, à temperatura de 40 °C e 1 atm: 

a) o éter e o etanol encontram-se na fase gasosa. 

b) o éter encontra-se na fase gasosa e o etanol na 
fase líquida. 

c) ambos encontram-se na fase líquida. 

d) o éter encontra-se na fase líquida e o etanol na 
fase gasosa. 

e) ambos encontram-se na fase sólida. 


Resolução 


Vamos transportar os dados do problema para um 
esquema representando a temperatura dada (40 °C) 
e os pontos de fusão e de ebulição do etanol e do 
éter etílico. 


Temperatura Etanol 


Éter 

etílico 


40 °C 
(temperatura 
dada) 


P.E. = 78 °C 


P.E. = 34 °C 


o 

t: 

'=! 

CT 


P.F. = -117 °C 


P.F. = -116 °C 


o 

33 

'Õ 

u~i 


O 

'Õ 

u-i 


A alternativa correta é: 

a) o diagrama representa o aquecimento de uma subs- 
tância pura. 

b) a temperatura no tempo zero representa o aqueci- 
mento de um líquido. 

c) 21 0 °C é a temperatura de fusão do material. 

d) a transformação de X para Y é um fenômeno químico. 

e) 80 °C é a temperatura de fusão do material. 

Exercício resolvido 


13 (Mackenzie-SP) 


Substância 

Ponto de fusão 
(°C) 

Ponto de 
ebulição (°C) 

Etanol 

-117 

78 

Éter etílico 

-116 

34 


Veja que a linha tracejada horizontal corresponden- 
te a 40 °C corta a linha do etanol na região do líqui- 
do e a linha do éter etílico na região do gasoso. 

Alternativa b 


14 (Fuvest-SP) Considere a tabela a seguir: 



Ponto de 
fusão (°C) 

Ponto de 
ebulição (°C) 

Oxigênio 

-218,4 

-183 

Fenol 

43 

182 

Pentano 

-130 

36,1 


Qual o estado físico dessas substâncias à temperatura 
ambiente? 

Observação: Considere 20 °C como a temperatura am- 
biente. 


— 

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




15 (PUC-MC) Numa praia, em pleno verão, um estudante de Química observou que o carrinho de picolé usava "gelo-seco" 
para retardar o degelo dos picolés. Pediu à vendedora um pedaço do gelo e colocou-o num copo com água, ocorrendo 
formação de "fumaças brancas". Observou-se então o fenômeno de: 

a) evaporação. c) fusão. e) liquefação. 

b) sublimação. d) gaseificação. 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 1 9 

A 


Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


19 


29/5/05, 18:12 



16 (UCF-RJ) O aquecimento global já apresenta sinais visí- 
veis em alguns pontos do planeta. Numa ilha do Alasca, 
na Aldeia de Shishmaret, por exemplo, as geleiras já de- 
moram mais a congelar, no inverno; descongelam mais 
rápido, na primavera, e há mais icebergs. Desde 1971, a 
temperatura aumentou, em média, 2 °C. 

As mudanças de estados descritas no texto, são, respecti- 
vamente: 

a) solidificação e fusão. 

b) solidificação e condensação. 

c) sublimação e solidificação. 

d) solidificação e ebulição. 

e) fusão e condensação. 

1 7 (Cesgranrio-Rj) Um cientista recebeu uma substância des- 
conhecida, no estado sólido, para ser analisada. O gráfi- 
co abaixo representa o processo de aquecimento de uma 
amostra dessa substância. 



Analisando o gráfico, podemos concluir que a amostra 
apresenta: 

a) duração da ebulição de 10 min. 

b) duração da fusão de 40 min. 

c) ponto de fusão de 40 °C. 

d) ponto de fusão de 70 °C. 

e) ponto de ebulição de 50 °C. 

1 8 (Mackenzie-SP) As fases de agregação para as substâncias 
abaixo, quando expostas a uma temperatura de 30 °C, 
são, respectivamente: 


Materiais 

Ponto de fusão 
(°C) (1 atm) 

Ponto de ebulição 
(°C) (1 atm) 

mercúrio 

-38,87 

356,9 

amónia 

-77,7 

-33,4 

benzeno 

5,5 

80,1 

naftaleno 

80,0 

217,0 


a) sólido, líquido, gasoso e líquido. 

b) líquido, sólido, líquido e gasoso. 

c) líquido, gasoso, líquido e sólido. 

d) gasoso, líquido, gasoso e sólido. 

e) sólido, gasoso, líquido e gasoso. 

Exercício resolvido 

19 (Unifor-CE) Na fusão, uma substância pura passa: 

a) de dissolvida para precipitada, absorvendo energia. 

b) do estado líquido para o sólido, liberando energia. 

c) do estado gasoso para o sólido, liberando energia. 

d) do estado sólido para o líquido, liberando energia. 

e) do estado sólido para o líquido, absorvendo 
energia. 

Resolução 

Lembre-se de que, para derreter ou vaporizar um 
material, precisamos fornecer calor (energia), que é, 
então, absorvido pelo material (dizemos que a 
transformação é endotérmica). Na seqüência inver- 
sa, isto é, na condensação e solidificação, o material 
nos "devolve" a energia que lhe fora fornecida (e a 
transformação é dita exotérmica). 
Esquematicamente, temos: 


Sólido 


A transformaçao absorve 
energia (endotérmica). 


A transformaçao libera 
energia (exotérmica). 


Alternativa e 


20 (UFSM-RS) Com relação aos processos de mudança de 
estado físico de uma substância, pode-se afirmar que são 
endotérmicos, isto é, absorvem energia: 

a) vaporização, solidificação, liquefação. 

b) liquefação, fusão, vaporização. 

c) solidificação, fusão, sublimação. 

d) solidificação, liquefação, sublimação. 

e) sublimação, fusão, vaporização. 


Líquido 


Gás ou 
vapor 



AS OBSERVAÇÕES E AS EXPERIÊNCIAS NA CIÊNCIA 


5.1. Medições: o cotidiano e o científico 

Como conseqüência do que foi explicado no item anterior, podemos agora dizer que: 

• verificar que o gelo derrete e a água ferve, sob a ação do calor, é uma observação do cotidiano; 

• verificar que, ao nível do mar, o gelo puro derrete a 0 °C e a água pura ferve a 1 00 °C é uma 
observação científica (feita por meio de uma experiência controlada). 

Note que, na ciência, tenta-se levar em consideração todos os fatores que podem influir nos resul- 
tados da experiência ("ao nível do mar", "gelo puro", "água pura" etc.). Assim, qualquer pessoa pode 
repetir a experiência e chegar aos mesmos resultados (e acreditar no que foi dito). 

20 



Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


20 


29/5/05, 18:12 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Na vida diária usamos várias medições para controlar, por exemplo, as relações comerciais de 
compra e venda, nosso estado de saúde, e assim por diante. Exemplificando: tecidos são vendidos a 
metro (m); refeições são cobradas a quilogramas (kg); velocidades são controladas em quilômetros 
por hora (km/h); a massa de nosso corpo é um dos índices de saúde; até o ritmo de nossa vida é 
controlado em dias, horas, minutos etc. 




Os velocímetros indicam a velocidade escalar instantânea. Para medir a massa dos corpos, utilizam-se balanças. 

No campo da ciência as medições são ainda mais importantes. Medimos massa, volume, tempera- 
turas e inúmeras outras grandezas. Aqui definimos: 

Grandeza é tudo aquilo que pode ser medido. 

Lembre-se também de que, na experiência de fusão do gelo e vaporização da água, as temperatu- 
ras foram medidas com o auxílio da unidade graus Celsius (°C). Generalizando, dizemos que: 

Unidade é uma grandeza escolhida arbitrariamente como padrão. 


Em ciência são usadas, de preferência, as unidades do chamado Sistema Internacional de Unida- 
des (SI). 

Veja alguns exemplos do SI: 

• a unidade de tempo é o segundo (s): seus múltiplos são o minuto (1 minuto = 60 segundos), a 
hora (1 hora = 60 minutos) etc.; 

• a unidade de massa é o quilograma (kg): um múltiplo usual é a tonelada (1 tonelada = 1 .000 kg); 
um submúltiplo usual é o grama (1 grama = 0,001 ou 10~ 3 kg); 

• a unidade de comprimento é o metro (m): um múltiplo usual é o quilômetro (1 km = 1 .000 ou 
10 3 metros); um submúltiplo usual é o centímetro (1 cm = 0,01 ou 10~ 2 metros). 

São derivadas do comprimento as unidades de: 

— área, por exemplo: 1 centímetro quadrado (1 cm 2 ): 1 cm 


1 cm 


— volume, por exemplo: 1 centímetro cúbico (1 cm 3 ): 


1 cm 


1 cm 


1 cm 


No caso das medidas de volume também usamos o litro (1 litro = 1 .000 cm 3 ) e o mililitro 
(1 mililitro = 1 cm 3 = 0,001 ou 1 0~ 3 litros). 

Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 21 

A 


Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


21 


6/7/05, 14:15 


CID 






PARKER & HART 



rrr r 


O MAGO DE ID 



Por fim, devemos lembrar que as medições só são possíveis com o auxílio de aparelhos (instrumen- 
tos) convenientes. Tanto no dia-a-dia como na ciência esses instrumentos vêm evoluindo através dos 
tempos. Assim, usamos: 

• relógios cada vez mais precisos para medir o tempo; 



Ampulheta. 



Relógio gótico do século XV. Relógio digital de pulso. 


• balanças cada vez mais precisas para medir as massas. 





Balança romana. 


Balança de dois pratos. 


Balança eletrônica. 


22 



Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


22 


6/7/05, 14:16 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


As medições são tão importantes na ciência que o cientista William Thomson (Lord Kelvin, 
1 824-1 907) disse: "Afirmo muitas vezes que, se você medir aquilo de que está falando e expressar 
em números, você conhece alguma coisa sobre o assunto; mas, quando você não o pode exprimir em 
números, seu conhecimento é pobre e insatisfatório." 

CROCK, O LEGIONÁRIO BILL RECHIN & DON WILDER 



5.2. Uma medição importante: a densidade 

Para satisfazer as exigências da vida diária (e também da ciência), novas medições foram criadas, 
ao longo do tempo. No cotidiano é comum dizermos, por exemplo, que o chumbo "pesa" mais do que 
a madeira. No entanto, 1 kg de chumbo afunda, enquanto 1 kg de madeira flutua na água. É fácil 
perceber, porém, que tal comparação só se torna justa e racional quando feita entre volumes iguais: 



1 cm 3 de madeira 1 cm 3 de água 1 cm 3 de ferro 1 cm 3 de chumbo 

“pesa” entre 0,60 g “pesa” 1 g. “pesa” 7,86 g. “pesa” 1 1 ,40 g. 

e 0,80 g. 

Surge dessa comparação o conceito de densidade dos materiais, entendida como a massa dos 
"pedaços" iguais (volumes iguais) dos vários materiais (no exemplo acima, pequenos cubos de volume 
igual a 1 cm 3 ). Matematicamente, essa idéia corresponde à seguinte definição: 


Densidade é o quociente da massa pelo volume do material (a uma dada temperatura). 


Essa definição é expressa pela seguinte fórmula: 


d = 


m 

1 / 


sendo • 


m = massa da substância (em g) 

1/ = volume da substância (em cm 3 ou mL) 
d = densidade (em g/cm 3 ou em g/mL) 




Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 23 

A 


Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


23 


29/5/05, 18:13 






Um caso particular importante é o da medição das densidades dos líquidos, que é feita diretamente 
pelos densímetros. Esse instrumento é um tubo de vidro, como mostrado a seguir, cuja parte inferior é 
mais larga e "pesada" do que a superior, que consiste em uma haste graduada em densidades. Coloca- 
do num líquido o densímetro afunda mais ou menos, e a graduação da haste, que coincide com o nível 
líquido, dá diretamente a densidade do líquido. 

Os densímetros são usados, por exemplo, em postos 
de gasolina, para medir a densidade do álcool vendido; em 
cooperativas de leite, para comprovar a qualidade do leite 
negociado, e assim por diante. 


0 densímetro indicado na figura A flutua na água de modo que sua escala 
marca 1 ,0 g/ml_ (densidade da água pura) na superfície do líquido. 

O densímetro da figura B flutua numa solução de bateria de automóvel 
carregada de modo que sua escala marca 1 ,3 g/mL (densidade da 
solução de bateria carregada). O líquido da bateria é uma solução 
de ácido sulfúrico em água, apresentando densidade maior que a água. 





O densímetro (localizado na parte central da foto) confere a densidade do Lactodensímetro utilizado para medir 

álcool, em um posto de abastecimento. a densidade do leite. 


É importante ainda observar que a densidade varia com a temperatura, pois o volume de um 
corpo muda de acordo com a temperatura, embora a massa permaneça a mesma. Por isso, é impor- 
tante que, em informações científicas, se expresse, por exemplo, que a densidade do chumbo é de 
11,34 g/cm 3 , a 20 °C. 


5.3. A importância dos gráficos no dia-a-dia 

É muito comum e importante expressar o resultado de nos- 
sas medições por meio de gráficos. Ao lado, por exemplo, temos 
o gráfico que mostra a variação da densidade da água com a 
temperatura. 


1 ,0000 

0,9999 

0,9998 

0,9997 

0,9996 

- d (g/cm 3 ) 























0 

2 4 6 8 10 7 (°C) 


24 



Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


24 


12/7/05, 19:38 


EDUARDO SANTALIESTRA 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Diariamente encontramos, nos jornais e nas revistas, uma série de gráficos mostrando relações 
entre fatos do nosso cotidiano. 


Gráfico de linhas 


BRASIL: EVOLUÇÃO DO SETOR DE PETRÓLEO — 1973-1999 



Consumo 

Importação 

Produção 


Fontes: Ministério das Minas e 
Energia; Almanaque Abril 2001. 
São Paulo: Abril, 2001 . p. 83. 


Gráfico de setores (ou de pizza) 

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CROSTA TERRESTRE 


% do peso total 



□ 

m 

□ 


□ 

□ 

m 


Oxigênio (O) 
Silício (Si) 
Alumínio (At) 
Ferro (Fe) 
Cálcio (Ca) 
Magnésio (Mg) 
Sódio (Na) 
Potássio (K) 
Titânio (Ti) 
Outros 


Fonte: THE OPEN UNIVERSITY. 
Os recursos físicos da Terra. 
Bloco 1 — Recursos, economia e 
geologia: uma introdução. 
Campinas: Unicamp, 1994. p. 33. 
(Série Manuais) 


Gráfico de barras (ou de colunas) 


EMISSÕES ANUAIS, NA ATMOSFERA, DE CARBONO E CFC 

Carbono 

Milhões de toneladas 


CFC 

Mil toneladas 




Regiões 

I I África 

— ] América do Norte e Central 
_J América do Sul 

í | Antiga URSS 

I I Ásia 

Europa 
I Oceania 


Fonte: NAGLE, Garrete SPENCER. Kris. Advanced geography. Oxford: Oxford University Press, 1997. p. 137. 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 25 

A 


Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


25 


29/5/05, 18:13 


( ATIVIDADES PRÁTICAS 


ATENÇÃO: Não cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

V 

Materiais 

• 1 copo grande (ou um frasco de vidro), de boca larga 
ou de plástico transparente, com capacidade para 
300 mL ou mais • 1 jarra medidora • 1 colher de sopa 
de sal de cozinha • 1 ovo • água 

Procedimento 

• Coloque cerca de 200 mL de água no copo e adicione, 
cuidadosamente, o ovo. • Observe e faça um desenho, 
em seu caderno, do que acontece. • Retire o ovo do copo 
com água com cuidado. • Adicione o sal ao copo com 
água. • Agite bem e recoloque o ovo no copo. • Observe 
e faça, em seu caderno, um desenho do que acontece. 

• Analise as observações e os desenhos feitos. 

Perguntas 

1) No início, utilizando apenas a água e o ovo, quem 
apresentou maior densidade? 

2) O ovo permaneceu na mesma posição inicial quando 
foi adicionado sal à água? O que mudou? Por quê? 

3) O que poderia ser alterado para que o ovo ficasse no 
meio da solução? 


2 a 

Materiais 

• 1 canudinho de refrigerante • massa de modelar • 1 copo 
contendo 100 mL de água • 1 copo contendo 100 mL 
de óleo • 1 copo contendo 1 00 mL de vinagre • 1 caneta 
de retroprojetor ou pedaços de fita adesiva 

Procedimento 

• Tampe bem a extremidade do canudinho com uma 
bolinha de massa de modelar (este será o seu 
densímetro). • Mergulhe seu densímetro no copo con- 
tendo água. • Faça uma marca no copo, com a caneta 
ou a fita adesiva, da posição em que a bolinha se en- 
contra. • Observe e faça um desenho em seu caderno 
do que acontece. • Repita o mesmo processo para os 
copos contendo óleo e vinagre. • Analise as observa- 
ções e os desenhos feitos. 

Perguntas 

1 ) As marcações feitas nos copos foram iguais? Por quê? 

2) Compare, por meio da leitura de seu densímetro, as 
densidades da água, do óleo e do vinagre. 

3) Poderíamos dizer que o ovo, no experimento ante- 
rior, funcionou como um densímetro? Por quê? 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é grandeza? 

b) O que é unidade? 

c) Quais são as unidades de tempo, massa e comprimento no Sistema Internacional de 
Unidades (SI)? 

d) Quais são as unidades usuais de volume? 

e) O que é densidade? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Exercício resolvido 

21 Uma lata contém 450 gramas (g) de leite em pó. 
Qual é a massa do produto em quilogramas (kg)? 


Exercício resolvido 

25 A quantos mL (ou cm 3 ) corresponde o volume de 
3,5 litros de água? 


Resolução 


Resolução 


Sabendo que 1 kg equivale a 1 .000 g, temos: 


1.000 g 
450 g 


1 kg 

x 


x = 0,450 kg 


22 Uma cadeira pesa 8,5 kg. Qual é sua massa em gramas? 

23 Faça as seguintes transformações: 

a) 20 g em quilogramas (kg) 

b) 15 g em miligramas (mg) 

c) 2,5 toneladas (t) em gramas (g) 

24 Quantos gramas de medicamento existem numa caixa 
contendo 50 comprimidos de 200 mg cada um? 


Sabendo que 1 litro (L) corresponde a 1 .000 mL 
(ou cm 3 ), temos: 


1 L 

3,5 L 


1.000 mL 

x 


x = 3.500 mL 


26 Quantos litros de gasolina transporta um caminhao com 
4,5 m 3 do combustível? (Dado: 1 m 3 = 1 .000 litros.) 

27 Faça as seguintes transformações: 

a) 1,82 litros em mililitros 

b) 250 cm 3 em litros 

c) 15 Lem m 3 


26 



Capitulo 02A-QF1 -PNLEM 


26 


6/7/05, 14:16 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


28 (Osec-SP) Densidade é uma propriedade definida pela 
relação: 

a) massa/pressão d) pressão/temperatura 

b) massa/volume e) pressão/volume 

c) massa/temperatura 

Exercício resolvido 

29 (FMU/Fiam-Faam/Fisp-SP) Um vidro contém 200 cm 3 
de mercúrio de densidade 1 3,6 g/cm 3 . A massa de 
mercúrio contido no vidro é: 

a) 0,80 kg c) 2,72 kg e) 6,8 kg 

b) 0,68 kg d) 27,2 kg 

Resolução 

Dizer que a densidade do mercúrio é 13,6 g/cm 3 
significa dizer que 1 cm 3 de mercúrio pesa 1 3,6 g. 
Daí surge a relação: 


1 cm 3 mercúrio — 

13,6 g 1 

x = 2.720 g 

200 cm 3 mercúrio — 

* 

ou 2,72 kg 


Alternativa c 


32 (Mackenzie-SP) No preparo de uma limonada em duas 
etapas, foram feitas as seguintes observações: 


1 â etapa — > mistura 1 

1 â observação 

Ao se espremer o limão 
sobre a água, uma semen- 
te escapou e caiu no copo. 

A semente imediatamen- 
te afundou na mistura. 

2 â etapa — > mistura II 

2r observação 

Na mistura obtida, dissol- 
veram-se três colheres de 
açúcar. 

A semente subiu para a 
superfície do líquido. 


Das observações 1 e 2, pode-se concluir que a densidade 
da semente é: 

a) menor que a densidade do suco de iimão mais água. 

b) menor que a densidade do suco de limão mais água e 
açúcar. 

c) igual à densidade do suco de limão. 

d) maior que a densidade do suco de limão mais água e 
açúcar. 

e) igual à densidade da água mais açúcar. 


30 (UFU-MG) Em condições ambientes, a densidade do 
mercúrio é de aproximadamente 1 3 g/cm 3 . A massa des- 
se metal, da qual um garimpeiro de Poconé (MT) neces- 
sita para encher completamente um frasco de meio litro 
de capacidade, é de: 

a) 2.600 g c) 4.800 g e) 7.400 g 

b) 3.200 g d) 6.500 g 

Exercício resolvido 

31 (UFPE) Para identificar três líquidos — de densida- 
des 0,8, 1,0 e 1,2 — o analista dispõe de uma pe- 
quena bola de densidade 1,0. Conforme a posição 
das bolas apresentadas no desenho a seguir, pode- 
mos afirmar que: 



a) os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apre- 
sentam densidades 0,8, 1,0 e 1,2. 

b) os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apre- 
sentam densidades 1,2, 0,8 e 1,0. 

c) os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apre- 
sentam densidades 1,0, 0,8 e 1,2. 

d) os líquidos contidos nas provetas 1, 2 e 3 apre- 
sentam densidades 1,2, 1,0 e 0,8. 

e) os líquidos contidos nas provetas 1 , 2 e 3 apre- 
sentam densidades 1,0, 1,2 e 0,8. 

Resolução 

Na proveta 1, a bola é mais densa que o líquido, 
pois afundou. Conseqüentemente, o líquido é me- 
nos denso que a bola (densidade = 1). Na proveta 
2, a bola não afunda nem flutua, provando que o 
líquido e a bola têm a mesma densidade (d = 1 ). Na 
proveta 3, a bola flutua, provando que o líquido é 
mais denso que a bola (d = 1). 

Alternativa a 


33 (UFMG) Em um frasco de vidro transparente, um estudan- 
te colocou 500 mL de água e, sobre ela, escorreu vagaro- 
samente, pelas paredes in- 
ternas do recipiente, 500 mL 
de etanol. Em seguida, ele 
gotejou óleo vegetal sobre 
esse sistema. As gotículas 
formadas posicionaram-se 
na região interfacial, confor- 
me mostrado nesta figura: 

Considerando-se esse ex- 
perimento, é correto afirmar que: 

a) a densidade do óleo é menor que a da água. 

b) a massa de água, no sistema, é 1 0 vezes maior que a 
de etanol. 

c) a densidade do etanol é maior que a do óleo. 

d) a densidade da água é menor que a do etanol. 

34 (Enem-MEC) Um estudo sobre o problema do desem- 
prego na Grande São Paulo, no período 1 985-1 996, rea- 
lizado pelo Seade-Dieese, apresentou o seguinte gráfico 
sobre taxa de desemprego: 


Médias anuais da taxa de desemprego total 

Grande São Paulo — 1 985-1 996 

1 6 , 0 % 

14,0% 

12 , 0 % 

1 0 , 0 % 

8 , 0 % 

6,0% i i i i i i i i 1 1 1 t 

85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 


Fonte: SEP, Convênio Seade-Dieese. 

Pela análise do gráfico, é correto afirmar que, no período 

considerado: 

a) a maior taxa de desemprego foi de 14%. 

b) a taxa de desemprego no ano de 1 995 foi a menor do 
período. 

c) a partir de 1 992, a taxa de desemprego foi decrescente. 

d) no período 1 985-1 996, a taxa de desemprego esteve 
entre 8% e 1 6%. 

e) a taxa de desemprego foi crescente no período com- 
preendido entre 1 988 e 1 991 . 



Gotículas de óleo 


Região 
interfacial 



Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 


27 



Capitulo 02A-QF1-PNLEM 


27 


29/5/05, 18:13 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



Exercício resolvido 


35 (FMU/Fiam-Faam/Fisp-SP) O esquema representa três 
tubos de ensaio de mesmo diâmetro, contendo cada 
um a mesma massa dos seguintes líquidos incolores: 
água, acetona e clorofórmio. 



Dadas as densidades: d água = 1,00 g/cm 3 ; 

<4ce tona = 0,80 g/cm 3 ; d clorofórmlo = 1,4 g/cm 3 , pode- 
mos afirmar que os tubos I, II e III contêm, respecti- 
vamente: 

a) acetona, água e clorofórmio. 

b) acetona, clorofórmio e água. 

c) água, clorofórmio e acetona. 

d) clorofórmio, água e acetona. 

e) clorofórmio, acetona e água. 


Resolução 

De acordo com a definição de densidade 



conclui-se matematicamente que, para massas iguais, 
a densidade será tanto menor quanto maior for o 
volume do líquido. Considerando que os volumes 
vão crescendo na ordem das figuras I, II e III, con- 
cluiremos que as densidades irão decrescer nessa 
mesma ordem. 

Alternativa d 


36 (UFPE) Em um béquer com 1 00 mL de água, são coloca- 
dos 20 mL de óleo vegetal, um cubo de gelo e uma barra 
retangular de alumínio. 

Qual das figuras melhor representa a aparência dessa 
mistura? 

a) b) c) d) e) 




37 (UFPI) Em uma cena de 
um filme, um indivíduo 
corre carregando uma 
maleta tipo 007 (volu- 
me de 20 dm 3 ) cheia de 
barras de um certo me- 
tal. Considerando que 
um adulto de massa 
média (70 kg) pode des- 
locar, com uma certa ve- 
locidade, no máximo o equivalente à sua própria massa, 
indique qual o metal contido na maleta, observando os 
dados da tabela. 

(Dado: 1 dm 3 = 1 L = 1 .000 cm 3 ) 

a) Alumínio c) Prata e) Ouro 

b) Zinco d) Chumbo 


Densidade em g/cm 3 

Alumínio 

2,7 

Zinco 

7,1 

Prata 

10,5 

Chumbo 

11,4 

Ouro 

19,3 



38 (Fatec-SP) O volume ocupado por qualquer amostra de 
água depende da temperatura da amostra. O gráfico a 
seguir representa a variação do volume de certa amostra 
de água em função da sua temperatura. 



Analisando-se o gráfico, pode-se concluir que a densida- 
de da água: 

a) cresce com o aumento do volume. 

b) varia linearmente com a temperatura. 

c) não varia com a temperatura. 

d) é mínima a 0 °C. 

e) é máxima a 4 °C. 

39 (Enem-MEC) Para convencer a população local da inefi- 
ciência da Companhia Telefônica Vilatel na expansão da 
oferta de linhas, um político publicou no jornal local o 
gráfico I, abaixo representado. A companhia Vilatel res- 
pondeu publicando dias depois o gráfico II, em que pre- 
tende justificar um grande aumento na oferta de linhas. 
O fato é que, no período considerado, foram instaladas, 
efetivamente, 200 novas linhas telefônicas. 



Gráfico II 



Analisando os gráficos, pode-se concluir que: 

a) o gráfico II representa um crescimento real maior do 
que o do gráfico I. 

b) o gráfico I apresenta o crescimento real, sendo o II 
incorreto. 

c) o gráfico II apresenta o crescimento real, sendo o grá- 
fico I incorreto. 

d) a aparente diferença de crescimento nos dois gráficos 
decorre da escolha das diferentes escalas. 

e) os dois gráficos são incomparáveis, pois usam escalas 
diferentes. 


28 



Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


28 


6/7/05, 14:17 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


40 (Enem-MEC) O número de indivíduos de certa popula- 
ção é representado pelo gráfico ao lado. 

Em 1975, a população tinha um tamanho aproximada- 
mente igual ao de: 

a) 1960 

b) 1963 

c) 1967 

d) 1970 

e) 1980 



SUBSTÂNCIA PURA (OU ESPECIE QUÍMICA) 


/Dariaiu Gonçatvt» Uma 



UUIflA •« !*«■«««*« 


Manual Souza Umo 
_ Rosa Gonçalims Um* 

IPt Ktjà -itf’ ltô< 
. /f- ■ <>' 



Uma pessoa é reconhecida por suas características físicas: 
fisionomia, massa, altura, cor da pele, cor dos olhos etc. Consideran- 
do que a população de um país é muito grande, o governo criou a 
cédula de identidade para facilitar a identificação das pessoas. 

Lembre-se também de que, para melhorar a identificação das pes- 
soas, foram criados vários outros sistemas de identificação. Por exemplo: 

• CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) — foi criado pela Secretaria da 
Fazenda para identificar os contribuintes do Imposto de Renda; 

• CRM (Conselho Regional de Medicina) — dá a cada médico 
seu número de identificação; 

• OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) — dá a cada advogado 
seu número de identificação. 

Pois bem, a quantidade de materiais diferentes existente no mun- 
do é também enorme. É obrigação da Química reconhecer e identifi- 
car cada um desses materiais. As propriedades gerais da matéria 
(massa e volume), sendo comuns a todo e qualquer material, não se 

prestam a essa identificação. As propriedades organolépticas (cor, sabor, odor etc.) também não, pois 
são de aplicação perigosa. Deve-se, então, recorrer às chamadas propriedades específicas, que são par- 
ticulares e exclusivas de cada material. Já falamos, em páginas anteriores, no ponto de fusão (P.F.), no 
ponto de ebulição (P.E.) e na densidade dos materiais. Todas essas medidas, como têm valores fixos e 
constantes para cada material, são denominadas constantes físicas dos materiais. Muitas outras constan- 
tes físicas nos ajudam a identificar, com maior precisão, cada material, como, por exemplo: 

• calor específico — a quantidade de calor necessária para aumentar em 1 °C a temperatura de 
1 g do material (1 g de água, por exemplo, necessita de 1 caloria para ter sua temperatura 
aumentada de 1 °C; dizemos, então, que o calor específico da água é 1 cal/g • °C); 

• solubilidade — a maior massa (por exemplo, em gramas) do material que podemos dissolver em 
dada quantidade de um líquido (geralmente expressa em litros), a dada temperatura (por exem- 
plo, podemos dissolver, no máximo, 365 g de sal comum em 1 L de água a 20 °C). 

Quando um material apresenta constantes físicas bem definidas e invariáveis, concluímos que 
se trata de matéria isenta de outros materiais e a denominamos substância pura. Assim, temos a 
seguinte definição: 


Substância pura (ou simplesmente substância, ou, ainda, espécie química) é um 
material único, isento de outros materiais e que apresenta constantes físicas bem definidas. 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 


29 


A 


Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


29 


6/7/05, 14:18 


CID CID 




Por exemplo: 


Identificação da água 

Líquido incolor 

Ponto de fusão = 0 °C 

Ponto de ebulição = 1 00 °C ao nível do mar 

Densidade = 1 g/cm 3 a 4 °C ao nível do mar 

Calor específico = 1 cal/g • °C 


Identificação do sal comum (cloreto de sódio) 

Sólido branco 
Ponto de fusão = 801 °C 
Ponto de ebulição = 1 .460 °C 
Densidade = 2,1 8 g/cm 3 

Solubilidade = 365 g do sal por litro de água a 20 °C 


As constantes físicas são catalogadas em livros e tabelas especiais. Os químicos se baseiam nelas 
tanto para identificar as substâncias como também para constatar sua pureza. Por esse motivo, dizemos 
que as constantes físicas são utilizadas como critérios de pureza das substâncias químicas. 

Sempre que uma substância é extraída da natureza ou é produzida num laboratório, determinam- 
se suas constantes físicas. Desse modo, ficamos sabendo se ela é uma substância nova ou já conhecida. 
Sendo conhecida, temos também uma idéia de sua pureza. 

Ao contrário das substâncias puras, as misturas não apresentam constantes físicas definidas. 


HnTVTfKfíHÍ Responda em ' 
d-S:- seu caderno 

a) O que é propriedade específica? 

b) O que é constante física? 

c) O que é calor específico? 

d) O que é solubilidade? 

e) O que é substância pura? 

f) Como são denominadas as constantes físicas quando testamos a pureza de uma 
substância? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


41 (UFMG) Uma amostra de uma substância pura X teve 
algumas de suas propriedades determinadas. Todas as 
alternativas apresentam propriedades que são úteis para 
identificar essa substância, exceto: 

a) densidade. 

b) massa da amostra. 

c) solubilidade em água. 

d) temperatura de ebulição. 

e) temperatura de fusão. 

42 (Fuvest-SP) Quais das propriedades a seguir são as mais 
indicadas para verificar se é pura uma certa amostra sóli- 
da de uma substância conhecida? 

a) cor e densidade 

b) cor e dureza 

c) ponto de fusão e densidade 

d) cor e ponto de fusão 

e) densidade e dureza 

43 (Mackenzie-SP) O valor do ponto de ebulição determi- 
nado experimentalmente numa amostra de uma certa 
substância mostrou-se maior do que o valor encontrado 


em tabelas. Essa diferença pode ser atribuída ao fato de 
que, no experimento, usou-se: 

a) um combustível de alto poder calorífico. 

b) uma quantidade de substância muito grande. 

c) uma quantidade de substância muito pequena. 

d) uma substância composta. 

e) uma substância contendo impurezas. 

44 (Vunesp) O rótulo de uma garrafa de água mineral está 
reproduzido a seguir. 

Composição química provável: 

Sulfato de cálcio 0,0038 mg/L 

Bicarbonato de cálcio 0,0167 mg/L 


Com base nessas informações, podemos classificar a água 
mineral como: 

a) substância pura. 

b) substância simples. 

c) mistura heterogênea. 

d) mistura homogênea. 

e) suspensão coloidal. 


30 



Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


30 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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(Mackenzie-SP) A dureza de um mineral reflete a resistência deste ao risco. Uma das escalas utilizadas para verificar a dureza 
de um mineral é a escala de Mohs. 

Escala de Mohs 

(minerais em ordem crescente de dureza) 


1 - talco 

3 - calcita 

5 - apatita 

7 - quartzo 

9 - coríndon 

2 - gesso 

4 - fluorita 

6 - ortoclásio 

8 - topázio 

1 0 - diamante 


De acordo com essa escala, é incorreto afirmar que: 

a) o diamante é o mineral mais duro. d) o topázio e a fluorita riscam a calcita. 

b) apenas o coríndon risca o diamante. e) o mineral menos duro é o talco. 

c) a apatita é riscada pelo quartzo. 


PROCESSOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS 


Os materiais encontrados na natureza são, em geral, misturas de várias substâncias. Mesmo em 
laboratório, quando tentamos preparar uma só substância, acabamos, normalmente, chegando a uma 
mistura de substâncias. Torna-se então importante, nos laboratórios e também nas indústrias quími- 
cas, separar os componentes das misturas até que cada substância pura fique totalmente isolada das 
demais. Essa separação chama-se desdobramento (ou fracionamento, ou resolução, ou, ainda, aná- 
lise imediata da mistura). Por exemplo: 



Sal puro 
(somente NaCl) 


No final do desdobramento, devemos verificar se as substâncias foram realmente bem separadas. 
Para essa verificação, usamos as constantes físicas, como já foi explicado na página 30. No exemplo 
acima, se a água ficou realmente pura, ela deverá, ao nível do mar, congelar a 0 °C, ferver a 1 00 °C etc. 

É interessante lembrar que, no cotidiano, são usados vários métodos de separação, como já expli- 
camos na página 2 e como ainda exemplificamos abaixo: 




Quando preparamos café (ou Quando lança para cima a mistura de arroz e palha 

chá), a água quente faz a de arroz, a lavradora deixa que a corrente de ar 

extração de componentes do pó arraste a palha. Ela está fazendo uma ventilação. 

de café (ou das folhas do chá), 

dando origem à bebida, e em 

seguida fazemos uma filtração 

para separar o pó do líquido. 



Ao passar a areia pela peneira, 
separando-a de pedregulhos e 
outros materiais grosseiros, o 
pedreiro está fazendo uma 
peneiração ou tamisação. 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 31 

A 


Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


31 


29/5/05, 18:17 


EDUARDO SANTALIESTRA 




Nas páginas seguintes, resumiremos os principais processos de separação de misturas usados no 
dia-a-dia, nos laboratórios e nas indústrias químicas. 


7.1. Filtração 

É um processo 
mecânico que serve 
para desdobrar mistu- 
ras heterogêneas de 
um sólido disperso 
em um líquido ou em 
um gás, como nos 
exemplos práticos 
mostrados ao lado. 



O aspirador de pó filtra o ar, retendo a poeira. O coador retém as partículas 

sólidas do café. 


Em laboratório, a filtração mais simples é feita com um funil do tipo comum, em geral de vidro, no 
qual é colocada uma folha de papel de filtro convenientemente dobrada. 


Dobragem do papel de filtro 



O 


Folha inicial de 
papel de filtro 




O 


Dobrada 


Dobrada 
em quatro 


▼ 

|á formado 
o cone 



Já adaptado ao 
funil de filtração 


Montagem final 



Na indústria, filtrações também são muito utilizadas. Um exemplo é o dos filtros adaptados às 
chaminés das fábricas, para evitar que a poeira que acompanha os gases industriais seja lançada à 
atmosfera. Outro exemplo importante é a filtração da água, antes de ser distribuída pelas canalizações 
de uma cidade; essa filtração é feita, em geral, obrigando-se a água a atravessar os chamados "filtros de 
areia", nos quais camadas de areia conseguem reter as partículas sólidas presentes na água. 


32 



Capitulo 02B-QF1 -PNLEM 


32 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


Há casos em que a filtração é muito demorada. Para apressá-la, usa-se a filtração a "vácuo" ou, 
melhor dizendo, a filtração à pressão reduzida: 


Funil de Buchner (porcelana) 



Frasco de Kitasato 
(vidro) 




Aparelho montado 



Sólido separado 


Sucção de ar 
Vácuo 


Líquido separado 

/ 


Em processos industriais, é comum ace- 
lerar a filtração comprimindo-se a mistura lí- 
quida que passa pelo filtro. Assim, em fábricas 
de cerâmicas e porcelanas, por exemplo, mói- 
se a argila (barro) em suspensão na água e, a 
seguir, filtra-se a "pasta" por compressão para 
eliminar o excesso de água. Nessas operações 
são usados os chamados filtros-prensa. 


Filtro-prensa. 



7.2. Decantação 

É também um processo mecânico que serve para desdobrar misturas heterogêneas de um sólido 
num líquido ou de dois líquidos imiscíveis entre si. 

Por exemplo, a areia que está em suspensão na água vai, lentamente, se depositando no fundo do 
recipiente (processo chamado sedimentação); no final, a água pode ser separada ou por inclinação 
cuidadosa do recipiente (processo de decantação) ou, então, por aspiração com auxílio de um sifão 
(processo de sifonação). 



Evidentemente, se colocarmos uma mistura de areia e serragem em água, a areia irá ao fundo e a 
serragem flutuará na água. Temos então uma sedimentação fracionada, que nos permitirá separar a 
serragem da areia. 

Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 33 

A 


Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


33 


29/5/05, 18:17 


CORTESIA DA NETZSCH DO BRASIL IND. COM. LTDA. 


Pode-se também acelerar o processo da sedimentação com o uso da centrifugação; uma centrífu- 
ga imprime rotação rápida ao recipiente em que está o sistema de um sólido em suspensão em um 
líquido; com a aceleração provocada pela rotação, as partículas sólidas sedimentam mais depressa. 



Esquema de funcionamento de centrífuga 


Fase 


Sólido 


líquida 

I 


J 


? 


Fase 

sólida 


líquido 

Tubos em repouso 


Tubos em rotação 



Centrífuga de laboratório. 


Em certas indústrias químicas, existem "câmaras de poeira"; em um circuito em ziguezague, as 
partículas sólidas perdem velocidade e se depositam. 


Gás I impo 



PTTZ7 Gás + poeira 


Partículas sólidas 


Nos laboratórios, empregam-se os funis de separação (ou de decantação, ou de bromo) para 
separar líquidos imiscíveis de densidades diferentes; após a separação espontânea, abre-se a torneira e 
escoa-se apenas o líquido mais denso. 


Funil de decantação 



34 



Capitulo 02B-QF1 -PNLEM 


34 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


7.3. Destilação 

É um processo físico que serve para desdobrar as misturas homogêneas, como as soluções de 
sólidos em líquidos (destilação simples) ou as soluções de dois ou mais líquidos (destilação fracionada). 
Em laboratório, a aparelhagem normalmente utilizada é a seguinte: 


Termômetro - 


Balão de 
destilação 


Saída de água 
de resfriamento 


Garras de ferro 



Líquido mais 
volátil que já 
se destilou 


Quando destilamos dois líquidos miscíveis entre si, a separação tende a ser melhor quanto maior 
for a diferença entre as temperaturas de ebulição dos dois líquidos; nesse caso o líquido mais volátil 
destila em primeiro lugar. Evidentemente, a separação não será possível no caso das misturas 
azeotrópicas. E o que acontece com uma mistura de aproximadamente 96% de álcool comum e 4% de 
água, em volume, que destila inalterada a 78,1 °C. 

Os processos de destilação são muito usados nas indústrias. Um dos mais simples é o do alambi- 
que para fabricação de aguardente: 



Tacho de 
aquecimento 


Garapa fermentada 
em destilação 


i S Saída de água 
de resfriamento 

Serpentina 
de resfriamento 


Fogo 


Aguardente 


Muito mais complicadas são as torres de destilação do 
petróleo, que possibilitam separar vários de seus derivados, 
como a gasolina, o querosene, o óleo diesel etc. 


Torres de destilação em uma 
refinaria de petróleo. 



Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 35 

A 


Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


35 


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SERIDEC PHOTOIMAGENE / CID 


DESTILAÇÃO DO AR LÍQUIDO 

O ar é formado predominantemente por nitrogênio e oxigênio, além de pequenas quantidades de 
gases nobres. Esses gases são retirados do ar por destilação fracionada (processo Linde). Isso é 
conseguido submetendo-se o ar a sucessivas compressões e resfriamentos até que ele chegue ao esta- 
do líquido, o que ocorre a cerca de 200 °C abaixo de zero. A seguir, destila-se o ar líquido. Inicialmente 
ferve o nitrogênio (-1 95,8 °C) e a seguir o oxigênio (-183 °C). Esquematicamente: 


Ar 


Eliminação 
de poeira 


eCO, 


Ar puro 


Pressão e 


resfriamento 


Ar líquido 


Destilação 


c 


fracionada 



N, 


O, 


Atualmente, o nitrogênio é muito usado: 

• sob a forma gasosa (vendido em cilindros de aço), para ser usado como atmosfera inerte na fabri- 
cação de produtos eletrônicos, no "enchimento" de lâmpadas incandescentes, no empacotamento 
de alimentos, para encher pneus etc.; 

• sob a forma líquida (que garante temperaturas de cerca de 1 90 °C abaixo de zero), para ser usado 
como meio de resfriamento no transporte de órgãos para transplante, na conservação de alimentos, 
na conservação de sêmen para a inseminação artificial do gado etc. 

• na produção de substâncias contendo nitrogênio, principalmente amoníaco e ácido nítrico. 

E o oxigênio é muito usado: 

• na produção do aço e de outros metais; 

• no branqueamento da celulose para a fabricação do papel; 

• em maçaricos especiais para corte e solda de metais, como, por exemplo, o maçarico oxídrico e o 
maçarico oxiacetilênico; 

• como comburente em foguetes; 

• nos hospitais, quando o paciente precisa respirar um "ar mais rico", em função de uma cirurgia ou 
recuperação; 

• nos cilindros de mergulhadores e de alpinistas. 


7.4. Cristalização 


É um processo físico que serve para separar e 
purificar sólidos. A água do mar contém vários sais. 
Em uma salina, entretanto, com a evaporação len- 
ta da água, o sal comum (cloreto de sódio) crista- 
liza-se antes dos outros sais e, assim, é separado. 

O que acontece numa salina você mesmo 
pode verificar. Basta dissolver o máximo possível 
de sal de cozinha em água, colocar num pires e 
aguardar um ou dois dias. 


Salina na Ilha Cristina, 
Huelva, Espanha. 



7.5. Outros processos de desdobramento de misturas 

Dependendo das propriedades específicas das substâncias que estão misturadas, podemos lançar 
mão de outros processos de separação, tais como a sublimação, a dissolução fracionada, a extração, a 
separação magnética etc. 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A sublimação é aplicável quando apenas um dos componentes da mistura é sublimável. É como se 
purifica o iodo: 


Cápsula com 



A dissolução fracionada é aplicável quando apenas um dos componentes da mistura é solúvel 
num dado líquido. Por exemplo, colocando-se uma mistura de sal comum e areia em água, o sal irá se 
dissolver, enquanto a areia não; por decantação, separamos a solução de sal e água da areia; e, por 
evaporação, recuperamos o sal. 

A extração é, em geral, o processo em que se utiliza um líquido que conse- 
gue "retirar" um componente de uma mistura. Por exemplo, a "água de bromo", 

— água que contém pequenas quantidades de bromo em solução. Agitando-se a 
"água de bromo" com clorofórmio e deixando-se o conjunto em repouso, for- 
mam-se duas camadas líquidas: a inferior contém bromo dissolvido em clorofór- 
mio e a superior contém água praticamente sem bromo. Dizemos então que o 
clorofórmio "extraiu" o bromo da água. 

A separação magnética é aplicável quando um dos componentes da mistura é magnético, 
como é o caso das partículas de ferro. Pode-se então retirar essas partículas com o auxílio de um 
ímã ou eletroímã. 




APRENDENDO MAIS SOBRE O LABORATÓRIO DE QUÍMICA 


Além do que já foi descrito no item 7, os laboratórios comuns de Química dispõem de muitos 
outros equipamentos, aparelhos e dispositivos para facilitar o trabalho. Há equipamentos de ferro (e de 
outros metais), de vidro, de porcelana etc. 

Vejamos alguns importantes equipamentos de ferro. 



Tubo 

Abertura para 
entrada de ar 


Entrada 
de gás 


Base 


Bico de Bunsen. Funciona a gás e serve para o aqueci- 
mento de materiais não-inflamáveis. Possui, em sua par- 
te inferior, uma janela, cuja abertura é regulada giran- 
do-se um anel. Quando a janela está “fechada”, a en- 
trada de ar é mínima e a chama do gás torna-se ama- 
relada; quando a janela está “aberta”, a chama torna- 
se azulada, pois a combustão do gás é mais completa 
e atinge a temperatura máxima (cerca de 1 . 1 00 °C). 


ITT 

Tela de aquecimento. É um trançado 
de fios de ferro, tendo no centro um 
material adequado ao aquecimento. 
Recebendo, por baixo, o calor do bico 
de Bunsen, ela distribui esse calor uni- 
formemente para os recipientes que 
são colocados sobre ela, evitando a 
quebra dos equipamentos de vidro. 
Tripé de ferro. Serve como apoio para 
a tela de amianto e para os equipa- 
mentos que são colocados sobre ela. 



Suportes, garras e argolas de fer- 
ro. Servem para a montagem e 
sustentação dos aparelhos de la- 
boratório. 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 37 

A 


Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


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Além dos que já foram mencionados nos processos de separação das substâncias, outros importan- 
tes utensílios de vidro são: 



W 

Tubo de ensaio. Usado para testar rea- 
ções com pequenas quantidades de 
reagentes. 



Vidro de relógio. Usado para pesar 
pequenas quantidades de substân- 
cias, para evaporar pequenas quanti- 
dades de soluções e para cobrir 
béqueres e outros recipientes. 




Balão de fundo chato. Usado para aque- 
cer e preparar soluções e realizar rea- 
ções com desprendimento de gases. 



Balão de fundo redondo. De uso se- 
melhante ao anterior, porém mais apro- 
priado aos processos de destilação. 



Proveta ou cilindro graduado. Para 
medir e transferir volumes de líquidos 
e soluções (não é de muita precisão). 







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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Alguns utensílios de porcelana são: 





Cápsula de porcelana. Usada para concentrar e secar so- 
luções. 



Almofariz e pistilo. Usados para trituração de sólidos. 




A SEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS DE QUÍMICA 


Os laboratórios de Química são construídos de acordo com as experiências que se pretende realizar 
e contam com instalações adequadas de água, gás, eletricidade, ar comprimido, sistemas de exaustão 
de gases venenosos etc. Devido ao perigo de certas substâncias e de suas reações, deve-se sempre ter: 

• placas de sinalização 

Altamente inflamável Material radioativo 

• regras de segurança 

— Use sempre aparelhagem limpa e que não esteja quebrada nem trincada. 

— Conheça as propriedades das substâncias que vai usar. 

— Não pegue com as mãos, não cheire, não prove o sabor de produtos químicos. 

— Use sempre óculos de proteção e luvas. 

— Não deixe frascos abertos ou em locais de onde possam cair. 

— Use sistema de exaustão para gases venenosos. 

— Tenha sempre extintor de incêndio apropriado à mão. 




Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 


39 



Capitulo 02B-QF1 -PNLEM 


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— Cuidado ao descartar produtos. Procure sempre saber qual é o descarte mais adequado a cada 
um deles 

— Lave as mãos logo após cada experiência. 

• tabelas ou livros com as propriedades e antídotos das principais substâncias que são usadas. 
Exemplos: 


Substância* 

Características 

Antídoto 

Acido súlfurico 

pouco volátil; altamente corrosivo 

muito leite de magnésia 

Acido clorídrico 

volátil/sufocante; altamente corrosivo 

muito leite de magnésia 

Soda cáustica 

cáustico/muito tóxico 

muito vinagre ou suco de limão 

Hidróxido de amónia 

volátil/sufocante; cáustico/tóxico 

muito vinagre ou suco de limão 


* Em acidentes ocorridos com essas substâncias, é importante procurar atendimento médico com urgência. 


ATIVIDADES PRÁTICAS 


ATENÇAO: Não cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

1 â 

Materiais 

• 1 copo • sal de cozinha • água • 1 colher • 1 prato raso 

Procedimento 

• Dissolva a maior quantidade possível de sal em meio copo 
com água, mexendo bem para auxiliar a dissolução. «Trans- 
fira a solução para o prato, tomando o cuidado de não 
transferir o sal não-dissolvido, que estará no fundo do 
copo. • Coloque o prato com a solução em um local 
bem ventilado. • Após alguns dias, observe o que acon- 
teceu (se possível, examine com uma lente de aumento). 

Perguntas 

1 ) Qual o conteúdo do prato no início e no final do expe- 
rimento? 

2) A mistura inicial colocada no prato era homogênea 
ou heterogênea? Qual o número de fases e quais os 
componentes que ela apresentava? 

3) O que ocorreu com os componentes iniciais da mistura? 

4) O resultado final teria sido o mesmo se o prato tivesse 
sido tampado com um filme plástico? Por quê? 

ATENÇAO: Não cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

Este experimento deve ser realizado com supervi- 
são de um adulto, pois haverá a necessidade de 


manipular objetos quentes, podendo haver risco 
de queimaduras. 

2 a 

Materiais 

• chá preto • 1 panela com tampa • água • 1 copo 

Procedimento 

• Com a supervisão de um adulto, prepare, em uma 
panela com tampa, um pouco de chá preto bem con- 
centrado. • Durante o preparo do chá, retire a tampa 
várias vezes e transfira o conteúdo líquido da tampa para 
um copo. • Anote no caderno as observações. 

Perguntas 

1) Qual o aspecto da mistura que está na panela? Essa 
mistura é homogênea ou heterogênea? Quais são os 
componentes presentes nela? 

2) Onde está ocorrendo a ebulição e por que ela ocorre? 

3) Qual o aspecto do líquido recolhido e transferido para 
o copo? 

4) Onde está ocorrendo a condensação e por que ela 
ocorre? 

5) Qual é o nome do processo que você utilizou para 
separar os componentes da mistura inicial? 

6) Por que temos de tampar a panela para executar esse 
processo? 

7) Qual a diferença entre esse processo de separação e o 
utilizado no I a experimento? 


Responda em 
seu caderno 


a) Como é chamada a separação dos componentes de uma mistura? 

b) Para que serve a filtração? 

c) O que ocorre no processo de decantação? 

d) Para que servem a destilação simples e a destilação fracionada? 

e) O que ocorre na cristalização? 

f) O que ocorre na extração? 

g) O que se deve conhecer para trabalhar, com segurança, em um laboratório de Química? 



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Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





46 (Mackenzie-SP) Necessitou-se retirar o conteúdo do tan- 
que de combustível de um carro. Para isso, fez-se sucção 
com um pedaço de mangueira introduzido no tanque, 
deixando-se escorrer o líquido para um recipiente colo- 
cado no chão. Esse processo é chamado de: 

a) decantação c) sifonação e) destilação 

b) filtração d) centrifugação 

47 (Osec-SP) Um dos estados brasileiros produtores de 
cloreto de sódio é o Rio Grande do Norte. Nas salinas, o 
processo físico que separa a água do sal é: 

a) filtração c) destilação e) ebulição 

b) sublimação d) evaporação 

48 (UFRGS-RS) Qual dos métodos de separação seguintes se 
baseia na diferença de densidades? 

a) decantação d) cristalização 

b) destilação fracionada e) sublimação 

c) peneiração 

49 (Ceeteps-SP) O esquema abaixo representa a técnica, 
usada comumente em navios, para dessalinizar a água 
do mar. 



Trata-se da: 

a) evaporação c) destilação e) filtração 

b) condensação d) sifonação 

50 (UFMG) Certas misturas podem ser separadas, usando- 
se uma destilação simples, realizável numa montagem, 
como a apresentada nesta figura: 



Suponha que a mistura é constituída de água e cloreto 
de sódio dissolvido nela. Ao final da destilação simples 
dessa mistura, obtém-se, no erlenmeyer: 

a) água 

b) água + ácido clorídrico 

c) água + cloreto de sódio 

d) água + cloro 


51 (Mackenzie-SP) Uma técnica usada para limpar aves co- 
bertas por petróleo consiste em pulverizá-las com limalha 
de ferro. A limalha, que fica impregnada de óleo é, então, 
retirada das penas das aves por um processo chamado de: 

a) decantação d) centrifugação 

b) peneiração e) separação magnética 

c) sublimação 

52 (Esef Jundiaí-SP) O papel de filtro pode ser utilizado para 
separar os componentes do sistema: 

a) homogêneo, gás/gás 

b) heterogêneo, líquido/líquido 

c) homogêneo, sólido/líquido 

d) heterogêneo, sólido/líquido 

e) homogêneo, sólido/sólido 

53 (PUC-MG) O conjunto ao 
lado é adequado para: 

a) lavagem de material em 
mistura. 

b) separação de mistura só- 
lido-líquido. 

c) obstruir a passagem de 
gases ou líquidos. 

d) separação de líquidos de 
densidades diferentes. 

e) liquefazer vapores. 

54 (PUC-MG) No laboratório, o equipamento conveniente 
para medir e transferir volumes de líquidos é: 

a) balão de fundo chato d) funil de decantação 

b) tubo de ensaio e) condensador 

c) proveta 

55 (Mackenzie-SP) Numa destilação simples, o material de 
laboratório usado para transformar vapor em líquido é 
chamado de: 

a) erlenmeyer d) balão de destilação 

b) béquer e) funil de decantação 

c) condensador 

56 (FEI-SP) Em relação aos equipamentos básicos de labora- 
tório, estabeleça a associação adequada da coluna I (equi- 
pamentos) com a coluna II, em que são listadas as situa- 
ções mais frequentes em que eles são usados: 


Coluna 1 

Coluna II 

1 . almofariz e pistilo 

1. Medidas precisas de volumes 
fixos de líquidos. 

2. bureta 

II. Medidas aproximadas de vo- 
lumes de líquidos. 

3. funil de Buchner 

III. Filtração a pressão reduzida. 

4. pipeta 
volumétrica 

IV. Medidas volumétricas preci- 
sas de líquidos. 

5. proveta 

V. Trituração de sólidos e ho- 
mogeneização de materiais 
sólidos por trituração. 


a) 1 - V; 2 - IV; 3 - III; 4 - I; 5 - II 

b) 1 - V; 2 - I; 3 - III; 4 - II; 5 - IV 

c) 1 - V; 2 - II; 3 - III; 4 - IV; 5 - I 

d) 1 - III; 2 - I; 3 - V; 4 - IV; 5 - II 

e) 1 - III; 2 - II; 3 - V; 4 - I; 5 - IV 



Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 


41 



Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


41 


29/5/05, 18:18 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



57 (Mackenzie-SP) Ao se preparar o tradicional cafezinho, exe- 
cutam-se dois processos físicos que são, respectivamente: 

a) extração e filtração 

b) decantação e destilação 

c) evaporação e filtração 

d) filtração e liquefação 

e) dissolução e liqüefação 

58 (UFPE) Leia as atividades do cotidiano, abaixo, e as técni- 
cas de laboratório apresentadas a seguir: 

A. Preparação de cafezinho de café solúvel 

B. Preparação de chá de saquinho 

C. Coar um suco de laranja 

1 . Filtração 

2. Solubilização 

3. Extração 

4. Destilação 

A associação correta entre ambas é: 

a) A2, B3 e Cl 

b) A4, B2 e C3 

c) A3, B4 e Cl 

d) Al, B3 e C2 

e) A2, B2 e C4 

59 (UFR-Rj) Com a adição de uma solução aquosa de açúcar 
a uma mistura contendo querosene e areia, são vistas 
claramente três fases. Para separar cada componente da 
mistura final, a melhor sequência é: 

a) destilação, filtração e decantação 

b) cristalização, decantação e destilação 

c) filtração, cristalização e destilação 

d) filtração, decantação e destilação 

e) centrifugação, filtração e decantação 

60 (UFMC) Este quadro apresenta misturas heterogêneas que 
foram submetidas aos processos de separação especifi- 
cados. 


Misturas 

Componentes 

Processo de separação 

1 

água e areia 

decantação 

II 

sucatas de ferro 
e alumínio 

separação magnética 

III 

grafita e iodo 

sublimação 

IV 

água e óleo 

filtração 


A alternativa que corresponde a uma mistura cujo pro- 
cesso de separação especificado é inadequado é: 

a) I c) III 

b) II d) IV 

61 (UFjF-MG) Atualmente, é comum encontrar, nas prate- 
leiras de supermercados, alimentos desidratados, isto é, 
isentos de água em sua composição. O processo utiliza- 
do na desidratação dos alimentos é a liofilização. A 
liofilização consiste em congelar o alimento a uma tem- 
peratura de — 1 97 °C e depois submeter o alimento con- 
gelado a pressões muito baixas. Na temperatura de 
-197 °C, a água contida no alimento encontra-se no 
estado sólido e, com o abaixamento de pressão, passa 
diretamente para o estado de vapor, sendo então elimi- 
nada. A afirmação correta é: 


a) No processo de liofilização, a água passa por uma 
transformação química, produzindo H 2 e 0 2 , que são 
gases. 

b) No processo de liofilização, a água passa por um pro- 
cesso físico conhecido como evaporação. 

c) No processo de liofilização, o alimento sofre decom- 
posição, perdendo água. 

d) No processo de liofilização, a água sofre decompo- 
sição. 

e) No processo de liofilização, a água passa por uma trans- 
formação física denominada sublimação. 


62 (Uece) Considerando os aparelhos aqui representados, 
utilizados em laboratório para separação de componen- 
tes de misturas, escolha a alternativa correta. 




a) O aparelho I (erlenmeyer) é usado em filtragens a 
vácuo. 

b) O aparelho II (funil de decantação) é utilizado na se- 
paração de misturas de líquidos não-miscíveis. 

c) O aparelho III (condensador) serve para resfriar e 
condensar vapores, num processo de centrifugação. 

d) O aparelho IV (kitasato) é usado em análise volumétrica 
de misturas, que exigem alta precisão. 

63 (Unicamp-SP) Os gases nitrogênio, oxigênio e argônio, 
principais componentes do ar, são obtidos industrialmente 
através da destilação fracionada do ar liquefeito. Indique 
a sequência de obtenção dessas substâncias nesse pro- 
cesso de destilação fracionada, justifique sua resposta. 


Temperaturas de ebulição a 1 atm 

Substância 

Temperatura (°C) 

Argônio 

-186 

Nitrogênio 

-196 

Oxigênio 

-183 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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— 

LEITURA 




O CICLO DA ÁGUA NA TERRA 

A água é a substância mais abundante na superfície da Terra. Encontra-se na forma sólida (gelo nas 
altas montanhas, nas geleiras, nos icebergs etc.), na forma líquida (oceanos, rios, lagos, água subterrânea 
etc.) ou na forma gasosa (como na umidade do ar, por exemplo). 


Distribuição de água na Terra 

Localização 

% em massa 

Oceanos 

94 

Ceio e neve 

4,2 

Subsolo 

1,2 

Solo 

0,4 

Atmosfera 

0,001 

Seres vivos 

0,00003 


Além disso, todos os seres vivos são constituídos por grandes porcentagens de água, de modo que 
sem ela a vida tal qual a conhecemos não existiria na Terra. 

Uma das águas mais puras que existem na natureza é a água da chuva. No entanto, ela já contém 
dissolvidos os componentes do ar, além de certa quantidade de poeira. 

Quando a água da chuva penetra no solo, ela dissolve novos componentes, especialmente sais (mais 
ou menos solúveis). Por esse motivo, quando a água brota da terra, pode surgir como a chamada água 
mineral, do tipo magnesiano, ou ferruginoso, ou sulfuroso etc., conforme contenha compostos de magnésio, 
ferro, enxofre etc. Pode também surgir como água salobra, contendo quantidade excessiva de sais, com 
gosto ruim e imprópria para o consumo humano. Do subsolo, a água é retirada por meio de poços comuns 
ou poços artesianos. 


COMPOSIÇÃO QUÍMICA $£$ BÃR10 = 0,20 * ESTRÔNCIO * 0,02 • § 

CÁLCIO = 16,40 - MAGNÉSIO = 8,34 - POTÁSSIO = 0,60 - SÓDIO = l 
1,20 ♦ BICARBONATOS = 95,44 - CLORETOS = 0,21 - NITRATOS 
= 0.60. CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS: pH a 25°C = 7,8. 

CONDUTIVIDAOE ELÉTRICA a 25°C = 1,45 X 10' 4 mhos/cm 
TEMPERATURA DA ÁGUA NA FONTE = 1&0 9 G RESÍDUO DE 
EVAPORAÇÃO A 180*0. CALCULADO = 85,0 mg/l. RADIOATIVI- 
DADE NA FONTE A 20 Í C e 760mm de Hg = 15,64 maches. 

VALIDADE: 1 2 MESES apta a data de fabricação Indicada na garrafa ou na tampa. 

Parte do rótulo de uma garrafa de água mineral, com informações sobre a 
composição química e as características físico-químicas. 

Obs.: No rótulo, mg/l significa mg/L. 

Escoando pelo solo, a água corre para os rios, arrastando consigo terra e muitas outras substâncias, 
para finalmente chegar aos mares e oceanos. Praticamente três quartos da superfície do nosso planeta são 
cobertos pelos mares e oceanos. Cada quilograma de água do mar contém, em média, cerca de 35 g de 
sais dissolvidos, principalmente o sal comum (cloreto de sódio). 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 43 

A 


Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


43 


12/7/05, 19:39 



Dos mares, lagos e rios, a água volta a evaporar, forma as nuvens, torna a cair como chuva — e o processo 
todo recomeça, formando o chamado ciclo da água na natureza, como vemos no esquema abaixo. 



Chuvas 


Infiltração 


Oceano 


Ciclo da água 

Vapor transportado 


Chuvas 


Evaporação 


Transpiração 


Evaporação 


Fluxo de água subterrânea 


A água evapora dos oceanos, rios e lagos, forma nuvens, volta a cair 
na superfície terrestre em forma de chuvas e recomeça seu ciclo. 


Note que a natureza já repete, há bilhões de anos, o processo de destilação que efetuamos em labora- 
tório, isto é: o calor solar evapora a água da superfície terrestre; o vapor dessa água se condensa nas 
camadas altas e frias da atmosfera, formando as nuvens; e a água volta a "destilar" para a superfície 
terrestre, na forma de chuva. 




Questões sobre a leitura 

Responda em 
seu caderno 



64 O que é água mineral? 

65 O que é água salobra? 

66 O que é o ciclo da água? 

67 (Enem-MEC) O sol participa do ciclo da água, pois, além 
de aquecer a superfície da Terra dando origem aos ventos, 
provoca a evaporação da água dos rios, lagos e mares. O 
vapor da água, ao se resfriar, condensa em minúsculas 
gotinhas, que se agrupam formando as nuvens, neblinas 
ou névoas úmidas. As nuvens podem ser levadas pelos 
ventos de uma região para outra. Com a condensação e, 
em seguida, a chuva, a água volta à superfície da Terra, 
caindo sobre o solo, rios, lagos e mares. Parte dessa água 
evapora retornando à atmosfera, outra parte escoa super- 
ficialmente ou infiltra-se no solo, indo alimentar rios e la- 
gos. Esse processo é chamado de ciclo da água. 


Considere, então, as seguintes afirmativas: 

I. A evaporação é maior nos continentes, uma vez que 
o aquecimento ali é maior do que nos oceanos. 

II. A vegetação participa do ciclo hidrológico por meio 
da transpiração. 

III. O ciclo hidrológico condiciona processos que ocor- 
rem na litosfera, na atmosfera e na biosfera. 

IV. A energia gravitacional movimenta a água dentro do 
seu ciclo. 

V. O ciclo hidrológico é passível de sofrer interferência 
humana, podendo apresentar desequilíbrios. 

a) Somente a afirmativa III está correta. 

b) Somente as afirmativas III e IV estão corretas. 

c) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas. 

d) Somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas. 

e) Todas as afirmativas estão corretas. 


44 



Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


44 


29/5/05, 18:18 


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r 

DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




68 (UFRCS-RS) Analise os sistemas materiais abaixo, estan- 
do ambos na temperatura ambiente. 

Sistema I - Mistura de 10 g de sal de cozinha, 30 g de 

areia fina, 20 ml_ de óleo e 1 00 mL de água. 

Sistema II - Mistura de 2,0 L de C0 2í 3,0 L de N 2 e 1,5 L 

de 0 2 . 

Sobre esses sistemas é correto afirmar que: 

a) ambos são heterogêneos, pois apresentam mais de 
uma fase. 

b) em I, o sistema é bifásico, após forte agitação, e, em 
II, o sistema é monofásico. 

c) em I, o sistema é trifásico, após forte agitação, e, em 
II, o sistema é monofásico. 

d) ambos apresentam uma única fase, formando siste- 
mas homogêneos. 

e) em I, o sistema é trifásico, independentemente da or- 
dem de adição dos componentes, e, em II, o sistema 
é bifásico. 

69 (Ufes) Dada a tabela (Temperatura = 25 °C): 


Mistura 

Substância A 


Substância B 

1 

água 

+ 

álcool etílico 

II 

água 

+ 

sal de cozinha 

III 

água 

+ 

gasolina 

IV 

o 2 

+ 

co 2 

V 

carvão 

+ 

enxofre 


Resultam em soluçoes as misturas: 

a) I, II e III 

b) I, II e IV 

c) I, II e V 

d) II, IV e V 

e) III, IV e V 

70 (UFSM-RS) Analise o gráfico em relação às mudanças de 
estado que ocorrem no álcool 96%, vendido em super- 
mercado. 



Pode-se afirmar que esse produto constitui um(a): 

a) sistema heterogêneo 

b) mistura azeotrópica 

c) substância pura 

d) mistura eutética 

e) sistema bifásico 

71 (Cesgranrio-R|) De acordo com os gráficos de mudanças 
de estado, a seguir, podemos afirmar corretamente que 
I, II e III correspondem, respectivamente, a: 


I II 




III 



a) mistura, substância pura e mistura eutética. 

b) mistura, substância pura e mistura azeotrópica. 

c) mistura, mistura azeotrópica e substância pura. 

d) substância pura, mistura eutética e mistura azeo- 
trópica. 

e) substância pura, mistura e mistura eutética. 

72 (UFV-MG) A figura abaixo mostra as curvas de tempera- 
tura versus tempo para a mesma massa de três amostras 
materiais A, Be C, partindo do estado sólido no tempo 
zero. Observe a figura e identifique a alternativa correta: 



0 50 100 150 200 

Tempo (s) 


a) As amostras A, Be C são exemplos de substâncias puras. 

b) A amostra C não constitui substância pura por não man- 
ter as temperaturas de fusão e ebulição constantes. 

c) À temperatura de 1 00 °C, a amostra A encontra-se no 
estado líquido. 

d) A amostra 6 aquece mais rápido do que a amostra A. 

e) A amostra 6 apresenta temperatura de ebulição de 
40 °C. 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 45 

A 


Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


45 


29/5/05, 18:18 


73 (Ufes) Dada a tabela a seguir, em relaçao ao estado físico 
das substâncias (pressão = 1 atm), a alternativa correta é: 


Substância 

Temperatura 
de fusão (°C) 

Temperatura 
de ebulição (°C) 

1 

-218 

-183 

II 

-63 

61 

III 

41 

182 

IV 

801 

1.473 

V 

1.535 

2.885 


a) I é sólido a 30 °C. 

b) II é líquido a 1 00 °C. 

c) III é sólido a 25 °C. 

d) IV é líquido a 480 °C. 

e) V é gasoso a 2.400 °C. 

74 (Vunesp) I e II são dois líquidos incolores e transparentes. 
Os dois foram aquecidos, separadamente, e mantidos em 
ebulição. Os valores das temperaturas dos líquidos em 
função do tempo (f) de aquecimento são mostrados na 
figura a seguir. 



a) 


B + água 
A 





c) 

A — * 
B + água — »• 


76 (Ceeteps-SP) Uma barra de certo metal, de massa igual a 
37,8 g, foi introduzida num cilindro graduado contendo 
água. O nível da água contida no cilindro, antes (1 ) e após 
(2) a imersão da barra metálica, é mostrado na figura. 


— 

25 

= 

20 

= 

15 

= 

10 

— 

— 

5 

— 


(D 



Com base nessas informações, pode-se afirmar que: 

a) I é um líquido puro e II é uma solução. 

b) I é uma solução e II é um líquido puro. 

c) I é um líquido puro e II é um azeótropo. 

d) I e II são líquidos puros com diferentes composições 
químicas. 

e) I e II são soluções com mesmos solvente e soluto, mas 
I é uma solução mais concentrada do que II. 

75 (Fatec-SP) No gráfico que se segue, foram projetados 
dados de massa e volume para três líquidos: A, Be água. 
Sabe-se que o líquido A é insolúvel tanto em 6 quanto 
em água, e que o líquido 6 é solúvel em água. 



Considerando os dados do gráfico e os de solubilidade 
fornecidos, identifique o aspecto que uma mistura dos 
três líquidos num recipiente apresentará: 


Analisando-se a figura, pode-se afirmar que o metal da 
barra metálica é provavelmente o: 

a) Ag, d = 1 0,50 g/cm 3 

b) Aí, d = 2,70 g/cm 3 

c) Fe, d = 7,87 g/cm 3 

d) Mg, d = 1,74 g/cm 3 

e) Pb, d = 1 1 ,30 g/cm 3 

77 (Fuvest-SP) Em uma indústria, um operário misturou, inad- 
vertidamente, polietileno (PE), policloreto de vinila (PVC) 
e poliestireno (PS), limpos e moídos. Para recuperar cada 
um destes polímeros, utilizou o seguinte método de se- 
paração: jogou a mistura em um tanque contendo água 
(densidade = 1 ,00 g/cm 3 ) separando, então, a fração que 
flutuou (fração A) daquela que foi ao fundo (fração B). 
A seguir, recolheu a fração B, secou-a e a jogou em outro 
tanque contendo solução salina (densidade = 1,10 g/cm 3 ), 
separando o material que flutuou (fração C) daquele que 
afundou (fração D). As frações A, C e D eram, respecti- 
vamente, 


Polímeros 

Densidade (g/cm 3 ) 

polietileno (PE) 

0,91 a 0,98 

poliestireno (PS) 

1,04 a 1,06 

policloreto de vinila (PVC) 

1,35 a 1,42 


a) 

LU 

Q_ 

PS e 

PVC 

b) 

PS, 

PEe 

PVC 

c) 

PVC, PS 

e PE 

d) 

PS, 

PVC 

e PE 

e) 

PE, 

PVC 

e PS 


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Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


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6/7/05, 14:21 


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78 (Unisinos-RS) A seguir, está esquematizado o fluxograma 
relativo à separação dos componentes de uma mistura 
constituída por azeite, água e açúcar totalmente dissolvi- 
do. Examinando o fluxograma apresentado, você identi- 
fica os processos 1 e 2 como sendo, respectivamente: 



a) destilação e filtração 

b) filtração e decantação 

c) decantação e destilação 

d) decantação e centrifugação 

e) filtração e centrifugação 

79 (Mackenzie-SP) 



Os nomes dos processos I, II e III, representados pelo flu- 
xograma acima e referentes à separação dos componen- 
tes da mistura, são, respectivamente: 

a) decantação, centrifugação e filtração 

b) separação magnética, filtração e destilação 

c) filtração, separação magnética e destilação 

d) cristalização, decantação e centrifugação 

e) separação magnética, decantação e filtração 

80 (UFPB) Ao preparar um terreno para cultivo, seria ideal 
que o agricultor solicitasse os serviços de um profissional 
qualificado, a fim de fazer uma análise do solo para co- 
nhecer o conteúdo dos nutrientes presentes. O resultado 
da análise será válido se esse profissional retirar uma amos- 


tra representativa do solo e realizar, com cuidado, opera- 
ções, tais como, limpeza da amostra, secagem, imersão 
da amostra em solução extratora adequada etc. 
Considere as operações a serem realizadas com a amostra. 

(1) Separar a amostra de restos de folhas, cascalhos e 
outros materiais sólidos. 

(2) Aquecer a amostra para retirada de água. 

(3) Medir uma determinada quantidade da amostra seca. 

(4) Separar a solução extratora da parte insolúvel da 
amostra. 

(5) Medir uma determinada quantidade da solução 
extratora. 

(6) Destilar a solução aquosa para separar os componen- 
tes solúveis. 

Qual dos objetos abaixo deve ser usado em cada uma 
das operações acima? 

A. estufa 

B. pipeta 

C. funil e papel de filtro 

D. peneira 

E. balança 

A associação correta entre as operações e os objetos é: 

a) Al, B2, C6, D5, E3 d) Al, B2, C5, D6, E3 

b) A2, B5, C4, Dl, E3 e) A4, BI, C5, D3, E2 

c) A3, BI , C4, D5, E2 

81 (Vunesp) 

Um sistema heterogêneo, 5, é constituído por uma solu- 
ção colorida e um sólido branco. O sistema foi submeti- 
do ao seguinte esquema de separação: 



Ao se destilar o líquido I N, sob pressão constante de 1 at- 
mosfera, verifica-se que sua temperatura de ebulição va- 
riou entre 80 e 1 00 °C. Indique qual das seguintes afirma- 
ções é correta. 

a) A operação I é uma destilação simples. 

b) A operação II é uma decantação. 

c) O líquido colorido Y é uma substância pura. 

d) O líquido incolor W é uma substância pura. 

e) O sistema heterogêneo 5 tem, no mínimo, 4 com- 
ponentes. 


Capítulo 2 • Conhecendo a Matéria e suas Transformações 


47 



Capitulo 02B-QF1-PNLEM 


47 


29/5/05, 18:19 



Tópicos do capítulo 

1 Vale a pena explicar (entender) 
os fatos do cotidiano (e da 
ciência)? 

2 As tentativas de explicar a 
matéria e suas transformações 

3 O nascimento da Química 

4 A hipótese de Dalton 

5 Os elementos químicos 
e seus símbolos 

6 Explicando a matéria 

— as substâncias químicas 

7 Explicando a matéria 

— as misturas 

8 Explicando as transformações 
materiais 

9 As propriedades das substâncias 

10 Explicando as variações de 
energia que acompanham 
as transformações materiais 

11 Segunda visão da Química 

12 Como a ciência progride 
Leitura: 0 meio ambiente em perigo 



As alterações nas cores de algumas folhas, no inverno, indicam transformações 
que ocorrem na natureza. 


EXPLICANDO A MATÉRIA E SUAS 
TRANSFORMAÇÕES 


Apresentação do capítulo 


No capítulo anterior, vimos como os vários materiais existentes na natureza se apresentam 
e se transformam. Neste terceiro capítulo, vamos explicar o longo caminho percorrido pela 
humanidade nas tentativas de explicar como é a matéria " por dentro " e o que acontece 
durante as transformações materiais. 

Mostraremos que há somente cerca de 200 anos os cientistas conseguiram realizar 
experiências capazes de fundamentar a existência do átomo. Veremos, então, como o mundo 
invisível do átomo (mundo microscópico) torna possível explicar todos os tipos de matéria e 
de transformações que vemos diariamente (mundo macroscópico), bem como as trocas de 
energia associadas a essas transformações. A idéia do átomo ajudou a consolidar a Química 
como ciência, cujo desenvolvimento possibilitou a criação de milhares de novos materiais 
(medicamentos, tecidos, corantes etc.) que transformaram a existência da humanidade, nos 
dois últimos séculos. 



29/5/05, 18:21 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


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VALE A PENA EXPLICAR (ENTENDER) OS FATOS DO 
COTIDIANO (E DA CIÊNCIA)? 


Sim, vale. Imagine a seguinte situação. Você, sozinho, guiando um automóvel numa estrada deser- 
ta. De repente, o carro enguiça e pára. Se você não conhece a mecânica nem a parte elétrica do 
automóvel, provavelmente vai ficar parado muito tempo na estrada, até conseguir ajuda. Mas, se tiver 
algum conhecimento disso, terá chances de descobrir o defeito e talvez até consiga corrigi-lo, mesmo 
que seja para "quebrar o galho" até a próxima cidade. Esse exemplo nos mostra como é importante 
conhecer as coisas "por dentro", saber como elas funcionam. Afinal, é com o conhecimento que conse- 
guimos progredir em qualquer campo de nossas atividades. 

Considere um segundo exemplo, agora no campo científico. 

Embora ainda não seja possível controlar todas as doenças, até há 
pouco tempo a situação era bem pior. Esse quadro começou a 
mudar somente a partir do século XIX, quando Pasteur verificou 
que seres microscópicos — os microorganismos — podiam infectar 
pessoas e animais, dando origem a diversas doenças. A partir dessa 
descoberta, passou-se a desinfetar as mãos e os utensílios que en- 
tram em contato com os doentes, o que representou um passo 
enorme em direção ao que hoje chamamos de medicina preven- 
tiva. Além disso, sabendo qual é o microorganismo que provoca 
determinada doença, torna-se muito mais fácil procurar um medi- 
camento que o combata e restabeleça a saúde dos infectados. 

Hoje sabemos que nem todas as doenças são causadas por microorganismos. Algumas têm origens 
diferentes e não totalmente conhecidas, como é o caso do câncer. No entanto, sempre que surge uma 
nova doença, a norma é procurar o agente causador (foi o caso da AIDS, causada pelo vírus HIV). 

CONHECIMENTO E PODER 

E importante pensar que, em geral, maior conhecimento leva pessoas e povos a terem mais poder. 
O primeiro homem que dominou o fogo levou vantagem sobre os demais; o primeiro povo que 
desenvolveu a agricultura e domesticou os animais levou vantagem sobre os demais. Muitas guerras 
foram ganhas pelo maior conhecimento do terreno ou das fraquezas do inimigo. Daí a grande impor- 
tância do estudo e da educação. 



Louis Pasteur em seu laboratório. 



AS TENTATIVAS DE EXPLICAR A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES 


Ao longo dos séculos, no trabalho de obter novos materiais e nas tentativas de explicar essas 
obtenções, podemos destacar os seguintes fatos históricos: 

• Entre aproximadamente os anos 500 e 1500 da era cristã, desenvolveu-se entre árabes e euro- 
peus o trabalho dos alquimistas, muitos deles movidos pelo sonho de obter o elixir da longa 
vida, que poderia tornar o ser humano imortal, e a pedra filosofal, que teria o poder de transfor- 
mar metais baratos em ouro. 


PIRATAS DO TIETÊ - Laerte 



Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 49 

A 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


49 


29/5/05, 18:21 


INSTITUTO PASTEUR, PARIS 







A 


• A partir do século XVI, com o desenvolvimento da alquimia, sur- 
giu a chamada iatroquímica, uma doutrina médica que atribuía 
a causas químicas tudo o que se passava no organismo são ou 
enfermo. O principal objetivo dessa doutrina era a descoberta e 
produção de medicamentos. 

Todo esse trabalho era eminentemente prático. Os alquimistas con- 
tribuíram bastante para o desenvolvimento das técnicas químicas, em- 
bora não tivessem se preocupado em explicar os fenômenos. 

Devemos salientar, porém, que a busca de uma explicação para a 
matéria e suas transformações foi objeto de preocupação de alguns pen- 
sadores desde antes de Cristo. O filósofo grego Demócrito (460-370 a.C.) 
imaginou a matéria formada por pequenas partículas indivisíveis denomi- 
nadas átomos (do grego, o, não; tómos, pedaços). No entanto, durante 
séculos prevaleceram as idéias de Aristóteles (384-322 a.C.), para quem 
tudo o que existia no Universo era formado a partir de quatro elementos 
fundamentais: terra, água, fogo e ar. De acordo com essa idéia e com o 
esquema ao lado, estavam associadas ao fogo, por exemplo, as qualida- 
des seco e quente, e à água, as qualidades frio e úmido. 

A Química somente adquiriu caráter científico a partir do século 
XVIII, quando o trabalho feito em laboratório (chamado de trabalho 
experimental) foi vinculado ao esforço de buscar a explicação da natu- 
reza da matéria e de suas transformações (explicação teórica). 



Aristóteles 

FOGO 




O NASCIMENTO DA QUÍMICA 


Observando a queima de um pedaço de carvão, temos a impressão de que ele desaparece. Essa 
impressão, porém, está errada — estamos nos esquecendo da matéria que escapa nas chamas, durante 
a combustão. 

Quando uma esponja de aço se enferruja, sua massa aumenta. Será que houve "criação" de maté- 
ria? Não. Ocorre que o oxigênio do ar reage com o ferro da esponja, durante o enferrujamento, produ- 
zindo aumento na massa total da esponja de aço. 

3.1. A lei de Lavoisier 

No final do século XVIII, o cientista Antoine Lavoisier realizou uma série de experiências em recipien- 
tes fechados (para que não entrasse nem escapasse nada do sistema em estudo) e, efetuando pesagens 
com balanças mais precisas do que as dos cientistas anteriores, concluiu: 

No interior de um recipiente fechado, a massa total não varia, quaisquer que sejam 
as transformações que venham a ocorrer. 


Tal afirmativa é uma lei da Natureza, desco- 
berta por Lavoisier e que, por esse motivo, ficou 
conhecida como lei de Lavoisier (ou lei da con- 
servação da massa, ou lei da conservação da 
matéria). 

Por exemplo: verifica-se que 3 gramas de car- 
bono reagem com 8 gramas de oxigênio, produ- 
zindo 1 1 gramas de gás carbônico. 

Como 3 g + 8 g = 1 1 g, conclui-se que nada 
se perdeu. 


I 


Antoine Laurent de Lavoisier 



Nasceu em Paris, em 1 743. Filho de famí- 
lia rica, recebeu educação esmerada e 
exerceu vários cargos públicos. Foi 
membro da Academia de Ciências da 
França e é considerado um dos fun- 
dadores da Química Moderna. Devi- 
do às suas ligações com o regime po- 
lítico anterior, Lavoisier foi condenado 
pela Revolução Francesa e executado na 
guilhotina em 1 794, aos 51 anos de idade. 


50 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


50 


22/6/05, 15:04 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A lei de Lavoisier, portanto, pode ser enunciada também da seguinte maneira: 

A soma das massas antes da reação é igual à soma das massas após a reação. 


Ou ainda: 


Na natureza, nada se perde, nada se cria; a matéria apenas se transforma. 


3.2. A lei de Proust 

Quase na mesma época de Lavoisier, Joseph Louis Proust, efetuando também uma grande série de 
pesagens em inúmeras experiências, chegou à seguinte conclusão: 

Uma determinada substância composta é formada por substâncias mais simples, uni- 
das sempre na mesma proporção em massa. 

Por exemplo, observa-se que o gás carbônico é sempre formado por carbono e oxigênio, e verifica- 
se também que: 

1 â experiência: 3 g de carbono (C) se unem a 8 g de oxigênio (0 2 ), produzindo 1 1 g de gás carbônico (C0 2 ) 
2 â experiência: 6 g de carbono (C) se unem a 1 6 g de oxigênio (0 2 ), produzindo 22 g de gás carbônico (C0 2 ) 

Veja que, na 1 a experiência, a proporção entre as massas é de 3 : 8 : 1 1 . Na 2 â experiência, é de 
6:16: 22. Nesta última, os números mudaram, mas obedecendo à relação: 6 é o dobro de 3; 16 é o 
dobro de 8; e 22 é o dobro deli. Enfim, os números mudaram, mas a proporção é a mesma, como se 
diz em Matemática. 

Essa conclusão é chamada de lei de Proust ou lei das proporções constantes (ou fixas ou definidas). 

As duas leis enunciadas — a de Lavoisier e a de Proust — são denominadas leis ponderais, porque 
falam em massa das substâncias envolvidas. São leis importantíssimas, pois marcam o início (nascimento) 
da Química como ciência. 


GARFIELD Jim Davis 



Joseph Louis Proust 



Nasceu em Angers, França, em 1 754. Estudou Química e Farmácia e foi 
chefe da farmácia do Hospital de Salpetrière, em Paris. Em 1 789, fu- 
gindo da Revolução Francesa, mudou-se para a Espanha. Em 1 801 
formulou a lei das proporções constantes, que foi combatida por 
cientistas da época — só em 1 808 reconheceu-se que a razão estava 
em Proust. Sua lei ajudou a fortalecer, na Química, a idéia do átomo. 
Morreu em sua cidade natal, em 1826. 


Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 51 

A 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


51 


6/7/05, 14:21 


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ATLANTIC SYNDICATION 


ATIVIDADES PRÁTICAS 

I 


ATENÇAO: Não cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

Este experimento deve ser realizado com a super- 
visão de um adulto, pois haverá a necessidade de 
manipular objetos quentes, podendo haver risco 
de queimaduras. 

V 

Materiais 

• 1 balança • 1 panela • 1 ovo • água 

Procedimento 

• Pese, com o auxílio de uma balança, um ovo cru. • Ano- 
te a massa no caderno. • Cozinhe o ovo, com a super- 
visão de um adulto, e pese-o novamente. • Anote a 

massa no caderno. 

Perguntas 

1) Qual o tipo de fenômeno sofrido pelo ovo? Justifique 
sua resposta. 

2) Compare as massas do ovo cru e do ovo cozido. Hou- 
ve alguma diferença nelas? 


2 a 

Materiais 

• 1 balança • 2 béqueres • 1 vela • 1 rolha • fósforo • água 

Procedimento 

• Em um béquer com um pouco de água, coloque uma 
vela pequena, presa sobre uma rolha, flutuando sobre a 
água. • Inverta um segundo béquer sobre o conjunto. • Pese, 
com o auxílio de uma balança, a massa do conjunto e ano- 
te-a no caderno. • Acenda a vela, retirando e colocando 
rapidamente o segundo béquer. • Observe o que ocorre e 
anote em seu caderno. • Pese novamente o conjunto e anote 
a massa no caderno. 

Perguntas 

1) Qual o tipo de fenômeno ocorrido? justifique sua res- 
posta. 

2) Houve diferença nas massas anotadas? 

3) Se realizássemos uma outra experiência na qual o se- 
gundo béquer não fosse colocado, o fenômeno seria 
o mesmo? O que teria sido diferente? Por quê? 


ÍM 


Responda em 
seu caderno 


a) O que os alquimistas pretendiam obter com o elixir da longa vida? 

b) O que os alquimistas pretendiam obter com a pedra filosofal? 

c) Qual era o principal objetivo da latroquímica? 

d) Quais eram os quatro elementos fundamentais de Aristóteles? 

e) No pensamento de Demócrito, como a matéria era formada? 

f) O que afirma a lei de Lavoisier? 

g) O que afirma a lei de Proust? 




f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




1 (Ceeteps-SP) A queima de uma amostra de palha de aço 
produz um composto pulverulento de massa: 

a) menor que a massa original da palha de aço. 

b) igual à massa original da palha de aço. 

c) maior que a massa original da palha de aço. 

d) igual à massa de oxigênio do ar que participa da reação. 

e) menor que a massa de oxigênio do ar que participa 
da reação. 

2 (Fuvest-SP) Os pratos A e 8 de uma balança foram equili- 
brados com um pedaço de papel em cada prato e efe- 
tuou-se a combustão apenas 
do material contido no pra- 
to A. Esse procedimento foi 
repetido com palha de aço 
em lugar de papel. Após cada 
combustão observou-se: 



Com papel 

Com palha de aço 

a) 

A e 8 no mesmo nível 

A e 8 no mesmo nível 

b) 

A abaixo de 8 

A abaixo de 6 

c) 

A acima de 8 

A acima de 8 

d) 

A acima de 8 

A abaixo de 6 

e) 

A abaixo de 8 

A e 8 no mesmo nível 



3 (Uespi) Qualquer que seja a procedência ou processo de 
preparação do NaCl, podemos afirmar que sua compo- 
sição é sempre 39,32% de sódio e 60,68% de cloro, com 
base na lei de: 

a) Lavoisier c) Proust e) Avogadro 

b) Dalton d) Richter 


Exercício resolvido 

4 Numa 1- experiência, 2 g de A combinam-se com 
8 g de 8. Numa 2- experiência, 1,25 g de A combi- 
na-se com 5 g de 8. Estão esses valores de acordo 
com a lei de Proust? 


Resolução 


2 , . 


Sim, pois o quociente — é igual a 0,25 e coincide 
8 

1 25 

com o quociente — — , que também e igual a 0,25. 


5 Numa 1 â experiência, 1,5 g de A combina-se com 0,5 g 
de 8. Numa 2- experiência, juntamos 4,9 g de A com 
1 ,4 g de 8. Os valores da 2- experiência estão de acordo 
com a lei de Proust? 


52 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


6 (Vunesp) Foram analisadas três amostras (I, II e III) de 
óxidos de enxofre, procedentes de fontes distintas, ob- 
tendo-se os seguintes resultados: 


Amostra 

Massa de 
enxofre (g) 

Massa de 
oxigênio (g) 

Massa da 
amostra (g) 

1 

0,32 

0,32 

0,64 

II 

0,08 

0,08 

0,16 

III 

0,32 

0,48 

0,80 


Estes resultados mostram que: 

a) as amostras I, II e III são do mesmo óxido. 

b) apenas as amostras I e II são do mesmo óxido. 

c) apenas as amostras II e III são do mesmo óxido. 

d) apenas as amostras I e III são do mesmo óxido. 

e) as amostras I, II e III são de óxidos diferentes. 



A HIPÓTESE DE DALTON 


Para explicar os fatos experimentais observados nas duas leis ponderais vistas anteriormente, o 
cientista inglês John Dalton imaginou a seguinte hipótese: 

Todo e qualquer tipo de matéria é formado por partículas indivisíveis, chamadas 
átomos. 

Para entendermos a relação entre essa hipótese e as leis ponderais (com os mesmos dados utiliza- 
dos nas páginas 50 e 51), imagine o átomo de carbono representado por Q (e considere sua massa 

estabelecida arbitrariamente neste exemplo, em 3 g), e o átomo de oxigênio representado por 3) 
(com massa também arbitrária de 4 g). 

A lei de Lavoisier seria explicada do seguinte modo: 

O + nDn 


3 g 


4g+4g=8g 


Total = 3g + 8g = 11 g 

f 


4g + 3g + 4g = 11g 

Total = 1 1 g 
! 


Considerando que as partículas (átomos) iniciais 
e as finais são as mesmas, concluímos que a 
massa deve permanecer inalterada. 


A lei de Proust seria explicada da seguinte maneira: 
1 â experiência: 

2- experiência: 


Q 

+ 99 - 


3g 

8 g 

11 g 

9 

+ 99 m 

^ 999 

9 

99 

qQq 

6 g 

1 6 g 

22 g 


Da 1 â experiência para a 2 â , a quantidade de 
átomos dobrou; como conseqüência, todas as 
massas duplicaram. 

Atualmente, com técnicas avançadíssimas, já 
é possível ter uma visão do átomo. Desde o século 
XIX, muitas experiências confirmam a existência 
do átomo. 


John Dalton 


Nasceu em Eaglesfield, Inglaterra, em 1 766. 
Filho de família pobre, dedicou toda a sua 
vida ao ensino e à pesquisa. Foi professor 
de Matemática, Física e Química em Man- 
chester. Estudou a deficiência de visão, de 
que ele próprio sofria, chamada atualmen- 
te de daltonismo. Seu principal trabalho deu 
origem à primeira teoria atômica moderna. 



Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 

A 


29/5/05, 18:22 


53 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


53 



Podemos também dizer que Dalton criou um modelo para o átomo, hoje chamado de modelo 
atômico de Dalton. 

Para Dalton, cada átomo seria uma 
partícula extremamente pequena, maciça, 
indivisível e eletricamente neutra. 

Grãozinho de ferro Representação esquemática 
de átomos de ferro 



1 

1 â Os átomos são tão pequenos que, em 1 g de ferro, por exemplo, existem aproximadamente 
1 0.800.000.000.000.000.000.000 átomos desse metal. Isso equivale a dizer que, se a cabeça de um 
alfinete tivesse o tamanho do nosso planeta, o átomo teria o tamanho de uma bola de futebol. 
Podemos então afirmar que nosso mundo visível (mundo macroscópico) pode ser explicado pela 
existência de partículas invisíveis (mundo microscópico). 

2- Hoje, sabemos que os átomos podem ser divididos. Mas esse fato só começou a ser observado, 
experimentado, medido e explicado praticamente um século depois de enunciada a hipótese de 
Dalton (detalhes sobre esse assunto aparecerão no próximo capítulo). 



OS ELEMENTOS QUÍMICOS E SEUS SÍMBOLOS 


Apesar de conhecermos uma infinidade de materiais diferentes, os cientistas só conhecem, até 
hoje, pouco mais de uma centena de tipos de átomos quimicamente diferentes. Cada um desses tipos 
representa um elemento químico. (Um conceito mais exato de elemento químico será visto no capítu- 
lo 4 e a lista completa dos elementos químicos é encontrada no início do livro, após o sumário.) 

Cada elemento químico recebe um nome e uma abreviação chamada símbolo. Por exemplo: 


Átomo 

(representação) 

Elemento químico 

Símbolo 

O 

Hidrogênio 

H 

J 

Carbono 

C 

O 

Cálcio 

Ca (são usadas duas letras para não confundir com o carbono) 

o 

Cádmio 

Cd (idem) 

• 

Potássio 

K (do latim kalium) 


Chumbo 

Pb (do latim plumbum ) 


Os símbolos foram introduzidos na Química pelo cientista sueco Jõns Jacob Berzelius, em 181 3, 
para facilitar a escrita e a comunicação entre os químicos. Não é necessário decorar todos esses nomes 
e símbolos — os mais comuns e importantes você irá aprendendo no decorrer do nosso curso. 

Fazendo uma comparação, podemos dizer que os símbolos são tão úteis para os químicos como as 
notas musicais para os músicos. 


IX 


0 0 


Pa - ra - béns a vo - cê. Nes - ta da - ta que - ri - da. 


54 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


54 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Responda em 
seu caderno 


a) O que afirma a hipótese de Dalton? 

b) Como a hipótese de Dalton explica a lei de Lavoisier? 

c) Como a hipótese de Dalton explica a lei de Proust? 

d) Do ponto de vista químico, o que representam todos os átomos idênticos? 

e) O que é símbolo químico? 

f) Como são formados os símbolos químicos? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Você não é obrigado a saber, de cor, os nomes e os símbo- 
los de todos os elementos químicos. Entretanto é útil co- 
nhecer os nomes e os símbolos dos elementos mais comuns. 
Sendo assim, responda — com o auxílio da lista de elemen- 
tos químicos que se encontra no início do livro após o su- 
mário — quais são os símbolos dos seguintes elementos: 


a) hidrogênio 

b) carbono 

c) cálcio 

d) cádmio 

e) cromo 


f) potássio 

g) fósforo 

h) chumbo 

i) flúor 

j) ferro 


8 Como no exercício anterior, escreva os nomes dos se- 
guintes elementos químicos: 


a) 

Na 

f) 

a 

b) 

S 

g) 

Br 

c) 

Si 

h) 

Aí 

d) 

Sn 

i) 

Ag 

e) 

Au 

i) 

Hg 


9 (Vunesp) Os nomes latinos dos elementos chumbo, pra- 
ta e antimônio dão origem aos símbolos químicos desses 
elementos. Esses símbolos são, respectivamente: 

a) P, Ar, Sr 

b) Pm, At, Sn 

c) Pb, Ag, Sb 

d) Pu, Hg, Si 

e) Po, S, Bi 


10 (UFPI) Durante a formação de pepitas de ouro a elas se 
incorporam vários elementos, como cádmio, chumbo, 
telúrio e zinco. As quantidades e os tipos de impureza 
desses elementos, na amostra de ouro, variam de acordo 
com a localização de onde o ouro foi extraído. Essas in- 
formações podem ser utilizadas para investigar roubo ou 
falsificação de objetos de ouro apresentados como anti- 
güidade. Indique a opção que apresenta corretamente o 
símbolo dos elementos acima citados: 

a) Ca, Cm, Te e Zn. 

b) Cd, Pb, Te e Zn. 

c) Cm, Sb, Tl e Sn. 

d) Cm, Pb, T l e Zn. 

e) Cd, Pb, Te e Sn. 

11 (Unifor-CE) Os átomos: 

I. diferem de elemento para elemento. 

II. são as unidades envolvidas nas transformações quí- 
micas. 

III. são indivisíveis. 

IV. consistem de unidades com um núcleo e uma eletros- 
fera onde se localizam os elétrons. 

Dessas afirmações, estão incluídas na teoria atômica de 
Dalton (1808), somente: 

a) I d) II, III e IV 

b) I e II e) I, II e III 

c) III e IV 



EXPLICANDO A MATÉRIA — AS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 


A hipótese de Dalton e o reconhecimento de que existem cerca de 90 elementos químicos (áto- 
mos) diferentes na natureza levam a uma pergunta muito importante: por que existe uma variedade tão 
grande de materiais na natureza? 

Porque esses átomos, além de permanecerem isolados, podem se reunir das mais variadas 
maneiras, formando uma infinidade de agrupamentos diferentes, que podem ser moléculas ou 
aglomerados de íons (como explicaremos mais adiante, íons são átomos ou grupos de átomos 
com carga elétrica). 

Cada molécula (e cada aglomerado iônico) passa, então, a representar uma substância pura (ou 
espécie química) bem definida. Cada substância, por sua vez, é representada por uma abreviação 
denominada fórmula. 


Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 


55 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


55 


29/5/05, 18:22 




Considere o exemplo da água. Hoje, sabemos que a água é formada por moléculas, onde estão 
reunidos um átomo de oxigênio com dois átomos de hidrogênio. Pode-se, portanto, representar a 


molécula da água da seguinte maneira: 



Como decorrência, a fórmula da água será H 2 0, onde aparecem os símbolos do hidrogênio e do 
oxigênio, além do índice 2, que indica a presença de dois átomos de hidrogênio na molécula de água. 
A tabela seguinte nos dá mais alguns exemplos: 


Substância 

Representação da molécula ou 
aglomerado iônico (cores-fantasia) 

Fórmula 

Hidrogênio 

Gás incolor, combustível, menos denso que o 
ar (e, por isso, usado em balões meteorológicos) 

H H 

Molécula de hidrogênio 

h 2 

Oxigênio 

Gás incolor, existente no ar e indispensável à 
respiração dos animais e vegetais 

(sfâ 

Molécula de oxigênio 

o 2 

Enxofre 

Pó amarelo, muito usado para fabricar outras 
substâncias úteis (corantes, vulcanizadores da 
borracha etc.) 

s s s S 

Molécula de enxofre 

S 8 

Gás carbônico 

Gás incolor, usado em extintores de incêndio, 
em bebidas, refrigerantes etc. 

( © 

Molécula de gás carbônico 

n 

p 

Álcool comum 

Líquido incolor, usado em bebidas alcoólicas, 
como combustível etc. 

Molécula de álcool 

CH 3 — ch 2 oh 

Sal comum 

Sólido branco, também chamado "sal de cozi- 
nha", muito importante na alimentação 

Aglomerado iônico de Na + e CfT 
que forma o sal de cozinha. 

NaCl 


Nos exemplos acima você notou que, em cada molécula, encontramos um certo número de áto- 
mos ligados entre si. Nos aglomerados iônicos existem os chamados íons, que são átomos ou grupo de 
átomos carregados eletricamente. Por exemplo, no sal de cozinha existem íons positivos (chamados 
de cátions) de sódio, Na + , e íons negativos (chamados de ânions) de cloro, Cl . Nas substâncias 
iônicas não existem moléculas, mas aglomerações de um grande número de íons positivos e negativos, 
que se mantêm reunidos em virtude da atração elétrica. 

56 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


56 


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Agora é fácil entender por que, com poucos átomos (elementos) diferentes entre si, podemos 
obter milhares de moléculas (substâncias) distintas. Isso explica o grande número de substâncias dife- 
rentes existentes na natureza. 


O Mago de ID 


Brant Parker and Johnny Hart 


ONDE GUARDA 
SUAS FÓRMULAS? 



6.1. Substâncias simples 


Substâncias simples são formadas por átomos de um mesmo elemento químico. 


É o que ocorre, por exemplo, nos casos do hidrogênio (H 2 ), do oxigênio (0 2 ) e do enxofre (S 8 ), 
citados na tabela da página anterior. Sendo formada por átomos de um mesmo elemento químico, não 
é possível dividir uma substância simples em outras substâncias ainda mais simples. 



Hidrogênio (H,) 


(a® 

Oxigênio (0 2 ) 


W.YUiMUU* 


1 Ê Há átomos que permanecem isolados. Um exemplo é o átomo de hélio, que 
representa simultaneamente o elemento químico hélio e a substância sim- 
ples hélio. Assim, um átomo de hélio representa uma molécula de hélio. 



Hélio (He) 


2- Há átomos que podem se agrupar de maneiras diferentes, formando, pois, subs- 
tâncias distintas. Por exemplo, dois átomos do elemento químico oxigênio for- 
mam uma molécula da substância simples oxigênio; no entanto, três átomos 
formam uma molécula da substância simples ozônio. Esse fenômeno é denomi- 
nado alotropia, dizendo-se, então, que 0 2 e 0 3 são formas alotrópicas do 
elemento químico oxigênio (O). 


(s® 

Oxigênio (0 2 ) 



Ozônio (0 3 ) 


3- Chama-se atomicidade o número de átomos existentes em uma molécula de 
substância simples. Dessa definição decorre a seguinte classificação: 

• moléculas monoatômicas, quando têm um átomo (exemplo: He); 

• moléculas diatômicas, quando têm dois átomos (exemplo: 0 2 ); 

• moléculas triatômicas, quando têm três átomos (exemplo: 0 3 ); 
e assim por diante. 


Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 57 

A 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


57 


6/7/05, 14:23 



6.2. Substâncias compostas ou compostos químicos 


Substâncias compostas (ou compostos químicos) são formadas por átomos (ou íons) 
de elementos químicos diferentes. 

É o que ocorre, por exemplo, nos casos do gás carbônico (C0 2 ), álcool comum (CH 3 — CH 2 OH) e do 
sal comum (NaCÍ), citados na tabela da página 56. Sendo formada por átomos (ou íons) de elementos 
químicos diferentes, geralmente uma substância composta pode ser dividida em substâncias mais simples. 



Água (H,0) Gás carbônico (C0 2 ) 


OBSERVAÇÃO 


Substância pura é qualquer substância, simples ou composta, formada por átomos, moléculas ou aglo- 
merados iônicos, todos iguais entre si. Uma substância pura, por comodidade, é chamada simplesmente 
de substância, e sempre tem: 

a) propriedades características e bem definidas (incluindo-se aqui as chamadas constantes físicas da 

substância, que já mencionamos na página 29), como, por exemplo, em condições ambientes: 

• a água é sempre um líquido incolor e inodoro, não-inflamável, de P.F. 0 °C e P.E. 1 00 °C ao nível do 
mar etc.; 

• o álcool comum é sempre um líquido incolor, inflamável, de P.F. — 11 7 °C e P.E. 78,5 °C ao nível do 
mar etc.; 

b) composição química constante: 

• quando é simples, a substância é formada por um único elemento químico; 

• quando é composta, a substância é sempre formada pelos mesmos elementos, ligados na mesma 
proporção em massa, como decorre da lei de Proust (ver página 51). Assim, por exemplo, o gás 
carbônico é sempre formado por carbono e oxigênio, na proporção constante de 3 para 8. 


EXPLICANDO A MATÉRIA — AS MISTURAS 


Agora que já conhecemos as idéias de áto- (Representação esquemática — cores-fantasia) 

mos, íons e moléculas, é fácil entender o que re- 
presentam as misturas do ponto de vista da es- 
trutura da matéria. 

Vimos, no item anterior, que a cada subs- 
tância pura corresponde um tipo de molécula ou 
de aglomerado iônico bem definido. Dissemos 
também que já é conhecido um número muito 
grande de substâncias puras diferentes. 

Pois bem, essas substâncias podem se apre- 
sentar misturadas de uma infinidade de manei- 
ras diferentes, complicando, ainda mais, o estu- 
do e a compreensão dos materiais que vemos 
todos os dias. Veja os exemplos ao lado: 

Também é muito importante notar que as 
misturas, em geral, não têm composição cons- 
tante e não têm constantes físicas definidas, ao contrário das substâncias puras. De fato, podemos 
juntar mais ou menos açúcar (até certo limite) à mesma quantidade de água — teremos água mais ou 
menos açucarada — , mas que será sempre definida como mistura de água e açúcar. Essa mistura, por 
exemplo, não ferverá a 100 °C, ao nível do mar, como acontece com a água pura. 

58 



h ir 

qià 

hÍTh 

/-“V 



Qj. 


m 

H 





h3h 

H^H 

Na água com álcool existem 
moléculas de álcool (C 2 H e O) 
disseminadas por entre as 
moléculas de água (H 2 0). 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


58 


6/7/05, 14:24 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Com a idéia da hipótese de Dalton e esses modelos moleculares você agora está apto a entender a 
estrutura da matéria. É também interessante notar que o mundo material que vemos (visão macroscópica 
da natureza) é explicado pelo mundo invisível dos átomos (visão microscópica da natureza). 

Com o conhecimento do conceito de elemento químico, podemos agora completar um esquema, 
mostrando a organização geral da matéria. 



d) 

t/i <-o 

CU -§ 


I 


Para finalizar, faremos uma comparação entre a organização dos átomos na natureza e a organiza- 
ção das letras em nossa linguagem. 


Com as letras 
do alfabeto, 


formamos as palavras. 

O 

juntando as palavras, formamos 
um grande número de frases, 
parágrafos e livros inteiros. 






Com os átomos 
dos elementos 
químicos. 

* 

formamos as moléculas (ou os 
aglomerados iônicos), que 
representam as substâncias ou 
compostos químicos. 

° 

Juntando as moléculas (ou 
os aglomerados iônicos) 
de substâncias diferentes, 
formamos as misturas. 


ATIVIDADES PRÁTICAS — PESQUISA 

— 


1- Faça uma lista dos elementos e substâncias químicas 
que você já conhece. Procure conhecer alguns ou- 
tros, anotando algumas de suas características, como 
estado físico, cor etc. 


2- Consultando jornais, revistas, informativos econômi- 
cos etc., procure saber o preço de alguns elementos 
químicos, como, por exemplo: alumínio, ferro, cobre, 
zinco, prata, ouro, chumbo etc. Calcule e compare os 
preços desses elementos por quilograma. 




Responda em 
seu caderno 


a) De que é formada uma substância? 

b) De que são formadas as substâncias iônicas? 

c) Qual é o nome da representação escrita de cada substância? 

d) O que é uma substância simples? 

e) O que é uma substância composta? 

f) O que é uma mistura? 






fCJj 


Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 59 

A 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


59 


6/7/05, 14:24 


EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


1 2 (Fasp-SP) Considere uma substância cuja fórmula é H 3 P0 4 . 
Essa substância é composta por: 

a) 2 elementos c) 8 elementos 

b) 3 elementos d) 4 elementos 

13 (FEI-SP) Qual das alternativas abaixo contém somente 
substâncias simples: 

a) H 2 0, HCl, CaO d) Au, Fe, 0 2 

b) H 2 0, Au, K e) H 2 , Cl 2 , NaK 

c) h 2 o, CL 2i K 

14 (PUC-MG) Composição química fixa, densidade, tempera- 
tura constante durante as mudanças de estado físico, pon- 
tos de fusão e ebulição são constantes que caracterizam: 

a) mistura azeotrópica d) substância pura 

b) mistura heterogênea e) mistura eutética 

c) mistura homogênea 

Exercício resolvido 

15 Considerando o sistema a seguir, responda. 



a) Qual é o número de átomos presentes? 

b) Qual é o número de elementos? 

c) E o de substâncias? 

d) E o de moléculas? 


Resolução 

a) Há 8 átomos (bolinhas) presentes. 

b) Temos 2 elementos (as bolinhas claras e as escu- 
ras). 

c) Há 3 substâncias, representadas por , OO 

eO®. 

d) O número de moléculas é 4. 

16 (UFRGS-RS) O granito consiste em quatro minerais: 
feldspato, magnetita, mica e quartzo. Se um desses mi- 
nerais pode ser separado dos demais, pode-se afirmar 
que o granito é: 

a) um elemento 

b) uma substância simples 

c) uma substância composta 

d) um composto iônico 

e) uma mistura 

1 7 (UFV-MG) A água que abastece a população das cidades 
passa antes por uma estação de tratamento, onde vários 
produtos químicos são adicionados para torná-la própria 
para o consumo (água potável). Essa água tratada é um 
exemplo de: 

a) substância pura simples. 

b) substância pura composta. 

c) mistura homogênea. 

d) mistura heterogênea. 

e) mistura alotrópica. 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



1 8 (Osec-SP) Em qual das seqüências abaixo estão represen- 
tados um elemento, uma substância simples e uma subs- 
tância composta, respectivamente: 

a) H 2 , Cl 2 , 0 2 c) H 2 , Hl, He e) Cl, N 2 , Hl 

b) H 2 , Ne, H 2 0 d) H 2 0, 0 2 , H 2 

19 (UFRGS-RS) Os símbolos Cl, Cl 2 e Cl~ representam, res- 
pectivamente: 

a) o átomo do elemento cloro, a molécula da substância 
simples cloro e o ânion cloreto. 

b) a molécula da substância simples cloro, o elemento 
cloro e o átomo de cloro eletronegativo. 

c) a molécula da substância simples cloro, a molécula da 
substância cloro e o átomo do elemento cloro. 

d) o átomo do elemento cloro, a molécula da substância 
composta cloro e o cátion cloreto. 

e) o elemento químico cloro, átomos do elemento cloro 
e o átomo do elemento cloro eletronegativo. 

20 (Mackenzie-SP) São exemplos respectivamente de 
alótropos e de substâncias compostas: 

a) H 2 0 e H 2 0 2 ; NaCl e CaC0 3 

b) 0 2 e 0 3 ; Cl 2 e F 2 

c) C (grafite) e C (diamante); CO e Co 

d) 0 2 e 0 3 ; KMnO„ e Mg (OH) 2 

e) Hg e Ag; (NH 4 ) e (H 3 0) + 

60 


21 (Mackenzie-SP) O número de substâncias simples com 
atomicidade par entre as substâncias 0 3 , H 2 0 2 , P 4 , l 2 , C 2 H 4 , 
C0 2 e He é: 

a) 5 c) 3 e) 1 

b) 4 d) 2 

22 (Ufac) Com relação às substâncias 0 2 , H 2 , H 2 0, Pb, C0 2 , 
0 3 , CaO e S 8 , podemos afirmar que: 

a) todas são substâncias simples. 

b) somente 0 2 , H 2 e 0 3 são substâncias simples. 

c) todas são substâncias compostas. 

d) somente C0 2/ CaO e S 8 são substâncias compostas. 

e) as substâncias 0 2 , H 2 , Pb, 0 3 e S 8 são simples. 

23 (Mackenzie-SP) O número de elementos, de átomos, de 
substâncias e de moléculas representados no sistema 

é, respectivamente: 

a) 4, 1 2, 4 e 5 

b) 9, 4, 5 e 4 

c) 5, 5, 5 e 5 

d) 4, 3, 3 e 2 

e) 12, 5, 4 e 4 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


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8 


EXPLICANDO AS TRANSFORMAÇÕES DOS MATERIAIS 


Já falamos na transformação dos materiais na página 5 e dissemos que as transformações físicas são, em 
geral, mais superficiais e passageiras, enquanto as transformações químicas são, em geral, mais profundas e 
muitas vezes irreversíveis. Agora, com a teoria atômica de Dalton, podemos explicar essas diferenças. 

8.1. As transformações físicas 

As transformações físicas ou fenômenos físicos não modificam a natureza do material. Os átomos, 
íons ou moléculas, não são alterados; eles são apenas agitados, desarrumados, reordenados etc. É o 
caso, por exemplo, das mudanças de estado físico: 



ESTADOS FÍSICOS 


Sólido 

Líquido 

Gasoso 

Na prática verificamos 
que: 

O sólido tem volume 
constante e forma 
constante. 

á* 

O líquido tem volume 
constante e forma 
variável. 

br ^ + c 

O gás (ou vapor) tem 

volume variável e for- 
ma variável. 

S 

alon J 1 

Essas são observações 
experimentais que po- 
demos enxergar; são, 
portanto, característi- 
cas macroscópicas da 
substância. 

Esses estados físicos 
podem ser explicados 
admitindo-se que: 

No estado sólido, as 
moléculas permane- 
cem em posições fixas, 
formando um reticula- 
do cristalino. 

No estado líquido, as 
moléculas se movi- 
mentam com certa li- 
berdade. 

/n^Oo°oOo°°\ 

No estado gasoso, as 
moléculas se movi- 
mentam em todas as 
direções, com alta ve- 
locidade e grande li- 
berdade. 

Essas são interpreta- 
ções teóricas, em que 
admitimos certas ca- 
racterísticas microscó- 
picas que não pode- 
mos enxergar. 


Outros exemplos de fenômenos físicos são: a dilatação de um metal pelo calor, a dissolução de 
uma substância em líquido, a expansão de um gás etc. 

8.2. As transformações químicas 

Observemos, agora, a queima do carvão. O fenômeno não é mais "passageiro", isto é, depois de 
queimado, não é possível recuperar o carvão inicial (dizemos também que o fenômeno é irreversível). 
Essa é uma transformação, fenômeno ou reação química. 

As coisas se passam assim porque as moléculas iniciais (reagentes) são quebradas, e seus átomos 
se reagrupam para formar as novas moléculas (produtos da reação). Na queima do carvão temos: 



Moléculas de gás 
carbônico (C0 2 ) são 
produzidas. 


939 


Moléculas de oxigênio (0 2 ) 
do ar são consumidas. 


33 


Átomos de carbono (C) 
são consumidos. 



Esta é a observação macroscópica, 
isto é, o fenômeno que enxergamos. 


Esta é a interpretação microscópica, que 
procura explicar o fenômeno observado. 


Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 61 

A 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


61 


29/5/05, 18:22 




Para representar uma transformação química, os químicos usam uma escrita especial denominada 
equação química. Assim, para indicar a queima do carvão, escreve-se: 


C + 0 2 — - C0 2 + Calor 



ESTADO INICIAL ► ESTADO FINAL 

(situação antes da reação) (situação após a reação) 

Para representar a queima do álcool no motor de um automóvel, escreve-se: 


C 2 H 6 0 + 3 0 2 — ► 2 C0 2 + 3 H 2 0 + ^Energia 



ESTADO INICIAL 


ESTADO FINAL 


É importante observar que os símbolos (usados para representar os elementos químicos), as fórmu- 
las (usadas para representar as substâncias químicas) e, agora, as equações químicas (usadas para repre- 
sentar as reações ou fenômenos químicos) constituem a chamada notação química. Essa notação é 
internacional e facilita enormemente a comunicação entre os químicos de todo o mundo. 

E fácil reconhecer uma transformação química? 

Em geral, sim, pois quase sempre percebemos alguma das seguintes manifestações: 

• liberação de energia (calor, luz, explosão etc.) — como acontece na queima do carvão; 

• liberação de gases — por exemplo, a efervescência de um comprimido antiácido na água (foto A), 
o mau cheiro de um ovo podre etc. 

• mudanças de cor — uma folha de árvore amarelecendo (foto B), um fruto apodrecendo, uma 
grade de ferro enferrujando etc. 

• formação de um precipitado (aparecimento de um sólido ou turvação de uma solução líquida) 
— é o que se observa, por exemplo, quando se adiciona nitrato de chumbo em uma solução 
contendo iodeto de potássio (foto C). 



A efervescência de um 
comprimido na água indica 
uma transformação química. 



No inverno, as folhas de muitas árvores mudam de cor. 



O precipitado amarelo é o 
iodeto de chumbo. 


62 


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Capitulo 03-QF1-PNLEM 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 






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Devemos ainda acrescentar que a própria vida dos animais e vegetais é resultado de uma série de 
reações químicas: 

• nos animais, a digestão dos alimentos é uma série de reações químicas; 

• os vegetais crescem à custa das reações que envolvem os minerais e a água (retirados do solo 
pelas suas raízes) e a energia solar e o gás carbônico absorvido pelas suas folhas. 


Misturar ou reagir? 

Procure gravar bem o seguinte: misturar (fenômeno físico) é uma coisa totalmente diferente de 
reagir (fenômeno químico). Misturando ferro em pó com enxofre em pó, por exemplo, obtemos uma 
mistura de cor intermediária entre as cores do ferro (cinza) e do enxofre (amarela). Aproximando um 
ímã da mistura, ele irá atrair o ferro, o que prova que o ferro não perdeu seu magnetismo. Dizemos que, 
de modo geral, os componentes de uma mistura não perdem suas propriedades. 


Por outro lado, juntando ferro em pó (7 g) e enxofre em pó (4 g) e aquecendo a mistura, obtere- 
mos uma nova substância, de cor preta: o sulfeto ferroso (FeS). Agora, um ímã não irá mais atrair o ferro. 


Além disso, é importante relembrar que podemos misturar as substâncias em quaisquer pro- 
porções, mas só podemos fazê-las reagir em proporções bem definidas, como decorre da lei de 
Proust. No exemplo acima, podemos misturar quaisquer quantidades de ferro e enxofre, mas só pode- 
mos fazer reagir essas substâncias na proporção de 7 g de ferro para 4 g de enxofre. 



g 

a 


O oxigênio produzido é 
liberado na atmosfera, 
contribuindo para a vida de 
vegetais e animais. 


Mistura: Fe + S 


Reação química: 


Fe + S 


FeS 


Desaparecem as 
substâncias iniciais. 


Aparece uma nova substância, 
com características próprias, 
diferentes das substâncias iniciais. 


Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 


63 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


63 


29/5/05, 18:23 




9 


AS PROPRIEDADES DAS SUBSTÂNCIAS 


Sendo submetida a agentes como calor, luz etc., ou entrando em contato com outras substâncias, 
cada substância química apresentará um comportamento diferente, conhecido como propriedades da 
substância. Fala-se, então, em propriedades físicas e em propriedades químicas, conforme venha a 
resultar em um fenômeno físico ou químico. Assim, por exemplo: 

• o éter comum tem a propriedade física de se evaporar facilmente, o que não acontece com um 
óleo lubrificante para automóveis; 

• o ferro tem a propriedade química de se enferrujar, mas o ouro, não; 

• às vezes, falamos também em propriedades organolépticas das substâncias, que são as proprie- 
dades percebidas pelos nossos sentidos, como o cheiro, o sabor etc. 

A tabela dada a seguir resume as propriedades das substâncias que explicamos até agora. 


Propriedades das substâncias 

Propriedades gerais 

São apresentadas por todas as 
substâncias e, por isso, chama- 
das também de propriedades 
gerais da matéria. 

Massa: é medida em uma balança; 

Extensão: é o volume ocupado pela substância; 

Impenetrabilidade: dois corpos não podem ocupar simultaneamente o mesmo lugar no 
espaço; por exemplo, colocando-se um objeto qualquer em um copo cheio de água, é 
extravasado um volume de água correspondente ao volume do objeto adicionado; 

Compressibilidade: podemos comprimir os gases (como acontece com o ar no pneu de um 
automóvel); um líquido é pouco compressível (no freio de um carro, a pressão exercida sobre 
o pedal é transmitida, integral mente, pelo fluido de freio, para as rodas do carro); etc. 

Propriedades funcionais 

São apresentadas por grupos 
de substâncias. 

Nos capítulos 8 e 9, estudaremos as principais funções inorgânicas: ácidos, bases, sais e 
óxidos, que são quatro grupos de substâncias, cada qual com propriedades próprias, 
bem definidas e denominadas propriedades funcionais. 

Propriedades específicas 

São apresentadas por cada subs- 
tância pura individualmente. 

Propriedades físicas: dizem respeito aos fenômenos e medidas físicas, como, por exemplo, 
a temperatura de fusão, a temperatura de ebulição, a densidade, o calor específico etc.; 

Propriedades químicas: dizem respeito aos fenômenos químicos, como, por exemplo, a 
combustão do carvão, o enferrujamento do ferro etc.; 

Propriedades organolépticas: são as que impressionam nossos sentidos, como, por exem- 
plo, a cor, o sabor, o odor, o brilho etc. 


ATIVIDADES PRÁTICAS 


ATENÇAO: Não cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

Materiais 

• 6 copos • 3 porções de palha de aço • 3 pedaços de 
papel alumínio • 2 colheres (de café) de sal de cozinha 

• 2 colheres (de sopa) de vinagre • água • 1 caneta de 
retroprojetor ou 6 pedaços de fita adesiva ou 6 etiquetas 

Procedimento 

• Identifique cada um dos copos, utilizando para isso a 
caneta de retroprojetor ou a fita adesiva ou a etiqueta, co- 
locando na identificação a data entre parênteses e escre- 
vendo, separadamente: água e palha de aço; água e alu- 
mínio; água com sal e palha de aço; água com sal e alumí- 
nio; água com vinagre e palha de aço; água com vinagre e 
alumínio. • Pegue os seis copos e coloque em cada um 
deles água até a metade. • Coloque, separada e respecti- 
vamente, uma porção de palha de aço e um pedaço de 
papel alumínio nos dois copos com as etiquetas "água e 


palha de aço" e "água e papel alumínio". • Pegue os dois 
copos etiquetados com "água com sal e palha de aço" e 
"água com sal e alumínio" e adicione, separada e respecti- 
vamente, uma colher (de café) de sal mais uma porção de 
palha de aço e uma colher (de café) de sal mais um peda- 
ço de papel alumínio. • Pegue os dois copos etiquetados 
com "água com vinagre e palha de aço" e "água com 
vinagre e alumínio" e adicione, separada e respectivamen- 
te, uma colher (de sopa) de vinagre mais uma porção de 
palha de aço e uma colher (de sopa) de vinagre mais um 
pedaço de papel alumínio. • Observe o que ocorre com 
cada uma das fases em cada copo por dois dias seguidos e 
anote em seu caderno as observações feitas a cada dia. 

Perguntas 

1) Ocorreu algum fenômeno em algum dos copos? Se 
ocorreu, identifique em qual copo ocorreu, o tipo e o 
dia que foi observado o fenômeno. 

2) Por que foi necessário colocar as datas nas etiquetas? 


64 



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Capitulo 03-QF1-PNLEM 


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Responda em 
seu caderno 


a) Ocorre alteração das moléculas em um fenômeno físico? 

b) Ocorre alteração das moléculas em um fenômeno químico? 

c) Como são denominadas as substâncias iniciais e as finais participantes de um fenô- 
meno químico? 

d) Como é denominada a escrita especial que indica uma reação química? 

e) Quais são as manifestações mais freqüentes e perceptíveis que indicam a ocorrência 
de uma reação química? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


24 (PUC-RS) Uma transformação química pode ser 
exemplificada pela: 

a) evaporação da água do mar. 

b) fusão do gelo. 

c) digestão dos alimentos. 

d) sublimação do naftaleno. 

e) liquefação do ar atmosférico. 

25 (UFRCS-RS) Entre as transformações citadas a seguir, aque- 
la que não representa um fenômeno químico é: 

a) o cozimento de um ovo. 

b) a queima do carvão. 

c) o amadurecimento de uma fruta. 

d) o azedamento do leite. 

e) a formação de orvalho. 

26 (PUC-MC) Dos processos abaixo, o que não envolve rea- 
ção química é: 

a) a planta clorofilada produzindo alimentos a partir de 
gás carbônico e água em presença de luz solar. 

b) obtenção de sal a partir de água do mar. 

c) enferrujamento de um prego exposto ao ar. 

d) a combustão da gasolina no motor de um automóvel. 

e) azedamento do leite. 


27 (PUC-MG) Observe atentamente os processos cotidianos 
abaixo: 

I. a secagem da roupa no varal; 

II. a fabricação caseira de pães; 

III. a filtração da água pela vela do filtro; 

IV. o avermelhamento da palha de aço umedecida; 

V. a formação da chama do fogão, a partir do gás de 
cozinha. 

Constituem fenômenos químicos: 

a) II e V apenas d) I, II e III apenas 

b) II, IV e V apenas e) I, II, III, IV e V 

c) I, III e IV apenas 

28 (UFSC) O(s) fenômeno(s) abaixo, que envolve(m) 
reação(ões) química(s), é(são): 

01 . digestão dos alimentos. 

02. enferrujamento de uma calha. 

04. explosão da dinamite. 

08. fusão do gelo. 

1 6. queda da neve. 

32. combustão do álcool de um automóvel. 

64. sublimação da naftalina. 

Dê como resposta a soma dos números das proposições 
corretas. 



— 

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




29 (UFPE) Considere as seguintes tarefas realizadas no dia-a- 
dia de uma cozinha e indique aquelas que envolvem trans- 
formações químicas. 

1 . Aquecer uma panela de alumínio. 

2. Acender um fósforo. 

3. Ferver água. 

4. Queimar açúcar para fazer caramelo. 

5. Fazer gelo. 

a) 1, 3 e 4 c) 1, 3 e 5 e) 2 e 3 

b) 2 e 4 d) 3 e 5 

30 (Mackenzie-SP) Nos diferentes materiais (I a V), expostos 
ao ar, verifica-se que: 

I. sobre uma lâmina metálica, forma-se uma película es- 
cura; 

II. bolinhas de naftalina vão diminuindo de tamanho; 

III. o leite azeda; 


31 


IV. um espelho fica embaçado se respirarmos encosta- 
dos a ele; 

V. uma banana apodrece. 

Podemos dizer que são observados fenômenos: 

a) físicos somente. 

b) físicos em I, II e V; e químicos em III e IV. 

c) físicos em II e IV; e químicos em I, III e V. 

d) físicos em III e V; e químicos em I, II e IV. 

e) químicos somente. 

(UFPE) Em qual dos eventos mencionados abaixo não 
ocorre transformação química? 

a) Emissão de luz por um vaga-lume. 

b) Fabricação de vinho a partir da uva. 

c) Crescimento da massa de pão. 

d) Explosão de uma panela de pressão. 

e) Produção de iogurte a partir do leite. 


Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 


65 


A 


29/5/05, 18:23 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


65 


33 



rrr r 



LI 


32 (UFPI) Classifique as transformações a seguir como fenô- 
menos físicos ou fenômenos químicos: 

I. dissolução do açúcar na água. 

II. envelhecimento de vinhos. 

III. preparação de cal a partir do calcário. 

a) físico, físico e químico, respectivamente 

b) físico, químico e físico, respectivamente 

c) físico, químico e químico, respectivamente 

d) químico, físico e físico, respectivamente 

e) químico, químico e físico, respectivamente 


(FEI-SP) Quando uma substância composta sofre um fe- 
nômeno físico, podemos afirmar que: 

a) suas moléculas se alteram. 

b) seus átomos se alteram. 

c) a substância se transformará em outra mais simples. 

d) a transformação poderá ser repetida com a mesma 
substância. 

e) a substância se transformará em outra substância 
composta. 



EXPLICANDO AS VARIAÇÕES DE ENERGIA 

QUE ACOMPANHAM AS TRANSFORMAÇÕES MATERIAIS 


Durante os fenômenos físicos e químicos, outro fato importante que podemos notar é a liberação 
ou a absorção de energia. Por exemplo: 


Energia térmica 

(calor) 

• Liberada na queima do carvao. 

• Absorvida para evaporar a água. 

Energia luminosa 

(luz) 

• Liberada na combustão de uma vela. 

• Absorvida na fotossíntese dos vegetais. 

Energia elétrica 

(eletricidade) 

• Liberada numa pilha elétrica comum. 

• Absorvida na "carga" de uma bateria de automóvel. 


Os fenômenos que liberam energia são chamados de exotérmicos (do grego: exo, para fora) e os 
que absorvem energia são denominados endotérmicos (do grego: endon, para dentro). 

De modo geral, os fenômenos químicos liberam ou absorvem mais energia do que os fenômenos 
físicos. Assim, por exemplo, a queima do carvão libera mais calor do que o vapor de água ao se condensar 
(um carvão em brasa queima mais a mão do que o vapor de água que sai pelo bico de uma chaleira com 
água fervendo). Isso ocorre porque o fenômeno químico altera mais profundamente a essência da 
matéria. 

Resumidamente, o que acontece durante uma reação química é uma "contabilidade" de energia, 
de acordo com a seguinte idéia: 

• existe uma certa quantidade de energia armazenada (energia potencial) no interior das molécu- 
las iniciais (reagentes); 

• quando as moléculas iniciais são quebradas (durante a reação química), essa energia é liberada; 

• no entanto, gasta-se energia para "montar" as moléculas finais (produtos); 

• o saldo de energia que sobra (ou falta) é a energia que a reação química irá liberar (ou deverá 
absorver para que de fato a reação venha a ocorrer). 



SEGUNDA VISÃO DA QUÍMICA 


No primeiro capítulo deste livro, denominado "Primeira visão da Química", demos uma primeira 
idéia do que é a Química: "o estudo da matéria, das transformações da matéria e da energia que a 
acompanha". No segundo capítulo, procuramos então conhecer a matéria e suas transformações um 
pouco mais profundamente. Neste terceiro capítulo, iniciamos as explicações do que é, afinal, a maté- 
ria, e o que ocorre em suas transformações. Com os conhecimentos assim adquiridos, podemos agora 
detalhar melhor o campo da atividade da Química. 


66 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


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Na Química, podemos distinguir duas atividades: a prática e a teórica. A atividade prática ocorre 
no manuseio e transformação de substâncias nos laboratórios e nas indústrias, quando, então, se traba- 
lha em nível macroscópico, isto é, com coisas visíveis. A atividade teórica se verifica quando se procura 
explicar a matéria, o seu comportamento e as suas transformações; nesse caso são utilizados conceitos 
em nível microscópico, como, por exemplo, a idéia do átomo. Costuma-se também chamar a atividade 
teórica de Química pura e a atividade prática de Química aplicada. 

É muito importante notar também que, em 
decorrência desse "casamento" da prática com a 
teoria, houve um grande desenvolvimento das 
técnicas de análise e de síntese químicas. A aná- 
lise química procura determinar quais são, 
quantos são e como os elementos (átomos) es- 
tão reunidos nas substâncias (moléculas); a sín- 
tese química procura explicar como podemos 
transformar as substâncias de maneira a produzir 
novas substâncias. Para atingir seus objetivos a 
síntese química está sempre à procura de novos 
caminhos (novas reações) para chegar a novas 
substâncias (ou mesmo a substâncias já conheci- 
das de maneira mais fácil e mais econômica). 

Essa complementação da prática com a teoria e vice-versa continuou e continua se aprofundando 
até hoje. Por isso tivemos, nos últimos cem anos, um progresso fabuloso da Química. 

Com recursos modernos (computadores, raio laser etc.), a Química teórica tem conseguido deter- 
minar as estruturas dos átomos e das moléculas, com precisão cada vez maior. Também a Química 
experimental evoluiu extraordinariamente; consegue-se produzir atualmente cerca de 200.000 novos 
compostos químicos por ano. 

Tudo isso acabou sendo aplicado nas indústrias, resultando numa vasta tecnologia química, com 
a fabricação de milhares e milhares de novos produtos: plásticos, tecidos, borrachas sintéticas, medica- 
mentos, tintas, corantes etc. 

Concluindo, diremos que: 

Tecnologia química é a aplicação dos conhecimentos da Química nas indústrias 
químicas, visando melhorar os materiais encontrados na natureza (produtos naturais) e 
fabricar os novos produtos descobertos pela Química (produtos sintéticos). 

O desenvolvimento tecnológico de uma descoberta científica pode levar muito tempo. Assim, por 
exemplo, da descoberta até a aplicação da penicilina decorreram quase 30 anos; da energia nuclear, 
26 anos; do nylon, 12 anos; da fotografia, 56 anos; do radar, 32 anos; da cópia xerox, 15 anos. No 
entanto, o próprio desenvolvimeto tecnológico está fazendo com que o intervalo de tempo decorrido 
entre a descoberta e a sua aplicação se torne cada vez menor. 



Química trabalhando em laboratório de análises químicas. 



COMO A CIÊNCIA PROGRIDE 


Embora no passado muitas descobertas tenham sido obra do acaso, atualmente elas representam 
o trabalho de grande número de cientistas e vultosos investimentos financeiros. De modo geral, porém, 
alguns passos são quase sempre seguidos nas descobertas científicas. Vamos explicar essa idéia por meio 
de um fenômeno físico bastante comum, que é a queda dos corpos: 

• Observação: a humanidade sempre observou que os objetos caem, procurando atingir o solo. 
Os frutos caem das árvores; as pedras rolam montanha abaixo etc.; 

• Experiência: vários testes foram feitos, ao longo dos séculos, com objetos menores ou maiores, 
menos ou mais densos etc., para verificar o tipo de queda desses objetos; 

Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 67 

A 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


67 


29/5/05, 18:23 


KAIBIDE Y DE CARLOS / CID 




• Lei experimental: por fim, os físicos puderam ve- 
rificar experimentalmente que, "no vácuo, todos 
os corpos caem com a mesma aceleração". Esta é 
uma lei da natureza, que foi chamada lei da Gra- 
vidade; 

• Hipótese, teoria e modelo: é a explicação e re- 
presentação do fato que foi observado e da análise 
dos dados coletados experimentalmente. Hoje sa- 
bemos que os objetos caem devido à atração 
gravitacional da Terra (que é um caso particular da 
lei da gravitação universal, que rege o movimento 
das estrelas e dos planetas). 

É na lei e na teoria da gravidade que se fundamen- 
tam os cálculos de lançamento e retorno das naves espa- 
ciais, como acontece com os ônibus espaciais. 

O esquema ao lado resume o desenvolvimento da ciência como 
acabamos de comentar. 

Enfim, é importante compreender que todo o processo descrito nesse 
esquema se repete contínua e indefinidamente, como resultado do tra- 
balho de sucessivas gerações de cientistas. A evolução da ciência é dinâ- 
mica e está ocorrendo todos os dias, nos laboratórios e indústrias de 
todo o mundo. Cada vez mais, as descobertas e invenções são fruto 
de trabalho em equipe e não se devem a um único cientista. Com o 
passar do tempo, algumas explicações científicas se mostram corretas e 
são aceitas; outras se mostram incorretas e são abandonadas. Sendo as- 
sim, a ciência nunca está terminada, isto é, nunca existe uma explica- 
ção final e definitiva para as coisas que são observadas. Pelo contrário, a 
ciência está diariamente se completando e se aperfeiçoando. 


Lançamento de ônibus espacial. 




Podemos ainda dizer que as atividades científicas só se desenvolvem com muita rapi- 
dez, no mundo moderno, em virtude da rápida comunicação que existe entre os cientistas, 
principalmente por meio de revistas especializadas e da internet. 


É importante também entender que a ciência nunca é neutra (descobrir só por descobrir). Na 
verdade, ela está sempre ligada aos interesses humanos — interesse econômico das empresas que 
desenvolvem novos materiais e produtos, para aumentar seus lucros; interesse militar dos países 
que defendem sua paz ou que se preparam para uma guerra, e assim por diante. 



ATIVIDADES PRÁTICAS — PESQUISA 


ATENÇAO: Este experimento deve ser realizado com a 
supervisão de um adulto, pois haverá a necessidade 
de manipular objetos quentes, podendo haver risco 
de queimaduras. 

Nenhum dos reagentes deve entrar em contato com 
a pele, a boca e os olhos, nem deve ser aproximado 
do nariz. 

Óculos de segurança, luvas e aventais protetores 
são altamente recomendados. 


Materiais 

• 3 copos 

• 1 ponta de espátula de cloreto de sódio (sal de cozinha) 

• 1 ponta de espátula de cloreto de amónio (NH 4 Cl) 

• 1 ponta de espátula de cloreto de cálcio (CaCl 2 ) 

• água 

• três pedaços de fita adesiva ou três etiquetas 


68 



Capitulo 03-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 18:23 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Procedimento 

• Pegue os três copos e identifique (com as etiquetas) 
cada um deles, anotando os nomes "cloreto de sódio", 
"cloreto de amónio" e "cloreto de cálcio". 

• Coloque em cada copo a respectiva substância. 

• Observe cada um deles e anote em seu caderno. 

• Adicione cerca de um dedo de água no primeiro 
copo. 

• Coloque levemente a mão do lado de fora do copo e 
anote as observações em seu caderno. 

• Repita o procedimento nos outros dois copos. 


Perguntas 

1 ) O processo de dissolução das substâncias sólidas utili- 
zadas é físico ou químico? 

2) O processo de dissolução observado ocorreu da mes- 
ma maneira nos três copos? Por quê? 

3) Qual(is) processo(s) observado(s) absorveu(ram) e 
qual(is) liberou(aram) energia? 

Pesquisa 

Com o auxílio de livros, revistas, enciclopédias etc., pro- 
cure fazer um levantamento das fontes de energia e do 
consumo de energia no Brasil e no mundo. Calcule as 
porcentagens de cada item em relação ao total. 


■fnfTTKfSV Responda em 
Kiul seu caderno 




a) O que são reações exotérmicas? 

d) O que é síntese química? 

/#% 


b) O que são reações endotérmicas? 

e) Quais são as etapas usuais de uma 

u( )?) 


c) O que é análise química e para que é 
utilizada? 

pesquisa científica? 




EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





Exercício resolvido 

34 Nos sistemas mencionados abaixo, ocorrem trans- 
formações de um tipo de energia em outro. Mencio- 
ne quais são as transformações principais no funcio- 
namento de: 

a) uma bateria de automóvel. 

b) uma lâmpada elétrica. 

c) um motor a explosão. 

d) uma turbina elétrica. 

Resolução 

a) A energia química transforma-se em elétrica. 

b) A energia elétrica transforma-se em luminosa. 

c) A energia química transforma-se em mecânica. 

d) A energia mecânica transforma-se em elétrica. 

35 Dentre os fenômenos abaixo, quais são os que liberam e 
quais os que consomem energia? 

a) queima de gasolina 

b) evaporação do álcool 

c) derretimento do gelo 

d) explosão da pólvora 

e) subida de um foguete 

36 A liberação ou consumo de energia: 

a) só ocorre em transformações físicas. 

b) só ocorre em transformações químicas. 

c) em geral, é menor nos fenômenos físicos do que nos 
químicos. 

d) em geral, é maior nos fenômenos físicos do que nos 
químicos. 

e) nunca ocorre nas transformações materiais. 

Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 


37 O que é menos importante na realização de uma ex- 
periência? 

a) A possibilidade de repeti-la freqüentemente. 

b) O uso de bons aparelhos de medição. 

c) A existência de explicações para o fenômeno. 

d) A coleta e a seleção dos dados obtidos. 

e) A participação de observadores qualificados e bem 
treinados. 

38 (AEUDF) Analisando os resultados de vários experimen- 
tos, um aluno chegou à seguinte conclusão: "quando se 
coloca uma vela acesa em um recipiente fechado, ela 
se apaga". 

Essa conclusão é: 

a) uma hipótese 

b) uma experimentação 

c) uma generalização 

d) uma teoria 

e) um modelo 

39 (Osec-SP) Um estudante estava pesquisando um fenô- 
meno e queria seguir corretamente as etapas do método 
científico. Em qual das seqüências abaixo estão citadas, 
em ordem correta porém não necessariamente consecu- 
tiva, quatro etapas que ele teria seguido? 

a) Observação, experimentação, formulação de leis e 
criação de teoria. 

b) Criação de teoria, formulação de leis, experimenta- 
ção e observação. 

c) Experimentação, levantamento de hipóteses, criação 
de teoria e observação. 

d) Levantamento de hipóteses, organização de dados, 
observação e formulação de leis. 

e) Observação, criação de teoria, formulação de leis e 
organização de dados. 

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Capitulo 03-QF1-PNLEM 


69 


LEITURA 


r 

w 


O MEIO AMBIENTE EM PERIGO 

Atualmente fala-se muito em ecologia, citando-se como principais problemas a poluição e a degrada- 
ção do meio ambiente. Como surgiram esses problemas? Vamos procurar explicar as idéias mais gerais. 

Já falamos bastante de matéria e energia. No que diz respeito à matéria, a humanidade dispõe apenas 
da matéria que é encontrada no planeta Terra. Como vimos, pela lei de Lavoisier, a matéria não pode ser 
criada, apenas transformada; conseqüentemente, a humanidade, para garantir sua sobrevivência, só pode 
transformar os materiais já existentes na Terra. E notem também que alguns recursos materiais, como por 
exemplo os vegetais, podem ser renovados rapidamente e, por isso, são chamados de recursos renováveis; 
outros, porém, como o petróleo, o carvão mineral etc., são recursos não-renováveis, pois a natureza levou 
milhões de anos para produzi-los e, se nós os gastarmos, não haverá reposição porque as condições climá- 
ticas que os produziram não mais se repetirão. 


FRANK & ERNEST® by Bob Thaves 




E a energia, de onde vem? Praticamente toda a energia que consumimos na Terra vem do Sol. De fato, 
a energia consumida no mundo atual provém, por exemplo, de usinas hidrelétricas (mas é a luz solar que faz 
a água evaporar, provoca as chuvas e forma os rios que foram represados), do petróleo e do carvão mineral 
(mas foi a luz solar que, há milhões de anos, fez crescerem as plantas e animais que deram origem ao 
petróleo e ao carvão atuais). Mais uma vez, a humanidade aqui também procura transformar um tipo de 
energia em outro, para melhorar sua sobrevivência e conforto. 

Acontece que, com o passar dos séculos, a população 
humana foi crescendo, precisando cada vez mais de maiores 
quantidades de alimentos e procurando sempre melhores 
condições de saúde, conforto, segurança, lazer etc. e, ainda, 
à custa de esforços físicos cada vez menores. Esse conforto da 
vida moderna provoca o uso de quantidades cada vez maio- 
res de automóveis, trens, aviões, rádios, televisores, telefones 
etc. Ora, na prática, isso se traduz na necessidade de transfor- 
marmos quantidades cada vez maiores de matéria e energia. 

Lembre-se agora de quantas coisas nós mesmos joga- 
mos fora diariamente: restos de comida, papel, plásticos, 
recipientes de vidro, fraldas descartáveis etc. (aliás, material 
"descartável" representa, para muitas pessoas, sinônimo de 
rapidez, conforto, limpeza e modernidade). Na verdade, tudo 
isso representa poluição e tende a aumentar à medida que 
crescem a população, a vontade de desfrutar de maiores 
confortos e também a concentração de pessoas em grandes 
cidades. Afinal, é preciso criar alternativas ao esquema geral: 


No lixo doméstico, 
recicláveis. 


há muitos materiais 




Consumidor 



POLUIÇÃO (preço 
que pagamos 
pelo conforto) 


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Capitulo 03-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



A poluição dos 
rios é um grave 
risco para a vida 
humana, animal e 
vegetal. 


Para termos um mundo com desenvolvimento econômico sustentável, serão necessárias grandes 
mudanças visando: 

• conservar os solos agrícolas; 

• aumentar os reflorestamentos; 

• reciclar materiais, evitando desperdícios inúteis; 

• desenvolver formas de energia renováveis; 

• aumentar a eficência das conversões de energia; 

• controlar o crescimento populacional; etc. 


Questões sobre a leitura 


Responda em 
seu caderno 


40 Qual é a origem primária de todo o material que usa- 
mos? E da energia? 

41 O que são recursos renováveis? E não-renováveis? 

42 Quais são os principais fatores que geram a poluição? 

43 (Enem-MEC) A caixinha utilizada em embalagens como 
as de leite "longa vida" é chamada de tetra brick por ser 
composta de quatro camadas de diferentes materiais, 
incluindo alumínio e plástico, e ter a forma de um tijolo 
(brick, em inglês). Esse material, quando descartado, pode 
levar até cem anos para se decompor. 

Considerando os impactos ambientais, seria mais ade- 
quado: 

a) utilizar soda cáustica para amolecer as embalagens e 
só então descartá-las. 

b) promover a coleta seletiva, de modo a reaproveitar as 
embalagens para outros fins. 

c) aumentar a capacidade de cada embalagem, amplian- 
do a superfície de contato com o ar para sua decom- 
posição. 

d) constituir um aterro específico de embalagens tetra 
brick, acondicionadas de forma a reduzir seu volume. 

e) proibir a fabricação de leite "longa vida", consideran- 
do que esse tipo de embalagem não é adequado para 
conservar o produto. 

44 (Enem-MEC) Dados divulgados pelo Instituto Nacional 
de Pesquisas Espaciais mostraram o processo de devasta- 
ção sofrido pela Região Amazônica entre agosto de 1 999 

Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 


e agosto de 2000. Analisando fotos de satélites, os espe- 
cialistas concluíram que, nesse período, sumiu do mapa 
um total de 20.000 quilômetros quadrados de floresta. 
Um órgão de imprensa noticiou o fato com o seguinte 
texto: 

O assustador ritmo de destruição é de um campo de 
futebol a cada oito segundos. 

Considerando que um ano tem aproximadamente 
32 X 10 6 s (trinta e dois milhões de segundos) e que a 
medida da área oficial de um campo de futebol é apro- 
ximadamente 10 2 km 2 (um centésimo de quilômetro 
quadrado), as informações apresentadas nessa notícia 
permitem concluir que tal ritmo de desmatamento, em 
um ano, implica a destruição de uma área de: 

a) 1 0.000 km 2 , e a comparação dá a idéia de que a de- 
vastação não é tão grave quanto o dado numérico 
nos indica. 

b) 1 0.000 km 2 , e a comparação dá a idéia de que a de- 
vastação é mais grave do que o dado numérico nos 
indica. 

c) 20.000 km 2 , e a comparação retrata exatamente o rit- 
mo da destruição. 

d) 40.000 km 2 , e o autor da notícia exagerou na compa- 
ração, dando a falsa impressão de gravidade a um fe- 
nômeno natural. 

e) 40.000 km 2 e, ao chamar a atenção para um fato real- 
mente grave, o autor da notícia exagerou na compa- 
ração. 

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Capitulo 03-QF1-PNLEM 


71 



— 

DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 



45 (Mackenzie-SP) Água mineral engarrafada, propanona 
(C 3 H 6 0) e gás oxigênio são classificados, respectivamen- 
te, como: 

a) substância pura composta, substância pura simples e 
mistura homogênea. 

b) substância pura composta, mistura homogênea e subs- 
tância pura simples. 

c) mistura heterogênea, substância pura simples e subs- 
tância pura simples. 

d) mistura homogênea, substância pura composta e subs- 
tância pura composta. 

e) mistura homogênea, substância pura composta e subs- 
tância pura simples. 

46 (Ufes) Considere os seguintes sistemas: 

I. nitrogênio e oxigênio; 

II. etanol hidratado; 

III. água e mercúrio; 

Indique a alternativa correta. 

a) Os três sistemas são homogêneos. 

b) O sistema I é homogêneo e formado por substâncias 
simples. 

c) O sistema II é homogêneo e formado por substâncias 
simples e compostas. 

d) O sistema III é heterogêneo e formado por substân- 
cias compostas. 

e) O sistema III é uma solução formada por água e mer- 
cúrio. 

47 (Univali-SC) No esquema a seguir estão representados 
cinco sistemas, formados por moléculas constituídas por 
três tipos de átomos, representados por A O ■. 


II III 




Qual é a alternativa que identifica os sistemas I, II, III, IV e 

V corretamente? 

a) Substância pura simples, substância pura composta, 
mistura de 2 componentes, mistura de 3 componen- 
tes, mistura de 4 componentes. 

b) Substância pura simples, substância pura composta, 
mistura de 3 componentes, mistura de 3 componen- 
tes, mistura de 4 componentes. 

c) Mistura de 2 componentes, substância pura compos- 
ta, mistura de 3 componentes, mistura de 3 compo- 
nentes, mistura de 4 componentes. 

d) Substância pura composta, substância pura simples, 
mistura de 3 componentes, mistura de 3 componen- 
tes, mistura de 4 componentes. 

e) Mistura de 2 componentes, substância pura compos- 
ta, mistura de 3 componentes, mistura de 4 compo- 
nentes, mistura de 4 componentes. 

48 (Cetef-PR) A maior parte das amostras de matéria na na- 
tureza é constituída por duas ou mais substâncias, isto é, 


as amostras são misturas. Diante disso, tornou-se neces- 
sária uma classificação para a matéria, seja ela natural ou 
sintética. Isso nos permite afirmar: 

I. Uma substância pura pode ser definida como aquela 
cujas propriedades não podem ser modificadas por 
processos de purificação. 

II. O ouro e o diamante são casos especiais de materiais 
que ocorrem naturalmente na forma de substâncias 
puras. 

III. Uma mistura homogênea ou solução pode ser desdo- 
brada através de métodos físicos adequados. 

IV. Em uma amostra de material classificado como hete- 
rogêneo (suspensão), as propriedades são iguais em 
toda a sua extensão. 

Das afirmações acima, somente são corretas: 

a) I e II d) III e IV 

b) I e III e) II e IV 

c) I, II e III 

49 (UFG-GO) São características das reações químicas (es- 
colha as alternativas corretas): 

a) formarem novo(s) material(is) ou substância(s); 

b) serem reconhecidas pelas diferenças entre proprieda- 
des físicas dos reagentes e produtos; 

c) ocorrerem com conservação de massas e segundo 
proporções fixas entre reagentes e produtos; 

d) serem representadas por equações químicas; 

e) ocorrerem com rearranjos de átomos; 

f) ocorrerem absorvendo ou liberando energia. 

50 (UFMG) As seguintes mudanças de cor são evidências de 
reações químicas em todos os casos, exceto: 

a) a palha de aço úmida passa, com o tempo, de acinzen- 
tada para avermelhada. 

b) o filamento de uma lâmpada acesa passa de cinza para 
amarelo esbranquiçado. 

c) uma fotografia colorida exposta ao sol se desbota. 

d) água sanitária descora uma calça jeans. 

e) uma banana cortada escurece com o passar do tempo. 

51 (UFMG) Um estudante listou os seguintes processos como 
exemplos de fenômenos que envolvem reações químicas: 

I. adição de álcool à gasolina; 

II. fermentação da massa na fabricação de pães; 

III. obtenção de sal por evaporação da água do mar; 

IV. precipitação da chuva; 

V. queima de uma vela. 

O número de erros cometidos pelo estudante é: 

a) 0 c) 2 

b) 1 d) 3 

52 (Mackenzie-SP) Certas propagandas recomendam deter- 
minados produtos, destacando que são saudáveis por 
serem naturais, isentos de "química". 

Um aluno atento percebe que essa afirmação é: 

a) verdadeira, pois o produto é dito natural porque não 
é formado por substâncias químicas. 

b) falsa, pois as substâncias químicas são sempre bené- 
ficas. 

c) verdadeira, pois a Química só estuda materiais artifi- 
ciais. 

d) enganosa, pois confunde o leitor, levando-o a crer que 
"química" significa não-saudável, artificial. 

e) verdadeira, somente se o produto oferecido não con- 
tiver água. 


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Capitulo 03-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


53 (UFCE-CE) A água (H 2 0) sofre decomposição pela ação 
da corrente elétrica, produzindo hidrogênio (H 2 ) e oxi- 
gênio (0 2 ), segundo a reação equacionada abaixo. 

H 2 0 (L) * H 2 (g) + y0 2 (g) 

Baseado nestas informações, qual é a alternativa correta? 

a) A água é uma substância pura simples e se decompõe 
em duas outras substâncias puras compostas: H 2 e 0 2 . 

b) A água e o hidrogênio são substâncias puras compos- 
tas, e o oxigênio uma substância pura simples. 

c) A água é uma mistura composta das substâncias H 2 e 
0 2/ e o hidrogênio e o oxigênio são substâncias sim- 
ples. 

d) A água, o hidrogênio e o oxigênio são classificados 
como substâncias compostas. 

e) O hidrogênio e o oxigênio são substâncias puras e não 
podem originar, por processos químicos, outras subs- 
tâncias simples. 

54 (UnB-DF) A utilização das reações químicas pelo ho- 
mem é coisa muito antiga e comum a quase todos os 
povos: o fogo, a extração de pigmentos, a fermenta- 
ção alcoólica, a cerâmica e a metalurgia são alguns 
exemplos dessa utilização. Nos dias de hoje, essa utili- 
zação chega a atingir proporções gigantescas, como se 
pode perceber pela enorme quantidade de "produtos 
químicos" que utilizamos. Por "produto químico" pode- 
se entender qualquer material em cuja obtenção tenha 
ocorrido uma transformação química controlada pelo 
homem. 

A. P. Chagas. Como se faz química: uma reflexão sobre a 
química e a atividade do químico. Campinas: Unicamp, 
1992, p. 13 (com adaptações). 


A partir do texto, julgue os itens a seguir. 

1. Apesar de o texto afirmar que a "utilização das rea- 
ções químicas pelo homem é coisa muito antiga", a 
Química como atividade científica não é milenar. 

2. As reações químicas são definidas como processos ar- 
tificiais. 

3. Os produtos químicos de uso diário são constituídos 
por átomos de elementos químicos naturais. 

4. As reações químicas em um sistema podem ser 
identificadas pela mudança de propriedades físicas 
desse sistema. 

5. Produtos químicos como detergentes e loções para a 
pele contêm mais de uma substância. 

55 (Unigranrio-Rj) Comparando reagentes e produtos da 
reação: 2 H 2 + 0 2 — > 2 H 2 0, pode-se dizer que apresen- 
tam igual: 

I. o número de átomos 

II. o número de moléculas 

III. a massa 

Dessas afirmações, apenas: 

a) I é correta d) II é correta 

b) I e III são corretas e) I e II são corretas 

c) III é correta 

56 (Fatec-SP) Durante uma investigação criminal, o perito 
determinou o exame das roupas da vítima. Para isso, or- 
denou o seguinte procedimento: queimar totalmente uma 
amostra do tecido, recolher as cinzas em um frasco, tratá- 
las com água destilada, agitar e filtrar. O resíduo obtido 
no filtro, em estado de alta pureza, é o constituinte dese- 
jado. Certamente o perito criminal estava procurando: 

a) perfume francês. d) ouro em pó. 

b) maconha. e) sangue. 

c) cocaína. 


Capítulo 3 • Explicando a matéria e suas transformações 


73 


Capitulo 03-QF1-PNLEM 


73 



29/5/05, 18:24 




Tópicos do capítulo 

1. 0 modelo atômico de Thomson 

2 . A descoberta da radioatividade 

3 . O modelo atômico de Rutherford 

4 . A identificação dos átomos 

5 . O modelo atômico de 
Rutherford-Bohr 

6 . O modelo dos orbitais atômicos 

7 . Os estados energéticos dos 
elétrons 

8 . A distribuição eletrônica 

Leitura: Usos das radiações 
eletromagnéticas 


A EVOLUÇÃO DOS MODELOS 
ATÔMICOS 



Feixe de laser. 


Apresentação do capítulo 


0 modelo de Dalton , imaginando o átomo como uma bolinha maciça e indivisível, fez a 
Química progredir muito no sécuio XIX. Mas a ciência e suas aplicações em nosso cotidiano 
não param de evoluir. Ainda no século XIX, vários cientistas descobriram uma série de 
fenômenos, tais como a condução de corrente elétrica em certas soluções , o raio X etc. 
Originou-se, então, a suspeita de uma possível ligação entre matéria e energia elétrica. 

E surgiram perguntas: como explicar a corrente elétrica? E o raio X? Seria o átomo imaginado 
por Dalton suficiente para explicar esses novos fenômenos? Seria possível imaginar que 
o átomo tivesse alguma coisa " por dentro", ao contrário do que dizia Dalton? 

Acontece que o átomo é extraordinariamente pequeno. Como então provar que eie tem 
aigo a mais "por dentro"? A história dessa busca é uma verdadeira novela, que se iniciou 
no final do século XIX e continua até hoje, da quai alguns episódios serão detalhados a seguir. 


Capitulo 04-QF1-PNLEM 74 29/5/05,18:28 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


O MODELO ATOMICO DE THOMSON 


Já no século VI a.C., o filósofo grego Tales de Mileto havia perce- 
bido que, atritando um bastão de resina chamada âmbar com um 
tecido ou pele de animal, o âmbar passava a atrair objetos leves, como 
folhas secas, fragmentos de palha etc. Daí surgiu o termo eletricida- 
de, derivado de elektron, palavra grega que significa âmbar. Na figura 
ao lado, um bastão de vidro, já atritado com um tecido de seda, está 
atraindo a bolinha de papel. 




Um bastão de 
plástico atritado 
também atrai 
um filete de água. 


Bastão de vidro atraindo uma bolinha 
de papel. 



Um pente de plástico atritado com lã atrai 
pedacinhos de papel. 


Uma explicação razoável para os fenômenos que ilustramos é de que toda matéria, no estado 
normal, contém partículas elétricas que se neutralizam mutuamente; quando ocorre atrito, algumas 
dessas partículas tendem a migrar de um corpo para outro, tornando-os eletrizados. 

Outra série de observações e experiências que abriu novos 
caminhos para o esclarecimento da estrutura atômica foi o estudo 
das descargas elétricas em gases. O exemplo mais comum des- 
ses fenômenos são os raios que "saltam" na atmosfera durante as 
tempestades. Em 1854 Heinrich Geissler desenvolveu um tubo de 
descarga constituído de um vidro largo, fechado e com eletrodos 
circulares em suas extremidades. Geissler notou que, quando pro- 
duzia uma descarga elétrica no interior do tubo de vidro, com gás 
sob baixa pressão, a descarga deixava de ser barulhenta, e apare- 
cia no tubo uma luz cuja cor dependia do gás, de sua pressão e da 
voltagem aplicada. É isso que acontece nos tubos luminosos de 
néon e nas lâmpadas fluorescentes atuais. 


Q(J 11 

Gás 

| 

rv \© 


I 

f J 







Fonte de tensão 






Tubo de Geissler 



Os ‘‘tubos de néon” são preenchidos com 
gases diferentes sob pressão muito baixa 
e, quando submetidos a tensões elétricas 
elevadas, produzem cores diferentes. 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


75 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


75 


29/5/05, 18:28 


CID FRANCISCO ORTE GRANE / CID 







A 


Em 1875, William Crookes colocou gases muito rarefeitos (isto é, em pressões baixíssimas) em 
ampolas de vidro. Submetendo esses gases a voltagens elevadíssimas, apareceram emissões que foram 
denominadas raios catódicos. Quando submetidos a um campo elétrico uniforme e externo, gerado 
por duas placas planas paralelas e carregadas, esses raios sempre se desviam na direção e no sentido da 
placa que está carregada positivamente, o que prova que os raios catódicos são negativos. 



Placa carregada 
positivamente 


Placa carregada 
negativamente 


Ampola de Crookes submetida a um campo elétrico externo e uniforme. 


Outro dado muito importante é que esse desvio ocorre sempre do mesmo modo, qualquer que 
seja o gás no interior da ampola. Esses fatos levaram os cientistas a imaginar que os raios catódicos 
seriam formados por pequenas partículas negativas, e que essas partículas existem em toda e qualquer 
matéria. Essas partículas foram denominadas elétrons. Surgia assim, pela primeira vez na história, a 
idéia da existência de uma partícula subatômica (isto é, menor do que o átomo). Contrariando Dalton, 
começava-se a provar que o átomo pode ser dividido. Da ampola de Crookes derivam os aparelhos de 
raios X e os televisores modernos, como vemos na ilustração a seguir. 



Raios catódicos 


Ampola de Crookes 


Ao atingir o revestimento interno da tela de um 
televisor ou de um computador, um feixe de elétrons 
provoca a formação de imagens coloridas. 


g 

o 


Uma complementação às experiências de Crookes foi feita em 
1886 por Eugen Goldstein, que modificou a ampola de Crookes e 
descobriu os chamados raios anódicos ou canais. Esses raios são for- 
mados pelos "restos" dos átomos do gás, que sobram após terem 
seus elétrons arrancados pela descarga elétrica. Por terem perdido elé- 
trons (cargas negativas), as partículas que formam os raios anódicos 
são positivas, o que pode ser demonstrado pelo desvio dessas partícu- 
las em presença de um campo elétrico ou de um campo magnético. 


Raios anódicos Raios catódicos 

< > 



76 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 18:29 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Em particular, quando o gás presente na ampola de Goldstein é o hidrogênio (cujos átomos são os 
mais leves que se conhecem), os raios canais apresentam o menor de todos os desvios verificados no 
campo elétrico ou no magnético. Imaginou-se então a existência de uma segunda partícula subatômica 
— o próton — , com carga positiva de valor igual à do elétron (capaz, portanto, de tornar o átomo de 
hidrogênio eletricamente neutro). 

Para explicar os fenômenos anteriores, Joseph John Thomson propôs, em 1 903, um novo modelo de 
átomo, formado por uma "pasta" positiva "recheada" pelos elétrons de carga negativa, o que garantia a 
neutralidade elétrica do modelo atômico (esse modelo ficou conhecido como "pudim de passas"). Começa- 
va-se, então, a admitir oficialmente a divisibilidade do átomo e a reconhecer a natureza elétrica da matéria. 

O modelo atômico de Thomson explicava satisfatoriamente os seguintes fenômenos: 

• eletrização por atrito, entendendo-se que o atrito separava cargas 
elétricas (parte das positivas em um corpo e igual parte das negativas 
em outro, como no caso do bastão atritado com tecido); 

• corrente elétrica, vista como um fluxo de elétrons; 

• formação de íons negativos ou positivos, conforme tivessem, respec- 
tivamente, excesso ou falta de elétrons; 

• descargas elétricas em gases, quando os elétrons são arrancados de 
seus átomos (como na ampola de Crookes). 



Representação do modelo 
atômico de Thomson. 




Intei-conHoentol Ri*«sí 


ME AVISA QUANDO 
EU TTVEft QUE * 

SORRIR. 



A DESCOBERTA DA RADIOATIVIDADE 


Em 1896, o cientista francês Henri Becquerel descobriu que o elemento químico urânio emitia 
radiações semelhantes, em certos aspectos, aos raios X. Esse fenômeno passou a ser conhecido como 
radioatividade. Posteriormente, o casal Curie descobriu radioatividade ainda mais forte nos elementos 
químicos polônio e rádio. Em 1898, Ernest Rutherford verificou que algumas emissões radioativas se 
subdividiam, quando submetidas a um campo elétrico: 



Emissão 

radioativa 


© 



Campo 

elétrico 


Radiações 
P (beta) 

Radiações 

y(gama) 

Radiações 
a (alfa) 


Joseph John Thomson 



Filho de um livreiro, nasceu em 1856, em 
Manchester (Inglaterra). Pretendia ser em 
genheiro, mas dificuldades financeiras 
devidas à morte de seu pai o levaram a 
estudar Matemática, Física e Química. 

Tornou-se professor em Cambridge, 
onde organizou o laboratório Caven- 
dish, de grande importância nas pesqui- 
sas sobre estrutura atômica. Em 1906, re- 
cebeu o prêmio Nobel por seus trabalhos en- 
volvendo as propriedades dos elétrons. Faleceu em 1940. 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


77 



29/5/05, 18:29 


Capitulo 04-QF1-PNLEM 


77 


2004 UNITED MEDIA/ INTERCONTINENTAL PRESS 





Desconfiou-se então de que as radiações a seriam 
formadas por partículas positivas (pois são atraídas pelo 
pólo negativo) e mais pesadas (pois desviam menos); 
as partículas p seriam partículas negativas e mais le- 
ves, e as radiações y não teriam massa (o que só foi 
explicado mais tarde). 

Refletindo sobre esse fenômeno, podemos con- 
cluir o seguinte: se a matéria é eletricamente neutra, 
seus átomos são, obrigatoriamente, neutros; conse- 
qüentemente, a saída de partículas elétricas só será 
possível se esses átomos estiverem sofrendo alguma 
divisão. Note que reaparece aqui a idéia da divisi- 
bilidade do átomo e a da natureza elétrica da matéria 
(ou seja, a relação entre matéria e energia). 

Atualmente a radioatividade é muito usada em vá- 
rios ramos da atividade humana. Em medicina, por exem- 
plo, materiais radioativos são usados na detecção de 
doenças do coração, da tireóide, do cérebro etc, e tam- 
bém em certos tratamentos, especialmente do câncer. 

Radioterapia aplicada com o uso da bomba 
de cobalto no tratamento do câncer. 




O MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD 


Em 1 91 1 , Rutherford fez uma experiência muito importante, que veio alterar e melhorar profunda- 
mente a compreensão do modelo atômico. Resumidamente, a experiência é descrita a seguir. 


Bloco de 
chumbo 



Impressões 
ou manchas 
fotográficas 


Placa de chumbo 
com um orifício central 


Polônio 


Feixe de 
partículas a 


Papel 


Lâmina 
finíssima 
de ouro 


Acompanhando a figura acima, vemos 
então que um pedaço do metal polônio emi- 
te um feixe de partículas a, que atravessa uma 
lâmina finíssima de ouro. Rutherford obser- 
vou, então, que a maior parte das partículas 
a atravessava a lâmina de ouro como se esta 
fosse uma peneira; apenas algumas partícu- 
las desviavam ou até mesmo retrocediam. 

Como explicar esse fato? 


Ernest Rutherford 


Nasceu em Nelson (Nova Zelândia), 
em 1871 . Foi professor no Canadá e 
na Inglaterra — nas universidades de 
Manchester e Cambridge. Trabalhou 
com ondas eletromagnéticas, raios X, 
radioatividade e teoria nuclear, e reali- 
zou a primeira transmutação artificial. 
Recebeu o Prêmio Nobel de Química 
em 1 908. Faleceu em 1 937. Em sua ho- 
menagem, o elemento químico 1 04 foi 
chamado de rutherfórdio (Rf). 



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A 


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A 


Rutherford viu-se obrigado a admitir que a lâmina de ouro não era constituída de átomos 
maciços e justapostos, como pensaram Dalton e Thomson. Ao contrário, ela seria formada por 
núcleos pequenos, densos e positivos, dispersos em grandes espaços vazios, como esquematizados 
a seguir: 



Os grandes espaços vazios explicam por que a grande maioria das partículas a não sofre desvios. 
Entretanto, lembrando que as partículas a são positivas, é fácil entender que: no caso de uma partícula 
a passar próximo de um núcleo (também positivo), ela será fortemente desviada; no caso extremo de 
uma partícula a chocar diretamente com um núcleo, ela será repelida para trás. 

Surge, porém, uma pergunta: se o ouro apresenta núcleos positivos, como 
explicar o fato de a lâmina de ouro ser eletricamente neutra? 

Para completar seu modelo, Rutherford imaginou que ao redor do núcleo 
estavam girando os elétrons. Sendo negativos, os elétrons iriam contrabalançar 
a carga positiva do núcleo e garantir a neutralidade elétrica do átomo. Sendo 
muito pequenos e estando muito afastados entre si, os elétrons não iriam inter- 
ferir na trajetória das partículas a. 

Em resumo, o átomo seria semelhante ao sistema solar: o núcleo represen- 
taria o Sol; e os elétrons seriam os planetas, girando em órbitas circulares e 
formando a chamada eletrosfera. A figura ao lado representa o modelo atômi- 
co de Rutherford (1 91 1 ). 

Hoje, sabemos que o tamanho do átomo é 10.000 a 100.000 vezes maior que o de seu núcleo. 
Para efeito de comparação, podemos imaginar o núcleo atômico como sendo uma formiga no centro 
de um estádio como o Maracanã (observe que o modelo apresentado acima está totalmente fora de 
proporção, pois o núcleo representado é enorme em relação ao tamanho do átomo). 

No modelo atômico de Rutherford surgiu, porém, uma dúvida muito importante: se o núcleo 
atômico é formado por partículas positivas, por que essas partículas não se repelem e o núcleo não 
desmorona? A resposta veio em 1932, quando o cientista James Chadwick verificou que o núcleo do 
elemento berílio radioativo emite partículas sem carga elétrica e de massa praticamente igual à dos 
prótons. Essa partícula foi denominada nêutron — confirmando-se assim a existência da terceira par- 
tícula subatômica. De certa maneira, os nêutrons "isolam" os prótons, evitando suas repulsões e o 
conseqüente "desmoronamento" do núcleo. 


Prótons 


Representação do núcleo do átomo 



,Qf' 
/ & 



Representação 
esquemática do modelo 
atômico de Rutherford. 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


79 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


79 


6/7/05, 14:27 


Podemos, agora, ilustrar esquematicamente a estrutura 
atômica do seguinte modo: 

Novos estudos foram feitos visando estabelecer as rela- 
ções entre as massas e as intensidades das cargas elétricas 
dos prótons, nêutrons e elétrons. Concluiu-se então que, 
adotando-se como padrão, para o próton, massa = 1 e carga 
elétrica = +1, resultam os seguintes valores aproximados: 


Partícula 

Massa 

Carga elétrica 

Próton 

1 

+ 1 

Nêutron 

1 

0 

Elétron 

1 

1.836 

-1 



Núcleo 

Formado 
por prótons 
e nêutrons 



,0 


\ 

Eletrosfera 

Formada por 
elétrons 
distribuídos em 
várias camadas 


Observe que a massa de um elétron é cerca de 1 .836 vezes menor que a de um próton ou de um 
nêutron. Conseqüentemente, a perda ou ganho de elétrons, por parte de um átomo (que irá transformá- 
lo num íon positivo ou negativo), não irá praticamente alterar sua massa. 


ATIVIDADES PRÁTICAS 




v 

Materiais 

• 1 régua de plástico • 1 bastão de vidro • 1 pedaço de 
tecido de lã • 1 pedaço de flanela • pedaços pequenos 
de papel 

Procedimento 

• Aproxime a régua de um pedacinho de papel. • Observe 
se ocorre alguma coisa e anote em seu caderno. • Agora, 
atrite a régua em um pedaço de tecido de lã e coloque-a 
próxima a um pedacinho de papel. • Anote as observa- 
ções feitas em seu caderno. • Repita o procedimento subs- 
tituindo o tecido de lã pela flanela. • Aproxime o bastão 
de vidro de um pedacinho de papel. • Observe se ocorre 
alguma coisa e anote em seu caderno. • Agora, atrite o 
bastão de vidro em um pedaço de tecido de lã e colo- 
que-o próximo a um pedacinho de papel. • Anote as ob- 
servações em seu caderno. • Repita o procedimento subs- 
tituindo o tecido de lã pela flanela. 

Perguntas 

1) O que aconteceu quando a régua foi colocada próxi- 
ma ao pedaço de papel antes e depois do atrito? Ten- 
te explicar. 


2) O que ocorreu quando o bastão de vidro foi colocado 
próximo ao pedaço de papel antes e depois do atrito? 
Tente explicar. 

2 - 

Materiais 

• 1 régua de plástico • 1 bastão de vidro • 1 pedaço de 
tecido de lã 

Procedimento 

• Abra uma torneira de modo que obtenha um filete fino 
e uniforme de água. • Aproxime, sem encostar, a régua 
de plástico do filete de água. • Anote as observações fei- 
tas em seu caderno. • Atrite a régua com o tecido de lã e 
aproxime-a novamente do filete de água. • Anote as ob- 
servações em seu caderno. • Repita o procedimento subs- 
tituindo a régua pelo bastão de vidro. 

Perguntas 

1 ) O que ocorreu quando a régua foi colocada próxima ao 
filete de água antes e depois do atrito? Tente explicar. 

2) O que ocorreu quando o bastão de vidro foi colocado 
próximo ao filete de água antes e depois do atrito? 
Tente explicar. 


Responda em 
seu caderno 


a) Explique como foi a primeira observação de que se tem notícia, responsável pelo 
surgimento do termo eletricidade. 

b) Quais as aplicações práticas decorrentes da descarga elétrica em gases rarefeitos? 

c) Quais as emissões descobertas em materiais radioativos? 

d) Segundo o modelo de Rutherford, do que é formado o átomo? 

e) O que Chadwick descobriu? 



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f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





1 (Fuvest-SP) Thomson determinou, pela primeira vez, a re- 
lação entre a massa e a carga do elétron, o que pode ser 
considerado como a descoberta do elétron. É reconhecida 
como uma contribuição de Thomson ao modelo atômico, 

a) o átomo ser indivisível. 

b) a existência de partículas subatômicas. 

c) os elétrons ocuparem níveis discretos de energia. 

d) os elétrons girarem em órbitas circulares ao redor do 
núcleo. 

e) o átomo possuir um núcleo com carga positiva e uma 
eletrosfera. 

2 (UCB-DF) Rutherford, ao fazer incidir partículas radioati- 
vas em lâmina metálica de ouro, observou que a maioria 
das partículas atravessava a lâmina, algumas desviavam 
e poucas refletiam. Identifique, dentre as afirmações a 
seguir, aquela que não reflete as conclusões de Rutherford 
sobre o átomo. 


a) Os átomos são esferas maciças e indestrutíveis. 

b) No átomo há grandes espaços vazios. 

c) No centro do átomo existe um núcleo pequeno e 
denso. 

d) O núcleo do átomo tem carga positiva. 

e) Os elétrons giram ao redor do núcleo para equilibrar 
a carga positiva. 

3 (Osec-SP) Eletrosfera é a região do átomo que: 

a) concentra praticamente toda a massa do átomo. 

b) contém as partículas de carga elétrica positiva. 

c) possui partículas sem carga elétrica. 

d) permanece inalterada na formação dos íons. 

e) tem volume praticamente igual ao volume do átomo. 

4 Vamos supor que 1 nêutron "pesasse" 1 kg. Quanto 
"pesaria" aproximadamente um átomo com 11 pró- 
tons, 12 nêutrons e 11 elétrons? Qual seria a carga 
desse átomo? 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




5 (Univali-SC) Leia o texto a seguir: 

"Há 1 00 anos, a ciência dividiu o que era então conside- 
rado indivisível. Ao anunciar, em 1897, a descoberta de 
uma nova partícula que habita o interior do átomo, o 
elétron, o físico inglês joseph |ohn Thomson mudou dois 
mil anos da história que começou quando filósofos gre- 
gos propuseram que a matéria seria formada por dimi- 
nutas porções indivisíveis, uniformes, duras, sólidas e eter- 
nas. Cada um desses corpúsculos foi denominado áto- 
mo, o que, em grego, quer dizer "não-divisível". A desco- 
berta do elétron inaugurou a era das partículas elementa- 
res e foi o primeiro passo do que seria no século seguinte 
uma viagem fantástica ao microuniverso da matéria". 

Ciência Hoje, vol. 22, n. 131, 1997. 

A respeito das idéias contidas no texto, está correta a 
alternativa: 

a) A partir da descoberta dos elétrons, foi possível deter- 
minar as massas dos átomos. 

b) Faz cem anos que se descobriu que os átomos não 
são os menores constituintes da matéria. 

c) Os elétrons são diminutas porções indivisíveis, unifor- 
mes, duros, sólidos, eternos e são considerados as par- 
tículas fundamentais da matéria. 

d) Os átomos, apesar de serem indivisíveis, são constituí- 
dos por elétrons, prótons e nêutrons. 

e) Com a descoberta do elétron, com carga negativa, 
pôde-se concluir que deveriam existir outras partí- 


culas, os nêutrons, para justificar a neutralidade elé- 
trica do átomo. 

6 (UFMG) Na experiência de espalhamento de partículas 
alfa, conhecida como "experiência de Rutherford", um 
feixe de partículas alfa foi dirigido contra uma lâmina 
finíssima de ouro, e os experimentadores (Ceiger e 
Marsden) observaram que um grande número dessas 
partículas atravessava a lâmina sem sofrer desvios, mas 
que um pequeno número sofria desvios muito acentua- 
dos. Esse resultado levou Rutherford a modificar o mode- 
lo atômico de Thomson, propondo a existência de um 
núcleo de carga positiva, de tamanho reduzido e com, 
praticamente, toda a massa do átomo. 

Qual é a alternativa que apresenta o resultado que era 
previsto para o experimento de acordo com o modelo 
de Thomson? 

a) A maioria das partículas atravessaria a lâmina de ouro 
sem sofrer desvios e um pequeno número sofreria des- 
vios muito pequenos. 

b) A maioria das partículas sofreria grandes desvios ao 
atravessar a lâmina. 

c) A totalidade das partículas atravessaria a lâmina de 
ouro sem sofrer nenhum desvio. 

d) A totalidade das partículas ricochetearia ao se chocar 
contra a lâmina de ouro, sem conseguir atravessá-la. 

7 Se 1 prótron "pesasse" 1 t, quanto "pesaria", aproxima- 
damente, 1 nêutron e 1 elétron? 


D A IDENTIFICAÇÃO DOS ÁTOMOS 


A identificação de coisas e pessoas por meio de números é muito comum em nosso cotidiano. Os 
automóveis são identificados pelo número da placa (ou do motor, ou do chassi). As pessoas são 
identificadas pelo RG (número da carteira de identidade), ou pelo número do CPF (da Receita Federal). 

O número de prótons, de nêutrons e de elétrons constitui dado importante para identificar um 
átomo. Por isso, vamos definir alguns conceitos que estão diretamente relacionados a esses números. 

Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 81 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


81 


6/7/05, 14:27 



4.1. Número atômico 


Número atômico (Z) é o número de prótons existentes no núcleo de um átomo. 

Num átomo normal, cuja carga elétrica é zero, o número de prótons é igual ao número de elétrons. 
Quando se diz que o átomo de sódio (Na) tem número atômico 1 1 , isso quer dizer que, no núcleo desse 
átomo, existem 1 1 prótons e, conseqüentemente, existem 1 1 elétrons na eletrosfera. 

4.2. Número de massa 

Número de massa ( A ) é a soma do número de prótons (Z) e de nêutrons ( N ) existen- 
tes num átomo. 

Portanto: 


A = Z + N 

É o número de massa que nos informa se um átomo tem massa maior do que outro átomo. Isso é 
lógico, pois apenas os prótons e nêutrons tem massa significativa, uma vez que a massa dos elétrons 
é desprezível, se comparada à dessas duas partículas. 

Vejamos o exemplo: o átomo de sódio tem 1 1 prótons, 1 2 nêutrons e 1 1 elétrons. 

Temos, então, para o elemento químico sódio: 

• número atômico: Z = 11 (número de prótons = número de elétrons = 11); 

• número de nêutrons: N = 12; 

• número de massa: A = Z + N = 11 +12 = 23. 

4.3. Elemento químico 

Elemento químico é o conjunto de átomos com o mesmo número atômico (Z). 

Veja que o número atômico é muito importante, pois identifica o elemento químico (o que foi 
proposto em 1 91 4, por Moseley). Assim, quando falamos no elemento químico sódio, estamos falando 
dos átomos com número atômico 1 1 . Outros exemplos: 

• o número atômico 1 7 identifica os átomos de cloro; 

• o número atômico 26 identifica os átomos de ferro; etc. 

A notação geral de um átomo é: 

Número de massa 
Número atômico 



Por exemplo: ] s 7 Cl ou 17 Cl 35 indica um átomo de cloro que possui 17 prótons e 18 nêutrons no 
núcleo. Seu número de massa é, pois 1 7 + 1 8 = 35. 

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Capitulo 04-QF1-PNLEM 


82 


6/7/05, 14:28 


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4.4. lons 


Um átomo, em seu estado normal, é eletricamente neutro, ou seja, o número de elétrons na 
eletrosfera é igual ao número de prótons do núcleo, e em conseqüência suas cargas se anulam. 

Um átomo pode, porém, ganhar ou perder elétrons da eletrosfera, sem sofrer alterações em seu 
núcleo, resultando daí partículas denominadas íons. 

Quando um átomo ganha elétrons, ele se torna 
um íon negativo, também chamado ânion. Por exem- 
plo: o átomo normal de cloro tem 1 7 prótons, 1 8 nêu- 
trons e 17 elétrons. Ele pode ganhar 1 elétron e trans- 
formar-se em ânion cloreto (Cl ), que terá 1 7 prótons, 

1 8 nêutrons e 18 elétrons. 

Quando um átomo perde elétrons, ele se torna um 
íon positivo, também chamado cátion. Por exemplo: o 
átomo de sódio (Na) tem 1 1 prótons, 1 2 nêutrons e 11 
elétrons. Ele pode perder 1 elétron, tornando-se um cátion 
sódio (Na + ) com 1 1 prótons, 1 2 nêutrons e 1 0 elétrons. 

Observe que, quando um átomo ganha elétrons, seu 
tamanho aumenta; quando ele perde elétrons, diminui 
de tamanho; mas em ambos os casos sua massa pratica- 
mente não se altera, pois a massa do elétron é desprezível. 

Os íons estão sempre presentes em nosso dia-a-dia. Um perfeito equilíbrio entre os íons Na + e K + , 
por exemplo, é fundamental para o funcionamento das células de nosso organismo. Ao colocarmos sal 
(cloreto de sódio) em nossos alimentos, estamos na verdade colocando íons Na + e Cl . 

4.5. Isótopos, Isóbaros e isótonos 

Examinando o número atômico (Z), o número de nêutrons ( N ) e o número de massa (A) de 
diferentes átomos, podemos encontrar conjuntos de átomos com um ou outro número igual. A partir 
daí surgiram alguns novos conceitos que agora passamos a definir: 

Isótopos são átomos com mesmo número de prótons (Z) e diferente número de 
massa (A). 

Conclui-se, facilmente, que os isótopos são átomos do mesmo elemento químico que possuem 
diferentes números de nêutrons, resultando daí números de massa diferentes. Exemplos: 

]H iH i 3 H (Z= 1) 

' v ‘ 

Isótopos de hidrogênio 

IO ’£> ’SO (Z = 8) 


Isótopos de oxigênio 

Cada isótopo é também chamado de nuclídeo. Os três isótopos de hidrogênio, ^H, ^H, 3 H, têm 
nomes especiais, a saber, hidrogênio, deutério e trítio, respectivamente; isso não acontece com os 
demais, de modo que os três isótopos do oxigênio, mencionados acima, são conhecidos apenas como 
oxigênio-1 6, oxigênio-1 7 e oxigênio-1 8. 

A isotopia é um fenômeno muito comum na natureza. Podemos dizer que praticamente todos os 
elementos químicos naturais são formados por mistura de isótopos. Por exemplo, o elemento químico 
cloro é formado por, aproximadamente, 75% de cloro-35 ( 3 )C l) e 25% de cloro-37 (j w 7 Ci), em massa; 
observe que, em qualquer composto de cloro existente na Terra, iremos sempre encontrar essa mesma 
mistura isotópica — 75% de cloro-35 e 25% de cloro-37. 

Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 83 


(Esquemas com uso de cores-fantasia; sem escala) 





Capitulo 04-QF1-PNLEM 


83 


29/5/05, 18:29 


A 


Na natureza existem cerca de 90 elementos químicos diferentes. No entanto, já são conhecidos 
milhares de isótopos diferentes — sejam os naturais, sejam os obtidos artificialmente. Dentre os isótopos 
artificiais, destacam-se os radioativos, que têm extensa aplicação prática em nossos dias, como na me- 
dicina (iodo -1 31, para mapeamento da tiróide), na agricultura (fósforo-32, usado no estudo do meta- 
bolismo dos vegetais) etc. 

É importante também notar que os isótopos têm propriedades químicas iguais (que dependem 
da estrutura da eletrosfera) e propriedades físicas diferentes (que dependem da massa do átomo). 
Assim, por exemplo, embora o hidrogênio (H) e o deutério (D) sejam ambos gasosos, a densidade 
(propriedade física) do deutério gasoso é o dobro da do hidrogênio. Ambos reagem com o oxigênio, 
formando água (propriedade química igual) — o hidrogênio forma a água comum (H 2 0), de densidade 
igual a 1,0 g/mL; já o deutério forma a chamada água pesada (D 2 0), pois tem densidade igual a 1,1 g/mL 
(veja que até seus compostos têm propriedades físicas diferentes). 


Isóbaros são átomos de diferentes números de prótons (elementos diferentes), mas 
que possuem o mesmo número de massa (A). 


Conclui-se que os isóbaros são átomos de elementos químicos diferentes, mas que possuem a 
mesma massa, porque um maior número de prótons é compensado por um menor número de nêu- 
trons e vice-versa. Exemplos: 

19 K 2 oÇa (A = 40) 

Isóbaros 

2 oCa 21 SC 22 Ü (A = 42) 

' V 1 

Isóbaros 

Os isóbaros têm propriedades físicas e químicas diferentes. 


Isótonos são átomos de diferentes números de prótons (elementos diferentes), dife- 
rentes números de massa, porém com mesmo número de nêutrons ( N ). 


Exemplo: 


17 Cl 


nCa 


Isótonos 


O átomo de cloro tem: N = A - Z = 37 -17 = 20 =>N = 20 nêutrons 
O átomo de cálcio tem: N = A - Z = 40 - 20 = 20 => N = 20 nêutrons 
Os isótonos têm propriedades físicas e químicas diferentes. 


■nrrKfSV Responda em 
■ilajUÍUfl seu caderno 




a) O que é número atômico? 

d) O que são isótopos? 



b) O que é número de massa? 

e) O que são isóbaros? 

\?X 

)?) 

c) O que é elemento químico? 

f) O que são isótonos? 

\% 

v -—'Co / 


84 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 18:29 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


8 (UFPE) Isótopos radioativos são empregados no diagnós- 
tico e tratamento de inúmeras doenças. Qual é a princi- 
pal propriedade que caracteriza um elemento químico? 

a) número de massa 

b) número de prótons 

c) número de nêutrons 

d) energia de ionização 

e) diferença entre o número de prótons e de nêutrons 

Exercício resolvido 

9 Quais são os números de prótons (Z), de massa (A), 
de nêutrons ( N ) e de elétrons (£) de um átomo de 
potássio ( 39 K) em seu estado normal? 

Resolução 

O número de prótons Z = 1 9, e o número de massa, 

A = 39, já estão indicados na representação 3 9 K. O 
número de nêutrons é/V = A- Z= 39-19 = 20. 

O número de elétrons é £ = Z = 19, pois o átomo 
em seu estado normal significa átomo neutro, onde 
o número de elétrons deve ser igual ao número de 
prótons. 

10 (Unifor-CE) Dentre as espécies químicas: 

9 5 B, 10 5 B, ”B 10 6 C, ,2 C, 14 C 

as que representam átomos cujos núcleos possuem 6 nêu- 
trons são: 

a) ,0 6 C e 12 6 C d) 9 5 B e ,4 6 C 

b) " 5 B e 12 6 C e) ,4 6 C e ,0 5 B 

c) ,0 5 B e ” 5 B 

11 (UFMA) Em um átomo com 22 elétrons e 26 nêutrons, 
seu número atômico e número de massa são, respectiva- 
mente: 

a) 22 e 26 d) 48 e 22 

b) 26 e 48 e) 22 e 48 

c) 26 e 22 

Exercício resolvido 

12 Quais são os números Z, A, N e £ de um cátion 
potássio (K + ), com carga elétrica +1? 

Resolução 

No cátion potássio (K + ), os números de prótons (Z = 1 9), 
de massa (A = 39) e de nêutrons ( N = 20) são iguais 
ao do próprio átomo de potássio, como calculamos 
no exercício 9, pois esses números referem-se ao 
núcleo do átomo. A eletrosfera, porém, perdeu um 
elétron, no instante em que o átomo neutro de po- 
tássio (K°) se transformou em cátion potássio (K + ). 
Temos, então, £=18 elétrons. 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


14 (UFPE) Isótopos radioativos de iodo são utilizados no dia- 
gnóstico e tratamento de problemas da tireoide, e são, 
em geral, ministrados na forma de sais de iodeto. O nú- 
mero de prótons, nêutrons e elétrons no isótopo 1 31 do 
iodeto '53b são, respectivamente: 

a) 53, 78 e 52 

b) 53, 78 e 54 

c) 53, 131 e 53 

d) 131, 53 e 131 

e) 52, 78 e 53 

15 (FGV-SP) Um certo íon negativo, X 3 “, tem carga negativa 
— 3, sendo seu número total de elétrons 36 e seu número 
de massa 75. Podemos dizer que seu número atômico e 
número de nêutrons são, respectivamente: 

a) 36 e 39 

b) 36 e 42 

c) 33 e 42 

d) 33 e 39 

e) 36 e 75 

16 (UFSM-RS) Analise as seguintes afirmativas: 

I. Isótopos são átomos de um mesmo elemento que pos- 
suem mesmo número atômico e diferente número 
de massa. 

II. O número atômico de um elemento corresponde ao 
número de prótons no núcleo de um átomo. 

III. O número de massa corresponde à soma do número 
de prótons e do número de elétrons de um elemento. 

Está(ão) correta(s): 

a) apenas I. 

b) apenas II. 

c) apenas III. 

d) apenas I e II. 

e) apenas II e III. 

17 (UFPA) Os isótopos do hidrogênio receberam os nomes 
de prótio (jH), deutério ( 2 H) e trítio ( 3 H). Nesses átomos 
os números de nêutrons são, respectivamente, iguais a: 

a) 0, 1 e 2 

b) 1 , 1 e 1 

c) 1 , 1 e 2 

d) 1 , 2 e 3 

e) 2, 3 e 4 

18 (PUC-MG) Considere os seguintes dados: 


Átomo 

Prótons 

Nêutrons 

Elétrons 

1 

40 

40 

40 

II 

42 

38 

42 


Os átomos I e II: 

a) são isótopos. 

b) são do mesmo elemento. 

c) são isóbaros. 

d) são isótonos. 

e) têm o mesmo número atômico. 

Um átomo possui 1 9 prótons, 20 nêutrons e 1 9 elétrons. 
Qual dos seguintes átomos é seu isótono? 

a) 21 9 A d) \\D 

b) 20 9 B e) %E 

c) nc 

85 


1 3 (UFG-GO) O número de prótons, nêutrons e elétrons re- 
presentados por 13 ®Ba 2+ é, respectivamente: 

a) 56, 82 e 56 d) 82, 1 38 e 56 

b) 56, 82 e 54 e) 82, 194 e 56 

c) 56, 82 e 58 


19 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


85 


29/5/05, 18:29 


EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


20 (Mackenzie-SP) O número de prótons, de elétrons e de 
nêutrons do átomo f 7 Cl é, respectivamente: 

a) 1 7, 1 7, 1 8 c) 1 7, 1 8, 1 8 e) 52, 35, 1 7 

b) 35, 1 7, 1 8 d) 1 7, 35, 35 

21 (UFV-MG) Observe a tabela abaixo: 


Elemento neutro 

X 

Y 

Número atômico 

13 

D 

Número de prótons 

A 

15 

Número de elétrons 

B 

15 

Número de nêutrons 

C 

16 

Número de massa 

27 

E 


Os valores corretos de A, B, C, D e E sao, respectivamente: 

a) 1 3, 1 4, 1 5, 1 6, 31 d) 1 3, 1 3, 1 4, 1 5, 31 

b) 1 4, 1 4, 1 3, 1 6, 30 e) 1 5, 1 5, 1 2, 30, 31 

c) 12, 12, 15, 30, 31 

22 (UCDB-MS) O isótopo mais abundante do alumínio é o 

nM 

Os números de prótons, nêutrons e elétrons do íon Aí 3+ 
deste isótopo são, respectivamente: 

a) 1 3, 1 4 e 1 0 c) 1 0, 1 4 e 1 3 e) 1 0, 40 e 1 0 

b) 1 3, 1 4 e 1 3 d) 1 6, 1 4 e 1 0 

23 (Mackenzie-SP) O íon X 3 ~ tem 36 elétrons e 42 nêutrons. 
O átomo neutro X apresenta número atômico e número 
de massa, respectivamente: 

a) 42 e 78 c) 30 e 72 e) 36 e 75 

b) 36 e 78 d) 33 e 75 

24 (UFSM-RS) Observe as colunas: 


COLUNA 1 

COLUNA II 

Átomo ou íon 

N° de prótons, de elétrons e 
de nêutrons, respectivamente 

i. 35 7 cr 

a. 1, 1, 0 

2. 

b. 1 3, 1 0, 1 4 

3. ÍH 

c. 1 7, 1 8, 1 8 

4. f(Al 3+ 

d. 26, 26, 30 

5. 3 ’P 

e. 15, 15, 16 


f. 1 , 2, 1 


A associação correta entre as colunas é: 

a) 1c-2d-3a - 4b - 5e 

b) 1f - 2c - 3b - 4a - 5d 

c) 1 c - 2e - 3b - 4d - 5f 

d) 1 b - 2d - 3f - 4c - 5a 

e) 1 d - 2a - 3c - 4b - 5f 

25 Alguns estudantes de Química, avaliando seus conheci- 
mentos relativos a conceitos básicos para o estudo do 
átomo, analisam as seguintes afirmativas: 

I. Átomos isótopos são aqueles que possuem mesmo 
número atômico e números de massa diferentes. 

II. O número atômico de um elemento corresponde à 
soma do número de prótons com o de nêutrons. 

III. O número de massa de um átomo, em particular, é a 
soma do número de prótons com o de elétrons. 

IV. Átomos isóbaros são aqueles que possuem números 
atômicos diferentes e mesmo número de massa. 

V. Átomos isótonos são aqueles que apresentam núme- 
ros atômicos diferentes, números de massa diferentes 
e mesmo número de nêutrons. 

Esses estudantes concluem, corretamente, que as afirma- 
tivas verdadeiras são as indicadas por: 

a) I, III e V 

b) I, IV e V 

c) II e III 

d) II, III e V 

e) II e V 

26 (UFF-RJ) A tabela seguinte fornece o número de prótons 
e o número de nêutrons existentes no núcleo de vários 
átomos. 


Átomo 

N 2 de prótons 

N 2 de nêutrons 

a 

34 

45 

b 

35 

44 

c 

33 

42 

d 

34 

44 


Considerando os dados da tabela, o átomo isótopo de a 
e o átomo que tem o mesmo número de massa do áto- 
mo a são, respectivamente: 

a) d e b 

b) c e d 

c) b e c 

d) b e d 

e) c e b 



O MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD-BOHR 


5.1. Introdução 

O modelo atômico de Rutherford, que descrevemos nas páginas anteriores, foi um grande passo 
para a compreensão da estrutura interna do átomo. Mas esse modelo tinha algumas deficiências. De 
fato, Rutherford foi obrigado a admitir que os elétrons giravam ao redor do núcleo, pois, sem movimento,os 
elétrons (que são negativos) seriam atraídos pelo núcleo (que é positivo); conseqüentemente, iriam de 
encontro ao núcleo, e o átomo se "desmontaria" — mas essa ocorrência nunca foi observada. 

86 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 18:30 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Y 


No entanto, ao admitir o movimento de rotação dos elétrons em tor- 
no do núcleo, Rutherford acabou criando outro paradoxo. De fato, diz 

a Física Clássica que toda partícula elétrica em movimento circular t \ Elétron 

(como seria o caso dos elétrons) está constantemente emitindo ener- 
gia. Ora, se o elétron segue liberando (perdendo) energia, sua veloci- 
dade de rotação ao redor do núcleo teria de diminuir com o tempo. 

Desse modo, o elétron acabaria indo de encontro ao núcleo, descre- 'Núcleo 

vendo um movimento espiralado. Como sair então desse impasse? É o 
que explicaremos nos itens seguintes. 

Essas últimas dúvidas servem para mostrar, mais uma vez, de que maneira a ciência evolui — aos 
poucos, enfrentando as contradições apontadas por novas observações e experiências, sempre em bus- 
ca de modelos mais satisfatórios. 


5.2. Um breve estudo das ondas 


A solução para os impasses apontados no item anterior começou a surgir com a mecânica 
ondulatória. Vamos então fazer um pequeno estudo das ondas. O exemplo mais simples é o das 
ondas do mar: 



Alguns dados importantes podem ser notados por um observador parado no ancoradouro: 

• o número de ondas que passam pelo ancoradouro por unidade de tempo, o que é chamado de 
freqüência e representado pela letra f { na figura acima, passam 4 ondas por minuto); a freqüên- 
cia pode ser medida em ciclos por minuto ou em ciclos por segundo, que é denominado hertz 
(símbolo Hz), em homenagem ao físico Heinrich Hertz; 

• a distância entre duas cristas consecutivas, o que é chamado de comprimento de onda e repre- 
sentado pela letra grega X (lambda); o comprimento de onda é medido em metros (ou seus 
múltiplos e submúltiplos); 

• a velocidade de passagem das ondas, que é chamada de velocidade de propagação, represen- 
tada por v e medida em metros por minuto. 

Essas três grandezas físicas — a velocidade de propagação (v), o comprimento de onda (X) e a 
freqüência ( f ) — caracterizam a onda, e relacionam-se de acordo com a seguinte fórmula matemática: 

v = Xf 

No exemplo da figura acima, se pelo ancoradouro estiverem passando 4 ondas por minuto e o 
comprimento de onda for de 0,5 metro, teremos então: 

v = 0,5 • 4 => v = 2 m/min 

isto é, ondas com velocidade de 2 metros por minuto. 

Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 87 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


87 


13/7/05, 11:43 


J. GUTIIERREZ SANCHEZ/ CID 


5.3. As ondas eletromagnéticas 


Para a continuação de nossos estudos é 
importante considerar agora as chamadas 
ondas eletromagnéticas. Essas ondas são 
formadas pela oscilação simultânea de um 
campo elétrico e de um campo magnético 
perpendiculares entre si. 


A onda eletromagnética se desloca na direção do eixo x; 
o campo elétrico oscila na direção do plano xy; e o 
campo magnético, na direção do plano xz. 


Campo magnético 



Em nosso cotidiano, o exemplo mais comum de onda ou oscilação eletromagnética é a luz. Uma 
observação de grande importância é notar o comportamento da luz ao atravessar um prisma de vidro. 
Um feixe de luz branca (luz solar ou de uma lâmpada incandescente comum) se decompõe em várias 
cores, que formam o chamado espectro luminoso, conforme mostramos na ilustração a seguir: 




Vermelho ■ 
Alaranjado I 
Amarelo S 
Verde I 
Azul ? 


Dispersão da luz 
branca através 
de um prisma. 


Anil I 
Violeta I 

Vista frontal do anteparo 


A ilustração acima mostra um espectro contínuo, pois as cores vão variando gradativamente do 
vermelho ao violeta — que são os dois limites extremos para nossa visão. Fenômeno idêntico ocorre na 
formação do arco-íris, em que as gotículas de água no ar agem sobre a luz do mesmo modo que o 
prisma de vidro. 



88 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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22/6/05, 15:08 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Qual é a diferença entre uma cor e outra? Hoje sabemos que a diferença reside nos comprimentos 
de onda e nas freqüências, que variam para cada cor. Em um semáforo, por exemplo, temos as cores: 

• verde, com X = 530 nm 

• amarelo, com X = 580 nm Essas cores são exemplos de luzes monocromáticas 

• vermelho, com X = 700 nm (do grego monos, um; chroma, cor). 

(nm = nanômetro = 1 0 9 metros) 



Hoje sabemos também que o espectro completo das ondas eletromagnéticas é muito mais amplo 
do que o da luz visível, isto é, das ondas que podemos perceber por meio da visão. O esquema seguinte 
procura dar uma idéia do espectro eletromagnético completo: 


Luz visível 


icr 16 nr” ür 42 nr ' 10 \ nr 1 


Comprimento de onda aumenta 




<= 


Diâmetro do átomo 
Frequência (e energia) aumenta 


1 CT 1 (T 


10"' 


10 
1 m 


10 | 10 
1 km 


1 0 6 X (m) 


Hz 


Raios 

cósmicos 


Q 


1 0 24 1 0 22 1 0 2U 10" 


10 " 


10 10 10 “ 10 10 10 


10 


Raios y 




Raios X 


Produzidos em 
reações nucleares 


Microondas 
e radar 



Rádio e TV 


Rádio 

(ondas longas) 




Produzido por osciladores elétricos 
de corrente alternada 


Energia solar 


A luz branca visível é formada por: 


- O espectro visível 


4 - 10 "' 


5 -10 


6-10"' 


7 - 10 “ 


X (m) 


A velocidade de propagação (v) de todas as ondas eletromagnéticas no vácuo é igual e constante, 
valendo aproximadamente 300.000 quilômetros por segundo. Essa é uma velocidade enorme, tanto 
que a luz do Sol demora apenas 8 minutos e 30 segundos para chegar à Terra, embora a distância média 
do Sol à Terra seja de aproximadamente 150 milhões de quilômetros. 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


89 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


89 


29/5/05, 18:30 





Voltemos agora à experiência de produzir um espectro luminoso fazendo a luz atravessar um pris- 
ma de vidro, como vimos na página 88. Se em vez da luz solar ou de uma lâmpada incandescente 
usássemos um tubo semelhante ao de Geissler (página 75), contendo o gás hidrogênio a baixa pressão 
e sob alta tensão elétrica ("lâmpada" de hidrogênio), o fenômeno observado seria bem diferente: 



Vermelho ■■ 

Azul mm 

Anil — 

Violeta 

Vista frontal 
do anteparo 


Em lugar do espectro contínuo (isto é, contendo todas as cores), vemos agora no anteparo apenas 
algumas linhas coloridas, permanecendo o restante totalmente escuro. Dizemos então que o espectro é 
descontínuo e chamamos as linhas luminosas de raias ou bandas do espectro. 

A descontinuidade do espectro não ocorre só com o hidrogênio, mas com todos os elementos quími- 
cos. É também muito importante notar que as raias do espectro são constantes para um dado elemento 
químico, mas mudam de um elemento para outro, como mostramos no esquema abaixo: 


Espectro de hidrogênio H 
Espectro de hélio ■ I 
Espectro de sódio I 


Espectro contínuo 


Vermelho Alaranjado Amarelo Verde Azul Anil Violeta 

Comprimento de onda crescente 

c =1 

Alguns espectros da luz visível. Cada elemento químico tem seu espectro característico, 
como se fosse uma “impressão digital”. 


Pois bem, no início do século XX surgiu a seguinte pergunta: estariam essas raias do espectro 
descontínuo ligadas à estrutura atômica? É o que esclareceremos no item seguinte. 

5.4. O modelo de Rutherford-Bohr 

O cientista dinamarquês Niels Bohr aprimorou, em 1913, o modelo atômico de Rutherford, utili- 
zando a teoria de Max Planck. Em 1 900, Planck já havia admitido a hipótese de que a energia não seria 
emitida de modo contínuo, mas em "pacotes". A cada "pacote de energia" foi dado o nome de quantum. 
Surgiram, assim, os chamados postulados de Bohr: 

• os elétrons se movem ao redor do núcleo em um número limitado de órbitas bem definidas, que 
são denominadas órbitas estacionárias; 

• movendo-se em uma órbita estacionária, o elétron não emite nem absorve energia; 

• ao saltar de uma órbita estacionária para outra, o elétron emite ou absorve uma quantidade bem 
definida de energia, chamada quantum de energia (em latim, o plural de quantum é quanta ). 


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Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 18:30 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 







Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Essa emissão de energia é explicada a seguir. 

Recebendo energia (térmica, elétrica ou luminosa) do exterior, o 
elétron salta de uma órbita mais interna para outra mais externa; a quan- 
tidade de energia recebida é, porém, bem definida (um quantum de 
energia). 



Pelo contrário, ao "voltar" de uma órbita mais externa para outra 
mais interna, o elétron emite um quantum de energia, na forma de luz 
de cor bem definida ou outra radiação eletromagnética, como ultravio- 
leta ou raios X (daí o nome de fóton, que é dado para esse quantum de 
energia). 

Esses saltos se repetem milhões de vezes por segundo, produzindo 
assim uma onda eletromagnética, que nada mais é do que uma sucessão 
de fótons (ou quanta ) de energia. 

Considerando que os elétrons só podem saltar entre órbitas bem definidas, é fácil entender por que 
nos espectros descontínuos aparecem sempre as mesmas raias de cores também bem definidas. Mais 
uma vez, notamos a ligação entre matéria e energia — nesse caso, a energia luminosa. 

No caso particular do átomo de hidrogênio, temos um esquema com a seguinte relação entre os 
saltos dos elétrons e as respectivas raias do espectro: 




Três possíveis saltos do elétron do elemento hidrogênio 


Acompanhando a figura anterior, verifique que: quan- 
do o elétron volta da órbita número 4 para a de número 1 , 
ele emite luz de cor azul; da 3 para a 1, produz luz verde; 
e, da 2 para a 1, produz luz vermelha. 

E fácil entender que átomos maiores, tendo maior nú- 
mero de elétrons, darão também maior número de raias 
espectrais; além disso, quando o elemento químico é aque- 
cido a temperaturas mais altas (isto é, recebe mais ener- 
gia), o número de "saltos eletrônicos" e, conseqüentemen- 
te, o número de raias espectrais também aumenta; no limi- 
te as raias se "juntam" e formam um espectro contínuo, 
como o produzido pela luz solar ou pelo filamento de 
tungsténio de uma lâmpada incandescente, quando acesa. 

Assim, ao modelo atômico de Rutherford, corrigido 
pelas ponderações de Bohr, foi dado o nome de modelo 
atômico de Rutherford-Bohr (1 91 3). 



Niels Henrik David Bohr 

Nasceu em Copenha- 
gue, Dinamarca, em 
1885. Estudou na Di- 
namarca e na Inglater- 
ra. Foi professor da 
Universidade e diretor 
do Instituto de Física 
Teórica de Copenha- 
gue. Por seus traba- 
lhos sobre estrutura 
atômica, recebeu o 
Prêmio Nobel de Físi- 
ca de 1922. Estudou 
a fissão nuclear, contribuindo assim para o desen- 
volvimento da energia atômica. Faleceu em 1 962. 
Em sua homenagem, o elemento químico 1 07 re- 
cebeu o nome bóhrio (Bh). 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


91 



29/5/05, 18:30 


Capitulo 04-QF1-PNLEM 


91 



Estudos posteriores mostraram que as órbitas eletrônicas de todos os átomos conhecidos se agru- 
pam em sete camadas eletrônicas, denominadas K, L, M, N, 0, P, Q. Em cada camada, os elétrons 
possuem uma quantidade fixa de energia; por esse motivo, as camadas são também denominadas 
estados estacionários ou níveis de energia. Além disso, cada camada comporta um número máximo 
de elétrons, conforme é mostrado no esquema a seguir: 



2 8 18 32 32 18 2 


A 


M N O P Q 




ATIVIDADES PRÁTICAS 




1- Procure decompor a luz solar com um prisma de vi- 
dro. Use, por exemplo, uma janela pouco aberta para 
obter um feixe estreito de luz solar. Faça-o passar por 
um prisma de vidro e projete o "arco-íris" formado 
sobre uma folha de papel branco. 

2- Observe a decomposição da luz solar ou de uma lâm- 
pada na superfície de um CD. São os pequenos sul- 
cos existentes no CD que provocam esse fenômeno 

(cuidado: não dirija a luz solar refletida diretamente 
para seus olhos). 



Responda em 
seu caderno 


a) Qual era o defeito do modelo atômico de Rutherford? 

b) O que é freqüência? 

c) O que é comprimento de onda? 

d) O que é velocidade de propagação? 

e) O que são ondas eletromagnéticas? 

f) A que corresponde o espectro luminoso completo? 

g) Qual é o valor da velocidade de propagação, em km/s, de todas as ondas eletro- 
magnéticas? 

h) Qual é o comportamento do espectro descontínuo para cada elemento químico? 

i) O que acontece com o elétron quando ele se move em uma órbita estacionária? 

j) O que ocorre com o elétron na passagem de uma órbita estacionária para outra? 

k) Quantas camadas eletrônicas podem existir nos átomos já conhecidos? Como elas 
são denominadas? 



92 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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6/7/05, 14:30 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





27 (PUC-MC) Observe as duas colunas abaixo: 


1 . Dalton 

A. Descoberta do núcleo e seu ta- 
manho relativo. 

2. Rutherford 

B. Átomos esféricos, maciços, 
indivisíveis. 

3. Niels Bohr 

C. Modelo semelhante a um "pudim 
de passas" com cargas positivas 
e negativas em igual número. 

4. J. j. Thomson 

D. Os elétrons giram em torno do nú- 
cleo em determinadas órbitas. 


Qual das seqüências traz a relaçao correta entre os no- 
mes dos cientistas e os modelos atômicos? 

a) 1A-2B-4C-3D 

b) 1A-4B- 3C-2D 

c) 2A-1B-4C-3D 

d) 3A - 4B - 2C - 1 D 

e) 4A-1B-2C-3D 

28 Chama-se fóton certa quantidade de energia capaz de: 

a) sempre expulsar o elétron do átomo 

b) sempre que absorvida pelo elétron, mudar a sua traje- 
tória para outra mais externa. 

c) apenas manter o elétron em órbita. 

d) desintegrar o átomo. 

e) transformar o átomo num ânion. 

29 O máximo de elétrons que um átomo pode representar 
na camada N é: 

a) 2 b) 8 c) 1 8 d) 32 e) 64 

30 (FMTM-MG) Fogos de artificio utilizam sais de diferentes 
íons metálicos misturados com um material explosivo. 
Quando incendiados, emitem diferentes colorações. Por 
exemplo: sais de sódio emitem cor amarela, de bário, cor 
verde e de cobre, cor azul. Essas cores são produzidas 
quando os elétrons excitados dos íons metálicos retornam 
para níveis de menor energia. O modelo atômico mais 
adequado para explicar esse fenômeno é o modelo de: 

a) Rutherford d) Dalton 

b) Rutherford-Bohr e) Millikan 

c) Thomson 

31 (UFV-MG) O sal de cozinha (NaCl) emite luz de colora- 
ção amarela quando colocado numa chama. Baseando- 
se na teoria atômica, é correto afirmar que: 


a) os elétrons do cátion Na + , ao receberem energia da 
chama, saltam de uma camada mais externa para uma 
mais interna, emitindo luz amarela. 

b) a luz amarela emitida nada tem a ver com o sal de 
cozinha, pois ele não é amarelo. 

c) a emissão da luz amarela se deve a átomos de oxigênio. 

d) os elétrons do cátion Na + , ao receberem energia da 
chama, saltam de uma camada mais interna para uma 
mais externa e, ao perderem a energia ganha, emi- 
tem-na sob a forma de luz amarela. 

e) qualquer outro sal também produziria a mesma co- 
loração. 


32 (UFRGS-RS) Uma moda atual entre as crianças é colecio- 
nar figurinhas que brilham no escuro. Essas figuras apre- 
sentam em sua constituição a substância sulfeto de zin- 
co. O fenômeno ocorre porque alguns elétrons que com- 
põem os átomos dessa substância absorvem energia lu- 
minosa e saltam para níveis de energia mais externos. 
No escuro, esses elétrons retornam aos seus níveis de ori- 
gem, liberando energia luminosa e fazendo a figurinha 
brilhar. Essa característica pode ser explicada consideran- 
do o modelo atômico proposto por: 

a) Dalton. c) Lavoisier. e) Bohr. 

b) Thomson. d) Rutherford. 


Exercício resolvido 

33 Uma emissora de rádio transmite na freqüência de 

1 .000 kHz (quilohertz). Sabendo-se que a velocida- 
de das ondas eletromagnéticas é de aproximadamen- 
te 300.000 km/s, pede-se calcular o comprimento 
de onda da emissora. 


Resolução 

Sendo v = X • f, temos: 
300.000 = X • 1 .000.000 => 


X = 0,3 km (300 m) 


34 Uma emissora de televisão transmite na faixa de 76 a 
82 MHz (megahertz). Sendo de 300.000 km/s a veloci- 
dade das ondas eletromagnéticas, qual é a faixa de com- 
primentos de onda utilizada por essa emissora? Note que 
a resposta deste exercício será menor do que a do ante- 
rior, pois as emissoras de televisão empregam ondas mais 
curtas do que as das emissoras de rádio AM. 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




35 (UFRGS-RS) O conhecimento sobre estrutura atômica 
evoluiu à medida que determinados fatos experimen- 
tais eram observados, gerando a necessidade de propo- 
sição de modelos atômicos com características que os 
explicassem. 

Fatos observados 

I. Investigações sobre a natureza elétrica da matéria e 
descargas elétricas em tubos de gases rarefeitos. 

II. Determinação das leis ponderais das combinações 
químicas. 

III. Análise dos espectros atômicos (emissão de luz com 
cores características para cada elemento). 

IV. Estudos sobre radioatividade e dispersão de partícu- 
las alfa. 


Características do modelo atômico 

1 . Átomos maciços, indivisíveis e indestrutíveis. 

2. Átomos com núcleo denso e positivo, rodeado pelos 
elétrons negativos. 

3. Átomos com uma esfera positiva onde estão distri- 
buídas, uniformemente, as partículas negativas. 

4. Átomos com elétrons, movimentando-se ao redor do 
núcleo em trajetórias circulares — denominadas ní- 
veis — com valor determinado de energia. 

A associação correta entre o fato observado e o modelo 

atômico proposto, a partir deste subsídio, é: 

a) I - 3; II - 1 ; III - 2; IV - 4 d) I - 4; II - 2; III - 1 ; IV - 3 

b) I - 1; II - 2; III -4; IV- 3 e) I - 1; II - 3; III - 4; IV - 2 

c) I - 3; II - 1; III - 4; IV- 2 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


93 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


93 


29/5/05, 18:30 



36 (UCF-RJ) O físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962) 
enunciou, em 1 91 3, um modelo atômico que relacionou 
a quantidade de energia dos elétrons com sua localiza- 
ção na eletrosfera. 

Em relação à energia associada às transições eletrônicas, 
um elétron, ao absorver energia, pode sofrer a seguinte 
transição: 

a) da órbita N para a órbita M. 

b) da órbita P para a órbita O. 

c) da órbita L para a órbita K. 

d) da órbita O para a órbita P. 

e) da órbita M para a órbita L 

37 (PUC-RS) Quando se salpica um pouco de cloreto de sódio 
ou bórax diretamente nas chamas de uma lareira, ob- 
têm-se chamas coloridas. Isso acontece porque nos áto- 
mos dessas substâncias os elétrons excitados: 

a) absorvem energia sob forma de luz, neutralizando a 
carga nuclear e ficando eletricamente neutros. 


b) retornam a níveis energéticos inferiores, devolvendo 
energia absorvida sob forma de luz. 

c) recebem um quantum de energia e distribuem-se ao 
redor do núcleo em órbitas mais internas. 

d) emitem energia sob forma de luz e são promovidos 
para órbitas mais externas. 

e) saltam para níveis energéticos superiores, superando 
a carga nuclear e originando um ânion. 

38 (UFPI) O sulfeto de zinco (ZnS) tem a propriedade denomi- 
nada fosforescência, capaz de emitir um brilho amarelo- 
esverdeado depois de exposto à luz. Analise as afirmativas 
abaixo, todas relativas ao ZnS, e indique a opção correta: 

a) salto de núcleos provoca fosforescência. 

b) salto de nêutrons provoca fosforescência. 

c) salto de elétrons provoca fosforescência. 

d) elétrons que absorvem fótons aproximam-se do núcleo. 

e) ao apagar a luz, os elétrons adquirem maior conteú- 
do energético. 



O MODELO DOS ORBITAIS ATÔMICOS 


Como já comentamos, novas observações, experiências e cálculos levam os cientistas a novas conclu- 
sões. Desse modo, verificou-se também que o elétron se comporta ora como partícula, ora como onda, 
dependendo do tipo de experiência. Devemos, portanto, deixar de entender o elétron como uma boli- 
nha em movimento rápido e assumi-lo como um ente físico que tem comportamento dual — uma 
partícula-onda. De fato, já em 1 924, o físico francês Louis De Broglie havia lançado a hipótese de que, 
se a luz apresenta natureza dual, uma partícula também teria propriedades ondulatórias. De Broglie 
tentou associar a natureza dual da luz ao comportamento do elétron, enunciando o seguinte postulado: 

A todo elétron em movimento está associada uma onda característica (princípio da 
dualidade ou de De Broglie). 

Outra consideração muito importante é a seguinte: podemos medir, com boa precisão, a posição 
e a velocidade de "corpos grandes", como, por exemplo, de um automóvel numa estrada, com um 
aparelho de radar. O elétron, no entanto, é tão pequeno que, se tentássemos determinar sua posição ou 
velocidade, os próprios instrumentos de medição alterariam essas determinações. (Pense num exem- 
plo grosseiro: se, para medir a velocidade de uma roda, nós precisarmos encostar nela um velocímetro, 
o atrito do velocímetro estará "freando" a roda e, portanto, alterando sua velocidade.) Por isso Werner 
Heisenberg, em 1 926, afirmou que "quanto maior for a precisão na medida da posição de um elétron, 
menor será a precisão da medida de sua velocidade e vice-versa", e enunciou o seguinte princípio: 


0 

TD 

o 

õ 

o 

o 


0 

TD 

OS 


0 

TO 

O 

tõ 

o> 


Não é possível calcular a posição e a velocidade de um elétron, num mesmo instante 

(princípio da incerteza ou de Heisenberg). 


FRANK & ERNEST® by Bob Thaves 



INGRESSOS 
PARA A PALESTRA 
HEISENBERG E O 
PRINCÍPIO t> A 
INCERTEZA " 


94 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


94 


29/5/05, 18:30 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Devido à dificuldade de se prever a posição exata de um elétron na eletrosfera, o cientista Erwin 
Schrõdinger (1926) foi levado a calcular a região onde haveria maior probabilidade de se encontrar o 
elétron. Essa região do espaço foi denominada orbital. 

Orbital é a região do espaço ao redor do núcleo onde é máxima a probalidade de 
encontrar um determinado elétron. 


Façamos uma comparação grosseira: 



Quando um avião está com os motores parados, nós 
vemos as pás das hélices em posições fixas e bem 
definidas. 



Quando os motores estão funcionando, vemos círculos 
dentro dos quais teremos, em qualquer posição, a 
probabilidade de “topar” com uma pá da hélice. Esses 
círculos podem ser chamados de “orbitais" das pás das 
hélices. 


Tomando como exemplo o átomo de hidrogênio, que possui um único elétron, teremos: 




/ 


O 

; 

Segundo o modelo atômico de Rutherford-Bohr, o elétron 

seria uma pequena partícula girando em alta velocidade 

em uma órbita circular. 




Segundo o modelo de orbitais, o elétron é uma 
partícula-onda que se desloca no espaço, mas estará 
com maior probabilidade dentro de uma esfera (orbital) 
concêntrica ao núcleo. Devido à sua velocidade, o 
elétron fica dentro do orbital, assemelhando-se a uma 
nuvem eletrônica. 


PODE-SE VER O ÁTOMO? 


1 


Não se pode ver um átomo isolado exatamente como foi descrito 
nos vários modelos que acabamos de abordar. No entanto, podem- 
se ver manchas coloridas, na tela de um computador, dando a loca- 
lização dos átomos num dado material. Essas manchas são obtidas 
através do chamado microscópio de tunelamento em uma técnica 
criada na década de 1980. 

Não se esqueça, porém, de que a ciência sempre procura dar um 
passo à frente. De fato, em meados de 2003, foi anunciada a descober- 
ta de um processo para detectar as nuvens eletrônicas do átomo de 
silício. Um pulso de raios X muito rápido (da ordem de 1 CT 18 segundos) 
arranca elétrons dos átomos e um segundo pulso de raios X "fotogra- 
fa" a reposição desses elétrons, medindo a energia eletromagnética 
que é liberada. O fenômeno é analisado por supercomputadores, que 
criam uma imagem colorida da nuvem eletrônica. 



Imagem de átomos de ouro (em 
amarelo e vermelho) sobre uma base 
de átomos de grafite (em verde), vistos 
ao microscópio de tunelamento. 
Aumento: 28 milhões de vezes. 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


95 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


95 


6/7/05, 14:32 


PHILIPPE PLAILLY / SPL-STOCK PHOTOS 



OS ESTADOS ENERGETICOS DOS ELETRONS 


Devido às dificuldades expostas no item anterior, os cientistas preferem, atualmente, identificar os 
elétrons por seu conteúdo de energia. 

Por meio de cálculos matemáticos, chegou-se à conclusão de que os elétrons se dispõem ao redor 
do núcleo atômico, de acordo com o diagrama energético abaixo: 



Esse diagrama nos fornece alguns dados importantes, como veremos a seguir. 

7.1. Níveis energéticos 

São as sete "escadas" que aparecem no diagrama anterior e onde os elétrons têm um conteúdo 
de energia crescente. Esses níveis correspondem às sete camadas ( K , L, M, N, O, P e Q) do modelo de 
Rutherford-Bohr. Atualmente, eles são identificados pelo chamado número quântico principal (ri), que 
é um número inteiro, variando de 1 a 7. 

7.2. Subníveis energéticos 

São os "degraus" de cada escada existente no diagrama anterior. De cada degrau para o seguinte 
há, também, aumento no conteúdo de energia dos elétrons. Esses subníveis são identificados pelo 
chamado número quântico secundário ou azimutal (í), que assume os valores 0, 1, 2 e 3, mas que é 
habitualmente designado pelas letras s, p, d, f, respectivamente. 

Note que, no diagrama anterior, nós já escrevemos um "endereço" sobre cada degrau. Assim, por 
exemplo, se for mencionada a posição 3 p, devemos saber que se trata do segundo degrau da terceira 
escada, no tocante ao nível de energia. 

7.3. Orbitais 

Completando o modelo atual da eletrosfera, devemos acrescentar que cada subnível comporta 
um número diferente de orbitais, de acordo com o diagrama energético mais completo que mostra- 
mos a seguir: 

96 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


Energia 


t i 


.2 

*5Ã 

•— 

V 

o 

o 

-a 

o 

c 

o 

£ 

3 

< 


6 d 
5f 

7 s 

6p 


5d 

4í 

6s 

5 P 

4d 


5s 

4p 


3c/ 

45 

3 P 

3s 

2p 

2s 

Is 



Núcleo 


Nesse diagrama, cada orbital é representado simbolicamente por um quadradinho. Vemos que os 
subníveis ("degraus") s, p, d, f, contêm sucessivamente 1, 3, 5, 7 (seqüência de números ímpares) 
orbitais. Os orbitais são identificados pelo chamado número quântico magnético (M t ou m ). Num 
dado subnível, o orbital central tem o número quântico magnético igual a zero; os orbitais da direita 
têm m = +1, +2, +3; os da esquerda têm m = — 1, -2, -3, como está exemplificado abaixo: 


-3 

-2 

-1 

0 

+ 1 

+2 

+ 3 


7 . 4 . Spirt 

Finalmente, cálculos matemáticos provaram que um orbital comporta no máximo dois elétrons. 
No entanto, surge uma dúvida: se os elétrons são negativos, por que não se repelem e se afastam? 
A explicação é a seguinte: os elétrons podem girar no mesmo sentido ou em sentidos opostos, criando 
campos magnéticos que os repelem ou os atraem. Essa rotação é conhecida como spin (do inglês to 
spin, girar): 




Spins paralelos (repulsão) 



Spins opostos ou antiparalelos (atração) 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


97 



29/5/05, 18:31 


Capitulo 04-QF1-PNLEM 


97 



Daí a afirmação, conhecida como princípio da exclusão de Pauli: 


Um orbital comporta no máximo dois elétrons, com spins contrários. 

Desse modo, a atração magnética entre os dois elétrons contrabalança a repulsão elétrica entre eles. 
O spine identificado pelo chamado numero quântico de spin(M s ou s), cujos valores são —— e +—. 
Normalmente, a representação dos elétrons nos orbitais é feita por meio de uma seta: 

|f | representa, por convenção, um elétron com spin negativo s = 


f| representa, por convenção, um elétron com spin positivo s 


= + l 


7.5. A identificação dos elétrons 

Resumindo, podemos dizer que cada elétron da eletrosfera é identificado por seus quatro números 
quânticos: 

• o número quântico principal: n • o número quântico magnético: m ou M t 

• o número quântico secundário: l • o número quântico do spin: s ou M s 

Por exemplo, os dois elétrons do elemento hélio têm os seguintes números quânticos: 


K(n = 
Como 


1 ) 



12 22 



t 1 


s(l = 

0) 


1 2 elétron: n = 1 , l = 0, m = 0, s = 
2° elétron: n = 1 , l = 0, m = 0, s = 


segundo exemplo, observe o diagrama parcial abaixo: 




Neste diagrama, o elétron que está assinalado (f) tem os seguintes números quânticos: 

n = 3 ; l = 1 ; m = - 1 ; s = — y 
Esse elétron será representado simbolicamente por: 


Indica o número 
quântico principal 



| Indica a quantidade de elétrons existente nesse subnível 
| Indica o número quântico secundário 


Por analogia, podemos dizer que um elétron é localizado por seus quatro números quânticos, da 
mesma maneira que uma pessoa é localizada por seu endereço — nome da rua, número do prédio, 
andar e número do apartamento. Assim, podemos enunciar o princípio da exclusão de Pauli: 

Num átomo, não existem dois elétrons com os quatro números quânticos iguais. 


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Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


No preenchimento dos orbitais, outra regra importante é a chamada regra de Hund ou da máxi- 
ma multiplicidade, que diz: 

Em um mesmo subnível, de início, todos os orbitais devem receber seu primeiro elé- 
tron, e só depois cada orbital irá receber seu segundo elétron. 

Assim, a ordem de entrada dos seis elétrons num orbital do tipo p será: 

I 2 elétron 
2- elétron 
3 2 elétron 
4 2 elétron 
5 2 elétron 
6 2 elétron 


Por fim, é importante não confundir: 

• elétron mais afastado do núcleo (ou elétron de valência) é aquele com maior valor do número 
quântico principal (n); 

• elétron mais energético é aquele situado no nível (n) ou subnível (l) de maior energia, o que é 
dado pela soma n + l. 

Por exemplo, na distribuição eletrônica do átomo de escândio, temos: 


Elétron mais 



t 



t 

t 


t 

t 

t 

u 

t 

t 

1 1 

t J 

t 

u 

H 

H 




Responda em 
seu caderno 


a) Segundo De Broglie, qual o comportamento do elétron? 

b) Qual é o princípio de Heisenberg? 

c) O que é orbital? 

d) Ao que correspondem os níveis energéticos no modelo de Rutherford-Bohr? 

e) O que são subníveis energéticos? 

f) O que é spin ? 

g) Como um elétron pode ser identificado em um átomo? 

h) Qual é o elétron mais afastado do núcleo (ou elétron de valência)? 

i) Qual é o elétron mais energético? 



Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


99 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


99 


29/5/05, 18:31 


EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Exercício resolvido 

39 Quais são os subníveis que formam a camada eletrô- 
nica L ? 

Resolução 

Olhando para o diagrama energético, concluímos 
que a camada L (que corresponde ao número 
quântico principal n = 2) só pode apresentar os 
subníveis s e p. 


40 Quais sao os subníveis que podem existir no nível 
energético de número quântico principal ( n ) igual a 4? 


Exercício resolvido 

41 Qual o número máximo de orbitais que podem exis- 
tir no nível energético M ? 

Resolução 

Pelo diagrama dos níveis energéticos, vemos que o 
nível ou camada M (n = 3) poderá apresentar, no 
máximo, 9 orbitais. 


42 Qual o número máximo de elétrons que o nível N com- 
porta? 

43 (Fatec-SP) Considere as afirmações abaixo. 

I. em um subnível d há 7 orbitais; 

II. em um subnível p há 3 orbitais; 

III. em um orbital s cabem 2 elétrons; 

IV. em um orbital p cabem 6 elétrons. 

Quanto a tais afirmações: 

a) apenas a II é correta. 

b) apenas a I e a II são corretas. 

c) apenas a II e a III são corretas. 

d) apenas a II, a III e a IV são corretas. 

e) todas são corretas. 


Exercício resolvido 


44 Um átomo possui, numa camada, os subníveis s, p e 
d com o máximo de elétrons. Quantos elétrons pos- 
sui essa camada, supondo que apenas os subníveis 
s, p e d estejam presentes? 


Resolução 

• O subnível s contém, no máximo 

• O subnível p contém, no máximo 

• O subnível d contém, no máximo 

TOTAL 


2 elétrons 
6 elétrons 
1 0 elétrons 

1 8 elétrons 


45 Quantos elétrons tem um átomo que apresenta os 
subníveis 1 s, 2s, 2 p lotados? 

46 (UFSM-RS) Em relação à configuração eletrônica nos 
níveis e subníveis dos átomos, analise as seguintes afir- 
mativas: 

I. Quanto maior a distância de um elétron do núcleo, 
maior será a sua energia total. 


II. A terceira e quarta camadas admitem, no máximo, 
32 elétrons. 

III. A primeira camada é a menos energética e pode ter, 
no máximo, 8 elétrons. 

Está(ão) correta(s): 

a) I apenas d) I e II apenas 

b) II apenas e) II e III apenas 

c) III apenas 

Exercício resolvido 

47 Coloque no esquema abaixo, que representa o 
subnível d, um total de 7 elétrons. 


Indique os quatro números quânticos do último elé- 
tron colocado, sabendo-se que esse subnível é da 
camada M. 

Resolução 

Inicialmente devemos notar que: 

• no nível ou camada M — * n = 3 

• no subnível d *■ 1=2 

A seguir devemos lembrar que a ordem de coloca- 
ção dos sete elétrons no subnível obedece à regra 
de Hund (os números escritos abaixo da figura indi- 
cam a ordem de "entrada" dos elétrons): 

m — > 


Ordem de entrada — > 

Concluímos então que os quatro números quânticos 
que indicam esse sétimo e último elétron são: 


n = 3; l = 2; m = — 1 ; s = + — 

2 


-2 -1 0 +1 +2 


u 

u 

t 

t 

t 


1 2 3 4 5 

6 ® 


48 (Ufac) Um elétron localiza-se na camada "2" e subnível 
"p" quando apresenta os seguintes valores de números 
quânticos: 

a) rr = 4 e 1=0 d) n = 3 e í = 1 

b) n = 2 e 1=1 e) n = 2 e 1 = 0 

c) n = 2 e 1 = 2 

49 No caderno, indique qual é o conjunto dos quatro nú- 
meros quânticos que representam o elétron assinalado 
abaixo e que está situado no subnível 4 f . 


t 








50 Indique os quatro números quânticos do primeiro elé- 
tron colocado no subnível 5s. 

51 (Cesgranrio-Rj) Qual é a opção que contraria a regra de 
Hund? 


a) 

□ 

«o tmt 

b) 

O 

e) tH 

c) 

tlt t 



100 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 







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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




52 Qual o número máximo de orbitais que o subnível dcom- 
porta? 

53 Qual o número máximo de elétrons que podem existir 
no subnível f? 


54 


(FEP-PA) Colocar em ordem crescente de energia os 
subníveis eletrônicos: 


4 d 

4 f 

5 P 

6s 


a) 4d < 4f < 5p < 6 s d) 5p < 6s < 4f< 4 d 

b) 4f < 4d < Sp < 6 s e) 6s < 5p < 4d < 4 f 

c) 4d < Sp < 6s < 4 f 


55 Um elétron da camada N está no subnível s. Quais são os 
valores denet para esse elétron? 


56 (FEI-SP) O número máximo de elétrons com spin — -y no 
subnível d é: 

a) 2 c) 8 e) 5 

b) 1 0 d) 7 

57 (Fesp-PE) O último elétron distribuído de um átomo de 
um determinado elemento químico tem a ele associados 

os seguintes números quânticos: 4, 0, 0 e +y . É correto 
afirmar que: 


a) O átomo tem os seus elétrons distribuídos em três 
camadas de energias. 

b) O átomo tem dez elétrons distribuídos em orbitais do 
tipo p. 

c) O último elétron distribuído desse átomo encontra-se 
em um orbital do tipo s. 

d) O número total de elétrons desse átomo é igual a 1 6. 

e) O valor numérico do número quântico secundário as- 
sociado ao penúltimo elétron desse átomo é igual a 2. 

58 (FEP-PA) Um elétron se encontra num subnível d de um 

determinado átomo. Qual o número quântico magnéti- 
co impossível para esse elétron? 

a) 0 c) +1 e) +3 

b) -1 d) +2 


59 (Uespi) Dado o átomo 17 X o conjunto dos quatro núme- 
ros quânticos para o 1 1- elétron do subnível p é: 


a) 3, 1, 0 e - — 
2 


d) 3, 2, 0 e - — 
' 2 


b) 3, 1 , 0 e ± — 
2 


e) 3, 2, 0 e + — 
2 


c) 3, 1, 0 e + — 
2 



A DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA 


8.1. Distribuição eletrônica em átomos neutros 

A distribuição dos elétrons em um átomo neutro pode ser feita pelo diagrama dos níveis 
energéticos, que vimos no item anterior. No entanto, o cientista Linus Pauling imaginou um diagrama 
que simplifica essa tarefa e que passou a ser conhecido como diagrama de Pauling: 


Diagrama de Pauling 



Linus Cari Pauling 


Nasceu nos Estados Unidos em 
1901. Formou-se em Engenharia 
Química. Doutorou-se no Instituto 
de Tecnologia da Califórnia e esta- 
giou em várias universidades euro- 
péias. Em 1927, tornou-se profes- 
sor do Instituto de Tecnologia da 
Califórnia e, em 1968, da Universi- 
dade Stanford. 

Seus trabalhos mais importantes 
versam sobre a estrutura atômica, a 
natureza das ligações químicas e a 
estrutura das proteínas. Divulgou o 
uso da vitamina C no combate ao resfriado e a certos tipos de 
câncer. Foi um ardoroso pacifista. Recebeu o Prêmio Nobel de 
Química em 1 954 e o Prêmio Nobel da Paz em 1 962. Faleceu 
em 1994 nos Estados Unidos. 



Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


101 


101 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


29/5/05, 18:31 




A 


Consideremos, como exemplo, a distribuição dos 26 elétrons de um átomo de ferro (Z = 26). 
Aplicando o diagrama de Pauling, temos: 



O que foi feito? Apenas o seguinte: percorremos as diagonais, no sentido indicado, colocando o 
número máximo de elétrons permitido em cada subnível, até inteirar os 26 elétrons que o ferro possui. De 
fato, veja que, no último orbital atingido (3 d), nós colocamos apenas seis elétrons, com os quais comple- 
tamos a soma 26 elétrons, e não 10 elétrons, que é o máximo que um subnível d pode comportar. 

Essa é a distribuição dos elétrons num átomo de ferro considerado em seu estado normal ou 
estado fundamental. Para indicar, de modo abreviado, essa distribuição eletrônica, escrevemos: 

1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 3d 6 

Reparem que escrevemos os subníveis Is, 2 s, 2 p ... em ordem crescente de energia e colocamos 
um "expoente" para indicar o número total de elétrons existente em cada subnível considerado. 

Evidentemente, a soma dos "expoentes" é igual a 26, que é o número total de elétrons do átomo de ferro. 

Veja também que, somando os "expoentes" em cada linha horizontal, obtemos o número total de 
elétrons existentes em cada camada ou nível eletrônico do ferro. Podemos, então, concluir que a distri- 
buição eletrônica do átomo de ferro, por camadas, é: 

K = 2; L = 8; M = 1 4; N = 2 


8.2. Distribuição eletrônica nos íons 

A distribuição eletrônica nos íons é semelhante à dos átomos neutros. No entanto, é importante 
salientar que os elétrons que o átomo irá ganhar ou perder (para se transformar num íon) serão recebi- 
dos ou retirados da última camada eletrônica, e não do subnível mais energético. Assim, por exem- 
plo, o átomo de ferro (número atômico = 26) tem a seguinte distribuição eletrônica: 


1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 3d 6 

Última camada ^ 

Subnível mais energético 


ou K = 2; L = 8; M = 1 4; N = 2 

Última camada 


Quando o átomo de ferro perde 2 elétrons e se transforma no íon Fe 2+ , este terá a seguinte 
distribuição eletrônica: 


1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 3 d 6 ou K = 2; L = 8; M = 14 


102 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


102 


29/5/05, 18:31 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Evidentemente, se o átomo de ferro perder 3 elétrons e se transformar no íon Fe 3+ , este terá a 
seguinte distribuição eletrônica: 

'\s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 3d s ou K = 2; L = 8; M = 1 3 

Consideremos agora o caso de formação de um íon negativo, digamos, por exemplo, S 2 ~. O enxo- 
fre (número atômico = 16) tem a seguinte distribuição eletrônica: 

1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 4 ou K= 2; L = 8; M = 6 

Última camada * Última camada * 

Quando o átomo de enxofre ganha 2 elétrons e se transforma no íon S 2- , este terá a seguinte 
distribuição eletrônica: 

1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 ou K = 2; L = 8; M = 8 




EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




Exercício resolvido 

60 Utilizando o diagrama de Pauling e considerando o 
elemento químico tungsténio (W), de número atô- 
mico igual a 74, responda às seguintes questões: 

a) Qual a distribuição eletrônica do átomo de 
tungsténio por camadas ou níveis energéticos? 

b) Qual a distribuição por subníveis energéticos? 

c) Quais os elétrons mais externos? 

d) Quais os elétrons com maior energia? 


Resolução 

Seguindo o diagrama de Pauling, temos: 

s p d f 



a) Distribuição eletrônica por camadas: K = 2; L = 8; 
M = 18; N = 32; O = 12; P = 2. 

b) Distribuição eletrônica por subníveis: '\s 2 2s 2 2p 6 
3s 2 3p 6 4s 2 3d™4p 6 5s 2 4d™5p 6 6s 2 4f 4 5(f. 

c) Elétrons mais externos, ou mais afastados, são 
os dois elétrons situados no subnível 6s, pois eles 
pertencem à última camada que recebeu elétrons, 
no caso, a camada P. A última camada recebe tam- 
bém o nome de camada ou nível de valência. 


d) Elétrons de maior energia são os quatro elétrons 
do subnível 5 d, que foi o último subnível a ser 
preenchido. De fato, você pode verificar, no dia- 
grama de níveis energéticos dado na página 1 01 
que o subnível 5 d está acima do subnível 6s. 


61 Escreva a estrutura eletrônica do átomo de fósforo (nú- 
mero atômico 1 5), em seu estado fundamental, indican- 
do a distribuição dos elétrons nos diferentes subníveis. 

62 (Unirio-RJ) "Os implantes dentários estão mais seguros 
no Brasil e já atendem às normas internacionais de qua- 
lidade. O grande salto de qualidade aconteceu no pro- 
cesso de confecção dos parafusos e pinos de titânio que 
compõem as próteses. Feitas com ligas de titânio, essas 
próteses são usadas para fixar coroas dentárias, apare- 
lhos ortodônticos e dentaduras nos ossos da mandíbula 
e do maxilar", /ornai do Brasil, outubro, 1 996. 
Considerando que o número atômico do titânio é 22, 
sua configuração eletrônica será: 

a) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 3 

b) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 5 

c) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 6 4 s 2 

d) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 6 4s 2 3 d 2 

e) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 6 4 s 2 3 d 10 4p 6 


Exercício resolvido 

63 (U. Uberaba-MG) Um átomo cuja configuração ele- 
trônica é 1 s 2 2S 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 tem como número 
atômico: 

a) 1 0 c) 1 8 e) 8 

b) 20 d) 2 

Resolução 

Basta somar os expoentes que aparecem na distri- 
buição eletrônica para se ter o número atômico: 

2 + 2 + 6 + 2 + 6 + 2 = 20 . 

Alternativa b 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


103 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


103 


29/5/05, 18:31 


64 (Unifor-CE) O átomo de um elemento químico tem 1 4 elé- 
trons no 3- nível energético ( n = 3). O número atômico 
desse elemento é: 

a) 14 d) 26 

b) 1 6 e) 36 

c) 24 


65 (UFPR) O último elétron de um átomo neutro apresenta 
o seguinte conjunto de números quânticos n = 4; l = 1; 

m = 0; s = +— . Convencionando que o primeiro elé- 
tron a ocupar um orbital possui número quântico de spin 
igual a — calcule o número atômico desse átomo. 


Exercício resolvido 

66 (Unitau-SP) Um átomo que possui configuração 
1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 3 apresenta na camada mais externa: 

a) 2 elétrons 

b) 3 elétrons 

c) 5 elétrons 

d) 12 elétrons 

e) 1 5 elétrons 

Resolução 

A camada mais externa é indicada pelo coeficiente 
maior, no caso 3. Somando-se então os expoentes 
de 3s 2 3 p 3 temos 2 + 3 = 5. 

Alternativa c 


67 (FEI-SP) A configuração eletrônica de um átomo neutro 
no estado fundamental é 1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 5 . O número de 
orbitais vazios remanescente no nível principal M é: 

a) 0 c) 5 e) 10 

b) 1 d) 6 

68 (UFC-CO) Os números atômicos dos elementos que, no 
estado fundamental, têm elétrons nos orbitais 1 s, 2s, 2 p, 


3s e 3 p, dos quais apenas um é desemparelhado, estão 
indicados nas alternativas: 

a) 1 3 c) 1 5 e) 1 7 g) 1 9 

b) 14 d) 16 f) 18 

Exercício resolvido 

69 Dê a configuração eletrônica do íon de sódio (Na + ), 
sabendo que o número atômico do sódio é 1 1 . 

Resolução 

Considerando que o íon de sódio tem carga elétrica 
+ 1, concluímos que ele equivale ao átomo de sódio 
subtraindo um elétron da última camada ou nível 
eletrônico. Desse modo, para resolver o problema 
basta fazer a distribuição eletrônica normal para o 
átomo neutro de sódio e, a seguir, subtrair um elé- 
tron do último nível: 

• para o átomo de sódio (Na°) * 1s 2 2s 2 2p 6 3s' 

• para o íon de sódio (Na + ) *■ 1s 2 2s 2 2p 6 


70 (FEI-SP) Qual é a distribuição eletrônica, em subníveis, 
para o cátion Ca 2+ ? 

(Dado: n a atômico do cálcio = 20.) 

a) 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 

b) 1s 2 2s 2 3s 2 3p 6 3d 2 

c) 1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 

d) 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 3d 2 

e) 1 s 2 2s 2 3s 2 3p 4 4s 2 

71 Dê a configuração do íon Cl”, sabendo que o átomo neu- 
tro de cloro possui um total de dezessete elétrons. 

72 (ITE Bauru-SP) Sabendo que o número atômico do ferro 
é 26, responda: na configuração eletrônica do íon Fe 3+ , o 
último subnível ocupado e o número de elétrons desse 
íon são respectivamente: 

a) 3 d, com 6 elétrons c) 3 d, com 3 elétrons 

b) 3 d, com 5 elétrons d) 4s, com 2 elétrons 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



73 (Ufac) Um átomo neutro apresenta número atômico igual 
a 37. Em relação a esse átomo, mostre: 

a) a distribuição eletrônica em camadas; 

b) a distribuição eletrônica em ordem crescente de ener- 
gia de subníveis; 

c) os quatro números quânticos do último elétron distri- 
buído. 

74 (Cesgranrio-RJ) A distribuição eletrônica correta do áto- 
mo 5 2 gFe, em camadas, é: 

a) 1 s 2 2S 2 2 p 6 3S 2 3 p 6 4s 2 3 d 6 

b) 1 s 2 2 s 2 2 p 6 3s 2 3 p 6 4s 2 3 d 10 4p 6 5s 2 4d 10 5 p 6 6s 2 

c) K = 2 L = 8 M= 16 

d) K = 2 L = 8 M = 14 N = 2 

e) K= 2 L = 8 M = 18 N= 18 0 = 8 P = 2 

75 (Ufac) Um átomo que possui, no último nível, um elé- 
tron desemparelhado com os seguintes números 

quânticos: n = 5; i = 0; m = 0; s = — — tem número 
atômico igual a: 

a) 31 b) 37 c) 41 d) 47 e) 51 

104 


76 (Unip-SP) Quantos elétrons não-emparelhados existem 
no átomo de manganês (número atômico = 25), no es- 
tado fundamental? 

a) 6 

b) 2 

c) 3 

d) 5 

e) 1 

77 (FEI-SP) Sendo o subnível 4S 1 (com um elétron) o mais 
energético de um átomo, podemos afirmar que: 

I. o número total de elétrons deste átomo é igual a 19; 

II. este átomo apresenta 4 camadas eletrônicas; 

III. sua configuração eletrônica é: 1 s 2 ; 2s 2 ; 2 p 6 ; 3s 2 ; 3 p 6 ; 
3d 10 ; 4s' 

a) Apenas a afirmação I é correta. 

b) Apenas a afirmação II é correta. 

c) Apenas a afirmação III é correta. 

d) As afirmações I e II são corretas. 

e) As afirmações I e III são corretas. 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


104 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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78 


(UnB-DF) Sao dados os seguintes números quânticos para 
os elétrons de maior energia de um átomo no estado 


fundamental: n = 3;l = 1; m l = -1; m s = +-y . A repre- 
sentação correta para o seu subnível será: 


H 



U 

t 

t 

t 

t 

t 


d >0 

«>0 


79 A configuração eletrônica do íon Ni 2+ (Z = 28) é: 

a) Is 2 2s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 6 4 s 2 3d 10 

b) Is 2 2s 2 2p 6 3 s 2 3p 6 4S 2 3d 8 

c) Is 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s' 3d 7 

d) Is 2 2s 2 2s 6 3s 2 3 p 6 4s 2 3d 6 

e) ls 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 3 d 8 

80 (UFRGS-RS) O íon monoatômico A 2 ~ apresenta a confi- 
guração eletrônica 3s 2 3 p 6 para o último nível. O número 
atômico do elemento A é: 

a) 8 c) 14 e) 18 

b) 1 0 d) 1 6 


81 (Unigranrio-RJ) O átomo de magnésio tem número atô- 
mico 1 2 e número de massa 24. Qual é a alternativa cor- 
reta relativa ao Mg que perdeu 2 elétrons? 

a) Tem 1 2 elétrons. 

b) Tem 1 0 nêutrons. 

c) Tem 1 0 prótons. 

d) Tem configuração eletrônica Is 2 2 s 2 2 p 6 3s 2 . 

e) Tem configuração idêntica à do Na (Z = 1 1) que per- 
deu 1 elétron. 

82 (UGF-RJ) Leia o texto: 

No fim da década de 70, um acidente na empresa 
Paraibuna de Metais resultou no despejo de mercúrio e 
cádmio no Rio Paraibuna. Campos, a cidade mais afetada, 
teve seu abastecimento de água suspenso por 72 horas. 

O Globo , 1 abril 2003. 

Os íons dos metais citados são facilmente dissolvidos na 
água. 

O número de camadas utilizadas na distribuição eletrôni- 
ca do cátion bivalente do cádmio é: 

(Dado: número atômico do cádmio = 48.) 

a) 4 c) 6 e) 10 

b) 5 d) 9 



— 

LEITURA 




USOS DAS RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS 

Vimos, na página 89, o espectro eletromagnético completo e podemos dizer que, atualmente, todas 
as freqüências ali presentes têm aplicações práticas importantes. 

Em iluminação empregamos os mais variados tipos de lâmpadas: as comuns (de filamento 
incandescente), as fluorescentes, as de ultravioleta (usadas em danceterias), as de infravermelho (usadas 
em tratamentos médicos) etc. 




A lâmpada de sódio, utilizada nas cidades, emite luz amarela Os fogos de artifício que iluminam nossas 

produzida pelos “saltos" dos elétrons nos átomos de sódio. noites festivas contêm o elemento magnésio, 

que queima emitindo luz branca muito 
intensa. Para produzir outras cores, 
colocam-se compostos de cobre (dão cor 
azul), de estrôncio (dão cor vermelha) etc. 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


105 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


105 


29/5/05, 18:32 




Nos raios laser, as ondas eletromagnéticas têm um com- 
portamento especial como mostramos abaixo: 



Na luz comum, as ondas são emitidas “fora de 
fase”, como uma multidão caminhando 
desordenadamente. 



No laser, as ondas caminham "em fase", como 
um batalhão de soldados marchando em 

formação. Feixes de laser. 



Em comunicações, dispomos de emissoras de rádio, de televisão, de telefonia celular etc. Damos 
abaixo uma idéia das faixas de freqüência de emissão de alguns desses meios de telecomunicação. 



c 


I 


I 


Freqüência crescente (comprimento de onda decrescente) 

% 


I 


I 


I 


I 


I 


v 

Telefones celulares 


1.900 1.800 900 800 500 216 175 


3 a geração ; Banda B 

Banda C Banda A 


108 


88 


1 .800 540 


MHz 

MHz 

MHz 

kHz 

TV 

TV 

Rádio FM 

Rádio AM 

(UHF) 

(VHF) 




No cotidiano é comum o uso dos fornos de microondas, 
nos quais há um gerador de ondas eletromagnéticas 
( magnétron ) que emite na freqüência da ordem de 2.450 
MHz. Essa freqüência "agita" as moléculas de água existen- 
tes nos alimentos, provocando assim o seu aquecimento (é 
por isso que alimentos muito "secos" não são aquecidos de 
modo eficaz). 



106 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


106 


29/5/05, 18:32 


ESGUEVA/ CID POMPEU / STUDIO 47 / CID LAWRENCE MANNING/CORBIS-STOCK PHOTOS 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Na ciência, o uso das ondas eletromagnéticas é também muito comum. Os dois exemplos abaixo dão 
uma idéia do emprego dessas ondas na identificação dos elementos químicos. 



Q 

O 


O chamado teste de chama é um teste simples para 
identificar cátions em laboratório. Um fio de platina limpo é 
mergulhado na amostra que se quer identificar e depois 
levado à chama azul de um bico de Bunsen. Cada 
elemento produzirá à chama uma cor característica (que, 
aliás, corresponde à cor apresentada na queima dos 
fogos de artifício): azul (cobre), laranja (sódio), vermelho 
(estrôncio), e assim por diante. 



A análise espectral é, de certa forma, uma sofisticação do 
teste de chama. 

Com aparelhos especiais, chamados espectrômetros, 
conseguem-se identificar os elementos químicos com grande 
precisão, pela medição exata da posição relativa de suas 
raias espectrais. Essa mesma idéia é utilizada para estudar a 
luz emitida pelas estrelas e descobrir quais são seus 
elementos químicos formadores. Um exemplo interessante é 
o do gás hélio, que foi descoberto no Sol (1868) 27 anos 
antes de ser descoberto na Terra (1895) — o nome hélio 
provém do nome do deus do Sol, na mitologia grega. 


Concluindo, podemos dizer que vivemos, atualmente, rodeados por ondas eletromagnéticas, especial- 
mente nas grandes cidades. Esse é um tipo de poluição invisível e sem cheiro, mas que pode afetar a saúde 
das pessoas. É conhecido, por exemplo, o risco que os portadores de marca-passo cardíaco correm ao passar 
pelos detectores de metais, existentes nos aeroportos e nas portas dos bancos. Ainda não é bem conhecida 
a influência das radiações eletromagnéticas sobre a saúde humana depois de longos prazos de exposição. 
Não há dúvida, porém, de que o aumento da freqüência e da potência das radiações acarreta um aumento 
de risco para nossa saúde, como acontece com as pessoas que sofrem muitas exposições aos raios X. 



Questões sobre a leitura 

Responda em 
seu caderno 



83 A que se deve a luz emitida por lâmpadas de sódio ou por lâmpadas fluorescentes? 

84 Qual a diferença entre a luz comum e a luz laser ? 

85 O que transmite cores aos fogos de artifício? 

86 Qual é a fonte de calor num forno de microondas? 

87 O que é um espectrômetro de emissão? 

Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 1 07 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


107 


29/5/05, 18:32 






DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 



88 (Vunesp) O elemento químico B possui 20 nêutrons, é 
isótopo do elemento químico A, que possui 18 prótons, 
e isóbaro do elemento químico C, que tem 1 6 nêutrons. 
Com base nessas informações, pode-se afirmar que os 
elementos químicos A, Be C apresentam, respectivamen- 
te, números atômicos iguais a: 

a) 1 6, 1 6 e 20 d) 1 8, 1 6 e 22 

b) 1 6, 1 8 e 20 e) 1 8, 1 8 e 22 

c) 16, 20 e 21 

89 (FEI-SP) São dadas as seguintes informações relativas aos 
átomos X, Y e Z: 

I. X é isóbaro de Y e isótono de Z. 

II. Y tem número atômico 56, número de massa 1 37 e é 
isótopo de Z. 

III. O número de massa de Z é 1 38. 

O número atômico de X é: 

a) 53 c) 55 e) 57 

b) 54 d) 56 

90 (UFPE) A água contendo isótopos 2 H é denominada "água 
pesada", porque a molécula 2 H 2 6 0 quando comparada 
com a molécula 'H^O possui: 

a) maior número de nêutrons. 

b) maior número de prótons. 

c) maior número de elétrons. 

d) menor número de elétrons. 

e) menor número de prótons. 

91 (Mackenzie-SP) Se o isótopo do chumbo que apresenta 
número de massa 210 forma íons Pb 2+ e Pb 4+ , que pos- 
suem respectivamente 80 e 78 elétrons, então o número 
de nêutrons desse átomo neutro é: 

a) 138 c) 132 e) 158 

b) 1 30 d) 128 

92 (UFPR) Considere os conjuntos de espécies químicas a 
seguir: 

A = (i H, 2 H, 2 H} C = { 3 2 He, 4 2 He} E = { 2 He + , 2 H} 

B = { 4 2 °„Ca, «ArJ D = { 12 C, ”N} 

Com relaçao aos conjuntos acima, é correto afirmar: 

a) O conjunto C contém apenas isótopos do elemento 
hélio. 

b) Os membros de E apresentam o mesmo número de 
elétrons, sendo, portanto, isótopos. 

c) O conjunto A contém apenas isótopos do elemento 
hidrogênio. 

d) Os membros de B são isóbaros. 

e) Os membros de D apresentam o mesmo número de 
nêutrons. 

93 (UFMT) Toda matéria, quando aquecida a uma tempera- 
tura suficientemente elevada, emite energia na forma de 
radiação (luz). Um exemplo comum é a lâmpada 
incandescente, em que um filamento de tungsténio é 
aquecido até ficar branco, pela resistência que ele ofere- 
ce à passagem de um fluxo de elétrons. Nesse dispositivo 
a energia elétrica é convertida em energia térmica e ener- 
gia radiante. Se essa radiação passar através de uma fen- 
da estreita, transformar-se-á numa "fita luminosa". Se fi- 
zermos essa "fita" atingir uma tela, aparecerá uma ima- 
gem da fenda na forma de linha. Colocando um prisma 
no caminho da luz, a posição da linha na tela varia. Quan- 
do a luz é emitida por um corpo quente e examinada 
dessa maneira, produzirá, num primeiro caso, uma re- 
gião contínua de cores variáveis, de modo que a linha se 


expanda dando uma faixa de cores desde o vermelho até 
o violeta (como num arco-íris); num segundo, uma série 
de linhas separadas com áreas escuras entre elas. 

A partir do exposto, julgue os itens. 

(0) No primeiro caso, tem-se um chamado espectro con- 
tínuo. 

(1) Quando se usa a visão humana para detectar radia- 
ções, é possível abranger todas as faixas do espectro 
eletromagnético. 

(2) No segundo caso, fala-se de um espectro discreto 
ou descontínuo. 

(3) O aparelho no qual é feita a decomposição da luz 
em seus diversos componentes é chamado 
espectrógrafo. 

94 (UnB-DF) O entendimento da estrutura dos átomos não 
é importante apenas para satisfazer à curiosidade dos 
cientistas; possibilita a produção de novas tecnologias. 
Um exemplo disso é a descoberta dos raios catódicos, 
feita pelo físico William Crookes, enquanto estudava as 
propriedades da eletricidade. Tal descoberta, além de ter 
contribuído para um melhor entendimento a respeito da 
constituição da matéria, deu origem aos tubos de ima- 
gem de televisores e dos monitores dos computadores. 
Alguns grandes cientistas que contribuíram para o en- 
tendimento da estrutura do átomo foram: Dalton (1 766- 
1 844), Rutherford (1871-1937), Bohr (1 885-1 962) e Linus 
Pauling (1901-1994). 

Com relação à estrutura da matéria, julgue os itens se- 
guintes. 

(0) Ao passar entre duas placas eletricamente carregadas, 
uma positivamente e outra negativamente, as partí- 
culas alfa desviam-se para o lado da placa negativa. 

(1 ) O átomo é a menor partícula que constitui a matéria. 

(2) Cada tipo de elemento químico é caracterizado por 
um determinado número de massa. 

(3) O modelo atômico que representa exatamente o 
comportamento do elétron é o modelo de 
Rutherford-Bohr. 

95 (UFPR) Para interpretar a grande maioria dos processos 
químicos, é suficiente considerar o átomo como sendo 
constituído por apenas três partículas: o próton, o nêu- 
tron e o elétron. Essas três partículas não estão distribuí- 
das ao acaso; elas interagem entre si e essa interação pro- 
duz um conjunto organizado, que é o átomo. 

A respeito do átomo, é correto afirmar: 

a) Prótons e nêutrons são encontrados no núcleo, que é 
a parte do átomo com carga elétrica positiva e que 
contém praticamente toda a massa do átomo. 

b) Os elétrons, partículas de carga elétrica negativa, dis- 
tribuem-se em torno do núcleo em diversos níveis e 
subníveis energéticos (camadas e subcamadas). 

c) Se o número de elétrons em um átomo for igual ao 
número de prótons, o átomo será neutro; se for maior, 
será um ânion; se for menor, será um cátion. 

d) O número de prótons de um átomo é denominado 
número atômico e é representado pela letra Z. 

e) O núcleo dos átomos será sempre formado por igual 
número de prótons e nêutrons. 

f) A soma dos prótons e nêutrons de um átomo é co- 
nhecida como número de massa, que é representado 
pela letra A e é igual à sua massa atômica. 


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96 (UFCE) Em um átomo neutro, um elétron é excitado para 
a camada imediatamente superior. Com essa informação 
podemos assegurar que são corretas as alternativas: 

a) Houve mudança nos 3 números quânticos que defi- 
nem a posição do elétron. 

b) O número quântico principal foi alterado. 

c) Os valores dos 4 possíveis números quânticos não fo- 
ram alterados. 

d) Somente o número quântico de spin sofreu alteração. 

97 (UFCE) Considere três átomos: A, 8 e C. Os átomos A e C 
são isótopos; os átomos Be C são isóbaros e os átomos A 
e B são isótonos. Sabendo que o átomo A tem vinte 
prótons e número de massa 41, e que o átomo C tem 
22 nêutrons, os números quânticos do elétron mais 
energético do átomo 8 são: 

a) n = 3; l = 0; m L = 2; s = — - 

b) n = 3; l = 2; m l = 0; s = — — 

c) n = 3; L = 2; m l = —2; s = — 

d) n = 3; l = 2; m L = — 1 ; s = + -y 

98 (UMC-SP) Um átomo neutro de nitrogênio ao ganhar 3 
elétrons adquire a configuração eletrônica ’\s 1 2s 2 2p 6 . Este 
íon pode ser representado por: 

a) ? N 3+ b) 4 N 3 - c) 10 N 3+ d) 7 N 3 - e) 10 N 3 - 

Observação: O número atômico do nitrogênio é 7. 


99 (Ufac) Considere os seguintes elementos e seus respec- 
tivos números atômicos: 

I. K (Z = 1 9) 

II. Fe (Z = 26) 

III. Mg (Z = 12) 

IV. N (Z = 7) 

V. Cr (Z = 24) 

Dentre eles, apresentam elétrons no subnível d: 

a) I e II 

b) III, IV e V 

c) I, III e V 

d) somente a II 

e) II e V 

100 (UFPB) Um átomo X, de número de massa igual a 63 e 
número de nêutrons igual a 36, é isótono de um átomo 
Y, de número de massa 64 e isóbaro de um átomo Z 
que possui 34 nêutrons. Em relação a esses átomos, é 
correto afirmar que as configurações de X +2 , Y* 2 e Z +2 
são, respectivamente, 

a) [Ar] 4s 3 3 d 8 ; [Ar] 4 s 2 3 d 5 e [Ar] 4s 2 3 d 6 

b) [Ar] 4 s 2 3 d 5 ; [Ar] 4 s 2 3 d 6 e [Ar] 4s 2 3 d 7 

c) [Ar] 3 d 5 4s 2 ; [Ar] 3 d 6 4 s 2 e [Ar] 3 d 9 4 s° 

d) [Ar] 3 d 7 ; [Ar] 3 d 8 e [Ar] 3 d 9 

e) [Ar] 4 s 2 3 d 5 ; [Ar] 4 s 2 3 d 6 e [Ar] 4s' 3 d 8 


Capítulo 4 • A evolução dos modelos atômicos 


109 



Capitulo 04-QF1-PNLEM 


109 


29/5/05, 18:32 



Tópicos do capítulo 


1 

2 


Histórico 

A Classificação Periódica 
moderna 


3 Configurações eletrônicas dos 
elementos ao longo da 
Classificação Periódica 

4 Propriedades periódicas e 
aperiódicas dos elementos 
químicos 


A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA 
DOS ELEMENTOS 



Leitura: Três famílias importantes 


Uma aula de natação todas as terças é um evento periódico. 


I 



I 


Apresentação do capítulo 


Nos calendários, os dias são agrupados de sete em sete, indicando as semanas. De modo 
geral, nossas atividades são organizadas segundo os dias da semana — de segunda a sexta- 
feira estudamos e trabalhamos, aos sábados vamos às compras ou buscamos algum lazer e 
aos domingos passeamos ou descansamos. Uma aula de natação todas as terças à noite, por 
exemplo, seria uma atividade periódica, pois se repetiria a cada sete dias, sempre na coluna 
da terça-feira. Assim, podemos prever que, em um determinado mês, iremos à natação nos 
dias 1, 8, 15, 22 e 29. Enfim, para todos nós, cada dia da semana tem suas características 
e propriedades especiais, que vão se repetindo periodicamente. 

A partir do século XIX, cientistas começaram a perceber que os elementos químicos, assim 
como os dias em um calendário, também poderiam ser agrupados em colunas, formadas pela 
reunião de elementos com propriedades semelhantes. É o que vamos abordar neste capítulo. 


Capitulo 05-QF1-PNLEM 110 29/5/05,19:08 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


HISTORICO 


O número de elementos químicos conhecidos pelo homem aumentou com o passar dos séculos e 
aumentou bastante particularmente a partir do século XIX, como podemos ver pelo gráfico e pela 
tabela dados abaixo: 



Até o final 
do século 

Número de elementos 
químicos conhecidos 

XVII 

14 

XVIII 

33 

XIX 

83 

XX 

112 


(Veja a lista completa dos ele- 
mentos químicos, no início do li- 
vro, após o sumário.) 


Elementos conhecidos antes de 1 650: 

Ag, As, Au, C, Cu, Fe, Hg, Pb, S, Sb, Sn 

O grande aumento do número de elementos químicos no século XIX obrigou os cientistas a imagi- 
narem gráficos, tabelas ou classificações em que todos os elementos ficassem reunidos em grupos com 
propriedades semelhantes. 

Em 1817, o cientista alemão Johann W. Dõbereiner agrupou alguns elementos em tríadas, que 
eram grupos de três elementos com propriedades semelhantes. Por exemplo: 
lítio (Li) — sódio (Na) — potássio (K) 
cloro (Cl) — bromo (Br) — iodo (I) 

Em 1 862, o cientista francês Alexander B. de Chancourtois imaginou o agru- 
pamento dos elementos químicos sobre um parafuso, na ordem de suas massas 
atômicas. Desse modo, ao passarmos por uma certa vertical, encontraremos 
elementos com propriedades semelhantes. Essa arrumação foi denominada pa- 
rafuso telúrico de De Chancourtois. 

Em 1864, o cientista inglês John A. R. Newlands colocou os elementos químicos em ordem cres- 
cente de massas atômicas e verificou que as propriedades se repetiam a cada oito elementos (excluin- 
do-se o hidrogênio), como as notas numa escala musical. Sendo Newlands também músico, essa regra 
passou a ser conhecida como lei das oitavas de Newlands. 



Li 

Be 

B 

C 

N 

O 

F 

Na 

Mg 

Aí 

Si 

P 

s 

Cí 

O 

© 

© 

© 

© 

© 

© 



Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 


111 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


111 


29/5/05, 19:08 


J. GÓMEZ DE SALAZAR/CID 



Em 1 869, trabalhando independentemente, dois cientistas — Julius L. Meyer, na Alemanha (basean- 
do-se principalmente em propriedades físicas), e Dimitri I. Mendeleyev, na Rússia (baseando-se princi- 
palmente em propriedades químicas) — propuseram tabelas semelhantes para a classificação dos ele- 
mentos químicos. 

O trabalho de Mendeleyev foi porém mais meticuloso: ele anotava as propriedades dos elementos 
químicos em cartões; pregava esses cartões na parede de seu laboratório; mudava as posições dos 
cartões até obter uma seqüência de elementos em que se destacasse a semelhança das propriedades. 
Foi com esse quebra-cabeça que Mendeleyev chegou à primeira tabela periódica, verificando então que 
havia uma periodicidade das propriedades quando os elementos químicos eram colocados em ordem 
crescente de suas massas atômicas. Em uma de suas primeiras tabelas, Mendeleyev colocou os ele- 
mentos químicos conhecidos (cerca de 60, na época) em 12 linhas horizontais, em ordem crescente 
de massas atômicas, tomando o cuidado de colocar na mesma vertical os elementos de proprieda- 
des químicas semelhantes. Surgiu, então, a seguinte tabela: 


Grupo 1 Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V Grupo VI Grupo VII Grupo VIII 

Série * * > * > A > * > * * . A > , * 


1 


H 

1 















Li 


Be 


B 


C 


N 


O 


F 





7 


9,4 


11 


12 


14 


16 


19 






Na 


Mg 


Aí 


Si 


P 


S 


Cí 





23 


24 


27,3 


28 


31 


32 


35,5 




K 


Ca 


? 


Ti 


V 


Cr 


Mn 


Fe-56 

Co-59 


39 


40 


44 


48 


51 


52 


55 


Ni-59 




Cu 


Zn 


? 


? 


As 


Se 


Br 



3 


63 


65 


68 


72 


75 


78 


80 




Rb 


Sr 


? 


Zr 


Nb 


Mo 


? 


Ru-104 

Rh-104 


85 


87 


88 


90 


94 


96 


100 


Pd-106 




Ag 


Cd 


In 


Sn 


Sb 


Te 


1 





108 


112 


113 


118 


122 


128 


127 



8 

Cs 


Ba 


? 


? 










133 


137 


138 


140 










9 
















10 



? 


? 


Ta 


W 






Os-195 

lr-197 



178 


180 


182 


184 






Pt-1 98 


11 


Au 


Hg 


Tí 


Pb 


Bi 








199 


200 


204 


207 


208 







12 







Th 






u 










231 






240 





Duas grandes ousadias de Mendeleyev provaram sua grande intuição científica: 

• Veja o final da linha (série) de número 7. Na seqüência das massas atômicas, o I (1 27) deveria vir 
antes do Te (128). No entanto, Mendeleyev, desrespeitando seu próprio critério de ordenação, 
inverteu as posições de ambos, de modo que o I (127) viesse a ficar embaixo (na mesma 
coluna) dos elementos com propriedades se- 
melhantes a ele — o Cí (35,5) e o Br (80). 

Para se justificar, Mendeleyev alegou que as 
medições das massas atômicas, na época, es- 
tavam erradas. Hoje sabemos que a ordem 
Te — > I é a correta, como veremos adiante. 

• Outro grande tento de Mendeleyev foi dei- 
xar certas "casas" vazias na tabela; veja como 
exemplos: 

— na linha (série) número 4, Ca (40) — > "casa" 
vazia — > Ti (48), para que o Ti fique abaixo 
do C, com o qual se assemelha; 


Dimitri Ivanovitch Mendeleyev 


Nasceu em Tobolsk, na Rússia, em 1 834. For- 
mou-se em Química em São Petersburgo 
e trabalhou na Alemanha, na França e 
nos Estados Unidos. Estudou as proprie- 
dades do petróleo, dos gases, das so- 
luções e dos explosivos. Sua maior con- 
tribuição para a ciência foi a Classifica- 
ção Periódica dos elementos. Em sua 
homenagem foi dado o nome de men- 
delévio ao elemento químico de número 
atômico 1 01 . Faleceu em São Petersburgo, em 1 907. 



112 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


112 


29/5/05, 19:08 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


— na linha (série) número 5, Zn (65) — > "casa" vazia — > "casa" vazia — > As (75), para que o As 
fique abaixo do P, com o qual se assemelha. 

A justificativa de Mendeleyev foi de que no futuro seriam descobertos novos elementos que preen- 
cheriam esses lugares vazios. De fato, a História provou que ele estava certo: em 1 875 foi descoberto o 
gálio (68); em 1879, o escândio (44); e em 1886, o germânio (72). 

Mendeleyev foi além: conseguiu prever com grande precisão as propriedades do escândio e do 
germânio alguns anos antes de esses elementos serem descobertos. Assim, por exemplo, temos para 
o germânio (Ge): 



Previsões de Mendeleyev 

Dados atuais (obtidos na prática) 

Massa atômica 

72 

72,6 

Cor 

cinza 

cinza 

Densidade (g/cm 3 ) 

5,5 

5,32 

Fórmula do óxido 

Ce0 2 

Ge0 2 

Densidade do óxido (g/cm 3 ) 

4,7 

4,23 


Resumindo as conclusões de Mendeleyev, podemos dizer que ele estabeleceu a chamada lei da 

periodicidade: 


Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na 
seqüência de suas massas atômicas. 


Na seqüência dos dados históricos que mostramos (desde Dõbereiner até Mendeleyev) e na desco- 
berta de vários novos elementos químicos, você pode perceber como a evolução da ciência é gradativa, 
exigindo muito esforço dos cientistas para irem reunindo e complementando novas descobertas, novos 
conhecimentos e novas idéias, a fim de tirar conclusões que possam explicar a natureza de maneira cada 
vez mais geral e abrangente. (Note, por exemplo, que a tabela de Mendeleyev engloba as tríadas de 
Dõbereiner, o parafuso de De Chancourtois e as oitavas de Newlands.) 



A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA MODERNA 


Além de ser mais completa que a tabela de Mendeleyev, a Classificação Periódica moderna apre- 
senta os elementos químicos dispostos em ordem crescente de números atômicos. De fato, em 1 91 3, 
Henry G. J. Moseley estabeleceu o conceito de número atômico, verificando que esse valor caracteriza- 
va melhor um elemento químico do que sua massa atômica (assim desapareceram, inclusive, as "inver- 
sões" da tabela de Mendeleyev, como no caso do iodo e do telúrio). 

A partir daí a lei da periodicidade ganhou um novo enunciado: 


Muitas propriedades físicas e químicas dos elementos variam periodicamente na 
seqüência de seus números atômicos. 


Atualmente, a apresentação mais comum da Classificação Periódica é a mostrada na página se- 
guinte, onde cada elemento ocupa um quadradinho ou "casa" da tabela. (Preferimos apresentar a 
tabela apenas até o elemento de número atômico 111 — roentgênio; símbolo: Rg — , que é o último 
elemento com nome oficial. Foi anunciado pela lupac em I a de novembro de 2004.) 


Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 113 

A 


Capitulo 05-QF1-PNLEM 


113 


29/5/05, 19:08 




CLASSIFICAÇAO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 

(com massas atômicas referidas ao isótopo 12 do carbono) 


CO < 

T- CO 


^ 2 

"XS 

10 í\ 

Ne 

20,18 

l n 

CO *3 OS 

< x 

ro 

- _ o 

o M CO 
ro Sy ro" 

mtm co 

O) ” 

Ln X 5 

C ^ 
“Q/S 

onjH 

OINQ3N 

oiNgoav 

OINQldRD 

j OINQN3X 

OINQava ; 






S 



í^coco^ 1 

/-J CO CO CO i — 

V «N«0»«0« 

- 

^ f^i co co c*j co co *— 

1 

IA 

1 

H 

1,008 

3 

Li 

6,941 

rs 

Z 

o 

o 

ro' 

rM 

19 

K 

39,10 

37 

Rb 

85,47 

55 

Cs 

cn 

CN 

ro 

^ ^ rO 

«u- a 


oiNiDoaaiH 

oiip 


oiaçs 


oissyiod J 

oiajana J 

OISpD 


ODNVdd 


A 


01N3W333 OQ 3WON 


f As massas atômicas indicadas entre parênteses são relativas à do isótopo mais estável. 


114 



29/5/05, 19:08 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


2.1. Períodos 

As sete linhas horizontais, que aparecem na tabela da página anterior, são denominadas períodos. 
Devemos notar que: 


I a período (1) 

Muito curto 

Tem 2 elementos 

H e He 

2 a período (II) 

Curto 

Tem 8 elementos 

Do Li ao Ne 

3 a período (III) 

Curto 

Tem 8 elementos 

Do Na ao Ar 

4 a período (IV) 

Longo 

Tem 1 8 elementos 

Do K ao Kr 

5 a período (V) 

Longo 

Tem 1 8 elementos 

Do Rb ao Xe 

6 a período (VI) 

Superlongo 

Tem 32 elementos 

Do Cs ao Rn 

7 a período (VII) 

Incompleto 

Tem 24 elementos 

Do Fr ao Ds 


É importante notar também que: 

• No 6 ° período, a terceira "casa" contém 1 5 elementos (do lantânio ao lutécio), que por comodi- 
dade estão indicados numa linha fora e abaixo da tabela; começando com o lantânio, esses 
elementos formam a chamada série dos lantanídios. 

• Analogamente, no 7 ° período, a terceira "casa" também contém 1 5 elementos químicos (do 
actínio até o laurêncio), que estão indicados na segunda linha fora e abaixo da tabela; começan- 
do com o actínio, eles formam a série dos actinídios. 


2.2. Colunas, grupos ou famílias 

As dezoito linhas verticais que aparecem na tabela são denominadas colunas, grupos ou famílias 
de elementos. Devemos assinalar que algumas famílias têm nomes especiais, a saber: 


Número 
da coluna 

Elementos 

Nome da família 

1A(1) 

Li, Na, K, Rb, Cs, Fr 

Metais alcalinos (do árabe alcali, "cinza de plantas") 

2A (2) 

Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra 

Metais alcalino-terrosos (o termo "terroso" refere-se a "existir na terra") 

6A (1 6) 

O, S, Se, Te, Po 

Calcogênios ("formadores de cobre", pois minérios de cobre contêm oxigênio ou enxofre) 

7AÇI7) 

F, CL, Br, 1, At 

Halogênios ("formadores de sais") 

8A (1 8) 

He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn 

Gases nobres (ou raros, ou inertes) 


johnny hart 



"HALOôÊNIO" 


"FORMA DE CUMPRIMENTAR 
PESSOAS MUITO INTELIGENTES" 


É ainda importante considerar os seguintes aspectos: 

• O hidrogênio (H-1), embora apareça na coluna IA, não é um metal alcalino. Aliás, o hidrogênio 
é tão diferente de todos os demais elementos químicos que, em algumas classificações, prefere- 
se colocá-lo fora da Tabela Periódica. 


Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 115 

A 


Capitulo 05-QF1-PNLEM 


115 


29/5/05, 19:08 


TRIBUNE MEDIA/INTERCONTINENTAL PRESS 


• O alumínio (Al-1 3) é chamado freqüentemente de metal terroso, pois é um constituinte encon- 
trado na terra e no barro comum. Essa designação se estende, às vezes, aos demais elementos da 
coluna 3A (Ga, In, Tl). 

• Quando a família não tem nome especial, é costume chamá-la pelo nome do primeiro elemento 
que nela aparece; por exemplo, os da coluna 5A são chamados de elementos da família ou do 
grupo do nitrogênio. 

• As colunas A são as mais importantes da tabela. Seus elementos são denominados elementos 
típicos, ou característicos, ou representativos da Classificação Periódica. Em cada coluna A, a 
semelhança de propriedades químicas entre os elementos é máxima. 

• Os elementos das colunas 3B, 4B, 5B, 6B, 7 B, 8B, 1 B e 2B constituem os chamados elementos de 
transição. Note que, em particular, a coluna 8B é uma coluna tripla. 


Elementos representativos 



• Outra separação importante, existente na Classificação Periódica, é a que divide os elementos em 
metais, não-metais (ou ametais), semimetais e gases nobres, como podemos ver a seguir. 

IA 8A 



Série dos lantanídios 

Metais 


Série dos actinídios 

Metais 


Os metais são elementos sólidos (exceto o mercúrio), em geral duros, com brilho característico — 
denominado brilho metálico — , densos, de pontos de fusão e de ebulição altos, bons condutores de 
calor e de eletricidade, maleáveis (podem ser transformados em lâminas finas), dúcteis (podem ser 
transformados em fios finos) e que formam íons positivos (cátions). 

Os não-metais têm propriedades completamente opostas. 

Os semimetais têm propriedades intermediárias entre os metais e os não-metais. Os gases no- 
bres, ou gases raros, têm comportamento químico específico. 

Como podemos notar, dos 1 1 1 elementos considerados na tabela da página 1 14, o número de 
metais (86) supera bastante o número de não-metais (1 1), semimetais (7) e gases nobres (6). Como 
já dissemos, o hidrogênio, devido às suas propriedades muito especiais, deve ser deixado fora dessa 
classificação. 

116 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 






Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Na tabela atual existem elementos naturais e elementos artificiais. Naturais são os que existem na 
natureza; ao contrário, os artificiais devem ser produzidos em laboratórios especializados. Dos 
artificiais, dois estão situados, na Tabela Periódica, antes do urânio (U-92) e, por isso, são chama- 
dos de elementos cisurânicos, que são o tecnécio (Tc-43) e o promécio (Pm-61). Os outros 
artificiais vêm depois do urânio e são chamados de transurânicos. 


2.3. Os nomes dos elementos químicos 

Os nomes dos elementos químicos conhecidos desde a Antigüidade foram dados arbitrariamente e 
variam de uma língua para outra. Por exemplo: 

• Fe - ferro - iron (inglês); eisen (alemão); 

• Cu - cobre - copper (inglês); rame (italiano); 

• Pb - chumbo - lead (inglês); plomb (francês); 

• S - enxofre - sulphur (inglês); azufre (espanhol). 

A partir do século XVIII, acentuou-se a freqüência das descobertas de novos elementos químicos. O 
próprio cientista que produzia o novo elemento lhe dava nome. Em geral, esse nome lembrava uma proprie- 
dade do elemento ou a região de onde o elemento provinha. Como a comunicação entre os químicos havia 
se tornado mais eficiente, esses nomes foram sendo adotados internacionalmente. Por exemplo: 

• Mg - magnésio: alusão à Magnésia, região da Grécia com minério de magnésio (isolado em 
1808, por Humphry Davy, Inglaterra); 

• Aí - alumínio: do latim alúmen, sal de alumínio (1825; Oersted; Dinamarca); 

• Br - bromo: do grego bromos, mau cheiro (1826; Balard; França); 

• Rb - rubídio: do latim rubidium, cor vermelho-escuro (1861; Bunsen; Alemanha); 

• He - hélio: do grego hélios, Sol, por ter sido descoberto a partir do espectro da luz solar (1 895; 
Ramsay; Inglaterra); 

• Po - polônio: alusão à Polônia, terra natal de Marie Curie (1 898; Marie Curie; França). 

No século XX, quando começou a produção artificial dos elementos transurânicos, foram dados 
inicialmente nomes lembrando planetas — netúnio (Np-93) e plutônio (Pu-94), porque vinham de- 
pois do urânio (U-92). Posteriormente, foram dados nomes a outros elementos, lembrando um con- 
tinente (amerício, Am-95), um estado norte-americano (califórnio, Cf-98), uma universidade (berkélio, 
Bk-97) e cientistas — cúrio (Cm-96), einstênio (Es-99), férmio (Fm-1 00), mendelévio (Md-1 01 ), nobélio 
(No-102) e laurêncio (Lr-103). 

Em 1997, a IUPAC* aprovou os seguintes nomes aportuguesados no Brasil (entre parênteses a 
homenagem correspondente): 

• 1 04 - Rf - rutherfórdio (Ernest Rutherford); 

• 1 05 - Db - dúbnio (laboratório de Dubna, na Rússia); 

• 1 06 - Sg - seabórgio (Glenn Theodore Seaborg); 

• 1 07 - Bh - bóhrio (Niels H. D. Bohr); 

• 1 08 - Hs - hássio (província de Hasse, na Alemanha); 

• 1 09 - Mt - meitnério (Lise Meitner); 

• 1 1 0 - Ds - darmstácio (Cidade de Darmstadt, na Alemanha). 

Em 2004, foi confirmada a produção do elemento 111: 

• 1 1 1 - Rg - roentgênio (Wilhelm Rõntgen). 


* IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry — União Internacional de Química Pura e Aplicada) é uma organização 
científica internacional e não-governamental integrada por uma série de comitês e comissões que fazem recomendações sobre a no- 
menclatura e símbolos que devem ser usados em publicações técnicas e científicas. 

Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 117 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


117 


29/5/05, 19:08 



A IUPAC criou também regras para se darem nomes e símbolos provisórios aos elementos de 
número atômico superior a 1 00, até se chegar a um consenso sobre os nomes definitivos. São emprega- 
dos prefixos latinos e gregos para designar os algarismos, como indicamos abaixo: 


0 

1 

2 

3 

4 

5 

6 

7 

8 

9 

nil 

un 

bi 

tri 

quad 

pent 

hex 

sept 

oct 

enn 


Com esses prefixos, partindo do número atômico do elemento, monta-se o nome respectivo (dan- 
do-lhe terminação latina); e, do nome, tira-se o símbolo correspondente. Por exemplo: 


Tomando o número 
atômico do elemento 

pensamos em 
seus algarismos 

construímos o seu nome 
(sem os hifens) 

e temos o símbolo 
correspondente 

101 

um - zero - um 

un - nil - unium 

Unu 

102 

um - zero - dois 

un - nil - bium 

Unb 

103 

um - zero - três 

un - nil - trium 

Unt 

104 

um - zero - quatro 

un - nil - quadrium 

Unq 


Visando à simplificação, não incluímos esse tipo de nomenclatura em nossa tabela da página 1 1 4. 


■nVTfXYSV Responda em 
iÜi seu caderno 

a) As tentativas de organizar os elementos químicos sempre procuraram agrupá-los de 
que modo? 

b) Que ordem Mendeleyev seguiu, em uma de suas primeiras tabelas, para colocar os 
elementos químicos? Como ficou estabelecida essa ordem na Tabela Periódica atual? 

c) O que são períodos? 

d) O que são grupos ou famílias? 

e) Onde, na Tabela Periódica, se localizam os elementos químicos com propriedades 
semelhantes? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


1 (UFPA) Um átomo, cujo número atômico é 1 8, está clas- 
sificado na Tabela Periódica como: 

a) metal alcalino 

b) metal alcalino-terroso 

c) metal terroso 

d) ametal 

e) gás nobre 

2 (Ufac) O número atômico do elemento que se encontra 
no período III, família 3A é: 

a) 10 c) 23 e) 31 

b) 1 2 d) 1 3 

3 (Ufam-AM) Na classificação periódica, os elementos Ba 
(grupo 2), Se (grupo 16) e Cl (grupo 1 7) são conheci- 
dos, respectivamente, como: 

a) alcalino, halogênio e calcogênio 

b) alcalino-terroso, halogênio e calcogênio 

c) alcalino-terroso, calcogênio e halogênio 

d) alcalino, halogênio e gás nobre 

e) alcalino-terroso, calcogênio e gás nobre 

4 (UVA-CE) O césio 1 37, causa da tragédia de Goiânia em 
1 987, é isótopo do '“Cs. Em relação à Tabela Periódica, 
o césio pertence à família dos: 

118 


a) alcalinos c) halogênios 

b) alcalinos terrosos d) gases nobres 

5 (Ufac) Ferro (Z = 26), manganês (Z = 25) e cromo 
(Z = 24) são: 

a) metais alcalinos 

b) metais alcalinos-terrosos 

c) elementos de transição 

d) lantanídios 

e) calcogênios 

6 (U. F. Santa Maria-RS) Entre os pares de elementos quí- 
micos, o par que reúne elementos com propriedades 
químicas mais semelhantes é 

a) Na e K c) Ca e Cu e) H e I 

b) Cl e Ar d) F e Ba 

7 (F. Ibero-Americana-SP) O grupo da Tabela Periódica que 
se caracteriza por apresentar predominância de elemen- 
tos artificiais é o dos: 

a) lantanídios 

b) gases nobres 

c) metais de transição 

d) metais alcalino-terrosos 

e) actinídios 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


118 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




8 (Cesgranrio-R|) Dados os elementos de números atômi- 
cos 3, 9, 1 1, 1 2, 20, 37, 38, 47, 55, 56 e 75, a opção que 
só contém metais alcalinos é: 

a) 3, 11, 37 e 55 

b) 3, 9, 37 e 55 

c) 9, 11, 38 e 55 

d) 12, 20, 38 e 56 

e) 12, 37, 47 e 75 

9 (Uerj) Um dos elementos químicos que tem se mostrado 
muito eficiente no combate ao câncer de próstata é o 
selênio (Se). 

Com base na Tabela de Classificação Periódica dos Ele- 
mentos, os símbolos de elementos com propriedades quí- 
micas semelhantes ao selênio são: 

a) Cl, Br, I b) Te, S, Po c) P, As, Sb d) As, Br, Kr 

10 (Faap-SP) Das alternativas indicadas a seguir, qual é cons- 
tituída por elementos da Tabela Periódica com caracte- 
rísticas químicas distintas? 


a) He, Ne, Ar d) F, Cl, Br 

b) Mg, Ca, Sr e) Li, Na, K 

c) Li, Be, B 

11 (U. F. Santa Maria-RS) Um átomo neutro tem o número 
de massa igual a 40 e o número de nêutrons igual a 21 . 
Esse átomo corresponde ao: 

a) Zr d) Sc 

b) Pr e) Pm 

c) K 

12 (Univale-SC) O bromato de potássio, produto de aplica- 
ção controvertida na fabricação de pães, tem por fórmu- 
la KBr0 3 . Os elementos que o constituem, na ordem 
indicada na fórmula, são das famílias dos: 

a) alcalinos, halogênios e calcogênios. 

b) halogênios, calcogênios, alcalinos. 

c) calcogênios, halogênios, alcalinos. 

d) alcalino-terrosos, calcogênios, halogênios. 

e) alcalino-terrosos, halogênios, calcogênios. 



CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS DOS ELEMENTOS AO LONGO 
DA CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA 


Já vimos a distribuição dos elétrons nos elementos químicos segundo o diagrama de Pauling 
(página 101). Vamos agora relacionar essa distribuição com os períodos e colunas da Tabela Periódica. 

Caminhando horizontalmente ao longo dos sete períodos da Tabela, ao passarmos de uma 
"casa" para a seguinte, o número atômico aumenta de uma unidade. Esse acréscimo indica que a 
eletrosfera está recebendo um novo elétron — é o chamado elétron de diferenciação. Desse modo, 
teremos as distribuições eletrônicas ao longo dos dois primeiros períodos da Tabela Periódica, de 
acordo com o seguinte quadro: 


Período 

Elemento 

Símbolo 

Número atômico 
(= número total elétrons) 

Distribuição eletrônica 

por camadas 

por subníveis 

K 

L 

, 


Hidrogênio 

H 

1 

1 


Is 1 

Hélio 

He 

2 

2 


Is 2 

2 a • 


Lítio 

Li 

3 

2 

1 

1 s 2 2s' 

Berílio 

Be 

4 

2 

2 

1 s 2 2s 2 

Boro 

B 

5 

2 

3 

1 s 2 2s 2 2 p' 

Carbono 

C 

6 

2 

4 

1 s 2 2s 2 2 p 2 

Nitrogênio 

N 

7 

2 

5 

1 s 2 2s 2 2p 3 

Oxigênio 

O 

8 

2 

6 

1 s 2 2s 2 2p 4 

Flúor 

F 

9 

2 

7 

1 s 2 2s 2 2 p 5 

Neônio 

Ne 

10 

2 

8 

1 s 2 2s 2 2 p 6 


(A continuação desta tabela encontra-se em "Tabelas Auxiliares", ao final do livro.) 


Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 119 

A 


Capitulo 05-QF1-PNLEM 


119 


29/5/05, 19:09 




A 


Prosseguindo pela Tabela Periódica, mostramos a seguir a entrada dos sucessivos elétrons de dife- 
renciação no último subnível eletrônico de cada elemento: 

IA 8A 


Is 1 

2A 


3A 4A 5A 6A 7A 

Is 2 

2s' 

2 s 2 

3B 4B 5B 6B 7B * — 8B — v 1B 2B 

2 P' 

2 P 2 

2p 3 

2 P 4 

2 P 5 

2p 6 

3s 1 

3 s 2 

3 P' 

3p 2 

3 P 3 

3p 4 

3p 5 

3p 6 

4 s 1 

4 s 2 

3 d' 

3 d 2 

3 d 3 

3c/ 4 

3 d 5 

3c/ 6 

3 d 7 

3c/ 8 

3c/ 9 

3 d'° 

4p' 

4p 2 

4p 3 

4p 4 

4p 5 

4p 6 

5s 1 

5s' 

4 d' 

4 d 2 

4 c/ 3 

4 d 4 

4 d 5 

4 d 6 

4ci 7 

4c/ 8 

4c/ 9 

4 d’° 

5p' 

5p 2 

5p 3 

5p 4 

5p 5 

5p 6 

6 s 1 

6 s 2 

4 f. 

5 d 2 

5c/ 3 

5 d 4 

5c/ 5 

5c/ 6 

5 d 7 

5c/ 8 

5c/ 9 

5d'° 

6 p 1 

6 p 2 

6 p 3 

6p 4 

6 p 5 

6p 6 

7s' 

7 s 2 

5 f 

6 d 2 

6 d 3 

6c/ 4 

6 d 5 

6 cí 6 

6 d 7 

6c/ 8 

6c/ 9 

6 d'° 



c 



4f 1 

4 r- 

4 / 3 

4 f 4 

4/ 5 

4f 6 

4/ 7 

4/ 8 

4í 9 

4í 10 

4/" 

4/' 2 

4/ 13 

4/ 14 

5c/ 1 





5 f' 

5 f 2 

5/ 3 

5 r 

5 f 5 

5/ 6 

5/ 7 

5/ 8 

5/ 9 

5/’° 

5/ 11 

5/ 12 

5f 13 

5/ 14 

6c/' 


Note que nesta Tabela há quatro regiões distintas de preenchimento dos subníveis eletrônicos: 

• na região azul, os elétrons entram em subníveis s; 

• na região verde, os elétrons entram em subníveis p ; 

• na região amarela, os elétrons entram em subníveis d ; 

• na região rosa, os elétrons entram em subníveis f. 

É muito importante notar que: 

• Os 7 períodos da Tabela Periódica correspondem às 7 camadas ou níveis eletrônicos dos áto- 
mos. Desse modo, exemplificando, o ferro (Fe-26) está no 4 a período, e por isso já sabemos que 
seu átomo possui 4 camadas eletrônicas ( K , L, M, N). 

• Nas colunas A, o número de elétrons na última camada eletrônica é igual ao próprio núme- 
ro da coluna. Por exemplo, o nitrogênio está na coluna 5A e, portanto, sua última camada 
eletrônica tem 5 elétrons (s 2 p 3 ). É por esse motivo que os elementos de uma mesma coluna A 
têm propriedades químicas muito semelhantes, o que justifica o fato de tais elementos (em azul 
ou em verde, na tabela anterior) serem chamados de elementos típicos, característicos ou repre- 
sentativos da Classificação Periódica. 

• Nas colunas B, o número de elétrons na última camada permanece, em geral, igual a 2. Agora é 
a penúltima camada que vai recebendo os sucessivos elétrons, como acontece com os elemen- 
tos de transição (parte amarela da tabela anterior); ou então é a antepenúltima camada, como 
acontece com os lantanídios e actinídios (parte rosa da tabela anterior), que por essa razão são 
chamados de elementos de transição interna. Devemos porém avisar que, nas colunas B, apare- 
cem algumas irregularidades na distribuição eletrônica dos elementos, cuja explicação foge ao 
objetivo do nosso curso. 

• Há um modo abreviado de representar a distribuição eletrônica de um elemento químico: se- 
guindo a Tabela Periódica, escrevemos o símbolo do último gás nobre que aparece antes do 
elemento (isto é, do gás nobre do período "de cima"); em seguida, representamos apenas os 
elétrons que o elemento tiver a mais em relação a esse gás nobre. Nos exemplos seguintes, 
damos as distribuições eletrônicas dos três primeiros elementos da coluna 4A (C, Si, Ge), primei- 
ramente na forma completa e depois na forma abreviada. 

C (Z = 6): 1 s 2 2s 2 2 p 2 C (Z = 6): [He] 2s 2 2 p 2 

I — ►hélio: [He] 


Si (Z = 1 4): 1 s 2 2s 2 2p 6 3 s 2 3 p 2 Si (Z 

I — ► neônio: [Ne] 


14): [Ne] 3s 2 3 p 2 


120 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


120 


29/5/05, 19:09 


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Ge (Z = 32): 1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3 p 6 4 s 2 3 d 10 4 p 2 Ge (Z = 32): [Ar] 4s 2 3 d 10 4p 2 


argônio: [Ar] 


• Quando um elemento ganha 1, 2, 3... elétrons e se transforma num íon negativo (ânion), sua 
configuração eletrônica é semelhante à de outro elemento situado 1, 2, 3... "casas" à frente na 
Tabela Periódica. Ao contrário, quando um elemento perde 1, 2, 3... elétrons e se transforma 
num íon positivo (cátion), sua configuração eletrônica torna-se semelhante à de outro elemento 
situado 1, 2, 3... "casas" para trás na Tabela Periódica. Átomos e íons com o mesmo número de 
elétrons na eletrosfera são chamados isoeletrônicos e são, pois, "vizinhos" na Classificação Periódica. 

■nVTníYSV Responda em 
UU4 seu caderno 

a) O que indica o período onde o elemento químico está situado? 

b) Em quais subníveis os elétrons de diferenciação dos elementos representativos são 
adicionados? 

c) Nos metais de transição, em qual subnível o último elétron entra? E nos metais de 
transição interna? 

d) O que são átomos ou íons isoeletrônicos? 



EXERCÍCIOS 



7~z — : 

Registre as respostas 

em seu caderno 


Exercício resolvido 

1 3 (Ueba) Um átomo apresenta normalmente 2 elétrons 
na primeira camada, 8 elétrons na segunda, 18 elé- 
trons na terceira camada e 7 na quarta camada. A 
família e o período em que se encontra esse elemen- 
to são, respectivamente: 

a) família dos halogênios, sétimo período 

b) família do carbono, quarto período 

c) família dos halogênios, quarto período 

d) família dos calcogênios, quarto período 

e) família dos calcogênios, sétimo período 

Resolução 


a) 4s 2 e 4 a período. 

b) 4s 2 e 5 a período. 

c) 3 d 3 e 4 a período. 

d) 3 d 3 e 5 a período. 

e) 4p 3 e 4 a período. 

16 (Mackenzie-SP) Uma distribuição eletrônica possível para 
um elemento X, que pertence à mesma família do ele- 
mento bromo, cujo número atômico é igual a 35, é: 

a) 1 s 2 , 2s 2 , 2 p 5 

b) 1 s 2 , 2s 2 , 2p 6 , 3s 2 , 3 p 1 

c) 1 s 2 , 2s 2 , 2 p 2 

d) 1 s 2 , 2s 2 , 2p 6 , 3s' 

e) 1 s 2 , 2s 2 , 2 p 6 , 3 s 2 , 3 p 6 , 4 s 2 , 3 d 5 


Tendo quatro camadas eletrônicas, o elemento será 
do 4 a período. Com 7 elétrons na quarta camada, 
o elemento estará na coluna 7A. Trata-se, pois, do 
halogênio situado no quarto período. 

Alternativa c 

Outra resolução possível é somar o número total de 
elétrons: 2 + 8 + 18 + 7 = 35. Procurando na Tabe- 
la Periódica, encontramos o bromo (número atômi- 
co 35), que é o halogênio do quarto período. 


14 (U. F. Santa Maria-RS) Um elemento neutro possui configu- 
ração eletrônica 1 s 2 2S 2 2 p 6 3 s 2 3 p 5 . Esse elemento é um: 

a) metal alcalino terroso. 

b) halogênio. 

c) metal do primeiro período de transição. 

d) gás nobre. 

e) elemento do grupo do nitrogênio. 

1 5 (Uniceub-DF) O aço tem como um dos componentes que 
lhe dá resistência e ductibilidade o elemento vanádio; 
sobre o vanádio podemos afirmar que seu subnível mais 
energético e seu período são, respectivamente: 

(Dado: 23 V.) 


Exercício resolvido 

17 Qual é a estrutura eletrônica do enxofre (Z = 16), 
por níveis e subníveis eletrônicos? Qual a posição 
desse elemento na Classificação Periódica? 


Resolução 


De acordo com o diagrama de Pauling (página 1 01 ), 
temos: 


Por subníveis: 


1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 4 


S(Z 


16 ) 


■ Por camadas ou 


subníveis eletrônicos: 


2 , 8 , 6 


Tendo 3 camadas eletrônicas, podemos concluir que 
o enxofre pertence ao 3 a período da Classificação 
Periódica; sendo o último subnível do tipo p e estan- 
do ele incompleto, concluímos que o enxofre está 
localizado na região p da tabela; havendo 6 elétrons 
na última camada, concluímos também que o en- 
xofre está na coluna 6A (calcogênio) da Classifica- 
ção Periódica. 


Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 


121 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


121 


29/5/05, 19:09 





18 (Unisinos-RS) Temos, abaixo, as configurações eletrôni- 
cas de alguns elementos no estado fundamental. A con- 
figuração eletrônica que corresponde a um gás nobre é: 

a) 1 s 2 2s 2 2p 6 3 s 2 3 p 6 d) 1 s 2 2 s 2 2 p 6 3s 2 3 p 6 4s 2 3 d 10 

b) 1 s 2 2s 2 2p 6 3S 2 3 p 6 4 s 2 e) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3S 2 3p 3 

c) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3p 2 

Exercício resolvido 

1 9 (FCV-SP) Um elemento químico A apresenta proprie- 
dades químicas semelhantes às do oxigênio. A pode 
ter configuração eletrônica: 

a) 1 s 2 2s 2 2 p 6 d) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 3 

b) 1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 e) 1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3 p 4 

c) ls 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p' 


a) calcogênios e alcalino-terrosos 

b) halogênios e alcalinos 

c) halogênios e alcalino-terrosos 

d) calcogênios e alcalinos 

Exercício resolvido 

23 (UFC-CE) O elemento com configuração eletrônica 
no estado fundamental [Ar]4s 2 3</ é o quarto mais 
abundante na crosta terrestre. Assinale a opção que 
corresponde ao nome desse elemento. 

a) magnésio d) níquel 

b) alumínio e) ferro 

c) oxigênio 


Resolução 

A configuração eletrônica do oxigênio (Z = 8) é 1 s 2 2S 2 
2 p 4 ; logo, sua última camada tem configuração s í p'. 
O elemento A, com propriedades químicas semelhan- 
tes às do oxigênio, deverá também terminar em s 2 p 4 . 

Alternativa e 


20 (Unisinos-RS) Entre as alternativas abaixo, indique aque- 
la que contém afirmações exclusivamente corretas sobre 
os elementos cujas configurações eletrônicas são apre- 
sentadas a seguir: 

Elemento Configuração eletrônica 
A Is 2 2s 2 2 p 6 3s’ 

B Is 2 2s 2 2p 4 

C Is 2 2s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 6 4s 2 

D Is 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 6 

E Is 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 5 

a) O elemento C é um gás nobre e o elemento 8 é um 
halogênio. 

b) Os elementos A e C situam-se, respectivamente, no 
terceiro e quarto períodos da Tabela Periódica. 

c) O elemento E é um calcogênio e situa-se no quinto 
período da Tabela Periódica. 

d) O elemento 6 é um halogênio do segundo período, 
enquanto o elemento D situa-se no sexto período da 
Tabela Periódica. 

e) O elemento A é um metal alcalino-terroso. 


Exercício resolvido 


21 


(Cesgranrio-Rj) Um átomo T apresenta menos 2 
prótons que um átomo Q. Com base nessa informa- 
ção, assinale a opção falsa. 


T 

a) gás nobre 

b) halogênio 

c) calcogênio 

d) enxofre 

e) bário 


Q 

alcalino-terroso 

alcalino 

gás nobre 

silício 

cério 


Resolução 


Do enunciado concluímos que, se Q tem x prótons, 
T terá (x - 2) prótons. Isto equivale a dizer que Q 
está duas "casas" à frente de T na Tabela Periódica. 
Assim, basta seguir a Tabela Periódica para verificar que 
a única opção incorreta (falsa) é a da alternativa d. 


22 (Uece) O elemento químico com Z = 54 possui em sua 
camada de valência a configuração 5s 2 5 p 6 . Os elemen- 
tos com Z = 52 e com Z = 56 pertencem às famílias dos: 


Resolução 

Pela tabela periódica, a distribuição eletrônica do 
argônio [Ar] é igual a 1 s 2 2s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 6 . O elemento 
desconhecido será a parte do [Ar], acrescida de 
4s 2 3 dt, como diz o enunciado da questão. Temos 
então, para o elemento desconhecido [Ar]4s 2 3i f , ou 
seja, Is 2 2 s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 6 4 s 2 3 d 6 . Somando os expo- 
entes (número de elétrons) obtemos 26, que é o nú- 
mero atômico do ferro. 

Alternativa e 


24 Escreva as configurações eletrônicas dos seguintes ele- 
mentos: 

a) enxofre (Z = 16), em função da configuração do 
neônio; 

b) ferro (Z = 26), em função da configuração do argônio; 

c) césio (Z = 55), em função da configuração do xenônio. 

Exercício resolvido 

25 Um elemento químico está na coluna 2A e seu áto- 
mo perde dois elétrons. A qual das colunas 
corresponderá a configuração eletrônica do íon for- 
mado? 

Resolução 

Na coluna 2A o elemento tem em sua última cama- 
da 2 elétrons — 2s 2 ou 3s 2 ou 4s 2 ...; genericamente 
diremos ns 2 , sendo n o número do período (ou da 
camada). Perdendo 2 elétrons, o elemento irá "re- 
troceder" 2 casas na Tabela Periódica, chegando as- 
sim à coluna 8A do período anterior (cujo número 
será n — 1). O íon formado terá, portanto, a confi- 
guração eletrônica do gás nobre situado na coluna 
8A e período n - 1 . 


26 (U. Católica de Salvador-BA) A espécie X 2 ~ com 8 elétrons 
na camada mais externa (camada da valência) pode ser do 
elemento X, que, na Tabela Periódica, pertence ao grupo: 

a) 7 A c) 2A e) 8A 

b) 6A d) 1 A 

27 (UFMG) Considerando as partículas constituintes do íon 
Mg 2+ e a posição do elemento no quadro periódico, pode- 
se afirmar que esse íon: 

a) tem a mesma configuração eletrônica que o átomo 
de argônio. 

b) tem um núcleo com 14 prótons. 

c) apresenta números iguais de prótons e elétrons. 

d) apresenta dois níveis completamente preenchidos. 


122 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 19:09 


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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



28 (UFRRJ) As vitaminas A, C e E possuem propriedades 
antioxidantes, por isso são importantes no combate aos 
radicais livres. A vitamina E, por exemplo, quando 
interage com selênio, origina uma potente ação inibidora 
desses radicais livres. Em relação ao selênio podemos 
afirmar que: 

a) se encontra no terceiro período da Tabela Periódica. 

b) possui quatro elétrons na camada mais externa. 

c) apresenta um acentuado caráter metálico. 

d) possui tendência de formar íons de carga positiva. 

e) apresenta seis elétrons na camada mais externa. 

29 (UFRCS-RS) Considerando a Classificação Periódica dos 
elementos, a afirmação correta é: 

a) O manganês é um metal e seu número atômico é 54,9. 

b) O bromo é semimetal e pertence à família dos 
halogênios. 

c) O criptônio é um gás nobre e seu número atômico é 1 9. 

d) O zinco é um metal que, no estado fundamental, apre- 
senta elétrons distribuídos em três camadas eletrônicas. 

e) O enxofre é um não-metal, com seis elétrons na últi- 
ma camada. 

30 (Unirio-RJ) "O coração artificial colocado em Elói come- 
çou a ser desenvolvido há quatro anos nos Estados Uni- 
dos e já é usado por cerca de 500 pessoas. O conjunto, 
chamado de Heartmate, é formado por três peças princi- 
pais. A mais importante é uma bolsa redonda com 1 ,2 qui- 
lo, 1 2 centímetros de diâmetro e 3 centímetros de espes- 
sura, feita de titânio — um metal branco-prateado, leve 
e resistente." 

Revista Veja, julho de 1999. 

Entre os metais abaixo, aquele que apresenta, na última 
camada, número de elétrons igual ao do titânio é o: 

a) C c) Ga e) Xe 

b) Na d) Mg 


31 (U. Católica Dom Bosco-MS) Um elemento que apre- 
senta nos últimos subníveis a configuração 4s 2 3 d 2 é um 
elemento: 

a) alcalino c) alcalino-terroso e) gás nobre 

b) de transição d) calcogênio 

32 (Ufac) A distribuição eletrônica de um átomo Y, no esta- 
do neutro, apresenta o subnível mais energético 4s\ Com 
relação a este átomo, pode-se afirmar que ele: 

I. Apresenta 1 elétron na camada de valência. 

II. Pertence à família periódica IVA. 

III. Pertence à família periódica IA, localizado no 4 a período. 

IV. E um elemento metálico. 

V. Possui número atômico 20. 

a) I e II estão corretas. d) III, IV e V estão corretas. 

b) I, II e V estão corretas. e) Todas estão corretas. 

c) I, III e IV estão corretas. 

33 (UFPA) Considere um determinado elemento químico cujo 
subnível mais energético é o 5s 2 . Seu número atômico e 
o grupo em que está localizado na Tabela Periódica são, 
respectivamente: 

a) 20; IA b) 20; 2A c) 38; 2A d) 38; IA e) 39; 2A 

34 (Mackenzie-SP) Espécies químicas simples que apresentam 
o mesmo número de elétrons são chamadas isoeletrônicas 
(números atômicos: Na = 11; Mg = 12; S = 1 6; Cí =1 7; 
Ar = 1 8; K = 1 9). Assim, entre Mg, Na + , Cl - , S, K + e Ar, 
são isoeletrônicas: 

a) CC e S c) Na + e Mg e) Na + e K + 

b) K + , Ar e CV d) Na + e CC 

35 (UVA-CE) Átomos do elemento Y, que apresentam a dis- 
tribuição eletrônica Is 2 , 2s 2 , 2p 6 , 3s 2 , 3 p 4 : 

a) têm número de massa igual a 1 6. 

b) formam o íon Y 2 . 

c) pertencem à família do carbono. 

d) apresentam cinco níveis de energia. 


_ PROPRIEDADES PERIÓDICAS E 
Q APERIÓDICAS DOS ELEMENTOS QUÍMICOS 


4.1. Introdução 


Objetos com perfis "periódicos" (isto é, repetitivos) são muito comuns: 



Em uma faca de cortar pão as ondulações se repetem. Em uma corrente os elos se repetem. 


Fatos que se repetem periodicamente são também comuns em nosso dia-a-dia. Alguns são fáceis de 
traduzir em um gráfico, como a variação da temperatura ambiente durante uma semana. 



Os dias são mais quentes (são os “picos” do gráfico) e as noites, mais frias (são 
os “vales” do gráfico). A tendência deste gráfico é repetir-se na semana seguinte. 


Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 


123 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


123 


29/5/05, 19:09 



A 


O mesmo acontece na Química. Por exemplo, fazendo-se o gráfico do número de elétrons na 
última camada eletrônica em função do número atômico do elemento, teremos, para os vinte primeiros 
elementos, o resultado abaixo: 



1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 1 1 12 1 3 14 1 5 1 6 1 7 1 8 19 20 

Número atômico 


A partir do que foi exposto, as seguintes observações são importantes: 

• nas colunas A da Tabela Periódica teremos um gráfico conforme o anterior; 

• nas colunas B da Tabela Periódica o gráfico será praticamente horizontal, pois esses elementos 
têm quase sempre 2 elétrons na última camada. 

Generalizando, podemos dizer que muitas propriedades dos elementos químicos variam periodi- 
camente ao longo da Tabela Periódica, sendo por isso chamadas propriedades periódicas. Como exem- 
plos, podemos citar o raio atômico, o volume atômico, a densidade absoluta, a temperatura de fusão e 
a de ebulição etc. Esse fato é expresso pela lei da periodicidade de Moseley, vista na página 1 1 3. 

Há, contudo, algumas propriedades cujos valores só aumentam com o número atômico, e outras 
cujos valores só diminuem. São as chamadas propriedades aperiódicas, das quais destacamos: 

• o número de massa sempre aumenta com o aumento do número atômico, conforme o gráfico 
seguinte: 



• o calor específico do elemento no estado sólido sempre diminui com o aumento do número 
atômico (calor específico é a quantidade de calor necessária para elevar dei °C a temperatura 
dei g do elemento). 

No entanto, as propriedades periódicas são mais comuns e importantes, de maneira que, daqui 
para diante, somente elas serão estudadas com mais detalhes. 


4.2. Raio atômico 


É difícil medir o raio de um átomo, pois a "nuvem de elétrons" que o 
circunda não tem limites bem definidos. Costuma-se então medir, com o auxí- 
lio de raios X, a distância ( d ) entre dois núcleos vizinhos e dizer que o raio 
atômico (r) é a metade dessa distância. De um modo mais completo, dizemos 
que o raio atômico (r) de um elemento é a metade da distância internuclear 
mínima (d) que dois átomos desse elemento podem apresentar, sem estarem 
ligados quimicamente. 



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Capitulo 05-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


O raio atômico dos elementos é uma propriedade periódica, pois seus valores variam periodica- 
mente (isto é, aumentam e diminuem seguidamente) com o aumento do número atômico. Observe o 
esquema abaixo, em que estão representados apenas os elementos das colunas A da Tabela Periódica. 


32 


u 

152 


186 


227 


248 

CS 

265 



Sentido de crescimento dos raios atômicos 



2A 

3A 

4A 

5A 

6A 

7A 

8A 

He 

Q 

50 


B 

C 

N 

O 

F 

Ne 

Be 

• 

9 

O 

O 

J 

Q 

112 

98 

91 

92 

73 

72 

70 

Mg 

160 

143 

Si 

132 

128 

0 

127 

a 

99 

Ar 

98 

197 

c. 

135 

Ce 

137 

A, 

139 

Se 

140 

B, 

114 

K, 

112 

s, 

215 

166 

Sn 

162 

SB 

159 

160 

Q 

133 

Xe 

131 

Be 

222 

n 

171 

PB 

175 

B, 

170 

PO 

164 

A, 

142 

R " 

140 


Raios atômicos medidos em picômetros (símbolo pm), que é um submúltiplo 
do metro (1 pm = 10~ 12 m). 


O mesmo fato está representado no gráfico abaixo. 



Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 

A 


125 


Capitulo 05-QF1-PNLEM 


125 


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A 


No esquema de Tabela Periódica ao lado, as setas indicam 
o sentido de crescimento dos raios atômicos. 

Note que, na vertical, os raios atômicos aumentam de 
cima para baixo porque os átomos têm, nesse sentido, um 
número crescente de camadas eletrônicas. Na horizontal, os 
raios atômicos aumentam para a esquerda. Isso acontece por- 
que, para a direita, as camadas eletrônicas são atraídas cada vez 
mais intensamente pelo núcleo, pois a carga positiva do núcleo 
também cresce para a direita. 




n 





j 


4.3. Volume atômico 

Chama-se volume atômico de um elemento o volume ocupado por 1 mol (6,02 • 1 0 23 átomos) 
do elemento no estado sólido. Observe que o volume atômico não é o volume de um átomo, mas o 
volume de um conjunto (6,02 ■ 1 0 23 ) de átomos; conseqüentemente, no volume atômico influi não só 
o volume de cada átomo como também o espaçamento existente entre os átomos. 

Examinemos o gráfico seguinte. 



Podemos concluir que o volume atômico também varia periodicamente com o aumento do núme- 
ro atômico. 

No esquema de Tabela Periódica ao lado, as setas indi- 
cam o aumento do volume atômico. 

Notamos, então, que os elementos de maior volume atô- 
mico estão situados na parte inferior e nas extremidades da Ta- 
bela Periódica. Observe também que, em cada coluna da Tabe- 
la Periódica, a variação do volume atômico é semelhante à do 
raio atômico (veja o item 4.2); nos períodos, à esquerda da linha tracejada, o aumento do volume atômico 
acompanha o do raio atômico; já à direita da linha tracejada, a variação é oposta, porque, nos elementos 
aí situados (principalmente nos não-metais), o "espaçamento" entre os átomos é relativamente grande. 



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Capitulo 05-QF1-PNLEM 


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4.4. Densidade absoluta 


Chama-se densidade absoluta (d) ou massa específica de um elemento o quociente entre sua 
massa (m) e seu volume (V). Portanto: 



A variação da densidade absoluta, no estado sólido, é tam- 
bém uma propriedade periódica dos elementos químicos. 

No esquema de Tabela Periódica à direita, as setas indicam o 
aumento da densidade absoluta. Como podemos ver, os elemen- 
tos mais densos situam-se no centro e na parte inferior da Tabe- 
la. Exemplo: ósmio ( d = 22,5 g/cm 3 ) e irídio (d = 22,4 g/cm 3 ). 

4.5. Ponto de fusão e de ebulição 

As temperaturas nas quais os elementos entram em fusão ou em ebulição são, também, funções 
periódicas de seus números atômicos. 

No esquema de Tabela Periódica ao lado, novamente as 
setas indicam o aumento do ponto de fusão (o carbono é 
uma exceção, com ponto de fusão igual a 3.800 °C). Por exem- 
plo, o tungsténio (W) é o metal de maior ponto de fusão 
(3.422 °C), sendo utilizado na fabricação de filamentos de lâm- 
padas incandescentes. 

É interessante notar que os elementos de menores pontos de 
fusão e de ebulição são aqueles que podem se apresentar no esta- 
do líquido, ou até mesmo no gasoso, em condições ambiente. 

Com exceção do hidrogênio, esses elementos estão situados à 
direita e na parte superior do esquema da Tabela Periódica ao lado. 

No exemplo, são gases: hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, 
flúor, cloro e gases nobres. Dos elementos comuns, só o bromo e 
o mercúrio são líquidos. 




4.6. Potencial de ionização 

Chama-se potencial ou energia de ionização a energia necessária para "arrancar" um elétron de 
um átomo isolado no estado gasoso. 

Essa energia é, em geral, expressa em elétron-volt (eV), 
que é a energia ou trabalho necessário para deslocar um elétron 
contra uma diferença de potencial de 1 volt. Na prática, o mais 
importante a ser considerado é o 1- potencial de ionização, isto 
é, a energia necessária para "arrancar" o I 9 elétron da camada 
mais externa do átomo. O I 9 potencial de ionização aumenta 
conforme o esquema de Tabela Periódica ao lado. 


4.7. Eletroafinidade ou afinidade eletrônica 

Chama-se eletroafinidade ou afinidade eletrônica a energia liberada quando um elétron é 
adicionado a um átomo neutro no estado gasoso. Essa energia é também expressa, em geral, em 
elétron-volt (eV) e mede a intensidade com que o átomo "se- 
gura" esse elétron adicional. A eletroafinidade aumenta confor- 
me o esquema de Tabela Periódica ao lado. 

Veremos, no capítulo 7, que essa propriedade é muito im- 
portante nos não-metais. Dentre eles, os elementos com maio- 
res eletroafinidades são os halogênios e o oxigênio. 



Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 


127 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


127 


6/7/05, 14:33 


ATIVIDADES PRÁTICAS — PESQUISA 




1 â Procure conhecer o maior número possível de elemen- 
tos químicos. Comece pelos mais fáceis de encontrar: 
Fe (um prego de ferro), Cu (fios elétricos), Al (panela 
comum) etc. 

2- Dos elementos que você ficou conhecendo na pri- 
meira atividade, procure obter uma constante física 


qualquer, como densidade, ponto de fusão, ponto de 
ebulição etc. (para isso, consulte um dicionário de Quí- 
mica em alguma biblioteca). Construa um gráfico com 
os valores obtidos, colocando-os em função dos nú- 
meros atômicos. 


h]TV 7TE?5V Res P° nda em 
Kií seu caderno 


(Of 


a) O que é raio atômico? 

b) O que é volume atômico? 

c) O que é potencial de ionizaçao? 

d) O que é eletroafinidade? 




EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




36 (Fesp-SP) Constituem propriedades aperiódicas dos ele- 
mentos: 

a) densidade, volume atômico e massa atômica. 

b) ponto de fusão, eletronegatividade e calor específico. 

c) volume atômico, massa atômica e ponto de fusão. 

d) massa atômica, calor específico e ponto de fusão. 

e) massa atômica e calor específico. 

Exercício resolvido 

37 (UFRCS-RS) X, Y e Z representam três elementos 
da Tabela Periódica que têm raios, em nanômetros 
(nm): X: 0,0080 nm, Y: 0,123 nm e Z: 0,157 nm 
(1 nm = 1 0 9 m). Esses elementos podem ser, res- 
pectivamente: 

a) Li, Be e Na 

b) Li, Na e Be 

c) Na, Be e Li 

d) Na, Li e Be 

e) Be, Li e Na 

Resolução 


Exercício resolvido 

38 (Uece) Dados os elementos 5 B, 27 C 0 , 3q Ga e 34 Se, em 
função da posição na Tabela Periódica e da distribui- 
ção eletrônica em subníveis, qual deles apresenta o 
maior volume atômico? 

a) Ga 

b) B 

c) Se 

d) Co 

Resolução 

Dados os números atômicos dos elementos, é fácil 
localizá-los na Tabela Periódica (mesmo sem se preo- 
cupar com as distribuições eletrônicas em subníveis). 
No esquema a seguir, estamos comparando a localiza- 
ção dos elementos dados com os sentidos de aumento 
dos volumes atômicos, como vimos à página 1 26. Per- 
cebemos então que o elemento Se é o que mais se 
aproxima das extremidades da Tabela Periódica, que 
correspondem aos maiores volumes atômicos. 


Note que as cinco opções deste teste sempre indicam 
os elementos Li, Be, Na. Na Tabela Periódica, esses 
elementos estão colocados nas posições indicadas a 
seguir (as setas indicam o sentido de aumento dos raios 
atômicos). Ora, seguindo a ordem das setas, deve- 
mos colocar X, Te Z também nas posições indicadas. 
Portanto: X = Be, Y = Li e Z = Na. 


Alternativa e 



IA 

2A 

II 


Li 

Be 

III 


Na 




Y = 0,123 

X = 0,0080 


Z = 0,157 




39 Qual das seguintes opções apresenta corretamente os ele- 
mentos em ordem crescente, em relação aos volumes 
atômicos? 

a) Na, Li, Rb, Cs, K 

b) Li, K, Na, Rb, Cs 

c) K, Li, Rb, Cs, Na 

d) Cs, Rb, Li, Na, K 

e) Li, Na, K, Rb, Cs 


128 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


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6/7/05, 15:44 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


40 (UFRGS-RS) Pela posição ocupada na Tabela Periódica, 
qual dos elementos é o mais denso? 

a) chumbo 

b) ósmio 

c) mercúrio 

d) urânio 

e) bário 

41 (Cesgranrio-RJ) Os pontos de fusão e de ebulição nor- 
mais dos metais do bloco d da Classificação Periódica 
são, geralmente, muito elevados. Constituem-se exceções, 
por apresentarem pontos de fusão e de ebulição normais 
baixos, os metais desse bloco que têm os orbitais s e d 
completos. Esses metais são: 

a) Cd, Ag e Hg 

b) Pt, Pd e Au 

c) Cr, Pt e Hg 

d) Ni, Pd e Pt 

e) Zn, Cd e Hg 

Exercício resolvido 

42 (Fuvest-SP) Considere os seguintes átomos neutros: 

A (1 8 elétrons), 8 (1 7 elétrons), C (1 1 elétrons) e 
D (2 elétrons). 

a) A que famílias pertencem? 

b) Coloque-os em ordem crescente dos potenciais 
de ionização. 

Resolução 

a) Olhando para a Tabela Periódica, vemos que: 

A, com 1 8 elétrons, é o argônio — gás nobre 
6, com 1 7 elétrons, é o cloro — halogênio 

C, com 1 1 elétrons, é o sódio — metal alcalino 

D, com 2 elétrons, é o hélio — gás nobre 

b) Pelo esquema da página 127, concluímos que a 
ordem crescente dos potenciais de ionização é: 

C < B < A < D. 


43 (Mackenzie-SP) Qual é a alternativa na qual o átomo ci- 
tado tem o maior potencial de ionização? 

a) He (Z = 2) 

b) Be (Z = 4) 

c) C (Z = 6) 

d) O (Z = 8) 

e) F (Z = 9) 

44 (Unifor-CE) Sejam os seguintes átomos neutros represen- 
tados pelos símbolos hipotéticos X, Y, Z e Te suas respec- 
tivas configurações eletrônicas: 

X-> 1 s 2 

Z^ Is 2 2s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 6 
y -> 1 s 2 2s 2 

T -> 1 s 2 2s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 6 4s 2 

O que apresenta maior energia de ionização é: 

a) Y 

b) Z 

c) T 

d) X 

Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 




Exercício resolvido 

45 (F. F. O. Diamantina-MG) Damos, a seguir, os 1°, 
2°, 3° e 4- potenciais de ionização do Mg (Z = 1 2), 
B (Z = 5) e K (Z = 1 9). Esses elementos, na tabela, 
serão representados por X, Y, W, mas não necessaria- 
mente na mesma ordem. 



X 

Y 

W 

Potenciais 
de ionização 
(em volts) 

I 2 

8,3 

7,6 

4,3 

2 2 

25 

15 

32 

3 2 

38 

80 

46 

4 2 

259 

109 

61 


Marque a alternativa em que há uma correspondên- 
cia correta entre Mg, B, K e as letras X, Y, W. 



X 

Y 

W 

a) 

B 

K 

Mg 

b) 

B 

Mg 

K 

c) 

K 

Mg 

B 

d) 

K 

B 

Mg 

e) 

Mg 

B 

K 


Resolução 

1 -, 2°, 3°, 4° etc. potenciais de ionização são as ener- 
gias necessárias para "arrancar" do átomos 1°, 2°, 
3 2 , 4 2 etc. elétrons a partir do subnível mais externo 
(de maior energia) para os subníveis mais internos. 
Nesta questão basta nos orientarmos pelo I 2 poten- 
cial de ionização (1- linha da tabela). Na or- 
dem 8,3 > 7,6 > 4,3, temos potenciais decrescen- 
tes que, pela tabela esquemática da página 127, 
correspondem à ordem B, Mg, K. 

Alternativa b 


46 (Unifor-CE) Do leite ao peixe, os minerais estão pre- 
sentes em todos os alimentos. São fundamentais para 
o corpo humano, atuando como poderosos coadjuvan- 
tes da saúde física e psíquica ao manter bem ajustado 
um sem-número de funções. Pela sua importância, são 
classificados: 

Macrominerais: Ca, Fe e P 
Microminerais antioxidantes: Cu, Mg, Zn e Se 
Microminerais dos recursos hídricos: K e Na 
E correto afirmar que: 

a) Na, Cu, Zn e Se pertencem ao mesmo período da Clas- 
sificação Periódica. 

b) Fe possui em seu estado fundamental o subnível d in- 
completo. 

c) Mg, Ca e K são metais alcalino-terrosos e, portanto, 
apresentam as mesmas propriedades químicas. 

d) com relação à afinidade eletrônica, a ordem correta é 
P > Se > Na > Cu. 


129 


29/5/05, 19:10 


Capitulo 05-QF1-PNLEM 


129 


EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


47 (U. F. Santa Maria-RS) Julgue se são verdadeiras (V) ou 
falsas (F) as afirmações relacionadas com as proprieda- 
des periódicas dos elementos. 

Dependem das massas atômicas dos elementos. 
Repetem-se em intervalos mais ou menos regulares em 
relação ao aumento dos números atômicos. 

São semelhantes em um mesmo grupo de elementos. 
São semelhantes em um mesmo período de elementos. 
Em um mesmo grupo, os valores numéricos das proprie- 
dades periódicas sempre aumentam, quando há aumen- 
to do número atômico dos elementos. 

A seqüência correta é: 

a) V - F - V - F - F d) F - V - F - V - V 

b) V - F - F - V - V e) V - F - F - V - F 

c) F - V - V - F - F 

48 (Faap-SP) Levando em consideração as posições dos ele- 
mentos At, Na, Pd, Zn e Ni na Tabela Periódica, dispo- 
nha-os segundo a ordem crescente de suas respectivas 
densidades. 


49 O cálcio e o bário antecedem e precedem, respectiva- 
mente, o estrôncio na Tabela Periódica. Sabendo que: o 
ponto de fusão do cálcio é 845 °C, e do bário, 725 °C, 
o ponto de fusão mais provável para o estrôncio é: 

a) 1.570 °C c) 770 °C e) 670 °C 

b) 535 °C d) 1 20 °C 


50 (PUC-Campinas-SP) Para verificar se um objeto é de chum- 
bo puro, um estudante realiza a seguinte experiência: 

1 . Determina a sua massa (1 75,90 g); 

2. Imerge-o totalmente em 50,0 mL de água contida 
numa proveta; 

3. Lê o volume da mistura água e metal (65,5 mL). 

Com os dados obtidos, calcula a densidade do metal, 
compara-a com o valor registrado numa tabela de pro- 
priedades específicas de substâncias e conclui que se tra- 
ta de chumbo puro. Qual o valor calculado para a densi- 
dade, em g/mL, à temperatura da experiência? 

a) 2,61 c) 5,22 e) 11,3 

b) 3,40 d) 6,80 


51 (PUC-RS) A alternativa que apresenta os elementos em 
ordem crescente de seus potenciais de ionização é: 

a) hélio, carbono, berílio, sódio. 

b) neônio, flúor, oxigênio, lítio. 

c) sódio, neônio, carbono, lítio. 

d) flúor, potássio, carbono, berílio. 

e) potássio, sódio, nitrogênio, neônio. 


K L M 


®))) ® 


2 8 7 


52 (U. F. Viçosa-MG) Os átomos 
neutros de dois elementos quí- 
micos A e 6, estáveis, apresen- 
tam respectivamente as distribui- 
ções eletrônicas: 

Pode-se dizer, a respeito desses dois elementos, que: 

a) apresentam o mesmo número de nêutrons. 

b) são metais. 

c) apresentam o mesmo número de prótons. 

d) pertencem à mesma família da Tabela Periódica. 

e) apresentam o mesmo raio atômico. 


K L 


2 7 


53 (U. F. Santa Maria-RS) Considere as configurações eletrô- 
nicas no estado fundamental para os elementos quími- 
cos representados por: 
x = 1 s 2 , 2 s 2 , 2p 6 
Y - Is 2 , 2s 2 , 2 p 6 , 3s 2 
z = 1 s 2 , 2s 2 , 2 p 6 , 3s 2 , 3 p 3 


Analise as afirmativas: 

I . x e y são gases nobres. 

II. z é um elemento representativo metálico. 

III. O I a potencial de ionização de y é menor que o I a 
potencial de ionização de z. 

Está(ão) correta(s): 

a) apenas I. c) apenas III. e) apenas I, II e III. 

b) apenas II. d) apenas I e II. 

54 (UFMG) A propriedade cujos valores diminuem à medi- 
da que aumenta o número atômico na coluna dos 
halogênios é: 

a) densidade da substância elementar. 

b) primeira energia de ionização do átomo. 

c) raio atômico. 

d) temperatura de ebulição da substância elementar. 

e) temperatura de fusão da substância elementar. 

55 (UFRGS-RS) Considerando a posição dos elementos na 
Tabela Periódica e as tendências apresentadas por suas 
propriedades periódicas, pode-se afirmar que: 

a) um átomo de halogênio do 4 a período apresenta me- 
nor energia de ionização do que um átomo de 
calcogênio do mesmo período. 

b) um metal alcalino terroso do 3 a período apresenta 
menor raio atômico do que um metal do 5 a período e 
do mesmo grupo. 

c) um átomo de gás nobre do 2 a período tem maior raio 
atômico do que um átomo de gás nobre do 6 a período. 

d) um átomo de ametal do grupo 14 é mais eletrone- 
gativo do que um átomo de ametal do grupo 1 6, no 
mesmo período. 

e) um átomo de metal do grupo 1 5 é mais eletropositivo 
do que um átomo de metal do grupo 1, no mesmo 
período. 

56 (UFU-MG) Sobre a Tabela Periódica moderna ou atual, 
todas as afirmativas abaixo são corretas, exceto: 

a) A densidade aumenta de cima para baixo num grupo 
ou família. 

b) Elementos em um grupo ou família possuem a mes- 
ma configuração eletrônica na última camada. 

c) O raio atômico aumenta de cima para baixo num gru- 
po ou família. 

d) Os elementos são colocados em ordem crescente de 
suas massas atômicas. 

e) A primeira energia de ionização dos elementos de- 
cresce de cima para baixo num grupo ou família. 

57 (Cesgranrio-RJ) Os dados X e Y que faltam no quadro são: 

a) X = 770; Y= 141 d) X = 770; Y = 1 .430 

b) X = 861 ; Y = 1 .430 e) X = 1 .550; 7=251 

c) X = 1.550; 7= 141 



Ponto de 
fusão (°C) 

I a energia de 
ionização (kcal/mol) 

Cálcio 

850 

7 

Estrôncio 

X 

131 

Bário 

700 

120 


58 (Cesgranrio-RJ) Uma das utilizações da Classificação Perió- 
dica dos Elementos é o estudo comparativo de suas pro- 
priedades. Dos elementos abaixo, aquele que, ao mes- 
mo tempo, é mais denso que o bromo e tem maior po- 
tencial de ionização do que o chumbo é o: 
a) N b) O c) Ge d) Fe e) Kr 


130 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


130 


29/5/05, 19:10 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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LEITURA 


TRÊS FAMÍLIAS IMPORTANTES 


OS METAIS ALCALINOS (COLUNA IA) 

Em ordem de importância destacam-se, primeiramente, o 
sódio e, depois, o potássio. 

O sódio é encontrado em vários compostos naturais, sendo 
o principal o sal comum (NaCl — cloreto de sódio). O sódio é 
produzido industrialmente pela ação da corrente elétrica 
(eletrólise) do NaCl fundido: 

fusão 

2 NaCl * 2 Na 

eletrólise 



+ Cl' 


n 


O sódio é um sólido leve e mole, como a cera, podendo ser cortado com uma faca. É extremamente 

reativo e perigoso; pega fogo em contato com o ar (4 Na + 0 2 *- 2 Na 2 0), devendo, por isso, ser 

guardado em recipientes que contenham querosene ou benzeno. Chega a explodir quando em contato 

com a água (2 Na + 2 H 2 0 ► 2 NaOH + H '), devido à ignição do H 2 liberado. Nunca devemos pegá- 

lo com as mãos (só com pinças e luvas grossas de borracha), pois provoca fortes queimaduras na pele. 

E usado na produção de compostos orgânicos (corantes, perfumes, medicamentos etc.); na produção 
de compostos inorgânicos (cianeto de sódio, peróxidos etc.); na transferência de calor em reatores atômi- 
cos; em "lâmpadas de sódio"; etc. 



O metal sódio é mole e pode ser cortado com uma faca. Pedaço de sódio conservado 

em benzeno. 


OS METAIS ALCALINO-TERROSOS (COLUNA 2A) 

Em ordem de importância destacam-se, primeiramente, o cálcio e, depois, o magnésio. 


n 


O cálcio é um sólido leve, mole, de cor branco-prateada e 
brilhante. E muito abundante na natureza. Existe na água do 
mar e na crosta terrestre na forma de vários minerais: calcita 
(CaC0 3 , que constitui também o calcário, o mármore etc.), 
anidrita (CaS0 4 ), gipsita (CaS0 4 • 2 H 2 0, que é o gesso natu- 
ral), fluorita (CaF 2 ) etc. 

E produzido industrialmente pela eletrólise do CaCl 2 , fundido: 
fusão 

CaCl 2 ► Ca + Cl 2 

eletrólise 

Tem grande importância biológica, pois está presente nos 
ossos, dentes, carapaças de animais etc. Seus compostos são 
muito importantes, como, por exemplo, a cal virgem (CaO), 
a cal extinta (Ca (OH) 2 ) e o gesso, usado para proteger fratu- 
ras ósseas. 



Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 


131 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


131 


29/5/05, 19:10 




O magnésio é um sólido leve, prateado e maleável. Ele existe na água do mar 
e em vários minerais, como magnesita (MgC0 3 ), dolomita (CaC0 3 • MgC0 3 ) e 
carnalita (KCl • MgCl 2 • 6 H 2 0). 

E usado em ligas metálicas leves para aviação, em rodas "de magnésio" 
para automóveis, em reações da Química Orgânica, em fogos de artifício, e 
usado também como metal de sacrifício (ligado a cascos de navios, tubula- 
ções de aço etc., ele sofre corrosão, evitando a corrosão do aço). O hidróxido 
de magnésio, Mg(OH) 2 , é conhecido como "leite de magnésia" e é usado para 
combater a acidez estomacal (azia). 


Pequena tira de magnésio 
pegando fogo. 



OS HALOGÊNIOS (COLUNA 7A) 

Os mais importantes são o cloro, o bromo e o iodo. 


J 



Erlenmeyers contendo, da esquerda para a direita: 
cloro (gasoso), bromo (líquido) e iodo (sólido). 


O cloro é o mais abundante e o mais importante dos halogênios. É um gás denso, amarelo-esverdeado, 
muito tóxico e pouco solúvel na água — em meio aquoso, origina a chamada água de cloro: 

Cl 2 + H 2 0 HCl + HCIO 

Na indústria, o cloro é produzido pela eletrólise de soluções aquosas de NaCl: 

2 NaCl + 2 H 2 0 2 NaOH + H 2 + Cl' 

eletrólise 

No laboratório, é usualmente preparado pela reação: 

Mn0 2 + 4 HCl ► MnCl 2 + 2 H 2 0 + Cl 2 

O cloro é muito reativo; reage explosivamente 
com o hidrogênio quando exposto à luz 

(H 2 + Cl 2 ► 2 HCl); ataca praticamente todos 

os metais (2 Al + 3 Cl 2 ► 2 A IC1 3 ). O cloro é 

muito usado na produção de compostos orgânicos 
(plásticos, inseticidas, solventes etc.), na produção de 
compostos inorgânicos (HCl; NaClO; NaCl0 3 ; 

CaCl(ClO), que é o chamado "cloreto de cal"; etc.), 
no branqueamento da celulose destinada à fabrica- 
ção de papel, no tratamento de águas e esgotos etc. 

0 “cloro líquido" é uma solução aquosa de hipoclorito de 
sódio (NaClO) presente na chamada água sanitária. O 
“cloro sólido” é o hipoclorito de cálcio — Ca(CtO) 2 , usado 
em piscinas. Ambos têm poder germicida. 



■ 

Questões sobre a leitura 

Responda em 
seu caderno 



59 Pela leitura, o que se pode concluir sobre a reatividade do potássio? 

60 Por que o cálcio existe na casca do ovo e o magnésio não? 

61 O iodo é menos reativo que o cloro. O que se pode concluir sobre a reatividade do bromo? 

132 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


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EDUARDO SANTALIESTRA EDUARDO SANTALIESTRA J. GUTIERREZ SANCHEZ/CID 




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r 

DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




62 (PUC-RJ) Considere as afirmações sobre elementos do 
grupo IA da Tabela Periódica: 

I. São chamados metais alcalinos. 

II. Seus raios atômicos crescem com o número atômico. 

III. Seu potencial de ionização aumenta com o número 
atômico. 

IV. Seu caráter metálico aumenta com o número atômico. 
Dentre as afirmações, são verdadeiras: 

a) I e II 

b) III e IV 

c) I, II e IV 

d) II, III e IV 

e) I, II, III e IV 

63 (UFMC) Comparando o cloro e o sódio, os dois elemen- 
tos químicos formadores do sal de cozinha, pode-se afir- 
mar que o cloro: 

a) é mais denso. 

b) é menos volátil. 

c) tem maior caráter metálico. 

d) tem menor energia de ionização. 

e) tem menor raio atômico. 

64 (Uece) Atualmente, para aumentar a absorbância dos raios 
ultravioleta por filtros solares, se utiliza o Ti0 2 , que au- 
menta o valor do fator de proteção solar (F.P.S.) sem afe- 
tar os atributos cosméticos do produto. Com relação ao 
titânio e ao oxigênio, podemos afirmar que são, respecti- 
vamente: 

a) metal alcalino e halogênio 

b) metal alcalino e calcogênio 

c) metal de transição e halogênio 

d) metal de transição e calcogênio 


Elemento 
A 
8 
C 
D 
£ 
a) 


Configuração eletrônica 
Is 2 2s 2 2p 6 3s' 


Is 2 

Is 2 

Is 2 

Is 2 


2s 2 
2s 2 
2 s 2 
2s 2 


2p 4 

2 P 6 
2 P 6 
2 P 6 


3S 2 

3S 2 

3s 2 


3 P 6 
3p 6 
3 P 5 


4s 2 


O elemento C é um gás nobre e o elemento 8 é um 
halogênio. 

b) Os elementos A e C situam-se, respectivamente, no 
terceiro e quarto períodos da Tabela Periódica. 

c) O elemento £ é um calcogênio e situa-se no quinto 
período da Tabela Periódica. 

d) O elemento 8 é um halogênio do segundo período, 
enquanto o elemento D situa-se no sexto período da 
Tabela Periódica. 

e) O elemento A é um metal alcalino-terroso. 


69 (Uece) Sao dados abaixo os níveis energéticos de valência 
de alguns átomos neutros em seus estados fundamentais 
£ 3s 2 3p 5 

C 5s 2 
/ 5s 2 5 p 5 

Sobre esses elementos, temos as seguintes informações: 

I. Os elementos £ e / pertencem ao mesmo grupo e £ 
possui maior eletronegatividade que /. 

II. O elemento C apresenta maior energia de ionização. 

III. Os elementos Ce/ pertencem ao mesmo período e / 
possui maior afinidade eletrônica que C. 

Das afirmativas acima, é(são) verdadeira(s): 

a) apenas II 

b) I, II e III 

c) apenas I e III 

d) apenas II e III 


65 (UFF-RJ) O elemento com Z = 117 seria um: 

a) elemento do grupo do oxigênio 

b) metal representativo 

c) metal de transição 

d) gás nobre 

e) halogênio 

66 (UFC-CE) Um átomo x tem um próton a mais que um 
átomo y. Com base nessa informação, qual é a afirmativa 
correta? 

a) Se y for alcalino-terroso, x será metal alcalino. 

b) Se y for um gás nobre, x será um halogênio. 

c) Se y for um metal de transição, xserá um gás nobre. 

d) Se y for um gás nobre, xserá metal alcalino. 

67 (U. F. Viçosa-MG) Um átomo possui 29 prótons, 34 nêu- 
trons e 27 elétrons. Qual é a afirmativa incorreta? 

a) Esse átomo é um cátion. 

b) Seu número atômico é 29. 

c) Seu número de massa é 63. 

d) São necessários mais 2 elétrons para que se torne ele- 
tricamente neutro. 

e) Esse elemento encontra-se na coluna 14 da Tabela 
Periódica. 

68 (Unisinos-RS) Entre as alternativas abaixo, escolha aquela 
que contém afirmações exclusivamente corretas sobre os 
elementos cujas configurações eletrônicas são apresen- 
tadas a seguir: 


70 (FEI-SP) Seja n o número quântico principal nas configu- 
rações eletrônicas: 

I. ( n - 1)s 2 ( n - 1 )p 6 ns 2 np 4 

II. ns 2 np 6 

III. ( n - 1 )s 2 ( n - 1 )p 6 ns' 

Elas podem ser adequadamente associadas aos níveis ele- 
trônicos mais externos de átomos neutros, no estado fun- 
damental, respectivamente, de: 

a) lantanídios, gases nobres e actinídios 

b) metais alcalino-terrosos, metais alcalinos e halogênios 

c) calcogênios, gás nobre e metais alcalinos 

d) elementos de transição, lantanídios e halogênios 

e) calcogênios, elementos de transição e metais alcalinos 


71 (Mackenzie-SP) Se o subnível mais energético de um áto- 
mo x apresenta o conjunto de números quânticos 

n = 4;f=3;m, = -2em s = +y,é correto afirmar que: 
|convenção de spirr. primeiro elétron de um orbital tem 
spin (rr? s ) igual a — -y-.J 


a) x pertence ao subgrupo 4A. 

b) esse subnível completo apresenta dez elétrons. 

c) x apresenta camada de valência 4 f 2 . 

d) x pertence à série dos lantanídios. 

e) x é elemento de transição externa. 


Capítulo 5 • A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS 


133 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


133 


29/5/05, 19:11 


72 (U. F. Santa Maria-RS ) Comparando os elementos 
Ca (Z = 20) e Br (Z = 35) pode-se afirmar que: 

a) o raio atômico do Br é maior, pois ele tem maior nú- 
mero de camadas eletrônicas. 

b) a energia de ionização do Ca é maior, pois é mais difí- 
cil retirar um elétron desse elemento do que do Br. 

c) o Br tem maior afinidade eletrônica pois, com a adi- 
ção de um elétron, ocorre uma maior liberação de 
energia. 

d) o Br é mais eletropositivo, pois, no período, a 
eletropositividade aumenta com o aumento do nú- 
mero atômico. 

e) ambos os elementos têm propriedades químicas se- 
melhantes, pois estão no mesmo período. 

73 (Cesgranrio-RJ) O átomo Q tem 36 nêutrons e é isóbaro 
do átomo R. Considerando que R 2+ é isoeletrônico do 
átomo Q, qual é o número de nêutrons do átomo R? 

a) 40 

b) 38 

c) 36 

d) 34 

e) 32 

74 (UFC-CE) O íon positivo estável (M + ) de um determina- 
do elemento ( M ) possui a seguinte configuração eletrô- 
nica no estado fundamental: Is 2 2s 2 2p 6 . 

Com base nesta informação, é correto afirmar que o ele- 
mento (M) pertence ao: 

a) terceiro período e ao grupo IA da Tabela Periódica. 

b) primeiro período e ao grupo IIIA da Tabela Periódica. 

c) primeiro período da Tabela Periódica e possui núme- 
ro atômico 1 1 . 

d) grupo IIIA da Tabela Periódica e possui número atô- 
mico 1 0. 

e) primeiro período e grupo IA da Tabela Periódica. 


75 (Fuvest-SP) Um astronauta foi capturado por habitantes 
de um planeta hostil e aprisionado numa cela, sem seu 
capacete espacial. Logo começou a sentir falta de ar. Ao 
mesmo tempo, notou um painel como o da figura em 
que cada quadrado era uma tecla. 



Apertou duas delas, voltando a respirar bem. As teclas 
apertadas foram 

a) @ e # c) $ e % e) & e * 

b) # e $ d) % e & 

76 (UFC-CE) O efeito fotoelétrico consiste na emissão de elé- 
trons provenientes de superfícies metálicas, através da 
incidência de luz de frequência apropriada. Tal fenôme- 
no é diretamente influenciado pelo potencial de ionização 
dos metais, os quais têm sido largamente utilizados na 
confecção de dispositivos fotoeletrônicos, tais como: 
fotocélulas de iluminação pública, câmeras fotográficas 
etc. Com base na variação dos potenciais de ionização 
dos elementos da Tabela Periódica, qual é a alternativa 
que contém o metal mais suscetível a exibir o efeito 
fotoelétrico? 

a) Fe c) Cs e) Ca 

b) Hg d) Mg 


134 



Capitulo 05-QF1-PNLEM 


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Tópicos do capítulo 

1 Introdução 

2 Ligação iônica, eletrovalente ou 
heteropolar 

3 Ligação covalente, molecular ou 
homopolar 

4 Ligação metálica 


Leitura: Ligas metálicas 


Numa simples bolha de sabão existem ligações moleculares bastante complexas. 


Apresentação do capítulo 


Nos três últimos capítulos, falamos bastante dos elementos químicos e dos átomos que 
os representam. Vimos que os átomos, na natureza, raramente ficam isolados, pois tendem a se 
unir uns aos outros, formando tudo o que conhecemos na Terra — das rochas aos seres vivos. 

Neste capítulo, vamos explicar de que maneira os átomos se unem para formar as 
substâncias químicas. Já vimos que cada substância tem sua fórmula — a da água é hi 2 0; 
a do sal comum, NaCl; a do gás carbônico é C0 2 , e assim por diante. Mas como foi que os 
cientistas chegaram a essas fórmulas? 

A História mostra que o caminho foi longo. No início do século XIX, Dalton imaginava que 
os átomos se uniam sempre um a um (a fórmula da água seria HO). Somente na metade 
do sécuio XIX, a partir das idéias de Avogadro e Canizzaro, é que se consolidou a noção 
de molécula que conhecemos atualmente. E só no início do século XX foi explicada a participação 
dos elétrons nas ligações químicas. 




Capitulo 06-QF1 

-PNLEM 135 I 29/5/05,19:15 



T 




A 


INTRODUÇÃO 


Você já verificou que alguns materiais são sólidos (o carvão); outros, líquidos (a água) e outros, 
gasosos (o ar); alguns são duros (granito) e outros moles (cera); alguns conduzem a corrente elétrica 
(metais), outros não (borracha); alguns quebram-se facilmente (vidro), outros não (aço), e assim por 
diante. Por que existe essa grande diferença de propriedades entre os materiais que conhecemos? Isso 
se deve, em grande parte, às ligações existentes entre os átomos (ligações químicas) e à arrumação 
espacial que daí decorre (estrutura geométrica do material). É o que vamos estudar neste capítulo e 
no seguinte. 

Hoje sabemos que, em condições ambientes, só os gases nobres são formados por átomos isola- 
dos uns dos outros, ou seja, átomos que têm pouca tendência de se unir com outros átomos; dizemos 
então que eles são muito estáveis (pouco reativos). Os átomos dos demais elementos químicos, ao 
contrário, atraem-se não só mutuamente como também átomos de outros elementos, formando agre- 
gados suficientemente estáveis, que constituem as substâncias compostas. Assim, por exemplo, não 
existem sódio (Na) nem cloro (Cl) livres na natureza; no entanto, existem quantidades enormes de sal 
comum (NaCÍ), em que o sódio e o cloro aparecem unidos entre si. As forças que mantêm os átomos 
unidos são fundamentalmente de natureza elétrica e são responsáveis por ligações químicas. 

Na metade do século XX, os cientistas já haviam percebido que o átomo de hidrogênio nunca se 
liga a mais de um outro átomo. Já, por exemplo, o átomo de oxigênio pode ligar-se a dois átomos de 
hidrogênio, o de nitrogênio a três de hidrogênio, o de carbono a quatro de hidrogênio, como pode- 
mos ver a seguir: 


H 

H — O — H H — N — H H — C — H 

H H 

Surgiu, então, a idéia de valência, entendida como a capacidade de um átomo ligar-se a outros. 
Dizemos que o hidrogênio tem uma valência (é monovalente); o oxigênio tem duas valências (é bivalente); 
o nitrogênio tem três valências (é trivalente); o carbono tem quatro valências (é tetravalente), e assim 
por diante. 

No entanto, foi somente em 191 6 que os cientistas Gilbert N. Lewis e Walter Kossel chegaram a 
uma explicação lógica para as uniões entre os átomos, criando a teoria eletrônica da valência. De fato, 
consideremos as configurações eletrônicas dos gases nobres: 



K 

L 

M 

N 

0 

P 

Hélio 

2 

Neônio 

2 

8 





Argônio 

2 

8 

8 




Criptônio 

2 

8 

18 

8 



Xenônio 

2 

8 

18 

18 

8 


Radônio 

2 

8 

18 

32 

18 

8 


Com exceção do hélio, constatamos que os átomos dos gases nobres têm sempre 8 elétrons na 
última camada eletrônica (é o chamado octeto eletrônico). 

Foi associando a observação de que os átomos dos gases nobres têm pouca tendência a se unirem 
entre si ou com outros átomos com a de que os átomos dos gases nobres têm o número máximo de 
elétrons na última camada (em geral 8 elétrons, ou 2, no caso do hélio), que os cientistas Lewis e Kossel 
lançaram a hipótese: os átomos, ao se unirem, procuram perder, ganhar ou compartilhar elétrons na 

136 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


última camada até atingirem a configuração eletrônica de um gás nobre. Essa hipótese costuma ser 
traduzida pela chamada regra do octeto: 

Um átomo adquire estabilidade quando possui 8 elétrons na camada eletrônica mais 
externa, ou 2 elétrons quando possui apenas a camada K. 

Na prática, quando dois átomos vão se unir, eles "trocam elétrons entre si" ou "usam elétrons 
em parceria", procurando atingir a configuração eletrônica de um gás nobre. Surgem daí os três tipos 
comuns de ligação química — iônica, covalente e metálica — , que estudaremos a seguir. 



LIGAÇÃO IÔNICA, ELETROVALENTE OU HETEROPOLAR 


2.1. Conceitos gerais 


Vamos considerar a reação entre o sódio e o cloro, produzindo-se o cloreto de sódio: 

Na + Cl NaCl 

Eletronicamente, essa reação é explicada esquematicamente, com cores-fantasia, do seguinte modo: 

Antes da reação 


r 



,0 ^ Q 

/ 0'®'0 \ 

, ' ' - 

/ / ,'0. \ ' 

/ / ,-0. \ '■ 

: $ í Q ; + 

0^0 f 

\ \ ''0' / / 

\ \ ''0' /' / 

\ 0-0 - Q ' ,/ 

\ 0 - a -0 /' 



D O 

"0" 

Átomo de sódio (Na°) 

Átomo de cloro (Cl°) 

(2-8-1 elétrons) 

(2-8-7 elétrons) 


r 

/ ,- 0 . 

b ( Q 

\ ''9'' 
( 2 - 0 - 0 ' 


Após a reação 

X 


A 


,0 

/ 0' Q '0 \ 

/ / ,-0. \ \ 

• ^ • 0 ( • ) <è 9 

- ''0'' 


0 - 


O-Q-CJ 


0 


Cátion sódio (Na + ) 
(2-8 elétrons) 

v v- J 

Eletrosfera igual 
à do neônio 


Ânion cloreto (Cl ) 
(2-8-8 elétrons) 

v — ~^r — J 

Eletrosfera igual 
à do argônio 


Nesse exemplo, o átomo de sódio cede definitivamente 1 elétron ao átomo de cloro. Desse 
modo, forma-se um íon positivo (cátion Na + ) e um íon negativo (ânion Cl ), ambos com o octeto 
completo, ou seja, com a configuração de um gás nobre (no caso, neônio e argônio, respectivamen- 
te). Considerando que essa explicação envolve apenas os elétrons da última camada (elétrons de 
valência), é comum simplificar a representação anterior da seguinte maneira: 


Na* 


.a: 


Na 


] 


em que os sinais >e* estão representando exatamente os elétrons da camada mais externa. Essa repre- 
sentação é chamada notação de Lewis. 


FRANK & ERNEST® by Bob Thaves 



Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 


137 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


137 


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A 


Tendo cargas elétricas opostas, os cátions e os ânions se atraem e se mantêm unidos pela chamada 
ligação iônica, originando-se assim a substância cloreto de sódio (Na + CÍ~), que é o sal comum usado 
em cozinha. Na prática, porém, uma reação não envolve apenas dois átomos, mas um número enorme 
de átomos, de modo que no final teremos um aglomerado envolvendo um número enorme de íons, 
como mostramos na ilustração abaixo (com uso de cores-fantasia e sem escala). 

Representações espaciais do Na Cl 




Essa arrumação geométrica é chamada de grade, rede ou reticulado cristalino. Trata-se de 
um reticulado iônico de forma cúbica. 


O reticulado mostrado acima não pode ser visto, 
pois os íons são extremamente pequenos (sua forma é 
determinada por estudos feitos com raios X). No entan- 
to, olhando com um microscópio eletrônico de varre- 
dura os cristaizinhos do sal, vemos que são cúbicos, em 
decorrência de sua estrutura interna. 

É importante observar também que entre os áto- 
mos Na° e Cl° e os íons Na + e Cl há uma diferença 
extraordinária. De fato, conforme discussão feita no ca- 
pítulo 5, o sódio metálico (Na°) é altamente reativo - 
pega fogo espontaneamente no ar (o sódio deve ser 
guardado em recipientes contendo querosene ou 
benzeno), explode com a água, queima a pele se o 
segurarmos com a mão. O gás cloro (Cl 2 ), por sua vez, é altamente tóxico. Pelo contrário, o sal de 
cozinha (aglomerado Na + Cl~) é uma substância que ingerimos todos os dias por meio de alimentos. Em 
particular, o íon Na + tem grande importância biológica, pois regula as trocas de várias substâncias entre o 
sangue e as células de nosso organismo. 

Vamos agora retomar as exemplificações, considerando como segundo caso a reação entre o 
magnésio e o cloro: 



Cristais de NaCl colorizados artificialmente, vistos ao 
microscópio. Aumento de 120 vezes. 


*Mg x 


.ci: 


*.cl: 


r n 

2 + 

• • 

Mg 


• X 

• n 

• • 




Ou, abreviadamente: Mg + 2 Cl *■ MgCl 2 

E, como terceiro exemplo, a reação entre o alumínio e o flúor: 



Ou, abreviadamente: Aí + 3 F ► AÍF 3 

Como podemos observar, o número de íons que se unem é inversa- 
mente proporcional às suas respectivas cargas (valências). Disso resulta 
a seguinte regra geral de formulação: 


+x ,''—y 

Ay * B x 


O 

tÕ 

o> 


138 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


138 


6/7/05, 14:35 


ANDREW SYRED / SPL-STOCK PHOTOS 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


De fato, do ponto de vista matemático, temos, em módulo, | y (+x) | = | x-(-y) |; isso garante que 
a carga total positiva dos cátions possa equilibrar a carga total negativa dos ânions. 

Resumindo, podemos dizer: 

Ligação iônica é a força que mantém os íons unidos, depois que um átomo cede 
definitivamente um, dois ou mais elétrons para outro átomo. 

Eletrovalência é a carga elétrica do íon. 

A ligação iônica é, em geral, bastante forte e mantém os íons firmemente "presos" no reticulado. Por 
isso, os compostos iônicos são sólidos e, em geral, têm ponto de fusão e ponto de ebulição elevados. 

2.2. A ligação iônica e a Tabela Periódica 

A ligação iônica ocorre, em geral, entre átomos de metais com átomos de não-metais, pois: 

• os átomos dos metais possuem 1, 2 ou 3 elétrons na última camada e têm forte tendência a 
perdê-los (veja os casos do Na, do Mg e do Aí, nos exemplos anteriores); 

• os átomos dos não-metais possuem 5, 6 ou 7 elétrons na última camada e têm acentuada ten- 
dência a receber mais 3, 2 ou 1 elétron e, assim, completar seus octetos eletrônicos (veja o caso 
do Cí, nos exemplos anteriores). 

Essa idéia pode ser generalizada se olharmos para a Tabela Periódica. Como sabemos, nas colunas A, 
o número de elétrons na última camada de cada elemento coincide com o próprio número da coluna. 
Sendo assim, temos: 


IA 8A 


H • 

2A 3A 4A 5A 6A 7A 

He: 

Li • 

Be : 

• B : 

• c • 

• N • 

• O- 

: F • 

:N*e: 

Na* 

Mg; 

• aí: 

• si • 

■ p • 

• S ■ 

:«• 

:Àr: 

K • 

Ca; 

•Ca; 

-Ce- 

•As* 

• Se* 

: Br • 

: i<r: 

Rb- 

Sr ; 

• In : 

• Sn • 

•Sb- 

• Te- 

: i • 

:xè: 

Cs • 

Ba; 

• Ti: 

•Pb- 

• Bi • 

• Po- 

: At • 

:Rn: 


Os metais perdem Os não-metais (e alguns 

elétrons e se transformam semimetais) ganham elétrons 
em cátions. e se transformam em ânions. 

Dessas propriedades resultam as valências (carga elétrica) de alguns íons bastante importantes: 


IA 8A 


H + 

2A 

3A 

4A 

5A 

6A 

7A 


Li + 




N 3 ‘ 

O 2- 

F“ 


Na + 

2 

CTQ 

+ 

A i 3+ 


P 3 ~ 

s 2_ 

cr 


K + 

Ca 2+ 

Ga 3+ 



Se 2 ' 

BC 


Rb + 

Sr 2+ 




Te 2- 

r 


Cs + 

Ba 2+ 








Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 


139 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


139 


29/5/05, 19:16 


Os elementos da coluna 4A têm quatro elétrons na última camada. Eles não apresentam tendên- 
cia nem para perder nem para ganhar elétrons. Por esse motivo, quando esses elementos se unem a 
outros para atingir um octeto completo, tendem a não formar ligações iônicas. 

2.3. O tamanho do íon 


Quando um átomo perde elétrons, o núcleo passa a atrair mais intensamente os elétrons restantes; 
desse modo, o diâmetro ou raio do cátion é sempre menor que o diâmetro ou raio do átomo 
original. Ao contrário, quando um átomo recebe elétrons, a carga total da eletrosfera (negativa) torna- 
se maior do que a carga do núcleo (positiva); desse modo, a atração do núcleo sobre o conjunto dos 
elétrons é menor e, conseqüentemente, o raio do ânion é sempre maior que o raio do átomo origi- 
nal. Por exemplo, no caso do cloreto de sódio (esquema com uso de cores-fantasia): 



Raios atômicos 




(Raios atômicos e iônicos ciados em picômetros (pm); 1 pm = 10 12 m) 


Os gráficos seguintes mostram outras comparações entre raios atômicos e iônicos: 

Metais alcalinos Halogênios 




Quando temos vários íons, todos com o mesmo número de elétrons (íons isoeletrônicos), o raio 
iônico irá diminuindo na proporção em que a carga positiva do núcleo for superando a carga total 
da eletrosfera. Por exemplo: 


íons 


• 

0 

iMg^) 

© 

Número atômico 

(carga positiva do núcleo) 

8 

9 

11 

Aumenta 

12 

13 

Número total de elétrons 

(carga negativa da eletrosfera) 

10 

10 

10 

10 

10 

Número de camadas eletrônicas 

2 

2 

2 

2 

2 

Raio iônico (pm) 

140 

136 

95 

Diminui 

65 

50 


140 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


140 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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a» 


Responda em 
seu caderno 


a) Quando um átomo adquire estabilidade? 

b) O que é ligação iônica? 

c) O que é eletrovalência? 

d) Qual é a tendência que, geralmente, ocorre nos metais e que facilita a formação da 
ligação iônica com um não-metal? 

e) Qual é a tendência que, geralmente, ocorre nos não-metais e que facilita a formação 
da ligação iônica com um metal? 

f) O raio de um cátion é maior, menor ou igual ao do átomo correspondente? 

g) O raio de um ânion é maior, menor ou igual ao do átomo correspondente? 




t 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





Atenção: Consulte os dados da Tabela Periódica sempre 
que necessário. 

Exercício resolvido 

1 (FEI-SP) Explicar por que o íon sódio (Na + ) é muito 
mais estável que o átomo de sódio (Na°). 

Resolução 

O sódio (Na°) tem configuração eletrônica 2 — 8 — 1 . 
Ao se transformar em íon de sódio (Na + ), a configu- 
ração passa a 2 — 8, idêntica à do gás nobre neônio, 
que é bastante estável. 

2 (UFF-RJ) Para que um átomo neutro de cálcio se transfor- 
me no íon Ca 2+ , ele deve: 

a) receber dois elétrons; d) perder dois prótons; 

b) receber dois prótons; e) perder um próton. 

c) perder dois elétrons; 

3 (UFRCS-RS) Ao se compararem os íons K + e BC com os 
respectivos átomos neutros de que se originaram, pode- 
se verificar que: 

a) houve manutenção da carga nuclear de ambos os íons. 

b) o número de elétrons permanece inalterado. 

c) o número de prótons sofreu alteração em sua quan- 
tidade. 

d) ambos os íons são provenientes de átomos que per- 
deram elétrons. 

e) o cátion originou-se do átomo neutro a partir do re- 
cebimento de um elétron. 

Exercício resolvido 

4 Os elementos A e 8 apresentam as seguintes confi- 
gurações eletrônicas: 

A: 2 — 8 — 8 — 2 e B: 2 — 8 — 7 
Qual é a fórmula esperada para o composto forma- 
do entre esses dois elementos e qual seria a ligação 
envolvida? 

Resolução 

O elemento A tem 2 elétrons em sua última camada 
eletrônica; sua tendência é perdê-los, transformando- 
se no cátion A 2+ . O elemento 6 tem 7 elétrons em sua 
última camada; sua tendência é receber 1 elétron, 
transformando-se no ânion 8”. Conseqüentemente, 
a fórmula esperada é AB 2 e a ligação envolvida é iônica. 


5 O átomo de alumínio tem configuração eletrônica 
2 — 8 — 3; o de oxigênio, 2 — 6. Quais são as configu- 
rações dos íons formados? Qual é a fórmula do compos- 
to resultante? 

6 (Mackenzie-SP) Para que os átomos de enxofre e potás- 
sio adquiram configuração eletrônica igual à dos gases 
nobres, é necessário que: 

(Dados: número atômico S = 16; K = 19.) 

a) o enxofre receba 2 elétrons e que o potássio receba 
7 elétrons. 

b) o enxofre ceda 6 elétrons e que o potássio receba 
7 elétrons. 

c) o enxofre ceda 2 elétrons e que o potássio ceda 1 elé- 
tron. 

d) o enxofre receba 6 elétrons e que o potássio ceda 1 elé- 
tron. 

e) o enxofre receba 2 elétrons e que o potássio ceda 1 elé- 
tron. 

7 (U. Católica Dom Bosco-MS) Um elemento de configura- 
ção 1 s 2 2s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 5 possui forte tendência para: 

a) perder 5 elétrons. d) ganhar 2 elétrons. 

b) perder 1 elétron. e) ganhar 1 elétron. 

c) perder 2 elétrons. 

Exercício resolvido 

8 (Fuvest-SP) Considere os íons isoeletrônicos: Li + , ET, 
B 3+ e Be 2+ (números atômicos: Li = 3; H = 1; B = 5; 

Be = 4). Coloque-os em ordem crescente de raio 
iônico, justificando a resposta. 

Resolução 

Os raios iônicos crescem na ordem decrescente dos 
números atômicos, isto é, B 3+ < Be 2+ < Li + < H“, pois 
o mesmo número de elétrons (2) da camada K está 
sendo atraído por uma carga nuclear cada vez menor. 

9 (UFF-RJ) Dois ou mais íons ou, então, um átomo e um 
íon que apresentam o mesmo número de elétrons deno- 
minam-se espécies isoeletrônicas. Comparando-se as es- 
pécies isoeletrônicas F , Na + , Mg 2+ e Aí 3+ , conclui-se que: 

a) a espécie Mg 2+ apresenta o menor raio iônico; 

b) a espécie Na + apresenta o menor raio iônico; 

c) a espécie F~ apresenta o maior raio iônico; 

d) a espécie Al 3+ apresenta o maior raio iônico; 

e) a espécie Na + apresenta o maior raio iônico. 


Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 


141 



Capítulo 06-QF1-PNLEM 


141 


29/5/05, 19:16 


10 (Esal-MG) Os íons Ca +2 , Mg +2 e K +1 estão intimamente 
relacionados com as características químicas do solo agrí- 
cola, sendo importantes para a nutrição das plantas. (Nú- 
meros atômicos: Ca = 20, Mg = 12, K = 19.) Das afir- 
mativas abaixo, a correta é: 

a) Ca +2 e K +1 são isoeletrônicos. 

b) Ca +2 e Mg +2 são isoeletrônicos. 

c) Mg +2 e K +1 são isoeletrônicos. 

d) Ca +2 , Mg +2 e K +1 são isoeletrônicos. 

e) Ca +2 , Mg +2 e K +1 apresentam o mesmo raio. 

Exercício resolvido 

1 1 (Acafe-SC) Num cristal de 
NaCl, a menor distância en- 
tre os núcleos dos íons Na + 
e Cl” é 2,76 A, e a distância 
entre os dois íons cloreto que 
se encostam é 3,26 A. 

Portanto, o raio do íon só- 
dio é: 

a) 2,76 Á d) 0,86 Á 

b) 0,95 Á e) 6,38 À 

c) 3,62 Á 




Resolução 

Se a distância entre dois íons cloreto é 3,26 A 
(ângstrom = 1 O” 10 metro), então seu raio iônico será 
3,26 : 2 = 1 ,81 A. Da distância entre os núcleos Na + 
e Cl”, que é 2,76 A, subtraímos o raio iônico do Cl” 
(1,81 Á) e teremos: 

2,76 Á - 1,81 Á = 0,95 Á. 

Alternativa b 

12 (PUC-RS) Responda a esta questão a partir da tabela a 
seguir, que apresenta os raios atômicos e iônicos de al- 
guns elementos genéricos. 


Elementos 
' _ genéricos 

Raio 

1 

II 

III 

IV 

Atômico (Á) 

1,57 

0,66 

1,06 

2,03 

Iônico (A) 

0,95 

1,40 

1,74 

1,33 


O exame da tabela mostra que, nesses casos, formam 
ânions os elementos genéricos: 

a) I e II c) I e IV e) III e IV 

b) I e III d) II e III 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



13 (U. Católica Dom Bosco-MS) Para adquirir configuração ele- 
trônica de gás nobre, o átomo de número atômico 1 6 deve: 

a) perder dois elétrons. 

b) receber seis elétrons. 

c) perder quatro elétrons. 

d) receber dois elétrons. 

e) perder seis elétrons. 

14 (UFRRJ) Os íons são formados a partir das propriedades dos 
elementos químicos. Observe as propriedades periódicas e 
as configurações eletrônicas dos elementos abaixo e indi- 
que o íon que será formado a partir de cada um deles. 

a) Cl c) Zn 

b) Ca d) K 

15 (U. F. Santa Maria-RS) O elemento titânio (Z = 22) tem, 
na sua camada de valência, 

a) 2 elétrons em orbitais d. 

b) 6 elétrons em orbitais p. 

c) 2 elétrons em orbitais p. 

d) 2 elétrons em orbital s. 

e) 4 elétrons em orbitais d. 

16 Em um composto, sendo A o cátion, 6 o ânion e A 3 8 2 a 
fórmula, provavelmente os átomos Ae B, no estado nor- 
mal, tinham, respectivamente, os seguintes números de 
elétrons periféricos: 

a) 3 e 2 d) 3 e 6 

b) 2 e 3 e) 5 e 6 

c) 2 e 5 

17 (UFPA) Sejam os elementos X, com 53 elétrons, e Y, com 
38 elétrons. Depois de fazermos a sua distribuição eletrô- 
nica, podemos afirmar que o composto mais provável 
formado pelos elementos é: 

a) YX 2 d) Y 2 X 

b) Y 3 X 2 e) YX 

c) V 2 X 3 


18 (Ufes) Para as espécies Br”, Rb + , Se” 2 , Sr +2 e Kr, a ordem 
crescente de carga nuclear e do raio iônico são, respecti- 
vamente: 

a) Se” 2 < Br” < Kr < Rb 1 < Sr +2 
Sr +2 < Rb + < Kr < Br”< Se” 2 

b) Sr +2 < Rb + < Kr < Br” < Se” 2 
Se” 2 < Br” < Kr < Rb + < Sr +2 

c) Br"< Se” 2 < Kr < Rb + < Sr +2 
Sr +2 < Rb + < Kr < Br”< Se” 2 

d) Br” < Se” 2 < Kr < Rb + < Sr +2 
Se” 2 < Br”< Kr < Rb + < Sr +2 

e) Se” 2 < Sr +2 < Br ” < Rb + < Kr 
Se” 2 < Sr +2 < Br < Rb + < Kr 

19 (Unicamp-SP) Mendeleyev, observando a periodicidade 
de propriedades macroscópicas dos elementos químicos 
e de alguns de seus compostos, elaborou a Tabela Perió- 
dica. O mesmo raciocínio pode ser aplicado às proprie- 
dades microscópicas. Na tabela a seguir, dos raios iônicos, 
dos íons dos metais alcalinos e acalino-terrosos, estão fal- 
tando os dados referentes ao Na + e ao Sr 2+ . Baseando-se 
nos valores da tabela, calcule, aproximadamente, os raios 
iônicos desses cátions. 


Raios iônicos (pm) 

Li + 

60 

Be 2+ 

31 

Na + 

— 

Mg 2+ 

65 

K” 

133 

Ca 2+ 

99 

Rb + 

148 

Srí + 

— 

Cs + 

160 

Ba 2+ 

135 


(1 picômetro (pm) = 1 • 10 12 m) 


Sugestão: Devido à variação gradativa dos raios iônicos, 
cada valor que falta na tabela dada é aproximadamente 
igual à média aritmética entre o raio iônico que o prece- 
de e o que o sucede na tabela. 


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Capitulo 06-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 19:16 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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3 


A 


LIGAÇÃO COVALENTE, MOLECULAR OU HOMOPOLAR 


3.1. Ligação covalente 

Consideremos, como primeiro exemplo, a união entre dois átomos do elemento hidrogênio (H) 
para formar a molécula da substância simples hidrogênio (H 2 ): 

H + H ► H 2 

Eletronicamente (as figuras são representações esquemáticas): 


r 


Antes da reação 




"A 


( D 1 + ■> # 

Átomo de hidrogênio Átomo de hidrogênio 

(1 elétron) (1 elétron) 


Após a reação 

A 


V 

; I 

0 


Molécula de hidrogênio 
(2 elétrons, compartilhados) 


Ou, abreviadamente: 


Ou, ainda: 


H* + xH 
H* + X H 


H 5H 


H — H 


Nesta última representação, o traço ( — ) está indicando o par de elétrons que os dois átomos de 
hidrogênio passam a compartilhar. Assim, por comodidade, costuma-se representar uma ligação covalente 
normal por um traço. 

A molécula H 2 é estável (isto é, os átomos não se separam) porque há um equilíbrio entre as forças 
de atração elétrica (entre núcleos e elétrons) e as forças de repulsão elétrica (entre os dois núcleos e 
entre os dois elétrons), como ilustramos na figura a seguir. 



Atrações entre cargas opostas: ► 

Repulsões entre cargas iguais: ► 


Na ligação covalente, entre átomos iguais, podemos falar também em raio covalente (r), como a 
metade do comprimento da ligação (d), isto é, metade da distância que separa os dois núcleos. 



I 




U d 

Observe, por fim, que cada átomo de hidrogênio dispõe de dois elétrons (o seu e o elétron com- 
partilhado). Esses dois elétrons, contudo, já completam a camada K, que é a única de que o hidrogênio 
dispõe. Desse modo, o hidrogênio adquire a configuração do gás nobre hélio. 


Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 


143 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


143 


6/7/05, 14:36 




A 


Consideremos, como segundo exemplo, a união entre dois átomos do elemento cloro (Cl), for- 
mando uma molécula de gás cloro (Cl 2 ). Note que, no esquema, só estão representados os elétrons da 
última camada eletrônica do cloro, isto é, sua camada de valência: 

:cr xCíí =► :chch ou ci—ci 

• • XX it XX 

Observamos que, na molécula final (Cl 2 ), há um par de elétrons compartilhado pelos dois 
átomos de cloro. Com isso, podemos dizer que cada átomo de cloro dispõe de seus sete elétrons mais 
um elétron compartilhado, perfazendo então o octeto, que dá a cada átomo a configuração estável 
de um gás nobre. Na molécula formada acima, os elétrons da última camada que não participam do 
par eletrônico compartilhado são comumente chamados elétrons não-ligantes ou pares eletrôni- 
cos isolados. 

Consideremos, como terceiro exemplo, a formação da molécula da substância simples oxigênio (0 2 ): 

• • XX • • XX 

o: ;o o:ío ou o=o 

• • XX M XX 

Cada átomo de oxigênio tem apenas seis elétrons na camada de valência. Os dois átomos se unem 
compartilhando dois pares eletrônicos, de modo que cada átomo "exerça domínio" sobre oito elétrons. 
Forma-se assim uma ligação dupla entre os átomos, que é indicada por dois traços na representação 
O — O (nos exemplos do H 2 e do Cl 2 , o único par eletrônico comum constitui uma ligação simples). 

Como quarto exemplo, vejamos a formação da molécula da substância simples nitrogênio (N 2 ): 

:n: xNx ■=> :n|Jn^ ou n = n 

Cada átomo de nitrogênio tem apenas cinco elétrons na camada periférica. Eles se unem compar- 
tilhando três pares eletrônicos. Forma-se assim uma ligação tripla entre os átomos, que é indicada 
pelos três traços na representação N = N. Desse modo, cada átomo está com o octeto completo, pois 
além de seus cinco elétrons, compartilha três elétrons com o átomo vizinho. 

Concluindo, definimos: 

Ligação covalente ou covalência é a união entre átomos estabelecida por pares 
de elétrons. 

Nesse tipo de ligação, a valência recebe o nome particular de covalência e corresponde ao número 
de pares de elétrons compartilhados. 

As fórmulas em que os elétrons aparecem indicados pelos sinais • e x são chamadas fórmulas 
eletrônicas ou fórmulas de Lewis. 

Quando os pares eletrônicos covalentes são representados por traços ( — ), chamamos essas repre- 
sentações de fórmulas estruturais planas; no último exemplo considerado: 

inJJní n = n n 2 

Fórmula de Lewis Fórmula estrutural plana Fórmula molecular 

Todos os exemplos dados até agora foram de 
substâncias simples. No entanto, as ligações covalentes 
aparecem ainda com maior freqüência entre as subs- 
tâncias compostas, como passamos a ilustrar. 

• Formação da molécula do cloridreto ou gás 
clorídrico (HCÍ) (página ao lado; uso de co- 
res-fantasia): 

h* *cí: h;cí: (ouh — cí) 

• • • • 


Cilbert Newton Lewis 

Nasceu nos Estados Unidos em 
1875. Foi professor de Química na 
Universidade de Berkeley, na Cali- 




r i 

o 

o 

X 

Q. 

V 

o 


fórnia. Lewis criou a teoria das liga- 
ções covalentes imaginando os elé- 
trons orientados em certas direções, 
nas quais formariam ligações quími- 
cas (1 91 6). Importante também foi 
sua nova teoria ácido-base (1923), 
que ampliou os conceitos aceitos até 
então. Lewis faleceu em 1946. 


144 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Agora, o comprimento da ligação (d) será a soma dos raios 
covalentes (r, + r 2 ) dos átomos envolvidos na covalência. O assunto na 
verdade é mais complicado, pois o raio covalente de um átomo pode variar 
conforme ele venha a se ligar a átomos diferentes. 

• Formação da molécula de água (H 2 0): 

H* + •O* + X H — ► H fo ; H ou H — O — H 

• • • • 

• Formação da molécula do amoníaco ou gás amónia (NH 3 ): 

Hx * N * xH H * N * H ou H — N — H 

* X • X 

H H N 

• Formação da molécula do gás carbônico (C0 2 ): 

XX XX XX XX 

os :c: ío o*:c:*o ou o=c=o 

XX XX XX XX 

Continuamos notando que cada átomo termina ficando com o octeto completo. De fato, cada 
oxigênio, além de seus seis elétrons, passa a ter mais dois (compartilhados com o carbono); e o átomo 
de carbono, além de seus quatro elétrons, passa a ter mais quatro (dois compartilhados com um dos 
átomos de oxigênio e mais dois compartilhados com o outro). 

Como conclusão, podemos dizer que a ligação é covalente quando os dois átomos apresentam a 
tendência de ganhar elétrons. Isso ocorre quando os dois átomos têm 4, 5, 6 ou 7 elétrons na última 
camada eletrônica, ou seja, quando os dois átomos já se "avizinham" na configuração de um gás nobre 
(e mais o hidrogênio, que, apesar de possuir apenas um elétron, está próximo da configuração do 
hélio). Em outras palavras, a ligação covalente aparece entre dois átomos de não-metais, ou semi- 
metais ou, ainda, entre esses elementos e o hidrogênio. Pela Classificação Periódica, visualizamos 
perfeitamente os elementos que se ligam por covalência: 




3.2. Caso particular da ligação covalente 

Vejamos como primeiro exemplo a formação da molécula de gás sulfuroso (S0 2 ): 

XX •• XX XX •• XX 

os : s : os — ► o 5 : s : os 

XX XX XX XX 

Observe que o par eletrônico destacado (que está ligando o enxofre ao segundo 
oxigênio) pertencia, de início, apenas ao enxofre. Trata-se não mais da ligação covalente 
usual, em que cada ligação é formada por 1 elétron de cada átomo, mas de uma covalência 
especial, na qual o par eletrônico é cedido apenas por um dos átomos da ligação. Antiga- 
mente, esse tipo de ligação era denominado de ligação dativa e indicado por uma seta 
que vai do átomo doador para o átomo receptor do par eletrônico, como mostramos ao 
lado. De qualquer modo, você continuará contando 8 elétrons ao redor de cada átomo. 

X X 

X O x 

O caso do anidrido sulfúrico (S0 3 ) é semelhante: xx ti xx 

o; : s : os 


Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 1 45 


o 

í 




Capitulo 06-QF1-PNLEM 


145 


6/7/05, 14:37 


A 


Um caso interessante é o do monóxido de carbono (CO), em que temos, entre o carbono e o 
oxigênio, duas ligações covalentes normais e uma especial (par eletrônico assinalado). 


Como exemplo final, vamos examinar a formação do íon amónio (NH 4 ), que se dá pela reação 

NH 3 + H + -» NH + 4 : 




+ 

H 

A" " 

• • N 

H 

• • 


í 

h;n;h + h + — t 

h;n;h 


H — N — H 

• X 

• X 



H 

H 


H 




Note que, inicialmente, o NH 3 tinha um par eletrônico livre, e o íon hidrogênio (H + ), por sua vez, 
estava sem elétrons (normalmente o H + provém de outra molécula na qual deixou seu próprio 
elétron). Assim, o H + compartilha o par eletrônico livre, que inicialmente era exclusivo 
do nitrogênio. 

Considerando ainda o exemplo do NH 4 é importante observar que, após a forma- 
ção do NH 4 , não há nenhuma diferença entre as quatro ligações covalentes aí exis- 
tentes. Em outras palavras, os quatro hidrogénios tornam-se perfeitamente equivalen- 
tes entre si. Desse modo, é mais correto representar o NH 4 como mostramos ao lado. 




OBSERVAÇÃO 


Somente por questões didáticas, ainda usaremos a seta nos exemplos seguintes, para indicar esse 
caso particular de ligação covalente. 



3.3. Fórmulas de compostos covalentes 

De modo geral, a montagem das fórmulas dos compostos covalentes, a partir das configura- 
ções eletrônicas de seus átomos formadores, não é um problema simples. A Classificação Periódica 
pode, todavia, ajudar na formulação dos compostos de estrutura mais simples. Veja na tabela. 


Colunas 


Estrutura 
eletrônica da 
camada externa 


4A 






5A 

- - - 




6A 


o 




7A 

Ú Q 

'''Q-Qr'' 


4 ligações 
simples 


H 

I 

{ H — C — H 

I 

H 


As quais poderão 
se distribuir em: 


2 ligações H 
simples f C = 0 
e 1 dupla [ H ^ 

1 ligação í 

simples \ H — C = N 
e 1 tripla [ 


2 ligações J 0 = c = 0 


duplas 


3 ligações 
simples 

1 ligação 
simples 
e 1 dupla 

1 ligação 
tripla 


3 ligações 
simples e 
1 ligação 
especial 



H — S — H 


o = s 


o = s; 


HO — N = O 

N = N 
H 

í 

{ H — N— H 

I 

H 


* O 
O 


O 


Há ainda o caso de 
o átomo receber 
uma ligação 
especial, como 
ocorre com o 3 S 
oxiqênio do ozônio 
( 0 3 ): 

0 = 0 — 0 


H — Cl 
HO — Cl — O 
Ho — a — o 
I 

o 

0 

t 

HO — CL - 

1 

O 


o 


146 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


146 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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A 


Com um pouco de prática evidentemente poderemos escrever fórmulas estruturais de substâncias 
mais complicadas, como, por exemplo: 


H — O — N 


* 


O 

H — O 

O 





o 

H — O 

O 


Ácido nítrico (HN0 3 ) 


Ácido sulfúrico (H 2 S0 4 ) 


Note que estamos constantemente utilizando três tipos de fórmula para um mesmo composto 
químico. Veja o exemplo do ácido sulfúrico: 


h 2 so 4 




H°*0 


O: 


XX ° c ° XX 
XX o o XX 

H ° * O x "Oi 


Fórmula molecular Fórmula estrutural plana 


Fórmula eletrônica ou de Lewis 


3.4. Compostos moleculares e compostos iônicos 

Um composto é considerado composto molecular quando apresenta exclusivamente ligações 
covalentes. Exemplos: 

O 

H— O— H o=C=0 0=sf 

O 

Água Gás carbônico Gás sulfúrico 

Um composto é considerado composto iônico desde que possua pelo menos uma ligação iônica 
(mesmo apresentando várias ligações covalentes). Por exemplo: 


o cloreto de sódio (NaCÍ): 

Na + Cr 






o nitrato de sódio (NaN0 3 ): 

Na + 

;o — 

% 


Na + 

\'0 


o sulfato de sódio (Na 2 SQ 4 ): 


. 

< 


Na + 

50 

O 


Nestes dois últimos exemplos, cada átomo de sódio "perdeu" 1 elétron para cada um dos primei- 
ros oxigénios que aparecem dentro dos colchetes. Essas ligações são iônicas. As outras são todas liga- 
ções covalentes. Dizemos então que esses dois compostos são iônicos. 

Num composto iônico não existem moléculas, mas aglomerados iônicos. Os íons formados por 
um único átomo, como, por exemplo, Na + Cl “, são chamados de íons (ou radicais) simples; quando 
formados por vários átomos (N0 3 , S0 4 etc.) são chamados de íons (ou radicais) compostos. 

Já dissemos, na página 1 39, que a ligação iônica é forte, pois mantém os íons fortemente "presos" 
no reticulado. Por esse motivo, os compostos iônicos são, em geral, sólidos de ponto de fusão e ponto 
de ebulição elevados. Pelo contrário, em um composto totalmente covalente, as moléculas se atraem 
menos intensamente. Em conseqüência, os compostos covalentes são, em geral, gases (H 2 , C0 2 etc.) 
ou líquidos de ponto de ebulição baixo (H 2 0, HN0 3 etc.). 

Capítulo 6 • As ligações químicas 1 47 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


147 


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A 


3.5. Exceções à regra do octeto 

Hoje são conhecidos compostos que não obedecem à regra do octeto. 

• Em alguns casos, as ligações se completam com menos de 8 elétrons. Isso acontece com o berílio 
(Be) e o boro (B), que, em certas moléculas não apresenta o octeto completo. Exemplos: 

BeH 2 H J Be x H Aqui há apenas 4 elétrons ao redor do berílio. 

XX XX 

BF 3 x F x B x F x Aqui há apenas 6 elétrons ao redor do boro. 

XX 0 x XX 

x r x 
x r x 
x x 


• Em outros casos, as ligações perfazem mais do que 8 elétrons. Ocorre geralmente com o fósforo 
(P) e o enxofre (S), que, em certas moléculas, aparecem com 10 e 12 elétrons na camada de 
valência. Exemplos: 


X X 

x r/ x 

XV-tx 

XX X XX 

PCL xClx 0 0 xClx Aqui há 10 elétrons ao redor do fósforo. 

XX P XX 

o o 

ídí 5c a 

XX XX 


sf 5 


X X 

x r x 

xl"x 

xx x xx 

x C o p x 

XIX XIX 

XX C XX 

X X 0^0 X X 
x r x ° ° x r x 

x r o |- x 

XX x XX 

x r x 

xix 
x x 


Aqui há 12 elétrons ao redor do enxofre. 


Esses casos só ocorrem quando o átomo central é relativamente grande, para que possa acomodar 
tantos elétrons ao seu redor. Por isso, essa chamada camada de valência expandida só aparece em 
elementos do 3 2 período da Tabela Periódica para baixo. 

• Há poucos compostos em que a camada de valência é completada com número ímpar de 
elétrons. Por exemplo, no caso dos compostos NO, N0 2 e CÍ0 2 temos 7 elétrons ao redor do 
nitrogênio e do cloro: 

N ox O (N = 0) OÍ°N°°°OÍ (0 = N — O) e 0í°d°£0 (0 = CI = 0) 

o o XX XX XX XX o XX 


• Compostos dos gases nobres. Embora no início deste capítulo tenhamos dito que os gases no- 
bres têm "pouca vontade" de se unir a outros elementos, a partir de 1962 foram produzidos 
vários compostos de gases nobres. Exemplos: 


o 

XX o XX 

XeF 2 x F Xo Xe oX F x Aqui há 1 0 elétrons ao redor do xenônio. 

XX o o XX 
o o 


XeF 4 


X X 

x F 

xix 
x x 

X X „ 


Xe 


X X 

F x 

XI X 
X X 
, X X 


Aqui há 12 elétrons ao redor do xenônio. 


Esses compostos também só ocorrem com os gases nobres de átomos grandes, que comportam a 
camada expandida de valência. 


148 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


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AlW 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é ligação covalente? 

b) O que é comprimento da ligação covalente? 

c) O que a fórmula de Lewis mostra? 

d) O que um composto deve apresentar para ser iônico? 

e) O que um composto deve apresentar para ser considerado covalente? 




*§'] 





FYFDrírmC Registre as respostas 
CAEKUUUa em seu caderno 




20 (FEI-SP) A fórmula N = N indica que os átomos de nitro- 
gênio estão compartilhando três: 

a) prótons. 

b) elétrons. 

c) pares de prótons. 

d) pares de nêutrons. 

e) pares de elétrons. 

21 (Unifor-CE) À molécula de água, H 2 0, pode-se adicionar 
o próton H + , produzindo o íon hidrônio H 3 CT. 


H — O — H 


(x = elétron) 


H 



H 


No íon hidrônio, quantos pares de elétrons pertencem, 
no total, tanto ao hidrogênio quanto ao oxigênio? 

a) 1 d) 4 

b) 2 e) 6 

c) 3 


22 (Mackenzie-SP) Dados: O (Z = 8); C (Z = 6); F (Z = 9); 
H(Z= 1). 

A molécula que apresenta somente uma ligação covalente 
normal é: 

a) F 2 d) 0 3 

b) 0 2 e) H 2 0 

c) CO 


b) Na + 


O — N 




O 


O 


(fórmula estrutural) 


Na + 


O 


o;n: 


o, 


(fórmula de Lewis) 


Note que o NaN0 3 é um composto iônico devi- 
do à ligação iônica entre o Na + e o N0 3 (apesar 
de todas as ligações no interior do N0 3 serem 
covalentes). 


24 Escreva a fórmula estrutural plana e a fórmula de Lewis 
do hidreto de fósforo (PH 3 ). 

25 (U. Católica de Salvador-BA) Ao formar ligações covalentes 
com o hidrogênio, a eletrosfera do silício adquire confi- 
guração de gás nobre. Com isso, é de se esperar a forma- 
ção da molécula: 

a) SiH d) SiH 4 

b) SiH 2 e) SiH 5 

c) SiH 3 

Exercício resolvido 


Exercício resolvido 

23 Escreva as fórmulas estruturais planas e as fórmulas 
de Lewis dos seguintes compostos: 

a) H 2 C0 3 

b) NaNO, 

Resolução 

H-O^ 

a ) C = 0 (formula estrutural) 

H — O 

O o 

HSOS 

Xo o o 

C xo O (fórmula de Lewis) 

Xo o o 

HSOS 

Veja que o H 2 C0 3 é um composto molecular, pois 
todas as suas ligações são covalentes. 


26 (Acafe-SC) Considerando dois elementos, Ae B, com 
números atômicos 20 e 1 7, a fórmula e o tipo de 
ligação do composto formado estão na alternativa: 

a) AB 2 — ligação covalente 

b) A 2 B — ligação iônica 

c) AB 2 — ligação iônica 

d) A 2 B — ligação covalente 

e) A 7 B 2 — ligação iônica 

Resolução 

Na própria Tabela Periódica vemos que o elemento A, 
de número atômico 20, é o cálcio (de distribuição 
eletrônica 2 — 8 — 8 — 2);eo elemento 6, com 
número atômico 1 7, é o cloro (de distribuição ele- 
trônica 2 — 8 — 7). Sendo assim, o cálcio cede dois 
elétrons e forma o Ca 2+ , e o cloro recebe um elétron 
e forma o Cl Conseqüentemente, a fórmula será 
CaCt 2 ou AB 2 . 

Alternativa c 


Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 


149 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


149 


29/5/05, 19:17 


27 (Vunesp) Os elementos X e Y têm, respectivamente, 2 e 
6 elétrons na camada de valência. Quando X e Y reagem, 
forma-se um composto: 

a) covalente, de fórmula XY 

b) covalente, de fórmula XY 2 

c) covalente, de fórmula X 2 K 3 

d) iônico, de fórmula X 2+ L 2_ 

e) iônico, de fórmula X 2 Y 2 ~ 


tos deverão formar um composto covalente, com 
o fósforo na posição central. Assim, teremos: 

F 

I 

F — P — F 

Alternativa d 


Exercício resolvido 

28 (FMSCSP-SP) Qual das fórmulas abaixo é prevista 
para o composto formado por átomos de fósforo e 
flúor, considerando o número de elétrons da cama- 
da de valência de cada átomo? 

a) P = F 

b) P — F = P 

c) F — P = F 

F 

I 

d) F — P — F 

P 

I 

e) P— F — P 


29 (Mackenzie-SP) 


Ca 2 


O. 


O' 


O 


O 


Relativamente à fórmula estrutural acima, dados os nú- 
meros atômicos Ca = 20, 0 = 8eS = 16, é correto 
afirmar que: 

a) existem duas ligações iônicas e quatro ligações covalentes. 

b) existem somente ligações covalentes normais. 

c) o oxigênio cede dois elétrons para o cálcio. 

d) o enxofre recebe dois elétrons do cálcio. 

e) o cálcio, no estado fundamental, apresenta seis elé- 
trons na camada de valência. 

30 (U. Católica Dom Bosco-MS) Conhecidas as estruturas de 
Lewis (fórmulas eletrônicas) dos elementos 


Resolução 

O fósforo tem 5 elétrons em sua camada de valência 
e tende, portanto, a ganhar 3 elétrons. O flúor tem 
7 elétrons em sua camada de valência, tendendo, 
portanto, a ganhar 1 elétron. Logo, os dois elemen- 


a • e : • c • • d • : e : 

• • • • 

podemos afirmar que algumas substâncias possíveis de se 
formar são: 

a) A 2 B e fi 2 C d) D 2 e E 2 

b) A 2 D e BD e) BD e C 2 

c) C 2 D e D 2 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES "Imslucademo 35 



31 (Unifor-CE) Quando se comparam as espécies químicas 
CH 4 , NH 3 e NaCÍ, pode-se afirmar que os átomos estão 
unidos por ligações covalentes somente no: 

a) CH 4 e no NH 3 

b) NH 3 e no NaCÍ 

c) CH 4 e no NaCÍ 

d) CH 4 

e) NH 3 

32 (UFPA) Os átomos dos elementos se ligam uns aos outros 
através de ligação simples, dupla ou tripla, procurando 
atingir uma situação de maior estabilidade, e o fazem de 
acordo com a sua valência (capacidade de um átomo 
ligar-se a outros), conhecida através de sua configuração 
eletrônica. Assim, verifica-se que os átomos das molécu- 
las H 2 , N 2 , 0 2 , Cí 2 estão ligados de acordo com a valência 
de cada um na alternativa: 

a) N = N, O = O, Cí — Cí, H — H 

b) H — H, N = N, O — O, Cí = Cí 

c) N = N, O — O, H = H, Cí = Cí 

d) H — H, O = O, N — N, Cí = Cí 

e) Cí — Cí, N = N, H = H, O = O 

33 (FEI-SP) Dentre os compostos a seguir, indique qual de- 
les apresenta apenas ligações covalentes normais: 

a) S0 3 

b) NaCÍ 

c) NH 3 

d) o 3 

e) H 2 S0 4 


34 Sabendo que no composto HCÍ0 4 o hidrogênio acha-se 
ligado na forma H — O — e que todos os átomos do 
oxigênio se ligam ao cloro, escreva a sua fórmula estru- 
tural plana e a de Lewis. 

35 (UCS-RS) Nas fórmulas estruturais de ácidos abaixo, X 
representa um elemento químico. 


I. H — O — X 




O 


O 


H — O 


H — O 



O 

O 


H — O ff — O 

II. ">=0 IV. H — O— X— O 

H— O H— O 

Os elementos que substituem corretamente o X nas fór- 
mulas estruturais são, respectivamente: 

a) N, C, S, P 

b) N, Si, Se, Br 

c) P, C, Se, N 

d) N, Sn, As, P 

e) P, Pb, Br, As 

36 (Cesgranrio-R)) Das espécies químicas abaixo, indique 
aquela que não obedece à regra do octeto. 

a) MgBr 2 

b) AÍCÍ 3 

c) C0 2 

d) NaCÍ 

e) S0 2 


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Capitulo 06-QF1-PNLEM 


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D LIGAÇÃO METÁLICA 


Os metais e as ligas metálicas são cada vez mais importantes em nosso dia-a-dia. 



O aço é muito empregado 
em construções, na 
produção de veículos, 
fogões, geladeiras etc. 



O alumínio também é usado 
em construções, fabricação 
de utensílios domésticos, 
latas etc. 



O cobre é usado em fios 
elétricos e na construção 
de alambiques etc. 



O magnésio é “leve” e, por 
isso, empregado em rodas 
de automóveis, partes de 
aviões etc. 


4.1. Estrutura dos metais 

No estado sólido, os átomos dos metais (e de alguns semimetais) se agrupam de forma geometri- 
camente ordenada, dando origem às células, ou grades, ou reticulados cristalinos. Os reticulados 
unitários mais comuns dentre os metais são mostrados nas representações (com cor-fantasia) abaixo: 




Cúbico de corpo 
centrado (CCC) 




Cúbico de faces 
centradas (CFC) 



Hexagonal compacto (HC) 


Cada reticulado metálico é, na verdade, formado por 
milhões e milhões de átomos. Esse conjunto pode ser consi- 
derado uma estrutura molecular gigante, mas não passa, 
em geral, de um cristal microscópico. Examinando um pe- 
daço de metal ao microscópio, perceberemos aspecto se- 
melhante ao da figura ao lado, em que notamos um "amon- 
toado" de cristais, dispostos de forma desordenada. (Aliás, 
se você olhar com atenção uma folha de zinco limpa, que é 
uma chapa de aço recoberta por uma fina camada de zinco, 
enxergará, mesmo a olho nu, os cristais de zinco que for- 
mam a superfície da chapa.) 



Imagem colorizada artificialmente da estrutura de 
uma amostra de aço com 0,35% de carbono, vista 
ao microscópio, com aumento de 125 vezes. 


Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 


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Capitulo 06-QF1-PNLEM 


151 


ASTRID & HANNS-FRIEDER CID 

MICHLER / SPL-STOCK PHOTOS 







4.2. A ligação metálica 

Uma das principais características dos metais é a condução fácil da eletricidade. A consideração de 
que a corrente elétrica é um fluxo de elétrons levou à criação da chamada teoria da nuvem eletrônica 
(ou teoria do mar de elétrons), que passamos a explicar. 

Em geral, os átomos dos metais têm apenas 1, 2 ou 3 elétrons na última 
camada eletrônica; essa camada está normalmente afastada do núcleo, que, conse- 
qüentemente, atrai pouco aqueles elétrons. Como resultado, os elétrons escapam 
facilmente do átomo e transitam livremente pelo reticulado. Desse modo, os áto- 
mos que perdem elétrons transformam-se em cátions, os quais podem, logo de- 
pois, receber elétrons e voltar à forma de átomo neutro, e assim sucessivamente. 

Concluindo, podemos dizer que, segundo essa teoria, o metal seria um aglomerado de átomos 
neutros e cátions, mergulhados em uma nuvem (ou "mar") de elétrons livres (costuma-se também 
dizer que esses elétrons estão deslocalizados). Assim, a "nuvem" de elétrons funcionaria como uma 
ligação metálica, mantendo os átomos unidos. 


4.3. Propriedades dos metais 

Em virtude de sua estrutura e do tipo de ligação, os metais apresentam uma série de propriedades 
características que, em geral, têm muitas aplicações práticas em nosso dia-a-dia. Listamos abaixo aque- 
las que podemos citar como principais propriedades dos metais. 

• Brilho metálico: os metais, quando polidos, refletem a luz como se fossem espelhos, o que 
permite o seu uso em decoração de edifícios, lojas etc. 

• Condutividades térmica e elétrica elevadas: os metais, em geral, são bons condutores de calor 
e eletricidade. Isso é devido aos elétrons livres que existem na ligação metálica, como foi explica- 
do no item anterior, e que permitem um trânsito rápido de calor e eletricidade através do metal. 
A condução do calor é importante, por exemplo, no aquecimento de panelas domésticas e cal- 
deiras industriais; a condução da eletricidade é fundamental nos fios elétricos usados nas residên- 
cias, escritórios e indústrias. 

• Densidade elevada: os metais são, em geral, densos. Isso resulta das estruturas compactas, 
explicadas na página anterior, e está também de acordo com a variação das densidades absolu- 
tas, vista na página 127, no estudo das propriedades periódicas dos elementos químicos. 

• Pontos de fusão e de ebulição elevados: os metais, em geral, fundem e fervem em temperatu- 
ras elevadas, como vimos na página 127, no estudo das propriedades periódicas. Isso acontece 
porque a ligação metálica é muito forte, e "segura" os átomos unidos com muita intensidade. 
Note que isso é muito importante na construção de caldeiras, tachos, reatores industriais etc., em 
que ocorrem aquecimentos intensos. 

• Resistência à tração: os metais resistem bastante às forças que, quando aplicadas, tendem a 
alongar uma barra ou fio metálico. Essa propriedade é também uma conseqüência da "força" 
com que a ligação metálica mantém os átomos unidos. Uma aplicação importante da resistência 
à tração é a aplicação dos metais em cabos de elevadores ou de veículos suspensos (como os 
bondinhos do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro); outra aplicação é a colocação de vergalhões de 
aço dentro de uma estrutura de concreto para torná-la mais resistente - é o chamado concreto 
armado, de largo uso na construção de pontes, edifícios etc. 

• Maleabilidade: é a propriedade que os metais apresentam de 
se deixarem reduzir a chapas e lâminas bastante finas, o que se 
consegue martelando o metal aquecido ou, então, passando o 
metal aquecido entre cilindros laminadores, que o vão acha- 
tando progressivamente, originando, assim, a chapa metálica 
(essa mesma técnica é usada nos cilindros que "abrem" massa de macarrão, pastel etc.). Isso é 
possível porque os átomos dos metais podem "escorregar" uns sobre os outros. Essa é uma das 
propriedades mais importantes dos metais, se considerarmos que as chapas metálicas são muito 
usadas na produção de veículos, trens, navios, aviões, geladeiras etc. O ouro é o metal mais 
maleável que se conhece; dele são obtidas lâminas com espessura da ordem de 0,0001 mm, 
usadas na decoração de imagens, estatuetas, bandejas etc. 



152 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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Ductilidade: é a propriedade que os metais apresentam de se dei- 
xarem transformar em fios, o que se consegue "puxando" o metal 
aquecido através de furos cada vez menores. A explicação para isso 
é semelhante à da maleabilidade. Os fios produzidos, de maior ou 
menor diâmetro, são muito usados nas construções, em concreto 
armado ou como fios elétricos e arames de vários tipos. O ouro é também o metal mais dúctil que se 
conhece; com 1 grama de ouro é possível obter um fio finíssimo com cerca de 2 km de comprimento. 




Responda em 
seu caderno 


a) Qual é a denominação dada à estrutura originada do ordenamento geométrico dos 
átomos dos metais? 

b) Quais são os três reticulados mais comuns entre os metais? 

c) O que é ligação metálica? 

d) O que é maleabilidade? 

e) O que é ductilidade? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


37 (Fuvest-SP) As figuras abaixo representam, esquema- 
ticamente, estruturas de diferentes substâncias, à tempe- 
ratura ambiente. 



(I) (II) (III) 


Sendo assim, as figuras I, II e III podem representar, res- 
pectivamente, 

a) cloreto de sódio, dióxido de carbono e ferro. 

b) cloreto de sódio, ferro e dióxido de carbono. 

c) dióxido de carbono, ferro e cloreto de sódio. 

d) ferro, cloreto de sódio e dióxido de carbono. 

e) ferro, dióxido de carbono e cloreto de sódio. 


38 



(Enem-MEC) Observe nas questões 38 e 39 o que foi feito 
para colocar bolinhas de gude de 1 cm de diâmetro numa 
caixa cúbica com 1 0 cm de aresta. 

Uma pessoa arrumou as 
bolinhas em camadas super- 
postas iguais, tendo assim 
empregado: 

a) 100 bolinhas 

b) 300 bolinhas 

c) 1 .000 bolinhas 

d) 2.000 bolinhas 

e) 10.000 bolinhas 


39 Uma segunda pessoa procurou encontrar 
outra maneira de arrumar as bolas na cai- 
xa, achando que seria uma boa idéia 
organizá-las em camadas alternadas, onde 
cada bolinha de uma camada se apoiaria 
em 4 bolinhas da camada inferior, como 
mostra a figura. Desse modo, ela conse- 
guiu fazer 12 camadas. Portanto, ela con- 
seguiu colocar na caixa: 



a) 729 bolinhas d) 1 .086 bolinhas 

b) 984 bolinhas e) 1.200 bolinhas 

c) 1 .000 bolinhas 

40 Dos elementos cloro, fósforo e mercúrio, qual é o que 
apresenta caráter metálico mais pronunciado? Por quê? 

41 (UFU) Entre as substâncias simples puras constituídas por 
átomos de S, As, Cd, I e Br, a que deve conduzir melhor a 
corrente elétrica é a substância: 

a) enxofre c) cádmio e) bromo 

b) arsênio d) iodo 

42 (PUC-MG) As propriedades ductilidade, maleabilidade, 
brilho e condutividade elétrica caracterizam: 

a) cloreto de potássio e alumínio 

b) cobre e prata 

c) talco e mercúrio 

d) grafita e diamante 

e) aço e P.V.C. 

43 (UFC-CE) Nenhuma teoria convencional de ligação quí- 
mica é capaz de justificar as propriedades dos compostos 
metálicos. Investigações indicam que os sólidos metáli- 
cos são compostos de um arranjo regular de íons positi- 
vos, no qual os elétrons das ligações estão apenas parcial- 
mente localizados. Isso significa dizer que se tem um ar- 
ranjo de íons metálicos distribuídos em um "mar" de elé- 
trons móveis. 

Com base nessas informações, é correto afirmar que os 
metais, geralmente: 

a) têm elevada condutividade elétrica e baixa condu- 
tividade térmica. 

b) são solúveis em solventes apoiares e possuem baixas 
condutividades térmica e elétrica. 

c) são insolúveis em água e possuem baixa condutividade 
elétrica. 

d) conduzem com facilidade a corrente elétrica e são so- 
lúveis em água. 

e) possuem elevadas condutividades elétrica e térmica. 


Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 


153 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


153 


29/5/05, 19:18 


LEITURA 


LIGAS METÁLICAS 


Ligas metálicas são uniões de dois ou mais metais, podendo ainda incluir semimetais ou não-metais, 
mas sempre com predominância dos elementos metálicos. 

Podemos dizer que as ligas metálicas têm maiores aplicações práticas que os próprios metais puros. 
Exemplos: 



0 aço inoxidável é uma liga de ferro, carbono, níquel e cromo. É usado 
em balcões de supermercado, talheres, pias de cozinha, vagões de 
metrô etc. 



O bronze é uma liga de cobre e 
estanho. É usado em estátuas, sinos etc. 


As ligas metálicas são preparadas, em geral, aquecendo conjuntamente os metais, até sua fusão com- 
pleta, e depois deixando-os esfriar e solidificar completamente. 

As propriedades físicas e químicas das ligas metálicas podem ser muito diferentes das propriedades 
dos elementos que lhes deram origem. Isso vai depender de muitos fatores, dentre os quais destacamos: 
os próprios elementos que formam a liga; a proporção em que eles estão misturados; a estrutura crista- 
lina da liga; o tamanho e a arrumação dos cristais microscópicos assim formados; e até mesmo dos 
tratamentos que a liga venha a sofrer, como, por exemplo, martelamento, laminação, trefilação e vários 
tipos de tratamento térmico (que consistem no aquecimento da liga, seguido de um resfriamento mais 
rápido ou mais lento). Na verdade, esses tratamentos térmicos alteram as propriedades das ligas metá- 
licas porque alteram o tamanho e a arrumação dos cristais microscópicos que as formam. Mas é exata- 
mente a possibilidade de ter as suas propriedades tão alteradas que faz com que as ligas metálicas 
tenham ampla aplicação. Exemplos: 

• dissemos que os metais têm, em geral, condutividade elétrica elevada; uma liga de níquel e cromo, 
porém, tem condutividade elétrica baixa e, por esse motivo, é usada nas resistências dos ferros 
elétricos, chuveiros elétricos etc.; 

• os metais têm, em geral, pontos de fusão elevados. No entanto, uma liga com 70% de estanho e 
30% de chumbo funde a 192 °C, sendo então usada como solda em aparelhos eletrônicos; 

• o aço comum (liga de ferro com 0,1 a 0,8% de carbono) tem maior resistência à tração do que o 
ferro puro; 

• o aço inoxidável (por exemplo, com ferro, 0,1 % de carbono, 1 8% de cromo e 8% de níquel) não 
enferruja, como acontece com o ferro e o aço comum. 


■ 

Questões sobre a leitura 

Responda em 
seu caderno 




44 O que é uma liga metálica? 

45 Como são preparadas as ligas metálicas? 

46 Cite três fatores responsáveis pelas propriedades das ligas metálicas. 

47 Que são tratamentos térmicos nos metais? 

154 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


154 


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r 

DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




48 (UFRRJ) lons são estruturas eletricamente carregadas, 
podendo ser positivas, quando perdem elétrons, e nega- 
tivas, quando ganham. Considerando um certo íon de 
carga +2, cujo número de prótons é a metade do seu 
número de massa, que é 40, podemos afirmar que a dis- 
tribuição eletrônica para esse íon será: 

a) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 6 4s 2 3 d 2 

b) 1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3 p 6 4s 2 

c) 1 s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 

d) 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 4 4s 2 

e) 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 4 4s 2 3d 2 

49 (Mackenzie-SP) O íon Se 2 ~ tem 34 prótons e é 
isoeletrônico do íon Sr 2+ . A distribuição eletrônica do 
átomo de estrôncio é: 

a) Is 2 , 2s 2 , 2 p 6 , 3S 2 , 3 p 6 , 4s 2 , 3 d 10 , 4 p 6 

b) Is 2 , 2s 2 , 2 p 6 , 3 s 2 , 3 p 6 , 4s 2 , 3d 10 , 4p 6 , ós 2 

c) Is 2 , 2s 2 , 2 p 6 , 3S 2 , 3p 6 , 4s 2 , 3d 10 , 4p 2 

d) Is 2 , 2s 2 , 2 p 6 , 3S 2 , 3p 6 , 4s 2 , 3d 10 , 4p 4 

e) Is 2 , 2s 2 , 2 p 6 , 3S 2 , 3p 6 , 4s 2 , 3d 10 

50 (PUC-Campinas-SP) Os átomos de certo elemento metá- 
lico possuem, cada um, 3 prótons, 4 nêutrons e 3 elé- 
trons. A energia de ionização desse elemento está entre 
as mais baixas dos elementos da Tabela Periódica. Ao 
interagir com halogênio, esses átomos têm alterado o 
seu número de: 

a) prótons, transformando-se em cátions. 

b) elétrons, transformando-se em ânions. 

c) nêutrons, mantendo-se eletricamente neutros. 

d) prótons, transformando-se em ânions. 

e) elétrons, transformando-se em cátions. 

51 (Uniceub-DF) O elemento hipotético X, de número atô- 
mico 19 e número de massa 40, ao se combinar com 
enxofre, formará um composto do tipo: 

a) XS 2 covalente. d) X 2 5 eletrovalente. 

b) X 2 S 3 eletrovalente. e) X5 eletrovalente. 

c) X 2 S covalente. 

52 (UFF-RJ) Estão representadas por X, feZas configura- 
ções eletrônicas fundamentais de três átomos neutros: 
X: 1 s 2 2s 2 2 p 6 3S 2 3 p 6 4s 2 

Y: 1 s 2 2s 2 2 p 3 

Z: 1 s 2 2s 2 2 p 6 3s 2 3 p 5 

Pode-se concluir que: 

a) A espécie formada por X e Z é predominantemente 
iônica e de fórmula X 2 Z. 

b) A espécie formada por Y e Z é predominantemente 
covalente e de fórmula YZ. 

c) A espécie formada por X e Z é predominantemente 
iônica e de fórmula XZ 2 . 

d) A espécie formada por Xe fé predominantemente 
covalente e de fórmula X 2 T 3 . 

e) A espécie formada por Y e Z é predominantemente 
iônica e de fórmula XZ 3 . 

53 (Mackenzie-SP) i+ 

o 

Na +1 »• N 3 : 

°i+ 

Na 

representa uma substância: 


Capítulo 6 • As LIGAÇÕES QUÍMICAS 


a) iônica, de fórmula NaN 3 . 

b) molecular, de fórmula NaN. 

c) molecular, de fórmula N 2 Na 3 . 

d) iônica, de fórmula Na 3 N. 

e) iônica, de fórmula Na 3 N 3 . 

54 (UFRN) O níquel é um elemento utilizado em baterias de 
aparelhos de telefonia móvel. Com base nos conhecimen- 
tos sobre a Tabela Periódica, pode-se afirmar que esse 
elemento: 

a) pertencem à mesma família do cobalto. 

b) tem raio atômico maior que o do íon Ni 2+ . 

c) é mais reativo que o potássio. 

d) é isoeletrônico do BC. 

e) tem densidade maior que a do mercúrio. 

55 (U. F. Santa Maria-RS) O sal de cozinha (NaCl) contém 
iodeto de potássio (Kl) em concentrações muito peque- 
nas, pois traços do íon iodeto na dieta ajudam a prevenir 
o alargamento da glândula da tireoide. 

Em relação aos íons presentes nesses sais, pode-se afirmar: 

I. Os íons Na + e K + pertencem ao mesmo período da 
Tabela Periódica. 

II. O íon T tem raio iônico maior que o íon Cl , pois T 
tem um maior número de camadas. 

III. O íon K* tem potencial de ionização maior que o íon 
l _ , pois os elétrons do íon K + se encontram mais afas- 
tados do núcleo. 

Está(ão) correta(s): 

a) apenas I. d) apenas I e II. 

b) apenas II. e) I, II e III. 

c) apenas III. 

56 (UFMG) Com relação aos íons K + e Cl , é incorreto afir- 
mar que: 

a) ambos apresentam o mesmo número de elétrons que 
o átomo de argônio. 

b) o ânion C V é maior que o átomo neutro de cloro. 

c) o átomo neutro de potássio absorve energia para se 
transformar no cátion K + . 

d) um elétron é transferido do CfT para o K + , quando 
esses íons se ligam. 

57 (UFC-CE) O gálio, que é utilizado na composição dos chips 
dos computadores, apresenta-se como um elemento quí- 
mico de notáveis propriedades. Dentre estas, destaca-se 
a de se fundir a 30 °C e somente experimentar ebulição a 
2.403 °C, à pressão atmosférica. 

Com relação a esse elemento, é correto afirmar que: 

a) sua configuração eletrônica, no estado fundamental, 
é [Ne]3d l0 4s 2 4p 1 , tendendo a formar ânions. 

b) apresenta, no estado fundamental, três elétrons 
desemparelhados, encontrando-se sempre no estado 
líquido, independente da temperatura. 

c) seu íon mais estável é representado por Ca 13+ , resul- 
tando na mesma configuração eletrônica do elemen- 
to neônio. 

d) apresenta-se no estado sólido, em temperaturas acima 
de 30 °C e, no estado líquido, em temperaturas abaixo 
de 2.403 °C. 

e) experimenta processo de fusão ao ser mantido por 
um longo período de tempo em contato com a mão 
de um ser humano normal. 


155 



Capitulo 06-QF1-PNLEM 


155 


29/5/05, 19:18 


Tópicos do capítulo 

1 A estrutura espacial das 
moléculas 

2 Eletronegatividade/Polaridade 
das ligações e das moléculas 

3 Oxidação e redução 

4 Forças (ou ligações) 
intermoleculares 

Leitura: Semicondutores 


A GEOMETRIA MOLECULAR 



Representação da estrutura molecular da ribose. 


Apresentação do capítulo 


No capítulo anterior, vimos como os átomos se unem para formar as substâncias 
químicas. Agora, vamos falar da estrutura espadai das moléculas. Existem moléculas 
formadas por milhares de átomos que assumem estruturas geométricas bastante 
complicadas. É o caso, por exemplo, das proteínas, que têm grande importância biológica. 
Nesse particular, é interessante notar que a proteína só é eficaz quando tem uma estrutura 
geométrica bem definida. 

Além das ligações entre os átomos, que ocorrem dentro das moléculas (ligações 
intramoleculares), existem também as ligações entre as próprias moléculas (ligações 
intermoleculares). Neste capítulo, falaremos também dessas ligações intermoleculares e de 
suas influências sobre as propriedades físicas das substâncias. 


156 30/5/05,9:21 


Capitulo 07A-QF1-PNLEM 



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A 



A ESTRUTURA ESPACIAL DAS MOLÉCULAS 


1 . 1 . Conceitos gerais 

A teoria das ligações covalentes de Lewis, que vimos no capítulo anterior, foi muito importante para 
o desenvolvimento da Química. No entanto, essa teoria não explicava a disposição (arrumação) dos áto- 
mos na molécula. Hoje sabemos que as moléculas bem simples, como H 2 , 0 2 , HCÍ, H 2 0 etc., são molécu- 
las planas. As moléculas mais complexas, porém, são quase sempre tridimensionais, isto é, têm seus 
átomos arrumados em uma estrutura (formato) espacial. Assim, passou-se a falar em geometria molecular. 
Um caso bastante comum é o da existência de um átomo central rodeado, no espaço, por vários outros 
átomos. Uma analogia bem simples pode ser feita com balões, amarrados como nas figuras abaixo: 

Por que os balões assumem espontaneamente essas arrumações? Porque cada balão parece "em- 
purrar" o balão vizinho de modo que, no final, todos ficam na disposição mais espaçada (esparramada) 
possível. Dizemos, também, que essa é a arrumação mais estável para os balões. 

Pois bem, com os átomos acontece exatamente o mesmo, quando formam as moléculas. A 
tabela abaixo dá alguns exemplos comuns, nos quais o átomo central ocupa o lugar do nó que é 
dado nos balões. 


Fórmula 

molecular 

Modelo "de bolas" 

Modelo "de preenchimento 
espacial" ou de Stuart 

Tipo de estrutura 
molecular 

Número de átomos ao 
redor do átomo central 

BeH 2 

H Be H 

<* 


Linear 

(é plana) 

2 

bf 3 

E • ■ 

& 

Trigonal 

(é plana) 

3 

CH„ 


& 

Tetraédrica 

(é espacial) 

4 

PCX- 

! • Cl 

V 

Bipirâmide 

trigonal 

(é espacial) 

5 

sf 6 

2§S 

1 


!) 

Octaédrica 

(é espacial) 

6 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


157 



Capitulo 07A-QF1 -PNLEM 


157 


6 / 7 / 05 , 14:39 




A 


Na terceira coluna, vemos o modelo "de preenchimento espacial" que indica a posição e o tama- 
nho individual de cada átomo na molécula, respeitando inclusive os raios covalentes dos átomos e os 
ângulos formados entre suas valências. Nesse modelo se procura, portanto, representar a molécula da 
maneira mais real possível, como se fosse uma fotografia da própria molécula. 

A questão da geometria das moléculas pode dar origem a casos interessantes. Por exemplo: 
embora exista a substância PCÍ 5 , como vimos no esquema anterior, não existe a substância análoga Pl 5 , 
pois o átomo de iodo é muito maior que o átomo de cloro, de modo que "não há espaço" para se 
colocar cinco átomos de iodo ao redor de um único átomo de fósforo. Diz-se, então, que a molécula de 
Pl 5 não pode existir por impedimento espacial. 

1 . 2 . Moléculas com pares eletrônicos ligantes e não-ligantes 

Sabemos que a ligação covalente é a que ocorre pelo compartilhamento de pares eletrônicos nas 
camadas de valência dos átomos. Esses pares são chamados de pares eletrônicos ligantes. Por exem- 
plo, no CH 4 temos quatro pares ligantes: 

H 

H ; C ; H 

o X 

H 

Em muitos casos sobram, na camada de valência, pares de elétrons que não participam de ligação 
alguma, sendo chamados, por isso, de pares eletrônicos livres ou de pares não-ligantes. Observe os 
exemplos do NH 3 e do H 2 0: 

H|N|H H I O I H S Pares ligantes 

00 o Pares não-ligantes 


1 . 3 . Teoria da repulsão dos pares eletrônicos da camada de valência 

Esta teoria foi desenvolvida pelo cientista Ronald J. Gillespie e é também conhecida pela sigla VSEPR 
(do inglês valence shell electron pair repulsion). Em linhas gerais, esta teoria afirma que: 

Ao redor do átomo central, os pares eletrônicos ligantes e os não-ligantes se repelem, 
tendendo a ficar tão afastados quanto possível. 


Com esse afastamento máximo, a repulsão entre os pares eletrônicos será mínima e, portanto, a 
estabilidade da molécula, como um todo, será máxima. E exatamente o que ocorre nas situações mos- 
tradas na figura da página 157, quando os balões se empurram (se afastam) o máximo possível. 

Essa teoria explica as estruturas espaciais do CH 4 , PCl 5 e SF 6 , vistas na tabela da página anterior. 
E explica também a estrutura de muitas outras moléculas, como, por exemplo, as de NH 3 e de H 2 0. 
Nesses casos, admite-se que os pares eletrônicos livres (não-ligantes) ocupam posições no espaço. 
Assim, temos as seguintes estruturas: 



A molécula de NH 3 tem 0 formato de uma 
pirâmide trigonal, e os ângulos entre os 
hidrogénios valem aproximadamente 107°. 


9 ® < — Par eletrônico livre 



' _ 0 

Par eletrônico livre ►' 

A molécula de H 2 0 tem forma de V, e 0 
ângulo entre os hidrogénios vale 
aproximadamente 105° (forma angular). 


158 



Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


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A 


1.4. Macromoléculas covalentes 


Outro exemplo interessante a considerar é o das macromoléculas covalentes, que são "estruturas 
gigantes", nas quais se encontra um número enorme de átomos reunidos por ligações covalentes. 
Como ilustração podemos citar o caso da grafite e do diamante. 


g 

c_> 

O 

2 

O 

2 

< 



Ângulo entre as ligações = 120° 

Comprimento das ligações: 

— em cada “camada” de átomos, 141 pm; 

— entre “camadas", 335 pm. 

A grafite é um sólido mole (usado nos lápis); conduz a 
eletricidade e tem densidade igual a 2,25 g/cm 3 (essa 
densidade indica estrutura cristalina menos compacta). 




Diamante 

Ângulo entre as ligações — 109° 

Comprimento das ligações = 154 pm 
(1 pm = 1CT 12 m) 

O diamante é o sólido mais duro (difícil de ser riscado) 
que se conhece; não conduz eletricidade e tem 
densidade igual a 3,51 g/cm 3 (essa densidade indica 
estrutura cristalina mais compacta). 


1.5. Alotropia 

Já vimos, na página 57, que: 

Alotropia é o fenômeno que ocorre quando um elemento químico forma duas ou 
mais substâncias simples diferentes. 

Mencionamos também, na mesma página, a alotropia do elemento oxigênio, que forma duas 
substâncias simples: o oxigênio (0 2 ) e o ozônio (0 3 ). No caso do elemento oxigênio, a alotropia é 
decorrente da atomicidade, que é o número de átomos existentes em cada molécula (cores-fantasia). 

QO cíb 

Oxigênio Ozônio 

A alotropia do carbono 

No item anterior vimos as estruturas do diamante e da grafite, que são duas formas alotrópicas 
diferentes do elemento químico carbono. 

Podemos então dizer que a alotropia decorre ou da atomicidade da substância (como é o caso do 
0 2 e 0 3 ) ou da "arrumação" dos átomos no espaço (como é o caso do diamante e da grafite). 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


159 



Capitulo 07A-QF1 -PNLEM 


159 


30/5/05, 9:21 


Em 1985, os cientistas Harold W. Kroto, L F. Cure e Richard E. Smalley descobriram uma nova 
forma alotrópica do carbono, formada por estruturas ocas, em forma de bola de futebol, com 60 áto- 
mos de carbono ligados entre si, como mostramos a seguir. 



Estrutura do C 60 Estrutura do C 60 é semelhante à de uma bola de futebol. 


Essa estrutura esférica, com 60 vértices e 32 faces — sendo 20 hexágonos e 1 2 pentágonos regulares 
— recebeu a sigla C 60 e o nome fulereno-60. Depois descobriram-se novos fulerenos, com 32, 44, 50... 
540 e 960 átomos de carbono. Sendo assim, podemos dizer que o carbono tem muitas formas alotrópicas. 

Ainda com respeito ao carbono, pesquisas recentes levaram à produção dos chamados nanotubos. 
A estrutura mais simples de um nanotubo pode ser imaginada como resultado da própria estrutura da 
grafite (que é plana) "enrolada" de modo a formar um tubo extremamente pequeno. Os cientistas já 
estão imaginando várias aplicações para os nanotubos — desde fibras de alta resistência mecânica até 
como substitutos dos atuais chips de silício usados em computadores. 

Os nanotubos, moléculas constituídas de átomos de carbono, podem vir a substituir os chips de 
silício em computadores muito menores que os atuais. 


Condutor 

Semicondutor 


Deformação 


/ helicoidal 

— - notubo 

~~~ 

Quando os anéis de carbono se alinham com o eixo 

Quando o padrão dos anéis hexagonais em um nanotubo 

principal de um nanotubo, a molécula conduz 

é deformado, o nanotubo age como um semicondutor. 

eletricidade tão facilmente quanto o metal. 

Isso significa que ele conduz eletricidade apenas depois 
que um certo limiar é atingido. 


A alotropia do fósforo 

Outro caso importante de alotropia é o do fósforo, 
que apresenta duas formas alotrópicas principais: o fós- 
foro branco e o fósforo vermelho. 

O fósforo branco, formado por moléculas P 4 , é um 
sólido branco, de aspecto semelhante ao da cera, de 
densidade igual a 1 ,82 g/cm 3 , que funde a 44 °C e ferve 
a 280 °C. E muito reativo (chega a pegar fogo quando 
exposto ao ar), sendo por isso conservado dentro de 
água. Quando o aquecemos em ausência de ar e a cerca 
de 300 °C, ele se converte lentamente em fósforo ver- 
melho, que é mais estável (isto é, menos reativo). 



Pedaços de fósforo branco num béquer com água e 
fósforo vermelho num vidro de relógio. 


160 



Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


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A 


O fósforo vermelho é um pó amorfo (isto é, não apresenta estrutura cristalina), de cor vermelho- 
escura, densidade 2,38 g/cm 3 e temperatura de fusão 590 °C; cada grão de pó é formado por milhões 
de moléculas P 4 unidas umas às outras, dando origem a uma molécula gigante (PJ. 



Fósforo branco Fósforo vermelho 


A alotropia do enxofre 

O último caso de alotropia que vamos citar é o do enxofre, que também apresenta duas formas 
alotrópicas principais: o enxofre ortorrômbico (ou simplesmente rômbico) e o enxofre monoclínico. 
As duas formas alotrópicas são formadas por moléculas, em forma de anel, com oito átomos de enxofre 
(S 8 ), como mostramos abaixo. 

Molécula de S 8 




Vista lateral 


Vista superior 


A diferença entre o enxofre rômbico e o monoclínico está nas diferentes arrumações das moléculas 
S 8 no espaço, produzindo cristais diferentes. Acompanhe, no esquema abaixo, a preparação e a diferen- 
ça dos cristais dessas duas formas alotrópicas: 


Preparação do enxofre rômbico 


Evaporação lenta do CS 2 



Resultam cristais rômbicos de densidade 
2,08 g/cm 3 e ponto de fusão de 1 1 2,8 °C. 


Preparação do enxofre monoclínico 



Resultam cristais monoclínicos de densidade 
1 ,96 g/cm 3 e ponto de fusão de 1 19,2 °C. 


As duas formas alotrópicas do enxofre fervem a 445 °C. Em condições ambientes, ambas se apre- 
sentam como um pó amarelo, inodoro, insolúvel em água e muito solúvel em sulfeto de carbono (CS 2 ). 


Responda em 
seu caderno 


a) As moléculas geralmente têm estruturas planas ou tridimensionais? 

b) Do que dependem as estruturas moleculares? 

c) O que ocorre entre os pares eletrônicos ligantes e não-ligantes localizados ao redor 
do átomo central e como eles tendem a minimizar o ocorrido? 

d) O que são macromoléculas covalentes? 

e) O que é alotropia? 



Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


161 



Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


161 


30/5/05, 9:22 



f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





1 (Unifor-CE) Considerando-se as ligações entre os átomos 
e a geometria molecular da amónia, conclui-se que a fór- 
mula estrutural dessa substância é: 

a) N = H 

H 

b) /|\ 

N N N 

N 

c) /|\ 

H H H 


a) A molécula BeH 2 tem geometria idêntica à da água 
(geometria angular). 

b) A molécula BF 3 é trigonal planar. 

c) A molécula de SiH 4 tem ângulos de ligação de 90°. 



d) N = N 



e) N N 

H H 

Exercício resolvido 

2 (Vunesp) A partir das configurações eletrônicas dos 
átomos constituintes e das estruturas de Lewis: 

a) Determine as fórmulas dos compostos mais sim- 
ples que se formam entre os elementos (números 
atômicos: H = 1 ; C = 6; P = 1 5): 

I. hidrogênio e carbono; 

II. hidrogênio e fósforo. 

b) Qual é a geometria de cada uma das moléculas 
formadas, considerando-se o número de pares de 
elétrons? 

Resolução 

a) I. Entre o hidrogênio e o carbono, temos: 

H 

h ; c ; h (ch 4 ) 

X o 

H 

II. Entre o hidrogênio e o fósforo, temos: 

H x °P° x H (PH 3 ) 

OX 

H 

b) As formas geométricas das moléculas serão as 
seguintes: 

• a do CH 4 é tetraédrica; 

• a do PH 3 é uma pirâmide trigonal (como no 
caso do NH 3 ). 


3 (UnB-DF) Analisando as estruturas eletrônicas das molé- 
culas representadas abaixo e usando a teoria da repulsão 
entre os pares de elétrons da camada de valência, quais 
são as respostas corretas? 


H : Be : H 


• . F . * . B . • . F . • 
• • 


H 

h : sí : h 

• • 

H 







d) A molécula PCÍ 5 tem geometria bipiramidal triangular. 

e) A geometria da molécula de SF 6 é hexagonal. 

4 (UFRCS-RS) O modelo de repulsão dos pares de elétrons 
da camada de valência estabelece que a configuração 
eletrônica dos elementos que constituem uma molécula 
é responsável pela sua geometria molecular. Observe as 
duas colunas a seguir: 


Geometria molecular Moléculas 

1 . linear A. S0 3 

2. quadrada B. NH 3 

3. trigonal plana C. C0 2 

4. angular D. S0 2 

5. pirâmide trigonal 


6. bipirâmide trigonal 

A alternativa que traz a relação correta entre as molécu- 
las e a respectiva geometria é: 

a) 5A- 3B-1C-4D 

b) 3A - 5B - 4C - 6D 

c) 3A-5B-1C-4D 

d) 5A - 3B - 2C - 1 D 

e) 2A - 3B - 1 C - 6D 

Exercício resolvido 

5 (Vunesp) Representar as estruturas de Lewis e des- 
crever a geometria de N0 2 , N0 3 e NH 3 . Para a reso- 
lução, considerar as cargas dos íons localizadas nos 
seus átomos centrais (números atômicos: N = 7; 

O = 8; H = 1). 

Resolução 


no 2 


X 

X 


XX 


o ; 

XX 


N S5 


XX 


o 

XX 


Este íon é angular 
devido à repulsão do 
par eletrônico livre. 


Este elétron vem de algum cátion externo ao N0 2 ; 
como esse elétron está "a mais", ele determina a 
carga -1 do íon NQ 2 . 


XX 


no 3 


X 

X 


XX 


o 

XX 



XX 


o 

XX 


Este íon é 
trigonal plano. 


Este elétron, da mesma maneira, determina a car- 
ga -1 do íon N0 3 . 


NH 3 H5N5H Molécula piramidal 

o X 

H 


162 



Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


162 


30/5/05, 9:22 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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6 (Uepi) Observe as colunas abaixo. 

I. S0 3 A. Tetraédrica 

II. PCl 5 B. Linear 

III. H 2 0 C. Angular 

IV. NH4 D. Trigonal planar 

V. C0 2 E. Bipirâmide trigonal 

Qual das alternativas traz a relação correta entre a espé- 
cie química e a respectiva geometria? 

a) IIA, VB, NIC, ID, IVE 

b) IVA, VB, INC, ID, IIE 

c) IIA, IIIB, VC, ID, IVE 

d) IVA, IIIB, VC, ID, IIE 

e) IVA, VB, NIC, IID, IE 

7 (UFSE) Alotropia é o fenômeno que envolve diferentes 
substâncias: 

a) simples, formadas pelo mesmo elemento químico. 

b) compostas, formadas por diferentes elementos quí- 
micos. 

c) simples, com a mesma atomicidade. 


d) compostas, com a mesma fórmula molecular. 

e) compostas, formadas pelos mesmos elementos quí- 
micos. 

8 (UFF-RJ) O oxigênio, fundamental à respiração dos ani- 
mais, e o ozônio, gás que protege a Terra dos efeitos dos 
raios ultravioleta da luz solar, diferem quanto: 

a) ao número de prótons dos átomos que entram em 
suas composições; 

b) ao número atômico dos elementos químicos que os 
formam; 

c) à configuração eletrônica dos átomos que os compõem; 

d) à natureza dos elementos químicos que os originam; 

e) ao número de átomos que compõem suas moléculas. 

9 (Ueba) O elemento químico fósforo forma três espécies 
químicas simples diferentes: fósforo branco, fósforo ver- 
melho e fósforo negro. Essas substâncias são: 

a) isótopos d) isótonos 

b) isômeros e) alótropos 

c) isóbaros 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




10 (PUC-SP) Em 1 91 6, G. N. Lewis publicou o primeiro arti- 
go propondo que átomos podem se ligar compartilhan- 
do elétrons. Esse compartilhamento de elétrons é cha- 
mado, hoje, de ligação covalente. De modo geral, pode- 
mos classificar as ligações entre átomos em três tipos 
genéricos: ligação iônica, ligação metálica e ligação 
covalente. 

A alternativa que apresenta substâncias que contêm ape- 
nas ligações covalentes é: 

a) H 2 0, C (diamante), Ag e LiH 

b) 0 2 , NaCÍ, NH 3 e H 2 0 

c) C0 2 , S0 2 , H 2 0 e Na 2 0 

d) C (diamante), Cl 2 , NH 3 e C0 2 

e) C (diamante), 0 2 , Ag e KCl 

1 1 (FMTM-MG) A partir da análise das estruturas de Lewis, o 
par de substâncias que apresenta a mesma geometria 
molecular é: 

(Dados: números atômicos H = 1, C = 6, N = 7, O = 8, 
P = 15, S = 16eCl= 17.) 

a) CH 3 CÍ e S0 3 

b) NH 3 e S0 3 

c) PCl 3 e S0 3 

d) NH 3 e PCt 3 

e) NH 3 e CH 3 Ct 

12 (Unip-SP) Baseado na teoria da repulsão dos pares de 
elétrons na camada de valência, qual é a molécula que 
tem a geometria de uma pirâmide trigonal? 

a) a c) f 

i f -J/ f i 

a — c — a ^ s ^ u 

I f-I-f 

CL F 


b) O 
t 

S 


O o 


d) 


O O 


13 (Ufes) A molécula da água tem geometria molecular an- 
gular, e o ângulo formado é de ±104°, e não ±109°, 
como previsto. Essa diferença se deve: 

a) aos dois pares de elétrons não-ligantes no átomo de 
oxigênio. 

b) à repulsão entre os átomos de hidrogênio, muito pró- 
ximos. 

c) à atração entre os átomos de hidrogênio, muito pró- 
ximos. 

d) ao tamanho do átomo de oxigênio. 

e) ao tamanho do átomo de hidrogênio. 

14 (FEI-SP) Uma das preocupações com a qualidade de vida 
do nosso planeta é a diminuição da camada de ozônio, 
substância que filtra os raios ultravioleta do Sol, que são 
nocivos à nossa saúde. A única alternativa falsa referente 
ao ozônio é: 

a) E uma molécula triatômica. 

b) E uma forma alotrópica do gás oxigênio. 

c) E uma substância molecular. 

d) E um isótopo do elemento oxigênio. 

e) Possui ligações covalentes. 

15 (UFC-CE) O fósforo branco é usado na fabricação de bom- 
bas de fumaça. A inalação prolongada de seus vapores 
provoca necrose dos ossos. Já o fósforo vermelho, usado 
na fabricação do fósforo de segurança, encontra-se na 
tarja da caixa e não do palito. 

A opção correta é: 

a) Essas duas formas de apresentação do fósforo são cha- 
madas de formas alotrópicas. 

b) Essas duas formas de apresentação do fósforo são cha- 
madas de formas isotérmicas. 

c) A maneira como o fósforo se apresenta exemplifica o 
fenômeno de solidificação. 

d) O fósforo se apresenta na natureza em duas formas 
isobáricas. 

e) A diferença entre as duas formas do fósforo é somen- 
te no estado físico. 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


163 



Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


163 


30/5/05, 9:22 


2 


A 


ELETRONEGATIVIDADE/POLARIDADE 
DAS LIGAÇÕES E DAS MOLÉCULAS 


2.1. Conceitos gerais 

Já vimos que uma ligação covalente significa o compartilhamento de um par eletrônico entre 
dois átomos: 

h ; h :cl ; ch 

• • XX 

Quando os dois átomos são diferentes, no entanto, é comum um deles atrair o par eletrônico 
compartilhado para o seu lado. É o que acontece, por exemplo, na molécula HCÍ: 

X X 

h ;as 

X X 

O cloro atrai o par eletrônico compartilhado para si. Nesse caso, dizemos que o cloro é mais 
eletronegativo que o hidrogênio e que a ligação covalente está polarizada, ou seja, é uma ligação 
covalente polar. É comum representar-se esse fato também da seguinte maneira: 

5 + 5 - 

H -i— ► Cl 

Nesta representação, a flecha cortada indica o sentido de desloca- 
mento do par eletrônico; o sinal 8— representa a região da molécula 
com maior densidade eletrônica, e o sinal 8+, a região com menor den- 
sidade eletrônica. A molécula se comporta então como um dipolo elé- H 

trico*, apresentando o que se convencionou chamar de cargas parciais 
— positiva (8+) e negativa (8-). A maior densidade eletrônica ao redor 
do cloro é também representada espacialmente, como na figura. 

Evidentemente, quando os dois átomos são iguais, como acontece nas moléculas H 2 e Cl 2 , não há razão 
para um átomo atrair o par eletrônico mais do que o outro. Teremos, então, uma ligação covalente apoiar. 

Conseqüentemente, podemos definir: 

Eletronegatividade é a capacidade que um átomo tem de atrair para si o par eletrônico 
que ele compartilha com outro átomo em uma ligação covalente. 

Baseando-se em medidas experimentais, o cientista Linus Pauling criou uma escala de eletronegati- 
vidade, que representamos a seguir num esquema da Tabela Periódica (esses valores não têm unidades): 


Aumento de eletronegatividade 


IA 8A 


H 

2,1 

2A 











3A 

4A 

5A 

6A 

7A 

He 

Li 

1,0 

Be 

1,5 











B 

2,0 

c 

2,5 

N 

3,0 

O 

3,5 

F 

4,0 

Ne 

Na 

0,9 

Mg 

1,2 

3B 

4B 

5B 

6B 

7B 


-8B- 


1 B 

2B 

Al 

1,5 

Si 

1,8 

P 

2,1 

s 

2,5 

Cl 

3,0 

Ar 

K 

0,8 

Ca 

1,0 

Sc 

1,3 

Ti 

1,5 

v 

1,8 

Cr 

1,6 

Mn 

1,5 

Fe 

1,8 

s; 

Ni 

1,9 

Cu 

1,9 

Zn 

1,6 

Ga 

1,6 

Ge 

1,8 

As 

2,0 

Se 

2,4 

Br 

2,8 

Kr 

Rb 

0,8 

Sr 

1,0 

Y 

1,2 

Zr 

1,4 

Nb 

1,6 

Mo 

1,8 

Tc 

1,9 

Ru 

2,2 

Rb 

2,2 

Pd 

2,2 

A g 

1,9 

Cd 

1,7 

In 

1,7 

Sn 

1,8 

Sb 

1,9 

Te 

2,1 

1 

2,5 

Xe 

Cs 

0,7 

Ba 

0,9 

La-Lu 

1,0 1,2 

Hf 

1,3 

Ta 

1,5 

w 

1,7 

Re 

1,9 

Os 

2,2 

Ir 

2,2 

Pt 

2,2 

Au 

2,4 

Hg 

1,9 

Tl 

1,8 

Pb 

1,9 

Bi 

1 ,9 

Po 

2,0 

At 

2,2 

Rn 

Fr 

0,7 

Ra 

0,9 

Ac-Lr 

Rf 

Db 

Sg 

Bh 

Hs 

Mt 

Ds 

Rg 



* Sistema constituído por duas cargas elétricas puntiformes de mesmo valor, mas de sinais opostos, à pequena distância uma da outra. 


164 



Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


164 


12/7/05, 19:48 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Os elementos mais eletronegativos são os halogênios (especialmente o flúor, com eletronegatividade 
igual a 4,0), o oxigênio (3,5) e o nitrogênio (3,0). Os elementos das colunas B da Tabela Periódica têm 
eletronegatividades que variam de 1 ,2 (eletronegatividade do Y-ítrio) a 2,4 (eletronegatividade do Au-ouro). 

É interessante também notar que a eletronegatividade de cada elemento químico está relacionada 
com seu potencial de ionização e sua eletroafinidade (ou afinidade eletrônica), já explicados na página 
1 27 no estudo das propriedades periódicas dos elementos. Conseqüentemente, a eletronegatividade é 
também uma propriedade periódica, como podemos ver no gráfico abaixo: 



No esquema dado ao lado, as setas indicam o aumento da 
eletronegatividade dos elementos (e a parte mais escura indica a 
localização dos elementos de maior eletronegatividade). 

Podemos ainda dizer que, no sentido oposto das setas indicadas 
nesse esquema, a eletropositividade dos elementos aumenta, atin- 
gindo seu máximo nos metais alcalinos, que estão situados na 
coluna IA. Observe que os gases nobres foram excluídos, porque 
não apresentam nem caráter negativo nem caráter positivo. 




2.2. Ligações apoiares e ligações polares 

Uma decorrência importante do estudo da eletronegatividade dos elementos é que, em função da 
diferença de eletronegatividade (A) entre os átomos envolvidos, podemos classificar as ligações 
covalentes como: 

• Ligações apoiares: são as que apresentam diferença de eletronegatividade igual a zero (ou 
muito próximo de zero). Exemplos: 


Cí— Cí 



1 — V — 1 1 — V — 1 



3,0 3,0 

— > 

A = 3,0 - 3,0 = 0 

H — Te- 

- H 


1 v ' 

1 v 1 


2,1 

2,1 

A = 2,1 - 2,1 = 0 


• Ligações polares: são as que apresentam diferença de eletronegatividade diferente de zero. 
Exemplos: 

H — Cí 

2,1 3,0 — > A = 3,0 - 2,1 = 0,9 

I — F 

2,5 4,0 — > A = 4,0 — 2,5 = 1,5 (Note que essa ligação já é mais polar que a anterior.) 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


165 



Capitulo 07A-QF1 -PNLEM 


165 


30/5/05, 9:23 


A 


Agora é importante salientar o seguinte: quando essa diferença ultrapassa o valor 1,7, a atração 
exercida por um dos átomos sobre o par eletrônico é tão grande que a ligação covalente se 
"rompe", tornando-se uma ligação iônica. Exemplos: 

Na + Cr 

0,9 3,0 — > A = 3,0 — 0,9 = 2,1 (Ligação iônica) 

K + F 

0,8 4,0 — > A = 4,0 — 0,8 = 3,2 (Ligação iônica) 


Conseqüentemente, podemos afirmar que existe uma transição gradativa entre as ligações covalentes 
e as iônicas, à proporção que o valor de A aumenta. Podemos então construir a seguinte tabela: 


Diferença de eletronegatividade (A) 

0,0 

0,5 

1,0 

1,6 


1,7 

2,0 

2,5 

3,0 

Porcentagem de caráter iônico da ligação 

zero 

6% 

22% 

47% 


51% 

63% 

79% 

89% 


Ligações predominantemente 
covalentes 


Ligações predominantemente 
iônicas 


Aplicando essa idéia a alguns compostos ao longo da Classificação Periódica, temos: 


Colunas 

IA 

2A 

3A 

4A 

5A 

6A 

7A 

Compostos 

NaCÍ 

MgCl 2 

AlCl 3 

SiCl 4 

P« 5 

SCl 2 

Cl 2 

Diferença de eletronegatividade de cada ligação 

2,1 

1,8 

1,5 

1,2 

0,9 

0,5 

zero 

Porcentagem de caráter iônico 

67% 

55% 

43% 

30% 

19% 

6% 

zero 


Como resumo geral temos, então, o seguinte esquema: 


Ligações 


Covalentes 


Iônicas 


Apoiares 

Polares 


V 


Neste sentido, aumenta a 
polaridade das ligações. 


2.3. Momento dipolar 

As moléculas polares se orientam sob a ação de um campo elétrico externo conforme o esque- 
ma abaixo: 



U U 

Sem a ação do campo elétrico, as Sob a ação do campo elétrico, as moléculas polares se 

moléculas polares se dispõem ao acaso. orientam, procurando voltar seu lado positivo na direção 


das cargas negativas do campo elétrico e vice-versa. 

A capacidade de a molécula se orientar é maior ou menor dependendo da diferença de eletronegatividade 
e do comprimento da ligação entre os átomos. Por isso, a medida da polaridade das ligações é feita pelo 
chamado momento dipolar, que é representado pela letra grega jj. (mi). 

166 



Capitulo 07A-QF1 -PNLEM 


166 


30/5/05, 9:23 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



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A 


Momento dipolar (p.) é o produto do módulo da carga elétrica parcial (8) pela distân- 
cia entre os dois extremos de um dipolo. 


pi = ôc/ 

O momento dipolar é medido na unidade debye (D), que equivale a 3,33 • 1 CT 30 coulomb • metro. 
Temos a seguir alguns exemplos de momentos dipolares: 


Composto 

Diferença de eletronegatividade 

Momento dipolar (D) 

HF 

1,9 

1,91 

HO. 

0,9 

1,03 

HBr 

0,7 

0,79 

Hl 

0,4 

0,38 


Na molécula, o momento dipolar pode ser mais bem represen- 
tado pelo chamado vetor momento dipolar, em que a direção do 
vetor é a da reta que une os núcleos dos átomos; o sentido do vetor 
é o do átomo menos para o mais eletronegativo; e o módulo do 
vetor é igual ao valor numérico do momento dipolar. 


1,91 D 

H ► F 

Molécula de HF 





2.4. Moléculas polares e moléculas apoiares 


Surge, agora, uma pergunta importante: quando uma molécula tem ligações polares, ela será 
obrigatoriamente polar? Nem sempre, como você poderá ver pelos exemplos seguintes. 


• A molécula BeH 2 tem duas ligações polares, pois o hidrogênio 
é mais eletronegativo do que o berílio. No entanto, conside- 
rando que a molécula é linear, a atração eletrônica do hidro- 
gênio "da esquerda" é contrabalançada pela atração do hi- 
drogênio "da direita" e, como resultado final, teremos uma 
molécula não-polar (ou apoiar). Em outras palavras, a resul- 
tante dos dois vetores é nula. 


H-* Be ► H 

2,1 1,5 2,1 

Molécula de BeH 2 


• A molécula BCÍ 3 tem três ligações polares. No entanto, a 
disposição dos átomos na molécula faz com que os três ve- 
tores momento dipolar se anulem e, como resultado, a mo- 
lécula é apoiar. 



• A molécula de água, por sua vez, tem forma de V (página 158). Somando os vetores momento 
dipolar p, e p 2 , teremos, segundo o esquema abaixo, o vetor resultante (p). Conseqüentemente: 
a molécula de água é polar (p = 1 ,84 D); o "lado" onde estão os hidrogénios é o mais eletropositivo 
(8+); o "lado" do oxigênio é o mais eletronegativo (8-). É devido a essa polaridade que um filete 
de água que escorre de uma torneira pode ser desviado por um objeto eletrizado. 


8 - 



Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


167 



Capitulo 07A-QF1 -PNLEM 


167 


30/5/05, 9:23 


• A molécula de amónia (NH 3 ) tem a forma de uma 
pirâmide trigonal, como já vimos na página 1 58. 
Nessa molécula, os vetores momento dipolar tam- 
bém não se anulam e, como resultado, a molécu- 
la é polar (jj, = 1,48). Junto aos hidrogénios, a 
molécula é mais eletropositiva (8+); e junto ao 
par eletrônico livre, ela é mais eletronegativa (8-). 


• A molécula do tetracloreto de carbono (CCl 4 ) tem 
forma de um tetraedro regular. Existem quatro li- 
gações polares, mas os vetores se anulam; conse- 
qüentemente, a molécula é apoiar (|d = 0). No 
entanto, bastaria trocar, por exemplo, um átomo 
de cloro por um de hidrogênio, para que a nova 
molécula (CHCl 3 ) fosse polar, isto é: quando os 
vetores momento dipolar não se anulam, a mo- 
lécula será polar. 

Outra maneira de analisar a polaridade de uma molécula é comparar os números de: 

• pares eletrônicos ao redor do átomo central; 

• átomos iguais ligados ao átomo central. 

Se esses dois números forem diferentes, a molécula será polar. Por exemplo: 




H 

CH 4 => H * C ; H 

o X 

H 


Há 4 pares eletrônicos. 
Há 4 átomos iguais (H). 


A molécula é apoiar. 


CH 3 CÍ 


H 

H SC x Cl 

o X 

H 


Há 4 pares eletrônicos. 
Só 3 átomos iguais (H). 


A molécula é polar. 


É importante ainda comentar que a polaridade das moléculas influi nas pro- 
priedades das substâncias. Um exemplo importante é o da miscibilidade (ou 
solubilidade) das substâncias. A água e o álcool comum, que são polares, mis- 
turam-se em qualquer proporção. A gasolina e o querosene, que são apoiares, 
também se misturam em qualquer proporção. Já a água (polar) e a gasolina 
(apoiar) não se misturam. Daí a regra prática que diz: 

Substância polar tende a se dissolver em outra substância polar 
e substância apoiar tende a se dissolver em outra substância apoiar. 
Ou, de uma forma mais resumida, "semelhante dissolve semelhante". 



A água e a gasolina 
não se misturam 
porque suas moléculas 
diferem na polaridade. 


Responda em 
seu caderno 


a) Quando ocorre a ligação covalente polar? 

b) O que é eletronegatividade? 

c) Como é a diferença de eletronegatividade nas ligações apoiares? 

d) Qual é o valor da diferença de eletronegatividade que pode caracterizar 
uma ligação iônica? 

e) De que depende o momento dipolar? 

f) Quando uma molécula será apoiar? 



168 



Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


168 


30/5/05, 9:23 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





16 (Fesp-SP) Indicar a ordem correta de eletronegatividade 

dos elementos flúor, cloro, oxigênio, bromo e carbono. 

a) F > Cl > O > Br > C d) O > C > F > Cl > Br 

b) O > F > Cl > Br > C e) F > C > O > Cl > Br 

c) F > O > Cl > Br > C 

Exercício resolvido 

17 (UFF-RJ) Com base nas diferenças de eletrone- 
gatividade apresentadas no quadro abaixo, classifi- 
que as ligações indicadas conforme sejam iônicas, 
covalentes polares ou covalentes apoiares. Justifique 
sua classificação. 


Elemento 

Eletronegatividade 

Rb 

0,8 

Al 

1,5 

H 

2,1 

Cl 

3,0 

N 

3,0 

F 

4,0 


a) Ligação At — F no fluoreto de alumínio. 

b) Ligação H — Cl no ácido clorídrico. 

c) Ligação N — Ct no cloreto de nitrogênio. 

d) Ligação Rb — Cl no cloreto de rubídio. 

Resolução 

Considerando os valores dados na tabela acima, 
temos: 

a) Na ligação At — F: A = 4,0 -1,5 = 2,5 > 1 ,7 
(ligação iônica) 

b) Na ligação H — Ct: A = 3,0 - 2,1 = 0,9 < 1,7 
(ligação covalente polar) 

c) Na ligação N — Ct: A = 3,0 — 3,0 = 0 
(ligação covalente apoiar) 

d) Na ligação Rb — Ct: A = 3,0 - 0,8 = 2,2 > 1,7 
(ligação iônica) 

18 (Cesgranrio-RJ) Arranje, em ordem crescente de cará- 
ter iônico, as seguintes ligações do Si: Si — C, Si — O, 
Si — Mg, Si — Br. 

a) Si — Mg, Si — C, Si — Br, Si — O 

b) Si — C, Si — O, Si — Mg, Si — Br 

c) Si — C, Si — Mg, Si — O, Si — Br 

d) Si — C, Si — O, Si — Br, Si — Mg 

e) Si — O, Si — Br, Si — C, Si — Mg 

19 (UFF-RJ) A capacidade que um átomo tem de atrair elé- 
trons de outro átomo, quando os dois formam uma liga- 
ção química, é denominada eletronegatividade. Esta é 
uma das propriedades químicas consideradas no estudo 
da polaridade das ligações. 

Consulte a Tabela Periódica e aponte a opção que apre- 
senta, corretamente, os compostos H 2 0, H 2 S e H 2 Se em 
ordem crescente de polaridade. 

a) H 2 Se < H 2 0 < H 2 S d) H 2 0 < H 2 Se < H 2 S 

b) H 2 S < H 2 Se < H 2 0 e) H 2 Se < H 2 S < H 2 0 

c) H 2 S < H 2 0 < H 2 Se 

20 (UFPE) As ligações químicas nas substâncias K(s), HCt(g), 
KCt(s) e Ct 2 (g), são, respectivamente: 

Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


a) metálica, covalente polar, iônica, covalente apoiar. 

b) iônica, covalente polar, metálica, covalente apoiar. 

c) covalente apoiar, covalente polar, metálica, covalente 
apoiar. 

d) metálica, covalente apoiar, iônica, covalente polar. 

e) covalente apoiar, covalente polar, iônica, metálica. 

Exercício resolvido 

21 (Unicenp-PR) A civilização moderna, com o seu consu- 
mo crescente de energia, que se utiliza da queima de 
carvão por usinas termoelétricas, de combustíveis fós- 
seis derivados do petróleo, como gasolina e querose- 
ne, está fazendo aumentar a quantidade de dióxido de 
carbono na atmosfera, causando o efeito estufa. A res- 
peito do dióxido de carbono, é correto afirmar que: 

a) é uma substância polar, constituída de ligações 
covalentes polares. 

b) é uma substância apoiar, constituída de ligações 
covalentes polares. 

c) é uma substância apoiar, constituída de ligações 
covalentes apoiares. 

d) é uma substância apoiar, constituída de ligações 
iônicas. 

e) é uma substância polar, constituída de ligações 
covalentes apoiares. 

Resolução 

A molécula do dióxido de carbono (C0 2 ) é linear 
(O = C = O). As ligações entre o carbono e os oxi- 
génios são polares; no entanto, como os vetores mo- 
mento dipolar se anulam, a molécula é apoiar — o 
que equivale a dizer que a substância C0 2 é apoiar. 
Alternativa b 

22 (U. E. Ponta Crossa-PR) Considerando que a forma geo- 
métrica da molécula influi na sua polaridade, qual é a 
alternativa que contém apenas moléculas apoiares? 

a) BeH 2 eNH 3 d)HBreC0 2 

b) BCl 3 eCCl 4 e) H 2 SeSiH 4 

c) H 2 OeH 2 

Exercício resolvido 

23 (Fuvest-SP) Qual das moléculas tem maior momento 
dipolar: a) H 2 0 ou H 2 S?; b) CH 4 ou NH 3 ? Justifique. 

Resolução 

a) A molécula H 2 0 apresenta maior momento 
dipolar, porque, apesar de as duas moléculas (H 2 0 
e H 2 S) serem angulares, a polaridade da ligação 
H — O é maior do que a da H — S. 

b) A molécula NH 3 apresenta maior momento 
dipolar, porque a estrutura do CH 4 é um tetraedro 
regular e, portanto, a molécula é apoiar, enquan- 
to o NH 3 , de geometria piramidal, tem momento 
dipolar diferente de zero. 

24 (Unifor-CE) Dadas as fórmulas P 4 , KF, N 2 , HCl e H 2 Se, 
representam substâncias de molécula apoiar: 

a) P 4 e HCl c) KF e P 4 e) KF e H 2 Se 

b) N 2 e P 4 d) HCl e H 2 Se 

169 



Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


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Exercício resolvido 


25 (Fatec-SP) São dados os números atômicos: H = 1, 
O = 8; C = 6; Cl = 1 7; S = 1 6. Indique o par de 
substâncias polares: 

a) H 2 0 e C0 2 d) H 2 0 e CCt 3 H 

b) CCl 4 e CH 4 e) CH 4 e H 2 0 

c) S0 2 e CH 4 

Resolução 


Cl 



Neste teste encontramos a água, que é polar, e a 
substância CCÍ 3 H, cuja molécula é um tetraedro 
irregular. A polaridade da ligação C — H é dife- 


rente das ligações C — Ct. Em consequência, os 
vetores momento dipolar não se equilibram e a 
molécula será polar. 

Alternativa d 

26 (Unirio-Rj) Uma substância polar tende a se dissolver em 
outra substância polar. Com base nesta regra, indique 
como será a mistura resultante após a adição de bromo 
(Br 2 ) à mistura inicial de tetracloreto de carbono (CCl 4 ) e 
água (H 2 0). 

a) Homogênea, com o bromo se dissolvendo completa- 
mente na mistura. 

b) Homogênea, com o bromo se dissolvendo apenas no 
CCl 4 . 

c) Homogênea, com o bromo se dissolvendo apenas na 

h 2 o. 

d) Heterogênea, com o bromo se dissolvendo principal- 
mente no CCÍ 4 . 

e) Heterogênea, com o bromo se dissolvendo principal- 
mente na H 2 0. 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



27 (PUC-RS) Em relação aos elementos N, P e K, indispensá- 
veis ao desenvolvimento dos vegetais, são feitas as se- 
guintes afirmações: 

I. O nitrogênio é o elemento mais eletronegativo. 

II. O fósforo é um metal de transição. 

III. O potássio é um metal alcalino. 

IV. Estão localizados no mesmo período da Classificação 
Periódica. 

Pode-se afirmar que estão corretas as da alternativa: 

a) I e II c) II e III e) III e IV 

b) I e III d) II e IV 

28 (Mogi-SP) Considere os elementos A, Be Ce seus núme- 
ros atômicos (A: Z = 17; B: Z = 33; C: Z = 50). 

a) Indique o número de elétrons de valência de cada ele- 
mento e identifique os grupos da Tabela Periódica a 
que pertencem os três elementos. 

b) Indique qual dos três elementos tem maior 
eletronegatividade. Se o elemento A se combina com 
o elemento 8, qual é a fórmula molecular provável do 
composto que se forma? justifique as respostas. 

29 (Vunesp) Linus Pauling, falecido em 1 994, recebeu o Prê- 
mio Nobel de Química em 1 954, por seu trabalho sobre 
a natureza das ligações químicas. Através dos valores das 
eletronegatividades dos elementos químicos, calculados 
por Pauling, é possível prever se uma ligação terá caráter 
covalente ou iônico. Com base nos conceitos de 
eletronegatividade e de ligação química, pede-se: 

a) identificar dois grupos de elementos da Tabela Perió- 
dica que apresentam, respectivamente, as maiores e 
as menores eletronegatividades; 

b) que tipo de ligação apresentará uma substância biná- 
ria, formada por um elemento de cada um dos dois 
grupos identificados? 

30 (UFRJ) A água boricada usada como colírio corresponde 
a uma solução diluída de ácido bórico, H 3 B0 3 . 

a) Com base na Tabela Periódica, identifique o período, 
o grupo e o subgrupo a que pertence o semimetal 
presente no ácido bórico. 


b) A partir dos valores das eletronegatividades constan- 
tes da Tabela Periódica, explique por que as ligações 
no H 3 B0 3 são covalentes. 

31 (Ufac) As espécies químicas a seguir apresentam, respec- 
tivamente, ligações: 

0 2 , NaCt, HCt e AL 

a) covalente apoiar, iônica, covalente polar e metálica. 

b) covalente apoiar, covalente polar, iônica e metálica. 

c) iônica, covalente apoiar, covalente polar e metálica. 

d) metálica, covalente polar, iônica e covalente apoiar. 

e) covalente polar, iônica, covalente apoiar e metálica. 

32 (Vunesp) Um elemento químico A, de número atômico 
1 1 , um elemento químico 8, de número atômico 8, e um 
elemento químico C, de número atômico 1, combinam- 
se formando o composto ABC. 

As ligações A — 8 e 6 — C, no composto, são, respecti- 
vamente: 

a) covalente polar, covalente apoiar 

b) iônica, iônica 

c) covalente polar, covalente polar 

d) iônica, covalente polar 

e) metálica, iônica 

33 (Fuvest-SP) O carbono e o silício pertencem à mesma 
família da Tabela Periódica. 

a) Qual o tipo de ligação existente no composto SiH 4 ? 

b) Embora a eletronegatividade do silício seja 1,7 e a do 
hidrogênio 2,1 , a molécula do SiH 4 é apoiar. Por quê? 

34 (UFRGS-RS) O momento dipolar é a medida quantitativa 
da polaridade de uma ligação. Em moléculas apoiares, a 
resultante dos momentos dipolares referentes a todas as 
ligações apresenta valor igual a zero. Entre as substâncias 
covalentes abaixo 

I. CH 4 II. CS 2 III. HBr IV. N 2 

quais as que apresentam a resultante do momento dipolar 
igual a zero? 

a) Apenas I e II d) Apenas I, II e IV 

b) Apenas II e III e) I, II, III e IV 

c) Apenas I, II e III 


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Capitulo 07A-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


3 


OXIDAÇÃO E REDUÇÃO 


Os fenômenos ou reações de oxidação e redução, também chamados abreviadamente de oxirredução, 
oxi-red ou redox, são dos mais importantes na Química e dos mais freqüentes em nosso cotidiano. 

O fogo é o exemplo mais comum de oxirredução: quando 
um material qualquer entra em combustão, ele reage com o 
oxigênio do ar, e nessa reação ocorre oxirredução. O fenômeno 
de oxirredução também está presente quando o ferro enferruja, 
quando as calças jeans descoram, quando se descolorem os 
cabelos com água oxigenada, quando as pilhas e acumuladores 
produzem eletricidade e em muita outras situações. Devemos 
lembrar também que a oxirredução é a reação de queima dos 
combustíveis, como acontece com a gasolina nos automóveis, 
o querosene nos aviões a jato etc. 

Do ponto de vista da estrutura da matéria, a oxirredução é 
apenas a transferência de elétrons entre átomos. Ora, consi- 
derando que já estudamos as ligações químicas — nas quais 
ocorrem trocas ou compartilhamento de elétrons — , torna- 
se bastante oportuno detalharmos o fenômeno da oxirredução, 
partindo dos conceitos apresentados. 



3.1. Conceitos de oxidação e de redução 

Na formação de uma ligação iônica, um dos átomos cede definitivamente elétrons para o outro. 
Por exemplo: 


Na 


x' 


+ 





Dizemos, então, que o sódio sofreu oxidação (perda de elétrons) e o cloro sofreu redução (ganho 
de elétrons). Evidentemente, os fenômenos de oxidação e redução são sempre simultâneos. 

O significado primitivo da palavra oxidação foi o de reação com o oxigênio, como neste 
exemplo: 

— 1 * 

Nesse caso, o ferro também se oxidou (ou, em linguagem comum, "enferrujou"). 

Primitivamente, a palavra redução significou volta ao estado inicial; de fato, invertendo-se a 
reação anterior, o ferro volta à forma metálica inicial — isto é, se reduz. 

Resumindo, dizemos atualmente que: 


Oxidação é a perda de elétrons. 

Redução é o ganho de elétrons. 

Reação de oxirredução é aquela em que há transferência de elétrons. 


Nos exemplos anteriores, o cloro e o oxigênio são chamados oxidantes, porque provocaram a 
oxidação do sódio e a do ferro, respectivamente. Ao contrário, o sódio e o ferro são chamados reduto- 
res, porque provocaram a redução do cloro e a do oxigênio, respectivamente. Generalizando: 

Oxidante é o elemento (ou substância) que provoca oxidações (ele próprio se reduzindo). 
Redutor é o elemento (ou substância) que provoca reduções (ele próprio se oxidando). 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


171 



Capítulo 07B-QF1 -PNLEM 


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CID 





A 


3.2. Conceito de número de oxidação 


No caso dos compostos iônicos, chama-se número de oxidação (N ox ) a própria carga elétrica do 
íon, ou seja, o número de elétrons que o átomo perdeu ou ganhou. Por exemplo: 


• no Na + Cl 


para o Na + : N m = +1 
para o Cl N m = -1 


• no Fe 2+ 0 2 " 


para o Fe 2+ : N m = +2 
para o O 2 -. N ox = -2 


E no caso dos compostos covalentes? Nesse caso, não há um átomo que perca e outro que ganhe 
elétrons, já que os átomos estão compartilhando elétrons. Entretanto, podemos estender o conceito de 
número de oxidação também para os compostos covalentes, dizendo que seria a carga elétrica teórica 
que o átomo iria adquirir se houvesse quebra da ligação covalente, ficando os elétrons com o 
átomo mais eletronegativo. Por exemplo, já sabemos que no HCÍ o cloro é mais eletronegativo que o 
hidrogênio e, em conseqüência, atrai o par eletrônico covalente para si. 


H 



5 + 

ou H 


8 - 

Cí 


Se, por influência de alguma força externa, houver a ruptura dessa ligação, é evidente que o par 
eletrônico ficará com o cloro, ou seja: 


H 





Em vista dessa possibilidade, dizemos que: 

para o hidrogênio: N ox = +1 

• no HCÍ \ 

para o cloro: N ox = -1 

Enfim, consultando a tabela de eletronegatividade da página 164, você poderá prever o local da 
ruptura das ligações, contar o número de elétrons ganhos e perdidos pelos átomos e, assim, calcular 
seus números de oxidação. Por exemplo, para a água: 

; ; [ para cada hidrogênio: N ox = +1 

• • para o oxigênio: N ox = -2 

Note que o oxigênio, sendo mais eletronegativo que o hidrogênio, ficou com 2 elétrons (1 de 
cada hidrogênio); logo, N ox = -2. Por outro lado, cada hidrogênio perdeu 1 elétron (N ox = +1). 
Resumindo, podemos dizer que: 

Nos íons simples, o número de oxidação é a carga elétrica do íon. Nos compostos 
moleculares, é a carga elétrica que o átomo iria adquirir se houvesse ruptura da ligação 
covalente, ficando os elétrons com o átomo mais eletronegativo. 

De certa maneira, o conceito de número de oxidação substitui o antigo conceito de valência, 
criado na metade do século XIX, como explicamos na página 1 36. 

Dado o conceito de número de oxidação, podemos ampliar o conceito de oxidação e redução 
dizendo: 


Oxidação é perda de elétrons ou aumento do número de oxidação de um elemento. 
Redução é ganho de elétrons ou diminuição do número de oxidação de um elemento. 


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Capitulo 07B-QF1 -PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


Esquematicamente: 

Oxidação 


-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 


Redução 


3.3. Números de oxidação usuais 

É importante lembrar que: 

• o número de oxidação de um elemento ou substância simples é zero; 

• nas substâncias compostas, temos os seguintes valores usuais: 

— o número de oxidação do hidrogênio é sempre + 1 (exceto nos hidretos metálicos, como 
NaH, CaH 2 etc., nos quais é -1); 

— o número de oxidação do oxigênio é sempre -2 (exceto nos peróxidos, como H 2 0 2 , Na 2 0 2 
etc., nos quais é -1); 

— o número de oxidação dos elementos das colunas A da Classificação Periódica pode ser 
deduzido do próprio número da coluna, de acordo com a tabela a seguir: 


Número da coluna 

IA 

Metais 

alcalinos 

2A 

Metais 

alcalino-terrosos 

3A 

4A 

5A 

6A 

Calcogênios 

7A 

Halogênios 

N ox máximo 

(pela perda de elétrons) 

+ 1 

+2 

4-3 

4-4 

+ 5 

4-6 

4-7 

N ox mínimo 

(pelo ganho de elétrons) 




-4 

-3 

-2 

-1 




(Essa regra se torna óbvia se você lembrar que o número da coluna A coincide com o número de 
elétrons que o elemento possui em sua última camada eletrônica.) 

3.4. Cálculo dos números de oxidação 

É fácil calcular o número de oxidação de um elemento que aparece numa substância, lembrando 
que a soma dos números de oxidação de todos os átomos, numa molécula, é zero. 

Vamos, por exemplo, calcular o número de oxidação do fósforo, na substância H 3 P0 4 . Lembre-se 
de que H (N ox = +1); O (N ox = -2). Chamando de x o N m do fósforo e, considerando o número de 
átomos de cada elemento, temos: 

H 3 p o 4 

( A , ,_A_, ( A , 

3-(+1) + x + 4 -(-2) = 0, resultando: x = +5 

Consideremos outros exemplos: 


Na 2 

C 

o 3 




2 ‘ (+1 ) 

+ x + 

3 • (-2) = 

0 => x = +4 

(Nox. 

do C) 

k 2 

Cr 2 

o 7 




2 ' (+1 ) 

+ 2x + 

7 -(-2) = 

0 => x = +6 

(Nox. 

do Cr) 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 1 73 



Capitulo 07B-QF1-PNLEM 


173 


30/5/05, 9:25 





Para calcular o número de oxidação de um elemento formador de um íon composto, devemos 
lembrar que a soma dos números de oxidação de todos os átomos, num íon composto, é igual à 
própria carga elétrica do íon. Por exemplo: 



x = +7 


x = +5 


N 


h: 


x + 4 • (+ 1 ) = +1 



A EXPLOSÃO DO FOGUETE BRASILEIRO VLS-1 (VEÍCULO LANÇADOR DE SATÉLITES-1) 


Os foguetes das festas juninas têm uma car- 
ga explosiva de pólvora (mistura de carvão, 
enxofre e nitrato de sódio). Quando acende- 
mos um foguete, a combustão rapidíssima 
da pólvora impulsiona-o para cima. 

Os foguetes espaciais também carregam 
materiais perigosos, que são altamente in- 
flamáveis. Aqueles de "combustível líquido" 
carregam, por exemplo, como combustível 
o hidrogênio líquido (é o redutor) e como 
comburente o oxigênio líquido (é o 
oxidante). Os foguetes de "combustível só- 
lido" carregam misturas sólidas de oxidantes 
e redutores fortíssimos. Nos dois casos, a forte 
combustão (reação de oxirredução) fornece 
a energia necessária à subida dos foguetes. 

Se, por um lado, uma forte reação de 
oxirredução é necessária para a propulsão 
dos foguetes, por outro ela sempre repre- 
senta um grande risco de acidente. Por 
exemplo, no dia 22 de agosto de 2003, na 
base de lançamento de Alcântara, no 
Maranhão, uma descarga elétrica de origem 
desconhecida acionou, fora de hora, um dos 
motores do 1° estágio do foguete VLS-1 e 
provocou uma explosão que destruiu esse 
foguete e a torre de lançamento e causou a 
morte de 21 técnicos especializados do CTA 
(Centro Técnico Aeroespacial) de São José 
dos Campos (SP). 




HmiirKfSV Responda em 
■ilajUÍUfl seu caderno 



a) O que é oxidaçao? 

b) O que é redução? 

c) O que é oxidante? |âí Jg j 

d) O que é redutor? 


174 



Capitulo 07B-QF1 -PNLEM 


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30/5/05, 9:26 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





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EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Exercício resolvido 

35 Quais são os números de oxidação do iodo nas subs- 
tâncias l 2/ Nal, Nal0 4 e All 3 ? 

Resolução 


No I,. o AL, do iodo é 


• No Nal temos Na + I e, portanto, o N m do iodo é 
-1 . 


• No Na I 0 4 

+ 1 +x +(-2) • 4 = 0 => x = 

• no Aíl 3 temos Aí 3+ (L) 3 . 

Portanto, o A/ ox do iodo é | -1 | . 


+ 7 


36 (Mogi-SP) O número de oxidação do manganês no 
permanganato de potássio (KMn0 4 ) é: 

a) +2 b) +3 c) +5 d) +7 e) -8 

37 (Vunesp) Indique, dentre as substâncias apresentadas, a que 

contém nitrogênio com número de oxidação mais elevado, 
a) N 2 b) NaN 3 c) N 2 0 3 d) NH 4 Ct e) HN0 3 

38 (Vunesp) O filme Erin Brockowich é baseado num fato, 
em que o emprego de crômio hexavalente numa usina 
termoelétrica provocou um número elevado de casos de 
câncer entre os habitantes de uma cidade vizinha. 

Com base somente nessa informação, dentre os com- 
postos de fórmulas 

CrCl 3 Cr0 3 Cr 2 0 3 K 2 Cr0 4 K 2 Cr 2 0 7 
(1) (2) (3) (4) (5) 

pode-se afirmar que não seriam potencialmente cance- 
rígenos: 

a) o composto 1, apenas. 

b) o composto 2, apenas. 

c) os compostos 1 e 3, apenas. 

d) os compostos 1, 2 e 3, apenas. 

e) os compostos 2, 4 e 5, apenas. 

39 (Vunesp) Nas substâncias CaC0 3 , CaC 2 , C0 2 , C (grafite) 
e CH 4 , os números de oxidação do carbono são, respec- 
tivamente: 


a) —4 

+ 1 

+4 

0 

+4 

b) +4 

-1 

+4 

0 

-4 

c) -4 

-2 

0 

+4 

+4 

d) +2 

— 2 

+4 

0 

-4 

e) +4 

+4 

+4 

+4 

+4 


40 (Vunesp) No mineral perovskita, de fórmula mínima 
CaTi0 3 , o número de oxidação do titânio é: 
a) +4 b) +2 c) +1 d) -1 e) — 2 

Exercício resolvido 

41 Quais os números de oxidação dos elementos que 
estão em negrito nos íons abaixo? 
a) I0 3 b) MnQ 3 ~ c) Cr0 2 ~ d) PtCl^ 


Resolução 

a) I0 3 [x + (-2) • 3 = -1 



b) MnO 2 {x + (-2) • 3 = -2 



c) CrO 2 {x + (-2) ■ 4 = -2 

d) PtCl 6 2 ~ {x + (-1) • 6 = -2 


x = +6 


x= +4 


42 (Unigranrio-RJ) Nos íons S0 4 e SO 2 , os números de oxi- 
dação do enxofre são, respectivamente: 

(Dados: S, Z = 16; O, Z = 8.) 

a) +6 e +4 c) zero e zero e) +4 e +6 

b) -4 e -3 d) -2 e -2 

43 (UFU-MG) Os números de oxidação do boro, iodo e en- 
xofre nas espécies químicas H 2 B0 3 , I0 4 e HS0 4 são, 
respectivamente: 

a) +4, +8, +7 c) +3, +7, +6 e) +2, +6, +5 

b) +3, +7, +8 d) +4, +5, +6 

Exercício resolvido 

44 Indique, na equação abaixo, qual é o oxidante e qual 
é o redutor: 

SnCl 2 + Cí 2 ► SnCl 4 

Resolução 


Sn Cí 2 + Cl 2 *■ Sn Cí 4 



O estanho (Sn) é o redutor, pois sofreu oxidação 
de +2 para +4; por extensão, dizemos que o redu- 
tor é o SnCC 2 . O cloro (Cl 2 ) é o oxidante, pois so- 
freu redução de zero para -1 . 


45 (U. Católica de Brasília-DF) Numa transformação quími- 
ca, o estanho teve seu número de oxidação aumentado 
em quatro unidades, segundo a equação: 

Sn *■ Sn 4+ 

Nessa equação, o estanho: 

a) ganhou quatro prótons. 

b) ganhou quatro elétrons. 

c) perdeu quatro prótons. 

d) perdeu quatro elétrons. 

e) perdeu dois prótons e dois elétrons. 

46 (PUC-RS) Em relação à equação de oxidação-redução não 

balanceada Fe° 4- CuS0 4 *• Fe 2 (S0 4 ) 3 + Cu°, 

pode-se afirmar que o: 

a) número de oxidação do cobre no sulfato cúprico é +1 . 

b) átomo de ferro perde 2 elétrons. 

c) cobre sofre oxidação. 

d) ferro é o agente oxidante. 

e) ferro sofre oxidação. 

47 (UFPA) Observe a reação: 

6 Kl + 2 KMnO, + 4 H 2 0 ► 3 l 2 + 2 MnO, + 8 KOH 

Os números de oxidação dos elementos Mn (no KMn0 4 ), 
I (no l 2 ) e Mn (no Mn0 2 ) são, respectivamente: 

a) +7; -1; +4 c) +4; -1; +4 e) -4; 0; +4 

b) +7; 0; +4 d) +6; +1; +4 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


175 



Capitulo 07B-QF1-PNLEM 


175 


30/5/05, 9:26 












A 


EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


48 (U. F. Santa Maria-RS) Os números de oxidação do co- 
bre e do ferro nos compostos CuCl e Fe(N0 3 ) 2 são, 
respectivamente: 

a) +1 e +2 d) +2 e +5 

b) +2 e +3 e) +1 e +5 

c) +3 e +2 

49 (UCF-RJ) Os números de oxidação dos halogênios nos 
compostos KBr, Nal0 3 , F 2 e Cí 2 0 3 são, respectivamente: 

a) -1, +5, 0, +3 d) +1, +3, 0, +5 

b) -1, -5, -2, -3 e) -1, -1, -1, -1 

c) +1, -1, -2, +2 

50 (U. F. Viçosa-MC) A substância na qual o manganês apre- 
senta maior número de oxidação é: 

a) K 2 Mn0 4 c) Mn0 2 e) MnS0 4 

b) KMn0 4 d) Mn 

51 (Vunesp) Os números de oxidação do enxofre nas espé- 
cies S0 2 e S0 4 ~ são, respectivamente: 

a) zero e +4 d) +4 e +6 

b) +1 e -4 e) -4 e -8 

c) +2 e +8 

52 (Mackenzie-SP) A espécie química na qual o nitrogênio 
apresenta número de oxidação máximo é: 

a) (N0 3 )’“ c) N 2 0 3 e) N 2 0 

b) (NH 4 ) 1+ d) N 2 


53 (Ufac) Na seguinte equaçao química: 

Zn (s) + 2 HCÍ (aq) * ZnCl 2(aq) + H 2 (g) 

a) o elemento Zn(s) oxida-se e reage como agente 
oxidante. 

b) o elemento Zn(s) oxida-se e reage como agente re- 
dutor. 

c) o elemento Zn(s) reduz-se e reage como agente re- 
dutor. 

d) o HCÍ (ácido clorídrico) é um agente redutor. 

e) a equação é classificada como reversível. 

54 (UVA-CE) Na obtenção do ferro metálico a partir da 
hematita, uma das reações que ocorre nos altos fornos é: 

Fe 2 0 3 + 3CO ► 2Fe + 3C0 2 

Pela equação, pode-se afirmar que o agente redutor e o 
número de oxidação do metal no reagente são, respecti- 
vamente: 

a) C0 2 e zero c) Fe 2 0 3 e +2 

b) COe +3 d) Fe e -2 

55 (F. C. Chagas-BA) Qual das equações seguintes represen- 
ta uma reação de oxirredução? 

a) Ag + + I *■ Agl 

b) Nal ► Na + + I 

c) Ag + + Na ► Na + + Ag 

d) Aí 3+ + 3 O ET ► AÍ(OH) 3 

e) HC0 3 + H + <- C0 2 + H 2 0 



FORÇAS (OU LIGAÇÕES) INTERMOLECULARES 


Em condições ambientes, os compostos iônicos são sólidos, devido às forças elétricas de atração 
entre seus cátions e ânions. Do mesmo modo, os metais são quase todos sólidos, devido à forte união que 
a ligação metálica exerce sobre seus átomos. Já as substâncias covalentes podem ser sólidas, líquidas ou 
gasosas. Isso prova que entre suas moléculas podem existir forças de atração maiores ou menores. São 
exatamente essas forças ou ligações entre as moléculas (intermoleculares) que iremos estudar neste item. 


4.1. Forças (ou ligações) dipolo-dipolo 


Quando uma molécula é polar, como, por exemplo, HCÍ, ela apresenta 
uma extremidade mais eletropositiva e outra mais eletronegativa: 

5 + 5 - 

H -<— ► Cí 

Sendo assim, a molécula é um dipolo elétrico permanente, que pode ser 
representado da seguinte forma: 

- 




Evidentemente, a "parte positiva" de uma molécula passa a atrair a "parte negativa" da molécula vizi- 
nha, e assim sucessivamente. Essas forças de coesão recebem o nome de forças (ou ligações) dipolo-dipolo. 


4.2. Ligações por pontes de hidrogênio 

Um caso extremo de atração dipolo-dipolo ocorre quando temos o hidrogênio ligado a átomos 
pequenos e fortemente eletronegativos, especialmente o flúor, o oxigênio e o nitrogênio. A forte 
atração que se estabelece entre o hidrogênio e esses elementos chama-se ligação de hidrogênio, e 
existe fundamentalmente em substâncias nos estados sólido e líquido. 


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Capitulo 07B-QF1 -PNLEM 


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A 


Esquematizamos (com o uso de cores-fantasia e sem escala) moléculas de água no estado líquido, 
na qual as ligações de hidrogênio estão indicadas por linhas pontilhadas. Por esse motivo, alguns quími- 
cos sugerem que a água deveria ser representada por (H 2 0)„, o que indica um agrupamento de n 
moléculas de água. 


Água líquida 



Enquanto a água líquida tem suas moléculas dispostas tridimensionalmente, mas de uma forma 
mais ou menos desorganizada, o gelo tem as suas moléculas arrumadas numa grade cristalina espa- 
cial, organizada e mais espaçada do que a água líquida. Disso resulta o fato de o gelo ser menos 
denso do que a água líquida (de fato, o gelo flutua na água, como podemos ver num copo com água 
e pedras de gelo). 


Gelo 



Apesar de ser aproximadamente dez vezes menos intensa do que uma ligação covalente, uma 
ligação de hidrogênio pode, em circunstâncias especiais, romper uma ligação covalente. Veja o 
esquema representado a seguir (cores-fantasia): 



o h — ci *- h 3 o + + cr 

H 

No caso anterior, o oxigênio da água atrai mais o hidrogênio ligado ao cloro que o próprio cloro 
dando origem aos íons H 3 0 + (hidrônio ou hidroxônio) e CT (cloreto). Esse fenômeno é, em particular, 
muito importante, pois corresponde à ionização dos ácidos, quando são dissolvidos em água. 

Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 1 77 



Capitulo 07B-QF1 -PNLEM 


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Outra conseqüência importante das ligações de hidrogênio existentes na 
água é sua alta tensão superficial. As moléculas que estão no interior do líquido 
atraem e são atraídas por todas as moléculas vizinhas, de tal modo que essas 
forças se equilibram. Já as moléculas da superfície só são atraídas pelas moléculas 
"de baixo" e "dos lados". Conseqüentemente, essas moléculas se atraem mais 
fortemente e criam uma película semelhante a uma película elástica na superfície 
da água (isso ocorre com todos os líquidos; apenas estamos dizendo que o fenô- 
meno é particularmente intenso na água). 

A tensão superficial da água explica vários fenômenos, como os exemplos seguintes: 


a. 

sz 

CJ 

o 

cõ 


A forma esférica das gotas de água. Alguns insetos podem andar sobre a água. 





4.3. Forças (ou ligações) de Van der Waals (ou de London) 

Logicamente, tudo que acabamos de explicar não se aplica às moléculas apoiares, como H 2 , F 2 , 
Cl 2 , 0 2 , C0 2 , CCl 4 etc. (nem aos gases nobres, que são formados por átomos isolados). Não havendo 
atração elétrica entre essas moléculas, elas deveriam permanecer sempre afastadas, o que equivale a 
dizer no estado gasoso. No entanto, muitas substâncias apoiares são líquidas e, mesmo quando gaso- 
sas (como H 2 , F 2 , Cl 2 etc.), elas podem ser liquefeitas e solidificadas em temperaturas muito baixas. 
Surge, então, a pergunta: que forças mantêm unidas as moléculas apoiares? São as chamadas forças de 
Van der Waals, ou forças de dispersão de London, que são cerca de dez vezes mais fracas do que as 
forças dipolo-dipolo e resultam do seguinte: mesmo sendo apoiar, a molécula contém muitos elétrons, 
que se movimentam rapidamente. Pode acontecer, num dado instante, de uma molécula estar com 
mais elétrons de um lado que do outro; essa molécula estará, então, momentaneamente polarizada e, 
por indução elétrica, irá provocar a polarização de uma molécula vizinha (dipolo induzido), resultan- 
do uma atração fraca entre ambas. Essa atração deve-se às forças de Van der Waals ou de London. 



As lagartixas andam nos tetos e nas paredes em virtude das forças de 
Van der Waals, que dão a aderência entre suas patas e a superfície por 
onde caminham. E, por imitação, os cientistas já estão tentando criar um 
produto que pode fazer uma pessoa subir por uma parede. 


M H 


Do mesmo modo que já falamos em raio atômico (página 1 24) e raio 
iônico (página 140), podemos falar também em raio de Van der Waals, 
para sólidos moleculares. Na figura ao lado, representamos duas mo- 
léculas de iodo (l 2 ) no estado sólido: a metade da distância entre dois 
núcleos, dentro da molécula (266 pm -2 =133 pm), é o já conheci- 
do raio covalente; a metade da distância entre dois núcleos de molé- 
culas vizinhas (430 pm -2 =215 pm) é o raio de Van der Waals. 



266 pm 


| 430 pm 


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Capitulo 07B-QF1 -PNLEM 


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4.4. Relação entre as ligações e as propriedades das substâncias 

Completando as idéias apresentadas neste capítulo, podemos dizer que, de modo geral: 

• as ligações químicas (iônica, covalente e metálica) que existem nas moléculas ou agregados 
iônicos (intramoleculares) são fortes e responsáveis pelas propriedades químicas das substâncias; 

• as ligações intermoleculares (dipolo-dipolo, ligações de hidrogênio e forças de Van der Waals 
ou forças de London) que ocorrem entre as moléculas são mais fracas e responsáveis pelas 
propriedades físicas das substâncias. 

Um resumo da correlação entre as propriedades físicas das substâncias e os vários tipos de ligação 
é dado na tabela seguinte. 


Tipo de substância 

Metálica 

Iônica 

Covalente polar 

Covalente apoiar 

Partículas formadoras 

Átomos e cátions 

lons 

Moléculas 

Moléculas 

Atração entre 
as partículas 

Pelos 

"elétrons livres" 

Eletrostática 

Dipolo-dipolo ou 
ligação de hidrogênio 

Van der Waals 
(London) 

Estado físico 

Sólido (exceção 
comum, mercúrio) 

Sólido 

Líquido (ou sólido, 
quando tem 
moléculas grandes) 

Gasoso (ou líquido, 
quando tem 
moléculas grandes) 

Pontos de fusão 
e ebulição 

Em geral, altos 

Em geral, altos 

Baixos 

Muito baixos 

Condutividade elétrica 

Alta (no estado 
sólido e líquido), sem 

alteração da 
substância 

Alta (fundidos 
ou em solução), com 

decomposição da 
substância eletrólise) 

Praticamente nula 
quando pura. Ou 
condutora, quando 
em soluções 
apropriadas 
(HO. em H 2 0) 

Nula 

Dureza 

Dura, porém 
maleável e dúctil 

Dura, porém 
quebradiça 

— 

— 

Solubilidade em 
solventes comuns 

Insolúvel 

Em geral, solúvel em 

solventes polares 

Em geral, solúvel em 

solventes polares 

Em geral, solúvel em 

solventes apoiares 


ATIVIDADES PRÁTICAS 


ATENÇAO: Nao cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

Este experimento deve ser realizado com a su- 
pervisão de um adulto, pois o etanol (álcool co- 
mum) é inflamável e pode causar queimaduras e 
incêndios. 

1 â 

Materiais 

• 2 copos transparentes • água • óleo • álcool comum 

Procedimento 

• Coloque um pouco de água em um dos copos e adi- 
cione o mesmo volume de álcool. • Anote as observa- 
ções em seu caderno. • Em um outro copo, repita o pro- 
cedimento adicionando óleo em vez de álcool. • Anote 
as observações em seu caderno. 

Perguntas 

1) Em qual experiência a mistura resultante foi homo- 
gênea? 

2) Relacione as observações feitas com as polaridades das 
substâncias utilizadas. 


ATENÇAO: Nao cheire nem experimente substância al- 
guma utilizada nesta atividade. 

2 - 

Materiais 

• 1 frasco com saída bem estreita (tipo jarra de suco) para 
líquido • óleo • água • 1 régua de plástico • 1 pedaço de 
tecido de lã 

Procedimento 

• Abra uma torneira de modo que se obtenha um filete 
fino e uniforme de água. • Aproxime, sem encostar, a ré- 
gua de plástico, previamente atritada no pano de lã, do 
filete de água. • Anote as observações em seu caderno. 

• Repita o procedimento, utilizando um filete de óleo em 
vez do filete de água. 

Perguntas 

1) Houve alguma diferença entre as observações quan- 
do se utilizou a água e quando se utilizou o óleo? Ten- 
te explicar. 

2) Tente relacionar as observações feitas com a polari- 
dade da molécula em cada caso. 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


179 



30/5/05, 9:27 


Capitulo 07B-QF1-PNLEM 


179 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é ligação dipolo-dipolo e quando ela ocorre? 

b) O que é ponte de hidrogênio e quando ela ocorre? 

c) O que são forças de Van der Waals e quando elas ocorrem? 

d) As ligações químicas dentro das moléculas, ou agregados iônicos, são mais fracas ou 
mais fortes que as ligações entre as moléculas? Qual delas é responsável pelas proprie- 
dades químicas e qual é responsável pelas propriedades físicas das substâncias? 



rr — : 

CYCDnnnç Registre as respostas 
CACKUUUj em seu cad erno 


56 (Ceeteps-SP) Para os compostos HF e HCÍ, as forças de 
atração entre as moléculas ocorrem por 

a) ligações de hidrogênio para ambos. 

b) dipolo-dipolo para ambos. 

c) ligações de Van der Waals para HF e ligações de hidro- 
gênio para HCÍ. 

d) ligações de hidrogênio para HF e dipolo-dipolo para HCÍ. 

e) ligações eletrostáticas para HF e dipolo induzido para 
HCÍ. 

Exercício resolvido 

57 (Unicamp-SP) As pontes de hidrogênio formadas en- 

• • 

tre moléculas de água HOH podem ser representa- 
das conforme modelo abaixo. 

Com base nesse modelo, represente as pontes de 
hidrogênio que existem entre moléculas de amó- 
nia, NH 3 . 

,••• \ / 

O O 

/ \ / \ 

H H. H H 

O 

/ \ 

H H 

O O 

/ \ / \ 

H H H H 

Resolução 

A água tem dois pares de elétrons livres e pode apre- 
sentar uma arrumação espacial como a apresentada 
no enunciado. O NH 3 tem somente um par de elé- 
trons livres e consequentemente só poderá apresen- 
tar uma arrumação linear como mostramos abaixo: 

H H H H 

I I I I 

H — N H — N h — N-H — N 

I I I I 

H H H H 

58 (Ceeteps-SP) Um iceberg é composto por moléculas de 
água que se mantêm fortemente unidas por meio de in- 
terações do tipo: 

a) dipolo induzido-dipolo permanente. 

b) dipolo instantâneo-dipolo induzido. 

c) ligações covalentes dativas. 

d) ligações covalentes. 

e) ligações de hidrogênio. 


59 (U. F. Santa Maria-RS) A 
temperatura de ebulição 
das substâncias normal- 
mente aumenta à medi- 
da que aumenta a sua 
massa molecular. Anali- 
sando o gráfico, que mos- 
tra a temperatura de ebu- 
lição (T.E.) de ácidos halo- 
genídricos, percebe-se 
que o HF tem um comportamento anômalo. Esse com- 
portamento do ácido fluorídrico pode ser atribuído a(à): 

a) fortes ligações covalentes entre os átomos. 

b) formação de cristais covalentes. 

c) interações do tipo forças de Van der Waals. 

d) interações do tipo pontes de hidrogênio. 

e) fortes ligações iônicas entre os átomos. 

Exercício resolvido 

60 (E. E. Mauá-SP) As substâncias, dadas pelas suas fór- 
mulas moleculares, CH 4 , H 2 S e H 2 0 estão em ordem 
crescente de seus pontos de ebulição. Explique por 
que, do ponto de vista estrutural, esses compostos 
estão nessa ordem. 

Resolução 

Porque o CH 4 é covalente apoiar; entre suas molé- 
culas há forças de Van der Waals, que têm pouca 
intensidade. O H 2 S é covalente polar; entre suas mo- 
léculas há forças dipolo-dipolo, que já são um pou- 
co mais intensas. Finalmente, o H 2 0 é covalente e 
fortemente polar; entre suas moléculas há pontes 
de hidrogênio, que são ligações bem mais intensas 
do que as anteriores. 

61 (PUC-MG) Observe as duas colunas a seguir. 

Substância Ligação 


1. Ne 

A. iônica 

2. Fe 

B. covalente polar 

2. NH 3 

C. covalente apoiar 

4. KF 

D. metálica 

5. 0 2 

E. Van der Waals 


Considerando os tipos de ligações para as espécies quí- 
micas, qual das alternativas traz a associação correta? 

a) 4A— 3B — 2C — 5D — 1E d)4A-3B-5C-2D-1E 

b) 3A - 4B - 5C - 1 D - 2E e) 4A - 5B - 3C — 1 D - 2E 

c) 5A-2B-1C-4D-3E 



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Exercício resolvido 

62 (Unicamp-SP) Considere os processos I e II represen- 
tados pelas equações: 

H 2 0(í) H 2 0(g) 2 H (g) + O(g) 

Indique quais ligações são rompidas em cada um 
desses processos. 

Resolução 

Em (I) são rompidas as pontes de hidrogênio exis- 
tentes na água líquida, permitindo sua passagem para 
o estado gasoso. Em (II) são rompidas as ligações 
covalentes entre o hidrogênio e o oxigênio 
(H — O — H), "quebrando" as moléculas de água e 
dando origem ao hidrogênio e ao oxigênio. 

63 (Unip-SP) O principal tipo de forças atrativas que deve 

ser vencida para sublimar o gelo seco (C0 2 sólido) é: 

a) ligação covalente. 

b) forças de London (entre dipolos temporários). 

c) forças entre dipolos permanentes (devidos à diferen- 
ça de eletronegatividade). 

d) ligação coordenada. 

e) ligação iônica. 

64 (UFSE) Quando um gás nobre sofre liquefação, seus áto- 
mos ficam unidos uns aos outros por ligações químicas 

denominadas: 

a) covalentes 

b) iônicas 

c) metálicas 

d) pontes de hidrogênio 

e) Van der Waals 

Exercício resolvido 

65 (E. E. Mauá-SP) Uma substância A conduz a corrente 
elétrica quando fundida ou quando em solução aquo- 
sa. Outra substância, B, só a conduz em solução de 
solvente apropriado. E uma terceira, C, a conduz no 
estado sólido. Qual o tipo de ligação existente em 
cada uma das substâncias A, B e C? 

Resolução 

A substância A é iônica, sendo seus íons os res- 
ponsáveis pela condução da corrente elétrica, seja 
fundida ou em solução. A substância B é covalente 
polar, pois necessita de um solvente apropriado que 
lhe provoque a formação de íons. A substância C é 
metálica, pois conduz a corrente elétrica no esta- 
do sólido. 


66 (UFF-RJ) Para o estudo das relações entre o tipo de liga- 
ção química e as propriedades físicas das substâncias X e 
Y, sólidas à temperatura ambiente, foi realizado um ex- 
perimento que permitiu as seguintes constatações: 

I. A substância X, no estado sólido, não conduz a cor- 
rente elétrica; porém, no estado líquido, a conduz. 

II. A substância Y não conduz a corrente elétrica no esta- 
do sólido nem no estado líquido. 

Pode-se, então, concluir que: 

a) As substâncias X e Y são covalentes. 

b) As substâncias X e Y são iônicas. 

Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


c) A substância X é iônica e a substância Y é covalente. 

d) A substância X é um metal. 

e) A substância Y é um metal. 

67 (Cesgranrio-Rj) Analise o tipo de ligação química exis- 
tente nas diferentes substâncias: Cí 2 , Hl, H 2 0 e NaCÍ. 
A alternativa que as relaciona em ordem crescente de 
seu respectivo ponto de fusão é: 

a) Cí 2 < Hl < H 2 0 < NaCÍ 

b) Cl 2 < NaCÍ < Hl < H 2 0 

c) NaCÍ < Cí 2 < H 2 0 < Hl 

d) NaCÍ < H 2 0 < Hl < Cí 2 

e) Hl < H 2 0 < NaCÍ < Cí 2 

Exercício resolvido 

68 (Unifor-CE) Dentre os elementos abaixo, o que deve 
apresentar menor temperatura de ebulição sob pres- 
são ambiente é o: 

a) sódio 

b) ferro 

c) oxigênio 

d) bromo 

e) iodo 

Resolução 

O oxigênio (0 2 ), o bromo (Br 2 ) e o iodo (l 2 ) são 
substâncias covalentes apoiares. Logo, têm tempe- 
raturas de ebulição menores do que as do sódio 
(Na) e do ferro (Fe), que são metais. Além disso, 
das três substâncias (0 2 , Br 2 e l 2 ), é o 0 2 que tem a 
molécula mais "leve" e portanto a menor tempera- 
tura de ebulição. 

Alternativa c 


69 (UFRC-RS) Analise os dados da tabela seguinte em rela- 
ção às forças de interação entre as unidades constituintes 
dos sólidos. 



Sólido 

Ponto de fusão (°C) 

Tipo de interação 

1 

CaF 2 

1.423 

Ligações iônicas 

2 

ch 4 

-182 

Forças dipolo-dipolo 

3 

sío 2 

1.610 

Ligações covalentes 

4 

Ag 

962 

Ligação metálica 


A ordem crescente das forças de interaçao, nesses sólidos é: 

a) 1, 3, 2, 4 

b) 2, 3, 1 , 4 

c) 2, 4, 1 , 3 

d) 3, 1, 4, 2 

e) 4, 2, 3, 1 

70 (Mackenzie-SP) À temperatura ambiente, uma substân- 
cia simples sólida, uma substância composta gasosa e 
uma solução podem ser representadas, respectivamen- 
te, por: 

a) Fe, NaCÍ e CO 

b) H 2 , NH 3 e NaCÍ 

c) H 2 , C0 2 e C(grafite) 

d) Hg, Kl e H 2 S0 4 (diluído) 

e) Au, C0 2 e água mineral 

181 



Capitulo 07B-QF1-PNLEM 


181 


30/5/05, 9:27 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



71 (Ufes) A existência de pontes de hidrogênio só é possível 
entre compostos quando há: 

a) um elemento fortemente eletropositivo ligado a um 
átomo de hidrogênio. 

b) dois elementos, um fortemente eletropositivo e outro 
fortemente eletronegativo, ligados entre si. 

c) um elemento fortemente eletronegativo, dotado de pares 
de elétrons não-compartilhados, ligado ao hidrogênio. 

d) um aumento muito grande na intensidade das forças 
de London. 

e) uma ligação química entre o hidrogênio e os elemen- 
tos de transição externa. 

72 (Vunesp) Pode-se verificar que uma massa de água ocu- 
pa maior volume no estado sólido (gelo) do que no esta- 
do líquido. Isso pode ser explicado pela natureza dipolar 
das ligações entre os átomos de hidrogênio e oxigênio, 
pela geometria da molécula de água e pela rigidez dos 
cristais. As interações entre as moléculas de água são de- 
nominadas: 

a) forças de Van der Waals. 

b) forças de dipolo induzido. 

c) forças de dipolo permanente. 

d) pontes de hidrogênio. 

e) ligações covalentes. 

73 (UFRGS-RS) A intensificação das interações intermole- 
culares ocorre quando: 

a) a água entra em ebulição. 

b) o vapor de água sofre condensação. 

c) a água, a altas temperaturas, decompõe-se em oxigê- 
nio e hidrogênio. 

d) o vapor de água é aquecido. 

e) o gelo sofre fusão. 

74 (Vunesp) O gráfico a seguir foi construído com dados 
dos hidretos dos elementos do grupo 16. 



Massa molar (g/mol) 

Com base neste gráfico, são feitas as afirmações seguintes. 

I. Os pontos P, Q, R e 5 no gráfico correspondem aos 
compostos H 2 Te, H 2 S, H 2 Se e H 2 0, respectivamente. 

II. Todos esses hidretos são gases a temperatura ambien- 
te, exceto a água, que é líquida. 

III. Quando a água ferve, as ligações covalentes se rom- 
pem antes das intermoleculares. 

Das três afirmações apresentadas: 

a) apenas a I é verdadeira. 

b) apenas a I e a II são verdadeiras. 

c) apenas a II é verdadeira. 

d) apenas a I e a III são verdadeiras. 

e) apenas a III é verdadeira. 


75 (UEMG) Três frascos denominados A, B e C contêm, res- 
pectivamente, NaCÍ(s), HN0 3 (í) e C0 2 (g). Em termos 
de forças intermoleculares, é correto afirmar que: 

a) em A observa-se força dipolo-dipolo. 

b) em 6 observa-se força eletrostática. 

c) em C observam-se forças de Van der Waals. 

d) em A e 8 os compostos são apoiares. 

e) em 6 e C os compostos são polares. 

76 (UFPI) Estudos recentes indicam que lagartixas podem 
andar pelo teto e em superfícies lisas utilizando forças 
intermoleculares entre essas superfícies e os filamentos 
microscópicos que têm nos pés (meio milhão em cada 
pé). O tipo de interação correspondente nesse caso é: 

a) iônica 

b) metálica 

c) covalente 

d) Van der Waals 

e) nuclear 

77 (U. Católica Dom Bosco-MS) O C0 2 no estado sólido (gelo 
seco) passa diretamente para o estado gasoso em condi- 
ções ambiente; por outro lado, o gelo comum derrete 
nas mesmas condições em água líquida, a qual passa para 
o estado gasoso numa temperatura próxima a 100 °C. 
Nas três mudanças de estados físicos são rompidas, res- 
pectivamente: 

a) ligações covalentes; pontes de hidrogênio; pontes de 
hidrogênio. 

b) interações de Van der Waals; ligações iônicas; ligações 
iônicas. 

c) interações de Van der Waals; pontes de hidrogênio; 
ligações covalentes. 

d) interações de Van der Waals; pontes de hidrogênio; 
pontes de hidrogênio. 

e) interações de Van der Waals; pontes de hidrogênio; 
interações de Van der Waals. 

78 (FEI-SP) A tensão superficial dos líquidos depende direta- 
mente de processos de interação entre as moléculas, 
como, por exemplo, pontes de hidrogênio. Qual das subs- 
tâncias abaixo tem maior tensão superficial? 

a) benzeno 

b) hexano 

c) tetracloreto de carbono 

d) éter etílico 

e) água 

79 (UFMG) Um estudante fez testes para conhecer algumas 
propriedades físicas, no estado sólido, de cloreto de sódio, 
diamante, gelo e iodo. 

Qual é a alternativa que indica corretamente os resulta- 
dos encontrados pelo estudante? 

a) Cloreto de sódio: conduz corrente elétrica e decom- 
põe-se sob aquecimento em bico de gás. 

b) Diamante: é isolante elétrico e sublima-se sob aqueci- 
mento em bico de gás. 

c) Gelo: conduz corrente elétrica e funde-se sob aqueci- 
mento em bico de gás. 

d) lodo: é isolante elétrico e sublima-se sob aquecimen- 
to em bico de gás. 


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Capitulo 07B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


80 (Mackenzie-SP) A observação e o estudo da natureza 
das substâncias e de seu comportamento são intrigan- 
tes e por isso fascinantes. Leia com atenção os fatos 
reais relatados abaixo. Em relação a esses fatos, é in- 
correto afirmar: 

— A água, ao contrário da maioria das substâncias, au- 
menta de volume ao se solidificar. 

— A água, apesar de líquida nas condições ambientes, 
pode ser obtida pela reação entre os gases hidrogênio 
e oxigênio. 

a) A estrutura hexagonal da água mantida pelas pontes 
de hidrogênio no estado sólido provoca "um vazio" 
dentro do cristal de gelo, tornando-o mais volumoso. 

b) A existência de dipolos elétricos na água faz com que 
as moléculas se atraiam fortemente, levando-as ao es- 
tado líquido. 

c) Ao contrário do que ocorre na água, substâncias simples 
como o hidrogênio e o oxigênio apresentam grande força 
de atração entre suas moléculas, portanto são gases. 

d) Substâncias simples como o hidrogênio e o oxigênio 
possuem forças de atração fracas entre suas molécu- 
las, portanto são gases. 

e) O estado físico das substâncias depende das forças de 
atração entre suas moléculas. 


81 (PUC-SP) Analise as propriedades físicas na tabela abaixo: 



Condução de 
corrente elétrica 

Amostra 

Ponto de 
fusão 

Ponto de 
ebulição 

a 25 °C 

1.000 °c 

A 

801 °C 

1.413 °C 

isolante 

condutor 

B 

43 °C 

182 °C 

isolante 

— 

C 

1.535 °C 

2.760 °C 

condutor 

condutor 

D 

1 .248 °C 

2.250 °C 

isolante 

isolante 


Segundo os modelos da ligação química, A, B, Ce D po- 
dem ser classificados, respectivamente, como: 

a) composto iônico, metal, substância molecular, metal. 

b) metal, composto iônico, composto iônico, substância 
molecular. 

c) composto iônico, substância molecular, metal, metal. 

d) substância molecular, composto iônico, composto 
iônico, metal. 

e) composto iônico, substância molecular, metal, com- 
posto iônico. 



' 

LEITURA 




SEMICONDUTORES 


Já vimos que os metais são bons condutores de eletricidade porque 
dispõem de uma nuvem de elétrons livres (ver página 1 52). Sob a 
ação de um campo elétrico, essa nuvem se desloca rapidamente, o que 
constitui a corrente elétrica. Os não-metais são isolantes, isto é, não 
conduzem a corrente elétrica, porque não têm a nuvem eletrônica. 
Os semimetais estão em uma situação intermediária. Por exemplo: o 
silício, em temperaturas baixas (abaixo de 1 00 °C negativos), é isolante; 
em temperatura ambiente, o silício é um condutor pobre — daí o nome 
de semicondutor — , assim como ocorre com o elemento germânio. 

A condutividade elétrica de um semimetal pode ser aumentada 
(até 100.000 vezes) pela adição de pequenas quantidades de impu- 
rezas apropriadas, no processo chamado dopagem. São exemplos 
dessas impurezas o fósforo (P), o arsênio (As), o antimônio (Sb), o 
boro (B) etc., usadas em proporções muito baixas (1 átomo de im- 
pureza para cada 1 milhão de átomos de silício, por exemplo). 

Em decorrência desse fato, os semicondutores causaram uma 
grande revolução nos aparelhos eletrônicos. A associação de vários 
semicondutores deu origem a diodos, transistores etc., que substituí- 
ram as antigas válvulas eletrônicas. Posteriormente, criaram-se com- 
plexos circuitos eletrônicos integrados, na forma de pequenos chips, 
que constituem atualmente o cérebro dos relógios digitais, das cal- 
culadoras de bolso e dos computadores modernos. 

Importantes também são as células solares, feitas de silício, que 
transformam a energia solar diretamente em energia elétrica. Assim, 
hoje já se obtém energia elétrica de forma "limpa", isto é, não- 
poluente. Atualmente, as células solares já estão sendo utilizadas em 
telefones, em regiões desérticas, e em veículos experimentais (veícu- 
los movidos a energia solar, como se costuma dizer). Até o momento, 
os veículos desse tipo ainda não estão suficientemente desenvolvidos 
para substituir os convencionais, dotados de motor a explosão, mas 
não deixam de representar uma alternativa promissora. 



Chip de computador 



Painel de energia solar em poste de 
iluminação. 


Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


183 



Capitulo 07B-QF1-PNLEM 


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30/5/05, 9:27 


GARCIA-PELAYO / CID 



■ 


Questões sobre a leitura 

Responda em 
seu caderno 


82 Qual é a relação dos semicondutores com os metais e não-metais? 

83 O que é dopagem? 

84 Quais são os empregos dos semicondutores? 




DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




85 (U. F. Viçosa-MG) Um dos períodos da Tabela Periódica 
dos Elementos está representado abaixo: 


Na 

Mg 


Aí 

Si 

P 

S 

Cí 

Ar 


Dentre as afirmativas abaixo, a única incorreta é: 

a) Mg é um metal e forma íons positivos de carga 2 + . 

b) Na é um metal alcalino e é o mais eletropositivo desse 
período. 

c) Cí é um ametal da família dos halogênios. 

d) Ar é um gás nobre cujo átomo possui 8 elétrons em 
sua camada de valência. 

e) Aí é um ametal e é o elemento mais eletronegativo 
desse período. 

86 (PUC-MG) Os elementos Xe Y formam com o flúor com- 
postos iônicos XF e Y F 2 . Os íons de X, feoNe são 
isoeletrônicos. 

É correto afirmar em relação a X e Y, exceto: 

a) têm mesmo número de oxidação no estado funda- 
mental. 

b) têm cargas nucleares diferentes. 

c) têm íons de cargas elétricas diferentes. 

d) são menos estáveis que seus íons. 

e) podem formar ligação iônica entre si. 

87 (UFC-CE) A água apresenta-se, no estado líquido, à tem- 
peratura ambiente e à pressão atmosférica, e entra em 
ebulição a uma temperatura que é cerca de 200 °C mais 
elevada do que a do ponto de ebulição previsto teorica- 
mente, na ausência das ligações de hidrogênio. 

Com relação às ligações de hidrogênio, é correto afir- 
mar que: 

a) ocorrem entre moléculas, onde o átomo de hidrogê- 
nio é ligado covalentemente aos átomos mais eletro- 
positivos, pelos seus pares de elétrons ligantes. 

b) originam-se da atração entre os átomos de hidrogê- 
nio de uma molécula de água, que têm carga parcial 
negativa, e o átomo de oxigênio de uma outra unida- 
de molecular, que tem carga parcial positiva. 

c) no estado sólido, as ligações de hidrogênio presentes 
na água são mais efetivas, resultando em efeitos es- 
truturais que conferem menor densidade ao estado 
sólido do que ao líquido. 

d) quanto maior for a eletronegatividade do átomo ligado 
ao hidrogênio na molécula, maior será a densidade de 
carga negativa no hidrogênio e mais fraca será a interação 
com a extremidade positiva da outra molécula. 

e) são interações muito mais fortes do que as ligações 
covalentes polares convencionais e desempenham 
papel fundamental na química dos seres vivos. 

(UFC-CE) Os agregados moleculares são mantidos por 
interações físicas (forças intermoleculares) distintas da- 
quelas que originam as ligações químicas. Por exemplo, 
as moléculas de água são mantidas em um agregado 

184 


molecular através das ligações de hidrogênio, que são 
originadas das interações entre as extremidades opostas 
dos dipolos da água. 

Sobre as pontes de hidrogênio, é correto afirmar que: 

a) ocorrem frequentemente entre moléculas apoiares, em 
baixas temperaturas. 

b) são mais fortes do que as ligações iônicas ou eletro- 
valentes. 

c) contribuem decisivamente para a ocorrência da água 
no estado líquido, a 25 °C e 1 atm. 

d) são forças intermoleculares originadas da interação 
entre dois átomos de hidrogênio. 

e) somente ocorrem nos agregados moleculares de água, 
a 25 °C e 1 atm. 

89 (UFMC) As temperaturas de ebulição de tetraclo- 
rometano, CCÍ 4 , e metano, CH 4 , são iguais, respectiva- 
mente, a + 77 °C e a -1 64 °C. 

A alternativa que explica corretamente essa diferença 
de valores é: 

a) A eletronegatividade dos átomos de Cí é maior que a 
dos átomos de H. 

b) A energia necessária para quebrar ligações C — Cí 
é maior que aquela necessária para quebrar liga- 
ções C — H. 

c) As interações de dipolos induzidos são mais intensas 
entre as moléculas de CCÍ 4 , que entre as moléculas 
de CH 4 . 

d) As ligações químicas de CCÍ 4 têm natureza iônica, 
enquanto as de CH 4 têm natureza covalente. 

90 (UFMG) Este quadro apresenta os valores das tempera- 
turas de fusão e ebulição dos cloretos de sódio, magnésio 
e alumínio, todos a uma pressão de 1 atmosfera: 


Composto 

Temperatura 
de fusão (°C) 

Temperatura 
de ebulição (°C) 

Cloreto de sódio 

801 

1.413 

Cloreto de magnésio 

708 

1.412 

Cloreto de alumínio 

Sublima a 1 78 °C 


Considerando-se essas propriedades e os modelos de li- 
gação química aplicáveis às três substâncias, é correto 
afirmar que: 

a) a ligação iônica no cloreto de alumínio é mais fraca 
que as dos demais compostos, pois, nela, o cátion di- 
vide a sua força de atração entre três ânions. 

b) as ligações químicas do cloreto de sódio, em estado 
sólido, se quebram com maior facilidade que as dos 
demais compostos, também em estado sólido. 

c) o cloreto de alumínio tem um forte caráter molecular, 
não sendo puramente iônico. 

d) os três compostos têm fórmulas correspondentes à 
estequiometria de um cátion para um ânion. 


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Capitulo 07B-QF1 -PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


91 (ITA-SP) A opção relativa aos números de oxidação cor- 
retos do átomo de cloro nos compostos KC10 2 , Ca(CÍO) 2 , 
Mg(CÍ0 3 ) 2 e Ba(CÍ0 4 ) 2 é, respectivamente: 

a) -1, -1, -1 e -1 d) +3, +1, +5 e +6 

b) +3, +1, +2 e +3 e) +3, +1, +5 e +7 

c) +3, +2, +4 e +6 

92 (FEI-SP) Dadas as transformações químicas: 

I. 3 N0 2 + H 2 0 * 2 HN0 3 + NO 

II. 2 AgN0 3 + 2 NaOH *- Ag 2 0 + 2 NaN0 3 + H 2 0 

III. CaC0 3 ► CaO + C0 2 

Ocorre oxidação-redução apenas em: 

a) I 

b) II 

c) III 

d) I e III 

e) II e III 

93 (U. F. Viçosa-MC) O hidrogênio (H 2 ) funciona como agen- 
te oxidante na reação representada por: 


a) 2 H 2 + 0 2 — 

► 2 H 2 0 

b) H 2 + 2 K 

— *■ 2 KH 

c) 3 H 2 + N 2 — 

► 2 NH 3 

d) H 2 + Cl 2 

► 2 HCÍ 

e) 8 H 2 + S 8 

— ► 8 H 2 S 


94 (Mackenzie-SP) Se o número total de elétrons no íon 
[M(H 2 0) 4 ] 2+ é igual a 50, então o número atômico de M é: 

a) 8 

b) 10 

c) 40 

d) 12 

e) 42 

Dados: H (Z = 1) e O (Z = 8) 


95 (UMFS) O gráfico abaixo fornece os pontos de ebulição 
dos compostos de hidrogênio com elementos dos grupos 
1 4 (4A), 1 5 (5A), 1 6 (6A) e 1 7 (7A) da Tabela Periódica. 



Analisando o gráfico acima, é correto afirmar que: 

01 . os compostos HF, H 2 0 e NH 3 têm pontos de ebulição 
maior que os esperados, porque cada um deles está 
envolvido com ligações de hidrogênio que são muito 
mais fortes que outras forças intermoleculares. 

02. compostos hidrogenados do grupo 14 (4A) apresen- 
tam forças intermoleculares mais fortes que a ligação 
de hidrogênio. 

04. a ligação de hidrogênio é a responsável pelo fato de 
a água ser líquida, a 25 °C, e não gasosa, como seria 
de se esperar. 

08. se não fosse a ocorrência das ligações de hidrogênio, a 
água entraria em ebulição a aproximadamente —80 °C. 


1 6. todos os compostos de elementos do terceiro perío- 
do, representados no gráfico, apresentam ligações 
covalentes. 

32. todos os compostos de elementos do segundo perío- 
do, representados no gráfico, são iônicos. 

96 (UFPE) A compreensão das interações intermoleculares é 
importante para a racionalização das propriedades fisico- 
químicas macroscópicas, bem como para o entendimen- 
to dos processos de reconhecimento molecular que ocor- 
rem nos sistemas biológicos. A tabela abaixo apresenta 
as temperaturas de ebulição (TE), para três líquidos à pres- 
são atmosférica. 


Líquido 

Fórmula Química 

TE (°C) 

acetona 

(CH 3 ) 2 CO 

56 

água 

h 2 o 

100 

etanol 

ch 3 ch 2 oh 

78 


Com relação aos dados apresentados na tabela acima, 
podemos afirmar que: 

a) as interações intermoleculares presentes na acetona 
são mais fortes que aquelas presentes na água. 

b) as interações intermoleculares presentes no etanol são 
mais fracas que aquelas presentes na acetona. 

c) dos três líquidos, a acetona é o que apresenta liga- 
ções de hidrogênio mais fortes. 

d) a magnitude das interações intermoleculares é a mes- 
ma para os três líquidos. 

e) as interações intermoleculares presentes no etanol são 
mais fracas que aquelas presentes na água. 

97 (ITA-SP) Uma determinada substância apresenta as se- 
guintes propriedades físico-químicas: 

I. O estado físico mais estável a 25 °C e 1 atm é o sólido. 

II. No estado sólido apresenta estrutura cristalina. 

III. A condutividade elétrica é praticamente nula no esta- 
do físico mais estável a 25 °C e 1 atm. 

IV. A condutividade elétrica é alta no estado líquido. 

A alternativa relativa à substância que apresenta todas as 
propriedades acima é o/a: 

a) poliacetileno 

b) brometo de sódio 

c) iodo 

d) silício 

e) grafita 

98 (Fuvest-SP) Três variedades alotrópicas do carbono são 
diamante, grafita e fulereno. As densidades dessas subs- 
tâncias, não necessariamente na ordem apresentada, são: 
3,5; 1,7 e 2,3 g/cm 3 . 

Com base nas distâncias médias entre os átomos de car- 
bono, escolha a densidade adequada e calcule o volume 
ocupado por um diamante de 0,175 quilate. Esse volu- 
me, em cm 3 , é igual a: 

(Dados: 

Distância média entre os átomos de carbono, em 
nanômetro (1 0~ 9 m) 


diamante 

0,178 

fulereno 

0,226 

grafita 

0,207 

1 quilate = 0,20 g.) 


a) 0,50 • 10~ 2 

d) 2,0 -10 

b) 1,0 • 10 2 

e) 2,5 -10 

n 

v - 

Ln 

O 

to 



Capítulo 7 • A GEOMETRIA MOLECULAR 


185 



Capitulo 07B-QF1 -PNLEM 


185 


30/5/05, 9:27 


99 (UnB-DF) Para produzir a grande quantidade de materiais 
de que necessita, o homem tem ao seu dispor cerca de 90 
diferentes tipos de átomos, sem contar com os elementos 
artificiais que não são utilizados pela indústria. Para me- 
lhor organizar as informações sobre os elementos quími- 
cos, o cientista russo Mendeleyev propôs a utilização de 
uma Tabela Periódica similar à que se utiliza hoje. 

Na indústria de computadores, dois elementos importan- 
tíssimos são o silício (elemento que constitui aproximada- 
mente 27,2% da massa da crosta terrestre) e o germânio, 
ambos utilizados para a confecção dos chips. Estes, cada 
vez menores, mais complexos e eficientes, já são feitos tam- 
bém a partir de diamantes (sintéticos), que são uma for- 
ma alotrópica do carbono. No caso da memória de um 
computador, os chips possuem a seguinte estrutura: 


• Camada de silício 


zQ> Camada de dióxido de silício 

n£> Camada de silício contaminada 
(dopada) com átomos de fósforo 

Com o auxílio das informações contidas no enunciado e na 

tabela fornecida nesta prova, julgue os itens que se seguem. 

0. Os símbolos químicos do silício e do fósforo são, res- 
pectivamente, S e F. 

1. Alguns elementos que constam da Tabela Periódica 
recebem o nome de gases nobres porque não rea- 
gem com nenhuma substância. 

2. O silício e o fósforo são usados na fabricação dos chips 
porque pertencem à mesma família na Tabela Periódica. 

3. A utilização do germânio, em vez do silício, para con- 
fecção de chips, pode ser entendida a partir de uma 
análise da Tabela Periódica. 


100 (Enem-MEC) Quando definem moléculas, os livros ge- 
ralmente apresentam conceitos como: "a menor parte 
da substância capaz de guardar suas propriedades". A 
partir de definições desse tipo, a idéia transmitida ao 
estudante é a de que o constituinte isolado (moléculas) 
contém os atributos do todo. E como dizer que uma 
molécula de água possui densidade, pressão de vapor, 
tensão superficial, ponto de fusão, ponto de ebulição 
etc. Tais propriedades pertencem ao conjunto, isto é, 
manifestam-se nas relações que as moléculas mantêm 
entre si. 

Adaptado de OLIVEIRA, R. J. “O mito da substância”. 

Química Nova na Escola, n. 1 , 1995. 

O texto evidencia a chamada visão substancialista que 
ainda se encontra presente no ensino da Química. Abai- 
xo estão relacionadas algumas afirmativas pertinentes 
ao assunto. 

I. O ouro é dourado, pois seus átomos são dourados. 

II. Uma substância "macia" não pode ser feita de mo- 
léculas "rígidas". 

III. Uma substância pura possui pontos de ebulição e 
fusão constantes, em virtude das interações entre suas 
moléculas. 

IV. A expansão dos objetos com a temperatura ocorre 
porque os átomos se expandem. 

Dessas afirmativas, estão apoiadas na visão substan- 
cialista criticada pelo autor apenas: 

a) I e II 

b) III e IV 

c) I, II e III 

d) I, II e IV 

e) II, III e IV 


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Capitulo 07B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Tópicos do capítulo 

1 Introdução 

2 Ácidos 

3 Bases ou hidróxidos 

4 Comparação entre ácidos e bases 

5 Sais 

Leitura: 0 tratamento da água 


I 



Salina na Ilha Cristina, Huelva, Espanha. 


Apresentação do capítulo 


Num supermercado , a grande quantidade de tipos , itens e marcas de mercadorias obriga 
a agrupá-ios em determinados corredores , gôndolas e prateleiras — as massas , as bebidas, 
os produtos de limpeza etc. Essa arrumação (classificação) facilita muito a vida dos 
consumidores. 

Na Química, ocorre algo semelhante. Atualmente são conhecidos vários milhões 
de substâncias diferentes. É um número muito grande e que aumenta a cada dia. 
Consequentemente, torna-se necessário agrupar as substâncias em famílias que apresentem 
propriedades semelhantes. Essas famílias são denominadas funções. 

Na Química Inorgânica, as funções mais importantes são os ácidos, as bases, os sais e 
os óxidos, assuntos deste e do próximo capítulos. 


Capitulo 08A-QF1-PNLEM 187 30/5/05,9:37 


m 




INTRODUÇÃO 


Tarefa das mais importantes na atividade científica é reunir substâncias semelhantes em classes ou 
grupos, de modo a facilitar seu estudo. Uma classificação fundamental, nascida na metade do século 
XVIII, é a que divide as substâncias em inorgânicas (ou minerais) e orgânicas. Inicialmente, dizia-se: 

Substância inorgânica (ou mineral) é a que se origina dos minerais. 

Substância orgânica é a que se origina dos organismos vivos (vegetais e animais). 

Posteriormente, verificou-se que todas as substâncias orgânicas contêm o elemento carbono e, 
então, passou-se a dizer: 

Substâncias orgânicas são as que contêm carbono. 

Substâncias inorgânicas (ou minerais) são as formadas por todos os demais ele- 
mentos químicos. 

Dentro desse critério, porém, existem exceções; de fato, há compostos que contêm carbono, mas 
que apresentam todas as características de substância inorgânica, como CO, C0 2 , Na 2 C0 3 , KCN etc. 
Devido às suas características, essas substâncias são consideradas inorgânicas. 

As substâncias orgânicas serão estudadas no volume 3 desta obra. No volume 1 , vamos nos dedicar 
ao estudo das substâncias inorgânicas ou minerais. Sabendo, porém, que o número de compostos 
inorgânicos é muito grande, convém subdividi-los em agrupamentos menores, denominados funções 
químicas inorgânicas. De modo geral, dizemos que: 


Função química é um conjunto de substâncias com propriedades químicas semelhan- 
tes, denominadas propriedades funcionais. 

As principais funções químicas inorgânicas que iremos estudar são: os ácidos, as bases, os sais e 
os óxidos. 

Antes, porém, de iniciarmos o estudo das funções químicas inorgânicas, devemos comentar a 
chamada teoria da dissociação iônica de Arrhenius. Arrhenius verificou, no fim do século XIX, que 
algumas soluções aquosas conduziam corrente elétrica, e outras não. Por exemplo: 




A lâmpada se mantém apagada, provando que a 
solução de água e açúcar não permite a passagem 
da corrente elétrica (solução não-eletrolítica). 


A lâmpada se acende, provando que a solução de 
água e sal permite a passagem da corrente elétrica 
(solução eletrolítica). 


Svante August Arrhenius 


Nasceu na Suécia em 1859. Em 1876 ingressou na Universidade de Upsala, onde se dou- 
torou em 1 884. A partir de 1 891 , tornou-se professor na Universidade de Estocolmo. 

]á em 1884, propôs sua célebre teoria da dissociação iônica, que revolucionou o 
mundo científico da época. De fato, suas idéias sobre a existência de íons foram de 
início muito combatidas, pois na época era aceito o modelo atômico de Dalton, que 
falava em partículas neutras e indivisíveis. Aos poucos, porém, as idéias de Arrhenius 
não só foram aceitas como também contribuíram para o desenvolvimento das teO' 
rias eletrônicas da matéria. Por seus trabalhos, Arrhenius recebeu, em 1903, o Prêmio 
Nobel de Química. 



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Capitulo 08A-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


Como se explica essa diferença? Arrhenius explicou-a do seguinte modo: o açúcar (e outros não- 
eletrólitos), quando dissolvido na água, subdivide-se em moléculas (C 12 H 22 0 11 ) que são eletricamente neu- 
tras e, portanto, insensíveis ao campo elétrico; sendo assim, a corrente elétrica não pode fluir na solução. 

O sal (e demais eletrólitos), quando dissolvido na água, subdivide-se em partículas carregadas 
eletricamente e denominadas íons (no caso do sal, temos Na + e Cl"). Os íons positivos (cátions) cami- 
nham em direção ao pólo negativo; os íons negativos (ânions) caminham em direção ao pólo positivo; 
desse modo, a corrente elétrica pode fluir na solução e, como o circuito elétrico não fica interrompido, 
a lâmpada se acende. 


1.1. Dissociação e ionização 


Outro fato importante é que os não-eletrólitos são sempre substâncias moleculares (como é o 
caso do açúcar). Os eletrólitos, no entanto, podem ser substâncias moleculares ou iônicas. De fato, 
o sal comum já é formado por íons (Na + e Cl”) no seu estado natural, que é o estado sólido; a água da 
solução apenas provoca a separação dos íons já existentes: 

Áqua 

Na Cl" — Na + Cl" 

Essa separação de íons denomina-se dissociação iônica ou dissociação eletrolítica. 



No estado sólido, os íons Na + e C V 
estão “presos” no reticulado cristalino, 
(cores-fantasia; sem escala) 


Em solução na água, os íons Na + e CV 
estão “soltos” e podem se movimentar, 
transportando a corrente elétrica. 


Analisemos agora o caso do ácido clorídrico, que em seu estado natural (gasoso) é formado por 
moléculas (HCl). Ao ser dissolvido em água, a própria água quebra as moléculas HCÍ e provoca a 
formação dos íons H + e Cl": 


HCÍ 


Água 


H + 


+ Cl" 


Essa formação de íons denomina-se ionização. 

A extensão da ionização depende da substância considerada. De fato, podemos verificar em certas 
condições experimentais que, de cada 100 moléculas de HCl que colocamos em água, 92 se ionizam 
em H + e Cl"; por outro lado, em condições idênticas, de cada 100 moléculas de HF (ácido fluorídrico) 
dissolvidas em água, apenas 8 se ionizam em H + e F". 


1 . 2 . Grau de ionização 

Para medir a maior ou menor extensão de uma ionização, usa-se o chamado grau de ionização 
(ou o grau de dissociação iônica, quando for o caso), que é representado pela letra a: 


Número de moléculas ionizadas 
Número de moléculas dissolvidas 


Aproveitando os dois últimos exemplos, temos: 

92 

• no caso do HCl: a = = 0,92 ou 92% 

100 

• no caso de HF: a = — = 0,08 ou 8% 

100 

O grau de ionização varia entre 0 e 1 (ou 0% e 100%). Quando a tem valor próximo de zero, 
significa que a substância está pouco ionizada, sendo chamada de eletrólito fraco. Quando a se apro- 
xima de 1, a substância está bastante ionizada, sendo chamada de eletrólito forte. 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


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Capitulo 08A-QF1 -PNLEM 


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OBSERVAÇÃO 


As substâncias iônicas (como o NaCl) conduzem a corrente elétrica tanto em solução como quando 
fundidas, pois a água ou a fusão apenas separam e libertam os íons já existentes. As substâncias moleculares, 
por sua vez, podem ser ionizáveis (como o HCl) ou não (como o açúcar); no entanto, as primeiras somente 
se ionizam com o auxílio da água ou de outro solvente (solvente ionizante) que venha a quebrar suas 
moléculas. 


Responda em 
seu caderno 


a) O que são substâncias orgânicas? 

b) O que são substâncias inorgânicas? 

c) O que é função química? 

d) Segundo Arrhenius, o que é solução eletrolítica e não-eletrolítica? 

e) O que é dissociação? 

f) O que é ionização? 

g) O que é grau de ionização? 



EXERCÍCIOS 

■- 


— — 

Registre as respostas 
e m seu caderno 


Exercício resolvido 

1 (Unicamp-SP) Agua pura é um mau condutor de 
corrente elétrica. O ácido sulfúrico puro (H 2 S0 4 ) tam- 
bém é mau condutor. Explique o fato de uma solu- 
ção diluída de ácido sulfúrico, em água, ser boa 
condutora de corrente elétrica. 

Resolução 

A água e o ácido sulfúrico, quando puros, não con- 
duzem a corrente elétrica, porque são substâncias 
moleculares. Juntando-se as duas substâncias, a água 
provoca a ionização do ácido sulfúrico 

(H 2 S0 4 *■ 2 H + + S0 4 ~) e, em consequência, 

a solução passa a conduzir a corrente elétrica. 

2 (Unicamp-SP) À temperatura ambiente, o cloreto de 
sódio, NaCl, é sólido e o cloreto de hidrogênio, HCl, é 
um gás. Estas duas substâncias podem ser líquidas em 
temperaturas adequadas. 

a) Por que, no estado líquido, o NaCl é um bom con- 
dutor de eletricidade, enquanto, no estado sólido, 
não é? 

b) Por que, no estado líquido, o HCl é um mau condu- 
tor de eletricidade? 

c) Por que, em solução aquosa, ambos são bons condu- 
tores de eletricidade? 

3 (UFMC) Considere cada uma das seguintes substâncias, 
todas no estado sólido: cloreto de sódio, diamante, iodo 
e sódio. 

a) Cite o sólido que não conduz corrente elétrica, mas se 
torna bom condutor quando fundido. Justifique o fato 
de a substância ser condutora no estado líquido. 

b) Cite o sólido cujo cristal é mantido coeso, principal- 
mente por interações de Van der Waals. Justifique sua 
resposta. 


4 (FCV-SP) Alguns compostos, quando solubilizados em 
água, geram uma solução aquosa que conduz eletricida- 
de. Dos compostos abaixo, 

I. Na 2 S0 4 

II. o 2 

III. C 12 H 22 O n 

IV. KNOj 

V. CHjCOOH 

VI. NaCl 

formam solução aquosa que conduz eletricidade: 

a) apenas I, IV e VI d) apenas I e VI 

b) apenas I, IV, V e VI e) apenas VI 

c) todos 

Exercício resolvido 

5 Dissolvendo-se 600 moléculas de uma substância em 
água, verificou-se que 15 moléculas sofreram 
dissociação. Qual é o grau de ionização (a) da subs- 
tância em questão? Trata-se de um eletrólito forte 
ou fraco? 

Resolução 

Pela própria definição de grau de ionização, temos: 

a = = 0,025 => a = 2,5% 

600 

Conseqüentemente, o eletrólito é fraco. 

6 Qual dos itens a seguir representa o eletrólito mais forte? 

a) a = 40% 

b) a = 0,85% 

c) Tem 40 moléculas dissociadas em cada 200 molécu- 
las totais. 

d) — de moléculas estão dissociadas. 

4 

e) Metade das moléculas se dissociaram. 


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2 


ÁCIDOS 


Do ponto de vista prático, os ácidos apresentam as seguintes características: 

• formam soluções aquosas condutoras de eletricidade; 

• mudam a cor de certas substâncias (chamadas, por esse motivo, de indicadores de ácidos). 

Os ácidos são muito comuns em nosso dia-a-dia: o 
vinagre contém ácido acético (C 2 H 4 0 2 ); o limão, a laranja e 
demais frutas cítricas contêm ácido cítrico (C 6 H 8 0 7 ); a ba- 
teria de um automóvel contém ácido sulfúrico (H 2 S0 4 ); o 
ácido muriático, usado para a limpeza de pisos, azulejos 
etc., contém ácido clorídico (HCÍ); e assim por diante. 

Os ácidos são muito usados, nas indústrias químicas, 
para a produção de novos materiais. Em particular, o ácido 
sulfúrico é o primeiro colocado em uso industrial. Devemos 
lembrar, porém, que acidentes com trens e caminhões trans- 
portando ácido sulfúrico podem dar origem a vazamentos 
do ácido, com efeitos bastante danosos ao meio ambiente. 

2.1. A definição de ácido de Arrhenius 

Do ponto de vista teórico, Arrhenius definiu: 

Ácidos são compostos que em solução aquosa se ionizam, produzindo como íon 
positivo apenas cátion hidrogênio (H ). 

O H + é, nessa perspectiva, o responsável pelas propriedades comuns a todos os ácidos, sendo 
chamado, por esse motivo, de radical funcional dos ácidos. Exemplos: 


HCÍ 

Água 

H + 

+ 

cr 


Agua 




hno 3 


H 

+ 

no 3 - 

h 2 so 4 

Agua 

2 H + 

+ 

sor 

h 3 po 4 

Agua 

3 H + 

+ 

por 


Atualmente, sabe-se que a definição de Arrhenius não é rigorosamente correta. Na verdade, em 
solução aquosa, o cátion H + se une a uma molécula de água formando o íon H 3 0 ", chamado de hidrônio 
ou hidroxônio: 

H + + H 2 0 H 3 0 + 

Sendo assim, os quatro exemplos anteriores ficariam mais corretos se escritos da seguinte maneira: 


HCÍ 

+ 

h 2 o — 

— h 3 o + 

+ 

cr 

hno 3 

+ 

h 2 o — 

— h 3 o + 

+ 

no 3 

h 2 so 4 

+ 

2 H 2 0 

— 2 H 3 0 + 

+ 

so 4 2 

h 3 po 4 

+ 

3 H 2 0 

— 3 H 3 0 + 

+ 

po 4 3 


No entanto, por comodidade, continua-se usando a primeira forma de representação. 

2.2. Classificação dos ácidos 

a) De acordo com o número de hidrogénios ionizáveis 

• Monoácidos: na ionização, a molécula produz apenas 1 H + (HCÍ, HN0 3 etc.). 

• Diácidos: na ionização, a molécula produz 2 H (H 2 S0 4 , H 2 C0 3 etc.). 

• Triácidos: na ionização, a molécula produz 3 H + (H 3 P0 4 , H 3 B0 3 etc.). 

• Tetrácidos: na ionização, a molécula produz 4 H + (H 4 P 2 0 7 , H 4 Si0 4 etc.). 

Os ácidos com 2 ou mais hidrogénios ionizáveis são denominados poliácidos. 

Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 1 91 



Os ácidos são encontrados em muitos produtos de 
uso cotidiano. 



Capitulo 08A-QF1-PNLEM 


191 


6/7/05, 14:41 


EDUARDO SANTALIESTRA 




b) De acordo com a presença ou não de oxigênio na molécula 

• Hidrácidos: não contêm oxigênio (HCÍ, HBr, H 2 S etc.). 

• Oxiácidos: contêm oxigênio (HN0 3 , H 2 S0 4 , H 3 P0 4 etc.). 

c) De acordo com o grau de ionização 

É importante relembrar a definição de grau de ionização (a), dada na página 189. 

• Ácidos fortes: quando a > 50%. Exemplos: HCÍ (a = 92%), H 2 S0 4 (a = 61 %) etc. 

• Ácidos moderados ou semifortes: quando 5 < a < 50%. Exemplos: HF (a = 8%), H 3 P0 4 
(a = 27%) etc. 

• Ácidos fracos: quando a < 5%. Exemplos: HCN (a = 0,008%), H 2 CQ 3 (a = 0,18%) etc. 


2.3. Fórmulas dos ácidos 

Você já observou que todo ácido é formado pelo cátion H + e por um átomo ou grupo de átomos 
com carga negativa (ânion ou radical negativo): 


Observe também que a carga total positiva dos H + deve anular a carga total do radical negativo, de 
tal modo que a molécula seja eletricamente neutra. 

Desse modo, representando o ânion (ou radical ácido) por A e supondo sua valência igual a —x, 
chegamos à seguinte regra geral de formulação dos ácidos: 


Nas fórmulas estruturais dos ácidos oxigenados, devemos assinalar que os hidrogénios ionizáveis 
sempre se ligam ao átomo central por intermédio de um átomo de oxigênio; os demais átomos de 
oxigênio ligam-se ao átomo central por meio de ligações covalentes. 


0 — 100 % 


Ácido cada vez mais forte 



+ 1 




ou seja: H^A (normalmente, x =£ 4). 


H — O 



H 2 C0 3 estruturalmente é: 


H — O 


H 3 P0 4 estruturalmente é: H — O — P — O 

H— O 


H — O 


O 


\ _ ^ 


S 


H 2 S0 4 estruturalmente é: 



O 


O 


HCÍ0 4 estruturalmente é: H — O — Cí O 


O 


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Capitulo 08A-QF1 -PNLEM 


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A 


Quando ligado diretamente ao átomo central, o hidrogênio não é ionizável. Dois exemplos impor- 
tantes são: 

• O H 3 P0 3/ que, apesar de possuir três hidrogénios, é um diácido; sua fórmula estrutural mostra que os 
dois primeiros hidrogénios são ionizáveis, e o terceiro, ligado diretamente ao átomo de fósforo, não: 

H -°^ 

H — O — P^O 

H 


• O H 3 P0 2 , que é um monoácido, pois só um hidrogênio se liga ao fósforo por intermédio do oxigênio: 


H — O 


H — P — O 
H 


2.4. Nomenclatura dos ácidos 

a) Hidrácidos 

O nome é feito com a terminação ídrico: 

Ácido ídrico 

(Nome do ânion) 


í HCÍ — ácido clorídrico J H 2 S — ácido sulfídrico 

1 Hl — ácido iodídrico 1 HCN — ácido cianídrico 

b) Oxiácidos 

• Quando o elemento forma apenas um oxiácido, usa-se a terminação ico: 

Ácido ico 

(Nome do elemento) 


H 2 C0 3 — ácido carbônico 
• Quando o elemento forma dois oxiácidos: 


H 3 B0 3 — ácido bórico 


Quando o elemento tem 


Ácido 

(Nome do elemento) 


ico 

oso 


■>• /V ox maior 
>■ N ox menor 


+5 

HN0 3 — ácido nítrico 

+ 3 


+6 

h 2 so 4 

+4 


HN0 2 — ácido nitroso 


h 2 so 3 


Quando o elemento forma três ou quatro oxiácidos: 


ácido sulfúrico 
ácido sulfuroso 


Ácido per . 

Ácido 

Ácido 

Ácido hipo 


ico 

ico 

oso 

oso 


Diminuição do N ox 
do elemento central 


v 


+ 7 

HCÍ0 4 — Ácido perclórico 

+5 

HCÍ0 3 — Ácido clórico 


+ 3 

— Ácido cloroso 

hcío 2 

+1 

HCÍO 

— Ácido hipocloroso 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


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Capitulo 08A-QF1-PNLEM 


193 


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OBSERVAÇÃO 


Além dos prefixos per e hipo, são usados outros, como no caso de oxiácidos do fósforo: 

— ácido ortofosfórico 

— ácido pirofosfórico 


h 3 po 4 
h 4 p 2 o 7 

HP0 3 — ácido metafosfórico 


Nos três casos, o fósforo tem o mesmo número de oxidação (+5); a diferença está no grau de hidratação. 

• o H 3 P0 4 chama-se ácido ortofosfórico, pois é o mais hidratado dos três; 

• o H 4 P 2 0 7 chama-se ácido pirofosfórico, pois, simulando uma operação matemática, teríamos: 

2 X H 3 P0 4 equivaleria a H 6 P 2 0 8 


subtraindo H 7 O 


temos H 4 P 2 0 7 

o HP0 3 chama-se ácido metafosfórico, pois: 


(neste caso, tiramos uma molécula de 
água de duas moléculas do ácido H 3 P0 4 ) 


h 3 po 4 

H 2 O - 
H P0 3 


(o HPO s é, sem dúvida, o menos hidratado dos três, pois subtraímos 
uma molécula de água de apenas uma molécula do ácido H 3 P0 4 ) 


Para treinar a formulação e a nomenclatura dos ácidos, veja a tabela dos principais ânions, no final 
do livro. 


<D 

"D 

2.5. Ácidos importantes 
a) Ácido sulfúrico — H 2 S0 4 

O ácido sulfúrico é o produto químico mais utilizado na 
indústria; por isso costuma-se dizer que o consumo de ácido 
sulfúrico mede o desenvolvimento industrial de um país. 

O H 2 S0 4 puro é um líquido incolor, oleoso, denso 
( d = 1,84 g/mL), corrosivo e extremamente solúvel em água 
(para diluí-lo, deve-se despejá-lo lentamente em água, e nun- 
ca o contrário, pois, devido ao calor liberado, quando se des- 
peja água sobre H 2 S0 4 , ela vaporiza rapidamente e pode se 
projetar contra as mãos ou o rosto do operador). O H 2 S0 4 
ferve a 338 °C, que é um valor bem acima da temperatura de 
ebulição dos ácidos comuns; por isso é considerado um ácido 
fixo, isto é, pouco volátil. 

O ácido sulfúrico é produzido industrialmente pelo pro- 
cesso denominado catalítico ou de contato, de acordo com 
as seguintes etapas: 

• queima do enxofre: S + 0 2 * SO/ 

(ou ustulação de sulfetos metálicos: 4 FeS 2 + 1 1 0 2 

• oxidação do S0 2 : 2 S0 2 + 0 2 *- 2 SO s 

• reação do S0 3 com água: S0 3 + H 2 0 *• H 2 S0 4 

Nas equações químicas, o sinal x indica que o gás é liberado durante a reação. 

Os principais usos do ácido sulfúrico são: 

• na produção de fertilizantes agrícolas, como os superfosfatos; 

• na produção de compostos orgânicos (plásticos, fibras têxteis, celulose, corantes, tintas, pigmen- 
tos etc.); 

• na produção de outros ácidos (H 3 P0 4 ; HN0 3 etc.); 

• na limpeza de metais e ligas metálicas (aço); 

• no refino do petróleo; 

• em baterias de automóveis. 

194 



Unidade de produção de ácido sulfúrico da 
Companhia Nitroquímica Brasileira, SP. 


2 Fe 2 0 3 + 8 SO 2 ) 



Capitulo 08A-QF1 -PNLEM 


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EDUARDO BARCELLOS / CORTESIA DA CIA. NITROQUÍMICA BRASILEIRA 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


b) Ácido clorídrico — HCÍ 

O HCÍ puro, chamado de gás clorídrico ou cloridreto ou cloreto de hidrogênio, é um gás 
incolor, não-inflamável, muito tóxico e corrosivo. Esse gás é muito solúvel em água (cerca de 450 L de 
gás clorídrico por litro de água, em condições ambientes). Sua solução aquosa é denominada ácido 
clorídrico. Trata-se de uma solução incolor que, quando concentrada, contém cerca de 38% de HCÍ 
em massa, é fumegante (pois libera vapores de HCÍ), sufocante, muito tóxica e corrosiva. 

Na indústria, o HCÍ é preparado por síntese direta: 

H 2 + Cí 2 * 2 HCÍ 

E, em laboratório, a partir do NaCÍ (sólido): 

2 NaCÍ + H 2 S0 4 Na 2 SO 

O ácido clorídrico é usado na hidrólise de amidos e pro- 
teínas (indústria de alimentos); na produção de corantes, 
tintas, couros etc. Na limpeza de pisos e paredes de pedra 
ou de azulejo, usa-se o ácido muriático, que é o ácido clorí- 
drico impuro. 

Além disso, é importante destacar que o ácido clorídrico 
é um dos componentes do suco gástrico existente em nosso 
estômago. Sua ação é ajudar a digestão dos alimentos. 

c) Ácido nítrico — HNO B 

O ácido nítrico é um líquido incolor, muito tóxico e corrosivo. 

Ferve a 83 °C. E muito solúvel em água e, com o tempo e a influência 
da luz, sua solução fica avermelhada devido à decomposição do HN0 3 
em N0 2 . 

Industrialmente, o ácido nítrico é preparado a partir do NH 3 , se- 


gundo as reações: 

Catalisador 



4 NH 3 + 

5 0 2 ► 

4 NO + 

6 H 2 0 

2 NO + 

o 2 * 

2 N0 2 


3 N0 2 + 

h 2 o * 

2 HNO, + 

NO 

E, em laboratório: 
2 NaNOTs) + 

A 

h 2 so 4 ► 

Na 2 S0 4 + 

2 RNOC 


O ácido nítrico é usado na produção de compostos orgânicos (ex- 
plosivos, corantes, medicamentos etc.), na produção de fertilizantes 
agrícolas (por exemplo, NH 4 N0 3 ), na produção de nitratos etc. 

Nas equações químicas, o termo "catalisador", sobre a flecha, indica 
um composto que acelera a reação, e o símbolo A indica aquecimento. 

d) Ácido fluorídrico — HF 

E um líquido incolor, fumegante, de ponto de ebulição 20 °C sob pressão normal, altamente corro- 
sivo para a pele. 

Seu ponto de ebulição é superior aos demais ácidos halogenídricos, devido à formação de fortes 
ligações de hidrogênio, dando-lhe a seguinte estrutura: 

/ F . / F \ / F \ ou seja: (HF)., 

H H H 

E produzido a partir do minério denominado fluorita (CaF 2 ), por reação com ácido sulfúrico con- 
centrado. Essa reação ocorre a uma temperatura de 250 °C. 

CaF 2 (s) + H 2 S0 4 (í) CaS0 4 (s) + 2 HF^(g) 



4 + 2 HCÍ 



Ácido muriático, utilizado na limpeza de piso. 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


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Capitulo 08A-QF1-PNLEM 


195 


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ENFERSA / CID EDUARDO SANTALIESTRA 



O ácido fluorídrico corrói o vidro comum, pois ataca a sílica (Si0 2 ) que o constitui. 

Si0 2 + 4 HF ► SiF 4 + 2 H 2 0 

Fluoreto de silício 

e, ainda. 


SiF 4 + 2 HF - 

Daí seu uso para decoração em fosco de objetos 
de vidro e gravação do número de chassi em vidros de 
automóveis. 

É também usado no preparo de Na 3 AÍF 6 (na pro- 
dução de alumínio), no preparo de compostos do tipo 
CCÍ 2 F 2 (em sistemas de refrigeração), no preparo de 
UF 6 (no enriquecimento de urânio para reatores atô- 
micos) etc. 


Ácido hexafluorsilícico 



Vidro de automóvel com o número do chassi gravado. 


iWI 


Responda em 
seu caderno 


a) Segundo Arrhenius, qual é a definição de ácidos? 

b) Segundo o número de hidrogénios ionizáveis, como podem ser classificados os ácidos? 

c) Segundo a presença ou não de oxigênio na molécula, como podem ser classificados 
os ácidos? 

d) Segundo o grau de ionização, como podem ser classificados os ácidos? 

e) Qual é a terminação do nome de um hidrácido? 

f) Qual é a terminação do nome de um oxiácido? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Atenção: Procure resolver os exercícios dados a seguir usan- 
do não só as regras de formulação e nomenclatura que aca- 
bamos de aprender como também a tabela de radicais nega- 
tivos (ânions) que é dada no final do livro. 


7 Com o auxílio da tabela de radicais negativos apresenta- 
da no final do livro, procure escrever as fórmulas dos se- 
guintes ácidos: 

a) ácido permangânico; 

b) ácido fosforoso; 

c) ácido oxálico; 

d) ácido sulfuroso; 

e) ácido arsênico; 

f) ácido ortossilícico. 


8 Apenas com o auxílio da regra de nomenclatura que aca- 
bamos de estudar (não consulte a tabela de radicais ne- 
gativos apresentada no final do livro), dê nome aos se- 
guintes ácidos: 


a) HBr 


c) 


HIO 

mo 2 

HIOj 

mo 4 


b) J H 3 As0 4 

I H 3 As0 3 


d) J H 3 Sb0 4 
1 H 4 Sb 2 Q 7 


9 (Mackenzie-SP) Certo informe publicitário alerta para o 
fato de que, se o indivíduo tem azia ou pirose com 
grande frequência, deve procurar um médico, pois pode 
estar ocorrendo refluxo gastroesofágico, isto é, o retor- 
no do conteúdo ácido do estômago. Afórmula e o nome 
do ácido que, nesse caso, provoca a queimação no es- 
tômago, a rouquidão e mesmo dor torácica são: 


Situação normal 



a) HCÍ e ácido clórico 

b) HCÍ0 2 e ácido cloroso 

c) HC10 3 e ácido clorídrico 



d) HCÍ0 3 e ácido clórico 

e) HCÍ e ácido clorídrico 


0 

TD 

O 

Õ 

<5 

o 


0 

TD 

O) 


0 

"D 

O 

tÕ 

o> 


196 



Capitulo 08A-QF1-PNLEM 


196 


30/5/05, 9:39 


EDUARDO SANTALIESTRA / CID 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


10 (PUC-MC) A tabela abaixo apresenta algumas caracterís- 
ticas e aplicações de alguns ácidos: 


Nome do ácido 

Aplicações e características 

Acido muriático 

Limpeza doméstica e de peças 
metálicas (decapagem) 

Acido fosfórico 

Usado como acidulante em 
refrigerantes, balas e goma de mascar 

Acido sulfúrico 

Desidratante, solução de bateria 

Acido nítrico 

Indústria de explosivos e corantes 


As fórmulas dos ácidos da tabela sao, respectivamente: 

a) HCl, H 3 P0 4 , H 2 S0 4í HN0 3 

b) HCÍO, H 3 P0 3 , H 2 S0 4/ HN0 2 

c) HCl, H 3 P0 3 , H 2 S0 4 , HN0 3 

d) hcio 2 , h 4 p 2 o 7 , h 2 so 3 , hno 2 

e) HCÍO, H 3 P0 4 , H 2 S0 3 , HN0 3 

11 (UVA-CE) Os ácidos HC10 4 , H 2 Mn0 4 , H 3 P0 3 , H 4 Sb 2 0 7 , 
quanto ao número de hidrogénios ionizáveis, podem ser 
classificados em: 

a) monoácido, diácido, triácido, tetrácido. 

b) monoácido, diácido, triácido, triácido. 

c) monoácido, diácido, diácido, tetrácido 

d) monoácido, monoácido, diácido, triácido. 

12 Escreva as equações de ionização dos seguintes ácidos: 

a) ácido bromídrico c) ácido sulfuroso 

b) ácido nitroso d) ácido pirofosfórico 

1 3 Repita o exercício anterior, supondo agora a participação 
da água, isto é, a formação do hidrônio. 

14 (UFPE) Acido perclórico (HC10 4 ) é um ácido forte. Quais 
as espécies químicas presentes, em maior concentração, 
em uma solução aquosa deste ácido? 

a) H + e CIO; c) HC10 4 e OH~ e) OHQ CT e 0 2 

b) HC10 4 e H + d) H + , Cl e 0 2 

1 5 (Cesgranrio-RJ) Com base na tabela de graus de ionização 
apresentada a seguir: 


Ácido 

Grau de ionização (a) 

HF 

8% 

HCl 

92% 

HCN 

0,08% 

h 2 so 4 

61% 

h 3 po 4 

27% 


podemos concluir que o ácido mais forte é: 

a) HF 

b) HCl 

c) HCN 

d) H 2 S0 4 

e) H 3 P0 4 

16 (EEM-SP) Têm-se os três ácidos e os valores da tabela, 
que foram obtidos dissolvendo-se em água à temperatu- 
ra constante: 



Proporção entre 

número de 
moléculas dissolvidas 

número de 
moléculas ionizadas 

H 2 S 

10 

1 

h 2 so 4 

3 

2 

hno 3 

10 

8 


Calcule o grau de ionizaçao para cada ácido e coloque- 
os em ordem crescente de sua força de ionização. 


17 Escreva a fórmula estrutural do HC10 4 . 

18 Escreva a fórmula estrutural do H 3 P0 2 , sabendo que se 
trata de um monoácido. 

19 (Uesc) Considere o seguinte composto: 

O 


H— O— P— O— H 

I 

H 

Julgue como verdadeira (V) ou falsa (F) as afirmações. 

O composto apresenta três hidrogénios ionizáveis. 

O composto apresenta quatro ligações covalentes comuns 
e uma dativa. 

O composto é um diácido. 

O composto pertence a uma função orgânica. 

A sequência correta, de cima para baixo, é: 

a) V, V, V, F 

b) F, F, V, F 

c) F, V, F, V 

d) V, F, F, V 

e) V, F, F, F 


f 

V 

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




20 (FEI-SP) Considere os ácidos oxigenados abaixo: 

HN0 2 (aq) HC10 3 (aq) H 2 S0 3 (aq) H 3 P0 4 (aq) 
Seus nomes são, respectivamente: 

a) nitroso, clórico, sulfuroso, fosfórico. 

b) nítrico, clorídrico, sulfúrico, fosfórico. 

c) nítrico, hipocloroso, sulfuroso, fosforoso. 

d) nitroso, perclórico, sulfúrico, fosfórico. 

e) nítrico, cloroso, sulfídrico, hipofosforoso. 

21 (U. São judas-SP) O ácido cianídrico é o gás de ação ve- 
nenosa mais rápida que se conhece: uma concentração 

Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 




de 0,3 mg/L de ar é imediatamente mortal. É o gás usa- 
do nos estados americanos do norte que adotam a pena 
de morte por câmara de gás. A primeira vítima foi seu 
descobridor. Cari Wilhelm Scheele, que morreu ao dei- 
xar cair um vidro contendo solução de ácido cianídrico, 
cuja fórmula molecular é: 

a) HCOOH 

b) HCN 

c) HCNS 

d) HCNO 

e) H 4 Fe(CN) 6 


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30/5/05, 9:40 


Capitulo 08A-QF1-PNLEM 


197 


A 


22 (Univali-SC) A respeito da substância HCÍ observa-se, 
experimentalmente, que: 

• é um gás incolor. 

• está presente no suco gástrico do estômago humano. 

• aparece no comércio com o nome de ácido muriático, 
sendo utilizada na limpeza de pisos. 

• a maioria de suas moléculas sofre ionização em solu- 
ção aquosa. 

Desse modo, pode-se concluir que: 

a) o HCÍ é uma substância iônica. 

b) o HCÍ é um ácido fraco. 

c) o HCÍ é um gás não-tóxico. 

d) a ionização pode ser resumida pela equação: 

Aqua 

HCÍ (g) — - — * H + (aq) + CT (aq) 

e) o suco gástrico não é ácido. 

23 (UFRGS-RS) Admitindo-se 1 00% de ionização para o áci- 
do clorídrico em solução diluída, pode-se afirmar que essa 
solução não contém a espécie: 

a) HCÍ b) OH~ c) H 3 0 + d) H 2 0 e) CT 

24 (Mackenzie-SP) O ácido que é classificado como oxiácido, 
diácido e é formado por átomos de três elementos quí- 
micos diferentes é: 

a) H 2 S c) HCN e) HN0 3 

b) H 4 P 2 0 7 d) H 2 S0 3 


25 (UFSM-RS) Analise as seguintes afirmativas: 

I. HCÍ0 3 possui duas ligações covalentes normais e duas 
ligações dativas. 

II. H 3 P0 3 apresenta apenas ligações covalentes simples. 

III. H 2 S0 4 possui seis ligações covalentes normais e uma 
ligação dativa. 

Está(ão) correta(s): 

a) I apenas. d) I e II apenas. 

b) II apenas. e) I e III apenas. 

c) III apenas. 

26 (Enem-MEC) Os gases liberados pelo esterco e por ali- 
mentos em decomposição podem conter sulfeto de hi- 
drogênio (H 2 S), gás com cheiro de ovo podre, que é tó- 
xico para muitos seres vivos. Com base em tal fato, fo- 
ram feitas as seguintes afirmações: 

I. Cases tóxicos podem ser produzidos em processos na- 
turais. 

II. Deve-se evitar o uso de esterco como adubo porque 
polui o ar das zonas rurais. 

III. Esterco e alimentos em decomposição podem fazer 
parte do ciclo natural do enxofre (S). 

Está correto, apenas, o que se afirma em: 

a) I c) III e) II e III 

b) II d) I e III 



BASES OU HIDRÓXIDOS 


Do ponto de vista prático, bases ou hidróxidos são subs- 
tâncias que apresentam as seguintes características: 

• formam soluções aquosas condutoras de eletricidade; 

• fazem voltar a cor primitiva dos indicadores, caso essa 
cor tenha sido alterada por um ácido (essa caracterís- 
tica das bases dá sentido ao nome indicadores áci- 
do-base). 

As bases são muito comuns em nosso cotidiano. Vários 
líquidos de limpeza usados nas cozinhas contém bases, como 
o hidróxido de sódio (NaOH), presente em substâncias para 
desentupir pias, o hidróxido de amónio (NH 4 OH), encontrado no amoníaco etc. O chamado "leite de 
magnésia", usado para combater a acidez estomacal, contém hidróxido de magnésio (Mg (OH) 2 ). 

As bases são também muito usadas nas indústrias químicas. O hidróxido de sódio, por exemplo, é 
empregado na produção de sabões, detergentes, tecidos etc. 



3.1. Definição de base de Arrhenius 

Do ponto de vista teórico, Arrhenius definiu: 


Bases ou hidróxidos são compostos que, por dissociação iônica, liberam, como íon 
negativo, apenas o ânion hidróxido (OH - ), também chamado de oxidrila ou hidroxila. 

O OH é o responsável pelas propriedades comuns a todas as bases, constituindo por isso o radical 
funcional das bases. Exemplos: 


NaOH 

— Na + 

OH 

Ca(OH) 2 — 

► Ca 2+ + 

2 OH 

AÍ(OH) 3 — 

— Al 3+ + 

3 OH 


De modo geral, as bases são formadas por um metal, que constitui o radical positivo, ligado 
invariavelmente ao OH - . A única base não-metálica importante é o hidróxido de amónio (NH 4 OH). 


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Capitulo 08A-QF1 -PNLEM 


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EDUARDO SANTALIESTRA 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


3.2. Classificações das bases 

a) De acordo com o número de hidroxilas (OH ) 

• Monobases: possuem apenas uma oxidrila (OH ). Exemplos: NaOH, NH 4 OH etc. 

• Dibases: possuem duas OH . Exemplos: Ca(OH) 2 , Fe(OH) 2 etc. 

• Tribases: possuem três OH . Exemplos: AÍ(OH) 3 , Fe(OH) 3 etc. 

• Tetrabases: possuem quatro OH . Exemplos: Sn(OH) 4 , Pb(OH) 4 etc. 

Não existem bases com mais de quatro oxidrilas por molécula. 

b) De acordo com o grau de dissociação 

Relembre a definição de grau de ionização ou grau de dissociação iônica (a) dada na página 189. 

• Bases fortes: são aquelas cujo grau de dissociação é praticamente 1 00%. É o caso dos hidróxidos 
dos metais alcalinos, como NaOH, KOH etc., e dos metais alcalino-terrosos, como Ca(OH) 2 , 
Ba(OH) 2 etc., que já são iônicos por natureza. O Mg (OH) 2 é uma exceção à regra, pois constitui 
uma base fraca. 

• Bases fracas: cujo grau de dissociação é, em geral, inferior a 5%. É o caso do hidróxido de 
amónio (NH 4 OH) e dos hidróxidos dos metais em geral (excluídos os metais alcalinos e alcali- 
no-terrosos), que são moleculares por sua própria natureza. 

c) De acordo com a solubilidade em água 

• Solúveis: hidróxidos dos metais alcalinos como NaOH, KOH etc., e hidróxido de amónio (NH 4 OH). 

• Pouco solúveis: hidróxidos dos metais alcalino-terrosos, como Ca(OH) 2 , Ba(OH) 2 etc. 

• Praticamente insolúveis: todos os demais. 

3.3. Fórmulas das bases 

Uma base é sempre formada por um radical positivo (metal ou NH 4 ) ligado invariavelmente ao 

radical negativo oxidrila (OH ): 


Na + 

j OH 

Ca 2+ 

1 (OH) 2 

aí 3+ 

j (OH-) 3 


Note também que a carga positiva do cátion é neutralizada pela carga negativa total das oxidrilas, 
originando a seguinte regra geral de formulação das bases: 

(OH)^ ou seja: B(OH) y 


Nessa expressão, B representa o radical básico (metal ou NH 4 ) de carga +y. Cabe também assina- 
lar que, nas bases, y 4. 

3.4. Nomenclatura das bases 

a) Quando o elemento forma apenas uma base 


Hidróxido de 

(Nome do elemento) 


NaOH — hidróxido de sódio 
NH 4 OH — hidróxido de amónio 


b) Quando o elemento forma duas bases 


Hidróxido 

(Nome do elemento) 

J Fe(OH) 3 — hidróxido férrico 
| Fe(OH) 2 — hidróxido ferroso 


Quando o elemento tem 

ÍCO ► N ox maior 

OSO ► N ox menor 

J Sn(OH) 4 — hidróxido estânico 
[ Sn(OH) 2 — hidróxido estanoso 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


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Capitulo 08A-QF1 -PNLEM 


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GARCIA -PELAYO/CID 


Em lugar das terminações ico e oso, podemos usar 
número de oxidação do elemento. 

J Fe(OH) 3 — hidróxido de ferro III 
I Fe(OH) 2 — hidróxido de ferro II 

Para treinar a formulação e nomenclatura das bases, 
suplemento de consulta. 

3.5. Bases importantes 

a) Hidróxido de sódio — NaOH 

O hidróxido de sódio, também chamado de soda cáustica, é um sólido branco, de ponto de 
fusão 318 °C, muito tóxico e corrosivo e bastante solúvel em água (dissolução muito exotérmica). 

É produzido, industrialmente, por eletrólise de soluções aquosas de NaCÍ: 

2 NaCÍ + 2 H 2 0 * 2 NaOH + H' + Cl' 

É uma das bases mais usadas pela indústria química, servindo na preparação de compostos orgâni- 
cos (sabão, seda artificial, celofane etc.), na purificação de óleos vegetais, na purificação de derivados do 
petróleo, na fabricação de produtos para desentupir pias etc. 

Q 

o 
O 
<t 

CL 
< 

CJ 
or 
< 
o 




Em temos uma mistura 
de soda cáustica e óleo. 
Em (§), temos a mesma 
mistura se transformando 
em sabão. 


também um algarismo romano indicando o 

J Sn(OH) 4 — hidróxido de estanho IV 
[Sn(OH) 2 — hidróxido de estanho II 

veja a tabela dos principais cátions, dada no 


b) Hidroxido de cálcio — Ca(OH ) 2 

O hidróxido de cálcio é conhecido por cal hidratada, cal extinta ou cal apagada. Esses nomes 
provêm de seu método de preparação, que é por hidratação do óxido de cálcio (CaO), chamado de cal 


viva ou cal virgem: 

CaO + H 2 0 

Cal viva 

O Ca(OH) 2 é um sólido branco pouco solúvel 
em água. A suspensão aquosa de Ca(OH) 2 é cha- 
mada de leite de cal ou água de cal. O maior uso 
do hidróxido de cálcio é na construção civil: 

• na preparação de argamassa (massa para as- 
sentar tijolos); 

• na pintura de paredes (caiação). 

E usada também na agricultura, como inseti- 
cida e fungicida, e ainda no tratamento (purifica- 
ção) de águas e esgotos. 


200 


Ca(OH) 2 


Cal hidratada 



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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


c) Hidróxido de amónio — NH 4 OH 

O hidróxido de amónio não existe isolado, sendo, na verdade, uma solução aquosa de NH 3 (amonía- 
co ou amónia): 

nh 3 + h 2 o > nh 4 oh 

O NH 3 , por sua vez, é preparado por síntese direta (processo de Haber-Bosch): 

N 2 + 3 H 2 ► 2 NH 3 

É usado em limpeza doméstica, como fertilizante agrícola, na fabricação de ácido nítrico (HN0 3 ), 
na produção de compostos orgânicos e como gás de refrigeração. 


Responda em 
seu caderno 


a) Qual é a definição de bases ou hidróxidos segundo Arrhenius? 

b) De acordo com a solubilidade em água, como podem ser classificadas as bases? 
Dê exemplos. 

c) Como é dado nome a uma base? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Atenção: Para resolver os exercícios, use, se necessário, a 
tabela de radicais positivos (cátions) apresentada no finai 
do livro. 

27 Escreva as fórmulas das seguintes bases: 

a) hidróxido de lítio d) hidróxido áurico 

b) hidróxido de cromo e) hidróxido de cobre I 

c) hidróxido ferroso 

28 Dê os nomes das seguintes bases: 

a) Mg(OH) 2 d) Sn(OH) 2 

b) CsOH e) Pt(OH) 4 

c) Hg(OH) 2 

29 (Osec-SP) Uma base forte deve ter ligado ao grupo OH : 

a) um elemento muito eletropositivo. 

b) um elemento muito eletronegativo. 

c) um semimetal. 

d) um metal que dê 3 elétrons. 

e) um ametal. 

30 (Mackenzie-SP) O hidróxido de sódio, conhecido no co- 
mércio como soda cáustica, é um dos produtos que con- 
taminaram o rio Pomba, em Minas Gerais, causando um 
dos piores desastres ecológicos no Brasil. 

Dessa substância é incorreto afirmar que: 

a) tem fórmula NaOH. 

b) é um composto iônico. 

c) em água, dissocia-se. 

d) é usada na produção de sabões. 

e) é uma molécula insolúvel em água. 

31 (Mackenzie-SP) Observe as fórmulas do sulfato de arr 
(NH 4 ) 2 S0 4 e do hidróxido de potássio KOH. A alterr 
que apresenta a fórmula do hidróxido de amónio, 
tância presente em alguns produtos de limpeza, é: 

a) NH) + c) NH„(OH) 2 e) NH 4 (OH) 4 

b) (NH 4 ) 2 OH d) NH 4 OH 

32 Escreva as equações de dissociação iônica das seguin 
tes bases: 

a) hidróxido de bário; b) hidróxido de potássio. 


33 Ordene as bases AgOH, NH 4 OH, Ca(OH) 2 , da mais solú- 
vel para a menos solúvel em água. 

34 (FEI-SP) Explique por que é praticamente impossível me- 
dir a condutividade elétrica de um hidróxido que não 
seja de um metal alcalino. 

35 (UEPG-PR) Com relação às propriedades das bases de 
Arrhenius, é incorreto afirmar: 

a) o hidróxido de amónio é uma base não-metálica, bas- 
tante solúvel em água. 

b) os metais alcalinos formam monobases com alto grau 
de ionização. 

c) as bases formadas pelos metais alcalinos terrosos são 
fracas, visto que são moleculares por sua própria 
natureza. 

d) os hidróxidos dos metais alcalino-terrosos são pouco 
solúveis em água. 

e) uma base é tanto mais forte quanto maior for seu grau 
de ionização. 

36 (Mackenzie-SP) 


Força e solubilidade de bases em água 

Bases de metais 
alcalinos 

Fortes e solúveis 

Bases de metais 
alcalino-terrosos 

Fortes e parcialmente solúveis, exceto 
a de magnésio, que é fraca 

Demais bases 

Fracas e praticamente insolúveis 


L» 

a 


i- 


Para desentupir um cano de cozinha e para combater a 
acidez estomacal, necessita-se, respectivamente, de uma 
base forte e solúvel e de uma base fraca e parcialmente 
solúvel. 

Consultando a tabela acima, conclui-se que as fórmulas 
dessas bases podem ser: 

a) Ba(OH) 2 e Fe(OH) 3 d) Cu(OH) 2 e Mg(OH) 2 


b) Al(OH) 3 e NaOH 

c) KOH e Ba(OH) 2 


e) NaOH e Mg(OH) 2 


201 


A 


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Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


201 



COMPARAÇÃO ENTRE ÁCIDOS E BASES 


Na Química, ácidos e bases podem ser considerados substâncias com características opostas, fato 
que pode ser percebido se observarmos suas propriedades funcionais, como mostramos a seguir. 

4 . 1 . Propriedades funcionais 



Ácidos 

Bases 

Quanto à solubilidade em água 

A maior parte é solúvel. 

A maior parte é insolúvel (só os hidróxidos 
alcalinos e o NH 4 OH são solúveis). 

Quanto à estrutura 

São moleculares. 

Os hidróxidos alcalinos e os alcalino-terrosos 
são iônicos; os demais são moleculares. 

Quanto à condutividade elétrica 

Só conduzem a corrente elétrica em solu- 
ção aquosa. 

Conduzem a corrente elétrica em solução 
aquosa; os hidróxidos alcalinos, sendo 
iônicos, também conduzem a corrente elé- 
trica quando fundidos. 

Ação em relação aos indicadores 

Ácidos e bases mudam a cor de certas substâncias que são, por esse motivo, denomi- 
nadas indicadores ácido-base; se um ácido provoca uma certa mudança de cor, a 
base fará o indicador voltar à cor primitiva, e vice-versa. 

Ação recíproca 

Juntando-se um ácido e uma base, um irá neutralizar as propriedades do outro, porque 
o ácido e a base reagem quimicamente entre si; a reação, por esse motivo, é chamada 
de reação de neutralização. Além da água, essa reação forma um sal; por isso, ela é 
também chamada de reação de salificação. 

Exemplificando: 

JHO^ + NaOH ► jxlaCT + JHjO^ 

Ácido Base Sal Água 


Um emprego interessante da reação de neu- 
tralização é o seguinte: nosso estômago contém 
suco gástrico, que é necessário à digestão dos ali- 
mentos. Trata-se de uma solução ácida, pois con- 
tém ácido clorídrico (HCÍ). Em conseqüência de 
doenças ou tensões nervosas, a quantidade de HCÍ 
no estômago pode aumentar, causando os sinto- 
mas conhecidos por azia. Certos medicamentos 
combatem a azia; eles contêm bases fracas, como, 
por exemplo, Mg(OH) 2 (que existe no "leite de 
magnésia") ou AÍ(OH) 3 . Essas bases irão neutrali- 
zar o excesso de acidez existente no estômago, ali- 
viando os sintomas da azia. 



Medicamentos alcalinos combatem a acidez estomacal; 
devem ser ingeridos apenas com orientação médica. 



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Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


4.2. A medida do caráter ácido e do básico 


Para medir a temperatura, usamos um termômetro, ou melhor, uma escala termométrica. Para 
medir a acidez ou a basicidade de uma solução, usamos uma escala denominada escala de pH, que 
varia de zero (soluções muito ácidas) até 14 (soluções muito básicas); o valor pH = 7 indica uma 
solução neutra (nem ácida nem básica). Fazendo uma analogia: 


Termômetro 


100 


1 80 


60 

"Quente" 

40 


1 20<^[ 

Temp. ambiente 

1 0 

♦ 

1 

"Frio" 


Escala de acidez-basicidade 


o 

E 

3 

< 


pH 


14 
13 
1 2 
11 
10 
9 
8 


Base 


O 


m Solução neutra 

■ 6 


O 


Ácido 


Na prática, o pH é medido com indi- 
cadores ácido-base (substâncias que mu- 
dam de cor em valores bem definidos de 
pH) ou por meio de aparelhagem elétrica 
(que mede a condutividade elétrica da so- 
lução). Embora esse último processo seja 
mais preciso, o uso dos indicadores é bas- 
tante freqüente, dada a sua comodidade; 
os químicos dispõem, inclusive, de um gran- 
de número de indicadores, que mudam de 
cor em diferentes valores de pH (a mu- 
dança de cor é chamada, usualmente, de 
viragem do indicador). Na figura ao lado, 
temos a escala de cores para três tipos de 
indicadores muito utilizados na Química. 

Outro indicador muito usado em labo- 
ratório é o papel de tornassol, que fica ver- 
melho em contato com os ácidos, e azul 
em contato com as bases. 




O limão, devido ao seu 
caráter ácido, deixa o 
papel de tornassol com 
coloração avermelhada. 
Por sua vez, o sabão, 
devido ao seu caráter 
básico, deixa o papel 
de tornassol com 
coloração azulada. 


Mostramos abaixo alguns valores comuns de pH: 


OI 

•M 

'(5 

s- 

n: 

U 


Caráter neutro 


o 

L. 

dl 

■M 

'fü 

L- 

u 


1 4 -- ^ 

I 3 -- 

1 2 -- * 

II -- 
io- * 

9 — 
8 -- * 
1— * 
6 — 

5 — 

4 — * 
3-- * 
2— * 
1 -- * 
o-- - 


Solução aquosa de NaOH 
Água de cal: Ca(OH) 2 e água 

Cremes dentais alcalinos 

Solução aquosa de bicarbonato de sódio (NaHC0 3 ) 
Água pura 


Água gaseificada (água com gás carbônico, C0 2 ) 

Vinagre 

Suco de limão 

Suco gástrico 

Solução aquosa de HCt 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


203 



Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


203 


13/7/05, 11:45 



OBSERVAÇÃO 


Há certas substâncias que não são ácidos nem bases, mas que produzem soluções aquosas ou de caráter 
ácido ou de caráter básico. Um caso importante é o de muitos sais que sofrem hidrólise (reação com 
água). A hidrólise (que será explicada com maiores detalhes no volume 2 — Físico-química) é a reação 
inversa da salificação ou neutralização. Por exemplo: 

NH 4 Cl + H 2 0 *• NH 4 OH + HCl 

Nesse exemplo, a solução final é ácida (pH < 7), pois estão misturados o NH 4 OH (base fraca) e o HCl 
(ácido forte); predomina, então, o "caráter do mais forte" (caráter ácido do HCl). 


ACIDEZ DO SOLO 


A medida do pH do solo é muito importante na agricultura. De fato, cada vegetal cresce melhor em 
um determinado valor de pH. 

Duas espécies que requerem solo ácido são a erva-mate e a mandioca, uma vez que são nativas da 
América, onde predominam solos ácidos. Culturas como soja, alfafa, algodão e feijão são menos tole- 
rantes à acidez do solo, ou seja, se adaptam e crescem melhor em solos corrigidos com calcário (CaCO B ), 
cujo pH se situa na faixa de 6,0 a 6,2. 

O pH do solo não influencia apenas o crescimento dos vegetais. A hortênsia, por exemplo, produz 
flores azuis em solos ácidos, e flores rosa em solos alcalinos. 


L 




ATIVIDADES PRÁTICAS 

-a 


ATENÇAO: Não cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

Materiais 

• 3 pedaços de fio elétrico comum • 4 pilhas comuns • 1 
lâmpada de lanterna • 1 copo de vidro com boca larga 

• água • 1 colher (de sopa) de sal de cozinha • 1 colher 
(de sopa) de açúcar • vinagre • 1 colher (de sopa) de 
antiácido não-efervescente (tipo "leite de magnésia") 

Procedimento 

• Monte o sistema segundo o esquema a seguir. 



• Coloque água até a metade do copo e mergulhe as ex- 
tremidades desencapadas dos fios, sem encostar uma na 
outra, na água. • Anote as observações no caderno. • Re- 
tire os fios, adicione o sal na água do copo e agite até a 


dissolução. • Mergulhe as extremidades desencapadas dos 
fios na solução. • Anote as observações no caderno.» Retire 
os fios da solução, desconecte-os das pilhas e limpe-os mui- 
to bem. • Lave muito bem o copo. • Coloque água até a 
metade do copo e adicione o açúcar. • Agite até a dissolu- 
ção. • Mergulhe as extremidades desencapadas dos fios 
na solução. • Anote as observações no caderno. • Retire 
os fios da solução, desconecte-os das pilhas e limpe-os mui- 
to bem. • Lave muito bem o copo. • Coloque o vinagre 
até a metade do copo. • Mergulhe as extremidades 
desencapadas dos fios na solução. • Anote as observações 
no caderno. • Retire os fios do vinagre, desconecte-os das 
pilhas e limpe-os muito bem. • Lave muito bem o copo. 

• Coloque água até a metade do copo e adicione o antiá- 
cido. • Agite para dissolver o máximo possível. • Mergu- 
lhe as extremidades desencapadas dos fios na mistura. 

• Anote as observações no caderno. • Retire os fios da mis- 
tura, desconecte-os das pilhas e limpe-os muito bem. • Lave 
muito bem o copo. 

Perguntas 

1 ) A lâmpada acendeu em qual(is) situação(ões)? Por quê? 

2) Em qual(is) situação(ões) ela permaneceu apagada? 
Por quê? 

3) Se fossem utilizadas soluções de ácido clorídrico e de 
hidróxido de sódio, a lâmpada acenderia? justifique 
sua resposta. 


204 



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Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


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àlfJ 


Responda em 
seu caderno 


a) Como são denominadas as reações entre ácidos e bases? 

b) O que são indicadores ácido-base? 

c) Qual é o valor mínimo e o valor máximo de acidez indicado em uma escala de pH? 
Que caráter — ácido ou básico — teria uma solução que apresentasse o valor míni- 
mo de pH? E a que apresentasse o valor máximo? 

d) Que tipo de solução apresenta valor de pH igual a 7? 



FYFDrírmC Registre as respostas 
CACKUUUa em seu caderno 


37 (UFSM-RS) Sabe-se que a reação de formação do 
hidróxido de amónio do detergente, que contém amo- 
níaco, é expressa pela equação: 

nh 3 + h 2 o ► nh; + O ET 

Fazemos, então, as seguintes afirmativas: 

I. O produto dessa reação se encontra altamente 
dissociado. 

II. A solução tem pH básico. 

III. De acordo com a teoria de Arrhenius, bases são substân- 
cias que se dissociam em água, produzindo íons OFT. 

Está(ão) correta(s): 

a) apenas I. c) apenas III. e) apenas II e III. 

b) apenas II. d) apenas I e II. 

38 (UFSC) Soluções ácidas e soluções alcalinas exibem pro- 
priedades importantes, algumas delas ligadas à força do 
ácido ou da base. Uma solução aquosa de um ácido ge- 
nérico HA poderá ser classificada como solução de um 
ácido fraco quando: 

01 . não se alterar na presença de uma base. 

02. apresentar coloração avermelhada na presença do in- 
dicador fenolftaleína. 

04. apresentar uma concentração de íons H + maior que 
a concentração de íons A”. 

08. mantiver uma concentração de HA muito maior que 
a concentração dos íons H + . 

1 6. a solução for altamente condutora de corrente elétrica. 

39 (UFU-MG) O ácido clorídrico é muito usado industrialmente 
na manufatura de corantes. Com o nome de ácido 
muriático ele é largamente empregado na limpeza em 
geral, não podendo ser utilizado, no entanto, em pisos de 
mármore, os quais são constituídos de carbonato de cál- 
cio. Se por acidente um pouco de ácido muriático cair 
sobre um piso de mármore, entre os produtos citados abai- 
xo, normalmente encontrados em qualquer residência, o 
mais indicado para se espalhar sobre o local será: 

a) vinagre c) sal de cozinha e) amoníaco 

b) suco de limão d) suco de tomate 


40 (FEI-SP) Num recipiente contendo uma substância A, fo- 
ram adicionadas gotas de fenolftaleína, dando uma colo- 
ração rósea. Adicionando-se uma substância 8 em A, a 
solução apresenta-se incolor. Com base nessas informa- 
ções podemos afirmar que: 

a) A e 8 são bases. 

b) A é um ácido e 8 é uma base. 

c) A é uma base e 8 é um ácido. 

d) A e 8 são ácidos. 

e) A e 8 são sais neutros. 

41 (Unisinos-RS) Um aluno, trabalhando no laboratório de 
sua escola, deixou cair uma certa quantidade de solução 
alcoólica de fenolftaleína sobre um balcão que estava 
sendo limpo com sapólio. O local onde caiu a fenolftaleína 
adquiriu, quase que imediatamente, uma coloração 
violácea. Esse aluno, observando a mancha violácea, con- 
cluiu que: 

a) o sapólio deve ser um meio ácido. 

b) o sapólio deve ser um meio alcalino. 

c) o sapólio deve ser um meio neutro. 

d) o sapólio tem características de um sal. 

e) a fenolftaleína removeu o sapólio do local. 

42 (Vunesp) Uma dona-de-casa fez a seguinte sequência 
de operações: 1 â ) colocou, em água, folhas de repo- 
Iho-roxo picado; 2 a ) depois de algum tempo, despe- 
jou a água, que apresentava cor roxa, em dois copos; 
3 a ) adicionou vinagre em um copo, e a cor não se 
modificou; 4 a ) adicionou leite de magnésia no outro 
copo, e a cor tornou-se verde. Os nomes dos proces- 
sos de separação empregados nas operações I a e 2 a e 
o nome da substância que dá a coloração ao repolho e à 
água são, respectivamente: 

a) filtração, catação e corante. 

b) evaporação, decantação e titulante. 

c) extração, decantação e indicador ácido-base. 

d) solubilização, filtração e indicador ácido-base. 

e) destilação, decantação e corante. 



t 

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




43 (Mackenzie-SP) O suco gástrico necessário à digestão con- 
tém ácido clorídrico que, em excesso, pode provocar "dor 
de estômago". Neutraliza-se esse ácido, sem risco, inge- 
rindo-se: 

a) solução aquosa de base forte (NaOH). 

b) solução aquosa de cloreto de sódio. 

c) suspensão de base fraca (AÍ(OH) 3 ). 

d) somente água. 

e) solução concentrada de ácido sulfúrico. 

Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


44 (PUC-MG) Urtiga é o nome genérico dado a diversas plan- 
tas da família das Urticáceas, cujas folhas são cobertas de 
pêlos finos, os quais liberam ácido fórmico (H 2 C0 2 ) que, 
em contato com a pele, produz uma irritação. 

Dos produtos de uso doméstico abaixo, o que você utili- 
zaria para diminuir essa irritação é: 

a) vinagre d) coalhada 

b) sal de cozinha e) leite de magnésia 

c) óleo 

205 



Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


205 


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45 (Uece) Um laxante vendido nas farmácias tem uma subs- 
tância denominada fenolftaleína, que, em contato com 
o hidróxido de amónia, faz com que a solução tome 
uma coloração avermelhada, chamada de "sangue má- 
gico", porque, quando molhado em um tecido, inicial- 
mente tinge-o de vermelho, mas em poucos minutos a 
cor desaparece. Sabendo que a função da fenolftaleína 
é somente dar a cor vermelha à solução de hidróxido 
de amónia, qual é a reação química que provoca o de- 
saparecimento dessa cor? 

a) NH 3 + H 2 0 ► NH 4 OH 

b) 2 NHj ► 3 H 2 + N 2 

c) 4NH„OH + 3 0 2 ► 2 N 2 + 10H 2 O 

d) NH 4 OH *• NHf + H 2 0 


46 (Acafe-SC) Certos corantes naturais, contidos em flores e 
folhas, sofrem mudanças de cor quando o pH do meio é 
alterado. Por essa razão, tais corantes funcionam como 
bons indicadores de ácido e base. Folhas de repolho-roxo, 
por exemplo, imersas em água, formam uma solução vio- 
leta. Ao se adicionar vinagre, essa solução do corante fica 
rosa; ao se adicionar carbonato de sódio, fica verde. Qual 
é a opção que apresenta corretamente as cores desse in- 
dicador natural nos meios indicados? 


pH = 2 

pH = 7 

pH = 12 

a) Rosa 

Violeta 

Verde 

b) Verde 

Rosa 

Violeta 

c) Verde 

Violeta 

Rosa 

d) Violeta 

Rosa 

Verde 

e) Rosa 

Verde 

Violeta 



SAIS 


Os sais são também muito comuns em nosso cotidiano: o sal comum, NaCÍ (cloreto de sódio), 
está presente em nossa alimentação, na conservação de alimentos (carne-seca, bacalhau e outros) 
etc; o bicarbonato de sódio, NaHC0 3 , é usado como antiácido e também no preparo de bolos e 
biscoitos; o sulfato de sódio, Na 2 S0 4 (sal de Glauber), e o sulfato de magnésio, MgS0 4 (sal amar- 
go), são usados como purgante; o gesso usado em ortopedia ou em construção é o sulfato de cálcio 
hidratado, 2 CaS0 4 • H 2 0; e assim por diante. 

Os sais também são muito usados nas indústrias químicas. O sal comum (NaCÍ) é muito usado na 
fabricação da soda cáustica (NaOH), do gás hidrogênio (H 2 ) e do gás cloro (Cl 2 ). Outro exemplo impor- 
tante é o do calcário (CaC0 3 ) usado na fabricação da cal (CaO), do vidro, do cimento, como fundente 
em indústrias metalúrgicas etc. 




0 gesso — sulfato de cálcio hidratado 
(2 CaS0 4 • H 2 0) — é usado em ortopedia, na 
fabricação de giz escolar etc. 


IMPÉRIO DO SAL 


Os chineses foram os primeiros a encarar a produção de sal como um negócio de grandes propor- 
ções. Desde o século IX a.C, eles obtinham cristais de sal fervendo água do mar em vasilhas de barro. 
Essa técnica se espalharia pelo mundo ocidental e, um milênio depois, no Império Romano, ainda seria 
a mais disseminada. Quando o mar estava longe, o jeito era cavar a terra em busca do sal. Foi o que 
fizeram os celtas, os inventores da mineração de sal-gema. Segundo os registros arqueológicos, procu- 
ravam o sal sob o solo já em 1 300 a.C. 

O sal logo virou alvo de cobiça dos governantes, que passaram a tributar seu comércio e produção, 
e a arrecadar grandes somas de dinheiro com isso. Em várias civilizações, a extração de sal era mono- 
pólio estatal. 

Da mesma forma que deveria estar disponível para o cidadão comum, o sal era imprescindível para 
os legionários romanos, que conquistavam e mantinham o gigantesco império. Tanto que os soldados 
chegavam a ser pagos em sal, de onde vêm as palavras "salário", "soldo" (pagamento em sal) e 
"soldado" (aquele que recebeu o pagamento em sal). 


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Capitulo 08B-QF1 -PNLEM 


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A Legião 


VOCE NaO SAHA 
QUE FICOU LIVRE 
DEZ ANOS 
ATRÁS? (2 _ 


QUARENTA 

anos 


H<i QUANTO 7EMPO 
VOCE ESTA NAS MINAS 
DE SAL DO CROC*? 


SIM, MAS EU 
FIQUEI PRA 
TRHNAR O 
RAPAZ NOVO 


Bill Rechin & Don Wilder 


5.1. Conceituação dos sais 

Do ponto de vista prático, podemos dizer que: 

Sais são compostos formados juntamente com a água na reação de um ácido com 
uma base de Arrhenius. 

De fato, já vimos que a reação entre um ácido e uma base de Arrhenius — chamada de reação de 
neutralização ou de salificação — forma um sal, além da água: 

HCÍ + NaOH ► NaCÍ + Hp 

Ácido Base Sal Água 

Salientamos que existem outros tipos de reação que também formam sais, mas que somente serão 
vistas nos capítulos 9 e 10. 

Do ponto de vista teórico, dizemos que: 

Sais são compostos iônicos que possuem, pelo menos, um cátion diferente do H + e 
um ânion diferente do OH . 


Por exemplo: 


NaCÍ 

ou 

Na + CT 

NaHS0 4 

ou 

Na + H + S0 2- 

Ca(OH)CÍ 

ou 

Ca 2+ OH“CÍ 

NaKS0 4 

ou 

Na + K + SOr 

CaCÍBr 

ou 

Ca 2+ CrBC 


5.2. Reação de neutralização total/Sais normais ou neutros 

Dizemos que uma reação é de neutralização total quando reagem todos os H + do ácido e todos 
os OH da base. O sal assim formado é chamado de sal normal ou neutro. 


Base i 


Ácido 

1 

1 

Sal normal 


Água 

1 





1 


X 

O 

03 

z 

H 

Cl 


NaCÍ 

+ 

h 2 o 

Na OH ! 

H 

O 

1 

1 

Na + O 

; 

HOH 

1 


\ 

1 

\ 

i 


z 

Cu 

O 

□: 

+ 

H 

0 

t 

Cl. 

1 

o 


0 

t 

Cl. 

1 

p 

+ 

03 

z 

+ 

HOH 

! 


/ 

1 

/ 



Na OH 

H 

o 

1 

Na + O 

1 

HOH 

Abreviadamente: ' 



1 




3 NaOH ^ 

h 3 po 4 


Na 3 P0 4 

+ 

3 H 2 0 

oh ; 

H 

no 3 

1 

1 

no 3 

! 

HOH 

Ca ^ 



— ► 

Ca 2+ 

+ 


OH i 

H 

no 3 

1 

no 3 

! 

HOH 

Abreviadamente: ' 



1 




Ca(OH) 2 + 

2 HNOj 


Ca(N0 3 ) 2 

+ 

2 H 2 0 


Nessas reações, NaCÍ, Na 3 P0 4 e Ca(N0 3 ) 2 são exemplos de sais normais ou neutros. Note que, 
nessas reações, o que realmente ocorre é a união entre o H + do ácido e o OH da base. 

Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 207 



Capitulo 08B-QF1 -PNLEM 


207 


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A 


a) Fórmula geral dos sais normais 

Um sal normal é formado por um cátion B, proveniente da base, e um ânion A, proveniente do 
ácido, segundo o esquema: 



Observe os exemplos: 

NaliÇgr ou NaCÍ 
Na^ (POj?- ou Na 3 P0 4 


Ca\ X s (NQ 3 j 2 ou Ca(N0 3 ) 2 
Ca^ (P0 4 )T ou Ca 3 (P0 4 ) 2 


Veja que não é necessário indicar o índice 1. Os demais índices são simplificados, sempre que 
possível. Por exemplo: 


Ca^ (P 2 0 7 )r ou Ca 2 P 2 0 7 

FelV (P0 4 j|J ou FeP0 4 

i* x 

b) Nomenclatura dos sais normais 

O nome de um sal normal deriva do ácido e da base que lhe dão origem. Assim, para obter o nome de 
um sal, basta alterar a terminação do nome do ácido correspondente, de acordo com o seguinte código: 







ídrico 


eto 

Ácido 

oso ^ > 

Sal 

ito 


ico 


ato 






Ca; 


~(SÕdP 


ou CaS0 4 


Esquematicamente, o nome de um sal normal é: 



eto 



ito .. 


(Nome do ácido de origem. 

ato 

(Nome do cátion 

trocando-se a terminação) 

da base de origem) 


Observe os exemplos: 


HCÍ 

+ 

NaOH 

— NaCÍ 

+ 

h 2 o 

Ácido 


Hidróxido 

Cloreto 



clorídrico 


de sódio 

de sódio 



hno 2 

+ 

KOH 

— kno 2 

+ 

h 2 o 

Ácido 


Hidróxido 

Nitrito 



nitroso 


de potássio 

de potássio 



2 H 3 P0 4 

+ 

3 Ca(OH) 2 

- Ca 3 (P0 4 ) 2 

+ 

6 H 2 0 

Ácido 


Hidróxido 

Ortofosfato 



ortofosfórico 


de cálcio 

de cálcio 




(aqui, ortofosfato é 
abreviação de ortofosforato) 

Para treinar a formulação e nomenclatura dos sais normais, use as tabelas de cátions e ânions, 
dadas no final do livro. 

208 



Capitulo 08B-QF1 -PNLEM 


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c) Solubilidade dos sais normais 

A tabela a seguir dá a solubilidade em água das principais "famílias" de sais normais, onde é 
possível observar os casos de grande solubilidade: 


Sal 

Solubilidade 

Exceções 

Nitratos 

Solúveis 


Cloratos 



Acetatos 



Cloretos 

Solúveis 

Ag + , Hg 2 2+ , Pb 2+ 

Brometos 



lodetos 



Sulfatos 

Solúveis 

Ca 2+ , Sr 2+ , Ba 2+ , Pb 2+ 

Sulfetos 

Insolúveis 

Li + , Na + , K + , Rb + , Cs + , NH 4 + , Ca 2+ , Sr 2 ^ Ba 2+ 

Outros sais 

Insolúveis 

Li + , Na + , K + , Rb + , Cs + , NH 4 + 


5.3. Outros tipos de sais 

A família dos sais é muito grande e bastante diversificada. Outros tipos de sal são apresentados a seguir. 


a) Sais ácidos ou hidrogeno-sais 


São sais que apresentam hidrogénios ionizáveis em suas estruturas. Por exemplo: 


• NaHC0 3 


carbonato monossódico ou 
carbonato (mono) ácido de sódio ou 
(mono) hidrogeno-carbonato de sódio 

(chamado usualmente de bicarbonato de sódio, usado na fabricação de fermento); 


• Na 2 HP0 4 


ortofosfato dissódico ou 
- ortofosfato (mono) ácido de sódio ou 
(mono) hidrogeno-ortofosfato de sódio 


Esses sais são provenientes da neutralização parcial de seus ácidos de origem. 

Por exemplo: 2 NaOH + H 3 P0 4 ► Na 2 HP0 4 + 2 H 2 0 

b) Sais básicos ou hidroxi-sais 

São sais que apresentam oxidrilas em suas estruturas. Por exemplo: 

AÍ(OH) 2 CÍ (cloreto dibásico de alumínio ou dihidróxi-cloreto de alumínio) 
Esses sais são provenientes da neutralização parcial de suas bases de origem. 

Por exemplo: AÍ(OH) 3 + HCÍ ► AÍ(OH) 2 CÍ + H 2 Q 


As soluções aquosas dos sais neutros, ácidos ou básicos podem não ser, respectivamente, neutras (pH = 7); 
ácidas (pH < 7) ou básicas (pH > 7). Por exemplo: 

• Na 2 C0 3 é um sal neutro, cuja solução é básica (pH > 7). 

• FeCl 3 é um sal neutro, cuja solução é ácida (pH < 7). 

Podemos dizer que o fato de a solução aquosa de um sal ser ácida ou básica depende do ácido e da base 
que deram origem ao sal em questão. Observa-se que: 

• quando o ácido é mais forte que a base, a solução será ácida; 

• quando a base é mais forte que o ácido, a solução será básica. 

Abreviadamente, podemos dizer que predomina o caráter do "mais forte". 

Esse fato pode levar a situações aparentemente contraditórias. Por exemplo, o NaHC0 3 é um sal classifica- 
do como sal ácido (devido à presença do H + ), mas que produz uma solução de caráter básico (porque 
resulta da reação entre NaOH — base forte — com o H 2 C0 3 — ácido fraco). 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


209 



Capitulo 08B-QF1 -PNLEM 


209 


30/5/05, 9:43 



A 


c) Sais duplos ou mistos 

São sais derivados de dois ácidos (ou duas bases) diferentes. Por exemplo: 

• KNaS0 4 — sulfato duplo de sódio e potássio 

• CaCÍBr — cloreto-brometo de cálcio 

d) Sais hidratados ou hidratos 

São sais que cristalizam com uma ou mais moléculas de água. Por exemplo: 

CuS0 4 • 5 H 2 0 — sulfato cúprico penta-hidratado 
A água presente em sais desse tipo é chamada de água de cristalização ou água de hidratação. 

e) Sais complexos 

São os sais formados por um cátion complexo ou ânion complexo. Estes são formados por um 
átomo central (em geral, metais de transição, como Fe, Pt, Ag, Cu etc.) e íons ou moléculas (chamados 
ligantes) que se unem ao átomo central por ligações covalentes. Por exemplo: 

• o cátion complexo [Cu(NH 3 ) 4 ] 2+ , que é formado pelo cátion Cu 2+ e 4 moléculas de NH 3 ; 

• o ânion complexo [Fe(CN) 6 ] 4 ~, que é formado pelo cátion Fe 2+ e por 6 ânions CN 
Como exemplo de um sal com cátion complexo, temos: 

[Cu(NH 3 ) 4 ]S0 4 — sulfato de tetramin-cobre II 
Como exemplo de um sal com ânion complexo, temos: 

K 4 [Fe(CN) 6 ] — ferrocianeto de potássio „ 

os 

0 

TO 

O GALO DO TEMPO ■ § 

O 

0) 

Substâncias complexas são muito importantes na manu- 
tenção da vida. Basta dizer que, em nosso sangue, existe a 
hemoglobina, que é um complexo de ferro com ligantes de 
estrutura complicada. O mesmo acontece com a clorofila 
dos vegetais, que é um complexo do magnésio. 

A água já foi mencionada, acima, como água de crista- 
lização em muitos sais. Em muitos casos a água funciona, 
na verdade, como um ligante, formando-se então um sal 
complexo. Tal fato é aproveitado em um pequeno enfeite 
chamado galo do tempo. Trata-se de um pequeno galo 

de gesso, recoberto com veludo impregnado de NaCl e CoCl 2 , que produzem Na 2 [CoCÍ 4 ]. Com 
o tempo seco, o galo fica azul; em dias úmidos, fica rosado. Do ponto de vista químico, o que 
acontece é o seguinte: 

umido 

Na 2 [Co«] 4 + 6 H 2 0 «=* [Co(H 2 0) 6 ] Cl 2 + 2 NaCl 

Azul Umidade do ar Rosa 



5.4. Sais importantes 
a) Cloreto de sódio — NaCl 

É obtido da água do mar (processo de salinas) ou 
de minas subterrâneas (sal-gema). É usado diretamente 
na alimentação ou na conservação de carnes e de pesca- 
dos. Na alimentação, é importante que o sal contenha 
pequenas quantidades de compostos do iodo (Nal, Kl, 
Nal0 3 etc.); caso contrário, a pessoa poderá sofrer dila- 
tação da glândula tireóide, uma doença conhecida como 
bócio ou papo. Uma solução aquosa com 0,92% de NaCl 
é chamada de soro fisiológico e é usada em medicina. 

O uso industrial mais importante de NaCl é a 
produção de NaOH, H 2 e Cl 2 , pela reação: 

eletricidade 

2 NaCl + 2 H 2 0 2 NaOH + H 2 + Cl 2 ' 


Antigos utensílios expostos em uma galeria da mina de 
sal de Wielicza, Polônia, cuja exploração começou no 
século XIII. 


210 




6/7/05, 14:44 


Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


210 


C. REDONDO RETUERTO / CID EDUARDO SANTALIESTRA / CID 



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rrr r 


m 


b) Carbonato de sódio — Na 2 C0 3 


É também conhecido como soda ou barrilha. 
Sua principal aplicação é a fabricação do vidro, de 
acordo com a equação: 

1.500 °C 

Na 2 C0 3 + CaC0 3 + Si0 2 *• vidro 

Barrilha Calcário Areia Silicatos 

de sódio 
e cálcio 

O Na 2 C0 3 é usado também na fabricação de 
sabões, de corantes, no tratamento de água de pis- 
cina etc. 


Fabricação artesanal de objeto de vidro 
num ateliê de Mallorca, Espanha. 



c) Hipoclorito de sódio — NaOCÍ 

É um alvejante usado no branqueamento de rou- 
pas (água de lavadeira ou água sanitária). 

É também vendido como "cloro" e usado no 
tratamento de piscinas. Sendo agente anti-séptico, 
é usado na limpeza de casas, hospitais etc. Em pe- 
quenas quantidades pode ser adicionado à água para 
lavagem de vegetais. 


d) Carbonato de cálcio — CaC0 3 

É muito comum na natureza, na forma de calcita, 
calcário, mármore etc. O CaC0 3 é também formador 
das estalactites e estalagmites encontradas em caver- 
nas calcárias, nos recifes de corais e na carapaça de 
seres marinhos. 

Os usos mais comuns do carbonato de cálcio são: 

• na produção da cal virgem (CaO) pela reação: 

Calor 

CaC0 3 ► CaO + C0 2 ' 

• na produção do cimento pela reação: 

calcário + argila + areia ► cimento 

(silicato de 
cálcio e 
alumínio) 

• na agricultura, para reduzir a acidez do solo 
(calagem). 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 



Recifes de corais. 


211 


Hipoclorito de sódio sendo adicionado 
na água para lavagem de verdura. 


Capitulo 08B-QF1-PNLEM 211 



30/5/05, 9:44 



MANU SAN FELIX/ CID EDUARDO SANTALIESTRA JAUM GUAL CARBONELL / CID 



Responda em 
seu caderno 


a) O que são sais? 

b) Quando um sal pode ser classificado como normal? 

c) Qual é a fórmula geral de um sal? 

d) Qual a relação existente entre o nome de um ácido e o nome de um sal? 

e) O que um sal deve ter para que ele seja classificado como sal ácido? 

f) O que um sal deve ter para que ele seja classificado como sal básico? 




f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




47 (UFRRj) Os derivados do potássio são amplamente utili- 
zados na fabricação de explosivos, fogos de artifício, além 
de outras aplicações. As fórmulas que correspondem ao 
nitrato de potássio, perclorato de potássio, sulfato de 
potássio e dicromato de potássio, são, respectivamente: 

a) KN0 2 , Reto,,, K 2 S0 4 , K 2 Cr 2 0 7 

b) KN0 3 , Reto,,, K 2 S0 4 , K 2 Cr 2 0 7 

c) KN0 2 , Reto,, K 2 S0 4 , K 2 Cr 2 0 7 

d) KN0 2 , KC10 4 , K 2 S0 4 , K 2 Cr0 4 

e) KN0 3 , KC10 3 , K 2 S0 4 , K 2 Cr 2 0 7 

48 (UFRGS-RS) Um sensor químico desenvolvido por uma 
universidade norte-americana é utilizado para detectar 
compostos de enxofre, tais como o sulfito ferroso e o 
sulfito de hidrogênio, provenientes de vulcões marinhos. 
Tais compostos podem ser úteis para indicar a presença 
de tipos de bactérias utilizadas na fabricação de certos 
medicamentos. As fórmulas químicas do sulfito ferroso e 
do sulfito de hidrogênio são, respectivamente: 

a) FeS0 3 e H 2 S d) FeS0 4 e H 2 S0 4 

b) FeS0 3 e H 2 S0 3 e) Fe 2 (S0 3 ) 3 e H 2 S0 3 

c) Fe 2 S 3 eH 2 S0 3 

49 (UFRGS-RS) Considerando-se que o elemento ferro pode 
formar diferentes compostos nos quais apresenta valores 
de número de oxidação +2 ou +3, as fórmulas dos pos- 
síveis sulfatos e hidróxidos de ferro são: 

a) Fe 2 S0 4 , Fe 3 S0 4 , Fe 2 OH, Fe 3 OH 

b) FeS0 4 , Fe 2 (S0 4 ) 3 , Fe(OH) 2 , Fe(OH) 3 

c) Fe(S0 4 ) 2 , Fe(S0 4 ) 3 , FeO, Fe 2 0 3 

d) FeS0 3 , Fe 2 (S0 3 ) 3 , FeOH, Fe(OH) 3 

e) FeS, Fe 2 S 3 , Fe 2 0 3 , Fe 3 0 4 

50 (UFPA) Na madeira serrada, aparecem, às vezes, manchas 
ocasionadas por cloreto férrico e sulfato férrico. A certeza 
de que essas manchas são devidas à presença de sais de 
ferro (III), e não a algum outro fator, como, por exemplo, a 
decomposição provocada por fungos, reside no teste com 
o ferrocianeto de potássio, em que se forma um precipita- 
do, denominado azul-da-prússia, o ferrocianeto férrico. Uti- 
lizando-se os ânions Cl'", S0 4 " e [Fe(CN) 6 ] 4 ", os sais men- 
cionados apresentam, respectivamente, as fórmulas: 

a) Fe« 2 ; FeS0 4 ; K 4 [Fe(CN) 6 ]; Fe 2 [Fe(CN) 6 ] 

b) Fe« 2 ; FeS0 4 ; K 3 [Fe(CN) 6 ]; Fe 3 [Fe(CN) 6 ] 

c) Fe« 3 ; Fe 2 (S0 4 ) 3 ; K 4 [Fe(CN) 6 ]; Fe 4 [Fe(CN) 6 ] 3 

d) Fe« 3 ; Fe 2 (S0 4 ) 3 ; K 3 [Fe(CN) 6 ]; Fe 4 [Fe(CN) 6 ] 3 

e) Fe« 3 ; FeS0 4 ; K 4 [Fe(CN) 6 ]; Fe[Fe(CN)J 

51 (PUC-RS) Considerando-se as seguintes espécies químicas: 

H 1+ NH 3 Al 3+ SOt OH'" 
a fórmula e a função corretas são, respectivamente: 


a) (NH 3 ) 2 S0 3 , sal d) Al(OH) 3 , base 

b) HNH 3 , ácido e) NH 3 OH, base 

c) HS0 3 , ácido 

Exercício resolvido 

52 (Fuvest-SP) Um elemento metálico M forma um 
cloreto de fórmula MCl 3 . A fórmula de seu sulfato é: 

a) M 2 S0 4 c) M 2 ( S0 4 ) 3 e) M( S0 4 ) 3 

b) MS0 4 d) M( S0 4 ) 2 

Resolução 

Considerando que o N ox do ânion cloreto é — 1, 
temos: 

Milv-''CÍ 3 ~' 

Ou seja: o N m de M é +3 e, portanto, seu sulfato será: 

m 2 -^x(so 4 )( 2 

- ,T 

Alternativa c 


53 (Esan-SP) Um metal M forma um carbonato de fórmula 
M 2 ( C0 3 ) 3 . O fosfato do metal M tem a fórmula: 

a) MPO a d) M 2 ( P0 4 ) 3 

b) M( P0 4 ) 3 e) M 3 ( P0 4 ) 2 

c) M 2 P0 4 

54 (Fuvest-SP) A seguir aparecem os nomes alquímicos e os 
nomes modernos de três compostos químicos: natro = 
= carbonato de sódio; sal de Epson = sulfato de mag- 
nésio; sal de Clauber = sulfato de sódio. O elemento 
químico comum às três substâncias é: 

a) H c) S e) O 

b) Na d) C 

55 (ITA-SP) São pouco solúveis em água os seguintes pares 
de sais: 

a) BaCl 2 e PbCl 2 d) K 2 Cr0 4 e Na 2 Cr0 4 

b) MgS0 4 e BaS0 4 e) AgBr e PbS 

c) PbSO„ e Pb(N0 3 ) 2 

56 (Unifor-CE) Observe as duas colunas. 

I. Na 2 B 4 0 7 • 10 H 2 0 A. sal básico 

II. Mg(OH)Cl B. sal duplo 

III. NaKS0 4 C. sal ácido 

IV. NaHC0 3 D. sal hidratado 

A associação correta entre elas é: 

a) Al, Blll, CIV, Dll c) Al, Bll, CHI, DIV 

b) All, BIV, CHI, Dl d) All, Blll, CIV, Dl 


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Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


57 (Uece) O ácido fosfórico, H 3 P0 4 , é um ácido usado na 
preparação de fertilizantes e como acidulante em bebi- 
das refrigerantes. Pode ser neutralizado por uma base. 
A alternativa que mostra uma reação de neutralização 
parcial desse ácido por uma base é: 

a) H 3 P0 4 + 3 NaCÍ ► 3 HCÍ + Na 3 P0 4 

b) H 3 P0 4 + 2 AÍ(OH) 3 »■ AÍ 2 (0H) 3 P0 4 + 3 H 2 0 

c) 2 H 3 P0 4 + 3 Ca(OH) 2 ► Ca 3 (P0 4 ) 2 + 6 H 2 0 

d) H 3 P0 4 + 2 NaOH * Na 2 HP0 4 + 2 H 2 0 

58 (UFRRJ) A tabela a seguir mostra alguns sais e suas princi- 
pais aplicações: 


Sal 

Função 

MgSO, 

Laxante salino 

kno 3 

Componente de explosivos 

BaS0 4 

Contraste radiológico 

FeS0 4 

Tratamento de anemia 


Para cada um dos sais acima, faça uma reação de um 
ácido com uma base, a fim de obter: 

a) Sulfato de magnésio. c) Sulfato de bário. 

b) Nitrato de potássio. d) Sulfato de ferro II. 


EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


59 (Mackenzie-SP) Na época da seca, para obter alimento 
para o gado, um sertanejo usou a seguinte estratégia: 
"Em bagaço triturado de cana-de-açúcar, colocado em cima 
de um plástico, plantou milho, cujos pés, ao cabo de 15 
dias, já alcançavam 20 cm de altura, sendo então servidos, 
como ração (bagaço e pés de milho), ao gado faminto. 
Para conseguir esse resultado, o milho foi regado com 
água salobra (a única disponível), na qual foram dissolvi- 
dos nitrato de amónia (NH 4 N0 3 ), nitrato de magnésio e 
nitrato de potássio". 

As fórmulas do nitrato de magnésio e do nitrato de po- 
tássio são, respectivamente: 

a) MgN0 3 e KN0 3 d) Mg 3 (N0 3 ) 2 e K 3 N0 3 

b) Mg(N0 3 ) 2 e K 3 N0 3 e) Mg(N0 3 ) 2 e KN0 3 

c) Mg 2 N0 3 e K 4 N0 3 

60 (Uece) Normalmente, um palito de fósforo contém em 
sua cabeça as seguintes substâncias: trissulfeto de 
tetrafósforo; enxofre; clorato de potássio; fosfato de amó- 
nio. Suas respectivas fórmulas químicas são: 

a) P 4 S 3 , S, KCÍO„ e (NH 4 ) 3 P0 4 

b) P 4 S 3 , S, KCÍ0 3 e (NH 4 ) 3 P0 4 

c) P 5 S 3 , S, KCÍ0 3 e (NH 4 ) 3 P0 4 

d) P 4 S 3 , S, KCÍO e (NH 3 ) 4 P0 4 

61 (PUC-RS) Responder à questão com base nas afirmativas 
abaixo, sobre o carbonato de lítio, que é utilizado na 
medicina como antidepressivo. 

I. Apresenta fórmula Li 2 HC0 3 . 

II. Apresenta somente ligações iônicas. 

III. Conduz a eletricidade quando fundido ou em solução. 

IV. Pode ser obtido pela reação de um ácido e uma base. 
A alternativa que contém as afirmativas corretas é: 

a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV 

62 (Mackenzie-SP) Usado por dentistas como anti-séptico, o 
líquido de Dakin é uma solução aquosa de NaOCÍ. Relati- 
vamente ao NaOCÍ, é incorreto afirmar que: 

a) é uma substância iônica. 

b) é um óxido insolúvel em água. 

c) é o hipoclorito de sódio. 

d) pertence à mesma função química que o AgN0 3 . 

e) é uma substância composta. 

63 (Ceub-DF) Considere as espécies químicas: ET; Na + ; NH 3 ; 
CO^ 2 . É correta a fórmula: 

a) NH 3 C0 3 c) HC0 3 e) NaHC0 3 

b) NaCO s d) NH 3 HC0 3 

64 (Fuvest-SP) Um químico leu a seguinte instrução num 
procedimento descrito no seu guia de laboratório: 
"Dissolva 5,0 g de cloreto em 1 00 ml_ de água, à tempe- 
ratura ambiente...". 

Dentre as substâncias abaixo, qual é a citada no texto? 

a) C í 2 b) CCl 4 c) NaCÍO d) NH 4 Cl e) AgCÍ 


65 (UEL-PR) Considere as soluções 
aquosas ao lado. 

A partir dessa tabela, é possível 
concluir que os íons responsáveis 
pelas cores azul e amarela são: 

a) Cu 2+ e S0 4 ~ d) Na + e NO, 

b) K + e CrO 2- e) Cu 2+ e CrOf 

c) K + e S0 4 ~ 

66 (Unirio-RJ) Os sais são produtos também obtidos pela rea- 
ção de neutralização total ou parcial dos hidrogénios 
ionizáveis dos ácidos com as bases ou hidróxidos, segun- 
do a reação genérica: 

Acido + Base ► Sal + Agua 

Com base nessa afirmação, qual é o único ácido que não 
apresenta todos os seus produtos possíveis relacionados? 

a) clorídrico ► só produz o sal neutro cloreto. 

b) nítrico ► só produz o sal neutro nitrato. 

c) fosfórico ► só produz o sal neutro fosfato. 

d) sulfídrico ► pode produzir tanto o sal neutro 

sulfeto como o sal ácido, sulfeto 
ácido ou hidrogenossulfeto. 

e) sulfúrico ► pode produzir tanto o sal neu- 

tro sulfato como o sal ácido, sul- 
fato ácido ou hidrogenossulfato. 

67 (Uepa) A equação química que apresenta um hidróxi-sal 
como produto se encontra na alternativa: 

a) HCÍ + Ca(OH) 2 ► Ca(OH)CÍ + H 2 0 

b) 2 HCÍ + Ca(OH) 2 ► CaCÍ 2 + 2 H 2 0 

c) HCÍ + HBr + Ca(OH) 2 * CaCÍBr + 2 H 2 0 

d) H 3 P0 4 + Ca(OH) 2 — — CaHP0 4 + 2 H 2 0 

e) 2 H 3 P0 4 + 3 Ca(OH) 2 ► Ca 3 (P0 4 ) 2 + 6 H 2 0 

68 (UFV-MC) Um estudante abre, simultaneamente, um fras- 
co contendo solução aquosa de ácido clorídrico (HCÍ) 
concentrado e um frasco de solução aquosa de hidróxido 
de amónio (NH 4 OH) concentrada. Ao aproximá-los, o es- 
tudante irá observar a formação de uma "fumaça" de 
coloração branca, que contém sal: 

a) nitrato de amónio. 

b) perclorato de amónio. 

c) cloreto de amónio. 

d) cloreto de sódio. 

e) hipoclorito de amónio. 

69 (Vunesp) Alguns produtos de limpeza contêm, em suas 
composições, amoníaco, que impropriamente é represen- 
tado como NH 4 OH (aq). O cheiro forte e sufocante deste 
composto básico tende a desaparecer depois de utilizado 
na remoção de gordura impregnada em pias ou panelas. 

a) Forneça as equações químicas para a dissolução da 
amónia e para sua dissociação em água. 

b) Explique o desaparecimento do cheiro forte do amo- 
níaco após sua utilização. 


Solução 

Cor 

CuS0 4 

Azul 

kno 3 

Incolor 

Na 2 S0 4 

Incolor 

K 2 Cr0 4 

Amarela 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


213 



Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


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LEITURA 


r 


O TRATAMENTO DA ÁGUA 


A água é indispensável à vida humana: além de bebermos, usamos a água para cozer os alimentos e 
para a higiene pessoal e doméstica; é importante para a agricultura; é utilizada em grandes quantidades 
e para diversos fins pelas indústrias; e assim por diante. 

A água própria para se beber é denominada água potável. Não precisa ser pura, na conceituação 
química — isto é, conter somente moléculas H 2 0 — , mas é necessário que ela esteja límpida; não pode 
conter terra nem outros materiais em suspensão; pode conter somente vestígios de sais em solução, que 
lhe conferem algum sabor (diferente da água destilada); precisa estar aerada, ou seja, conter um pouco de 
ar dissolvido, dando ao paladar uma sensação de "água leve"; não deve conter microrganismos que 
possam causar doenças. Evidentemente, essa água será também apropriada para outros usos domésticos, 
como: cozer alimentos, lavar roupas e utensílios domésticos, tomar banho etc. 

Afortunada seria a cidade que dispusesse de "fontes de água pura", com todas as características da 
água potável. Infelizmente, para satisfazer o enorme consumo das grandes cidades, é preciso retirar a água 
de lagos ou de rios, que, em geral, não é potável — tendo, por isso, de ser convenientemente tratada. 

O tratamento da água para o consumo público segue, em geral, os passos mostrados no esquema 
dado a seguir: 


Tanque para adição de 
produtos químicos (II) 


Câmara de 
floculação (III) 


Filtro de areia (V) 

Clorador (VI) 



Tanque de 
sedimentação (IV) 


Depósito de 
água pura 


Saída de água 
purificada 


• a água é bombeada de um lago ou rio (I) até um tanque (II), onde recebe produtos químicos, em 
geral uma mistura de Al 2 (S0 4 ) 3 e Ca(OH) 2 ; 

• a água passa por uma câmara de floculação (III), onde se completa a reação: 

Al 2 (S0 4 ) 3 + 3 Ca(OH) 2 2 AI(OH) 3j + 3 CaS0 4 

• AÍ(OH) 3 produzido forma "flocos" ou "coágulos" gelatinosos e insolúveis em água; esses flocos vão 
"agarrando" as partículas (terra em suspensão, restos de folhas etc.) que estão sendo arrastadas pela 
água; 

• a água vai então para um tanque de decantação ou sedimentação (IV), onde circula lentamente, 
dando tempo para que o Al(OH) 3 precipite, arrastando consigo as partículas em suspensão existen- 
tes na água; 

• a seguir, a água passa por um filtro de areia (V), que retém as partículas menores de Al(OH) 3 e 
outras impurezas; 

• finalmente, a água passa por um clorador (VI), onde é introduzido o cloro, que mata os microrganismos. 



214 



Capitulo 08B-QF1 -PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A água é um bem precioso. Nas grandes cidades, a captação da água, seu tratamento e sua distribui- 
ção estão se tornando cada vez mais difíceis. Portanto, não desperdice água — abra pouco as torneiras, 
tome banhos rápidos, não abuse na descarga de aparelhos sanitários, não lave automóveis desnecessaria- 
mente etc. Com o aumento da população da Terra, dizem alguns técnicos que, já neste século, possivelmente 
haverá falta de água potável — o que poderá até levar a humanidade a uma "guerra pela água". 


A Legião By Bill & Don Wilder 



■ 

: 

Questões sobre a leitura 

Responda em 
seu caderno 


70 De onde vem a água que bebemos? 

71 O que é água potável? Quais são suas características? 

72 No que consiste o tratamento da água para o consumo público? 

73 (Enem-MEC) A falta de água doce no planeta será, possivelmente, um dos mais graves problemas deste século. Prevê-se 
que, nos próximos vinte anos, a quantidade de água doce disponível para cada habitante será drasticamente reduzida. 
Por meio de seus diferentes usos e consumos, as atividades humanas interferem no ciclo da água, alterando: 

a) a quantidade total, mas não a qualidade da água disponível no planeta. 

b) a qualidade da água e sua quantidade disponível para o consumo das populações. 

c) a qualidade da água disponível, apenas no subsolo terrestre. 

d) apenas a disponibilidade de água superficial existente nos rios e lagos. 

e) o regime de chuvas, mas não a quantidade de água disponível no planeta. 

74 (Enem-MEC) Considerando os custos e a importância da preservação dos recursos hídricos, uma indústria decidiu purificar 
parte da água que consome para reutilizá-la no processo industrial. De uma perspectiva econômica e ambiental, a iniciativa 
é importante porque esse processo: 

a) permite que toda água seja devolvida limpa aos mananciais. 

b) diminui a quantidade de água adquirida e comprometida pelo uso industrial. 

c) reduz o prejuízo ambiental, aumentando o consumo de água. 

d) torna menor a evaporação da água e mantém o ciclo hidrológico inalterado. 

e) recupera o rio onde são lançadas as águas utilizadas. 

75 (Vunesp) Nas estações de tratamento de água, uma das etapas do tratamento para obtenção de água potável consiste na 
eliminação das impurezas que se encontram em suspensão. Isto é feito produzindo-se hidróxido de alumínio e sulfato de 
cálcio na superfície da água a ser tratada. O hidróxido de alumínio atua como floculante, arrastando consigo as impurezas 
sólidas para o fundo do tanque de decantação. Com base nas informações fornecidas, os compostos utilizados nas estações 
de tratamento de água são: 

a) AlCl 3 e NaOH c) Al 2 (S0 4 ) 3 e KOH e) AÍ 2 (S0 4 ) 3 e Ca(HC0 3 ) 2 

b) Al(N0 3 ) 3 e KOH d) Al 2 (S0 4 ) 3 e Na 2 CO B 

76 (Enem-MEC) Visando adotar um sistema de reutilização de água, uma indústria testou cinco sistemas com diferentes fluxos 
de entrada de água suja e fluxos de saída de água purificada. 



Sistema 1 

Sistema ii 

Sistema III 

Sistema IV 

Sistema V 

Fluxo de entrada (água suja) 

45 L/h 

40 L/h 

40 L/h 

20 L/h 

20 L/h 

Fluxo de saída (água purificada) 

15 L/h 

10 L/h 

5 L/h 

10 L/h 

5 L/h 


Supondo que o custo por litro de água purificada seja o mesmo, obtém-se maior eficiência na purificação por meio do sistema: 
a) I b) II c) III d) IV e) V 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 21 5 



Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


215 


30/5/05, 9:45 




DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 



77 (UFSCar-SP) Dentre as substâncias cujas fórmulas são 
NaHC0 3 , Mg(OH) 2 e CH 3 COOH, pode(m) ser empregada(s) 
para combater excesso de acidez estomacal: 

a) NaHC0 3 , apenas. 

b) Mg(OH) 2 , apenas. 

c) CH 3 COOH 3 , apenas. 

d) NaHC0 3 e Mg(OH) 2 , apenas. 

e) NaHC0 3/ Mg(OH) 2 e CH 3 COOH. 

78 (UFPA) A água do mar pode ser fonte de sais usados na 
fabricação de fermento em pó, de água sanitária e de 
soro fisiológico. Os principais constituintes ativos desses 
materiais são, respectivamente: 

a) Na 2 C0 3 , HCÍ e NaCÍ 

b) NaHC0 3 , Cí 2 e CaCÍ 2 

c) NaHCOj, NaOCÍ e NaCÍ 

d) Na 2 C0 3 , NaCÍ e KCÍ 

e) NaOCÍ, NaHC0 3 e NaCÍ 

79 (PUC-Campinas-SP) Considere as afirmações abaixo re- 
lativas aos tipos de ligações químicas. 

I. Num fio de cobre, os elétrons dos níveis de valência 
dos átomos formam a nuvem eletrônica responsável 
pela união desses átomos e pela boa condutividade 
elétrica do metal. 

II. Substâncias moleculares como os açúcares têm pon- 
tos de fusão mais elevados do que os de substâncias 
iônicas como os sais. 

III. Amostras de vinagre conduzem a corrente elétrica 
porque têm íons em movimento. 

É possível afirmar que apenas: 

a) I é correta. 

b) II é correta. 

c) III é correta. 

d) I e III são corretas. 

e) II e III são corretas. 

80 (Vunesp) Ácidos instáveis são ácidos que se decompõem 
parcial ou totalmente sob condições normais de tempe- 
ratura e pressão, formando, quase sempre, como produ- 
tos de decomposição, água líquida e um gás. Entre os 
pares de ácidos relacionados, é constituído apenas por 
ácidos instáveis: 

a) H 2 S0 4 e H 3 P0 4 . 

b) HCÍ0 4 e HBr. 

c) H 2 C0 3 e H 2 S0 3 . 

d) H 2 C 2 0 4 e H 3 B0 3 . 

e) Hle HF. 


81 (UFMC) Considere o quadro. 


Tipo de 
sólido 

Partículas 

unitárias 

Temperatura 
de fusão 

Exemplos 

Molecular 

Átomos ou 
moléculas 

Baixa a 
moderada- 
mente alta 

IV 

lônico 

lons 

III 

Sal de cozi- 
nha, sulfato 
de cobre 

Covalente 

II 

Alta 

Diamante, 

quartzo 

1 

Átomos 

Baixa a 
muito alta 

Ferro e cobre 
metálicos 


Nesse quadro, foram deixadas lacunas indicadas pelos 
algarismos I, II, III e IV. 

A alternativa que apresenta um preenchimento incorreto 
da lacuna é: 

a) I — metálico 

b) II — átomos 

c) III — baixa 

d) IV — naftaleno, iodo e gelo 

82 (Fuvest-SP) Hidroxiapatita, mineral presente em ossos 
e dentes, é constituída por íons cálcio, íons fosfato 
(P0 4 ) e íons hidróxido. A sua fórmula química pode 
ser representada por Ca 4 (P0 4 ) 3 (0H). O valor de x nes- 
sa fórmula é: 

a) 1 c) 3 e) 5 

b) 2 d) 4 

83 (Fuvest-SP) O cobre pode ser encontrado na natureza no 
mineral denominado "atacamita": 

CuCÍ 2 • 3 Cu(OH) 2 

Na fórmula da atacamita, identifica-se cobre com 
valências, respectivamente: 

a) um e um 

b) um e dois 

c) um e três 

d) dois e um 

e) dois e dois 

84 (Fatec-SP) Os cálculos renais, popularmente conhecidos 
como "pedras nos rins", são agregados cristalinos com- 
postos por alguns sais, dentre eles o fosfato de cálcio, 
que se forma através da reação entre os íons cálcio e 
fosfato presentes no sangue: 

3 Ca 2+ (aq) + 2 P0 4 3 ~ (aq) Ca 3 (P0 4 ) 2 

O número de oxidação (N ox ) do átomo de fósforo do íon 
fosfato é: 

a) +5 

b) -5 

c) +3 

d) -3 

e) -2 

85 (Mackenzie-SP) Dentre as fórmulas estruturais dadas nas 
alternativas, relativas às substâncias H 2 0, HN0 2 e NaHS, 
a única correta é: 

a) Na’~ [H - S] 1 + 

b) H = O 

c) H — O — N = O 

d) Na — H — S 


e) H = N^ 

O 

86 (UFPel-RS) A absorção de elementos químicos pelas raízes 
das plantas dá-se a partir da solução do solo (fase líqui- 
da) na forma de íons. Dos dezesseis nutrientes essenciais 
para as plantas, seis são chamados de macronutrientes. 
Os íons desses macronutrientes ocorrem, na solução do 
solo, da seguinte maneira: 

• potássio, cálcio e magnésio, como cátions; 

• enxofre, como ânion sulfato; 

• fósforo, como ânion monoidrogenofosfato e diidroge- 
nofosfato; 

• nitrogênio, como cátion amónio ou ânion nitrato. 


Dados os números 
atômicos: 

H = 1; N = 7; O = 8; 
Na = 11; S = 16 


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Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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a) Considerando os cátions magnésio, potássio e cálcio, 
estabeleça a ordem crescente de raio atômico dessas 
espécies. 

b) Faça a fórmula estrutural do cátion amónio. 

c) Indique as fórmulas químicas resultantes da combina- 
ção do ânion monoidrogenofosfato com um cátion 
monovalente e outro bivalente, citados no texto. 

d) Escreva o nome da família ou grupo a que pertencem, 
respectivamente, os elementos K e Mg. 

87 (Unicamp) Num dia em que você faltou à aula, a profes- 
sora explicou que o HCÍ gasoso é muitíssimo solúvel em 
água. A seguir, montou um experimento para ilustrar essa 
propriedade do HCt(g) e pediu para alguém dar início à 
experiência. Na aparelhagem mostrada, o HCÍ(g) e a água 
não estão inicialmente em contato. Um colega foi à fren- 
te e executou o primeiro passo do procedimento. 



a) O que foi que o colega fez no equipamento para dar 
início ao experimento? 

b) A seguir, o que foi observado no experimento? 


88 (Fuvest-SP) O esquema abaixo apresenta, de maneira 
simplificada, processos possíveis para a obtenção de 
importantes substâncias, a partir de gás natural e ar 
atmosférico. 



Dados: 


Gás 

h 2 

n 2 

o 2 

nh 3 

Temperatura de ebulição 
(kelvin), sob pressão de 1 atm 

20 

77 

90 

240 


Considere as afirmações: 

I. Na etapa A, a separação dos gases pode ser efetuada 
borbulhando-se a mistura gasosa numa solução aquosa 
alcalina. 

II. Na etapa 6, N 2 e 0 2 podem ser separados pela lique- 
fação do ar, seguida de destilação fracionada. 

III. A amónia, formada na etapa C, pode ser removida da 
mistura gasosa por resfriamento. 

Está correto o que se afirma: 

a) em I, apenas. 

b) em II, apenas. 

c) em III, apenas. 

d) em II e III, apenas. 

e) em I, II e III. 


Capítulo 8 • Ácidos, bases e sais inorgânicos 


217 



Capitulo 08B-QF1-PNLEM 


217 


30/5/05, 9:45 




Tópicos do capítulo 

1 Definição de óxido 

2 Fórmula geral dos óxidos 

3 Óxidos básicos 

4 Óxidos ácidos ou anidridos 

5 Óxidos anfóteros 

6 Óxidos indiferentes ou neutros 

7 Óxidos duplos, mistos ou 
salinos 

8 Peróxidos 

9 Óxidos importantes 

10 As funções inorgânicas e a 
Classificação Periódica 

Leitura: A chuva ácida 



Extração de minério de ferro em Carajás. 


Apresentação do capítulo 


Os óxidos inorgânicos constituem uma família muito importante, grande e diversificada 
de compostos químicos. Basta lembrar da água e de muitos minérios, de onde são extraídos 
metais de grande importância na vida diária. São óxidos os principais poluentes de nossa 
atmosfera — CO, S0 2 , S0 3 , NO, N0 2 etc. 

Neste capítulo, iremos também relacionar as funções inorgânicas com a Classificação 
Periódica. Mostraremos como a Classificação Periódica pode ajudar no problema 
de formulação e da nomenclatura dos compostos inorgânicos. 

Por fim, teremos uma leitura importante que diz respeito à formação da chamada 
chuva ácida. 





Capitulo 09-QF1-PNLEM 


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DEFINIÇÃO DE OXIDO 


Óxidos são compostos binários nos quais o oxigênio é o elemento mais eletronegativo. 

Por exemplo: H 2 0, C0 2 , Fe 2 0 3 , S0 2 , P 2 0 5 etc. 

Os óxidos constituem um grupo muito numeroso, pois praticamente todos os elementos químicos 
formam óxidos (até mesmo gases nobres, como, por exemplo, o Xe0 3 ). 

Apenas os compostos oxigenados do flúor (como, por exemplo, OF 2 e 0 2 F 2 ) não são considerados 
óxidos, mas sim fluoretos de oxigênio, pois, como já vimos, o flúor é mais eletronegativo que o 
oxigênio. 

Sendo assim, outra definição possível para os óxidos seria: 

Óxidos são compostos binários do oxigênio com qualquer outro elemento químico, 
exceto o flúor. 


Os óxidos estão sempre presentes em nossa vida. Veja os exemplos abaixo: 



A água (H 2 0) é, sem dúvida, o óxido 
mais importante do planeta. A própria 
existência de vida na Terra, em todas 
as formas que conhecemos, está 
intimamente ligada à água. 


O gás carbônico (C0 2 ) participa da 
fotossíntese, processo que é a 
base da vida dos vegetais e dos 
animais que deles se alimentam. 
Engarrafado, é utilizado como 
agente extintor de incêndios. 



Muitos minérios são óxidos, como a hematita 
(Fe 2 0 3 , da qual se extrai o ferro), a pirolusita 
(Mn0 2 , da qual se obtém o manganês) etc. 
Na foto temos a magnetita (Fe 3 0 4 ). 



FÓRMULA GERAL DOS ÓXIDOS 


Considerando um elemento químico E, de número de oxidação +z, e lembrando que o oxigênio 
tem número de oxidação -2, temos: 


+z - . ,-—2 

£ 2t K O z ou seja: E 2 O z 


Por exemplo: 


Na + 2 ^ OT? ou Na 2 0 

ÂÍ + 2 < Oj ou Aí 2 0 3 


Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 


219 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


219 


30/5/05, 9:47 


ANTONIO VIÃS VALCARCEL / CID 






Sendo possível, devemos simplificar os índices: 



ou melhor 
ou melhor 


CaO 

S0 3 



ÓXIDOS BÁSICOS 


Óxidos básicos são óxidos que reagem com a água, produzindo uma base, ou rea- 
gem com um ácido, produzindo sal e água. 


Exemplos: 


Na 2 0 

+ h 2 o 

— 2 NaOH 

Na 2 Q 

+ 2 HCÍ — 

— 2 NaCÍ + 


Os óxidos básicos são formados por metais com números de oxidação baixos ( + 1, +2 ou +3). 
São compostos sólidos, iônicos, que encerram o ânion oxigênio (O 2 ) e apresentam pontos de fusão e 
de ebulição elevados. Os óxidos dos metais alcalinos e alcalino-terrosos reagem com a água; os demais 
óxidos básicos são pouco solúveis em água. 


3.1. Nomenclatura dos óxidos básicos 

Quando o elemento forma apenas um óxido, dizemos: 

Óxido de 

(Nome do elemento) 


Na 2 0 — óxido de sódio 
CaO — óxido de cálcio 
Quando o elemento forma dois óxidos, dizemos: 

Quando o elemento tem 


Óxido . 

(Nome do elemento) 

| ÍCO ► N m maior 

[ OSO ► N ox menor 

Fe 2 0 3 

— óxido férrico 

(N ox do ferro = +3) 

FeO 

— óxido ferroso 

(N ox do ferro = +2) 

CuO 

— óxido cúprico 

(A/ ox do cobre = +2) 

Cu 2 0 

— óxido cuproso 

(N ox do cobre = +1) 



0 óxido de cálcio (CaO) é chamado de cal virgem; 
com a água, forma a chamada cal hidratada — 
Ca(OH) 2 — , que é usada para pintar paredes, 
troncos de árvores etc. (pintura de caiação). 


(Observe que os nomes dos óxidos básicos acompanham os nomes das bases correspondentes.) 
Quando o elemento forma dois ou mais óxidos, podemos indicar o número de oxidação do 
elemento por um algarismo romano: 


Óxido de 

(Nome do elemento) (Algarismo romano) 


[ Fe 2 0 3 — óxido de ferro III 
| FeO — óxido de ferro II 


J CuO — óxido de cobre II 
| Cu 2 0 — óxido de cobre I 


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Capitulo 09-QF1-PNLEM 


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EDUARDO SANTALIESTRA 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


Quando o elemento forma dois ou mais óxidos, podemos ainda indicar o número de átomos de 
oxigênio e o número de átomos do elemento com o auxílio dos prefixos mono, di, tri etc. Freqüen- 
temente, o prefixo mono é omitido. 


mono 

di 

tri 



mono 

> óxido de 

di 

tri 




(Nome do elemento) 


J Fe 2 0 3 — trióxido de diferro f CuO — (mono) óxido de (mono) cobre 

[ FeO — (mono) óxido de (mono) ferro j Cu 2 0 — (mono) óxido de dicobre 

Essas duas nomenclaturas — com algarismo romano final e com prefixos "mono", "di", "tri" etc. 
— são de caráter geral, servindo não só para os óxidos básicos, mas também para as demais classes de 
óxidos que virão a seguir. 


OXIDOS ÁCIDOS OU ANIDRIDOS 


Óxidos ácidos ou anidridos são óxidos que reagem com a água, produzindo um 
ácido, ou reagem com uma base, produzindo sal e água. 


Exemplos: 

so 3 

+ h 2 o 

- h 2 so 4 


so 3 

+ 2 NaOH - 

Na 2 S0 4 + H 2 0 


Os óxidos ácidos ou são formados por não-metais (e, nesse caso, são compostos geralmente gaso- 
sos) ou por metais com números de oxidação elevados, como, por exemplo, Cr0 3 , Mn0 3 , Mn 2 O z etc.: 


Cr0 3 + H 2 0 * H 2 Cr0 4 

Cr0 3 + 2 NaOH 

Os óxidos ácidos são compostos moleculares e, em 
geral, solúveis em água. 

Considere agora a reação característica: 

Óxido ácido + Água ► Ácido 

É por meio desse tipo de reação que ocorre o fenômeno 
da chuva ácida, responsável pelo desaparecimento da co- 
bertura vegetal, pela corrosão de metais e outros materiais, 
como os que são usados em monumentos e obras de arte. 

É interessante imaginar a reação inversa, isto é, a sub- 
tração de água do ácido, dando o óxido ácido: 

H 2 C0 3 H 2 S0 4 2 HN0 3 equivaleria a H 2 N 2 0 6 

H 2 O - H 2 O - H 2 O - 

co 2 so 3 n 2 o 5 



Desse modo, podemos considerar um óxido ácido 
como um "ácido sem água". Daí o nome anidrido dado a 
esses óxidos (do grego anhydros, "sem água"). 


Árvores danificadas pelos efeitos da chuva ácida 
devido à poluição emitida pelas siderúrgicas e 
refinarias de Mynydd Dinas, nas proximidades de 
Port Talbot, País de Gales, na década de 1990. 


Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 


221 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


221 


30/5/05, 9:48 


SIMON FRASER/SPL-STOCK PHOTOS 




4 . 1 . Nomenclatura dos óxidos ácidos 


Quando o elemento tem 

, A , 

Anidrido j ico ► N °* maior 

(Nome do elemento) [ OSO > n/ ox . menor 

J S0 3 — anidrido sulfúrico (N ox do enxofre = +6) 

[ S0 2 — anidrido sulfuroso (N ox do enxofre = +4) 

f N 2 O s — anidrido nítrico (N ox do nitrogênio = +5) 

1 N 2 0 3 — anidrido nitroso (N ox do nitrogênio = +3) 

Quando o elemento forma apenas um anidrido, usa-se a terminação ico: 

C0 2 — anidrido carbônico 

B 2 0 3 — anidrido bórico 

Observe que os nomes dos anidridos acompanham os nomes dos ácidos correspondentes: 

Ácido sulfúrico H 2 S0 4 

h 2 o - 

Anidrido sulfúrico — ► S0 3 

No caso dos anidridos, podemos também usar as nomenclaturas gerais, citadas anteriormente: 
S0 3 — óxido de enxofre VI ou trióxido de (mono) enxofre 
S0 2 — óxido de enxofre IV ou dióxido de (mono) enxofre 


OBSERVAÇÕES 


• Alguns anidridos podem reagir com quantidades crescentes de água (hidratação crescente), produzin- 
do ácidos diferentes. É o caso do anidrido fosfórico (P 2 0 5 ): 


p 2 o 5 

+ 

1 

h 2 o — 

— 2 HP0 3 

(acido metafosforico) 

p 2 o 5 

+ 

2 

h 2 o — 

- h 4 p 2 o 7 

(ácido pirofosfórico) 

p 2 o 5 

+ 

3 

X 

h 2 o — 

— 2 H 3 P0 4 

(ácido ortofosfórico) 

Hidratação 

crescente 




• Alguns anidridos reagem com água, produzindo dois ácidos diferentes; por esse motivo, são chamados 
anidridos duplos ou mistos. E o caso do anidrido nitroso-nítrico (N0 2 ): 

2 N0 2 + H 2 0 HN0 2 + HN0 3 



ÓXIDOS ANFÓTEROS 


Óxidos anfóteros podem se comportar ora como óxido básico, ora como óxido ácido. 


Apresentando um caráter intermediário entre o dos óxidos 
ácidos e o dos óxidos básicos, os óxidos anfóteros só reagem com 
outra substância de caráter químico pronunciado: ou ácido for- 
te ou base forte. É, por exemplo, o que acontece com o óxido de 
zinco (ZnO): 

ZnO + 2 HCÍ ► ZnCÍ 2 + H 2 0 

Ácido forte Cloreto de zinco 

2 NaOH + ZnO > Na 2 Zn0 2 + H 2 0 

Base forte Óxido ácido Zincato de sódio 



Q 

O 


0 óxido de 
zinco (ZnO), 
chamado de 
alvaiade, é um 
pó branco 
usado na 
pintura do rosto 
dos palhaços 
de circo. É 
também um 
ótimo protetor 
solar. 


222 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


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6/7/05, 14:45 


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A 


Outro caso importante é o Al 2 0 3 : 



aí 2 o 3 + 

3 H 2 S0 4 — 

— AÍ 2 (S0 4 ) 3 + 

Óxido básico 

Acido forte 

Sulfato de alumínio 

2 NaOH + 

AC2O3 

* 2 Na AIO 2 -1 

Base forte 

Óxido ácido 

Aluminato de sódio 


Os óxidos anfóteros são, em geral, sólidos, iônicos, insolúveis na água e formados: 

• ou por metais: ZnO; Al 2 0 3 ; SnO e Sn0 2 ; PbO e Pb0 2 ; 

• ou por semimetais: As 2 0 3 e As 2 0 5 ; Sb 2 0 3 e Sb 2 O s . 

A nomenclatura é idêntica à dos óxidos básicos: 

ZnO — óxido de zinco 

Sn0 2 — óxido estânico ou óxido de estanho IV, ou dióxido de (mono) estanho 
SnO — óxido estanoso ou óxido de estanho II, ou (mono) óxido de (mono) estanho 
Quando um metal forma vários óxidos, é interessante notar que o caráter do óxido passa, gradativamente, 

de básico para anfótero e depois para ácido, à medida que o N ox do metal vai crescendo: 

+2 +3 +6 

CrO Cr 2 0 3 Cr0 3 

Óxido básico Óxido anfótero Óxido ácido 

Aumento do N ox do metal 

_ _ ► 

Aumento do caráter ácido do óxido 



ÓXIDOS INDIFERENTES OU NEUTROS 


Óxidos indiferentes (ou neutros) são óxidos que não reagem com água, nem com 
ácidos nem com bases. 


Assim, os óxidos neutros não apresentam nem caráter ácido nem caráter básico. São poucos os 
óxidos dessa classe. Os mais comuns são: 

CO — monóxido de carbono 
N 2 0 — óxido nitroso 
NO — óxido nítrico 

São compostos gasosos, moleculares, formados por não-metais. Mas o fato de serem "indiferen- 
tes" ou "neutros" não significa que esses óxidos não possam participar de outras reações. O CO, por 
exemplo, queima com muita facilidade: 

2 CO + 0 2 ► 2 C0 2 (reação de oxirredução) 



Os gases emitidos pelos 
escapamentos de veículos e 
caminhões são os principais 
responsáveis pela poluição do ar. 


Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 


223 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


223 


30 / 5 / 05 , 9:48 





OXIDOS DUPLOS, MISTOS OU SALINOS 


Óxidos duplos são óxidos que se comportam como se fossem formados por dois 
outros óxidos, do mesmo elemento químico. 


Por exemplo: 


Fe 3 0 4 equivale a FeO + Fe 2 0 3 

Pb 3 0 4 equivale a 2 PbO + Pb0 2 
Eles reagem como se fossem a mistura de dois óxidos: 


FeO + H 2 S0 4 

Fe 2 0 3 + 3 H 2 S0 4 

Fe 3 0 4 + 4 H 2 S0 4 


FeS0 4 + H 2 0 

+ 

Fe 2 (S0 4 ) 3 + 3 H 2 0 

FeSO, + Fe 2 (S0 4 ) 3 + 4 H 2 0 


São sempre óxidos metálicos, sólidos e de estrutura iônica. A nomenclatura preferida, nesse 
caso, é: 


Fe 3 0 4 — tetróxido de triferro 



Pintor utilizando zarcão (óxido 
vermelho de chumbo), usado 
como pigmento na confecção 
de tintas de proteção. 



PERÓXIDOS 


Peróxidos são óxidos que reagem com a água ou com ácidos diluídos, produzindo 
água oxigenada (H 2 0 2 ). 


Na 2 0 2 

+ 2 H 2 0 — 

— 2 NaOH 

+ h 2 o 

Na,0, 

+ h 2 so 4 — 

— Na 2 S0 4 

+ H 2 o 


A nomenclatura é feita com a própria palavra peróxido. Por exemplo: 

Na 2 0 2 — peróxido de sódio 


Os peróxidos mais comuns são: 

• peróxido de hidrogênio: H 2 0 2 (quando em solução aquosa se chama água oxigenada); 

• peróxidos dos metais alcalinos: Na 2 0 2 , K 2 0 2 etc.; 

• peróxidos dos metais alcalino-terrosos: Ba0 2 etc. 


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Capitulo 09-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


AGUA OXIGENADA 


A solução aquosa de peróxido de hidrogênio (H 2 0 2 ou H — O — O — H) recebe o nome de água 
oxigenada. O peróxido de hidrogênio puro é um líquido incolor muito instável, que se decompõe 
rápida e espontaneamente (o que pode até ocorrer de maneira explosiva) segundo a reação: 

2 H 2 0 2 ► 2 H 2 0 + O' 

Quando lemos em uma embalagem "água oxigenada a 10 volumes", isso significa que temos uma 
solução aquosa H 2 0 2 preparada em tal proporção que 1 litro de solução produz 10 litros de 0 2/ na pressão 
de 1 atm e na temperatura 0 °C, segundo a reação mostrada acima. A decomposição da água oxigenada 
é muito mais lenta do que a do peróxido puro, mas é acelerada pela ação do calor e da luz; assim sendo, ela 
deve ser guardada em frascos escuros e em lugares frescos. Essa decomposição também é acelerada por 
enzimas existentes em nosso sangue; por esse motivo, quando colocamos água oxigenada sobre um 
ferimento, observamos uma efervescência — é a liberação do 0 2 , que então age como bactericida. As bases 
também aceleram a decomposição do H 2 0 2 (e os ácidos, pelo contrário, a retardam). 

Na presença de redutores, a água oxigenada age como oxidante: 

2 Hl + H 2 0 2 ► 2 H 2 0 + l 2 

Também como oxidante, a água oxigenada é utilizada no branqueamento de cabelos, fibras têxteis, 
papel etc. No entanto, em relação a oxidantes fortes, age como redutora: 

2 KMn0 4 + 5 H 2 Q 2 + 3 H 2 S0 4 ► K 2 S0 4 + 2 MnSQ 4 + 8 H 2 Q + 5 0 2 



ÓXIDOS IMPORTANTES 


9.1. Óxido de cálcio — CaO 

O óxido de cálcio (CaO), chamado de cal viva ou cal virgem, é um sólido branco que só funde em 
temperaturas elevadíssimas (2.572 °C). 

É preparado por decomposição térmica do calcário: 

CaC0 3 — ► CaO + C0 2 ' 

Apresenta as propriedades características de um óxido básico: 

• reage com a água: CaO + H 2 0 * Ca(OH) 2 (o hidróxido de cálcio formado, chamado 

de cal apagada ou extinta, é pouco solúvel em água; sua suspensão chama-se água de cal); 

• reage com ácidos: 

CaO + 2 HCÍ ► CaCÍ 2 + H 2 0 

Ca(OH) 2 + C0 2 ► CaC0 3( + H 2 0 

Tanto o CaO como o Ca(OH) 2 absorvem C0 2 do ar. Quando sopramos ar na água de cal através de 
um canudinho, o C0 2 contido no ar que expiramos irá turvar a água de cal, devido à formação do 
CaC0 3 , de acordo com a última equação acima. 



Na foto ® , o béquer contém apenas uma suspensão de água de cal, Ca(OH) 2 , que é incolor. Soprando-se ar (foto 
(D), o Ca(OH) 2 reage com o C0 2 , produzindo CaC0 3 , um precipitado branco (foto ©). 


Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 


225 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


225 


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HANS NELEMAN / THE IMAGE BANK-GETTY IMAGES 


A 


O CaO e o Ca(OH) 2 são as bases mais baratas de que dispomos. Por isso são muito usados: 

• em construção civil: reboco, cimento, estuque, fabricação de tijolos, cerâmicas; 

• na produção do vidro, do Na 2 C0 3 , do CaCl(ClO) (cloreto de cal); 

• como inseticida, fungicida etc.; 

• na agricultura, para corrigir solos ácidos; 

• na purificação de açúcares, óleos vegetais e sucos de frutas; 

• na fabricação de tijolos refratários para fornos metalúrgicos; 

• no tratamento de águas e esgotos. 

9.2. Dióxido de carbono — C0 2 


O C0 2 pode ser preparado pela queima do carvão ou de materiais orgânicos, como a madeira: 

C + 0 2 (ar) > C0 2 

No entanto, o C0 2 é obtido usualmente como subproduto de várias reações industriais, como, por 
exemplo, a decomposição de carbonatos (CaC0 3 CaO + C0 2 ), a fermentação alcoólica na pro- 

dução do álcool comum e de bebidas alcoólicas etc. 

O C0 2 gasoso é dissolvido, sob pressão, nas "águas gaseificadas" e nos refrigerantes; ocorre, nesse 
caso, a reação: 

co 2 + h 2 o ► h 2 co 3 

Quando a garrafa é aberta, ocorre a reação inversa: 

h 2 co 3 * h 2 o + co; 

e o C0 2 gasoso que escapa dá a efervescência característica das águas gaseificadas e dos refrigerantes. 

Abaixo de 78 °C negativos, o C0 2 torna-se sólido e é conhecido como gelo-seco. Esse nome 
provém do fato de o gelo-seco não derreter para formar um líquido, mas sim sublimar-se, passando 
diretamente do estado sólido para o gasoso. O gelo-seco é usado em refrigeração (como nos carrinhos 
de sorvete) e também para produzir "fumaça" em shows, bailes etc. 

Sendo um óxido ácido, o C0 2 reage com as bases: 

NaOH + C0 2 > NaHCO, 



Num copo com água 
gaseificada, as bolhas 
representam o gás 
carbônico que escapa 
para o ambiente. 



HnTfTTKfrB Responda em 
■ilaZáUÍUfl seu caderno 


íiTw\ 

a) O que são óxidos? 

d) O que sao óxidos anfóteros? 

b) O que são óxidos básicos? 

e) O que são peróxidos? 


c) O que são óxidos ácidos? 




226 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


226 


30/5/05, 9:49 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




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EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


1 (Mackenzie-SP) Com cerca de 40 km de profundidade, 
a crosta terrestre contém principalmente óxido de silí- 
cio e óxido de alumínio. Sabendo que o número de oxi- 
dação do silício é +4 e o do alumínio é +3, as fórmulas 
desses óxidos são: 

a) Si0 2 eAl 2 0 3 

b) Si0 2 e Aí 2 0 

c) Si0 3 e AIO 

d) Si0 4 e A10 3 

e) Si 2 0 e Aí 2 0 3 

2 (Mackenzie-SP) O ferro é um dos elementos mais abun- 
dantes na crosta terrestre. Em Carajás, o principal miné- 
rio de ferro é a hematita, substância constituída, princi- 
palmente, por óxido férrico (ou óxido de ferro III), cuja 
fórmula é: 

a) FeO 

b) Fe 3 0 

c) Fe0 3 

d) Fe 2 0 3 

e) Fe 3 0 2 

3 (Cesgranrio-Rj) O consumidor brasileiro já está informa- 
do de que os alimentos industrializados que ingere con- 
têm substâncias cuja função básica é a de preservá-los da 
deterioração. Alguns exemplos dessas substâncias são: 
conservantes — ácido bórico (P. II) e anidrido sulfuroso 
(P. V); antioxidante — ácido fosfórico (A. III); antiumec- 
tantes — carbonato de cálcio (Au. I) e dióxido de silício 
(Au. VIII). Qual é a opção que indica a fórmula de cada 
substância na ordem apresentada no texto? 


a) 

H 2 B0 4 ; 

S0 3 ; 

H 3 P0 3 ; 

K 2 C0 3 ; 

sí 2 o 

b) 

H 3 B0 3 ; 

S0 2 ; 

H 3 P0 3 ; 

K 2 C0 3 ; 

sío 2 

c) 

H 3 B0 3 ; 

S0 2 ; 

H 3 P0 4 ; 

CaC0 3 ; 

sío 2 

d) 

H 3 B0 3 ; 

S0 3 ; 

H 3 P0 4 ; 

CaC0 3 ; 

sí 2 o 

e) 

H 3 B0 4 ; 

S0 2 ; 

H 3 P0 3 ; 

CaC0 3 ; 

sío 2 


4 (UFPE) A tabela abaixo apresenta a classificação das subs- 
tâncias inorgânicas de maior produção nos Estados Uni- 
dos, em 1 999: 


Classificação 

Produto 

I a lugar 

ácido sulfúrico 

2 a lugar 

amónia 

3 a lugar 

ácido fosfórico 

1 0 a lugar 

dióxido de titânio 


As fórmulas químicas das substâncias classificadas em 1°, 
2 a , 3 2 e 1 0 a lugares são, respectivamente: 

a) H 2 P0 4 , NH 3 , H 3 S0 4 , Ti0 2 

b) H 2 S, PH 3 , H 3 P0 4 , Ti 2 0 

c) h 2 so 4 , nh 3 , hcio 4 , tío 2 

d) H 2 S0 3 , NH 4 , HC10 4í TiO 

e) H 2 S0 4 , NH 3 , H 3 P0 4 , TiO, 

5 (Cesgranrio-RJ) Os principais poluentes do ar nos gran- 
des centros urbanos são o gás sulfuroso (S0 2 ) e o 
monóxido de carbono (CO). O S0 2 é proveniente das 
indústrias que queimam combustíveis fósseis (carvão e 
petróleo). Já o CO provém da combustão incompleta da 
gasolina em veículos automotivos desregulados. Saben- 

Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 


do-se que o S0 2 (causador da chuva ácida) e o CO (cau- 
sador de inibição respiratória) são óxidos, suas classifica- 
ções são, respectivamente: 

a) anfótero e neutro 

b) básico e ácido 

c) ácido e anfótero 

d) ácido e básico 

e) ácido e neutro 

6 (Mackenzie-SP) 

n 2 o 5 + 

CO + 

k 2 o + 

Nas equações acima, do comportamento mostrado pe- 
los óxidos, conclui-se que: 

a) K 2 0 é um peróxido. 

b) CO é um óxido neutro ou indiferente. 

c) K 2 0 é um óxido ácido. 

d) N 2 0 5 é um óxido duplo ou misto. 

e) N 2 0 5 é um óxido básico. 

7 (Acafe-SC) A alternativa que apresenta os anidridos cor- 
respondentes aos ácidos H 2 S0 3 , H 2 C0 3 , H 2 Si0 3 , HQ0 4 é: 

a) S0 2 , C0 2 , Si0 2 , CÍ0 4 

b) S0 3 , C0 2 , Si0 2 , CÍ0 4 

c) so 3 , co 2 , sío 2 , ct 2 o 5 

d) S0 2 , CO, Si0 2 , Ci 2 0 3 

e) S0 2 , C0 2 , Si0 2 , Cl 2 0 7 

8 Coloque os óxidos Mn0 3 , Mn 2 0 3 , Mn0 2 , Mn 2 0 7 , MnO 
na ordem do mais básico para o mais ácido. 

9 Escreva as equações das reações do óxido anfótero SnO 
com o HCÍ e com o NaOH. 

10 (Osec-SP) Na queima do enxofre em pó forma-se um 
gás (dióxido de enxofre). O papel de tornassol azul 
embebido em água, na presença desse gás, apresenta- 
rá a coloração: 

a) incolor 

b) amarela 

c) verde 

d) azul 

e) vermelha 

11 (UFRGS-RS) São apresentadas abaixo substâncias quími- 
cas, na coluna da esquerda, e uma possível aplicação para 
cada uma delas, na coluna da direita. 


1. h 2 so 4 

A. descorante de cabelos 

2. NaOCÍ 

B. antiácido estomacal 

3. H 2 0 2 

C. água sanitária 

4. Mg(OH) 2 

D. conservação de alimentos 

5. NaCl 

E. solução de baterias automotivas 


A associação correta entre as substâncias químicas, na 
coluna da esquerda, e as aplicações correspondentes, 
na coluna da direita, é: 


a) 

3A, 

4B, 

2C, 

5 D, 

1 E. 

b) 

2A, 

3B, 

ic. 

5 D, 

4E. 

c) 

3 A, 

4B, 

1C, 

5 D, 

2E. 

d) 

2A, 

3B, 

4C, 

1 D, 

5E. 

e) 

3A, 

2B, 

1C, 

4 D, 

5E. 


227 


h 2 o — 

— 2 HN0 3 

h 2 o — 

— ► não reage 

h 2 o — 

► 2 KOH 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


227 


30/5/05, 9:49 


EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


12 (Mackenzie-SP) 


1 

Galena 

PbS 

II 

Pirolusita 

Mn0 2 

III 

Blenda 

ZnS 

IV 

Cassiterita 

Sn0 2 

V 

Calcopirita 

CuS • FeS 


Na tabela acima estão numerados, de I a V, os princi- 
pais minérios de alguns metais. O chumbo, o zinco e o 
estanho são obtidos, respectivamente, pela redução dos 
minérios: 

a) I, IV e V 

b) V, II e IV 

c) III, IV e II 

d) I, III e IV 

e) V, IV e I 

13 (Vunesp) Na Idade Média, era usual o emprego de óxido 
de chumbo (IV) como pigmento branco em telas. Em nos- 
sos dias, com o aumento do teor de H 2 S na atmosfera, 
proveniente da queima de combustíveis fósseis, pinturas 
dessa época passaram a ter suas áreas brancas transforma- 
das em castanho escuro, devido à formação de sulfeto de 
chumbo (II). No trabalho de restauração dessas pinturas 
são empregadas soluções diluídas de peróxido de hidrogê- 
nio, que transformam o sulfeto de chumbo (II) em sulfato 
de chumbo (II), um sólido branco. As fórmulas do óxido de 
chumbo (IV), sulfeto de chumbo (II), peróxido de hidrogê- 
nio e sulfato de chumbo (II) são, respectivamente: 

a) PbO, PbS, H 2 0 2 , PbS0 4 

b) Pb0 2 , PbS, H 2 0 2 , PbS0 4 

c) Pb 2 0 3 , PbS 2 , Íh 2 0, Pb(S0 4 ) 2 

d) Pb0 2 , PbS, H 2 0 2 , PbS0 3 

e) PbO, PbS0 3 , H 2 0 2 , PbS 2 0 3 

14 (UFF-RJ) Um dos processos de purificação da água para 
uso doméstico constitui-se das seguintes etapas: 

1- filtração seguida de alcalinização com óxido de cál- 
cio (X). 

2- floculação por adição de sulfato de alumínio (K) se- 
guida de filtração. 

3 S aeração e adição de cloro para formação do ácido 
hipocloroso (Z) que elimina bactérias. 


A opção que apresenta as fórmulas químicas das subs- 
tâncias indicadas, respectivamente, por X, Y e Z é. 

a) Ca0 2 ; AÍ 2 (S0 4 ) 3 ; HCÍO 

b) Ca0 2 ; AÍ 2 (S0 3 ) 3 ; HCÍO, 

c) CaO; AÍ 2 S 3 ; HCÍO, 

d) CaO; AÍ 2 (SO„) 3 ; HCÍO 

e) CaO; Al 2 (SO„) 3 ; HCÍO, 

15 (FEI-SP) Um elemento metálico forma um óxido de fór- 
mula M0 2 . A fórmula de seu cloreto será, provavelmente: 

a) MCÍ c) MCÍ 3 e) MCÍ 5 

b) MCÍ 2 d) MCÍ 4 

16 (PUC-MG) Observe as reações químicas abaixo: 


1. MgO 

+ 

h 2 o — 

— Mg(OH) ; 

II. co 2 

+ 

h 2 o — 

— ► h 2 co 3 

III. k 2 o 

+ 

2 HCÍ 

— ► 2 KCÍ 

IV. so 3 

+ 

2 NaOH 

— ► Na 2 SQ 4 


A afirmativa incorreta é: 

a) As reações II e IV envolvem óxidos ácidos ou anidridos. 

b) As reações I e III envolvem óxidos básicos. 

c) O sal produzido na reação IV chama-se sulfato de sódio. 

d) O sal produzido na reação III chama-se cloreto de 
potássio. 

e) O caráter básico dos óxidos se acentua, à medida que 
o oxigênio se liga a elementos mais eletronegativos. 

1 7 (Uece) O ferro em contato com a umidade do ar provoca 
a formação da ferrugem, que é um óxido de ferro. A com- 
binação do ferro (Fe), com o oxigênio (0 2 ) do ar diluído 
em água faz surgir uma teia, na qual cada átomo de ferro 
se liga a 4 ou 6 átomos de oxigênio. Um dos óxidos do 
ferro é o Fe 3 0 4 , que é classificado como: 

a) óxido neutro 

b) óxido básico 

c) óxido duplo ou misto 

d) peróxido 

1 8 (Mackenzie-SP) Ao se colocar gelo-seco, C0 2 (s), em água 
levemente alcalina, em presença de fenolftaleína, verifi- 
ca-se que a solução que inicialmente era rósea torna-se 
incolor. Esse fato se observa porque: 

a) ocorre abaixamento da temperatura da água. 

b) ocorre vaporização da fenolftaleína. 

c) o ácido carbônico formado é incolor. 

d) o pH da solução aumenta. 

e) o pH da solução diminui. 



AS FUNÇÕES INORGÂNICAS E A CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA 


No estudo da Classificação Periódica, vimos na página 127 que várias propriedades físicas 
dos elementos (como densidade, ponto de fusão, ponto de ebulição etc.) variam periodicamente com 
o aumento dos números atômicos. Com as propriedades químicas acontece o mesmo, de tal modo 
que podemos dizer: 

Os elementos situados em uma mesma coluna da Tabela Periódica têm propriedades 
químicas semelhantes e, em conseqüência, formam compostos com fórmulas e nomes 
semelhantes. 


228 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


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30/5/05, 9:50 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




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A 


Isso decorre do fato de todos os elementos da mesma coluna apresentarem o mesmo número de 
elétrons na última camada eletrônica, como foi explicado no capítulo 5. Assim, por exemplo, todos os 
elementos da coluna IA (metais alcalinos) têm 1 elétron na última camada; eles tendem a ceder esse 
elétron, transformando-se em cátion de carga 1 +. Todos os elementos da coluna 7A (halogênios) têm 
7 elétrons na última camada; eles tendem a receber um elétron, transformando-se em ânions, de carga 1 
Tomando como exemplo o sódio e o cloro, temos: 

- - e - „ 

/ 

Na + Cf. * Na Cf (cloreto de sódio) 

Repare na semelhança de fórmulas e nomes, quando consideramos outros elementos das colunas 
IA e 7A: 


Colunas 

Fórmulas dos sais 

Nomes dos sais 

IA 

7A 

Na 

CL 

NaQ. 

Cloreto de sódio 

K 

1 

Kl 

Iodeto de potássio 

Rb 

F 

RbF 

Fluoreto de rubídio 

Cs 

Br 

CsBr 

Brometo de césio 


Essa semelhança de fórmulas e nomes aparece em todas as funções químicas: ácidos, bases, sais e 
óxidos. Acompanhe os exemplos: 


Ácidos 


Na coluna 7A, temos, por exemplo: 

HCf — ácido clorídrico 

HBr — ácido bromídrico 

(ambos covalentes, de caráter ácido forte) 


Bases 


Na coluna IA, temos, por exemplo: 

NaOH — hidróxido de sódio 
KOH — hidróxido de potássio 

(ambos iônicos, de caráter básico forte) 


Sais 


Nas colunas 1 A e 7A, já vimos, como exemplos: 

NaCf — cloreto de sódio 

Kl — iodeto de potássio 

(ambos sólidos, iônicos, cristalinos, de fusão e ebulição difíceis) 


Óxidos - 


Na coluna 5A, temos, por exemplo: 

N 2 O s — anidrido nítrico 

P 2 O s — anidrido fosfórico 

(ambos covalentes e classificados como óxidos ácidos ou anidridos) 


A partir daí, podemos afirmar que quem conhece as fórmulas e os nomes de alguns compostos de 
um certo elemento químico pode "deduzir" as fórmulas e os nomes dos compostos correspondentes 
de todos os outros elementos que estão na mesma coluna da Tabela Periódica. 

Por exemplo, quem conhece os ácidos do cloro (coluna 7 A) 



H 

Cf 

o 4 - 

ácido 

per 

clór 

ico 


H 

Cf 

o 3 - 

ácido 


clór 

ico 


H 

Cf 

o 2 

ácido 


clor 

oso 


H 

Cf 

O — 

ácido 

hipo 

clor 

oso 


H 

Cf 

— 

ácido 


clor 

ídrico 

trocando: 

H 

Br 

— 

ácido 


brom 

ídrico 

ou trocando: 

H 

1 

— 

ácido 


iod 

ídrico 


terá "deduzido" as fórmulas e os nomes dos ácidos do bromo e do iodo, respectivamente. 

Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 229 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


229 


30/5/05, 9:50 




O esquema a seguir resume as fórmulas dos principais compostos ao longo da Tabela Periódica: 


Coluna 

IA (B) 

2A (B) 

3A (B) 

4A (B) 

5A (B) 

6 A (B) 

7 A (B) 

N m máximo 

+ 1 

+ 2 

+ 3 

+4 

+ 5 

+ 6 

+ 7 

N ox mínimo 




-4 

-3 

— 2 

-1 




(H 3 XO 3 ) 

h 4 xo 4 

h 3 xo 4 

h 2 xo 4 

hxo 4 





h 2 xo 3 

h 4 x 2 o 7 

h 2 xo 3 

hxo 3 

Ácidos 





hxo 3 

h 2 x 

hxo 2 








HXO 






h 3 xo 3 


HX 


fiOH 

fi(OH ) 2 

B(OH ) 3 

B(OH ) 4 




Bases 




B(OH ) 2 




Óxidos 

e 2 o 

EO 

f 2 o 3 

eo 2 

e 2 o 5 

£ 0 3 

e 2 o 7 





EO 

e 2 O 3 

eo 2 

e 2 o 5 


OBSERVAÇÕES 


• As fórmulas são mais regulares nas colunas A da Tabela Periódica. Nas colunas B, isto é, nos metais de 
transição, a regularidade é menor. 

• Relembramos que: o número de oxidação máximo de um elemento coincide com o número da coluna 
onde ele se encontra; e o número de oxidação mínimo é igual ao número dessa coluna subtraído de 8. 
Isso decorre da variação da estrutura eletrônica ao longo do período da Tabela Periódica e da tendência 
dos elementos de completarem o octeto eletrônico. Considerando esse fato, podemos entender melhor 
as fórmulas dos ácidos, bases e óxidos, que são dadas no quadro anterior. 

• O caráter ácido é próprio dos não-metais. Sendo assim, os ácidos aparecem do lado direito e superior 
da Tabela Periódica. O caráter básico é próprio dos metais. Desse modo, as bases aparecem do lado 
esquerdo e inferior da Tabela Periódica. Intermediariamente, aparece o caráter anfótero. 



• Os óxidos também acompanham a variação do caráter ácido-básico, ao longo da Tabela Periódica: 


IA 

2A 

3A 

4A 

5A 

6A 

7A 

E 2 O EO ^ 2^3 

Óxidos básicos 

eo 2 

EO 

Óxidos 

anfóteros 

(moleculares) 

E 2 O s E0 3 E 2 0 7 

E 2 0 3 E0 2 E 2 O s 

Óxidos ácidos ou anidridos 

(iônicos) 

(moleculares) 


• Também os sais, que não foram mencionados nos esquemas anteriores, apresentam analogias quando 
trocamos seus elementos por outros da mesma coluna da Tabela Periódica. 

Por exemplo: 

Na 4 P 2 0 7 — pirofosfato de sódio 

Na 4 As 2 0 7 — piroarseniato de sódio 
Nesse caso, trocamos o P pelo As, ambos da coluna 5A. 


230 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Outro exemplo: 


CaS0 4 — sulfato de cálcio 
BaSe0 4 — selenato de bário 

Nesse caso, trocamos o Ca pelo Ba, ambos da coluna 2A, e também o S pelo Se, ambos da coluna 6A. 
• Uma classe de compostos importantes, mas que não foi detalhada até agora, é a classe dos hidretos, 
que são os compostos binários do hidrogênio. Por exemplo: NaH, CH 4 , NH 3 , H 2 0, HCl etc. Essa classe 
é muito grande e abrange compostos com características muito diferentes entre si. 

Os hidretos dos metais alcalinos e alcalino-terrosos (colunas IA e 2A) são compostos iônicos, sólidos e 
cristalinos, em que o hidrogênio apresenta N ox igual a -1. Esses hidretos têm "caráter básico", pois 
reagem com a água, produzindo bases: 

NaH + H 2 0 ► NaOH + H 2 

CaH 2 + 2 H 2 0 ► Ca(OH) 2 + 2 W 2 

Os hidretos dos semimetais e dos não-metais (colunas 3A e 7 A) são compostos moleculares, líquidos ou 
gasosos, em que o hidrogênio apresenta N ox igual a +1 . Como exemplos importantes podemos citar: 

— na coluna 4A, o carbono forma desde CH 4 , que é seu hidreto mais simples, até compostos C X H > , nos 
quais x e y assumem valores bastante elevados. Esses compostos têm o nome genérico de 
hidrocarbonetos e são "indiferentes" às reações ácido-base; 

— na coluna 5A, o nitrogênio forma o NH 3 , composto molecular, gasoso e de "caráter básico", pois 
reage com a água, formando o hidróxido de amónio: 

NH 3 + h 2 o NH 4 OH 

— na coluna 6A, o oxigênio forma a água, composto molecular, líquido e de "caráter anfótero", os 
demais elementos da coluna 6A formam "hidretos ácidos": H 2 S, H 2 Se, H 2 Te; 

— na coluna 7 A, os hidretos são moleculares, gasosos e fortemente ácidos: HCl, HBr, Hl. 

E interessante notar que todos esses exemplos se encaixam perfeitamente nos esquemas de formula- 
ção segundo a Tabela Periódica, como vemos a seguir: 


Colunas 

IA 

2A 

3A 

4A 

5A 

6 A 

7A 

Fórmula geral do hidreto 

EH 

£H 2 

£Hb 

£H 4 

EH 3 

H 2 £ 

H£ 

Exemplos 

NaH 

CaH 2 

bh 3 

ch 4 

NHj 

h 2 o 

HO. 


Responda em 
seu caderno 


a) Quais as semelhanças que compostos formados por elementos situados em um mesmo 
grupo da Tabela Periódica apresentam? 

b) Que colunas, A (representativos) ou B (não-representativos), da Tabela Periódica 
apresentam maiores regularidades de formulação e nomenclatura? 

c) Como varia o caráter básico na Tabela Periódica? E o caráter ácido? 





EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




Exercício resolvido 

19 Conhecendo as seguintes fórmulas e nomes: 

H 2 S0 4 — ácido sulfúrico 
H 2 S0 3 — ácido sulfuroso 
H 2 S — ácido sulfídrico 
deduza as fórmulas e os nomes dos ácidos corres- 
pondentes, formados pelos elementos químicos 
selênio (Se) e telúrio (Te), que aparecem na mesma 
coluna (6A) em que se encontra o enxofre (S) na 
Tabela Periódica. 

Resolução 

Por analogia, serão: 


Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 


H 2 Se0 4 

— ácido selênico 

H 2 Se0 3 

— ácido selenoso 

H 2 S 

— ácido selenídrico 

H 2 Te0 4 

— ácido telúrico 

H 2 Te0 3 

— ácido teluroso 

HJe 

— ácido telurídrico 


20 Escreva as fórmulas dos hidróxidos dos seguintes ele- 
mentos: 

a) gálio (Ga) 

b) rádio (Ra) 

c) frâncio (Fr) 

d) berílio (Be) 

e) rubídio (Rb) 

231 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


231 


12/7/05, 19:55 



21 (Cesgranrio-RJ) São dadas as seguintes fórmulas: Ca 3 (P0 4 ) 2 , 
Cs Cl e Rb 2 Cr0 4 . Por analogia, a opção que contém as 
fórmulas corretas das substâncias arsenato de magnésio, 
fluoreto de lítio e molibdato de sódio é: 

a) Mg 3 (As0 4 ) 2 , LiF 2 , Na 2 Mo0 4 

b) Mg 3 (As0 4 ) 2 , Li 2 F, Na 2 Mo0 4 

c) Mg 3 (As0 4 ) 2 , LiF, Na 2 Mo0 4 

d) Mg 2 (As0 4 ) 3 , LiF, NaMo0 4 

e) MgAs0 4 , LiF, NaMo0 4 

22 (PUC-RJ) As fórmulas dos hidretos de alguns ametais e 
semimetais estão apresentadas a seguir: AÍH 3/ SiH 4 , PH 3 , 
GaH 3 , AsH 3 , lnH 3 , SnH 4 , SbH 3 . Com base nesses dados e 
com o auxílio da Tabela Periódica, pode-se dizer que a 
fórmula correta para o hidreto de germânio será: 

a) GeH c) GeH 3 e) GeH 5 

b) GeH 2 d) CeH 4 

Exercício resolvido 

23 (Vunesp) Com base na distribuição eletrônica o ele- 
mento de número atômico 19 combina-se mais fa- 
cilmente, formando um composto iônico, com o ele- 
mento de número atômico: 

a) 11 c) 18 e) 27 

b) 1 7 d) 20 


a) iônica, sólido. d) covalente, líquido. 

b) metálica, sólido. e) covalente, gasoso. 

c) covalente, sólido. 

25 (Ulbra-RS) É possível prever teoricamente a existência de 
diferentes substâncias pela posição dos elementos que as 
formam na Tabela Periódica. Assim é provável que não 
ocorra: 

a) Mg 2 P 3 c) SrO e) K 2 S 

b) SiCl 4 d) LiF 

26 (Cesgranrio-R|) Dois elementos, X e T, apresentam so- 
mente covalências simples nos compostos oxigenados de 
fórmulas X 2 0 e 70 2 . A opção correta é: 

a) X pode formar hidróxidos de fórmulas XOH e X(OH) 2 . 

b) T pode formar ácidos de fórmulas HTe H 2 T. 

c) X pode formar oxiácidos de fórmulas HXO e HX0 4 . 

d) T pode formar hidróxidos de fórmulas TOH e T(OH) 3 . 

e) X e T podem ser calcogênios. 

27 (Cesgranrio-RJ) A opção que apresenta os óxidos em or- 
dem crescente de caráter ácido é: 

a) MgO; P 4 O 10 ; Aí 2 0 3 ; Cl 2 0 7 

b) MgO; Cl 2 0 7 ; P 4 O 10 ; Na 2 0 

c) Na 2 0; Aí 2 0 3 ; S0 3 ; Si0 2 

d) Na 2 0; Aí 2 0 3 ; Si0 2 ; S0 3 

e) Na 2 0; Ct 2 0 7 ; MgO; P 4 O 10 


Resolução 

Nesta questão, os elementos químicos são mencio- 
nados por seus números atômicos. 

Podemos, então, identificá-los facilmente olhando 
para a Tabela Periódica. Temos assim: 

(dado) 19 — potássio (K) : alcalino (positivo) 


a) 

11 — 

sódio 

(Na) 1 ► 

KCl 

b) 

17 — 

cloro 

/» 

(Cl) : halogênio (negativo) 

c) 

18 — 

argônio 

(Ar) 


d) 

20 — 

cálcio 

(Ca) 


e) 

27 — 

cobalto 

(Co) 



24 (Ceeteps-SP) À temperatura ambiente, a ligação química 
e o estado físico de um composto binário constituído por 
elementos pertencentes a famílias extremas (por exem- 
plo, 2A e 6A) da tabela periódica são, respectivamente: 


28 (FMU-SP) Nos garimpos, utiliza-se mercúrio para separar 
o ouro das impurezas. Quando o mercúrio entra em con- 
tato com a água dos rios, causa uma séria contaminação: 
é absorvido por microrganismos, que são ingeridos pe- 
los peixes pequenos, os quais são devorados pelos peixes 
grandes, que são usados na alimentação humana. Pode- 
mos prever, com o auxílio da Tabela, que um elemento 
com comportamento semelhante ao do mercúrio é: 

a) Na c) Cd e) Fe 

b) C d) Ca 

29 (Vest-Rio) Um médico atendeu um paciente com dores 
abdominais, originadas de uma patologia denominada 
"úlcera péptica duodenal". Para tratamento desse pacien- 
te, o médico prescreveu um medicamento que contém 
um hidróxido metálico, classificado como "uma base fra- 
ca". Esse metal pertence, de acordo com a Tabela Perió- 
dica, ao seguinte grupo: 

a) IA c) 6A e) Zero 

b) 3A d) 7 A 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



30 Escreva as fórmulas dos óxidos máximos (óxido máximo 
é o que contém o elemento em seu N ox máximo) de: 

a) vanádio (V); d) zircônio (Zr); 

b) germânio (Ce); e) cromo (Cr). 

c) manganês (Mn); 

31 (UFMC) Considere os seguintes elementos hipotéticos, cujos 
números atômicos estão dados nos índices inferiores: 

114 C, 115 j, 1 1 6^-/ 117^ e 118^ 

Entre seus compostos abaixo, qual é o mais provável de 
um dia ser sintetizado? 

a) C0 2 c) FeL 2 e) Z 2 

b) yci 4 d) CaX 

32 (UFMC) Considere os seguintes elementos e os seus res- 
pectivos números atômicos: alumínio (13), silício (14), 
enxofre (1 6) e bário (56). 


A alternativa que indica o hidreto menos provável de ser 
formado é: 

a) AÍH 2 c) H 2 S 

b) BaH 2 d) SiH 4 

33 (PUC-Campinas-SP) Considere os seguintes elementos 
químicos e suas localizações na Tabela Periódica. 


A: 

família 

IA 

B: 

família 

5A 

C: 

família 

6A 

D: 

família 

7A 


Qual é a fórmula representativa de uma possível substân- 
cia formada por dois dos elementos citados e cuja molé- 
cula apresenta três ligações covalentes? 

a) AB i c) fi 3 C e) BD 3 

b) A 2 B d) AD 


232 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


232 


30/5/05, 9:50 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



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34 (Mackenzie-SP) Se átomos do elemento genérico W que 
formam íons bivalentes negativos ligam-se a átomos de 
outro elemento 3 )f, a fórmula do composto formado e a 
função inorgânica a que pertence são, respectivamente: 

a) YW 2 ; óxido d) W 3 Y 2 ) óxido 

b) y 2 W; sal e) V^VV; ácido 

c) W 2 y 3 ; sal 

35 (Vunesp) Os elementos químicos C, Si, Ge, Sn e Pb per- 
tencem ao grupo IVA (ou 1 4) da Tabela Periódica. Sobre 
esses elementos, são feitas as cinco afirmações seguintes. 

I. C, Si e Ge são semimetais. 

II. Sn e Pb são os únicos metais do grupo. 

III. C existe em várias formas alotrópicas, como o grafite, 
o diamante e os fulerenos. 

IV. Esses elementos formam, com cloro e hidrogênio, so- 
mente compostos de fórmulas ECl 3 e E H 3 , onde E é 
um desses elementos. 

V. Si é o elemento mais abundante da crosta terrestre e é 
encontrado em muitos minerais na forma de Si0 2 . 

Dessas afirmações, estão corretas: 


a) I, II e V, somente. d) II e IV, somente. 

b) I, III e IV, somente. e) I, II, III, IV e V. 

c) II, III e V, somente. 

36 (Fatec-SP) O cloreto de potássio (KCl) é um sal bastante 
solúvel em água. Essa solução foi submetida a alguns tes- 
tes, cujos resultados estão representados abaixo: 


Teste 

Resultado 

PH 

Neutro 

Interação com solução 
de AgN0 3 

Formação de precipitado 

Interação com solução 
de H 2 S0 4 

Não há formação de precipi- 
tado; não há liberação de gás. 


A alternativa em que se encontra um outro sal cuja solu- 
ção aquosa, submetida aos mesmos testes, daria resulta- 
dos análogos aos observados para a solução de KCl é: 

a) CaS c) Bal e) HF 

b) MgO d) NaBr 


— 

LEITURA 




A CHUVA ÁCIDA 


O conceito de pH, dado na página 203, diz que a água pura tem pH = 7. Valores de pH acima de 7 
indicam soluções básicas, e abaixo de 7, soluções ácidas. 

Não existe chuva totalmente pura, pois ela sempre arrasta consigo componentes da atmosfera. O 
próprio C0 2 , que existe normalmente na atmosfera (como resultado da respiração dos seres vivos e da 
queima de materiais orgânicos), ao se dissolver na água da chuva, já a torna ácida, devido à reação 
co 2 + H 2 0 H 2 C0 3 . O acido carbonico formado e, porem, muito fraco, e a chuva assim conta- 

minada" tem pH por volta de 5,6. 

A situação, contudo, se complica em função dos óxidos de enxofre (S0 2 e S0 3 ) e dos óxidos de 
nitrogênio (NO e N0 2 ) existentes na atmosfera. 

O S0 2 , existente na atmosfera, pode ser de origem natural ou artificial. O S0 2 natural é proveniente 
das erupções vulcânicas e da decomposição de vegetais e animais no solo, nos pântanos e nos oceanos. O 
S0 2 artificial é proveniente principalmente da queima de carvão mineral (em caldeiras industriais, em 
usinas termoelétricas etc.) e da queima dos derivados do petróleo (em motores de veículos, de avião etc.). 
Na atmosfera ocorrem, por exemplo, as reações: 

2 S0 2 + 0 2 2 S0 3 

so 3 + h 2 o ► h 2 so 4 

Assim, forma-se o H 2 S0 4 , que é um ácido forte e constitui o maior "vilão" da chuva ácida. 

Fatos semelhantes ocorrem, na atmosfera, com os óxidos do nitrogênio — especialmente NO e N0 2 . 
O ar é formado principalmente por N 2 e 0 2 ; durante as tempestades, os raios provocam a reação 
N 2 + 0 2 ► 2 NO. Além disso, a decomposição de vegetais e animais, por bactérias do solo, tam- 

bém produz óxidos de nitrogênio. Além desses fenômenos naturais, as combustões nos motores de veícu- 
los, de avião etc. constituem fontes artificiais de grandes quantidades de óxidos de nitrogênio. Na atmos- 
fera podem então ocorrer reações como: 

2 NO + 0 2 2 N0 2 

2 no 2 + h 2 o - hno 2 + hno 3 

2 HN0 2 + 0 2 ► 2 HNO, 

Desse modo, forma-se o HN0 3 , que é o segundo "vilão" da chuva ácida. 

Pois bem, em grandes cidades (devido às indústrias e ao grande número de veículos) e em regiões 
muito industrializadas (com refinarias de petróleo, indústrias metalúrgicas etc.), o ar vai acumulando gran- 
des quantidades de H 2 S0 4 e HN0 3 . A chuva traz esses ácidos para o solo, dando origem ao fenômeno 
chamado de chuva ácida. Tecnicamente, chama-se de chuva ácida a qualquer chuva com pH < 5,6; em 
regiões populosas e industriais são comuns chuvas com pH = 4,5 (já foram registradas chuvas com pH = 2, 
o que corresponde à acidez de um suco de limão ou do vinagre concentrado. 


Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 


233 



Capitulo 09-QF1-PNLEM 


233 


30/5/05, 9:50 


Os efeitos da chuva ácida são múltiplos e sempre bastante nocivos. 


Reações químicas na atmosfera 


Óxidos de enxofre e nitrogênio, 
provenientes de fábricas e 
escapamentos de veículos, 
"entram" na atmosfera. 


H 2 S0 4 e HNOj 
"caem" como 
chuva ácida. 


/. í lUhliUUi 
' i‘il %'ií 

//////// /p 


Gases e ácidos 
deterioram edifícios. 


Gases ácidos 
danificam 
as árvores. 



O solo se 
torna ácido. 


Plantas absorvem 
substâncias venenosas. 


Nos lagos, a chuva ácida provoca a morte dos peixes; nas florestas, a 
destruição das árvores. O próprio solo se altera quimicamente, envene- 
nando as plantações e reduzindo as colheitas. As águas subterrâneas são 
contaminadas. Há corrosão e desgaste dos prédios e dos monumentos. 
Por fim, a própria saúde do homem e dos animais é prejudicada, com o 
aparecimento de várias enfermidades do sistema respiratório, como tosse, 
bronquite e enfisema pulmonar. Um incidente triste ocorreu em Londres, 
em dezembro de 1952, quando a cidade ficou coberta, durante vários 
dias, por uma nuvem de fumaça ( smoke ) e neblina ( [fog ), conhecida pela 
abreviação smog ; aproximadamente 4.000 pessoas, principalmente crian- 
ças e idosos, acabaram morrendo por causa dessa forte poluição. 

As soluções para a chuva ácida são caras e de aplicação complicada, 
pois envolvem aspectos técnicos, econômicos, políticos, sociais etc. Do ponto 
de vista técnico, recomendam-se, como medidas principais: 

• a purificação do carvão mineral, antes de seu uso; 

• o emprego de caldeiras com sistemas de absorção de S0 2 ; 

• o uso de petróleo de melhor qualidade e a purificação de seus deri- 
vados, visando à eliminação de compostos de enxofre; 

• nas cidades, o maior uso de transporte coletivo (metrôs, trens suburba- 
nos, ônibus etc.) e o desestimulo ao uso de carros particulares; 

• a construção de carros menores, com motores mais eficientes e com 
escapamentos providos de catalisadores que decomponham os ga- 
ses tóxicos e nocivos. 

• e muitas outras medidas, aplicáveis às indústrias, às residências, aos 
transportes e ao nosso dia-a-dia. 



Efeitos da chuva ácida numa 
estátua em antigo edifício 
na Europa. 


HAGAR 


Dik Browne 



VAMOS 
CORRER O 
RISCOI 


ELES ESTÃO 
SEMPRE 
ERRADOS..^ 


VOCE PRECISA 
CONSERTAR O 
TETO AMANHÃ! 


A METEOROLO 
SIA PREVIU 
^ CHUVAS! ^ 


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Capitulo 09-QF1-PNLEM 


234 


30/5/05, 9:51 


KING FEATURES / INTERCONTINENTAL PRESS 



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Questões sobre a leitura 


Responda em 
seu caderno 


37 Por que a chuva normal é ligeiramente ácida? 

38 Qual é a origem do S0 2 existente na atmosfera? E a dos 
óxidos de nitrogênio? 

39 Quais são os principais responsáveis pela chuva ácida? 

40 (Vunesp) Sabe-se que a chuva ácida é formada pela dis- 
solução, na água da chuva, de óxidos ácidos presentes 
na atmosfera. 

Entre os pares de óxidos relacionados, qual é constituído 
apenas por óxidos que provocam a chuva ácida? 

a) Na 2 0 e N0 2 c) C0 2 e S0 3 e) CO e NO 

b) C0 2 e MgO d) CO e N 2 0 

41 (Univali-SC) A chuva ácida é um fenômeno químico re- 
sultante do contato entre o vapor d'água existente no ar, 
o dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio. O enxo- 
fre é liberado, principalmente, por indústrias de veículos 
e usinas termoelétricas movidas a carvão e a óleo; os óxi- 
dos de nitrogênio por automóveis e fertilizantes. 

Ambos reagem com o vapor de água, originando, res- 
pectivamente, os ácidos sulfuroso, sulfídrico e sulfúrico, 
e o ácido nítrico. Esses elementos se precipitam, então, 
na forma de chuva, neve, orvalho ou geada, na chamada 
chuva ácida. 

Dentre os efeitos da chuva ácida estão a corrosão de equi- 
pamentos e a degradação das plantas, solos e lagos. O 
contato com os ácidos é prejudicial, podendo causar, por 
exemplo, doenças respiratórias. 

As fórmulas dos ácidos citados no texto acima, respec- 
tivamente, são. 

a) H 2 S, H 2 S0 4 , H 2 S0 3 , HN0 3 . 

b) H 2 S0 3 , H 2 S0 4í H 2 S, HN0 2 . 

c) HSO„, HS, H 2 S0 4 , HN0 3 . 

d) HN0 3 , H 2 S0 4 , H 2 S, H 2 S0 3 . 

e) H 2 S0 3 , H 2 S, H 2 S0 4 , HN0 3 . 


(Enem-MEC) O enunciado abaixo servirá para as duas 
questões seguintes. 

Um dos problemas ambientais decorrentes da industria- 
lização é a poluição atmosférica. Chaminés altas lançam 
ao ar, entre outros materiais, o dióxido de enxofre (S0 2 ), 
que pode ser transportado por muitos quilômetros em 
poucos dias. Dessa forma, podem ocorrer precipitações 
ácidas em regiões distantes, causando vários danos ao 
meio ambiente (chuva ácida). 

42 Um dos danos ao meio ambiente diz respeito à corrosão 
de certos materiais. Considere as seguintes obras: 

I. monumento Itamarati — Brasília (mármore); 

II. esculturas do Aleijadinho — MC (pedra sabão, con- 
tém carbonato de cálcio); 

III. grades de ferro ou alumínio de edifícios. 

A ação da chuva ácida pode acontecer em: 

a) I, apenas 

b) I e II, apenas 

c) I e III, apenas 

d) II e III, apenas 

e) I, II e III 

43 Com relação aos efeitos sobre o ecossistema, pode-se afir- 
mar que: 

I. as chuvas ácidas poderiam causar a diminuição do pH 
da água de um lago, o que acarretaria a morte de 
algumas espécies, rompendo a cadeia alimentar; 

II. as chuvas ácidas poderiam provocar acidificação do solo, 
o que prejudicaria o crescimento de certos vegetais; 

III. as chuvas ácidas causam danos se apresentam valor 
de pH maior que o da água destilada. 

Dessas afirmativas está(ão) correta(s): 

a) I, apenas d) II e III, apenas 

b) III, apenas e) I e III, apenas 

c) I e II, apenas 


DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




44 (UFjF-MG) O composto Fe 2 0 3 • nH 2 0 é um dos compo- 
nentes da ferrugem, resultante da reação química que 
ocorre em ligas metálicas que contêm ferro, quando ex- 
postas ao ar atmosférico úmido. Na formação da ferru- 
gem, pode-se afirmar que: 

a) ocorre a oxidação do ferro. 

b) no composto Fe 2 0 3 - nH 2 0, o ferro possui número de 
oxidação igual a zero. 

c) ocorre a redução do ferro. 

d) o oxigênio sofre oxidação. 

e) não é necessária a presença de água para que a ferru- 
gem seja formada. 

45 (Unirio-RJ) "Os grãos arrancados das dunas do deserto 
do Saara, no continente africano, sobem para a atmosfe- 
ra e formam um verdadeiro continente flutuante, de 5.000 
quilômetros de extensão. Ao refletir a radiação do Sol de 
volta para o espaço, a areia faz o papel de filtro solar, 
contrabalançando o aquecimento do planeta, chamado 
de efeito estufa." 

Superinteressante, n a 9, setembro 1997, p. 12. 
Considerando que a areia é basicamente formada por 
Si0 2 , qual é a opção que contém o óxido com a mesma 
classificação do Si0 2 ? 

Capítulo 9 • Óxidos inorgânicos 




a) BaO c) Cí 2 0 7 e) U 2 0 

b) CaO d) H 2 0 2 

46 (Fuvest-SP) A criação de camarão em cativeiro exige, en- 
tre outros cuidados, que a água a ser utilizada apresente 
pH próximo de 6. Para tornar a água, com pH igual a 8,0, 
adequada à criação de camarão, um criador poderia: 

a) adicionar água de cal. 

b) adicionar carbonato de sódio sólido. 

c) adicionar solução aquosa de amónia. 

d) borbulhar, por certo tempo, gás carbônico. 

e) borbulhar, por certo tempo, oxigênio. 

47 (Vunesp) Entre os peróxidos, apenas o peróxido de hidro- 
gênio (H 2 0 2 ) é molecular, todos os demais são iônicos. 
Peróxidos metálicos, como, por exemplo, peróxido de 
sódio (Na 2 0 2 ), ao reagirem com água, podem formar 
peróxido de hidrogênio mais o hidróxido metálico corres- 
pondente. No entanto, em meio alcalino, o peróxido de 
hidrogênio sofre decomposição, liberando gás oxigênio 
(0 2 ) e água. Com base nas informações dadas escreva: 

a) a equação química da reação entre peróxido de sódio 
e água; 

b) a equação química de decomposição do peróxido de 
hidrogênio em meio alcalino. 

235 


30/5/05, 9:51 


Capitulo 09-QF1-PNLEM 


235 


48 (UFMG) A água oxigenada pode ser usada para a desin- 
fecção de ferimentos, promovida pelo oxigênio liberado 
na reação: 

H 2 0 2 (aq) ► H 2 0 (í) + ± 0 2 (g) 

Essa reação ocorre lentamente, em condições normais 
de armazenagem. Quando, porém, a água oxigenada 
entra em contato com um ferimento, observa-se um 
borbulhamento intenso. 

Com relação a esse fenômeno, é incorreto afirmar que: 

a) a decomposição da água oxigenada é acelerada quan- 
do em contato com um ferimento. 

b) o borbulhamento da água oxigenada, em contato 
com um ferimento, evidencia a vaporização dessa 
substância. 

c) o hidrogênio presente em H 2 0 2 mantém seu número 
de oxidação ao final da reação de decomposição. 

d) o oxigênio presente em H 2 0 2 é oxidado e reduzido na 
reação de decomposição. 

49 (PUC-SP) Considere 4 elementos químicos representados 
por: X, A, B e C. Sabe-se que: 

• os elementos A e X pertencem ao mesmo grupo da 
Tabela Periódica; 

• A, B e C apresentam números atômicos consecutivos, 
sendo o elemento 8 um gás nobre. 

É correto afirmar que: 

a) o composto formado por A e C é molecular e sua fór- 
mula é AC. 

b) o composto formado por A e Cé iônico e sua fórmula 
é CA. 

c) o composto AX apresenta ligação coordenada, sendo 
sólido a 20 °C e 1 atm. 

d) os elementos A e X apresentam eletronegatividades 
idênticas por possuírem o mesmo número de elétrons 
na última camada. 

e) C é um metal alcalino-terroso e forma um composto 
molecular de fórmula CX 2 . 

50 (Unicamp-SP) Freqüentemente tem-se recorrido à 
exumação de ossadas para investigação policial e arqueo- 
lógica. Os ossos que restaram após um longo período de 
sepultamento resistiram à ação do tempo por serem cons- 
tituídos, principalmente, por um tipo de fosfato de cálcio, 
muito estável, de fórmula genérica Ca 10 (PO 4 ) 6 (OH) x . 

a) Qual o nome do elemento químico que, no compos- 
to acima citado, aparece na forma de cátion? 

b) Consulte a Tabela Periódica e indique outro elemento 
que poderia substituir o cátion do referido composto. 

c) Determine o valor de x indicado na fórmula acima. 
Lembre-se de que a fórmula do ácido fosfórico é H 3 P0 4 . 

51 (Fatec-SP) A figura a seguir mostra um fragmento da Ta- 
bela Periódica, no qual estão indicados alguns elemen- 
tos, suas respectivas massas atômicas e a fórmula do óxi- 
do comumente formado pelo elemento: 


Na 

Mg 

Aí 

23,0 

24,3 

27,0 

Na 2 0 

MgO 

aí 2 o 3 

K 

X 

Ga 

39,1 

? 

69,7 

k 2 o 

? 

Ga 2 0 3 

Rb 

Sr 

In 

85,5 

87,6 

114,8 

Rb 2 Q 

SrO 

ln 2 Q 3 


Com base nesses dados, qual é a alternativa que contém, 
respectivamente, um valor plausível para a massa atômi- 
ca e a provável fórmula do óxido do elemento identifica- 
do como X: 

a) 37,9; XO 

b) 41,0; XO 

c) 54,4; X 2 0 

d) 55,9; X 2 0 

e) 72,6; X 2 0 3 

52 (UFMG) O monitoramento dos compostos nitrogenados 
presentes em águas poluídas é usado para avaliar o grau 
de decomposição da matéria orgânica presente nessas 
águas. Quanto maior o grau de decomposição da maté- 
ria orgânica, mais oxidado está o nitrogênio. 

Os resultados da análise de quatro amostras de água con- 
taminada indicaram a predominância das seguintes es- 
pécies nitrogenadas: 


Amostra de água 

Espécie nitrogenada 
predominante 

1 

n 2 

II 

NHL 

III 

NO) 

IV 

NOL 


Com base nesses resultados, é correto afirmar que a 
amostra em que a matéria orgânica se encontra em está- 
gio mais avançado de decomposição é a: 

a) III 

b) IV 

c) II 

d) I 


53 (UFPel-RS) Um dos nutrientes essenciais para as plantas é 
o nitrogênio que, apesar de abundante na atmosfera, não 
pode ser incorporado diretamente do ar. Por isso, usa- 
mos artifícios para aumentar a assimilação desse elemen- 
to, como a adubação nitrogenada e a fixação simbiótica, 
com o uso de bactérias do gênero Rhisobium. 

No processo de incorporação ao solo, o nitrogênio passa 
por diversas transformações até chegar à forma reduzida 
(amoniacal), que é absorvida pelas plantas, formando o 
chamado "ciclo do nitrogênio". 


Ciclo do nitrogênio 

Aerobiose 

no; 


no; 


Nitrificaçao 


(Forma reduzida) 
NHL 



sVf '' 0 ' 0 


Podemos afirmar, sobre as seguintes estruturas, forma- 
das pelo nitrogênio: N 2 ; N0 2 ; N0 3 e NHL, que: 

I. o N 2 é uma substância simples. 

II. no íon NO; o nitrogênio possui N ox igual a +1 . 

III. o nome do óxido representado por N 2 0 é óxido nítrico. 

IV. o composto formado pela interação dos íons NO; e 
NHL é o nitrato de amónio. 

Estão corretas as afirmativas: 

a) I e IV 

b) I, II e III 

c) III e IV 

d) II e IV 

e) I, III e IV 


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Capitulo 09-QF1-PNLEM 


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ITTT 



LI 



Tópicos do capítulo 


1 Introdução 

2 Balanceamento das equações 
químicas 


Classificações das reações 
químicas 


4 Quando ocorre uma reação 
química? 


AS REAÇÕES QUÍMICAS 





5 Resumo das principais reações 
envolvendo as funções 
inorgânicas 

Leitura: 0 vidro e o cimento 



Partida do ônibus espacial Endeavour. 








Apresentação do capítulo 


Nos capítulos iniciais deste livro , falamos em matéria e em suas transformações. Vimos 
que as transformações ou reações químicas produzem novos materiais e, muitas vezes, 
produzem também energia, que é usada para movimentar máquinas e veículos. Em seguida, 
por meio da teoria atômica, explicamos a estrutura dos átomos e suas ligações, para formar 
as substâncias da natureza. Mostramos também como os elementos químicos são agrupados 
na Tabela Periódica e como as substâncias inorgânicas são reunidas em funções. 

Vivemos em um mundo rodeado de reações químicas. Na cozinha, o preparo dos alimentos 
envolve reações químicas muito complexas. 0 próprio ato de comer dá início a uma série 
de reações químicas que ocorrem em nosso organismo e que sustentam a vida. Na partida, 
o ônibus espacial queima hidrogênio e gera nuvens de vapor d'água. 

Nos capítulos anteriores, já mencionamos várias reações químicas envolvendo ácidos, 
bases, sais e óxidos. Agora vamos ampliar o estudo das reações. Mostraremos como se pode 
prever e agrupar as reações químicas mais comuns. 


Capitulo 10A-QF1-PNLEM 237 ^ 29/5/05,20:16 




A 



INTRODUÇÃO 


No capítulo 3, vimos que a reação química é um fenômeno em que os átomos permanecem 
praticamente intactos. Na reação química, as moléculas (ou aglomerados iônicos) iniciais são "desmon- 
tadas" e seus átomos são reaproveitados para "montar" as moléculas (ou aglomerados iônicos) finais. 
Veja uma representação esquemática (cores-fantasia) em que as moléculas foram bastante ampliadas: 




2 moléculas de 
hidrogênio (H,) 

V 


'V' 


1 molécula de 
oxigênio (0 2 ) 

J 


São os reagentes que vão “desaparecer” 
durante a reação. (Aqui há um total de 
6 átomos.) 



2 moléculas de água (H,0) 






J 


São os produtos que “aparecem” após a 
reação. (Aqui reencontramos os mesmos 
6 átomos reagrupados de forma diferente.) 


Podemos representar essa reação de maneira simplificada, escrevendo: 

2 H 2 + 0 2 > 2 H 2 0 

A essa representação damos o nome de equação química. 


Equação química é a representação simbólica e abreviada de uma reação química (ou 
fenômeno químico). 


Os músicos comunicam-se, por escrito, utilizando a notação musical; os matemáticos têm seus 
símbolos próprios; no trânsito, existem sinais a que os motoristas devem obedecer etc. Enfim, cada 
"tribo" se comunica a sua maneira. 


0 0 

Proibido ultrapassar Proibido mudar de 

faixa de trânsito 



Passagem de pedestres Área escolar 



Observe-se a direita Proibido trânsito 

de pedestres 




Alguns sinais de trânsito e seus significados. 


As equações químicas representam a escrita usada pelos químicos. É uma linguagem universal, isto 
é, não muda de uma língua para outra ou de um país para outro. Isso simplifica bastante a maneira de 
expressar um fenômeno ou reação química. 

Nas equações químicas, temos: 

2 H 2 + 0 2 * 2 H 2 0 

Reagentes Produtos 

(I 2 membro) (2 2 membro) 


• fórmulas (H 2 , 0 2 , H 2 0), que indicam quais são as substâncias participantes da reação química. 
No primeiro membro, aparecem os reagentes, isto é, as substâncias que entram em reação; no 
segundo membro, aparecem os produtos, isto é, as substâncias que são formadas pela reação. 


238 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


238 


6/7/05, 14:46 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



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• coeficientes estequiométricos ou simplesmente coeficientes (2, 1, 2), que indicam a propor- 
ção de moléculas que participam da reação (não é costume escrever o coeficiente 1, que fica, 
então, subentendido); o objetivo dos coeficientes é igualar o número total de átomos de cada 
elemento no primeiro e no segundo membros da equação. 

As fórmulas dão um sentido qualitativo, enquanto os coeficientes dão um sentido quantitativo 

às equações químicas. 




Nas equações químicas, o sinal A sobre a flecha indica aquecimento; o sinal / indica um gás que é liberta- 
do; o sinal * indica um sólido que se precipita. E ainda: (s) indica uma substância no estado sólido; (í), 
líquido; (g), gasoso; e (aq), aquoso, indica que a substância está dissolvida na água. 


1 . 1 . Equações iônicas 

Quando uma reação envolve substâncias iônicas ou ionizadas, podemos escrever apenas os íons 
que nos interessam na explicação do fenômeno químico. Por exemplo: 

H + OH ► H 2 0 ação iônica 

Essa equação indica que um ácido forte (possuidor de H + ) reagiu com uma base forte (possuidora 
de OH ), formando água. 


Equação iônica é a equação química em que aparecem íons, além de átomos e moléculas. 


Seja a seguinte equação, escrita na forma comum: 


Zn + 

CuS0 4 — 

— ZnS0 4 

+ Cu 

Metal 

Sal 

Sal 

Metal 


(iônico) 

(iônico) 

Ela pode, também, ser escrita: 

Zn + Cu 2+ + SOf — 

— > Zn 2+ + SOf + 


Cancelando o SO 2 , que não reagiu (pois não se alterou), temos: 

Zn + Cu 2 ^ *• Zn 2 + Cu Equação iônica 




< 

C£ 

CO 


Em @ temos uma placa de 
zinco sendo mergulhada numa 
solução de sulfato de cobre. Em 
(b) pode-se observar depósitos 
de cobre ao redor da placa de 
zinco. Durante a reação 
química, o zinco da placa passa 
para a solução na forma de íons 
Zn 2+ e uma parte dos íons cobre 
Cu 2+ da solução passa para a 
placa na forma de cobre 
metálico (Cu). 


Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


239 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


239 


29/5/05, 20:17 




2 


BALANCEAMENTO DAS EQUAÇÕES QUÍMICAS 


É importante ressaltar que uma equação química só está correta quando representa um fenômeno 
químico que realmente ocorre, por meio de fórmulas corretas (aspecto qualitativo) e coeficientes 
corretos (aspecto quantitativo). 

Lembrando que numa reação química os átomos permanecem praticamente "intactos", podemos 
enunciar o seguinte critério geral: 

Acertar os coeficientes ou balancear uma equação química é igualar o número total 
de átomos de cada elemento, no I 2 e no 2 - membros da equação. 


Existem vários métodos de balanceamento de uma equação química, porém o mais simples é o 
chamado método por tentativas, que segue as regras abaixo. 

Regras práticas 

Regra (a) — raciocinar com o elemento (ou radical) que aparece apenas uma vez no 1 e e 
no 2 2 membros da equação. 

Regra (b) — preferir o elemento (ou radical) que possua índices maiores. 

Regra (c) — escolhido o elemento (ou radical), transpor seus índices de um membro para 
outro, usando-os como coeficientes. 

Regra (d) — prosseguir com os outros elementos (ou radicais), usando o mesmo racio- 
cínio, até o final do balanceamento. 


I a exemplo — Balancear a equação: 

Aí + 0 2 *■ Aí 2 0 3 


Regra (a) — indiferente para Aí ou O. 
Regra (b) — preferimos o O, que possui 
Regra (c) — Aí + 


índices maiores (2 e 3). 


3 O, 


2 Aí 2 0 
_t 


3 


Regra (d) — agora só falta acertar o Aí: 

4 Aí + 3 0 2 > 2 Aí 2 0 3 

í 2-2 = 4 Í } 

Conclusão — 4 Aí + 3 0 2 * 2 AÍ 2 O s 


OBSERVAÇÃO 


No balanceamento, estamos mais interessados na proporção entre os coeficientes do que nos coeficien- 
tes em si. Por isso, podemos multiplicar ou dividir todos os coeficientes por um mesmo número. 


A equação 

4 Aí 

+ 

3 0 2 

— 2 Aí 2 0 

equivale a 

8 Aí 

+ 

6 0 2 

— 4 Aí 2 0; 

ou a 

2 Aí 

+ 

3 o 2 
2 2 

— ► aí 2 o 3 


Entretanto, é sempre preferível a primeira representação, em que os coeficientes são números inteiros e 
os menores possíveis. 


240 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 20:17 


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2 a exemplo — Balancear a equação: 

CaO + P 2 0 5 * Ca 3 (P0 4 ) 2 

Regra (a) — devemos raciocinar com o Ca ou o P, porque o O já aparece duas vezes no I 2 membro 
(no CaO e no P 2 O s ). 

Regra (b) — preferimos o Ca, que possui índices maiores (1 e 3). 

Regra (c) — 3 Ca 3 O + P 2 O s ► 1 Ca 3 (P0 4 ) 2 

j I i 

Regra (d) — por fim, acertamos o P: 

3 CaO + 1 P 2 O s ► 1 Ca^O,), 

í 12 = 2 f t 

Conclusão — 3 CaO + P 2 O s *- Ca 3 (P0 4 ) 2 

Observe que, na equação final, o oxigênio ficou automaticamente acertado com 3 + 5 = 4- 2 = 8 
átomos, antes e depois da reação. Observe também que, embora na equação final não seja necessário 
escrever o coeficiente 1, é prudente conservá-lo até o final, para lembrar que ele já foi acertado. 

3 a exemplo — Balancear a equação: 

AÍ(OH) 3 + h 2 so 4 AÍ 2 (S0 4 ) 3 + h 2 o 

Regra (a) — devemos raciocinar com o Aí, o S ou com o radical S0 4 (e não com o H e o O, que 
aparecem várias vezes). 

Regra (b) — preferimos o S0 4 “, que apresenta índices maiores (1 e 3). 

Regra (c) — Al(OH) 3 + 3 H 2 (S0 4 ) , ► 1 Al 2 (S0 4 ) 3 + H 2 0 

í ' f I 

Regra (d) — prosseguimos com o Aí: 

2 AÍ(OH) 3 + 3 H 2 S0 4 ► 1 AÍ 2 (S0 4 ) 3 + H 2 0 

t 12 = 2 I t 

Finalmente, o coeficiente da água pode ser acertado pela contagem dos H ou dos O: 

2 AÍ(OH) 3 + 3 H 2 S0 4 > AÍ 2 (S0 4 ) 3 + 6 H 2 0 


HnVjrKfSV Responda em 
seu caderno 



a) O que é equaçao química? 

b) O que é equação iônica? 

c) O que e balancear uma equaçao qui- ]£( ig'j 

mica? \ * \. 1 


EXERCÍCIOS 




7 “ — : 

Registre as respostas 
e m seu caderno 


1 (Mackenzie-SP) Aquecido a 800 °C, o carbonato de cál- 
cio decompõe-se em óxido de cálcio (cal virgem) e gás 
carbônico. A equação corretamente balanceada, que 
corresponde ao fenômeno descrito, é: 

(Dado: Ca — metal alcalino-terroso.) 

a) CaC0 3 *- 3 CaO + C0 2 

b) CaC 2 ► Ca0 2 + CO 

c) CaC0 3 ► CaO + C0 2 

d) CaC0 3 ► CaO + 0 2 

e) CaC0 3 >- Ca + C + 0 3 

2 (Mackenzie-SP) A água oxigenada, usada para limpar 
ferimentos, é uma solução aquosa de peróxido de hidro- 


gênio que, na presença de luz, decompõe-se em água e 
gás oxigênio. A alternativa que possui essa reação corre- 
tamente equacionada e balanceada é: 

Luz 


H 2 0 2 (aq) 


h 2 (g) 

+ 

0 2 (g) 

H 2 0 2 (aq) 

Luz 

H 2 0 (líq) 


0 2 (g) 



H 2 0 2 (aq) 

Luz 

2 H 2 0 (líq) 


0 2 (g) 



2 H 2 0 2 (aq) 

Luz 

2 H 2 0 (líq) 


0 2 (g) 



2 H 2 0 2 (aq) 

Luz 

2 H 2 0 (líq) 

+ 

H 2 (g) 


Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


241 


Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


A 


29/5/05, 20:17 


(PUC-RJ) O óxido de alumínio (Aí 2 0 3 ) é utilizado como 
antiácido. A reação que ocorre no estômago é: 

x Aí 2 0 3 + y HCl »■ z AÍCÍ 3 + w H 2 0 

Os coeficientes x, y, z e w são, respectivamente: 

a) 1, 2, 3, 6 c) 2, 3, 1, 6 e) 4, 2, 1, 6 

b) 1 , 6, 2, 3 d) 2, 4, 4, 3 


4 (UFMG) A equaçao 
Ca(OH) 2 


2 T i ijru 3 - Ca 3 (P0 4 ) 2 

não está balanceada. Balanceando-a com os menores 
números possíveis, a soma dos coeficientes estequio- 
métricos será: 

4 b) 7 c) 1 0 d) 1 1 e) 1 2 


+ 


a) 


(Fatec-SP) Uma característica essencial dos fertilizantes é 
a sua solubilidade em água. Por isso, a indústria de ferti- 
lizantes transforma o fosfato de cálcio, cuja solubilidade 
em água é muito reduzida, num composto muito mais 
solúvel, que é o superfosfato de cálcio. Representa-se esse 
processo pela equação: 

Ca,(P0 4 ) 2 + y H 2 S0 4 ► Ca(H 2 P0 4 ) 2 + 2 CaS0 4 

onde os valores de x, y e z são, respectivamente: 

a) 4, 2 e 2 c) 2, 2 e 2 e) 3, 2 e 2 

b) 3, 6 e 3 d) 5, 2 e 3 

(Unifor-CE) O coeficiente estequiométrico do 0 2 na equa- 
ção 2 Fe + 0 2 *- Fe 2 0 3 é corretamen- 

te indicado pelo número: 
a) 1,0 b) 1,5 c) 3 d) 3,5 e) 5 


7 (Fuvest-SP) A seqüência de reações: 

x KHC0 3 ► M + C0 2 + H 2 0 

C0 2 + Ba(OH) 2 <- N + H 2 0 

ficará correta se x, M e N forem substituídos, respectiva- 
mente, por: 

a) 1, K 2 C0 3 e Ba 2 C0 3 

b) 1, K 2 0 2 e Ba 2 C 

c) 2, K 2 0 e BaHC0 3 

d) 2, K 2 C0 3 e Ba 2 HC0 3 

e) 2, K 2 C0 3 e BaC0 3 

8 (Mackenzie-SP) 


* 'CO 


Supondo que e signifiquem átomos diferen- 
tes, então o esquema acima representará uma reação quí- 
mica balanceada se substituirmos as letras x, y e w, res- 
pectivamente, pelos valores: 

a) 3, 2 e 2 

b) 1, 2 e 3 

c) 1 , 2 e 2 

d) 2, 1 e 3 

e) 3, 1 e 2 


CLASSIFICAÇÕES DAS REAÇÕES QUÍMICAS 


As reações químicas podem ser classificadas segundo vários critérios. Por exemplo: 

• quando uma reação libera calor, nós a chamamos de exotérmica (do grego: exo, "para fora"; 
thermos, calor); é o caso da queima do carvão: 

C + 0 2 ► C0 2 + calor 

• pelo contrário, quando uma reação consome calor para se processar, nós a chamamos de 
endotérmica (do grego: endo, "para dentro"; thermos, calor); é o caso da reação: 

N 2 + 0 2 + calor *• 2 NO 

No momento, a classificação que mais nos interessa é a que agrupa as reações em: 

• reações de síntese ou de adição; 

• reações de análise ou de decomposição; 

• reações de deslocamento ou de substituição ou de simples troca; 

• reações de dupla troca ou de dupla substituição. 


3.1. Reações de síntese ou de adição 


Ocorrem quando duas ou mais substâncias reagem, produzindo uma única substância mais com- 
plexa. Por exemplo: 


C 

S 

CaO 


+ 

o 2 

o 2 

A 

co; 

so; 

“T 


+ 

h 2 o 


Ca(OH) 


A reação de síntese é denominada: 

• síntese total — quando partimos apenas de substâncias simples (I 2 e 2° exemplos anteriores); 

• síntese parcial — quando, entre os reagentes, já houver no mínimo uma substância composta 
(3 e exemplo anterior). 


242 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


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3.2. Reações de análise ou de decomposição 


Ocorrem quando uma substância se divide em duas ou mais substâncias de estruturas mais sim- 
ples. Por exemplo: 


2 HgO — 2 Hg + O,'; 2 KCIO, ► 2 KCÍ + 3 0 2 

^ a 2/ 3 Mn0 2 


Certas reações de análise ou de decomposição recebem nomes especiais, como: 

• pirólise — decomposição pelo calor (na indústria é chamada também de calcinação); 


2 Cu(NO b ) 2 

A 

— - 2 CuO 

+ 4 NO, 

+ o£ 

Sólido azul 

Sólido preto 

Gás vermelho 

Gás incolor 




Em @ temos cristais de nitrato de cobre (Cu(NO a ) 2 ). 

Em (b) os cristais de nitrato de cobre são aquecidos 
(pirólise do nitrato de cobre), formando o óxido cúprico 
(CuO), que é um sólido preto, com desprendimento do 
dióxido de nitrogênio (N0 2 ), gás com coloração 
avermelhada, e oxigênio, que é um gás incolor. 


• fotólise — decomposição pela luz 



Luz 


h 2 o + 



• eletrólise — decomposição pela eletricidade 



Eletrólise 


h 2 


+ 



3.3. Reações de deslocamento ou de substituição ou de simples troca 

Ocorrem quando uma substância simples reage com uma substância composta e "desloca" desta 
última uma nova substância simples: 



Cu + 2 AgN0 3 ► Cu(N0 3 ) 2 + 2 Ag 

9 
CJ 

I 
< 
cc 


Em @ temos uma fita de cobre numa solução 
de nitrato de prata (AgN0 3 ). À medida que a reação 
se processa, a fita vai ficando prateada e a solução 
de nitrato de prata vai ficando azulada (§). Trata-se de 
uma reação de deslocamento (substituição ou simples 
troca). A prata presente na solução vai sendo 
deslocada pelo cobre presente na fita. Os íons cobre 
em solução são responsáveis pelo tom azulado. 

As reações indicadas abaixo também são exemplos de reação de deslocamento ou de substituição 
ou de simples troca. 



Fe + CuS0 4 ► FeSQ 4 + Cu,; Fe + 2 HCÍ ► FeCl 2 + H/ 



Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


243 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


243 


29/5/05, 20:18 






3.4. Reações de dupla troca ou de dupla substituição 


Ocorrem quando dois compostos reagem, permutando entre si dois elementos ou radicais e dan- 
do origem a dois novos compostos: 


NaCÍ + AgN0 3 


FeS + 2 HCÍ 


AgCÍ, + NaN0 3 
FeCÍ 2 + H 2 S' 


A própria reação de salificação (ácido + base) é um exemplo de reação de dupla troca: 


HCÍ + NaOH 


NaCÍ + HOH (ou H 2 0) 


O MAGO DE ID 


Parker e Hart 




Responda em 
seu caderno 


a) Quando uma reação química pode ser classificada como reação de síntese? 

b) Quando uma reação química pode ser classificada como reação de análise? 

c) O que ocorre em uma reação de deslocamento? 

d) O que ocorre em uma reação de dupla troca? 




IC 





EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





9 (Mackenzie-SP) 

I. P 2 O s + 3 H 2 0 ► 2 H 3 P0 4 

II. 2 KCÍOj ► 2 KCÍ + 3 0 2 

III. 3 CuS0 4 + 2 Aí * AÍ 2 (SO„) 3 + 3 Cu 

As equações I, II e III representam, respectivamente, rea- 
ções de: 

a) síntese, análise e simples troca. 

b) análise, síntese e simples troca. 

c) simples troca, análise e análise. 

d) síntese, simples troca e dupla troca. 

e) dupla troca, simples troca e dupla troca. 

10 (UFPA) Dadas as seguintes reações químicas: 

a) NH 3 (g) + HCÍ (g) - NH 4 CÍ(Í) 

b) 2 H 2 0 2 (aq) ► 2 H 2 0 (í) + 0 2 (g) 

c) NaOH (aq) + HCÍ(aq) ► NaCÍ(aq) + H 2 0(í) 

d) Zn (s) + H 2 S0 4 (aq) *• ZnS0 4 (aq) + H 2 (g) 

e) CaO (s) + H 2 0 (í) * Ca(OH) 2 (aq) 

Leia as afirmativas a seguir. 

1 . Reação de simples troca. 

2. Reação de síntese, tendo como produto um sal. 

244 


3. Reação de síntese, tendo como produto uma base. 

4. Reação de análise. 

5. Reação de dupla troca. 

A seqüência que associa corretamente as reações quími- 
cas com as afirmativas é: 

a) dl, a2, e3, b4, c5 

b) ai, e2, b3, d4, c5 

c) dl, a2, e3, c4, b5 

d) cl, b2, e3, a4, d5 

e) dl, e2, a3, c4, b5 

1 1 (UFPA) Observe as reações I e II abaixo: 

I. NH 3 + HCÍ ► NH 4 CÍ 

II. 2 HgO — * 2 Hg + 0 2 

Podemos afirmar que I e II são, respectivamente, rea- 
ções de: 

a) síntese e análise. 

b) simples troca e síntese. 

c) dupla troca e análise. 

d) análise e síntese. 

e) dupla troca e simples troca. 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 20:18 


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12 (Mackenzie-SP) Dadas as equações: 

I. CuCÍ 2 + H 2 S0 4 * CuSO„ + 2 HCl 

II. CuS0 4 + 2 NaOH *- Cu(OH) 2j + Na 2 S0 4 

A 

III. Cu(OH) 2 ► CuO + H 2 0 

A classificação da reação equacionada e o nome do composto assinalado em negrito são: 

a) em I, dupla troca e sulfato de cobre I. d) em III, análise e óxido cuproso. 

b) em III, síntese e óxido cúprico. e) em I, simples troca e sulfato de cobre II. 

c) em II, dupla troca e hidróxido cúprico. 

13 (UCS-RS) A transformação representada pelo esquema abaixo evidencia: 



a) uma mistura homogênea. c) uma reaçao química. e) um processo de síntese. 

b) uma mistura heterogênea. d) um fenômeno físico. 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES R l^ eu as C ademo tas 




14 Considerando as reações químicas abaixo: 

I. CaC0 3 *• CaO + C0 2 

II. AgN0 3 + NaCÍ *• AgCÍ + NaN0 3 

III. 2 KCÍ0 3 ► 2 KCÍ + 3 0 2 

é correto dizer que: 

a) a reação I é de síntese. c) a reação III é de adição. e) a reação III é de decomposição. 

b) a reação II é de deslocamento. d) a reação I é de simples troca. 

15 (Unirio-RJ) 

I. Zn +2 AgNO, ► 2 Ag + Zn(N0 3 ) 2 

II. (NH 4 ) 2 Cr 2 0 7 *■ N 2 + Cr 2 0 3 + 4 H 2 0 

III. 2 Mg + 0 2 ► 2 MgO 

IV. C í 2 + 2 NaBr ► Br 2 + 2 NaCÍ 

V. H 2 S0 4 + Na 2 C0 3 <- Na 2 S0 4 + H 2 0 + C0 2 

Dadas as reações acima, indique a opção que apresenta a ordem correta de suas classificações: 

a) deslocamento; decomposição; síntese; deslocamento; dupla troca 

b) deslocamento; síntese; decomposição; deslocamento; dupla troca 

c) dupla troca; decomposição; síntese; dupla troca; deslocamento 

d) dupla troca; síntese; decomposição; dupla troca; deslocamento 

e) síntese; decomposição; deslocamento; dupla troca; dupla troca 

16 (Mackenzie-SP) A emulsão colocada em películas para fazer filmes fotográficos é preparada adicionando-se uma solução 
de nitrato de prata (AgN0 3 ) a uma mistura que contém gelatina e brometo de potássio (KBr), dissolvidos em água. 
Ocorre, então, uma reação formando-se um sal de prata na forma de cristais amarelos insolúveis em água. 

O tipo de reação que ocorre e a fórmula desses cristais são, respectivamente: 

a) neutralização e AgBr. c) precipitação e KN0 2 . e) dupla troca e AgBr. 

b) simples troca e Ag 2 0. d) oxidação e AgN0 3 . 

17 Quando uma solução de hidróxido de sódio é adicionada a uma solução de sulfato férrico, forma-se um precipitado casta- 
nho de Fe(OH) 3 . A equação que melhor representa esse processo é aquela que só representa os participantes essenciais da 
reação. Trata-se da equação: 

a) j Fe 2 (S0 4 ) 3 + 3 NaOH *- Fe(OH) 3 + J- Na 2 S0 4 

b) Fe 3+ + 3 OH~ ► Fe(OH) 3 

c) 2 Fe 3+ + 3 SÓ, 2- + 6 Na + + 6 OH~ ► Fe(OH) 3 + 3 S0 4 2- + 6 Na + 

d) 2 Fe 3+ + 3 SOr ► Fe 2 (S0 4 ) 3 

e) 3 SOr + 6 Na + * 3 Na 2 S0 4 

Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 245 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


245 


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A 


D QUANDO OCORRE UMA REAÇÃO QUÍMICA? 


Para duas substâncias reagirem quimicamente, é necessário que: 

a) suas moléculas sejam postas em contato do modo mais eficaz possível. É por isso que uma reação no 
estado gasoso é, em geral, mais fácil e rápida que no estado líquido; e neste, em geral, mais fácil e 
rápida que no estado sólido. Entre sólidos a reação é normalmente muito difícil, pois falta "contato" 
entre suas moléculas; daí, o costume de "pulverizar" os reagentes sólidos, ou o que é, em geral, 
melhor: procurar dissolver os sólidos na água ou em outro solvente apropriado; 

b) os reagentes tenham uma certa afinidade química, ou seja, uma certa tendência a reagir. 

Embora seja fácil constatar que existem reagentes mais reativos e outros menos reativos, devemos 
avisar que o estudo da reatividade e da afinidade química é bastante complexo. Entretanto, para as 
reações comuns, podemos indicar certos critérios que permitem prever quais serão os produtos forma- 
dos, a partir de determinados reagentes. E o que vamos explicar a seguir. 

4.1. Reações de oxirredução 

Para que uma reação de oxirredução ocorra, um dos reagentes deve apresentar a tendência de 
ceder elétrons, e o outro, de receber elétrons. Em relação a essas tendências, é fundamental destacar o 
comportamento dos metais e o dos não-metais. 

a) Comportamento dos metais 

Os metais têm sempre tendência para ceder elétrons; conseqüentemente, eles se oxidam e 
agem como redutores. Os químicos, comparando vários metais, conseguiram determinar quais são os 
metais que têm maior tendência e quais os que têm menor tendência para ceder elétrons. Daí surgiu a 
fila da reatividade ou fila de tensões eletrolíticas, que é dada parcialmente a seguir: 


K Ba Ca Na Mg 

Aí Zn Fe H Cu 

Hg Ag 

Au 

Metais alcalinos e alcalino-terrosos 

Metais comuns 

Metais nobres 


Reatividade (eletropositividade) crescente 




Nessa fila, qualquer metal mais reativo irá deslocar o menos reativo. Em outras palavras, qualquer 
metal pode deslocar (ceder elétrons) outro metal situado mais à direita na fila. 


Mg + HgS0 4 


MgS0 4 + Hg t 


Fe + CuCl, 


FeCÍ, + Cu. 


Ag + Al(N0 3 ) 3 


Impossível, pois o Ag está mais à direita que o Aí na fila. 


Um caso particular é o das reações de metais com ácidos (veja a posição do hidrogênio na fila): 


Zn + 2 HCÍ 


Zn Cl, + H,' 


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Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Esse tipo de reação pode ser usado para obter hidrogênio, no laboratório, com a aparelhagem 
representada abaixo: 


Produção de H 2 em laboratório 



Outros exemplos de reações de metais com ácidos são: 


^ 

Fe + H 2 S0 4 

Au + HCÍ 


FeS0 4 + H/ 

Impossível, pois o Au está mais à direita que o H na fila. 


*■ 

O HN0 3 e o FI 2 SO 4 concentrados reagem com os metais nobres, dando reações de oxirredução mais 
complicadas: 


3 Cu 

+ 

8 HNO 3 

— 3 Cu(N0 3 ) 2 

+ 

4 H 2 0 

+ 

2 NO 

Ag 

+ 

2 HN0 3 

— ► AgN0 3 

+ 

h 2 o 

+ 

no' 

Cu 

+ 

2 H 2 S0 4 

— - CuS0 4 

+ 

2 H 2 0 

+ 

so 2 ' 


Nesses casos, além do sal correspondente e da água, o FIN0 3 produzirá NO ou N0 2 , o H 2 S0 4 produzirá 
S0 2 , mas nunca será produzido o H 2 , pois os metais nobres, estando depois do H na fila de reatividade, 
não poderão deslocá-lo de um ácido. 


b) Comportamento dos não-metais 

Os não-metais têm sempre tendência para receber elétrons; conseqüentemente, os não-metais se 
reduzem e agem como oxidantes. Podemos também arrumar os não-metais em uma fila de reatividade. 

F O Cí Br I S 

Reatividade (eletronegatividade) crescente 


Qualquer não-metal desta fila pode deslocar (receber elétrons) de outro não-metal situado mais à 
direita na fila. 


Cí 2 

I2 


+ 

2 NaBr — 

— ► 2 NaF + 

-e 



+ 

Na 2 S — 

— 2 NaCÍ + 

+ 

NaCÍ — 

— * Impossível, 


Br 2 


S 

pois o I está mais à direita que o Cí na fila. 


Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


247 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


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SÉRGIO DOTTA/THE NEXT-CID 


A 


4.2. Reações que não são de oxirredução 

As mais importantes, nesse caso, são as reações de dupla troca. Elas ocorrem nas três situações 
descritas a seguir. 


a) Quando um dos produtos for menos solúvel que os reagentes 

Uma reação de dupla troca pode acontecer desde que tenhamos reagentes solúveis e ao menos 
um produto insolúvel, que irá formar um precipitado. 

(Lembre-se de que a maior parte das reações ocorre em solução aquosa.) 

NaCÍ + AgN0 3 * AgCÍ ( + NaN0 3 

Fe 2 (S0 4 ) 3 + 6 NaOH ► 2 Fe(OH) 3j + 3 Na 2 S0 4 



Ao se adicionar uma 
solução aquosa de 
nitrato de prata 
(AgN0 3 ) a uma solução 
aquosa de cloreto de 
sódio (NaGl), é 
possível observar a 
formação de um 
precipitado branco, 
que é o cloreto de 
prata (AgCl). 



Ao se adicionar uma 
solução aquosa de 
hidróxido de sódio 
(NaOH) a uma solução 
aquosa de sulfato 
férrico (Fe 2 (S0 4 ) 3 ), 
também ocorre 
formação de precipitado, 
que neste caso é o 
hidróxido de ferro III 
(Fe (OH) 3 ), de cor 
castanho-avermelhada. 


No estudo das funções inorgânicas vimos que: 

• os ácidos são, em geral, solúveis em água; 

• as bases (exceto as bases dos metais alcalinos e o NH 4 OH) são pouco solúveis em água; 

• foi dada uma tabela de solubilidade dos sais normais (página 209). 

Com essas informações, você estará apto a prever um grande número de reações de dupla troca 
que ocorrem em soluções aquosas. 


b) Quando um dos produtos for mais volátil que os reagentes 


Uma reação de dupla troca pode acontecer se houver pelo menos um produto volátil. 


FeS 

+ 

2 HCÍ * 

FeCÍ 2 

+ H 2 S 

2 NaCÍ 

+ 

h 2 so 4 — 

Na 2 S0 4 

+ 2 HCí' 

2 NaN0 3 

+ 

h 2 so 4 — 

Na 2 S0 4 

+ 2 HNO' 

As duas últimas equações indicam 

processos de preparação, < 

2 m laboratório, do HCÍ e do HNQ 3 


respectivamente. Para isso utiliza-se a aparelhagem indicada na página anterior, colocando-se NaCÍ (ou 
NaN0 3 ) sólido no balão e gotejando H 2 S0 4 concentrado. 

Os exemplos mais importantes de produtos gasosos que tendem a escapar do sistema em reação 
são os ácidos HF, HCÍ, HBr, Hl, H 2 S e HCN. Pelo contrário, o H 2 S0 4 é muito pouco volátil (ácido fixo), 
servindo, então, para produzir outros ácidos. Três casos importantes de desprendimento gasoso são 
devidos às seguintes decomposições espontâneas: 


h 2 co 3 — 

► h 2 o 

+ 

n 

O 

h 2 so 3 — 

► h 2 o 

+ 

so 2 

nh 4 oh — 

► nh 3 " 

+ 

h 2 o 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




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Por esse motivo, em toda reação de dupla troca, em que deveria haver produção de H 2 C0 3 , H 2 S0 3 
ou de NH 4 OH, teremos, na realidade, água e C0 2 , água e S0 2 ou água e NH 3 , respectivamente: 


Na 2 CQ 3 + H 2 S0 4 Na 2 SQ 4 + H 2 Q + C0 2 







V Qfi 1 9 uri 

► 9 v r~ ú 

+ fesel 

h 2 o 

+ so 2 

1 Z 1 IC-C- 

* Z l\LX 






MU r C _j_ M-iHU 


+ hjÊLfGfl 

nh' 

+ h 2 o 

lNn 4 LX ~r l\iaCJn 

* iNacx 


i 



Efervescência decorrente da mistura de 
uma solução de ácido sulfúrico (H 2 S0 4 ) 
com carbonato de cálcio (CaC0 3 ). As 
bolhas observadas durante a 
efervescência são decorrentes da 
liberação de gás carbônico (C0 2 ) obtido 
como produto da reação entre as 
substâncias iniciais. 


c) Quando um dos produtos for menos ionizado que os reagentes 

Uma reação de dupla troca pode ocorrer se houver entre os produtos um eletrólito mais fraco que 
os reagentes ou um composto molecular. 

Nesse caso, o exemplo mais comum é a reação de salificação, em que forma um sal (composto 
iônico) e a água (composto molecular): 


HCÍ 

+ 

NaOH 

— NaCÍ 

+ 

h 2 o 

lonizável 


Iônico 

Iônico 


Molecular 

h 2 so 4 

+ 

2 KOH 

— k 2 so 4 

+ 

2 H 2 0 

lonizável 


Iônico 

Iônico 


Molecular 


Outro caso que podemos mencionar é o de um ácido (ou base) mais forte deslocando, de um sal, 

+ 2 NaNO, * Na 2 S0 4 + 2 HN0 2 

' v 1 

Ácido fraco 

+ NH 4 CÍ > NaCÍ + NH 4 OH 

Base fraca 

■TCVTrXfTH Responda em 
seu caderno 

a) O que é necessário para que uma reação química possa ocorrer? 

b) Quando um elemento deslocará outro elemento de um composto? 

c) Quando ocorre uma reação de dupla troca? 



o ácido (ou base) mais fraco: 

h 2 so 4 

Ácido forte 

NaOH 

Base forte 


Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


249 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


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EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


18 (UFSM-RS) 

Na Aí Mn Zn Cr Fe Ni Sn Pb H Cu Hg Ag Au 

< 

Aumenta a oxidação 

Analisando a série eletromotriz, que fornece a reatividade dos metais, indique qual é a reação que irá ocorrer espontaneamente: 

a) 2 Aí (s) + 3 Cu 4 S0 4 (aq) ► c) Cu (s) + NaCÍ (aq) »■ e) Pb (s) + ZnS0 4 (aq) ► 

b) 3 Ag (s) + FeCÍ 3 (aq) ► d) Ag (s) + CuS0 4 (aq) ► 

19 (UFSM-RS) 

► 

Zn Fe Ni Cu Ag Pt Au 

< 

Segundo a série de reatividade química, a seta para a direita indica o aumento da facilidade de redução dos íons e a seta para 
a esquerda indica o aumento da facilidade de oxidação dos metais. Assim, ocorre, espontaneamente, somente na reação: 

a) Cu + Fe 2+ » c) Ni + Au + * e) Pt + Cu 2+ » 

b) Fe + Zn 2+ ► d) Ag + Ni 2+ ► 

20 (Mackenzie-SP) Na reação entre zinco e ácido clorídrico, há a formação de um gás altamente inflamável. 

Esse gás é o: 

a) gás oxigênio. b) gás carbônico. c) gás hidrogênio. d) gás cloro. e) monóxido de carbono. 

21 (Mackenzie-SP) A reação de sódio metálico com água produz uma solução fortemente alcalina e gás hidrogênio que se 
desprende. 

A equação que representa essa reação é: 

Dados: Na (Z = 1 1 ); O (Z = 8); H (Z = 1 ). 

a) Na (s) + H 2 0 (í) *■ Na 1+ (aq) + OH 1 " (aq) + 0 2 (g) 

b) 2 Na (s) + H 2 0 (í) ► 2 Na 1+ (aq) + 0 2 (g) + H 2 (g) 

c) 2 Na (s) + H 2 0 (í) 2 Na 1+ (aq) + H 1 " (aq) + 0 2 (g) 

d) 2 Na (s) + 2 H 2 0 (í) *- 2 Na 1+ (aq) + 2 OH 1 " (aq) + H 2 (g) 

e) Na (s) + 2 H 2 0 (í) > Na ,+ (aq) + OH'"(aq) + H 3 0 1+ (aq) 

22 (Ceeteps-SP) As equações seguintes representam transformações químicas de que o ácido sulfúrico é um dos participantes. 

I. Mg (s) + 2 H + (aq) <- Mg 2+ (aq) + H 2 (g) 

II. 2 H + (aq) + C0 3 2 " (aq) H 2 0 (í) + C0 2 (g) 

III. Ca 2+ (aq) + SO 2 " (aq) ► CaS0 4 (s) 

IV. H + (aq) + OH" (aq) ► H 2 0 

Representam, respectivamente, uma oxirredução e uma neutralização as equações: 

a) III e IV b) II e III c) I e II d) I e III e) I e IV 

23 (PUC-MC) Quando se "limpa" o mármore (carbonato de cálcio) com ácido muriático (ácido clorídrico), observa-se uma 
"fervura", que é o desprendimento do gás carbônico, um dos produtos da reação juntamente com água e cloreto de cálcio. 
A equação química que mais bem representa essa reação é: 

a) Ca(OH) 2 + Ca ► Ca(C0 2 ) 2 + HCÍ * CaCl 2 + H 2 0 

b) Ca(OH) 2 + 2 HCÍ C ° 2 ► CaCÍ 2 + H 2 0 

c) CaC0 3 + C0 2 — — — ► CaCÍ 2 + HCÍ 

HCÍ. 

d) Ca(OH) 2 + C0 2 ► CaCÍ 2 + H 2 0 

e) CaC0 3 + 2 HCÍ ► CaCÍ 2 + H 2 0 + CO,'' 

24 (EEM-SP) A acidez elevada do solo dos cerrados prejudica a agricultura; dispondo das seguintes substâncias: CaS0 4 , NH 4 N0 3 
e CaC0 3 , com a finalidade única de corrigir a acidez do solo, qual substância seria a indicada? Por quê? 

25 (Unicamp-SP) Um fermento químico utilizado para fazer bolos é o sal bicarbonato de amónio, também chamado de "car- 
bonato ácido de amónio". Quando aquecido, esse sal se decompõe em dióxido de carbono (gás carbônico), amónia e 
água. Escreva a equação química desse processo e explique como essa reação favorece o crescimento do bolo. 

26 (Fuvest-SP) Para distinguir uma solução aquosa de ácido sulfúrico de outra de ácido clorídrico, basta adicionar a cada uma delas: 

a) um pouco de solução aquosa de hidróxido de sódio, d) uma porção de carbonato de sódio. 

b) um pouco de solução aquosa de nitrato de bário. e) gotas de fenolftaleína. 

c) raspas de magnésio. 

27 (PUC-Campinas-SP) Cátions de metais pesados como Hg 2+ e Pb 2+ são alguns dos agentes da poluição da água de muitos 
rios. Um dos processos de separá-los pode ser pela precipitação como hidróxido (OH ) e cromato (CrO 2 ). As fórmulas 
desses precipitados são: 

a) Hg 2 (OH) 2 e Pb 2 Cr0 4 c) Hg(OH) 3 e Pb 2 (Cr0 4 ) 3 e) Hg(OH) 2 e PbCrO, 

b) Hg 2 OH e PbCrO, d) Hg(OH) 2 e Pb(Cr0 4 ) 2 

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28 (Cesesp-PE) Quais dos pares de íons seguintes formarao 
precipitados quando se misturam suas soluções diluídas? 

1. Na + , SOr 3. K + , Cr 5. Na + , Br 

2. Ag + , Cr 4. Ba 2+ , SO 2 

a) 2 e 4 d) 3 e 4 

b) 1 e 4 e) 2, 4 e 5 

c) 2 e 5 

29 (PUC-Campinas-SP) Para evitar a poluição dos rios por 
cromatos, há indústrias que transformam esses ânions em 
cátions Cr 3+ (reação I). Posteriormente, tratados com cal 


ou hidróxido de sódio (reação II), são separados na for- 
ma do hidróxido insolúvel. 

As representações dessas transformações 

reação I Cr0 4 ~ (aq) *■ Cr 3+ (aq) 

reação II Cr 3+ (aq) *■ Cr(OH) 3 (s) 

indicam tratar-se, respectivamente, de reações de: 

a) oxidação e redução. 

b) redução e solvatação. 

c) precipitação e oxidação. 

d) redução e precipitação. 

e) oxidação e dissociação. 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 





30 (Univali-SC) Em um experimento, coloca-se um prego 
dentro de um béquer contendo ácido clorídrico e verifi- 
ca-se uma efervescência ao redor do prego. 

E correto afirmar que: 

a) a efervescência ocorre devido ao aumento de tempe- 
ratura do ácido, fazendo com que o mesmo entre em 
ebulição. 

b) há desprendimento do gás hidrogênio que se forma 
na reação de ferro com ácido clorídrico. 

c) há eliminação de gás oxigênio. 

d) há desprendimento de gás cloro devido à presença 
do ácido clorídrico. 

e) há desprendimento de gás cloro devido à presença 
de ácido clorídrico. 

31 (UFRR|) Os metais alcalinos são moles e extremamente 
reativos, reagindo explosivamente com a água. Dentre as 
equações, a que representa sua reação com a água é: 


a) 

X(s) 

4- 

h 2 o (l) 

— ► XH (aq) + 

h 2 (g) 

b) 

X(s) 

4- 

h 2 o (l) — 

— ► XOH (aq) 4- 

h 2 o (l) 

c) 

X (s) 

4- 

h 2 o (l) — 

— ► XOH (aq) 


d) 

X (s) 

4- 

h 2 o (l) — 

— *• XOH (aq) 4- 

0 2 (g) 

e) 

X (s) 

4- 

h 2 o (l) — 

— ► XOH (aq) 4- 

h 2 (g) 


32 (Mackenzie-SP) 

Cu(N 0 3 ) 2 + Ag ► (Não ocorre reação.) 

2 AgNO, + Cu ► Cu(N0 3 ) 2 + 2 Ag 

CuS0 4 + Zn *- ZnS0 4 + Cu 

ZnS0 4 -I- Cu ► (Não ocorre reação.) 

Os resultados observados nas experiências acima 
equacionadas nos permitem afirmar que a ordem decres- 
cente de reatividade dos metais envolvidos é: 

a) Zn Cu Ag c) Cu Zn Ag e) Zn Ag Cu 

b) Ag Cu Zn d) Ag Zn Cu 

33 (Uniderp-MS) A reação de um metal com um não-metal 
é classificada como de: 

a) deslocamento. d) oxirredução. 

b) dupla troca. e) substituição. 

c) decomposição. 

34 (Uniderp-MS) A efervescência que se verifica quando se mis- 
turam soluções aquosas de H 2 S0 4 e de Na 2 C0 3 , deve-se à: 

a) liberação de íons H + . 

b) formação de precipitado. 

c) decomposição do ânion S0 4 C 

d) formação de C0 2 . 

e) reação de deslocamento. 

35 (Mackenzie-SP) 

BaCÍ 2 4- Na 2 Cr0 4 A 4- B ^ 

Na equação acima, a fórmula e o nome do precipitado são: 

a) NaCl e cloreto de sódio. 

b) Ba 2 Cr0 4 e dicromato de bário. 

Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


c) BaCr0 4 e cromato de bário. 

d) BaCt 2 e cloreto de bário. 

e) CrCl 3 e cloreto de cromo III. 

36 (Mackenzie-SP) 

C0 2 + Ca 2 (OH) 2 ► CaC0 3 + H 2 0 

CaC0 3 4- H 2 0 + C0 2 ► Ca(HC0 3 ) 2 

No decorrer de uma experiência, realizada em duas eta- 
pas, foram feitas as seguintes observações: 

• borbulhando-se gás carbônico na água de cal (solução 
aquosa de Ca(OH) 2 ), a solução turvou; 

• continuou-se a borbulhar gás carbônico na água de 
cal por mais um certo tempo e notou-se que a solu- 
ção, antes turva, tornou-se límpida e transparente. 

Com base nessas observações e nas equações acima, 
pode-se afirmar que: 

a) formam-se dois precipitados diferentes nas duas etapas. 

b) somente na etapa inicial, há a formação de uma subs- 
tância solúvel em água. 

c) em ambas as etapas formam-se substâncias solúveis 
em água. 

d) na primeira etapa, ocorre a precipitação de carbonato 
de cálcio, enquanto, na segunda etapa, o sal formado 
é solúvel em água. 

e) nas duas etapas, o sal obtido é o mesmo. 

37 (Fuvest-SP) Nitrato de bário pode ser preparado, em meio 
aquoso, através das transformações químicas abaixo: 

Na,CO, HNO, 

BaCl 2 - * BaC0 3 * Ba(N0 3 ) 2 

Etapa 1 Etapa 2 

Nas etapas 1 e 2, ocorrem, respectivamente: 

a) precipitação de carbono de bário e desprendimento 
de dióxido de carbono. 

b) precipitação de carbonato de bário e desprendimen- 
to de hidrogênio. 

c) desprendimento de cloro e desprendimento de dióxido 
de carbono. 

d) desprendimento de dióxido de carbono e precipita- 
ção de nitrato de bário. 

e) desprendimento de cloro e neutralização de carbona- 
to de bário. 

38 (ITA-SP) Quando se deseja detectar a presença de NH 4 
em soluções aquosas, aquece-se uma mistura da solução 
que contém esse íon com uma base forte, NaOH, por 
exemplo; testa-se então o gás produzido com papel indi- 
cador tornassol vermelho umedecido em água. Explique 
por que esse experimento permite detectar a presença 
de íons NH 4 em soluções aquosas. Em sua explicação 
deve(m) constar a(s) equação(ões) química(s) balan- 
ceada^) da(s) reação(ões) envolvida(s). 

251 



Capitulo 10A-QF1-PNLEM 


251 


29/5/05, 20:20 



RESUMO DAS PRINCIPAIS REAÇÕES ENVOLVENDO AS FUNÇÕES 
INORGÂNICAS 


5.1. Reações entre os "opostos" 

É interessante notar que muitas reações químicas envolvem substâncias de características "opos- 
tas" como, por exemplo, as de: 

• caráter oxidante e caráter redutor; 

• caráter ácido e caráter básico. 

Nas reações entre oxidantes e redutores, temos, de um lado e de outro: 


Oxidantes 


Redutores 

• não-metais 

X 

• metais 

• substâncias contendo elementos com N m elevado 


• substâncias contendo elementos com N m baixo 


Exemplos: 




2 Na 

+ Cl 2 * 2 NaCÍ 



Metal 

Não-metal 



(redutor) 

(oxidante) 

2 KMnO, 

+ 

16 HCÍ 

* 2 KCÍ + 2 MnCÍ 2 + 8 H 2 0 + 5 Cl 2 


Mn: N ox elevado (+7) Cl: N ox baixo (-1) 

(oxidante) (redutor) 

Nas reações entre ácidos e bases, temos, de um lado e de outro: 


Ácidos 


Bases 

• os próprios ácidos 


• as próprias bases 

• óxidos ácidos 

X 

• óxidos básicos 

• óxidos anfóteros 


• óxidos anfóteros 

• não-metais 


• metais 


Exemplos: 


H,SO. 


2 NaOH 



Na,SO. 



2 H 2 0 


H,0 



PARKER & HART 


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252 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


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A 


5.2. Outros tipos de reação 

a) Reações com o oxigênio 

O oxigênio é um não-metal bastante reativo que consegue reagir com quase todos os demais elemen- 
tos químicos; a reação é, em geral, denominada queima ou combustão e produz óxidos de vários tipos. 

Nos exemplos a seguir, no lugar do oxigênio podemos considerar o ar, que é uma mistura de 
oxigênio e nitrogênio; como o nitrogênio normalmente não reage, a ação com o ar é bem "mais fraca" 
que a do oxigênio puro. 

A reação com metais produz, em geral, óxidos básicos, mas às vezes pode produzir óxidos 
anfóteros ou peróxidos: 


2 Cu + 

o 2 

— *■ 2 CuO (óxido básico) 

4 Aí + 

3 0 2 

— * 2 Aí 2 0 3 (óxido anfótero) 

2 Na + 

o 2 

— «• Na 2 0 2 (peróxido) 


A reação com não-metais produz óxidos ácidos (ou óxidos indiferentes): 

S + 0 2 ► S0 2 (óxido ácido) 

4 P + 5 0 2 *• 2 P 2 0 5 (óxido ácido) ou P 4 O 10 

2 C + 0 2 *• 2 CO (óxido indiferente) 

O oxigênio pode "oxidar" muitos compostos: 

2 Na 2 S0 3 + 0 2 * 2 Na 2 S0 4 

O oxigênio (mesmo o do ar) reage com sulfetos metálicos em temperaturas elevadas; 
freqüentemente, é produzido o óxido do metal: 

2 ZnS (blenda) + 3 0 2 * 2 ZnO + 2 S0 2 

4 FeS 2 (pirita) + 1 1 0 2 *- 2 Fe 2 0 3 + 8 SO/ 

Quando o sulfeto é de metal nobre, libera-se o próprio metal: 

HgS (cinábrio) + 0 2 * Hg + S0 2 

Essas reações têm uma grande importância prática nas indústrias metalúrgicas e são denominadas 
reações de ustulação dos sulfetos. 

b) Reações com o hidrogênio 

O hidrogênio reage com metais e com não-metais de alta reatividade, formando hidretos. Rea- 
ções com não-metais formam hidretos gasosos, moleculares, estáveis e de caráter ácido: 

H 2 + Cl 2 * 2 HCl 

H 2 + S * H 2 S 

Faz exceção a água (2 H 2 + 0 2 *- 2 H 2 0), que é líquida e não tem caráter ácido. 

Reações com metais formam hidretos sólidos, cristalinos, iônicos, muito reativos e de caráter básico: 

2 Na + H 2 ► 2 NaH (hidreto de sódio) 

Ca + H 2 * CaH 2 (hidreto de cálcio) 

Os hidretos metálicos hidrolisam (reagem com a água) facilmente, sendo por isso afetados até pela 
umidade do ar: 

NaH + H 2 0 ► NaOH + H 2 

Nos hidretos metálicos o hidrogênio está na forma de ânion (HQ e, portanto, seu N ox é -1 . 

c) Reações com a água 

Os metais alcalinos e alcalino-terrosos reagem com a água em temperatura ambiente, formando 
os hidróxidos correspondentes: 

2 Na + 2 H 2 0 ► 2 NaOH + H 2 

Ca + 2 H 2 0 Ca(OH) 2 + H 2 


Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


253 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


253 


29/5/05, 20:23 


A 


Os metais comuns só reagem com a água por aquecimento, formando os óxidos correspondentes: 

Zn + H 2 0 — ^ ZnO + H 2 

3 Fe + 4 H 2 0 — - Fe 3 0 4 + 4 h ' 

Os metais nobres (Cu, Hg, Ag, Pt e Au) não reagem com a água. 


d) Comportamento diante do calor 


Dentre os ácidos, os hidrácidos HF e HCÍ são bastante estáveis em relação ao calor. Os demais se 
decompõem, em maior ou menor extensão, quando aquecidos: 

2 Hl — H 2 + l 2 


Dentre os oxiácidos comuns, o H 2 S0 4 é o mais estável; o HNO s e o H 3 P0 4 são relativamente 
estáveis. Os demais se decompõem, dando normalmente água e o anidrido correspondente: 

2 H 3 P0 3 — 3 H 2 0 + P 2 0 3 

2 HNO, — ^ H 2 0 + N0 2 + NO 

I ? J 

Neste último caso, até o próprio anidrido se decompõe em óxidos mais simples. 

Como já vimos, alguns oxiácidos são tão instáveis que se decompõem espontaneamente em tem- 
peratura ambiente: 

h 2 co 3 > h 2 o + co 2 

h 2 so 3 h 2 o + so 2 


Dentre as bases, os hidróxidos alcalinos são tão estáveis que podem ser fundidos sem decomposi- 
ção. Os demais se decompõem pelo calor, dando água e o óxido correspondente: 

Ca(OH) 2 — ► CaO + H 2 o' 

2 Fe(OH) 3 — Fe 2 0 3 + H 2 o' 


O caso particular do hidróxido de amónio já foi mencionado: 

NH 4 OH * NH 3 ' + h 2 o 


De modo geral, os sais são muito mais estáveis em relação ao calor do que os ácidos e as bases 
correspondentes. Entretanto, quando o ácido e/ou a base forem instáveis ou muito sensíveis ao calor, 
esse fato irá se refletir em seus sais: 


Ca(CO) 3 

Fe 2 (C0 3 ) 3 


CaO + C0 2 

Fe 2 0 3 + 3 C0 2 


Os óxidos, de modo geral, são muito estáveis em relação ao calor; esta é uma das razões da 
existência de inúmeros óxidos metálicos na crosta terrestre. Entretanto, alguns sofrem decomposição 
pelo calor, como os óxidos dos metais nobres: 

2 Ag 2 0 — 4 Ag + 0 2 

Ou, ainda, certos óxidos de não-metais: 

2 N 2 O s — 4 N0 2 + 0 2 


254 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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ATIVIDADES PRÁTICAS 

ATENÇAO: Não cheire nem experimente substância 
alguma utilizada nesta atividade. 

Este experimento deve ser realizado com a super- 
visão de um adulto, pois haverá a necessidade de 
manipular objetos quentes, podendo haver risco 
de queimaduras. 

V 

Materiais 

• 1 ponta de espátula de fermento em pó químico • vi- 
nagre ou o suco de um limão • 1 conta-gotas • 1 copo 
de vidro transparente e seco • 1 palito de madeira bem 
longo • fósforos 

Procedimento 

• Coloque o fermento em pó no copo de vidro e adicio- 
ne, sobre o sólido, gota a gota o vinagre (ou o suco de 
limão). • Anote as observações no caderno. • Com o au- 
xílio de fósforos, faça a extremidade do palito de madei- 
ra pegar fogo e imediatamente introduza, com cuidado 
e não deixando encostar em nada, a chama no copo. 

• Anote as observações no caderno. 

Perguntas 

1) 0 que ocorreu quando o vinagre foi adicionado ao 
fermento? Por quê? 

2) O que ocorreu com a chama ao ser introduzida no 
copo? Por quê? 


ATENÇAO: Óculos de segurança, luvas e aventais pro- 
tetores são altamente recomendados. 

2 a 

Materiais 

• 1 ponta de espátula de sulfato de cobre (II) • 1 espátula 
de raspas de sabão • 2 béqueres de 1 00 ml_ • 1 bastão de 
vidro • indicador químico • água 

Procedimento 

• Dissolva as raspas de sabão em um béquer com água. 

• Retire uma amostra pequena da solução e verifique, 
com o auxílio de um indicador químico, o caráter ácido 
ou básico da solução de sabão. • Reserve essa solução. 

• Coloque o sulfato de cobre (II) em um outro béquer e 
adicione cerca de 50 ml_ de água. • Agite bem até a 
completa dissolução. • Adicione a solução de sabão à 
solução de sulfato de cobre (II). • Anote as observações 
no caderno. 

Perguntas 

1 ) A solução de sabão possui caráter ácido ou básico? 

2) Qual o aspecto inicial das duas soluções? 

3) O que ocorre quando as duas soluções são mistura- 
das? Por quê? Tente utilizar uma equação química para 
representar o ocorrido. 


■nTVTFEfTH Responda em 
IÜU seu caderno 

a) Que caráter é oposto ao 

b) Que caráter é oposto ao 

c) Como são denominadas, 

d) Como é denominada a reação entre um sulfeto e o oxigênio ou o ar? 

e) Como são denominados os compostos binários do hidrogênio? 

f) Que metais reagem com a água em temperatura ambiente? 

g) Os óxidos ou as bases são mais resistentes (estáveis) ao calor? 


oxidante? 

ácido? 

, geralmente, as reações envolvendo o gás oxigênio? 




CYCDCÍriDC Registre as respostas 
CAtKUUUJ em seu caderno 




39 (Mackenzie-SP) Na combustão do magnésio, a substân- 
cia produzida é um: 

Dados: Mg (2A); N (5A); O (6A); Cl (7 A). 

a) óxido molecular de fórmula Mg0 2 . 

b) sal iônico de fórmula MgCl 2 . 

c) sal iônico de fórmula Mg 3 N 2 . 

d) óxido molecular de fórmula Mg 2 0. 

e) óxido iônico de fórmula MgO. 

40 (UFSM-RS) O cálcio, ao ser dissolvido na água, produz 
uma turvação do meio reacional permitindo observar a 
liberação de um gás. 

Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


O composto que ocasiona a turvação e o gás formado 
são, respectivamente: 

a) CaO e 0 2 c) CaO e H 2 0 e)CaO e H 2 

b) Ca(OH) 2 e 0 2 d) Ca(OH) 2 e H 2 

41 (Unisinos-RS) Para obter o sulfato ferroso, um sal usado 
para combater a anemia, a reação executada é a: 

a) Fe(OH) 2 + H 2 S 2 0 3 ► FeS 2 0 3 + 2 H 2 0 

b) Fe(OH) 2 + H 2 S ► FeS + 2 H 2 0 

c) FeC0 3 + H 2 SO„ * FeSO„ + C0 2 + H 2 0 

d) Fe(OH) 2 + H 2 S0 3 ► FeSO, + 2 H 2 0 

e) 2 Fe(OH) 3 + 3 H 2 S0 3 ► Fe 2 (S0 3 ) 3 + 6 H 2 0 

255 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


255 


29/5/05, 20:23 


42 (Fesp-PE) Antes de um funileiro soldar peças de zinco 
galvanizadas, ele as limpa com uma solução de ácido 
muriático (ácido clorídrico). A equação que melhor re- 
presenta a reação que ocorre, bem como sua classifi- 
cação é: 


a) Zn + 2 HCÍ * 

ZnCt 2 + 

H 2 ; 

reação de dupla troca, 
b) ZnO + 2 HCÍ > 

- ZnCÍ 2 + 

H 2 0; 

reação de decomposição, 
c) ZnO + 2 HCÍ < 

- ZnCÍ 2 + 

H 2 0; 

reação de dupla troca, 
d) Zn + 2 HCÍ ► 

ZnCÍ 2 + 

H 2 ; 

reação de decomposição, 
e) ZnO + 2 HCÍ > 

- ZnCÍ 2 + 

H 2 0; 


reaçao de oxidaçao. 


43 (Mackenzie-SP) A equação que representa uma reação 
em que não ocorre óxido-redução é: 

a) S0 3 + Na 2 0 * Na 2 S0 4 

b) 2 Na + CC 2 ► 2 NaCÍ 

c) H 2 SO„ + Zn * ZnS0 4 + H 2 

d) 2 AgN0 3 + Cu * Cu(N0 3 ) 2 + 2 Ag 

luz / 

e) 2 H 2 0 2 ► 2 H 2 0 + 0 2 

44 Copie no caderno as equações parciais indicadas abaixo. 
Complete-as acertando seus coeficientes, quando possível. 

a) C0 2 + NaOH * 

b) S0 3 + HCÍ 

c) aí 2 o 3 + h 2 so 4 *■ 

d) CO + KOH ► 

e) MgO + HCÍ ► 

f) Fe 3 0 4 + HCÍ 

g) Na 2 0 2 + NaOH « 

h) K 2 0 + H 2 S0 4 ► 

45 (UFRRj) A água é um dos principais componentes da 
natureza; contudo o desperdício e seu aproveitamen- 
to inadequado podem levar a uma crise de sérias pro- 
porções, bem mais graves do que a atual crise energé- 
tica. Em relação à água e seus componentes, pode-se 
afirmar que: 

a) a água é um solvente de baixa polaridade. 

b) o gás oxigênio é incolor e não comburente. 

c) a água apresenta ligações iônicas. 

d) o gás hidrogênio é incolor e combustível. 

e) a água pura é boa condutora de corrente elétrica. 

46 (UFRGS-RS) Considere as reações representadas pelas 
equações abaixo. 


1. 2 Ca 

+ 

o 2 

- 2 CaO 

II. CaO 

+ 

h 2 o — 

— ► Ca(OH) 2 

III. S + 

O; 

> 

so 2 

IV. so 2 

+ 

h 2 o 

— h 2 so 3 

V. Ca(OH) 2 

+ h 2 so 3 

- CaSO 


Qual é a alternativa que apresenta uma afirmação incor- 
reta em relação às características das reações citadas? 

a) Ocorre a formação de óxido ácido e óxido básico. 

b) Uma das reações é do tipo dupla troca. 

c) Algumas das reações são do tipo oxidação-redução. 

d) Ocorre a formação de produtos que em soluções aquo- 
sas diluídas apresentam pH diferente de 7. 

e) A maioria das reações é do tipo análise. 

47 (Mackenzie-SP) 

I. CaC0 3 — - — ► X + C0 2 


II. BaCl 2 + Y ► BaCr0 4( + 2 KCÍ 

III. Zn + 2 HCÍ * ZnCÍ 2 + ]// 

Para que as reações acima fiquem corretamente equa- 
cionadas, X, Y e W devem ser, respectivamente: 

a) CaC 2 , H 2 Cr0 4 e H 2 S 

b) CO, K 2 Cr0 4 e CC 2 

c) CaO, K 2 Cr0 4 e H 2 

d) Ca0 2 , K 2 Cr0 4 e Cí 2 

e) Ca0 2 , H 2 Cr0 4 e H 2 

48 (UFPE) Três recipientes A, Be C contêm os gases 0 2 , H 2 
e C0 2 . Introduzindo um palito de fósforo aceso em 
cada recipiente, observa-se que: no recipiente A, a cha- 
ma imediatamente se apaga; no recipiente B, a chama 
se torna mais brilhante; e, no recipiente C, ocorre uma 
pequena explosão. De acordo com esses dados, pode- 
mos concluir que os recipientes A, B e C contêm, res- 
pectivamente: 

a) H 2 , 0 2 e C0 2 d) C0 2 , 0 2 e H 2 

b) C0 2 , H 2 e 0 2 e) 0 2 , H 2 e C0 2 

c) H 2 , C0 2 e 0 2 

49 (UnB-DF) A Química está tão presente na vida do ho- 
mem que é difícil imaginar a vida sem a Química. Os 
produtos químicos têm inúmeras aplicações, entre as 
quais ressalta-se a fabricação dos computadores, que cons- 
tituem a revolução do final do século XX. 

Considerando a presença da Química no cotidiano, jul- 
gue os itens abaixo. 

0. Apesar dos benefícios que os produtos químicos tra- 
zem para a indústria, deve-se evitar a ingestão de quais- 
quer desses produtos. 

1 . A água do mar é uma substância composta formada 
por água (H 2 0) e cloreto de sódio (NaCÍ). 

2. Um aquário com muitos peixes deve ter sua água bor- 
bulhada com ar para repor oxigênio que os peixes 
consomem das moléculas de água (H 2 0) durante a 
respiração. 

3. O eventual processo de enferrujamento de compo- 
nentes de um computador, confeccionados com de- 
terminado metal, é um exemplo de transformação 
química. 

50 (PUC-SP) Em um erlenmeyer foi feita a combustão do 
enxofre; ao produto dessa reação, adicionou-se água e 
obteve-se uma substância A que torna vermelho o papel 
azul de tornassol. Em outro erlenmeyer, fez-se a combus- 
tão do magnésio, adicionou-se água e obteve-se uma 
substância B que torna azul o papel vermelho de tornassol. 

a) Equacione os processos de obtenção de A e B. 

b) Supondo que ocorreu reação de neutralização total, 
equacione tal reação quando se adiciona A a B. 

51 (Fuvest-SP) Colocam-se em um recipiente de vidro água 
destilada, gotas de solução de fenolftaleína e, em segui- 
da, pedaços de sódio metálico. Observa-se, então, vio- 
lenta reação do metal com a água, resultando chama na 
superfície exposta do metal e coloração rósea na solu- 
ção. A chama e a coloração resultam, respectivamente, 
da queima de: 

a) hidrogênio produzido na reação e aumento de pH. 

b) oxigênio produzido na reação e aumento de pH. 

c) nitrogênio do ar e aumento de pH. 

d) hidrogênio produzido na reação e diminuição de pH. 

e) nitrogênio do ar e diminuição de pH. 


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Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 





52 (Vunesp) O magnésio pode ser obtido da água do mar. 
A etapa inicial desse processo envolve o tratamento da 
água do mar com óxido de cálcio. Nessa etapa, o magné- 
sio é precipitado na forma de: 

a) MgCl 2 c) MgO e) Mg metálico 

b) Mg(OH) 2 d) MgSO„ 

53 (UFPI) A reação química na qual um dos reagentes é um 
óxido básico é: 

a) S0 3 + H 2 0 ► H 2 S0 4 

b) Na 2 0 + 2 HCl *• 2 NaCl + H 2 0 

c) 2 NaOH + S0 3 <- Na 2 SO„ + H 2 0 

d) ZnO + 2 NaOH Na 2 Zn0 2 + H 2 0 

e) 2 CO + 0 2 2 C0 2 

54 (UFRGS-RS) A substância química Na 2 S0 3 pode ser obti- 
da pela reação entre: 

a) óxido de sódio e ácido sulfúrico. 

b) cloreto de sódio e ácido sulfídrico. 

c) hidróxido de sódio e ácido sulfídrico. 

d) hidróxido de sódio e ácido sulfúrico. 

e) óxido de sódio e ácido sulfuroso. 

55 (Mackenzie-SP) Dispõe-se de 5 tubos de ensaio, conten- 
do respectivamente: 

I. h 2 o 

II. solução aquosa de NaCl 

III. solução aquosa de NaN0 3 

IV. solução aquosa de Na 2 C0 3 

V. solução aquosa de Na 2 S0 4 

Adicionando-se HCl (gota a gota) a cada um dos tubos, 
observa-se que somente em um deles ocorre efervescência. 
Essa efervescência é conseqüência da reação do HCl com: 

a) a água pura. c) a solução III. e) a solução V. 

b) a solução II. d) a solução IV. 

56 (Ufes) Considere a sequência de reações: 


S + 

o 2 

— - 1 



1 + 

h 2 o — 

— ► II 



FeO + 

II — 

— *• III 

+ h 2 o 


Mg + 

— o 2 — 
2 

► IV 



IV + 

h 2 o — 

* V 



As funções dos compostos 1, II, III 

IV e V sao, respecti- 

vamente: 





1 

II 

III 

IV 

V 

a) óxido ácido 

ácido 

sal 

óxido básico 

hidróxido 

b) óxido ácido 

ácido 

óxido básico 

sal 

hidróxido 

c) ácido 

óxido ácido 

sal 

óxido básico 

hidróxido 

d) ácido 

óxido ácido 

hidróxido 

sal 

óxido básico 

e) sal 

ácido 

óxido ácido 

hidróxido 

óxido básico 


57 (Fesp-SP) Os compostos H 2 S0 4 , S0 3 , CaO, NaCl e 
NaOH podem ser misturados dois a dois para reagi- 
rem. Não reagem: 

a) H 2 S0 4 + CaO d) NaCl + H 2 S0 4 

b) CaO + NaOH e) NaOH + S0 3 

c) NaOH + H 2 S0 4 

58 (U. Católica de Brasília-DF) Dentre as equações abaixo, 
qual não representa um processo de salificação? 

a) HCl + NaOH » NaCl + H 2 0 

b) MgO + 2 HCl ► MgCl 2 + H 2 0 

c) NH 3 + HCl ► NH/Cr 

d) H 2 S0 4 + 2 H 2 0 ► 2 H 3 0 + + SÓ, 2- 

e) Al(OH) 3 + HNO, ► Al(0H) 2 N0 3 + H 2 0 

Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


59 (Cesgranrio-Rj) As indústrias de produção de vidro utili- 
zam a areia como principal fonte de sílica (Si0 2 ) para 
conferir o estado vítreo. Utilizam, ainda, com a finalidade 
de reduzir a temperatura de fusão da sílica, os fundentes 
Na 2 0, K 2 0 e Li 2 0. 

A escolha dos óxidos de sódio, potássio e lítio para reagir 
com a sílica e dar origem a um produto vítreo de menor 
ponto de fusão deve-se ao fato de esses óxidos manifes- 
tarem caráter: 

a) básico c) ácido e) anfótero 

b) neutro d) misto 

60 (FEI-SP) Em tempo de seca são comuns queimadas nas 
florestas. No ar atmosférico envolvido em uma queima- 
da, a concentração de oxigênio e a de vapor de água, 
respectivamente: 

a) aumenta — diminui d) diminui — diminui 

b) aumenta — aumenta e) diminui — não se altera 

c) diminui — aumenta 

61 (UFMT) Acidentalmente, os rótulos de três barricas con- 
tendo sais foram perdidos. Uma delas contém nitrato de 
amónio, outra carbonato de sódio e outra nitrato de sódio. 
Todos estes sais têm o mesmo aspecto (pós brancos). 
Têm-se as seguintes informações: 

I. Os sais de amónio, em presença de hidróxidos e car- 
bonatos de metais alcalinos, desprendem amónia, NH 3 , 
de cheiro característico. 

II. Os carbonatos reagem com ácido, produzindo efer- 
vescência, ou seja, desprendimento de gás carbônico. 

Baseado no enunciado acima e nas informações, julgue 
os itens abaixo. 

0. Os três sais são solúveis em água. 

1 . A fórmula molecular do nitrato de amónio é NH 4 N0 2 . 

2. Tomando-se separadamente uma alíquota da solução 
aquosa de cada sal, aquela que reagir com vinagre 
será a do carbonato de sódio. 

3. Comercialmente o hidróxido de sódio é conhecido 
como soda caústica. 

4. Na 2 C0 3 é a fórmula molecular do nitrato de sódio. 

62 (Fuvest-SP) Uma mistura de óxido de cobre (II) e carvão 
em pó foi aquecida usando-se a aparelhagem esque- 
matizada abaixo. Observou-se, após algum tempo, que a 
água de cal, inicialmente límpida, apresentou sólido bran- 
co em suspensão. No interior do tubo, apareceram grânu- 
los metálicos avermelhados. Qual a equação química que 
representa a transformação ocorrida nesse aquecimento? 



b) CuO + C ► Cu + CO 

c) 2 CuO + C ► Cu 2 0 + CO 


d) 2 Cu 2 0 + C ► 4 Cu + C0 2 

e) Cu 2 0 + C ► 2 Cu + CO 

257 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


257 


29/5/05, 20:24 


LEITURA 


O VIDRO E O CIMENTO 

Vamos destacar dois processos industriais de grande importância prática: a produção do vidro e a 
produção do cimento. 

O vidro 

Acredita-se que o vidro já era conhecido desde 2500 a.C, pelos egípcios. Uma lenda conta que, em 
1 500 a.C., marinheiros fenícios já usavam "pedras" de Na 2 C0 3 natural para fazer fogueiras nas praias e, com 
o fogo, pedaços de vidro eram produzidos (com o calor, o Na 2 C0 3 reage com a areia, produzindo vidro). 

Atualmente, o vidro comum é produzidos pela mistura de areia (Si0 2 ), soda ou barrilha (Na 2 C0 3 ) e 
calcário (CaC0 3 ), que é aquecida em fornos especiais, a cerca de 1 .500 °C. Ocorrem então reações do tipo: 

A /• 

x Na 2 C0 3 + y CaC0 3 + z Si0 2 ► (Na 2 0)„ • (CaO)>, • (Si0 2 ) 2 + (x + y) C0 2 


Vidro 


Esse é o vidro "incolor"; vidros coloridos são fabricados adicionando-se, à mistura inicial, pequenas 
quantidades de óxidos metálicos, como, por exemplo, Fe 2 0 3 (que dá cor verde ao vidro), CoO (cor azul) 
etc. O vidro fabricado com 1 0 a 1 5% de óxido de chumbo (Pb 3 0 4 — zarcão ou mínio) tem densidade e 
brilho elevados, é conhecido como cristal e usado na fabricação de vasos e taças. 

O vidro não tem composição química nem forma cristalina definidas; é considerado um "sólido amorfo", 
ou, como dizem alguns autores, um "líquido super-resfriado" que atingiu uma viscosidade tão alta que se 
comporta como um sólido. 



A fibra de vidro 
(Si0 2 puro), na 
forma de fios, está 
revolucionando as 
comunicações por 
telefone, televisão, 
Internet etc. 



O vidro é um dos mais 
belos materiais de 
construção e 
decoração. Na foto 
tem-se um vitral da 
Catedral de Bruxelas, 
Bélgica. 


O cimento 

Os povos antigos usavam gesso (CaS0 4 • 2 H 2 0) ou cal 
(CaO) em suas construções. O cimento, tal como o conhe- 
cemos atualmente, foi inventado em 1824, por Joseph 
Aspdin, na Inglaterra, perto da cidade de Portland — daí o 
nome cimento portland. Ele é fabricado aquecendo, em 
um forno rotatório a 1 .500 °C, uma mistura de calcário 
(CaC0 3 ), argila (vários silicatos, principalmente o de alu- 
mínio) e areia. Do forno saem "pedregulhos" duros deno- 
minados clinquers, que, moídos, dão origem ao cimento. 

A composição do cimento é a seguinte: 60 a 67% de 
CaO, 1 7 a 25% de Si0 2 , 3 a 8% de Al 2 0 3 , 2 a 3% de MgO e 
2 a 3% de FeO. Com água, o cimento endurece devido à 
cristalização dos silicatos de cálcio e alumínio. Junto com areia 
e pedras, o cimento endurece, formando o concreto (o con- 
creto é "armado" com hastes de aço). 



Forno rotatório de uma fábrica de cimento em 
Mossoró, RN. 


■ 

Questões sobre a leitura 

Responda em 
seu caderno 



65 Quais sao os principais componentes para a fabricaçao 
do cimento portland? 

66 Por que o cimento endurece com a adição de água? 

258 


63 Quais são os principais ingredientes usados na fabricação 
do vidro comum? 

64 Como são obtidos os vidros coloridos? 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


258 


22/6/05, 15:26 


DELFIM MARTINS / PULSAR 



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r 

DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




67 (Mackenzie-SP) 

2 KCÍ0 3 (s) - — ► 2 X (s) + 3 0 2 (g) 

Zn (s) + Y (aq) ► ZnS0 4 (aq) + Cu (s) 

N 2 (g) + 3 H 2 (g) ► 2W(g) 

As reações equacionadas acima ficarao corretas se X, Y e W forem, respectivamente: 

a) KCl, CuSO„eNH 3 b) KCIO, CueNH 3 c) KC10 2 , CuSeHNO, d) KC10 3 , Cu e N 2 H 2 e) KCl, CuS e N 2 H 4 

68 (UFRRJ) Dadas as substâncias (PbCl 2 , Na 2 S0 4 , Zn, H 2 S0 4 , C, 0 2 , e Na 2 S), combine-as duas a duas de tal modo que se 
obtenha um produto com: 

a) formação de um precipitado. c) formação de um hidrácido. 

b) formação de um óxido gasoso. d) variação do número de oxidação. 

69 (UF)F-MG) Tendo por base as observações abaixo, qual é a alternativa que apresenta os elementos colocados em ordem 
decrescente de força como redutor? 

• O sódio metálico reage vigorosamente com a água, enquanto o magnésio metálico não apresenta reação com a água. 

• Um prego de ferro imerso em solução contendo íons cobre fica coberto por uma camada de cobre metálico. 

• Um pedaço de fio de cobre colocado em solução de nitrato de prata torna-se prateado e a solução adquire a cor azulada 
típica de íons cobre. 

• Uma fita de magnésio metálico reage com ácido clorídrico diluído mais rapidamente do que o prego de ferro. 

a) Na > Fe > Cu > Ag > Mg c) Mg > Ag > Cu > Fe > Na e) Na > Mg > Ag > Cu > Fe 

b) Na > Mg > Fe > Cu > Ag d) Ag > Cu > Fe > Mg > Na 

70 (Fatec-SP) Encontram-se no comércio produtos destinados a desentupir encanamentos domésticos. Esses produtos contêm 
dois componentes principais: 

I. soda cáustica; 

II. raspas de um metal de baixa densidade, de comportamento químico anfotérico e pertencente à mesma família do boro 
na Tabela Periódica. 

Sobre a dissolução em água dessa mistura, é correto afirmar que: 

a) provoca a liberação de gás oxigênio (0 2 ), cujo borbulhamento ajuda na remoção dos materiais responsáveis pelo 
entupimento. 

b) provoca a precipitação do óxido de alumínio (Al(OH) 3 ), um poderoso agente oxidante que reage com as gorduras 
responsáveis pelo entupimento. 

c) gera uma solução com pH < 7, propícia para saponificar e dissolver gorduras responsáveis pelo entupimento. 

d) permite a ocorrência da reação: 

2 Pb (s) + 2 O ET (aq) + 6 H 2 0 (l) ► 2 [Pb(OH) 4 ]“ (aq) + 3 H 2 (g). 

e) provoca um aumento da temperatura, pois a dissolução da soda cáustica (NaOFI) em água é exotérmica. 

71 (Mackenzie-SP) 

Faísca / 

6 NaN 3 (s) + Fe 2 0 3 (s) — -*• xNa 2 0 (s) + 2 Fe (s) + yN 2 (g) 

A reação acima equacionada ocorre quando, em caso de colisão de um veículo, o o/r bag é acionado. A alternativa 

incorreta é: 

a) Os valores dos coeficientes x e y que tornam a equação corretamente balanceada são, respectivamente, 3 e 9. 

b) O ferro, no Fe 2 0 3 , sofre oxidação. 

c) A soma dos menores coeficientes inteiros do balanceamento é igual a 21 . 

d) Um dos produtos da reação é o óxido de sódio. 

e) O air bag é inflado pelo gás nitrogênio produzido. 

72 (Unifor-CE) São dadas as seguintes equações químicas: 

2 KRe0 4 + 1 6 HCl ► 2 KCl + 2 ReCl 2 + 8 H 2 0 + 

Re 3+ + 3 O ET *■ Re(OH) 3 

2 ReO + 5 Pb0 2 + 8 ET * 2 ReO; + 5 Pb 2+ + 4 

Re0 2 + 4 HCl *- ReCl 2 + 2 H 2 0 + Cl 2 

O número de oxidação do rênio na espécie química redutora é igual a: 
a) +7 b) +2 c) +3 d) +4 

73 (Fuvest-SP) Têm-se amostras de 3 gases incolores X, Y e Z, que devem ser H 2 , Ele e S0 2 , não necessariamente nesta ordem. 
Para identificá-los, determinaram-se algumas de suas propriedades, as quais estão na tabela abaixo: 


Propriedade 

X 

Y 

Z 

Solubilidade em água 

Alta 

Baixa 

Baixa 

Reação com oxigênio na presença de catalisador 

Ocorre 

Ocorre 

Não ocorre 

Reação com solução aquosa de uma base 

Ocorre 

Não ocorre 

Não ocorre 


Com base nessas propriedades, conclui-se que X, Y e Z sao, respectivamente: 

a) H 2 , He e S0 2 b) H 2 , S0 2 e He c) He, S0 2 e H 2 d) S0 2 , He e H 2 e) S0 2 , H 2 e He 


Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 259 


5 Cl 2 

h 2 o 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


259 


29/5/05, 20:24 


74 (Fuvest-SP) Deseja-se estudar três gases incolores, recolhidos em diferentes tubos de ensaio. Cada tubo contém apenas um 
gás. Em um laboratório, foram feitos dois testes com cada um dos três gases: 

I. colocação de um palito de fósforo aceso no interior do tubo de ensaio; 

II. colocação de uma tira de papel de tornassol azul, umedecida com água, no interior do outro tubo, contendo o mesmo 
gás, tampando-se em seguida. 

Os resultados obtidos foram: 


Gás 

Teste com o palito de fósforo 

Teste com o papel de tornassol azul 

X 

Extinção da chama 

Continuou azul 

Y 

Explosão e condensação de água nas paredes do tubo 

Continuou azul 

Z 

Extinção da chama 

Ficou vermelho 


Com base nesses dados, os gases, X, Y e Z poderiam ser, respectivamente: 



X 

Y 

Z 

a) 

so 2 

o 2 

n 2 

b) 

co 2 

h 2 

nh 3 

c) 

He 

o 2 

n 2 

d) 

n 2 

H 2 

co 2 

e) 

o 2 

He 

so 2 


75 (Cesgranrio-Rj) Um químico, em seu laboratório, dispunha de algumas substâncias sólidas guardadas em frascos de vidro 
devidamente rotulados. Após um acidente, os rótulos de três frascos foram danificados e os nomes das substâncias desapa- 
receram. Consultando seu cadastro de reagentes, o químico concluiu que as substâncias somente poderiam ser o sulfeto 
de sódio, o nitrato de prata e o brometo de potássio. Com base no exposto, poderemos concluir que o químico só não 
poderá afirmar que a substância que: 

Dados: AgCt — sólido branco de baixa solubilidade em água; 

Agl — sólido amarelo de baixa solubilidade em água; 

Cí 2 — substância incolor em solução aquosa; 

Br 2 — substância de coloração laranja em solução aquosa; 
l 2 — substância de coloração castanha em solução aquosa; 

H 2 S — gás de odor desagradável (cheiro de ovo podre). 

a) liberar gás de odor desagradável, em meio fortemente ácido, é o sulfeto de sódio. 

b) reagir com solução aquosa de cloro, tornando-a laranja, é o brometo de potássio. 

c) reagir com solução aquosa de iodo, tornando-a incolor, é o brometo de potássio. 

d) formar precipitado branco com solução aquosa de cloreto de sódio é o nitrato de prata. 

e) formar precipitado amarelo com solução aquosa de iodeto de sódio é o nitrato de prata. 


76 (Vunesp) Uma solução aquosa de ácido clorídrico (HCl) dissolve ferro e zinco, mas, para dissolver cobre ou prata, é neces- 
sário usar ácido nítrico (HN0 3 ). Isso ocorre porque: 

a) cobre e prata são metais mais duros que ferro e zinco. 

b) HCÍ é um ácido fixo e HN0 3 é um ácido volátil. 

c) HN0 3 é um ácido mais oxidante que HCÍ. 

d) cobre e prata são metais que se oxidam mais facilmente do que ferro e zinco. 

e) ferro e zinco são metais mais nobres do que cobre e prata. 


77 (Fuvest-SP) A decomposição térmica por aquecimento gradual e contínuo (ao ar) do acetato de manganês (II) tetraidratado, 
sólido, ocorre em duas etapas: 

Mn(CH 3 COO) 2 ■ 4 H 2 0 (s) Mn(CH 3 COO) 2 (s) + 4 H 2 0 (g) 

Mn(CH 3 COO) 2 (s) . MnO (s) + (CH 3 ) 2 CO (g) + C0 2 (g) 

Certa massa do sal hidratado é aquecida nessas condições. Qual dos gráficos abaixo representa o que ocorre com a massa (m) 
da fase sólida com o aumento da temperatura (0)? 







78 (Fuvest-SP) Do livro de Antoine Laurent Lavoisier, Traité Elémentaire de Chimie, traduziu-se o seguinte trecho: 

"Acido cítrico é mais facilmente obtido saturando-se suco de limão com cal suficiente para formar citrato de cálcio, que é 
insolúvel em água. Lava-se esse sal e acrescenta-se quantidade apropriada de ácido sulfúrico. Forma-se sulfato de cálcio, que 
precipita, deixando o ácido cítrico livre na parte líquida." 


260 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


260 


29/5/05, 20:25 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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79 


Representando-se o ácido cítrico por H 3 Cit, o procedimento descrito por Lavoisier pode ser esquematizado pela seqüência 
de equações: 

2 H 3 Cit (aq) + x CaO (s) ► Y( s) + 3 H 2 0 (l) 

Y (s) + z H 2 SO„ (aq) * 3 CaS0 4 (s) + 2 H 3 Cit (aq) 

Em tal seqüência, x, Y e z correspondem, respectivamente, a: 

a) 3, Ca 3 (Cit) 2 e 3 b) 2, Ca 2 (Cit) 3 e 3 c) 3, Ca 3 (Cit) 2 e 2 d) 3, Ca 2 (Cit) 3 e 3 e) 2, Ca 3 (Cit) 2 e 2 


(Fuvest-SP) Ácido clorídrico pode reagir com diversos materiais, formando diferentes produtos, como mostrado no esque- 
ma abaixo. 


Produtos 


Solução aquosa 



Raspas 

de AgN0 3 



de AL 

1 

1 1^ 

II 



Suspensão aquosa 



de Mg(OH) 2 


Produtos 


Produtos 


Os seguintes sinais evidentes de transformações químicas: liberação de gás, desaparecimento parcial ou total de sólido e 
formação de sólido são observáveis, respectivamente, em: 

a) I, II e III b) II, I e III c) II, III e I d) III, I e II e) III, II e I 

80 (PUC-SP) As reações químicas 

I. AgN0 3 (aq) + NaCÍ (aq) ► AgCÍ (s) + NaN0 3 (aq) 

II. 2 Mg (s) + 0 2 (g) ► 2 MgO (s) 

III. C 12 H 22 O n (s) » 1 2 C (s) + 11 H 2 0 (í) 

IV. 2 HCl (aq) + Ba(OH) 2 (aq) > BaCl 2 (aq) + 2 H 2 0 (l) 

podem ser classificadas, respectivamente, como: 

a) reação de óxido-redução, reação de combustão, reação de decomposição, reação de precipitação. 

b) reação de neutralização, reação de decomposição, reação de síntese, reação de precipitação. 

c) reação de precipitação, reação de combustão, reação de decomposição, reação de óxido-redução. 

d) reação de precipitação, reação de óxido-redução, reação de decomposição, reação de neutralização. 

e) reação de condensação, reação de óxido-redução, reação de combustão, reação de neutralização. 

81 (UFMT) "Foi em 1 781 que Joseph Priestley, químico e teólogo inglês, conseguiu sintetizar água por combustão do hidrogê- 
nio (embora não percebesse que a combustão era a combinação deste elemento com o oxigênio) mediante aquecimento 
explosivo. Esse mesmo cientista descobriu o oxigênio, demonstrando que as plantas produzem esse gás quando em presen- 
ça da luz, fenômeno hoje conhecido por fotossíntese." 

(Samuel M. Branco. Água: origem, uso e preservação. São Paulo: Moderna, 1993. p. 18. Coleção Polêmica.) 
A partir do texto, julgue os itens. 

0. Em relação ao balanço energético de uma reação, pode-se dizer que, na síntese da água, o gás hidrogênio e o gás oxigênio 
perdem calor potencial, tornando-se uma substância mais estável, daí a grande quantidade de água na natureza. 

1 . A equação 

Zn (s) + 2 HCÍ (aq) *• ZnCl 2 (aq) + H 2 (g) 

descreve corretamente a produção do hidrogênio em laboratório, utilizando-se zinco metálico e ácido clorídrico diluído. 

2. Na síntese da água, o oxigênio sofre redução, sendo o agente oxidante, e o hidrogênio sofre oxidação, sendo o agente 
redutor. 

3. A água possui a propriedade de combinar-se com óxidos de metais alcalinos e alcalino-terrosos, formando as bases 
correspondentes, como mostram alguns exemplos: 

CaO + H 2 0 ► Ca(OH) 2 

U 2 0 + H 2 0 *- 2 LiOH 

(Enem-MEC) O enunciado abaixo servirá para as duas questões seguintes. 

Produtos de limpeza, indevidamente guardados ou manipulados, estão entre as principais causas de acidentes domésticos. Leia 
o relato de uma pessoa que perdeu o olfato por ter misturado água sanitária, amoníaco e sabão em pó para limpar um banheiro: 
"A mistura ferveu e começou a sair uma fumaça asfixiante. " Não conseguia respirar e meus olhos, nariz e garganta começa- 
ram a arder de maneira insuportável. Saí correndo a procura de uma janela aberta para poder voltar a respirar." 

O trecho destacado poderia ser reescrito, em linguagem científica, da seguinte forma: 

a) As substâncias químicas presentes nos produtos de limpeza evaporaram. 

b) Com a mistura química, houve produção de uma solução aquosa asfixiante. 

c) As substâncias sofreram transformações pelo contato com o oxigênio do ar. 

d) Com a mistura, houve transformação química que produziu rapidamente gases tóxicos. 

e) Com a mistura, houve transformação química, evidenciada pela dissolução de um sólido. 

Entre os procedimentos recomendados para reduzir acidentes com produtos de limpeza, aquele que deixou de ser cumpri- 
do, na situação discutida na questão anterior, foi: 

a) Não armazene produtos em embalagens de natureza e finalidade diferentes das originais. 

b) Leia atentamente os rótulos e evite fazer misturas cujos resultados sejam desconhecidos. 

c) Não armazene produtos de limpeza e substâncias químicas em locais próximos a alimentos. 

d) Verifique, nos rótulos das embalagens originais, todas as instruções para os primeiros socorros. 

e) Mantenha os produtos de limpeza em locais absolutamente seguros, fora do alcance das crianças. 


82 


83 


Capítulo 10 • As REAÇÕES QUÍMICAS 


261 



Capitulo 10B-QF1-PNLEM 


261 


29/5/05, 20:25 



Tópicos do capítulo 

1 Unidade de massa atômica (u) 

2 Massa atômica 

3 Massa molecular 

4 Conceito de mol 

5 Massa molar ( M ) 

Leitura: História das medições 



Quantas moléculas de sacarose existem em uma amostra de 342 g de açúcar? 


Apresentação do capítulo 


Neste capítulo, vamos começar a falar nas quantidades envolvidas nas reações químicas. 
Lembre-se de que diariamente lidamos com quantidades: quilômetros percorridos numa 
viagem; quilogramas de alimentos comprados num supermercado; litros de combustível 
colocados no tanque de um carro; e assim por diante. 

O estudo das quantidades de reagentes e de produtos que participam de uma reação 
química exige o uso de grandezas e de unidades adequadas. Os átomos e as moléculas são 
muito pequenos para serem pesados nas balanças de que dispomos, mesmo nas mais 
sensíveis. Tornou-se então necessário estabelecer uma escala comparativa entre as massas 
dos diferentes átomos e moléculas. Daí surgiram os conceitos de massa atômica e de massa 
molecular. De importância também fundamental é o conceito de mol. 


Capitulo 11 -QF1-PNLEM 262 ^ 6/7/05,14:48 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 



UNIDADE DE MASSA ATÔMICA (u) 


Quando pesamos um pacote de açúcar e dizemos que ele pesa 5 kg, estamos comparando a massa 
do pacote com certa massa-padrão, que é o quilograma. 

Generalizando, podemos dizer que para pesar ou medir alguma coisa torna-se necessário: 

• escolher um padrão, o que é feito sempre arbitrariamente; por exemplo, nós pesamos o paco- 
te de açúcar em quilograma; já os ingleses o pesariam em libra (que corresponde a aproximada- 
mente 0,454 kg); 

• usar uma unidade (ou seus múltiplos ou submúltiplos) compatível com a grandeza a ser me- 
dida; por exemplo, para pesar caminhões, navios etc., é mais conveniente utilizar toneladas do 
que miligramas; de fato, um caminhão que pesa 1 0 toneladas pesa também 1 0.000.000.000 mg, 
mas o primeiro número é, sem dúvida, muito mais prático para nossos cálculos. 

Qual seria, então, a unidade conveniente para pesar átomos e moléculas? 

Os átomos e as moléculas são partículas tão pequenas que as unidades usuais não seriam conve- 
nientes (por exemplo, hoje, sabemos que um átomo de hidrogênio pesa aproximadamente 
0,000000000000000000000001 660 g). 

Surgiu então entre os químicos a idéia de usar um certo átomo como padrão de pesagem dos 
demais átomos e moléculas. Atualmente, o padrão escolhido é o átomo do isótopo de carbono de 
número de massa igual a 12 (é o átomo que possui 6 prótons e 6 nêutrons em seu núcleo). A esse 
átomo foi atribuída arbitrariamente a massa 12 (para coincidir com seu número de massa); então, 

desse átomo separou-se uma fração correspondente a yy, que é usada como unidade internacional 

para a medida das massas atômicas e moleculares. Assim, resulta a definição: 

1 

Unidade de massa atômica (u) é igual a — da massa de um átomo de isótopo de 
carbono-1 2 (C 12 ). 

Esquematicamente: 

Átomo de C' 2 
(massa = 1 2 u) 


Hoje é possível determinar experimentalmente que a unidade de massa atômica (u) vale aproxima- 
damente 1 ,66 • 1 Cr 24 grama. 




MASSA ATÔMICA 


Vamos supor que existisse uma "balança imaginária" com sensibilidade suficiente para pesar um 
único átomo. Vamos supor, ainda, que fosse possível efetuar a seguinte pesagem: 


• colocar um único átomo de flúor num dos 
pratos da balança; 

• no outro prato, colocar gradativamente as 
frações correspondentes à unidade de mas- 
sa atômica (u). Notaríamos que são neces- 
sárias 1 9 u para equilibrar o átomo de flúor; 
dizemos, então, que a massa atômica do 
flúor é 19 u. 

Capítulo 11 * Massa atômica e massa molecular 


Átomo ■ 
de flúor 
(representação | 
sem escala) 



19 u 


À 1 

i A 

rir 1 

j 


263 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


263 


13/7/05, 9:15 




Concluindo, podemos dizer que: 

Massa atômica é a massa do átomo medida em unidades de massa atômica (u). 

A massa atômica indica quantas vezes o átomo considerado é mais pesado que do isótopo C 12 . 


• Não devemos confundir massa atômica com número de massa. Como vimos na página 82, núme- 
ro de massa é a soma dos números de prótons e de nêutrons existentes no átomo considerado. 
Assim, por exemplo, no isótopo do cloro (“Cl), o número de massa é 35, que é a soma dos 17 
prótons e 1 8 nêutrons existentes no átomo. Já a massa atômica desse mesmo isótopo, determinada 
experimentalmente, é igual a 34,969 u. Note que o número de massa é sempre um número inteiro, 
enquanto a massa atômica é, em geral, fracionária. 


2.1. Massa atômica dos elementos químicos 

Até aqui estávamos imaginando a massa de um átomo isolado ou dos átomos absolutamente 
iguais de um isótopo puro. Na natureza, porém, quase todos os elementos químicos são misturas de 
isótopos com diferentes porcentagens em massa, chamadas de abundâncias relativas. Por exemplo, 
todo o cloro da natureza é uma mistura dos isótopos 35 e 37, na seguinte proporção: 


Isótopo 

Abundância na natureza 

Massa atômica 

Cl 35 

75,4% 

34,969 u 

Cl 37 

24,6% 

36,966 u 


Conseqüentemente, a massa atômica do elemento cloro que nós encontramos nas tabelas é a 
média ponderada desses valores, a saber: 

75,4- 34,969 u + 24,6- 36,966 u _ c 
75,4 + 24,6 

Note que se torna necessário distinguir cuidadosamente: 

• massa atômica de um isótopo, que é a massa do átomo de um dado isótopo expressa em 
unidades de massa atômica; 

• massa atômica de um elemento químico, que é a média ponderada das massas atômicas de 
todos os isótopos naturais do elemento, tomando-se como "pesos" as respectivas porcentagens 
de ocorrência (abundância) desses isótopos na natureza (esse é o valor dado na tabela situada 
após o sumário do livro). 


2.2. Determinação moderna das massas atômicas 

O método mais moderno e preciso para determinar as 
massas atômicas é o do espectrômetro de massas. É um 
aparelho onde os átomos são ionizados, acelerados e des- 
viados por um campo eletromagnético. Pelo maior ou me- 
nor desvio, pode-se calcular a massa atômica de isótopo 
por isótopo. Com esse aparelho, obtemos massas atômicas 
com precisão de até cinco casas decimais, além da abun- 
dância de cada isótopo na natureza. 

Técnica utilizando o espectrômetro de massa 
para pesquisa química. Universidade de 
Nottingham, Reino Unido. 



264 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


264 


13/7/05, 9:25 


JOHN MCLEAN / SPL-STOCK PHOTOS 




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2.3. Regra de Dulong-Petit 

Um cálculo aproximado das massas atômicas pode ser feito pela regra de Dulong-Petit, que diz: 
"A massa atômica ( M.A . ), multiplicada pelo calor específico (c) do elemento, no estado sólido, é aproxi- 
madamente igual a 6,4": 

(M.A.) ■ c - 6,4 

Considerando que o calor específico (c) pode ser determinado no laboratório, calcularemos com 
facilidade a massa atômica aproximada do elemento químico. 


HmVjnifSV Responda em 
seu caderno 




a) Qual é a definição de unidade de massa atômica? 


b) O que é massa atômica? 


lr-w-7 


c) O que é massa atômica de um elemento químico natural? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Exercício resolvido 

1 O elemento químico neônio apresenta-se na nature- 
za com a seguinte composição isotópica: 

90,00% de Ne 20 0,27% de Ne 21 9,73% de Ne 22 
Considerando as massas atômicas dos isótopos pra- 
ticamente iguais aos seus números de massa, pede- 
se calcular a massa atômica do elemento neônio. 

Resolução 

90,00 • 20 u + 0,27 • 21 u + 9,73 • 22 u | ln 

90,00 + 0,27 + 9,73 ' 

2 O elemento químico lítio é formado na natureza por 7,8% 
de Li 6 e 92,2% de Li 7 . Qual é o valor aproximado de sua 
massa atômica? 

Exercício resolvido 

3 (Cesesp-PE) Existem dois isótopos do rubídio que 
ocorrem na natureza: 85 Rb, que tem massa igual a 
84,91, e 87 Rb, cuja massa é 86,92. A massa atômica 
do rubídio é 85,47. Qual é a porcentagem do 87 Rb? 

a) 72,1% c) 56,0% e) 86,9% 

b) 20,1% d) 27,9% 

Resolução 

Esta questão apresenta o "cálculo inverso" das ques- 
tões anteriores. De fato, anteriormente eram dadas 
as abundâncias dos isótopos e pedida a massa atô- 
mica final. Agora, é dada a massa atômica final, pe- 
dindo-se a abundância de um dos isótopos. 
Chamemos de x a porcentagem pedida do 87 Rb. 
Conseqüentemente, a porcentagem do outro isótopo 
( 85 Rb) será (100 — x)%. Esquematizando o cálculo 
como nas questões anteriores, teremos: 


84,91 • (100 - x) + 86,92x 

1 00 - x + x 


85,47 


Resolvendo esta equaçao, temos: 


x = 27,9% 


Alternativa d 


4 (Cesgranrio-RJ) Um elemento X tem massa atômica 63,5 
e apresenta os isótopos 63 X e 65 X. A abundância do isótopo 
63 no elemento X é: 

a) 25% c) 65% e) 80% 

b) 63% d) 75% 

Observação: considere os números de massa 63 e 65 como 
sendo as massas atômicas desses elementos. 

5 (UFRRJ) Um elemento M apresenta os isótopos 79 M e 81 M. 
Sabendo que a massa atômica do elemento M é 79,90 u, 
determine os percentuais de cada isótopo do elemento M. 

6 (UFSCar-SP) O elemento magnésio, número atômico 1 2, 
ocorre na natureza como uma mistura de três isótopos. As 
massas atômicas desses isótopos, expressas em unidades 
de massa atômica (u), e suas respectivas abundâncias num 
dado lote do elemento são fornecidas na tabela a seguir. 


Número de 
massa do isótopo 

Massa 
atômica (u) 

% de 

abundância 

24 

23,98504 

10 

25 

24,98584 

10 

26 

25,98259 

80 


A massa atômica para este lote de magnésio, expressa 
em u, é igual a: 

a) 23,98504, exatamente. 

b) 24,98584, exatamente. 

c) 25,98259, exatamente. 

d) um valor compreendido entre 23,98504 e 24,98584. 

e) um valor compreendido entre 24,98584 e 25,98259. 


Capítulo 11 • Massa atômica e massa molecular 


265 


Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


265 


13/7/05, 10:49 




A 


Exercício resolvido 

7 O calor específico do manganês é 0,11 cal/g • °C. 
Qual o valor aproximado da massa atômica do man- 
ganês? 

Resolução 

Da Regra de Dulong-Petit, vem: ( M.A .) • c= 6,4 


Logo: 


M.A. = 


6,4 ^ 6,4 
c 0,11 


(M.A.) = 58 u 


8 Qual é o valor aproximado da massa atômica de um ele- 
mento químico de calor específico igual a 0,26 cal/g • °C? 



MASSA MOLECULAR 


Com as moléculas, pode ser repetido o que 
foi feito com os átomos. Vamos considerar no- 
vamente a "balança imaginária" proposta na 
página 263. 

Se pudéssemos colocar, por exemplo, uma 
única molécula de C0 2 em um dos pratos da ba- 
lança, notaremos que são necessárias 44 unida- 
des de massa atômica (u) no outro prato, a fim 
de equilibrar a balança. Dizemos, então, que a 
massa molecular do dióxido de carbono (C0 2 ) é 
44 u. Dessa idéia resulta a definição geral: 



Massa molecular é a massa da molécula medida em unidades de massa atômica (u). 


De acordo com o que já foi dito para as massas atômicas, podemos repetir que a massa molecular 
indica quantas vezes a molécula considerada é mais pesada que yy do isótopo C 12 . 

O cálculo prático da massa molecular é feito considerando que uma molécula é uma "soma" de 
átomos. Daí concluiremos que o caminho mais fácil para obter a massa molecular é exatamente o de somar 
as massas atômicas dos átomos formadores da molécula considerada. Voltemos ao exemplo do C0 2 : 


Representação esquemática de 
molécula de C0 2 (sem escala) 



I (I 1 


Soma das massas atômicas: 16 + 12 + 1 6 i > Massa molecular = 44 u 


Mais dois exemplos de cálculo de massas moleculares, a partir das massas atômicas aproximadas: 

H 2 S 0 4 Ácido sulfúrico 

i i i n 

1 • 2 + 32 + 1 6 • 4 l ^™í> Massa molecular = 98 u 


C 12 


H, 


o„ 


12-12 + 1 -22 + 16-11 


Sacarose 


Massa molecular = 342 u 


266 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


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13/7/05, 9:49 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 







Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Sabemos que muitas substâncias não são formadas por moléculas, mas por aglomerados de íons: é o caso 
das substâncias iônicas. Não existindo a molécula, perde o sentido, evidentemente, falar-se em massa 
molecular. Os cálculos, contudo, podem continuar seguindo o mesmo raciocínio, dando-se ao resultado, 
também, o nome de massa molecular. Por exemplo: 

Na CL 

I I 

23 + 35,5 Massa molecular — 58,5 u 

Na 4 P 2 0 7 Pirofosfato de sódio 


23 • 4 + 31 • 2 + 1 6 • 7 I =t> Massa molecular = 266 u 


O caso de substâncias hidratadas segue o mesmo raciocínio; por exemplo, o CuS0 4 • 5 H 2 0: 


Cu S 


0 4 5 H 2 0 


Sulfato cúprico penta-hidratado 


63,5 + 32 + 1 6 • 4 + 5 • (1 -2 + 16) Massa molecular = 249,5 u 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é massa molecular? 

b) Como a massa molecular pode ser calculada? 





EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





Atenção: Para obter as massas atômicas, necessárias aos 
exercícios a seguir, use a tabela encontrada no início do 
livro ou a Tabela Periódica. Aproxime os valores encontra- 
dos para os números inteiros mais próximos. 

9 Calcule as massas moleculares das seguintes substâncias: 

a) C 2 H 6 

b) S0 2 

c) CaC0 3 

d) NaHS0 4 

e) CHjCOONa 

f) (NH 4 ) 3 P0 4 

g) Fe 4 [Fe(CN) 6 ] 3 

h) Na 2 C0 3 • 10 H 2 0 

10 Qual das alternativas abaixo apresenta a substância de 
maior massa molecular? 

a) sulfeto de chumbo II 

b) cloreto de sódio 

c) ácido nítrico 

d) sulfato de prata 

e) óxido de alumínio 

Capítulo 11 * Massa atômica e massa molecular 




1 1 (Cesgranrio-RJ) Admite-se que os isótopos H 1 , H 2 , H 3 ; Cl 35 , 
Cl 37 ; O 16 , O 17 , O 18 podem formar moléculas de ácido 
clórico. Relativamente a essas moléculas, podemos dizer 
que: 

a) todas apresentam a mesma massa. 

b) suas massas podem variar de 84 u a 94 u. 

c) suas massas podem variar de 52 u a 58 u. 

d) todas apresentam o mesmo número de nêutrons. 

e) apresentam números de nêutrons que podem variar 
de 42 a 50. 


1 2 (Ufac) A massa molecular da água comum (H 2 0) é 1 8 u e 
a da água pesada ou deuterada (D 2 0) é 20 u. Essa dife- 
rença ocorre porque os átomos de hidrogênio e de 
deutério apresentam: 

a) número de nêutrons diferentes. 

b) mesmo número de prótons. 

c) número de oxidações diferentes. 

d) mesmo número de massa. 

e) número de elétrons diferentes. 

267 


13/7/05, 9:49 


Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


267 




CONCEITO DE MOL 


No cotidiano, várias mercadorias são vendidas "em conjunto" ou "por atacado". Normalmente 
não se compra um ovo, mas sim uma dúzia de ovos; não se compra uma folha de papel, mas sim uma 
resma de papel (pacote com 500 folhas); não se compra um tijolo, mas sim um milheiro de tijolos 
(1 .000 tijolos); e assim por diante. 





1 dúzia de ovos (12 ovos) 


Uma resma de folhas de papel (500 folhas) 


Um milheiro de tijolos 
(1.000 tijolos) 


Na Química, ocorre algo semelhante. O átomo é tão pequeno que é impossível "trabalhar", "pe- 
sar" etc. um único átomo. Mesmo uma dúzia, uma resma, um milheiro de átomos são quantidades 
extremamente pequenas. Os químicos procuraram então uma quantidade de átomos que pudesse ser 
"pesada" em balanças comuns. A escolha mais lógica foi considerar uma quantidade de átomos que, 
"pesada", fornecesse em gramas, o mesmo número já estabelecido como massa atômica. Veja, por 
exemplo, o caso do ferro (representação esquemática): 


Q 

1 átomo de f 

“pesa” 56 

Evidentemente o mesmo raciocínio pode ser feito em relação a moléculas, íons etc. 

Pois bem, a esse conjunto de N partículas foi dado o nome de mol. A definição oficial de mol, de 
acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), é: 



N átomos de ferro 
“pesam” 56 gramas 


Mol é a quantidade de matéria de um sistema que contém tantas entidades elementa- 
res quantos átomos existem em 0,012 kg de carbono-12. 

A palavra mol, introduzida na Química por Wilhem Ostwald em 1896, vem do latim mole, que 
significa "monte", "amontoado" ou "quantidade"; observamos também que foi da palavra mole que se 
originou molécula, significando pequena quantidade. 

Mas, afinal, quanto vale esse número N que utilizamos para chegar ao conceito de mol? Hoje 
sabemos que seu valor é aproximadamente 602.000.000.000.000.000.000.000 (ou, abreviadamente, 
6,02 • 1 0 23 partículas/mol). A esse valor foi dado o nome de constante de Avogadro, em homenagem 
ao químico italiano Amedeo Avogadro. Avogadro intuiu que esse valor seria constante, mas somente 
técnicas mais modernas permitiram determinar seu valor numérico. 

Atualmente a constante de Avogadro pode ser determinada, com razoável precisão, por vários 
métodos: eletrólise, emissões radioativas, raios X (medindo-se a distância entre os átomos num cristal) 
etc. É importante assinalar que os vários métodos dão resultados concordantes. 


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Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


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EDUARDO SANTALIESTRA 







Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


A constante de Avogadro (6,02 • 1 0 23 ) é extremamente grande. Se pudéssemos contar, uma por 
uma, todas as moléculas existentes em 1 mol (342 g) de sacarose (que é o açúcar comum), contando 
uma molécula por segundo, demoraríamos 1 90.000.000.000.000 séculos para completar a contagem! 

O SI estabelece que quando se utiliza o mol, as entidades elementares devem ser especificadas, 
podendo ser átomos, moléculas, íons, elétrons, assim como outras partículas ou agrupamentos especi- 
ficados em tais partículas: 

Exemplificando, temos: 

1 mol de moléculas contém 6,02 • 1 0 23 moléculas 
1 mol de átomos contém 6,02 • 1 0 23 átomos 
1 mol de íons contém 6,02 • 1 0 23 íons 
1 mol de elétrons contém 6,02 • 10 23 elétrons 


Enfim, mol deve ser entendido como quantidade de matéria ligada a um número de partículas 

— uma noção tão simples quanto dúzia, resma, milheiro etc. 



MASSA MOLAR (M) 


Massa molar (M) é a massa, em gramas, de um mol da substância (ou elemento ou 
íon etc.). 


Veja os exemplos abaixo, lembrando que a massa atômica do Ca é 40 u, a do Na é 23 u, e a massa 
molecular do C0 2 é 44 u: 

• massa molar do Ca ► M = 40 g/mol 

• massa molar do C0 2 * M = 44 g/mol 

• massa molar do Na + ► M = 23 g/mol 

Usualmente as quantidades das substâncias, dos elementos, dos íons etc. são dadas em gramas (ou 
quilogramas ou toneladas etc.). Entretanto, todos os cálculos químicos se simplificam se usamos as quan- 
tidades de matéria na sua unidade — mol. Torna-se então muito importante aprendermos a transforma- 
ção de gramas em mols. Vejamos, então, alguns exemplos desse cálculo da quantidade de mols (n): 


I a exemplo: 

Quantos mols correspondem a 88 g de dióxido de carbono (C0 2 )? (Massas atômicas: C = 1 2; O = 1 6) 
Resolução: 


44 g de C0 2 
88 g de C0 2 


1 mol de moléculas de C0 2 
n 


88 

> n = — => 

n = 2 mols de molé- 

44 

cuias de C0 2 


2 ~ exemplo: 

Quantos mols correspondem a 1 00 g de cálcio? Dado: massa atômica do cálcio = 40. 
Resolução: 


40 g de Ca 
1 00 g de Ca 


1 mol de átomos de Ca 1 1 00 

> n = — 7T~ => 

n = 2,5 mols de áto- 

n 40 

mos de Ca 


Veja que nos dois exemplos anteriores aparece a mesma fórmula matemática. Generalizando-a, temos: 

n = quantidade de matéria em mols 
m = massa dada (em gramas) 

M = massa molar (em g/mol) 


m , 

n = — , sendo < 
M 


Capítulo 11 * Massa atômica e massa molecular 


269 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


269 


29/5/05, 20:31 




KffVIFSifSW Responda em 
HilSdáib seu caderno 



a) O que é mol? 

/#% 


b) O que indica o mol? 

(»( » 


c) O que representa a constante de Avogadro e qual o valor dessa constante? 

d) O que é massa molar? 



EXERCÍCIOS 


Atenção: Quando necessário, use a constante de Avogadro e consulte a tabela de massas atômicas, aproximando os valores 
para os números inteiros mais próximos. 

Exercício resolvido 

13 Quantas moléculas existem em 88 g de dióxido de carbono (C0 2 )? (Massas atômicas: C = 12; O = 16; constante de 
Avogadro = 6,02 • 1 0 23 ) 

Resolução 

Podemos esquematizar a seguinte regra de três: 


1 mol de CO, 




44 g 
88 g 


6,02 • 1 0 23 moléculas de C0 2 

x 


02 • 1 0 2 


x = 1 ,2 • 1 0 24 moléculas de CQ 2 


88 


Veja que a fraçao = 2 representa a quantidade de mols de C0 2 ; desse modo, o problema se resume em multiplicar 
a quantidade de mols do CQ 2 pela constante de Avogadro. 


14 (UCS-RS) Submetida a um tratamento médico, uma pessoa ingeriu um comprimido contendo 45 mg de ácido acetilsalicílico 
(C 9 H 8 0 4 ). Considerando a massa molar do C 9 H 8 0 4 1 80 g/mol, e o número de Avogadro 6,0 • 1 0 23 , é correto afirmar que o 
número de moléculas da substância ingerida é: 

a) 1,5 -IO 20 b) 2,4 -10 23 c) 3,4 -IO 23 d) 4,5 -IO 20 e) 6,0 -IO 23 

15 (Cesesp-PE) A balança mais precisa pode detectar uma variação de aproximadamente 10~ 8 g. Quantos átomos de ouro 
existiriam em uma amostra desse peso? (Massa atômica: Au = 197) 

a) 4 ■ IO 20 átomos b) 6,5 • 1 0 12 átomos c) 9 • 1 0 10 átomos d) 5 • 1 0 1S átomos e) 3 • 1 0 13 átomos 

16 (U. São ]udas-SP) Quando bebemos água, normalmente a tomamos na forma de goles. Sabendo-se que 1 gole de água 
ocupa em média o volume de 1 8 cm 3 e que a densidade da água é 1 g/cm 3 a 4 °C, qual o número de moléculas de 
água ingeridas de cada vez? (Massas atômicas: H = 1 u; O = 16 u) 

a) 0,1 8 • 1 0 24 moléculas c) 20,4 • 1 0 23 moléculas e) 1 6,7 • 1 0 23 moléculas 

b) 8,36 • 1 0 23 moléculas d) 6,02 • 1 0 23 moléculas 

Exercício resolvido 

17 (FEI-SP) Determine o número de átomos de hidrogênio contidos em 100,0 g de álcool etílico (C 2 H 6 0). 

Resolução 


1 mol de C,H fi O 


46 g 
1 00 g 


6,02 ■ 10 23 moléculas de C 2 H 6 0 

x 


Assim, concluímos que: x = 1 ,3 ■ 1 0 24 moléculas de C 2 H 6 0. 

Note, porém, que cada molécula C 2 H 6 0 contém 6 átomos de hidrogênio. Concluímos então que há 6 ■ 1,3 • 10 24 átomos 
de hidrogênio, ou seja: 


7,8 • 1 0 24 átomos de hidrogênio 


18 (Ceub-DF) Em uma amostra de 4,3 g de hexano (C 6 H, 4 ) encontramos aproximadamente: 

a) 6,00 • 1 0 23 moléculas e 1 ,20 • 1 0 25 átomos. d) 1 ,50 • 1 0 23 moléculas e 3,00 • 1 0 24 átomos. 

b) 3,00 • 1 0 22 moléculas e 6,00 • 1 0 23 átomos. e) 1 ,50 • 1 0 22 moléculas e 3,00 • 1 0 23 átomos. 

c) 3,00 • 1 0 23 moléculas e 6,00 • 1 0 24 átomos. 


Dados: 

H = 1,0 u 
C = 12,0 u 


270 


Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


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13/7/05, 10:00 


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Exercício resolvido 

19 (Mackenzie-SP) Se um dentista usou em seu trabalho 30 mg de amálgama de prata, cujo teor em prata é de 72% (em 
massa), o número de átomos de prata que seu cliente recebeu em sua arcada dentária é de aproximadamente (massa 
atômica: Ag = 108; constante de Avogadro = 6,0 ■ 10 23 ): 

a) 4,0 -10 23 c) 4,6 -IO 19 e) 1,6 -10 23 

b) 12,0 -10 19 d) 12,0 -IO 24 


Resolução 

Amálgama de prata é uma liga metálica formada por mercúrio e prata, que já foi muito utilizada em odontologia (hoje 
é substituída por materiais mais modernos). Neste exercício se diz que a amálgama considerada contém 72% (em 
massa) de prata. Podemos então calcular: 


1 00 g de amálgama 

0,030 g de amálgama 

Assim, recaímos nos cálculos dos exercícios anteriores: 

1 mol de Ag 1 08 g 

0,0216 g 

Logo, y = 1 2 • 1 0 19 átomos. 

Alternativa b 


72 g 


de Ag 

x 


6,0 


x = 0,021 6 g de Ag 


1 0 23 átomos de Ag 

y 


20 (Cesgranrio-Rj) Considere que a alga microscópica Spirullna platensis, muito utilizada como complemento alimentar, possui 
48% de carbono e 7% de hidrogênio em massa. Um comprimido dessa alga, comprado em farmácias, possui 1 g de 
Spirulina (constante de Avogadro = 6-1 0 23 ). Quantos átomos de carbono e de hidrogênio, respectivamente, existem nesse 
comprimido? 

a) 2,4 • 10 22 e 2,1 • 1 0 22 c) 1,2 • 1 0 23 e 2,1 ■ 1 0 22 e) 0,04 e 0,07 

b) 2,4 -IO 22 e 4,2 -10 22 d) 4 e 7 


Exercício resolvido 

21 A quantos gramas correspondem 3 • 1 0 24 átomos de alumínio? 


Resolução 

Este exercício é o "inverso" dos anteriores. Agora temos o número de partículas e foi pedida a massa final. O cálculo, no 
entanto, continua o mesmo: 


6 • 1 0 23 átomos de Al 
3 • 1 0 24 átomos de Al 


27 g (1 mol de Al) 
x 


x = 1 35 g de Al 



22 (Unicid-SP) Um químico possui uma amostra de cobre (dado: ^Cu). A massa, em gramas, dessa amostra, sabendo-se que 
ela é constituída por 3,01 • 1 0 23 átomos, é: 

a) 0,32-1 0 23 g c) 1 ,60 • 1 0 23 g e) 32,00 g 

b) 0,29 • 1 0 23 g d) 64,00 g 


Exercício resolvido 

23 Quanto pesa (ou melhor, qual é a massa), em gramas, uma única molécula de açúcar comum (sacarose, C 12 H 22 0 11 )? 
(Massas atômicas: H = 1 ; C = 1 2; O = 1 6; constante de Avogadro = 6,02 • 1 0 23 ) 

Resolução 

Calculando a massa molar de C 12 H 22 O n , temos 342 g. Armando uma regra de três, temos: 


342 g 
x 


6,02 • 1 0 23 moléculas 
1 molécula 


x = 


342 

6,02 - 10 23 


x — 


5,68 • 10~ 22 g 


Observação: Considerando que átomos e moléculas sao extremamente pequenos, o resultado desse tipo de problema 
deverá também ser extremamente pequeno, como o que acabamos de calcular. 


24 Qual é a massa, em gramas, de uma molécula de etano (C 2 H 6 )? 

Capítulo 11 • Massa atômica e massa molecular 271 



29/5/05, 20:32 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


271 





Exercício resolvido 


25 Qual é a massa correspondente a 5 mols de alumínio? (Massa atômica do alumínio = 27) 


Resolução 



=> m = n ■ M = 5-27 => 


m = 1 35 g 


26 (Ufac) Três mols de benzeno (C 6 H 6 ) contêm uma massa de: 

a) 78 g b) 39 g c)156g d) 72 g e) 254 g 

(Dados: C = 12, H = 1) 

27 (UFSE) 1 ,8 • 1 0 23 moléculas de uma substância A têm massa igual a 1 8,0 g. A massa molar de A, em g/mol, vale: 

a) 18,0 b) 60,0 c) 75,0 d) 90,0 e)120 

Exercício resolvido 

28 (UFMT) O carbonato de sódio, Na 2 C0 3 , é um produto industrial muito importante e usado na manufatura do vidro. 
Quantos mols de Na 2 C0 3 existem em 1 32 g de carbonato de sódio? 

Resolução 

1 mol de Na 2 C0 3 106gdeNa 2 CO 3 

x 132gdeNa 2 C0 3 


| x = 1,24 mol de Na 2 CQ 3 


29 (Unifor-CE) Para tomar um cafezinho, é comum a adição de açúcar. Suponha que, para adoçar uma xícara de café, tenham 
sido colocadas 2 colheres de açúcar, contendo, por colher, 3,5 g. Sabendo-se que a massa molar do açúcar (C 12 H 22 C n ) é 
342 g/mol, a quantidade em mol de açúcar nesse cafezinho é, aproximadamente: 

a) 1 • 1CT 2 b)2-10 2 c) 3-10 2 d) 4 -10 2 e)5-1(T 2 

30 (Mackenzie-SP) "Estudos apontam que a amónia (NH 3 ) adicionada ao tabaco aumenta os níveis de absorção de nicotina 
pelo organismo. Os cigarros canadenses têm, em média, 8,5 mg de amónia por cigarro, valor bem mais baixo do que a 
média nacional." (Veja, 29 maio 1996.) 

A quantidade de mols de moléculas existentes em 8,5 mg de amónia é igual a: 

a) 2,0 • 10 3 mol de moléculas. d) 8,5 • 10~ 3 mol de moléculas. 

b) 5,0 • 10~ 4 mol de moléculas. e) 3,0 • 1 0 23 mol de moléculas. 

c) 5,1 • 10 24 mol de moléculas. 

Exercício resolvido 

31 (Fuvest-SP) A tabela abaixo apresenta o mol, em gramas, de várias substâncias: 


Substância 

Au 

HO. 

o 3 

C 5 H 12 

h 2 o 

Mol (g) 

197 

36,5 

48,0 

72,0 

18,0 


Comparando massas iguais dessas substâncias, a que apresenta maior número de moléculas é: 
a) Au b) HO. c) 0 3 d) C 5 H 12 e) H 2 0 

Resolução 

De acordo com a constante de Avogadro, terá maior número de moléculas a substância que tiver a maior quantidade 
de mols. Considerando que a quantidade de mols pode ser obtida pelo quociente , concluímos que, em igualdade de 

massa (m), a substância que tiver massa molar ( M ) menor terá o maior número de moléculas. Esta substância é, 
portanto, o H 2 0. 

Alternativa e 

32 (Unifor-CE) Comparando-se massas iguais dos seguintes metais, tem maior número de átomos o: 

a) Li b) K c) Fe d) Cu e) Au 

33 (UFPE) A relação entre a quantidade de átomos e uma determinada massa de substância é um dos marcos na história da 
Química, pois é um dos exemplos que envolvem grandes números. Considere os sistemas abaixo: 

I. 1 00 átomos de chumbo 

II. 1 00 mol de hélio 

III. 1 00 g de chumbo 

IV. 1 00 g de hélio 

Considerando as seguintes massas atômicas He = 4 e Pb = 207, a alternativa que representa a ordem crescente de número 
de átomos nos sistemas acima é: 

a) III < I < IV < II b) III < II < I < IV c) I < III < IV < II d) I < IV < III < II e) IV < III < II < I 


Massas molares (q/mol): 
N = 1 4; H = 1 


272 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


272 


29/5/05, 20:32 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





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Exercício resolvido 

34 (PUC-Campinas-SP) Silicatos são compostos de grande importância nas indústrias de cimento, cerâmica e vidro. Quantos 
gramas de silício há em 2,0 mols do silicato natural Mg 2 Si0 4 ? 

a) 56,2 b) 42,1 c) 28,1 d) 14,0 e) 10,2 

Resolução 

Pela própria fórmula do silicato — Mg 2 Si0 4 — concluímos que: 

se em 1 molécula de Mg 2 Si0 4 há 1 átomo de Si 

então em 2 mols de Mg 2 Si0 4 há 2 mols de Si 

Temos então: 

1 mol de Si 28,1 g de Si 

2 mol de Si x 

Alternativa a 


| x = 56,2 g de SI 


35 (Fuvest-SP) Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química e da Paz, faleceu recentemente aos 93 anos. Era um ferrenho defensor 
das propriedades terapêuticas da vitamina C. Ingeria diariamente cerca de 2,1 • 10 2 mol dessa vitamina. (Dose diária 
recomendada de vitamina C (C 6 H s 0 6 ): 62 mg.) Quantas vezes, aproximadamente, a dose ingerida por Pauling é maior que 
a recomendada? 

a) 10 b) 60 c) 1,0 -10 2 d) 1,0 -10 3 e) 6,0 -IO 4 

36 (Ufes) O número de mols de íons em 1 mol dos compostos sulfato de amónio, iodato de alumínio, carbonato de carbono 
de cromo III, seleneto de rubídio e cloreto de magnésio é, respectivamente: 

a) 3, 4, 5, 3 e 3 b) 3, 3, 3, 4 e 5 c) 3, 3, 5, 2 e 3 d) 2, 4, 5, 2 e 3 e) 2, 3, 4, 3 e 2 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

r \ 

Registre as respostas 
em seu caderno 




37 (Mackenzie-SP) Por lei, a quantidade máxima do corante 
urucum (C 25 H 30 O 4 ) permitida em 1 00 g de alimento é de 
0,002 g. Assim, a quantidade de moléculas desse corante, 
presente em 500 g de salsicha, deve ser, aproximada- 
mente, de: 

a) 3,0 -IO 18 

b) 6,0 -10 17 

c) 1,5 - IO 19 

d) 3,0 - IO 20 

e) 1,5 - IO 21 

38 (Unifor-CE) Um recipiente contém 2,0 mols de cloro ga- 
soso. O número de moléculas do gás é: 

a) 2,4 -10 23 d) 4,0 

b) 1,2 -IO 24 e) 2,0 

c) 1,2 -10 23 

39 (PUC-MG) Segundo uma pesquisa, realizada em Belo 
Horizonte, no final da década de 1990, o lançamento 
diário de monóxido de carbono na atmosfera dessa cida- 
de foi estimado em cerca de 5,0 ■ 10 3 toneladas. O 
número de moléculas do referido gás, então lançado na 
atmosfera, é igual a: 

a) 1,08 -10 32 d) 1,80 -10 8 

b) 1,08 -IO 26 e) 1,8 -IO 2 

c) 1,80 - IO 9 

40 (FEI-SP) Se sua assinatura, escrita com grafite do lápis, 
pesa 1 mg, o número de átomos de carbono em sua 
assinatura é: 

a) 6,02 -10 23 d) 5,0 -IO 19 

b) 72,24 -IO 23 e) 1,2 -IO 22 

c) 12 


Capítulo 11 * Massa atômica e massa molecuear 


41 (Uniube-MG) A quantidade de átomos em um mol de 
ácido sulfúrico é: 

a) 3 • 6,02 • 10 23 átomos/mol 

b) 4 • 6,02 • 10 23 átomos/mol 

c) 5 • 6,02 • 10 23 átomos/mol 

d) 6 • 6,02 • 10 23 átomos/mol 

e) 7 • 6,02 • 10 23 átomos/mol 

42 (Vunesp) Em 1 mol de moléculas de H 3 P0 4 tem-se: 

a) 3 • 1 0 23 átomos de hidrogênio e 1 0 23 átomos de fósforo 

b) 1 átomo de cada elemento 

c) 3 íons H + e um íon P0 4 ~ 

d) 1 mol de cada elemento 

e) 4 mols de átomos de oxigênio e 1 mol de átomos de 
fósforo 

43 (EEM-SP) A prata de lei é uma liga constituída por prata e 
cobre. Em 9,73 g do material são encontrados 5,03 • 1 0 22 
átomos de prata (massas atômicas: Cu = 63,5; 
Ag = 107,87). Qual a composição porcentual da liga? 

44 Quanto pesa um átomo de chumbo? 

45 (Unifor-CE) A molécula de uma substância A tem massa 
igual a 5,0 • 1 0~ 23 g. Determine o valor númérico da mas- 
sa molecular de A, em unidades de massa atômica (cons- 
tante de Avogadro: 6,0 • 10 23 ). 

46 (Unirio-RJ) Em 1 00 g de leite em pó infantil, existem 
500 mg de cálcio. A opção que indica quantos mols de 
átomos de cálcio existem numa lata de 400 g de leite 
em pó é: 

a) 0,0125 d) 1 

b) 0,05 e) 2 

c) 0,1 

273 


Dados: Massa molar (g/mol) 
H = 1; C = 12; 0 = 16 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


273 


29/5/05, 20:32 



47 (PUC-Campinas-SP) Para a prevenção da cárie dentária 
recomenda-se adição de fluoreto à água potável ou a 
fluoretação do sal de cozinha. Há necessidade de se acres- 
centar cerca de 1,8 ■ 1CT 3 g de fluoreto à dieta diária 
(dado: massa molar do íon fluoreto = 19 g/mol). Que 
quantidade de íons, em mol, há em 1,8 ■ 1CT 3 g de 
fluoreto? 

a) 1 • 1 CP 2 c) 1 • 10 4 e) 1 • 1(T 6 

b) 1 • 1 0 3 d) 1 • 1(T 5 

48 (UFV-MG) A adição de pequenas quantidades de selênio 
durante a fabricação de vidro permite a obtenção de vidro 
colorido em diversas tonalidades de vermelho. Uma taça 
de vidro de 79 g foi manufaturada a partir de vidro con- 
tendo 1% em massa de selênio. A quantidade de matéria 
(número de mol) de selênio contida na taça, em mol, é: 

a) 1,00 c) 0,79 e) 0,10 

b) 7,90 d) 0,01 

49 (Cesgranrio-R|) "A NASA tem um ambicioso plano de 
mandar uma missão tripulada a Marte. [...] Porém, a 
medicina ainda não tem respostas para contornar as 
dificuldades impostas ao organismo humano pelas con- 
dições climáticas e atmosféricas de Marte. [...] Cogita- 
se que os equipamentos usados em Marte devem ser 
testados antes numa base a ser construída na Lua. [...] 
Importando-se um quilograma de hidrogênio terres- 
tre e usando-se oito quilogramas de oxigênio extraí- 
do de rochas lunares, os astronautas teriam combustí- 
vel suficiente para alimentar os motores que estão sen- 
do desenvolvidos pela NASA." (O C lobo, 4 julho 1 998.) 


O número de mols de hidrogênio (M H = 1) e de oxigê- 
nio ( M 0 = 16) indicados são, respectivamente, de: 

a) 3 • 1 0 26 e 1,5 • 10 26 d) 500 e 250 

b) 6 • 1 0 26 e 3 • 1 0 26 e) 1.000 e 500 

c) 500 e 6 - IO 26 

50 (FUERN) Deve-se encontrar maior número de moléculas 
em 1 kg de: 

a) N 2 (nitrogênio) d) C 6 H 6 (benzeno) 

b) CH 4 (metano) e) C 6 H 12 0 6 (glicose) 

c) H 2 0 (água) 

51 (Fuvest-SP) O aspartame, um adoçante artificial, pode ser 
utilizado para substituir o açúcar de cana. Bastam 42 mi- 
ligramas de aspartame para produzir a mesma sensação 
de doçura que 6,8 gramas de açúcar de cana. Sendo 
assim, quantas vezes, aproximadamente, o número de 
moléculas de açúcar de cana deve ser maior do que o 
número de moléculas de aspartame para que se tenha o 
mesmo efeito sobre o paladar? 

Dados: massas molares aproximadas (g/mol) 
açúcar de cana: 340 
adoçante artificial: 300 

a) 30 b) 50 c) 100 d) 140 e) 200 

52 (EEM-SP) De um cilindro contendo 640 mg de gás 
metano (CH 4 ) foram retiradas 12,04 • IO 20 moléculas 
(massas atômicas: H = 1; C = 12; constante de Avoga- 
dro = 6,02 -10 23 ). 

Quantos mols de CH 4 restaram no cilindro? 



LEITURA 


HISTÓRIA DAS MEDIÇÕES 


Os homens primitivos provavelmente sentiram a necessidade de medir distâncias — para informar a 
seus semelhantes a que distância se encontrava a caça, a pesca, os perigos etc. As primeiras unidades de 
medida de comprimento foram criadas tomando-se o corpo humano como referência. O dedo polegar, por 
exemplo, inspirou a polegada (= 2,54 cm); o pé humano deu origem ao pé (= 30,48 cm); a milha corresponde 
a mil passos 1.609,34 m). Algumas dessas unidades são utilizadas até hoje na Inglaterra e nos Estados 
Unidos. Mesmo no Brasil, os diâmetros de barras e tubos metálicos ainda são expressos em polegadas. 

Outra necessidade que se mostrou vital, desde a Antigüidade, foi a de medir a massa. No início a 
massa era avaliada pela estimativa da carga que um ser humano ou um animal poderia levantar ou carre- 
gar (medida subjetiva). Posteriormente passou a ser obtida por meio do uso de balanças (medida objeti- 
va). Essa utilização já era comum por volta de 2000 a.C, e esse progresso foi, sem dúvida, provocado pela 
intensificação do comércio. 

Na Antigüidade, porém, as unidades de massa 
variavam de uma região para outra, o que trazia mui- 
ta confusão. E interessante notar que algumas unida- 
des de massa antigas ainda se mantêm em uso — o 
gado, por exemplo, continua sendo negociado em 
arrobas 1 5 kg). 

Uma terceira medida importante é o volume. 

Desde a Antigüidade, jarros e vasilhas foram utiliza- 
dos como unidades de medida para comercializar lí- 
quidos como o vinho, o leite etc. E o caso da ânfora 
dos romanos, equivalente a aproximadamente 25,44 
litros. Curiosamente, até o século XIX era comum, no 
interior do Brasil, a compra e venda de arroz, feijão, 
milho etc. em litros, já que as balanças eram raras e 
custavam caro. 



Mural egípcio em Tebas, mostrando barras tubulares de 
ouro contrabalançadas por um objeto que tem o formato 
da cabeça de um animal. 


g 

o 


274 



13/7/05, 10:01 


Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


274 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Na história da humanidade, surgiram muitas unidades de medida, o que terminou gerando muita 
confusão. Para a ciência, para a tecnologia e mesmo para as transações comerciais do dia-a-dia, é impor- 
tante que se adote um sistema (conjunto) de unidades simples, correlacionadas de modo racional e, se 
possível, válidas em todas as partes do planeta. Uma grande vitória foi conseguida com o chamado siste- 
ma métrico decimal. Veja, por exemplo, que as unidades de comprimento, de área e de volume estão 
relacionadas entre si: 

• para o comprimento, o metro (m) é a unidade básica; 

• para a área, o metro quadrado (m 2 ) é uma unidade derivada; 

• para o volume, o metro cúbico (m 3 ) é outra unidade derivada. 

O sistema métrico decimal foi criado na França, em 1 799, e adotado no Brasil em 1862. Atualmente, 
esse sistema é utilizado em quase todos os países. 

Racionalização ainda maior foi conseguida com o Sistema Internacional de Unidades (SI), que o Brasil 
adotou em 1 962. Esse sistema englobou e ampliou o sistema métrico decimal ao estabelecer o menor núme- 
ro possível de unidades básicas. Veja no quadro seguinte as sete unidades fundamentais do SI: 


Grandeza 

Unidade 

Símbolo 

Comprimento 

Metro 

m 

Massa 

Quilograma 

kg 

Tempo 

Segundo 

S 

Intensidade de corrente elétrica 

Ampère 

A 

Temperatura 

Kelvin 

K 

Quantidade de matéria 

Mol 

mol 

Intensidade luminosa 

Candeia 

cd 


Dessas unidades básicas resultam as chamadas unidades derivadas, como na seqüência (incompleta) 
apresentada abaixo: 


Grandeza 

Unidade 

Símbolo 

Superfície 

Metro quadrado 

m 2 

Volume 

Metro cúbico 

m 3 

Velocidade 

Metro por segundo 

m/s 


Acontece freqüentemente que o número resultante da medida de uma grandeza é "muito grande" ou 
"muito pequeno". Por exemplo, usando a unidade básica de comprimento, o metro, deveríamos dizer: 

• a distância entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro é 41 0.000 metros; 

• o tamanho de determinada célula animal é 0,000003 metro. 

Nesses casos, por questão de comodidade, usamos potências de 10 ou múltiplos ou submúltiplos 
decimais das unidades do SI. Dizemos então: 

• a distância entre São Paulo e o Rio de Janeiro é 4,1 - IO 5 metros ou 410 quilômetros (41 0 km); 

• o tamanho da célula animal é 3 ■ 1CT 6 metros ou 3 micrometros (3 pm). 

Os múltiplos e submúltiplos decimais oficialmente adotados pelo Sistema Internacional de Unidades são: 


Fator 

Prefixo 

Símbolo 


Fator 

Prefixo 

Símbolo 

10 18 

Exa 

E 


10 _1 

Deci 

d 

10 15 

Peta 

P 


1(T 2 

Centi 

c 

10 12 

Tera 

T 


1(T 3 

Mili 

m 

10 9 

Giga 

G 


1(T 6 

Micro 

p 

10 6 

Mega 

M 


IO 9 

Nano 

n 

10 3 

Quilo 

k 


IO 12 

Pico 

p 

10 2 

Hecto 

h 


IO 15 

Femto 

f 

10 1 

Deca 

da 


10-18 

Atto 

a 


Capítulo 11 * Massa atômica e massa molecular 


275 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


275 


29/5/05, 20:33 


Questões sobre a leitura 


Responda em 
seu caderno 


53 No que foram inspiradas as medições mais antigas? 

54 O que é um sistema de unidades? 

55 Quantas e quais são as unidades básicas do SI? 



— 

DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





56 (Fuvest-SP) O Brasil produz, por ano, aproximadamente, 

5.0 • 1 0 6 t de ácido sulfúrico, 1,2- 1 O 6 t de amónia e 

1 .0 • 1 0 6 1 de soda cáustica. Transformando-se toneladas 
em mols, a ordem decrescente de produção dessas subs- 
tâncias será: 

a) H 2 S0 4 > NH 3 > NaOH 

b) H 2 S0 4 > NaOH > NH 3 

c) NH 3 > H 2 S0 4 > NaOH 

d) NH 3 > NaOH > H 2 S0 4 

e) NaOH > NH 3 > H 2 S0 4 

57 (Cesgranrio-RJ) 6,67 g de uma cerâmica supercondutora 
de fórmula YBa 2 Cu 3 0 7 contêm, aproximadamente: 

a) 1 3 ■ 6,02 • 1 0 23 mols de cerâmica 

b) 6,02 • 1 0 25 átomos 

c) 13-1 O" 2 mols de cerâmica 

d) 1 O" 2 átomos 

e) 1 3 ■ 6,02 • 1 0 21 átomos 

58 (UFRGS-RS) Ao preparar-se soro caseiro para ser servido 
a crianças de uma creche, utilizou-se 1 mol de sacarose 
(C 12 H 22 O m ) e 0,5 mol de cloreto de sódio (NaCÍ), com 
água suficiente para se obterem cerca de 5 litros do soro. 
O número total de partículas dos dois solutos presentes 
nessa solução é cerca de: 

a) 1,5 -10 23 

b) 3,0 • 1 0 23 

c) 6,0 • 1 0 23 

d) 1,2- 10 24 

e) 9,0 • 1 0 24 

59 (UFMS) Um ourives, ao procurar ouro e cobre, matéria- 
prima para seu trabalho, encontrou-os na forma de fios. 
Comprou, então, um metro de fio de ouro e um metro 
de fio de cobre, pesando cada um, respectivamente, 

1 80.0 g e 63,5 g. A partir desses fatos, é correto afirmar 
que: 

(01) o fio de ouro tem maior número de átomos. 

(02) o fio de cobre tem maior número de átomos. 

(04) os fios de ouro e de cobre têm o mesmo número de 

átomos. 


(08) só é possível determinar o número de átomos para 
o fio de cobre. 

(16) é impossível determinar o número de átomos para 
ouro e cobre, pois não se conhece o diâmetro dos 
fios. 

(32) o número de átomos de ouro é o dobro do número 
de átomos de cobre nos fios. 

60 (Vunesp) O mercúrio, na forma iônica, é tóxico porque 
inibe certas enzimas. Uma amostra de 25,0 g de atum de 
uma grande remessa foi analisada e constatou-se que con- 
tinha 2,1 • 10" 7 mols de Hg 2+ . Considerando-se que os 
alimentos com conteúdo de mercúrio acima de 0,50 • 1 0" 3 g 
por quilograma de alimento não podem ser comercia- 
lizados, demonstrar se a remessa de atum deve ou não 
ser confiscada (massa atômica do Hg = 200). 

61 (PUC-RJ) 

a) O antimônio, elemento conhecido desde a Antigüi- 
dade, tem dois isótopos estáveis: 121 Sb (massa atômi- 
ca 1 20,90) e 123 Sb (massa atômica 1 22,90). Calcule a 
abundância percentual dos dois isótopos (massa atô- 
mica do antimônio = 121,7 u). 

b) Um pedaço de folha de alumínio tem um volume de 

2,00 cm 3 (massa atômica do alumínio = 26,98 u). 
Sendo a densidade do alumínio de 2,702 g/cm 3 , 
quantos átomos este pedaço de folha contém? 

62 (Unicamp-SP) O número atômico do magnésio é 1 2 e sua 
massa molar é 24,3 g • mol"'. Este elemento possui três 
isótopos naturais cujos números de massa são 24, 25 e 26. 

a) Com base nessas informações, responda qual dos 
isótopos naturais do magnésio é o mais abundante. 
Justifique. 

Ao se reagir apenas o isótopo 24 do magnésio com 
cloro, que possui os isótopos naturais 35 e 37, for- 
mam-se cloretos de magnésio que diferem entre si 
pelas massas molares. 

b) Quais são as massas molares desses cloretos de 
magnésio formados? Justifique. 


276 



Capitulo 11 -QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


ITTT 



LI 



Tópicos do capítulo 

1 Introdução 

2 O estado gasoso 

3 O volume dos gases 

4 A pressão dos gases 

5 A temperatura dos gases 

6 As leis físicas dos gases 

7 Equação geral dos gases 

8 Condições normais de pressão 
e temperatura (CNPT) 

9 Teoria cinética dos gases 

10 Gás perfeito e gás real 

1 1 Leis volumétricas das reações 
químicas (leis químicas dos 
gases) 

12 Volume molar 

13 Equação de Clapeyron 

14 Misturas gasosas 

15 Densidades dos gases 

16 Difusão e efusão dos gases 
Leitura: A camada de ozônio 


ESTUDO DOS GASES 



Festival de balonismo. 


Apresentação do capítulo 


O estado gasoso tem grande importância teórica e prática. Na prática, os gases são 
importantes na vida dos vegetais e dos animais (afinai, respiramos), assim como em 
indústrias e transportes. 

0 gás natural é um ótimo combustível e mais "limpo" que o carvão ou o petróleo. 

0 gás oxigênio, além de seu uso hospitalar, é usado na siderurgia, nos maçaricos de cortar 
e soldar metais etc. 

Do ponto de vista teórico, podemos dizer que o entendimento do papel dos gases foi muito 
importante para a compreensão das reações químicas. 


Capitulo 12A-QF1-PNLEM 277 29/5/05,20:37 




A 



INTRODUÇÃO 


O conhecimento dos gases e de suas propriedades é de grande importância na Química, uma 
vez que os gases estão sempre presentes em nosso dia-a-dia. De fato, o ar que respiramos é indis- 
pensável à nossa vida, como também à vida de todos os animais e vegetais (vivemos imersos na 
atmosfera terrestre). Vários elementos químicos importantes estão presentes em substâncias gaso- 
sas, em condições ambientes: H 2 , N 2 , 0 2 , F 2 , Cl 2 e os gases nobres. Muitos compostos químicos 
importantes também são gasosos: C0 2 , CO, NO, N0 2 , N 2 0, NH 3 , S0 2 , H 2 S, HCÍ, CH 4 etc. 



O ESTADO GASOSO 


Na página 61, já falamos do estado gasoso, comparando-o com o estado sólido e com o líquido. 
No entanto, é sempre importante relembrar que: 

• os gases têm massa, como mostramos na figura abaixo; 

Dois balões exatamente iguais, 
contendo iguais volumes de gás 
carbônico e de ar, mostram que 
o balão com C0 2 tem mais 
massa que o balão com ar. 

• os gases sempre tendem a ocupar todo o volume do recipiente que os contém (grande 
expansibilidade); 

• os gases são muito menos densos do que os sólidos e os líquidos (isto é, em igualdade de massa, 
ocupam um volume muito maior); 

• os gases sempre se misturam entre si (grande difusibilidade); 

• os volumes dos gases variam muito com a pressão (grande compressibilidade) e com a tempera- 
tura (grande dilatabilidade). 

Quando estudamos um gás, devemos considerar as seguintes grandezas fundamentais: a massa, o 
volume, a pressão e a temperatura. As influências da pressão e da temperatura são tão grandes que 
realmente só tem sentido mencionarmos o volume de um gás fornecendo também sua pressão e sua 
temperatura. 




O VOLUME DOS GASES 


De maneira simplificada podemos dizer que o volume de um gás coincide com o próprio volume 
do recipiente que o contém. 

No Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade padrão de volume é o metro cúbico (m 3 ), 
definido como o volume de um cubo cuja aresta tem 1 m de comprimento. No estudo dos gases, os 
volumes são também medidos em litros (L), em mililitros (mL), em centímetros cúbicos (cm 3 ) etc. É 
bom relembrar que: 


1 m 3 = 1 .000 L = 1 .000.000 mL (cm 3 ) 
1 L = 1.000 mL = 1.000 cm 3 
1 mL = 1 cm 3 


278 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


278 


6/7/05, 14:54 


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A 



A PRESSÃO DOS GASES 


Em Física, define-se pressão como o quociente entre uma força 
(que pode ser o peso) e a área da superfície onde a força está aplica- 
da. Matematicamente, temos: 


P = 


F_ 

S 



De certo modo, isso equivale a dividir a força em "forças meno- 
res", iguais entre si e distribuídas em cada unidade de área. 

No caso dos gases, a pressão resulta dos choques de suas partí- 
culas contra as paredes do recipiente que os contêm. 

Não confunda força (nem peso) com pressão. Lembre-se dos 
seguintes exemplos: 

• uma faca afiada corta melhor do que uma faca "cega", pois, afiando-se a faca diminui-se a área 
de atuação da força, resultando num aumento da pressão sobre o objeto a ser cortado; 

• deitar no chão faz doer as costas, pois o nosso corpo fica apoiado sobre alguns poucos pontos; 
sobre um colchão macio, porém, o peso de nosso corpo se distribui por uma área maior, conse- 
guindo-se assim uma pressão menor; 

• um faquir não se fere na cama de pregos, pois seu peso se distribui pelas pontas dos pregos, 
diminuindo a pressão sobre as suas costas. 

No SI, a unidade de pressão é o pascal (Pa), definido como a pressão exercida por uma força de 
1 N (1 newton) uniformemente distribuída sobre uma superfície plana de 1 m 2 de área, sendo essa 
superfície perpendicular à direção da força. Em outras palavras, 1 Pa é igual a 1 N/m 2 (lembre-se de que 
1 N é a força necessária para que 1 kg de massa seja acelerado à razão de 1 m/s 2 ). 

A pressão dos gases é também medida em milímetros de mer- 
cúrio, unidade que resulta de uma experiência clássica de Torricelli: 
quando um tubo completamente cheio de mercúrio é emborcado 
num recipiente que também contenha mercúrio, a altura h em que o 
mercúrio "estaciona" depende exclusivamente da pressão do ar at- 
mosférico. Esse aparelho, denominado barômetro de mercúrio, ser- 
ve para medir a pressão atmosférica. Se a experiência de Torricelli 
for feita ao nível do mar, a altura h será 76 cmHg (centímetros de 
mercúrio), ou 760 mmHg (milímetros de mercúrio), ou 760 torr 
(torricelli), ou, ainda, 1 atm (atmosfera). 

A seguir, apresentaremos as seguintes equivalências entre as 
unidades de pressão. 


Praticamente 

vácuo 


Pressão 
cio ar 



Unidade 
de área 


1 atm = 76 cmHg = 760 mmHg = 760 torr 
1 mmHg = 1 torr 
1 atm = 101.325 Pa (ou N/m 2 ) 

1 mmHg = 133,322 Pa (ou N/m 2 ) 


Evangelista Torricelli 


Físico e matemático italiano, nasceu em 
Faenza, em 1 608, e faleceu em Floren- 
ça, em 1647. Em 1643 fez experiên- 
cias com as bombas de extrair água de 
poços e em 1 644 construiu seu céle- 
bre tubo de Torricelli (barômetro de 
mercúrio), verificando então que a pres- 
são do ar, no alto das montanhas, é 
menor do que ao nível do mar. 



Gravura do séo. XVII sobre a famosa experiência de 
Torricelli no laboratório com um tubo de mercúrio, o que 
permitiu determinar o valor da pressão atmosférica. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


279 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


279 


6/7/05, 14:55 



GABOR NEMES/KINO 


A 


É interessante notar que a pressão atmosférica resulta do peso que a camada de ar atmosférico (de cerca 
de 800 km de espessura) exerce sobre nós e todos os objetos que estão na superfície da Terra. Sendo assim, 
à medida que subimos, a pressão atmosférica diminui. De fato, ao nível do mar ela é igual a 760 mmHg; na 
capital de São Paulo (780 m de altitude) é de cerca de 700 mmHg; na cidade de Campos de Jordão-SP 
(1 .650 m de altitude) é de 61 0 mmHg; no Monte Everest (8.850 m de altitude) é de 240 mmHg; a 1 0 km 
de altitude é de 205 mmHg; e assim por diante. É por isso que os aviões comerciais a jato, que voam em uma 
altitude média de 1 0 km, precisam ter cabine pressurizada para assegurar a respiração aos passageiros. 



Os barômetros 
medem a pressão 
do ar atmosférico. 



Os manómetros 
utilizados nos 
postos de serviços 
medem a pressão 
do ar no interior 
dos pneus. 



A TEMPERATURA DOS GASES 


A temperatura é uma grandeza que mede o grau de agitação das partículas (átomos ou moléculas) 
que constituem um corpo. Para um gás, a temperatura depende da velocidade (grau de agitação) das 
moléculas que o constituem. 

A temperatura dos gases pode ser medida com o auxílio de várias escalas termométricas diferentes. 

No Brasil, a escala usual é a escala Celsius (°C), que é uma escala centesimal (ou centígrada); nos 
Estados Unidos da América, por exemplo, é usada a escala Fahrenheit (°F). Em trabalhos científicos, 
todavia, usa-se a escala absoluta ou Kelvin (K), pois ela traz grandes simplificações nas leis e fórmulas 
em geral — e é adotada pelo SI. A figura abaixo compara a escala Kelvin com a escala Celsius. 


Escala Escala 

Celsius Kelvin 


- 1 00 °C 

e 

o°c-- 


373 K 
T 

273 K 


-273 °C 

i 


1 


0 K 


Portanto, para transformar graus Celsius (0) 
em kelvins (T): 


T = 9 + 273 


William Thomson (Lord Kelvin of Largs) 


Físico irlandês, nasceu em Belfast, em 
1 824, e faleceu em Largs, em 1 907. Em 
Geologia, estudou a idade da Terra. Em 
1 852, criou a escala absoluta de tem- 
peraturas, hoje chamada de escala 
Kelvin, de grande importância para a 
ciência. É considerado um dos pais da 
Físico-Química. 



280 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


280 


6/7/05, 14:56 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


ZERO ABSOLUTO 


O ponto inicial da escala absoluta ou escala Kelvin é chamado de zero absoluto. Esse ponto corres- 
ponde à temperatura de -273,1 6 °C. Até hoje não se conseguiu chegar a essa temperatura, mas já foram 
obtidos valores muito próximos. O zero absoluto é uma temperatura de grande importância teórica para 
a Física e para a Química. Supõe-se que, nessa temperatura, várias condições excepcionais serão obtidas: 
todas as substâncias estarão no estado sólido; cessarão o movimento e a agitação dos átomos e das 
moléculas; a resistência elétrica dos metais cairá a zero (é o fenômeno da supercondutividade elétrica). 

Os jornais de grande circulação anunciaram, em setembro de 2003, que uma equipe de físicos do 
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) dos Estados Unidos conseguiu a temperatura mais 
baixa registrada até aquela data: meio bilionésimo de grau acima do zero absoluto. 


O MAGO DE ID PAR KE R & HART 



Responda em 
seu caderno 


a) Quais são as grandezas fundamentais no estudo dos gases? 

b) O que é pressão? 

c) Qual a relação entre a temperatura absoluta (K) e a escala Celsius (°C)? 



CYCDCÍriOÇ Registre as respostas 
CACKUUUj e m seu caderno 


Exercício resolvido 

1 A quantos litros corresponde o volume de 7,5 m 2 3 * 5 ? 


Resolução 

Essa conversão é resolvida pela seguinte regra de três: 

1 m 3 1.000 L 

7,5 m 3 x 


x = 7.500 L 


Resumindo, para transformar metros cúbicos em li- 
tros, ou vice-versa, temos: 

Multiplica-se por 1.000 

m 3 - L 

Divide-se por 1 .000 

Analogamente: 

Multiplica-se por 1.000 

L ■ < mLfoucm 3 ) 

Divide-se por 1.000 


2 A quantos mililitros (ou cm 3 ) correspondem 2,5 L? 

Exercício resolvido 

3 A quantos milímetros de mercúrio corresponde uma 
pressão de 5 atm? 

Resolução 

1 atm 760 mmHg 

5 atm x 


x = 3.800 mmHg 


Em resumo, para transformar atmosferas em milí- 
metros de mercúrio, ou vice-versa, temos: 

Multiplica-se por 760 

atm - =+ mmHg 

Divide-se por 760 


4 A quantas atmosferas corresponde a pressão de 1 97,6 cm 
de mercúrio? 

5 Dentre os valores apresentados abaixo, qual indica a pres- 
são mais elevada? 

a) 1,2 atm c) 80 cmHg e) 70 cmHg 

b) 700 mmHg d) 0,8 atm 

6 Qual é a pressão equivalente a 4,5 atm? 

a) 342 mmHg d) 34,2 mHg 

b) 3.420 cmHg e) 342 dmHg 

c) 3.420 torr 


Exercício resolvido 

7 Qual é a temperatura Kelvin correspondente a 40 °C? 


Resolução 


Pela fórmula 7= 0 + 273, temos: 


7= 40 + 273 


7= 313 K 


8 Qual é a temperatura centígrada correspondente a 200 K? 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


281 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


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6 


AS LEIS FÍSICAS DOS GASES 


São leis experimentais que mostram como varia o volume de um gás quando a pressão e a 
temperatura desse gás variam. Considerando que essas variações são transformações físicas, concluí- 
mos que essas leis são mais pertinentes à Física do que à Química. 

Algumas expressões comumente usadas são: 

• estado de um gás — são as condições de volume (\/), pressão (P) e temperatura ( T ) em que esse 
gás se encontra; 

• variáveis de estado — são as grandezas V, P e T; 

• transformações gasosas — são as variações de V, P e/ou T. 

6.1. Lei de Boyle-Mariotte 

Se você apanhar uma bomba de encher pneu de bicicleta, puxar o êmbolo total 
mente para fora, fechar a saída de ar com um dedo e empurrar o êmbolo, notará que é 
possível deslocá-lo um pouco para dentro — quanto maior for a força que você con- 
seguir exercer, maior será esse deslocamento. 

Pois bem, os cientistas Boyle e Mariotte fizeram, cada um a seu tempo, uma 
experiência semelhante que veio a resultar na lei que leva seus nomes: eles 
provocaram a variação da pressão de uma determinada massa de gás, mas 
tendo o cuidado de mantê-lo a temperatura constante. É o que se 
de transformação isotérmica (do grego: iso, igual; thermo, calor). No 
cilindro ilustrado abaixo, notamos que, aumentando a pressão sobre o 
gás, o volume deste diminui, dando resultados como os que são mostra- 
dos na tabela a seguir. 

Transformação isotérmica 


— Massa constante *■ 

Temperatura constante ► 

1 ° estado 2 o estado 

Na tabela abaixo, podemos observar que o produto P V é constante. 


Pressão (P) (em atm) 

Volume (V) (em mL) 

Produto PV 

2 

600 

1.200 

4 

300 

1.200 

6 

200 

1.200 

8 

150 

1.200 





Observamos assim que dobrando, triplicando 
etc. a pressão sobre o gás, seu volume se reduz à 
metade, a um terço etc., permanecendo constan- 
te, porém, o produto PV. Por isso dizemos, mate- 
maticamente, que a pressão e o volume são gran- 
dezas inversamente proporcionais. Dessas observa- 
ções, vem o enunciado da lei de Boyle-Mariotte: 

Sob temperatura constante, o vo- 
lume ocupado por determinada mas- 
sa gasosa é inversamente proporcio- 
nal à sua pressão. 


Robert Boyle e Edme Mariotte 

Filósofo e naturalista inglês, nasceu em Lis- 
more Castle, em 1 627, e faleceu em Lon- 
dres, em 1691. Boyle estudou os gases 
com afinco e é considerado um dos fun- 
dadores da Química. Seu livro 0 químico 
cético mudou a interpretação da Quími- 
ca, no seu tempo. Boyle foi também um 
dos fundadores da Sociedade Real de 
Ciências da Inglaterra. 

Em 1 676, o físico francês Edme Mariotte 
(1620-1684) repetiu a experiência de Boyle e a divulgou na 
França, dizendo honestamente que a descoberta fora devida 
ao cientista inglês. 



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Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


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Esse enunciado pode ter as seguintes representações: 

Representação matemática 


Representação gráfica 



AS LEIS DA CIÊNCIA SÓ VALEM DENTRO DE CERTOS LIMITES 


De fato, na compressão dos gases é muito comum acontecer o seguinte (acompanhe as setas no 
gráfico): aumentando-se a pressão sobre o gás, seu volume diminui gradativamente até o ponto A, 
onde o gás se liquefaz; de A (gás) para B (líquido), seu volume se reduz bruscamente; e, em seguida, 
praticamente não varia mais (B — > C), pois os líquidos são pouco compressíveis. Evidentemente, a 
partir de A, a lei de Boyle-Mariotte deixa de ser válida. 

Essa situação pode ser visualizada nos isqueiros a gás de corpo transparente, nos quais é possível 
enxergar o gás liquefeito. 



6.2. Lei de Gay-Lussac 

Se você encher um balão de borracha (do tipo usado 
em festas) e deixá-lo por algumas horas na geladeira, verá 
que o volume do balão diminui com o resfriamento. E, reti- 
rando esse balão da geladeira, notará que o volume desse 
balão volta ao inicial. 






Vamos imaginar, agora, o aquecimento de determinada massa de gás mantido à pressão constan- 
te. Trata-se de uma transformação isobárica (do grego: isos, igual; baros, pressão). No cilindro repre- 
sentado abaixo, notamos que, aumentando a 
temperatura do gás, seu volume também aumen- 
ta, dando resultados como os mostrados na ta- 
bela a seguir. 

Transformação isobárica 


Joseph Louis Cay-Lussac 


1 2 estado 


OO 


Massa 

constante 


estado 


Nasceu em Saint Leonard, França, em 
1 778, e faleceu em Paris, em 1 850. 
Fez importantes estudos sobre a ex- 
pansão dos gases. 

Realizou também a síntese da água, 
verificando que sempre 2 volumes de 
hidrogênio se combinam com 1 vo- 
lume de oxigênio. A simplicidade 
dessa relação levou Gay-Lussac à 
descoberta das leis das reações em 
volumes gasosos, que estudaremos 
mais adiante. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


283 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


283 


29/5/05, 20:38 




Na tabela abaixo, podemos observar que a relação y- é constante. 


Temperatura (T) (em kelvins) 

Volume (V) (em mL) 

Quociente - 

100 

200 

2 

200 

400 

2 

300 

600 

2 

400 

800 

2 


Observamos assim que dobrando, triplicando etc. a temperatura absoluta do gás, seu volume 
também dobra, triplica etc., permanecendo constante, porém, o quociente y . Por isso dizemos, mate- 
maticamente, que a temperatura absoluta e o volume são grandezas diretamente proporcionais. Dessas 
observações, vem o enunciado da lei de Gay-Lussac: 

Sob pressão constante, o volume ocupado por determinada massa gasosa é direta- 
mente proporcional à sua temperatura absoluta. 

Desse enunciado resultam as seguintes representações: 

Representação matemática Representação gráfica 



6.3. Lei de Charles 

Você já deve ter ouvido falar que a pressão dos pneus de um carro aumenta em dias muito quentes. 
Você sabe, também, que é muito perigoso aquecer recipientes fechados, mesmo quando "vazios". Na 
verdade, um recipiente "vazio" contém ar e/ou resíduos de produto. Quando aquecido, a pressão do 
conteúdo aumenta e o recipiente pode explodir. A lei de Charles se aplica a situações desse tipo. 

Vamos imaginar, agora, o aquecimento de determinada massa de gás mantido a volume constan- 
te. Trata-se de uma transformação isovolumétrica (ou isométrica, ou isocórica — do grego: iso, igual; 
coros, volume). No cilindro representado abaixo (agora com a tampa "travada"), notamos que, aumen- 
tando a temperatura do gás, sua pressão também aumenta, dando resultados como os mostrados na 
tabela a seguir. 


Transformação isométrica 



1 a estado 2- estado 


Jacques Alexandre César Charles 

Cientista francês, nasceu em Beau- 
gency, em 1 746, e faleceu em Pa- 
ris, em 1823. Pesquisou a expan- 
são dos gases para fabricar termô- 
metros de precisão, chegando as- 
sim à lei que hoje leva seu nome. 

È 

o 

o 


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Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Na tabela abaixo, podemos observar que a razão — é constante. 


Temperatura (T) (em kelvins) 

Pressão (P) (em atm) 

Quociente -Ç- 

100 

3 

0,03 

200 

6 

0,03 

300 

9 

0,03 

400 

12 

0,03 


Observamos assim que dobrando, triplicando etc. a temperatura absoluta do gás, sua pressão 
também dobra, triplica etc., permanecendo constante, porém, o quociente -y . Por isso dizemos, mate- 
maticamente, que a temperatura absoluta e a pressão são grandezas diretamente proporcionais. Dessas 
observações, vem o enunciado da lei de Charles: 


Sob volume constante, a pressão exercida por uma determinada massa gasosa é dire- 
tamente proporcional à sua temperatura absoluta. 


Este enunciado pode ter as seguintes representações: 

Representação matemática 


Representação gráfica 



ES35B3S m 

As duas últimas leis foram concluídas independentemente por Gay-Lussac e por Charles. Por esse motivo, 
alguns livros chamam a penúltima lei de primeira lei de Charles-Gay-Lussac e, a última, de segunda lei 
de Charles-Gay-Lussac. 


Resumindo as transformações e as leis que acabamos de estudar, temos: 


Transformação 

Volume 

Pressão 

Temperatura 

Lei 

Fórmula 

Isotérmica 

Varia 

Varia 

Constante 

Boyle-Mariotte 

PV = constante 

Isobárica 

Varia 

Constante 

Varia 

Gay-Lussac 

— = constante 
T 

Isovolumétrica ou isométrica ou isocórica 

Constante 

Varia 

Varia 

Charles 

— = constante 
T 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


285 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


285 


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A 


EQUAÇÃO GERAL DOS GASES 


Reunindo as três fórmulas vistas nas três leis físicas dos gases, chegamos à fórmula matemática: 

P,V, P 2 V 2 PV , , 

— 1 ou = constante 

T , T 2 T 

que é a chamada equação geral dos gases. Note que ela só é válida para uma massa constante de um 
mesmo gás. 


CONDIÇÕES NORMAIS DE PRESSÃO E TEMPERATURA (CNPT) 


Por definição, chamamos condições normais de pressão e temperatura (CNPT ou CN) a: 

Pressão = 1 atm = 760 mmHg 
Temperatura = 0 °C = 273 K 

É usual indicarmos o gás nas condições normais por V 0 , P 0 e T 0 . 



TEORIA CINÉTICA DOS GASES 


Essa teoria procura dar uma idéia da estrutura interna dos gases (de como é um gás "por dentro"), 
criando um modelo que possa explicar os fenômenos e as leis experimentais mencionadas anteriormente. 

Em linhas gerais, a teoria cinética dos gases diz que: 

• Todo gás é formado por partículas minúsculas (átomos, 
moléculas, íons) em movimento livre, desordenado e 
com alta velocidade. Esse movimento é denominado 
agitação térmica. Por exemplo, a velocidade das mo- 
léculas do ar, nas condições ambientes, é de cerca de 
1 .400 km/h. A maior ou menor temperatura de um gás 
é a medida do maior ou menor grau de agitação térmi- 
ca de suas partículas. 

• As partículas de um gás estão muito afastadas umas das 
outras, isto é, o espaço que elas ocupam é desprezível em 
face do espaço "vazio" existente no estado gasoso. Por exemplo, o volume próprio das molécu- 
las de N 2 e de 0 2 existentes no ar, nas condições ambientes, é cerca de 0,1 % do volume ocupado 
pelo ar. Tal fato explica por que os gases têm densidades baixas, podem serfacilmente comprimi- 
dos e se misturam com muita facilidade. Além disso, estando muito afastadas, as partículas se 
atraem muito pouco, o que explica a expansão fácil dos gases e sua grande dilatação com o calor. 

• As partículas de um gás se chocam de forma perfeitamente elástica entre si e contra as paredes 
do recipiente que as contém, isto é, sem perder energia cinética e quantidade de movimento. 
Isso explica por que o movimento das partículas é perpétuo. Além disso, é fácil compreender que 
a pressão exercida por um gás dentro de um recipiente resulta dos choques de suas partículas 
contra as paredes desse recipiente. Por exemplo, dentro do pneu de um automóvel, é o choque 
das moléculas de ar com as paredes do pneu que mantém o pneu cheio; e também se percebe 
que a mesma pressão é exercida em todas as direções. 

• As moléculas não exercem força umas sobre as outras, exceto quando colidem. Entre as colisões, 
apresentam movimento retilíneo e uniforme. Isso equivale a desprezar as forças gravitacionais e 
as forças intermoleculares. 



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Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


10 


GÁS PERFEITO E GÁS REAL 


Gás perfeito, ou gás ideal, seria o gás que obedeceria, rigorosamente, às leis e fórmulas estudadas 
neste capítulo, em quaisquer condições de pressão e temperatura e também deveria encaixar-se perfei- 
tamente no modelo descrito pela teoria cinética. Na prática tal gás não existe. 

Os gases comuns, que chamaremos de gases reais, sempre se afastam do comportamento de um gás 
perfeito, principalmente a pressões muito altas e/ou temperaturas muito baixas. Nesses casos, o volume dos 
gases se reduz bastante, e as partículas se avizinham, passando umas a interferir no movimento das outras. 
Como conseqüência, o comportamento dos gases passa a se afastar daquele previsto pela teoria cinética. 

Desse modo, podemos concluir que um gás real se assemelha mais ao gás perfeito à medida que a 
pressão diminui e a temperatura aumenta; em outras palavras, o comportamento de um gás será 
tanto mais perfeito quanto mais rarefeito ele estiver. 


ATIVIDADES PRÁTICAS 

— 


i â 

Materiais 

• 1 saco de lixo de cor preta 

Procedimento 

• Abra o saco de lixo para que entre ar dentro dele. • Fe- 
che-o muito bem e deixe-o sob o calor do sol. • Anote as 
observações no caderno. 

Pergunta 

1) O que ocorreu com o saco de lixo deixado ao sol? 
Por quê? 

2 a 

Materiais 

• 1 seringa plástica sem agulha 

Procedimento 

• Puxe o êmbolo da seringa até a metade para que o 
ar entre dentro dela e feche-a, na extremidade, com o 
dedo. • Sempre com a extremidade da seringa fechada, 
pressione (aumente a pressão sobre) o êmbolo para re- 
duzir o volume de ar dentro da seringa. • Solte o êmbolo 
e observe, anotando no caderno, o que ocorre. • Ainda 
com a extremidade da seringa fechada, puxe o êmbolo a 
fim de aumentar o volume de ar dentro dela. • Solte o 
êmbolo e observe, anotando no caderno, o que ocorreu. 


Perguntas 

1 ) Como varia o volume de ar dentro da seringa em rela- 
ção à pressão exercida no êmbolo? 

2) O que ocorre com os balões cheios de gás hélio quan- 
do eles escapam para a atmosfera? Por quê? 

3 â 

Materiais 

• 1 balão de borracha (do tipo usado em festas) 

Procedimento 

• Encha o balão de borracha e feche-o muito bem. • Co- 
loque o balão cheio de ar no congelador (ou no freezer) 
por 1 hora. • Depois, retire o balão do congelador e ano- 
te imediatamente no caderno as observações. • Aguarde 
alguns minutos e observe novamente o balão, anotando 
no caderno as observações. 

Perguntas 

1) Como varia o volume de ar dentro do balão em rela- 
ção à temperatura? Por quê? 

2) A pressão do ar dentro dos pneus de um automóvel é 
maior quando o carro está em movimento ou quando 
ele está parado? Por quê? 

3) A pressão do ar dentro dos pneus de um automóvel é 
maior em dias mais quentes ou em dias mais frios? 
Por quê? 


Responda em 
seu caderno 


a) Sob temperatura constante, qual a relaçao entre o volume ocupado por determina- 
da massa gasosa e sua pressão? 

b) Sob pressão constante, qual a relação entre o volume ocupado por determinada 
massa gasosa e sua temperatura absoluta? 

c) Sob volume constante, qual a relação entre a pressão exercida por determinada 
massa gasosa e sua temperatura absoluta? 

d) Quais valores, de pressão e temperatura, correspondem às condições normais de 
pressão e temperatura (CNPT)? 

e) O que enuncia a teoria cinética? 

f) O que é gás perfeito ou ideal? 



Capítulo 12 • Estudo dos gases 


287 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


287 


29/5/05, 20:39 




EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Exercício resolvido 

9 Vinte litros de gás hidrogênio foram medidos a 27 °C 
e 700 mmHg de pressão. Qual será o novo volume 
do gás, a 87 °C e 600 mmHg de pressão? 

Resolução 

Vamos aplicar a equação geral dos gases: 

m _ PiY 2 

t, t 2 

É importante lembrar que nessa fórmula a pressão e 
o volume podem ser usados em quaisquer unida- 
des; a temperatura, contudo, será obrigatoriamen- 
te em kelvins: 

700 • 20 = 600 • V 2 

(27 + 273) (87 + 273) 


V 2 = 28 L 


10 (Estácio-RJ) Um volume de 1 0 L de um gás perfeito teve 
sua pressão aumentada de 1 para 2 atm e sua tempera- 
tura aumentada de -73 °C para +127 °C O volume 
final, em litros, alcançado pelo gás foi de: 

a) 50 d) 10 

b) 40 e) 20 

c) 30 

11 (Cesgranrio-RJ) Você brincou de encher, com ar, um ba- 
lão de gás, na beira da praia, até um volume de 1 L e o 
fechou. Em seguida, subiu uma encosta próxima carre- 
gando o balão, até uma altitude de 900 m, onde a pres- 
são atmosférica é 1 0% menor do que a pressão ao nível 
do mar. Considerando que a temperatura na praia e na 
encosta seja a mesma, o volume de ar no balão, em L, 
após a subida, será de: 

a) 0,8 d) 1,1 

b) 0,9 e) 1,2 

c) 1,0 

12 (PUC-RJ) Um pneu de bicicleta é calibrado a uma pressão 
de 4 atm em um dia frio, à temperatura de 7 °C O volu- 
me e a quantidade de gás injetada são os mesmos. Qual 
será a pressão de calibração no pneu quando a tempera- 
tura atinge 37 °C? 

a) 21,1 atm d) 760 mmHg 

b) 4,4 atm e) 2,2 atm 

c) 0,9 atm 

13 (F. M. Pouso Alegre-MG) Ao sair de viagem, o motorista 
calibrou os pneus de seu veículo colocando no seu inte- 
rior 2 atm de pressão, num dia quente (27 °C). Ao che- 
gar ao destino, mediu novamente a pressão dos pneus 
e encontrou 2,2 atm. Considerando-se desprezível a va- 
riação do volume, a temperatura do pneu, ao final da 
viagem, era: 

a) 660 °C d) 272 °C 

b) 57 °C e) 26,7 °C 

c) 330 °C 

288 


14 (Unifor-CE) Examine a figura abaixo. 



A pressão do gás dentro da seringa pode ser diminuída: 

a) colocando a seringa em água gelada, mantendo a 
extremidade tampada. 

b) apertando o êmbolo, mantendo a extremidade tam- 
pada. 

c) abrindo a extremidade e sugando mais ar para dentro 
da seringa. 

d) colocando a seringa em água quente, mantendo a 
extremidade tampada. 

e) abrindo a extremidade e expulsando metade do ar 
para fora da seringa. 


Exercício resolvido 

1 5 (EEM-SP) De um estado inicial de 4 L, 2 atm e 300 K, 
um gás perfeito é submetido a uma expansão 
isobárica até duplicar seu volume. Em seguida, é 
comprimido isotermicamente até seu volume origi- 
nal e, finalmente, a volume constante, é resfriado 
até sua pressão inicial. 

1 . Represente as transformações num diagrama P 
em função de V. 

2. Calcule a temperatura do gás durante a com- 
pressão isotérmica e a pressão por ele atingida 
ao seu final. 

Resolução 

1 • P (atm) 

3 



4 8 V (L) 

2. Do estado 1 para o estado 2 a pressão é constan- 
te (2 atm) e, então, temos: 

ü = Ü => 4 _ 8 

7j T 2 300 T 2 

Essa (600 K) é a temperatura durante a compres- 
são isotérmica, e no seu final o próprio gráfico 
indica que: 

P 3 = 4 atm 


T 2 = 600 K 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


288 


29/5/05, 20:39 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





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16 (UFC-CE) O gráfico abaixo ilustra o comportamento re- 
ferente à variação da pressão, em função do volume, de 
um gás ideal, à temperatura constante: 



Analise o gráfico para escolher a alternativa correta. 

a) Quando o gás é comprimido nessas condições, o pro- 
duto da pressão pelo volume permanece constante. 

b) Ao comprimir o gás a um volume correspondente à 
metade do volume inicial, a pressão diminuirá por 
igual fator. 


c) 


Ao diminuir a pressão a um valor correspondente a 


2 

3 


da pressão inicial, o volume diminuirá pelo mesmo fator. 

d) O volume da amostra do gás duplicará, quando a pres- 
são final for o dobro da pressão inicial. 

e) Quando a pressão aumenta por um fator correspon- 

p 

dente ao triplo da inicial, a razao - sera sempre igual 
à temperatura. 


1 7 (UFRGS-RS) Considere a seguinte transformação que ocor- 
re com uma amostra gasosa de massa "m" apresentando 
comportamento de um gás ideal. 



Estado inicial Estado final 


7, 
P , 
V, 


T 2 = 2 7, 

P 2 =P, 

V 2 =2V, 


O gráfico que melhor representa essa transformaçao é: 




18 (Unb-DF) Os pneus de um veículo em movimento "es- 
quentam", melhorando sua aderência ao piso. Supondo 
que não haja variação no volume do ar contido no pneu, 
o gráfico que melhor representa a variação de pressão 
no seu interior, em função da temperatura absoluta é: 




c) 


P 


T 


Exercício resolvido 

1 9 Reduza às condições normais de pressão e tempera- 
tura 38 L de cloro, que foram medidos a 1 27 °C e à 
pressão de 720 mmHg. 

Resolução 

Reduzir um gás às condições normais significa cal- 
cular o novo volume que o gás irá ocupar nas condi- 
ções normais de pressão e temperatura. 

PV = fX_ 720 • 38 = 760 • V 0 

T 7o ^ (127 + 273) 273 ^ 


Vo = 24,57 L (CNPT) 


20 (F. M. Pouso Alegre-MC) Um gás ocupa um volume de 
200 mL a uma pressão de 380 mmHg a uma temperatu- 
ra de 27 °C. Seu volume nas condições normais de tem- 
peratura e pressão será: 

a) 91,0 mL c) 910,0 mL e) 2,0 mL 

b) 200,0 mL d) 20,0 mL 

21 (Vunesp) Segundo a lei de Charles-Gay-Lussac, manten- 
do-se a pressão constante, o volume ocupado por um gás 
aumenta proporcionalmente ao aumento da temperatu- 
ra. Considerando a teoria cinética dos gases e tomando 
como exemplo o gás hidrogênio (H 2 ), é correto afirmar 
que este comportamento está relacionado ao aumento: 

a) do tamanho médio de cada átomo de hidrogênio (H), 
devido à expansão de suas camadas eletrônicas. 

b) do tamanho médio das moléculas de hidrogênio (H 2 ), 
pois aumentam as distâncias de ligação. 

c) do tamanho médio das moléculas de hidrogênio (H 2 ), 
pois aumentam as interações entre elas. 

d) do número médio de partículas, devido à quebra das 
ligações entre os átomos de hidrogênio (H 2 — » 2 H). 

e) das distâncias médias entre as moléculas de hidrogê- 
nio (H 2 ) e das suas velocidades médias. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


289 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


289 


29/5/05, 20:40 





EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

7 N 

Registre as respostas 
em seu caderno 




22 (UFU-MG) A atmosfera é composta por uma camada de 
gases que se situam sobre a superfície da Terra. Imediata- 
mente acima do solo ocorre uma região da atmosfera 
conhecida como troposfera, na qual ocorrem as nuvens, 
os ventos e a chuva. Ela tem uma altura aproximada de 
1 0 km, a temperatura no seu topo é de cerca de -50 °C 
e sua pressão é de 0,25 atm (dado: 0 kelvin = —273 °C). 
Se um balão resistente a altas pressões, cheio com gás 
hélio até um volume de 10,0 L a 1,00 atm e 27,0 °C é 
solto, o volume desse balão, quando chegar ao topo da 
troposfera, será de: 

a) 40,0 L c) 36,3 L e) 52,5 L 

b) 74,1 L d) 29,7 L 

23 (PUC-Rj) A cada 10 m de profundidade a pressão sobre 
um mergulhador aumenta de 1 atm com relação à pres- 
são atmosférica. Sabendo-se disso, qual seria o volume 
de 1 litro de ar (comportando-se como um gás ideal) 
inspirado pelo mergulhador ao nível do mar, quando ele 
estivesse a 30 m de profundidade? 

a) 3 L c) 25 mL e) 333 mL 

b) 4 L d) 250 mL 


24 (UFF-RJ) Num recipiente com 12,5 mL de capacidade, 
está contida certa amostra gasosa cuja massa exercia uma 
pressão de 685,0 mmHg, à temperatura de 22 °C. Quan- 
do esse recipiente foi transportado com as mãos, sua tem- 
peratura elevou-se para 37 °C e a pressão exercida pela 
massa gasosa passou a ser de, aproximadamente: 

a) 0,24 atm c) 0,95 atm e) 2,00 atm 

b) 0,48 atm d) 1,50 atm 


25 De um gás, 500 mL foram, inicialmente, medidos à pres- 
são de 650 mmHg e à temperatura de 73 °C abaixo de 
zero. A seguir, o volume do gás foi reduzido a 400 mL e 
a temperatura foi elevada a 127 °C. Pede-se a pressão 
final do gás em atmosferas. 

26 (EEM-SP) Uma determinada massa gasosa, confinada em 
um recipiente de volume igual a 6,0 L, está submetida a 
uma pressão de 2,5 atm e sob temperatura de 27 °C. 
Quando a pressão é elevada em 0,5 atm, nota-se uma 
contração no volume de 1,0 L. 

a) Qual a temperatura em que o gás se encontra? 

b) Que tipo de transformação ocorreu? 


V (L) 



27 (UFC-CE) O gráfico ao 
lado representa um 
processo cíclico (ciclo) 
a que é submetido um 
gás ideal. 

Analise-o. A opção em 
que aparece a corres- 
pondência das etapas 
numeradas (1 — > 2, 2 — 
denominações, é: 

a) isobárica, adiabática e isotérmica. 

b) isovolumétrica, isobárica e isotérmica. 

c) isovolumétrica, isotérmica e isobárica. 

d) isotérmica, isobárica e isovolumétrica. 

e) isovolumétrica, isobárica e adiabática. 


T (K) 


3 e 3 — > 1 ), com suas respectivas 


28 (Faap-SP) De um estado inicial de 2 L, 1 atm e 300 K, um 
gás perfeito é submetido a uma expansão isobárica até 
duplicar seu volume. Em seguida, é comprimido 
isotermicamente até seu volume original. Calcule a tem- 


peratura do gás durante a compressão isotérmica e a pres- 
são por ele atingida ao seu final. 

Sugestão: Construa o gráfico correspondente ao pro- 
blema. 


29 (UFC-CE) Considere o 
gráfico ao lado, represen- 
tativo de um processo 
cíclico para um gás ideal. 

Das afirmativas abaixo, 
qual é a opção correta? 

a) Na etapa II ocorre 
uma expansão adia- 
bática. 

b) Na etapa I ocorre uma expansão isotérmica. 

c) Na etapa III ocorre uma compressão isobárica. 

d) Na etapa IV ocorre uma expansão isotérmica. 

e) Na etapa I ocorre uma expansão isobárica. 
Observação : Adiabática é a transformação em que o gás 
não cede nem recebe calor do meio ambiente. O gás de- 
verá estar, portanto, em um recipiente termicamente 
isolado (como, por exemplo, uma garrafa térmica). Em 
geral, em uma transformação adiabática, o gás se aque- 
ce se for comprimido e se resfria se sofrer uma expansão 
(fato que é aproveitado nas geladeiras). 



30 (PUC-SP) Uma amostra de gás oxigênio (0 2 ) a 25 °C está 
em um recipiente fechado com um êmbolo móvel. Indi- 
que qual dos esquemas abaixo melhor representa um 
processo de expansão isotérmica. 


a) 



■ 




oo 8 oo 8 


f) m 

| ^ 

8 00 oo 8 


00 8 00 § 
8 00 OQ 8 


8 oo 8 oo 

8oo °°8 


Situação 1 Situação 2 


b) 



1 




8 

CO 

8 

CO 


A II a ! 

, ^ 

8 oo ^8 


oo 8 OO 8 

8 °° oo 8 




Situação 1 


Situação 2 

1 

|| | II 


oo 8 

OO O 

8 °° 8 
OO 

oo 8 oo 8 

8 °° oo 8 


Situação 1 


Situação 2 

■ 

fl 1 A 


0° Q 

OO O 

o oo 
8 oo 8 

oo 8 °o 8 

8 00 oo 8 


Situação 1 


Situação 2 

■ 

A ■ A 


o ° ° o ° 

o o o o 

OO 8 OO 8 

8 00 oo 8 


° o ° 
o 

o o o 

Situação 1 


Situação 2 


290 



Capitulo 12A-QF1-PNLEM 


290 


29/5/05, 20:40 


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A 


_ LEIS VOLUMÉTRICAS DAS REAÇÕES QUÍMICAS 
UJ (LEIS QUÍMICAS DOS GASES) 


As leis físicas dos gases que vimos nas páginas 282 a 285 deste capítulo (leis de Boyle-Mariotte, 
Gay-Lussac e Charles) se referem às transformações físicas sofridas pelos gases. Agora vamos conside- 
rar as chamadas leis volumétricas, que se referem aos volumes dos gases que participam de uma 
reação química. De certo modo, as leis volumétricas complementam as leis ponderais das reações — as 
que tratam das massas dos participantes de uma reação química (vide páginas 50 e 51). 

11.1. Leis volumétricas de Gay-Lussac 

No começo do século XIX, Gay-Lussac comprovou experimentalmente várias relações entre os 
volumes dos gases que reagem quimicamente. Essas relações foram denominadas leis volumétricas 
ou lei das combinações dos volumes gasosos. Atualmente elas podem ser resumidas em um único 
enunciado: 


Quando medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura, os volumes dos 
reagentes e dos produtos gasosos formam uma proporção constante, de números intei- 
ros e pequenos. 


1- exemplo 

Na reação entre os gases hidrogênio e cloro, foram medidos os seguintes volumes: 
Hidrogênio + Cloro ► Gás clorídrico 

15 L + 15 L * 30 L (P, Tconstantes) 

Ora, simplificando esses números, temos 1:1:2, que é uma proporção de números inteiros e 
pequenos. 

2 a exemplo 

Na reação entre os gases hidrogênio e oxigênio, medimos: 

Hidrogênio + Oxigênio * Água 

6 m 3 + 3 m 3 * 6 m 3 vapor de água (P, Tconstantes) 

Simplificando a proporção 6:3:6, temos 2:1:2, que é, mais uma vez, uma seqüência de 
números inteiros e pequenos. Note que só podemos aplicar essa lei à água enquanto ela estiver na 
forma de vapor, pois a lei aplica-se exclusivamente às substâncias no estado gasoso. 

É interessante notar que, nesse exemplo, os 9 m 3 iniciais (3 + 6 = 9) produzirão apenas 6 m 3 finais. 
Dizemos então que houve, durante a reação, uma contração de volume de 9 m 3 para 6 m 3 , ou de 3 : 2, 

ou, ainda, de — do volume inicial. 


11.2. Hipótese ou lei de Avogadro 

Essa lei diz que: 


Volumes iguais de gases quais- 
quer, quando medidos à mesma pres- 
são e temperatura, encerram o mes- 
mo número de moléculas. 


Amedeo Avogadro 



Nasceu em Turim, Itália, em 1 776, e faleceu 
na mesma cidade, em 1856. Sua hipótese 
não foi entendida, quando ele a anunciou 
em 1 81 1 . Somente em 1 860, outro quími- 
co italiano — Stanislao Cannizzaro (1826- 
1910) — conseguiu mostrar a importância 
dessa hipótese, na explicação das moléculas 
e da teoria atómico-molecular. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


291 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


291 


29/5/05, 20:44 



A 


Veja uma visão esquemática (uso de cores-fantasia; ausência de escala) dessa lei: 




x moléculas de CO, 



Volumes iguais, de gases diferentes, colocados em condições idênticas de pressão e temperatura, encerram sempre 
o mesmo número de moléculas. Note, neste caso que x = 5. 


Pode parecer estranho o fato de caberem, em um mesmo volume, o mesmo número de moléculas, 
já que existem moléculas maiores e outras menores. No entanto, lembre-se de que, no estado gasoso, 
a distância entre as moléculas é tão grande que podemos desprezar o tamanho (maior ou menor) das 
próprias moléculas (teoria cinética, na página 286). Fazendo-se uma comparação grosseira, seria o 
mesmo que trocarmos 100 moscas por 100 pássaros dentro de um espaço como o Maracanãzinho — 
em termos de ocupação do espaço, não haveria diferença significativa. 

Essa lei explica facilmente a contração de volume que ocorre, por exemplo, na reação de forma- 
ção do vapor de água, mencionada no 2 ° exemplo do item anterior, na qual temos: 


@ volumes de hidrogênio + © volume de oxigênio * @ volumes de vapor de água 


© volumes iniciais 


@ volumes finais 


De fato, esquematicamente temos a seguinte situação: 



(2) volumes de hidrogênio 
com 3 moléculas cada, ou seja. 
6 moléculas ao todo. 
v 


© volume de oxigênio com 
3 moléculas ao todo. 


V" 


( 3 ) volumes iniciais 


volumes de vapor de água 
com 3 moléculas cada, ou seja, 
6 moléculas ao todo. 

V j 

— V 
(D volumes finais 


É importante notar, no esquema anterior, que a proporção dos volumes (2:1 : 2) acompanha a propor- 
ção dos números totais de moléculas (6:3: 6). Generalizando, podemos dizer que, nas reações entre gases, 
se os volumes forem medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura, notaremos que: 

• quando os números totais de moléculas são iguais, antes e depois da reação, o volume gasoso 
total não varia durante a reação; 

• se, porém, o número total de moléculas aumentar ou diminuir durante a reação, o volume gaso- 
so total irá, também, aumentar ou diminuir na mesma proporção; desse modo, são explicadas as 
contrações de volume mencionadas no item anterior. 


292 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


292 


29/5/05, 20:44 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


As leis volumétricas, e especialmente a lei de Avogadro, foram muito importantes para o desenvolvimen- 
to da Química, pois elas mostraram a necessidade de se admitir a existência de moléculas, especialmente 
as moléculas das substâncias simples (H 2 , N 2 , 0 2 , 0 3 etc.). Por isso diz-se que as leis volumétricas amplia- 
ram a teoria atômica, dando origem à teoria atômico-molecular clássica. 


HnTVJVKfTB Responda em 
■úajUÍUfl seu caderno 

(iíw\ 


a) A que se referem as leis volumétricas? 


b) Qual é 0 enunciado, resumido, das leis volumétricas? 

(•UJ 


c) O que enuncia a lei de Avogadro? 



CYCDríriOÇ Registre as respostas 
tAtKUUUa em seu caderno 


Exercício resolvido 

31 Verifique se obedecem às leis volumétricas de Gay-Lussac os seguintes volumes que participam de uma reação química 
e que foram medidos em condições idênticas de pressão e de temperatura: 

1 ,36 L de N 2 + 4,08 L de H 2 2,72 L de NH 3 


Resolução 

Dada a proporção 1,36 : 4,08 : 2,72, vamos dividir todos os valores pelo menor deles (1,36) e teremos 


1:3:2 


Como essa proporção é de números inteiros e pequenos, estão comprovadas as leis volumétricas de Gay-Lussac. 


32 Verifica-se, experimentalmente, que 32 mL de gás metano queimam ao reagir com 64 mL de oxigênio, produzindo, em 
consequência, 32 mL de gás carbônico e 64 mL de vapor de água. Esses dados comprovam as leis volumétricas de Gay-Lussac? 

33 (Faesa-ES) Considerando a reação 2 NO + 0 2 ► 2 N0 2 , efetuada a pressão e temperatura constantes, podemos 

afirmar que, durante a reação, permanecem constantes: 

a) a massa e o volume totais do sistema. d) o volume total e o número total de moléculas. 

b) a massa total e o número total de moléculas. e) o volume total e o número total de átomos. 

c) a massa total e o número total de átomos. 


Exercício resolvido 

34 Dada a equação química: N 2 + 3 H 2 * 2 NH 3 , pedem-se: 

a) a proporção volumétrica; 

b) 0 volume de NH 3 obtido a partir de 25 L de N 2 , supondo ambos nas mesmas condições de pressão e temperatura 

Resolução 





a) A proporção volumétrica é 

1:3:2 

, pois coincide com a proporção dos coeficientes da equaçao. 

b) Da equaçao dada, tiramos: 

1 volume de N 2 
25 L de N 2 

2 volumes de NH 3 1 

x J 

x = 50 Lde NH 3 



35 Dada a equaçao: 2 Cl 2 O s ► 2 Cl 2 + 5 0 2 , pedem-se: 

a) a proporção volumétrica; 

b) o volume do oxigênio obtido a partir de 1 2 L de Ct 2 0 5 , ambos a P e T constantes. 

36 2 litros de oxigênio (0 2 ) transformados em ozônio (0 3 ), sob pressão e temperatura constantes, produzirão, aproximadamente: 

a) 1,0 L b) 1,3 L c) 1,5 L d) 2,0 L e) 3,0 L 

37 (UMC-SP) Se uma amostra contém 100 moléculas de gás hidrogênio, para que haja a reação química: 

2 H 2 + 0 2 ► 2 H 2 0, quantas moléculas de oxigênio são necessárias e quantas moléculas de água são produzidas? 

38 (Ufes) Num sistema a uma determinada pressão e temperatura, dois gases, A e 8, inodoros e incolores, reagem entre si na 
proporção de 1 volume de A para 3 volumes de 8, gerando 2 volumes de um gás irritante, C. 

Quando 3 volumes do gás A e 6 volumes do gás 8 forem submetidos às mesmas condições, o volume final do sistema será: 
a) 2 volumes b) 3 volumes c) 5 volumes d) 8 volumes e) 9 volumes 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


293 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


293 


6/7/05, 14:57 







EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


39 (Fuvest-SP) Em um artigo publicado em 1 808, Cay-Lussac 
relatou que dois volumes de hidrogênio reagem com um 
volume de oxigênio, produzindo dois volumes de vapor 
de água (volumes medidos nas mesmas condições de 
pressão e temperatura). 

Em outro artigo, publicado em 181 1, Avogadro afirmou 
que volumes iguais, de quaisquer gases, sob as mesmas 
condições de pressão e temperatura, contêm o mesmo 
número de moléculas. 

Dentre as representações abaixo, a que 
está de acordo com o exposto e com 
as fórmulas moleculares atuais do hi- 
drogênio e do oxigênio é: 

a) 


= hidrogênio 
o = oxigênio 


3 3 

d 

Q 

O 

+ 

3 * 
3 o 

■4 

03 o 

J» ° J 

i 

J o 

O 


Q ° 

J 3 


o 3 J> 

o 3 J 


b) 


c) 


d 3 

% * 


^ d 3 
oq d 3 


jj 

ao 


d 3 



j 3 

QQ 

Aí 


00 aâ 

3* 3 aa 




* 



Jb 


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o 3 a 


? j» 

y*s 

9 j 30 


d) 



O 


O 




«a J 
3 Q o 

O 

+ 

O 

O 


O 

> 


e) 


* d> 
a a 


°a 
* J a 


a a 
a 


-i » 3 


Jb 


-V 


40 (Unicamp-SP) O princípio de Avogadro estabelece que: 
"gases quaisquer, ocupando o mesmo volume, nas mes- 
mas condições de temperatura e pressão, contêm o 


mesmo número de moléculas". Considere volumes iguais 
de CO, C0 2 , C 2 H 4 e H 2 , todos à mesma temperatura e pres- 
são. Pergunta-se: onde há maior número de átomos de: 

a) oxigênio? 

b) carbono? 

c) hidrogênio? 
justifique suas respostas. 


41 (PUC-PR) Aplicando a lei de Gay-Lussac, das combina- 
ções em volume, qual a contração em volume experi- 
mentada na reação abaixo, mantendo-se constantes as 
condições de pressão e temperatura para os reagentes e 
produtos, todos gasosos? 

N 2 + 3 H 2 *• 2 NH 3 

a) 100% c) 50% e) 20% 

b) 60% d) 30% 


42 (Fuvest-SP) 

I. 2 NO + 0 2 ► 2 N0 2 

II. CO + o 3 ► co 2 + o 2 

III. N 2 + 0 2 ► 2 NO 


IV. S0 2 + j o 2 ► so 3 

Estão representadas acima quatro reações em fase gaso- 
sa. Quais delas causam variação de pressão quando 
efetuadas em recipientes fechados? 

a) I e II c) I e IV e) II e IV 

b) I e III d) lie III 


43 (UFSE) Em uma experiência, verificou-se que a decom- 
posição de 2 L do composto AsCt„ gasoso, produziu As 
sólido e 3 L de Cí 2 gasoso. Qual o valor de x? (Dados: os 
volumes gasosos foram medidos nas mesmas condições 
de P e T .) 

a) 1 c) 3 e) 5 

b) 2 d) 4 



VOLUME MOLAR 


De modo muito amplo, chama-se volume molar o volume ocupado por 1 mol de uma substância 
qualquer, em determinadas condições de pressão e de temperatura. 

É interessante notar, porém, que o volume ocupado por 1 mol de um sólido ou de um líquido varia 
muito de uma substância para outra. No entanto, o volume ocupado por 1 mol de qualquer gás é sempre 
o mesmo, em determinadas pressão e temperatura. É fácil entender esse fato, pois 1 mol contém sempre 
o mesmo número de partículas; nos gases o mesmo número de partículas é encontrado em volumes 
iguais (a P e T constantes). Conseqüentemente, 1 mol de qualquer gás ocupa sempre o mesmo volume, 
que é o chamado volume molar. Assim, vem a definição: 

Volume molar (l/ M ) dos gases é o volume ocupado por 1 mol de qualquer gás, em 
determinada pressão e temperatura. 

O volume molar independe da natureza do gás, mas varia com a pressão e a temperatura. 

Verifica-se experimentalmente que, nas condições normais de pressão e temperatura (CNPT), o 
volume molar é 22,4 L/mol: 

V M = 22,4 L/mol (CNPT) 


294 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


Esse volume corresponde ao de um cubo com aresta aproximadamente 
igual a 28,1 9 cm. 

Para calcular o volume molar em qualquer outra condição de pressão e 
temperatura, bastará aplicar a equação geral dos gases. Por exemplo: qual é 
o volume molar a 700 mmHg e 27 °C? 


PV _ PqVq 

T 7o 


700 • V = 760-22,4 
300 273 


V = 26,7 L/mol 



28,1 9 cm 

I 


O usual, no entanto, é falarmos no volume molar nas condições normais — tanto que alguns 
autores chamam de volume molar apenas o volume de 22,4 L, que só se aplica a 0 °C e 760 mmHg. 

Com o conhecimento do volume molar dos gases, podemos perceber como é enorme a diferença 
de volume de uma mesma quantidade de uma substância, conforme ela esteja no estado sólido, no 
líquido ou no gasoso. Por exemplo, nas CNPT, 1 mol (isto é, 1 8 g de água) ocupa praticamente: 1 8 mL 
no estado sólido; 18 mL no estado líquido; e 22.400 mL no estado gasoso. Note que este último é um 
volume cerca de 1 .245 vezes maior que os dois primeiros. 

É por isso que nunca devemos aquecer sólidos ou líquidos em recipientes fechados; a passagem 
brusca da substância para o estado gasoso pode significar uma explosão violenta. 



EQUAÇÃO DE CLAPEYRON 


Foi visto na página 286 que, para uma massa constante de um mesmo gás, vale sempre a relação: 


= constante 

T 


Isso significa que, por mais que variem o volume (\/), a pressão (P) e a temperatura absoluta (7), a 


fração 


permanece constante. Matematicamente, essa idéia pode também ser traduzida assim: 


py_ = = Mi. = Mi 

T 7) T 2 7; 


P 0 V 0 , , 

- JL - !L = constante 
To 


Vamos então calcular o valor dessa constante, supondo que tivéssemos 1 mol de gás nas condições 
normais de pressão (P 0 = 1 atm) e temperatura (7 0 = 273 K). Já sabemos que 1 mol de qualquer gás, 
nessas condições, ocupa o volume molar (V 0 = 22,4 litros/mol). Conseqüentemente, teremos: 


PqVq = 1 • 22,4 = Q Q82 atm • L 
T 0 273 ' mol • K 


Esse valor (0,082) é constante para 1 mol de quaisquer gás, em quaisquer pressão e tempera- 


tura (relembre que, se P e T variarem, V irá também variar, mas permanecerá constante). Por esse 

motivo, o valor 0,082 recebeu o nome de constante universal dos gases perfeitos, sendo representa- 
do habitualmente pela letra R. 

Generalizando, diremos que: 


se para 1 mol de gás, temos y- 


R, então: 


• para 2 mols de gás, teremos -y = 2R 

PV 

• para 3 mols de gas, teremos -y = 3 R 

PV 

• para n mols de gas, teremos -y = nR 
Desta última expressão concluímos que: 

PV = nRT 


Benoit Pierre Émile Clapeyron 

Cientista francês, nasceu em Paris, em 1 799, e faleceu na mesma 
cidade, em 1 864. Projetou e dirigiu a construção de várias ferro- 
vias. Contribuiu muito para o desenvolvimento da Termodinâmi- 
ca, tendo complementado os trabalhos de Carnot sobre os fato- 
res envolvidos na produção da energia mecânica pelo calor. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


295 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


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A 


Esta equação é conhecida como equação de Clapeyron ou equação geral dos gases ou, ainda, 
equação de estado dos gases e, evidentemente, só se aplica aos gases perfeitos. 

Tendo em vista que: n = — 

M M 

podemos também escrevê-la assim: PV = 

Nestas expressões, temos: 

P = pressão do gás; 

1/ = volume do gás; 

n = quantidade do gás, em mols; 

m = massa do gás, em gramas; 

M = massa molar do gás; 

R = constante universal dos gases perfeitos; 

T = temperatura do gás, medida na escala absoluta ou Kelvin. 

É muito importante, no entanto, observarmos o seguinte: quando calculamos R, encontramos o 
valor 0,082 usando a pressão em atmosferas e o volume em litros. Se adotarmos outras unidades 
para P e V, é evidente que R assumirá valores diferentes; de fato, vamos repetir o cálculo da página 
anterior, sempre considerando 1 mol de gás: 

PqVq = 1 atm • 22,4 L R = Q 0g2 atm • L 

T 0 273 K ' mol • K 

P 0 V 0 _ 760 mmHg • 22,4 L R - 62 3 mm ^9 ‘ *- 

~T 0 273 K ^ ~~ ' mol • K 

P 0 V 0 760 mmHg • 22.400 mL _ mmHg • mL 

= => R = 62.300 - 

T 0 273 K mol • K 

No Sistema Internacional de Unidades (SI), isto é, com a pressão em pascais (Pa) e o volume em 
metros cúbicos (m 3 ), teremos: 

P 0 Vq _ 101.325 Pa -0,0224 m 3 R = g 31 Pa • m 3 

T 0 273 K ^ ' mol • K 

Note que R é constante mesmo quando se troca o gás; mas seu valor numérico muda, sem 
dúvida, de acordo com cada unidade. 

É evidente que iremos usar este ou aquele valor numérico de R, dependendo das unidades utiliza- 
das no problema que iremos resolver; se a pressão for dada em atmosferas e o volume em litros, 
usamos R = 0,082; se a pressão for dada em milímetros de mercúrio e o volume em litros, usamos 
R = 62,3; e assim por diante. 

Sem dúvida, a equação de Clapeyron é a equação mais completa que existe para os gases perfeitos. 
Ela, sozinha, substitui todas as fórmulas vistas até agora; além disso, essa equação representa, sem dúvida, 
o melhor caminho para se transformar massa em volume gasoso, ou vice-versa. Por exemplo: qual é o 
volume ocupado por 48 g de metano (CH 4 ) a 27 °C e 1,64 atm? (Massas atômicas: H = 1; C = 12) 
Resolução: 

PV= —RT => 1,64 ■ 17= — -0,082 • 300 => 

M 16 

Note que utilizamos R = 0,082, uma vez que a pressão foi dada em atmosferas; em conseqüência, 
o volume final resultou em litros. Enfim, o principal cuidado na utilização da equação de Clapeyron é ter 
todas as grandezas em unidades concordantes com as unidades de R. 

296 


V= 45 L 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


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áWJ 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é volume molar de um gás? 

b) O que é constante universal dos gases perfeitos? 





EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




Observação: Utilize as massas atômicas que forem necessárias, bem como os valores do volume molar e da constante R. 

Exercício resolvido 

44 Qual é o volume ocupado por 1 9 g de flúor (F 2 ) a 27 °C e 1,64 atm? 

I a resolução 

A massa atômica do elemento flúor é 1 9 u. Portanto, a massa molar do F 2 é: 2 • 1 9 g = 38 g. Aplicando a equação de 


Clapeyron, temos: 


PV= — RT => 1,64 • V = — • 0,082 • (273 + 27) 
M 38 


V = 7,5 litros 


Assim sendo, calculamos: 

2 3 resolução 

Cálculo do volume do flúor nas CNPT: 
1 mol de F 2 = 38 g 
19 g 


22,4 L (CNPT) 

V„ 


V 0 = 11,2 Lde F 2 (CNPT) 


Transformaçao do volume para as condiçoes pedidas no problema: 
P 0 V 0 PV 1 • 11,2 1,64 • V 


273 


(273 + 27) 


V = 7,5 litros 


Conclusão: em quase todos os problemas deste tipo, há dois caminhos de resolução — aplica-se diretamente a equaçao 

PV PV 

de Clapeyron ou usa-se o volume molar e a relaçao — 1 -f- = 2 2 . O segundo caminho tem vantagem quando o volume 

7 ) *2 

do gás é dado (ou pedido) nas mesmas condições de pressão e temperatura em que se encontra o volume molar. 


45 (FEI-SP) Nas condições normais de pressão e temperatura (CNPT), o volume ocupado por 10 g de monóxido de carbono 
(CO) é de: 

(Dados: C = 12u, O = 16 u e volume molar = 22,4 L.) 

a) 6,0 L b) 8,0 L c) 9,0 L d) 10 L e) 12 L 

46 (Mackenzie-SP) Nas CNPT, um mol de dióxido de nitrogênio (N0 2 ) ocupa 22,4 litros (massas molares, em g/mol: N = 14; 
O = 16). O volume ocupado por 322 g de N0 2 , nas mesmas condições, é igual a: 

a) 156,8 litros. b) 268,8 litros. c) 14,37 litros. d) 0,069 litros. e) 163,9 litros. 

47 (UCSal-BA) Que volume ocupam 1 00 mols de oxigênio nas condições ambiente de temperatura e pressão? (Volume molar 
de gás nas condições ambiente de temperatura e pressão = 25 L/mol) 

a) 0,25 L b) 2,5 L c) 2,5 • 1 0 2 L d) 2,5 • 1 0 3 L e) 2,5 • 1 0 4 L 


Exercício resolvido 

48 Qual é a temperatura de um gás, sabendo-se que 2,5 mols desse gás ocupam o volume de 50 L à pressão de 1 .246 mmHg 
na referida temperatura? 

Resolução 

Usando R = 62,3, já que a pressão está em mmHg e o volume em litros, temos: 


PV = nRT => T = 
T= 0 + 273 


PV 


1.246 • 50 


nR 2,5-62,3 
9(°C) = 400 - 273 


T = 400 K 


0 = 127 °C 


49 (FMIt-MG) 8,2 litros de um gás estão submetidos a uma pressão de 5 atm, e do mesmo utilizou-se 0,8 mol. 

Considerando R = 0,082 , calcular sua temperatura: 

mol • K 

a) 256 °C b) 625 °C c) 352 °C d) 425 °C e) 532 °C 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


297 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


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50 (UCSal-BA) À temperatura de 25 °C, um cilindro de aço com volume disponível de 24,5 L contém 5,0 mols de dióxido de carbono. Que 
pressão interna esse cilindro está suportando? (Dados: volume molar de gás a 1 ,0 atm e 25 °C igual a 24,5 L/mol.) 
a) 1,0 atm b) 5,0 atm c) 10 atm d) 15 atm e) 20 atm 


51 


(UFCE-CE) As pesquisas sobre materiais utilizados em equipamentos esportivos são direcionadas em função dos mais diver- 
sos fatores. No ciclismo, por exemplo, é sempre desejável minimizar o peso das bicicletas, para que se alcance o melhor 
desempenho do ciclista. Dentre muitas, uma das alternativas a ser utilizada seria inflar os pneus das bicicletas com o gás 


hélio (He), por ser bastante leve e inerte à combustão. Constante universal dos gases: R = 0,082 


atm • L 
mol • K 


. A massa de 


hélio, necessária para inflar um pneu de 0,4 L de volume, com a pressão correspondente a 6,1 1 atm, a 25 °C, seria: 
a) 0,4 g b) 0,1 g c) 2,4 g d) 3,2 g e) 4,0 g 


52 (UFPE) No comércio se encontra o oxigênio, comprimido à pressão de 130 atm, em cilindros de aço de 40 L. Quantos 
quilogramas de oxigênio existem no cilindro? (Peso atômico do oxigênio = 16; temperatura ambiente = 25 °C) 
a) 5,2 b) 2,1 c) 19,7 d) 6,8 e) 3,4 


Exercício resolvido 

53 (UFRN) Uma amostra de uma substância pesando 0,08 g desloca 30 cm 3 de ar, medidos a 27 °C e pressão de 720 mmHg. 

Determine a massa molecular da substância. í Dado: R = 0,082 — — . 

I, mol • K 

Resolução 

Em certos aparelhos de laboratório, mede-se o volume de um gás pelo "deslocamento" de ar que ele produz. Nesta questão, 
os "30 cm 3 de ar" deslocados correspondem ao próprio volume do gás em estudo. Pela equação de Clapeyron, temos: 


PV= —RT => 
M 



0,08 

M 


■ 0,082 • (273 + 27) 


Assim, M = 69,24 g; portanto, a massa molecular é igual a 


69,24 u . 


Veja que dividimos 720 por 760 para converter a pressão para atm e dividimos 30 por 1 .000 para converter o volume 
para litros, em respeito às unidades de R. 


54 (Cesgranrio-RJ) Um estudante coletou 0,16 g de um determinado gás, a 300 K, em um recipiente de 150 mL, e verificou 
que a pressão do gás era de 0,1 64 atm. (Nota: considere o gás ideal.) A partir desses dados, pode-se afirmar que a massa 
molecular desse gás é: 

a) 2 b) 8 c) 1 6 d) 32 e) 1 60 

Exercício resolvido 

55 Qual é o número de moléculas existentes em 5,6 L de um gás qualquer, medido nas condições normais de pressão e 
temperatura? 

Resolução 

Podemos estabelecer a seguinte regra de três 

1 mol ocupa 22,4 L (CNPT) 

5,6 L (CNPT) 


6,02 • 10 23 moléculas 

x 


x = 1 ,5 ■ 1 0 23 moléculas 


56 Calcule o volume (em mL) ocupado por 3,01 • 1 0 21 moléculas de gás amónia (NH 3 ) nas CNPT. 


Exercício resolvido 

57 (UMC-SP) Calcule em que temperatura (em °C) 3,69 ■ 1 0 20 moléculas de metano (1 mol 
de 570 mmHg, quando ocupam o volume de 20,0 mL. 


Dados: R = 62,4 


mmHg ■ L 
mol ■ K 


= 1 6,0 g) exercem a pressão 
eN A = 6,02 -IO 23 . 


Resolução 

Cálculo do volume ocupado, nas CNPT, pelo número de moléculas dado no problema: 
6,02 ■ 1 0 23 moléculas 1 mol ocupa 22.400 mL (CNPT) 


3,69 • IO 20 moléculas 
Cálculo da temperatura pedida: 


E, portanto: 0 = 298 - 273 


V„ 


760-13,73 _ 570 • 20 


V 0 = 13,73 mL (CNPT) 


273 


T = 298 K 


0 = 25 °C 


298 



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58 (UFRCS-RS) Há legislações que determinam que seja esta- 
belecido um "nível de emergência" quando a concentra- 
ção de monóxido de carbono atinja o valor de 4,6 ■ 1 0 4 pg 
de CO por metro cúbico de ar. Ao se estabelecer o "nível de 
emergência", o número de moléculas presente em cada 
metro cúbico de ar é, aproximadamente: 
a) 10 4 b) 10 12 c) 10 17 d) 10 21 e) 10 23 


suporta a pressão máxima de 2,0 atm. Nessas condições, 
a quantidade mais adequada para encher o balão é: 

a) 10 g de hidrogênio (H 2 ). 

b) 24 g de metano (CH 4 ). 

c) 45 g de etano (C 2 H 6 ). 

d) 64 g de dióxido de enxofre (S0 2 ). 

e) 78 g de acetileno (C 2 H 2 ). 


Exercício resolvido 

59 Dois recipientes contêm, respectivamente, 0,5 mol 
de metano e 1 ,5 mol de monóxido de carbono. Sabe- 
se que esses gases estão submetidos à mesma tem- 
peratura e pressão. Se o volume do metano é 9 L, 
qual é o volume do monóxido de carbono? 


Resolução 


São muito comuns os problemas que comparam dois 
recipientes ou dois gases ou dois estados, enfim, 
duas situações diferentes. Esses problemas do "tipo 
comparativo" podem, em geral, ser resolvidos es- 
crevendo-se a equação de Clapeyron duas vezes, 
uma para cada situação e, a seguir, dividindo-se uma 
equação pela outra, para efetuar o cancelamento dos 
valores iguais. No caso presente, temos: 


• para o metano: 

PV, = n,RT 

• para o monóxido 

de carbono: PV 2 = n 2 RT 


(não colocamos índi- 
ces em P, R e T, pois 
são iguais para os 
dois gases) 


Dividindo membro a membro, temos: 

A. = ou Vl = Jh 

f>V 2 n 2 Hr V 2 n 2 


64 (Fuvest-SP) Têm-se três cilindros de volumes iguais e à 
mesma temperatura, com diferentes gases. Um deles con- 
tém 1 ,3 kg de acetileno (C 2 H 2 ), o outro 1 ,6 kg de óxido de 
dinitrogênio (N 2 0) e o terceiro, 1,6 kg de oxigênio (0 2 ). 
Comparando-se as pressões dos gases nesses três cilin- 
dros, verifica-se que: 

a) são iguais apenas nos cilindros que contêm C 2 H 2 e 0 2 . 

b) são iguais apenas nos cilindros que contêm N 2 0 e 0 2 . 

c) são iguais nos três cilindros. 

d) é maior no cilindro que contém N 2 0. 

e) é menor no cilindro que contém C 2 H 2 . 

Dados: Massas molares (g/mol): C 2 H 2 — 26; 
N 2 0 — 44; 0 2 — 32 


65 (UFU-MC) Em condições idênticas de pressão e tempe- 
ratura, isolam-se as seguintes amostras gasosas: 

I. 1 0 L de xenônio; 

II. 20 L de cloro; 

III. 30 L de butano (C 4 H, 0 ); 

IV. 40 L de dióxido de carbono; 

V. 50 L de neônio. 

A amostra com maior massa, expressa em gramas, é a: 
a) I b) II c) III d) IV e) V 


Substituindo: — 

*■> 


0,5 

1,5 


V 2 = 27 L 


60 (FEI-SP) A uma dada temperatura e pressão, um balão 
contém 42 g de nitrogênio. Depois de completamente 
esvaziado, introduz-se no mesmo balão, à mesma tem- 
peratura, uma certa quantidade de etileno (C 2 H 4 ), de ma- 
neira a obter a mesma pressão anterior. (Dados: N = 14; 
C = 1 2; H = 1 .) Qual a quantidade de etileno introduzida? 

a) 22,4 g c) 42 g e) 84 g 

b) 28 g d) 56 g 

61 (FCV-SP) Dois gases ideais ocupam os balões A e 8. Co- 
nhecendo-se as relações: 

V A = 2V b 
Pa = 2 p B 
5 T a =T b 

e que o número de mols de 6 é igual a 20, concluímos 
que o número de mols de A é: 

a) 400 c) 0,0025 e) 0,025 

b) 40 d) 1 

62 (Faap-SP) Com o objetivo de determinar a massa molecular 
de um gás A, um pesquisador introduziu em um recipiente 
de volume V, que se encontrava inicialmente vazio, 
1 5,0 g do referido gás e observou o surgimento de uma 
pressão P, sob a temperatura T. A seguir, utilizando outro 
recipiente de volume igual ao do primeiro, verificou que 
era necessário introduzir a massa de 1 ,0 g de H 2 para que, 
na mesma temperatura, fosse gerada a mesma pressão 
observada no primeiro recipiente. Calcule a massa 
molecular do gás em estudo. (Dado: H = 1 .) 

63 (PUC-SP) Para a realização de um experimento, será ne- 
cessário encher de gás um balão de 1 6,4 L que a 1 27 °C 


Exercício resolvido 

66 Dois recipientes de mesmo volume estão abertos e 
possuem, respectivamente, 2,5 mols de 0 2 e 4 mols 
de C0 2 . Se a temperatura do 0 2 é de 47 °C, qual é a 
temperatura do CQ 2 ? 


Resolução 

Quando se fala em recipiente aberto, significa que a 
pressão exercida sobre o gás é a pressão externa. 
Conclui-se, portanto, que a pressão é a mesma nos 
dois recipientes. Temos, então: 

(não colocamos índi- 

• para o 0 2 : PV = n^RT^ 

• para o CQ 2 : PV = n 2 RT 2 


ces em P, V e R, por 
serem iguais para os 
dois gases) 

Dividindo membro a membro, temos: 

W = r?/T| 
iAT 


n 2 f(T 2 

Substituindo: 2,5 • 320 = 4T 2 
0 2 = 200 - 273 


ou 0,7, = n 2 T 2 


0, = -73 °C 


67 A pressão barométrica num local é de 0,8 atm. São reco- 
lhidos, em um tubo fechado, 4 g de um gás. Verifica-se 
que a pressão interna é de 3,2 atm. Se abrirmos o tubo na 
mesma temperatura, qual a massa de gás que se perderá? 

68 (Unb-DF) A temperatura a que devemos aquecer uma 
caldeira aberta, com capacidade de 50 litros, para que 
saia metade da massa de ar nela contida a 27 °C é: 

a) 54 °C c) 327 °C e) 627 °C 

b) 227 °C d) 600 °C 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


299 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


299 


29/5/05, 20:47 




EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


69 (UFRGS-RS) Um extintor de incêndio contém 4,4 kg de 
C0 2 . O volume máximo de gás que é liberado na atmos- 
fera, a 27 °C e 1 atm, é, em litros: 

a) 0,229 c) 24,6 e) 2.460 

b) 2,46 d) 229,4 

70 (Unifor-CE) A 25 °C e 1 atm, verifica-se que 0,2 mol de 
gás carbônico ocupa 4,90 L Nessas condições, qual o 
volume molar do gás? 

a) 4,90 L c) 1 1 ,2 L e) 24,5 L 

b) 9,80 L d) 22,4 L 

71 (PUC-RJ) Nitrogênio (N 2 ) tem sido oferecido em alguns 
postos de gasolina como uma alternativa para encher 
pneus, no lugar de ar (o oxigênio do ar, a altas pressões, 
diminui a vida útil dos pneus). 


Nitrogênio sendo 
utilizado para encher 
pneus, num posto de 
gasolina. 



Encheu-se um pneu, na temperatura ambiente (25 °C), 
com nitrogênio, de modo que todo seu volume (20 li- 
tros) foi preenchido até uma pressão de 5 atmosferas. 

Dado: R = 0,082 

a) Qual a massa de N 2 introduzida no pneu? 

b) Se, ao começar a rodar, a temperatura do pneu au- 
mentar para 60 °C, sem que haja mudança no seu 
volume, qual a nova pressão no seu interior? 


atm ■ L ) 

mol • K J 


72 (UFV-MG) Qual é a opção que pode representar a varia- 
ção da pressão (P) como função do número de mol (n) 
de um gás ideal mantendo o volume e a temperatura 
constantes? 




n 



300 


73 (UFMT) Um gás pode ser definido como uma substância 
que se expande espontaneamente para preencher uni- 
forme e completamente o recipiente onde se encontra. 
Diversas variáveis podem ser usadas para descrever esse 
estado da matéria, porém a pressão, o volume e a tem- 
peratura são especialmente utilizados. Em relação a essas 
variáveis, julgue os itens. 

(0) No sistema internacional (SI), as unidades para as 
variáveis de estado pressão, volume e temperatura 
são respectivamente Pa (pascal = N ■ rrT 2 ), m 3 (metro 
cúbico) e K (Kelvin). 

(1) O gráfico ao lado representa o y 
comportamento de um gás ideal 
à temperatura constante, onde 
PV = constante. 


P 

(2) Se os dois recipientes abaixo estiverem à mesma P 
(pressão) e T (temperatura), a quantidade de matéria 
em A será a metade da quantidade de matéria em 8. 

(A) 


(3) 4 mols de um gás ideal a 3,1 0 kPa de pressão e a uma 
temperatura de 298 K ocuparão um volume de 
4.197,0 dm 3 . 

Dado: R = 8,314512 

74 (Cesgranrio-RJ) 0,8 g de uma substância no estado gaso- 
so ocupa um volume de 656 mL a 1 ,2 atm e 63 °C. A que 
substância correspondem esses dados? 

a) 0 2 b) N 2 c) H 2 d) C0 2 e) Cl 2 

75 (Mackenzie-SP) 355 g de um certo gás X„ ocupam 1 1 2,0 L 
medidos nas CNPT. Se o peso atômico de X é 35,5 u, 
então o gás tem fórmula molecular: 

a) X 10 b) X 8 c) X 4 d) X 3 e) X 2 

76 (PUC-PR) O número de átomos de oxigênio existentes 
em 1 mol de ozônio (0 3 ) à temperatura de 298 K e 1 ,2 atm 
de pressão, é: 

a) 3,2 -IO 25 c) 1,8 -IO 24 e) 1,2 -10 23 

b) 2,24 -IO 19 d) 3,2 -IO 26 

77 (EEM-SP) Um balão contém 1,6 g de metano (CH 4 ) em 
determinadas pressão e temperatura. Qual será a massa 
de hidrazina (N 2 H 4 ) a ser posta no mesmo balão, para, 
na mesma temperatura, se ter a mesma pressão? (Da- 
dos: H = 1; C = 12; N = 14.) 

78 (Ceeteps-SP) 22 g de um certo gás ocupam, nas mesmas 
condições de temperatura e pressão, volume igual ao 
ocupado por 14 g de N 2 . 

Considere as seguintes substâncias gasosas e suas res- 
pectivas massas molares ( M ): 


Substância 

CO 

n 2 

NO 

co 2 

c 2 h 6 

C 3 H 8 

M (g/mol) 

28 

28 

30 

44 

30 

44 


O gás em questão pode ser: 

a) C0 2 ou C 3 H 8 c) CO ou C0 2 e) apenas CO 

b) C 2 H 6 ou C 3 H 8 d) NO ou C 2 H 6 


kPa • dm 3 \ 

mol • K J 


NH 3 (g) 
V Á = V 


( B ) 

CC(g) 
V b = 2V 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


300 



29/5/05, 20:47 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





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79 (Cesgranrio-RJ) Os dois balões abaixo representados con- 
têm a mesma substância pura na fase gasosa e estão sob 
a mesma pressão. 



0, = 27 °C 0„ = ? 


Qual a temperatura em kelvin no balao II, se ele contém 
o triplo da massa de gás contida no balão I? 

a) 36 

b) 127 

c) 300 

d) 309 

e) 400 

80 (UFRCS-RS) Dois recipientes idênticos, mantidos na mes- 
ma temperatura, contêm o mesmo número de molécu- 
las gasosas. Um dos recipientes contém hidrogênio, en- 
quanto o outro contém hélio. Qual das afirmações abai- 
xo está correta? 

a) A massa de gás em ambos os recipientes é idêntica. 

b) A pressão é a mesma nos dois recipientes. 

c) Ambos os recipientes contêm o mesmo número de 
átomos. 


d) A massa gasosa no recipiente que contém hidrogê- 
nio é o dobro da massa gasosa no recipiente que 
contém hélio. 

e) A pressão no recipiente que contém hélio é o dobro 
da pressão no recipiente que contém hidrogênio. 

81 (PUC-SP) Um cilindro de 8,2 L de capacidade contém 
320 g de gás oxigênio a 27 °C. Um estudante abre a 
válvula do cilindro deixando escapar o gás até que a pres- 
são seja reduzida para 7,5 atm. Supondo-se que a tem- 
peratura permaneça constante, a pressão inicial no cilin- 
dro e a massa de gás liberada serão, respectivamente: 

a) 30 atm e 240 g 

b) 30 atm e 1 60 g 

c) 63 atm e 280 g 

d) 2,7 atm e 20 g 

e) 63 atm e 140 g 


82 


(UFPA) A temperatura a que deve ser aquecido um gás 
contido em um recipiente aberto, inicialmente a 25 °C, 

de tal modo que nele permaneça — das moléculas nele 

inicialmente contidas é: 


a) 1.217 °C 

b) 944 °C 

c) 454 °C 

d) 727 °C 

e) 1 25 °C 


14 


MISTURAS GASOSAS 


14.1. Conceitos gerais 

Misturas gasosas são muito freqüentes em nosso dia-a-dia. O ar atmosférico, formado principal- 
mente por N 2 e 0 2 , é sem dúvida a mistura gasosa mais comum. O "gás de cozinha" é uma mistura 
formada principalmente pelos gases butano (C 4 H 10 ) e propano (C 3 H 8 ). Nos cilindros dos mergulhado- 
res, muitas vezes, o oxigênio é misturado com o gás hélio. E assim por diante. 

Podemos imaginar a formação de uma mistura gasosa da seguinte maneira: 



Temos inicialmente vários gases, em recipientes separados (1 , 2, 3, ..., /). Evidentemente cada gás 
terá seu próprio volume (\ó, V 2 , V 3 , ..., V), sua própria pressão (P,, P 2 , P 3 , ..., P,) e sua própria temperatura 
(T u T 2 , T 3 , ..., T). A seguir, todos os gases são misturados em um único recipiente, de volume V, mantido 
à temperatura T. O que acontece? Pelo que será explicado a seguir, podemos antecipar que, se os gases 
são perfeitos e não reagem entre si, a mistura se comportará como se fosse um gás único, obede- 
cendo às mesmas leis e fórmulas já vistas para os gases isolados. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


301 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


301 


29/5/05, 20:47 




a) Relação entre os gases iniciais e a mistura final 

Não havendo perda de gases durante a mistura, podemos dizer que: 

Na mistura final, a quantidade total de mols é a soma das quantidades de mols de 
todos os gases iniciais. 

Matematicamente: 


£n = n, + n 2 + ... + n, 


p v 

Para o primeiro gás, temos: P^ = n^RT^ ou n, = — i- 1 -. Para os demais gases, temos relações idên- 
ticas. Na soma dessas expressões teremos, para a mistura final: 


PV = (Ln)RT e 


EL = EL. + EL. + + EL 

T T, T 2 ■" T, 


b) Situação dentro da mistura final 

Vamos supor que apenas o primeiro gás ocupasse todo o recipiente final, de volume V e tempera- 
tura T; evidentemente, o gás 1 assumiria uma pressão p„ que é a chamada pressão parcial do gás 1. 
Disso resulta a seguinte definição: 

Em uma mistura gasosa, pressão parcial de um gás é a pressão que esse gás exerceria 
se estivesse sozinho, ocupando o volume total da mistura e na mesma temperatura em que 
a mistura se encontra. 

Não confunda a pressão parcial do gás © dentro da mistura (que vamos chamar por p, minúsculo) 
com a pressão que esse gás possuía antes de entrar para a mistura © maiúsculo). Evidentemente tudo 
o que acabamos de dizer para o gás © vale para os demais gases da mistura. 

A lei de Dalton para misturas gasosas diz que: 

A pressão total de uma mistura gasosa é a soma das pressões parciais de todos os gases 
componentes da mistura. 

Matematicamente: 


P = p, + p 2 + p 3 + ... + Pi ou P = Zp 



AS PRESSÕES PARCIAIS EM NOSSO ORGANISMO 


Um exemplo da importância das pressões parciais 
ocorre em nossa respiração. O sangue arterial leva 0 2 
dos pulmões para as células de nosso organismo. Em 
sentido inverso, o sangue venoso retorna com o C0 2 
liberado pelo metabolismo das células. Esse trânsito 
de gases é facilitado pelas diferenças das pressões par- 
ciais do 0 2 e do C0 2 no sangue e nos tecidos. 

Essa oxigenação do sangue pode se tornar crítica no 
caso de mergulhadores ou de alpinistas, que usam 
então cilindros com misturas gasosas enriquecidas em 
oxigênio. 


302 



Capítulo 12B-QF1-PNLEM 


302 


29/5/05, 20:48 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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Um conceito análogo ao da pressão parcial é o do volume parcial. Por definição: 


Em uma mistura gasosa, volume parcial de um gás é o volume que ele irá ocupar 
estando sozinho e sendo submetido à pressão total e à temperatura da mistura. 


Do ponto de vista prático, o conceito de volume parcial corresponde à seguinte idéia: se os gases 
não se misturassem (como ocorre com os líquidos imiscíveis), cada um ficaria separado dos demais, 
ocupando uma certa parte do volume total da mistura; essas partes seriam os volumes parciais de 
cada gás. 


A lei que trata dos volumes parciais é a lei de Amagat: 

O volume total de uma mistura gasosa é a soma dos volumes parciais de todos os 
gases componentes da mistura. 

Matematicamente: 

V = V, + v 2 + v 3 + ... + V; ou V = Iv 

Observe que tudo o que foi dito para volume parcial é idêntico ao já dito para pressão parcial, 
bastando trocar as palavras "pressão" por "volume" e vice-versa. 

c) Relacionando valores parciais com o valor total 

Relacionando a pressão parcial do gás © com a pressão total da mistura, temos: 

• para o gás ©: p, 1/ = n^RT 

• para a mistura: PV = (In)PT 

Raciocínio idêntico com o volume parcial do gás © nos dá: 

• para o gás ©: Pv, = n^RT 

• para a mistura: PV = (En)RT 

A fração — é chamada de fração em mols (antigamente fração molar) do gás © e representada 
In 

por x-f. Evidentemente o que foi dito para o gás © vale também para todos os demais gases da mistura. 
Daí a definição: 

Fração em mols ( x ) de um gás é o quociente entre sua quantidade de mols e a quan- 
tidade total de mols da mistura. 


I ©_ = _ÜL 

J 1/ In 


\ El = J2l 
J P In 


Também é fácil deduzir que a soma das frações molares de todos os gases da mistura é igual a 1 : 


X : + X 2 + X 3 + ... + Xj = EEl + + 

In In 


n 3 

In 




Finalizando, vamos reunir todas as relações anteriores escrevendo: 


_ _nj_ _ fh_ _vj_ _ % em volume 
~ I n ~ ~P ~ V 1 00% 

A última fração, chamada de porcentagem em volume (ou porcentagem volumétrica) do gás © 
na mistura, resulta da multiplicação do numerador e do denominador da fração El (chamada de fra- 
ção volumétrica) por 100. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


303 



Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


303 


6 / 7 / 05 , 14:58 


MEDIDAS DA POLUIÇÃO 


1 


Atualmente há vários gases nocivos que poluem a atmosfera, princi- 
palmente nas grandes cidades. Alguns desses gases existem no ar, em 
quantidades extremamente pequenas. Por isso, é comum que suas con- 
centrações sejam dadas em ppm ou em ppb: 

1 ppm = 1 parte por milhão (1 : 10 6 ) 

1 ppb = 1 parte por bilhão (1 : 10 9 ) 



Quando se expressam concentrações desse modo, deve-se, ainda, 
indicar as unidades utilizadas — gramas, litros, mols etc. Assim, por 
exemplo, quando se diz que há 5 ppm de CO, em mols, no ar, significa 
que há 5 mols (ou moléculas) de CO em cada 1 milhão de mols (ou 
moléculas) de ar. 


14 . 2 . Massa molar aparente de uma mistura gasosa 

Sabemos que, pesando 22,4 L de um gás, nas condições normais de pressão e de temperatu- 
ra, resulta a massa molar — e, conseqüentemente, a massa molecular desse gás. Analogamente, 
pesando 22,4 L de uma mistura gasosa, nas condições normais, resulta um valor que se convencionou 
chamar de massa molar aparente da mistura gasosa. Assim, por exemplo, pesando 22,4 L de ar, 
nas condições normais, resultam 28,9 gramas, indicando a massa molar aparente do ar como 
sendo 28,9 u. 

A massa molar aparente pode também ser obtida por vários outros caminhos, como, por 
exemplo: 


ou, ainda, podemos dizer que a massa molar aparente é a média ponderada das massas molares dos 
gases componentes da mistura, tomando-se como "pesos" suas porcentagens em volume (ou por- 
centagens das suas pressões parciais, ou das suas quantidades de mols, ou das suas frações molares). 
No caso do ar, por exemplo, temos, em volume, aproximadamente 78% de N 2 , 21 % de 0 2 e 1 % de 
Ar. Massas atômicas: N = 14; O = 1 6; Ar = 40. Logo: 


CPTrans. Na foto, temos um técnico fazendo o 
controle da fumaça emitida pelos ônibus. 


Operação fumaça, realizada pela Cetesb e 


São Paulo, SP, 1995. 



L, 


o 


• para um gas, n = — => M = 


m 


n 


< 


• analogamente, para a mistura, M ap = ^° tal 


M, 


ap. 


78-28 + 21 • 32 + 1 -40 
100 


28,96 u 



Responda em 
seu caderno 



a) Em uma mistura gasosa, o que é pressão parcial de um gás? 

b) O que é pressão total de uma mistura gasosa? 

c) Em uma mistura gasosa, o que é volume parcial de um gás? 

d) O que é volume total de uma mistura gasosa? 

e) O que é fração em mols de um gás? 


304 


Capitulo 12B-QF1-PNLEM 


304 



29/5/05, 20:48 


JORGE ARAÚJO / FOLLHA IMAGEM 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Exercício resolvido 

83 Dois recipientes A e 6 contêm, respectivamente, 0 2 e N 2 a 25 °C e são ligados por uma válvula. O recipiente A contém 
1,5 L de 0 2 a 0,5 atm; o recipiente 8 contém 0,5 L de N 2 a 1,0 atm. Abrindo-se a válvula, os dois gases se misturam. 
Supondo que a temperatura do conjunto não tenha se alterado, pergunta-se, em relação à mistura final: 

a) Qual é a pressão total? 

b) Quais são as frações molares dos dois gases? 

c) Quais são suas pressões parciais? 

Resolução 

É sempre aconselhável fazer um esquema representando a situação 
do problema. Nesse caso, antes da abertura do registro, tínhamos a 
seguinte situação demonstrada na figura ao lado. 

Após a abertura do registro, os dois gases se misturam e passam a ocu- 
par o volume total de 1 ,5 L + 0,5 L = 2,0 L, na temperatura de 25 °C, 
que não se alterou conforme foi dito no enunciado do problema. 

Com o auxílio das fórmulas já vistas, temos: 
a) Cálculo da pressão total da mistura final 



Ml + Ma. = M = 0,5 -1,5 

T A T B T 298 


1,0 • 0,5 
298 


P- 2,0 
298 


P = 0,625 atm 


b) Cálculo das frações molares dos gases 

Calcularemos, inicialmente, a quantidade de mols de cada gás: 

• para o 0 2 : P A V A = n A RT A => 0,5 • 1 ,5 = n A • 0,082 • 298 => n A = 0,0307 mol 

• para o N 2 : P B V B = n B RT B => 1,0 • 0,5 = n B ■ 0,082 • 298 => n B = 0,0205 mol 
A seguir, podemos obter a quantidade total de mols na mistura: 

Zn = n A + n B = 0,0307 + 0,0205 => Zn = 0,0512 mol 
E, finalmente, calculamos as frações molares: 


• para o 0 2 : x A 

• para o N 2 : x B 


n A = 0,0307 
Zn 0,0512 

n B _ 0,0205 
Zn 0,0512 


= 0,5996 


x B = 0,4004 


Evidentemente: x A + x B = 1 
Observação: 


.. ,, , , _ n. p A v A % em volume A 

No ca cu o acima, nao podemos usara re açao: x A = — — = J ^ = 

' H v Z n P v 1 00% 


porque nao conhece- 


mos nem as pressões parciais ( p A e p B ) nem os volumes parciais ( v A e v B ) dos gases. É importante perceber que os 
dados do problema (P„ e P 8 ) e (V A e V B ) são as pressões e os volumes dos gases antes da mistura, e não suas pressões 
ou volumes parciais (que só existem após a mistura). 

c) Cálculo das pressões parciais 


• para o Q 2 : p A = x A - P => p A = 0,5996 • 0,625 


p A — 0,375 atm 


• para o N 2 : p B = x B • P => p B = 0,4004 • 0,625 


p A — 0,250 atm 


84 (Uece) A figura mostra dois balões interligados por uma torneira. A interligação tem volume desprezível e no balao I a 
pressão é de 3 atm. 


II 



5 L 


7 L 


Abrindo a torneira e mantendo a temperatura constante, a pressão final do sistema será de: 

a) 1,25 atm b) 0,80 atm c) 7,20 atm d) 2,14 atm 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


305 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


305 


6/7/05, 14:59 







B 



85 (UFRGS-RS) Se o sistema representado ao lado for mantido a 
uma temperatura constante e se os três balões possuírem o 
mesmo volume, após se abrirem as válvulas A e 8, a pressão 
total nos três balões será: 

a) 3 atm c) 6 atm e) 1 2 atm 

b) 4 atm d) 9 atm 

86 (Faap-SP) Em um recipiente indeformável, de capacidade igual a 4 L, são colocados 2 L de H 2 medidos a CNPT, juntamente 
com 3 L de 0 2 medidos a 27 °C e 700 mmHg. Calcule a pressão no interior do recipiente, sabendo que, após a mistura dos 
gases, a temperatura dele é 1 7 °C. 

Exercício resolvido 


87 Em um recipiente de 50 L a 1 27 °C, temos 3,3 g de anidrido carbônico (C0 2 ), 4,8 g de anidrido sulfuroso (S0 2 ) e 3,4 g de 
gás sulfídrico (H 2 S). (Massas atômicas: H = 1; C = 12; O = 16; S = 32) Pedem-se: 

a) a pressão total da mistura gasosa; 

b) sua composição porcentual em massa; 

c) sua composição porcentual em volume; 

d) a massa molar aparente da mistura. 

Resolução 

a) Cálculo da pressão total da mistura 

PV = ÇLrí) RT=* PV = (n, + n 2 + n 3 ) RT=> 


P ■ 50 = | ^ I • 0,082 • 400 

44 64 34 1 


P = 0,1 64 atm 


b) Cálculo da composição porcentual da mistura em massa 

A massa total da mistura é 3,3 + 4,8 + 3,4 = 11,5 g. Recaímos, então, num problema simples de cálculo de 
porcentagens: 


• para o C0 2 : 


1 1,5 g de mistura 
3,3 g de S0 2 


1 00% 
x 


28,7% de C0 2 


• para o S0 2 : 


11, 5 g de mistura 
4,8 g de S0 2 


1 00% 

y 




41,7% de S0 2 


para o H 2 S: 


1 1,5 g de mistura 
3,4 g de H 2 S 


1 00% 

z 


29,6% de H 2 S 


A soma das porcentagens é evidentemente igual a 1 00. 

c) Cálculo da composição porcentual da mistura em volume 

Vimos, na página 303, que: 

n, _ % em volume 
Sn 


% em volume = — — 
Sn 


1 00% 


1 00% 

Considerando, então, os valores de n v n 2 , n 3 e Sn, que já foram calculados no item (a) deste problema, temos: 

0,075 


• para o C0 2 : % em volume = 


0,25 


1 00 % = 


30% de CO, 


• para o S0 2 : % em volume = ^ qqo/ 0 = 

K 2 0,25 


30% de SO, 


• para o H 2 S: % em volume = 


0,1 

0,25 


■ 1 00 % = 


Observação: 

E muito importante você comparar esses resultados com os resultados do item (b) e notar que, na mesma mistura 
gasosa, as porcentagens em massa são diferentes das porcentagens em volume, 
d) Cálculo da massa molar aparente da mistura 


m, r 


Já vimos, na página 304, que: A4 ap = 

Tomando, então, os valores calculados nos itens anteriores, temos: 

11,5 


H.D = 

p 0,25 


M ap = 46 g/mol 


Evidentemente, esse resultado é uma média ponderada entre as massas moleculares do C0 2 (44), do S0 2 (64) e do 
H 2 S (34). 


306 


A 


Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


306 


29/5/05, 20:54 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


88 (Vunesp) Qual é a pressão, em atmosferas, exercida por 
uma mistura de 1 ,0 g de H 2 e 8,0 g de He contida em um 

balão de aço de 5,0 L a 27 °C? ^Massas atômicas: H = 1 ; 

He = 4. Constante dos gases: R = 0,0821 AÍA! — — ] 

mol • K J 

89 (EEM-SP) Um recipiente de capacidade igual a 5,8 L e 
mantido a 27 °C contém 1 2,8 g de oxigênio, 8 g de hélio 
e 1 4 g de nitrogênio. (Massas atômicas: H = 1 ; N = 1 4; 

0 = 16), R = 0,082 atm ' L . Calcule: 
mol • K 

a) a pressão total (P,) do sistema; 

b) a pressão parcial (p,) do gás que tem a maior fração 
molar na mistura. 

90 (UFRN) Uma mistura gasosa, num recipiente de 10 L, 
contém 28 g de nitrogênio, 1 0 g de dióxido de carbono, 
30 g de oxigênio e 30 g de monóxido de carbono, a uma 
temperatura de 295 K. A alternativa que apresenta o va- 
lor da pressão parcial do nitrogênio é: 

a) 2,27 atm 

b) 2,42 atm 

c) 2,59 atm 

d) 2,89 atm 

e) 4,82 atm 


Exercício resolvido 

91 O ar é formado, aproximadamente, por 78% de ni- 
trogênio (N 2 ), 21 % de oxigênio (0 2 ) e 1 % de argônio 
(Ar) em volume. Pede-se calcular: 

a) as frações molares dos componentes do ar; 

b) suas pressões parciais, ao nível do mar, onde a 
pressão atmosférica (pressão total) é 760 mmHg. 

Resolução 


a) Cálculo das frações em mols 

. . v, % em volume 

Lembrando que x, = — = 

H V 1 00% 

temos: 

• Para o nitrogênio: 




78 

100 


=> *1 


0,78 


• Para o oxigênio: 

21 

x, = => x 

100 

• Para o argônio: 

1 

X, = => X 

3 100 


0,21 


0,01 


Note que: Xx = 0,78 + 0,21 + 0,01 = 1 

b) Cálculo das pressões parciais 

Lembrando que A = ^ = % em volume 
P V 100% 

temos: 

• Para o nitrogênio: 

Pi _ 78 
760 1 00 


p, = 592,8 mmHg 


• Para o oxigênio: 

Pi _ 21 
760 1 00 

• Para o argônio: 

Pb = _J_ - 

760 1 00 


Note que: 

P = Xp = 592,8 + 159,6 + 7,6 = 760 mmHg 


p 3 = 7,6 mmHg 


p 2 = 1 59,6 mmHg 


92 (UMC-SP) A composição em volume do ar atmosférico é 
de 78% de nitrogênio, 21 % de oxigênio e 1 % de argônio. 
A massa em grama de argônio (Ar = 40) em 224 litros de 
ar (CNPT) será: 

a) 0,082 

b) 40 

c) 2,24 

d) 1 

e) 4 

93 (Enem-MEC) A adaptação dos integrantes da seleção bra- 
sileira de futebol à altitude de La Paz foi muito comenta- 
da em 1 995, por ocasião de um torneio, como pode ser 
lido no texto abaixo. 

"A seleção brasileira embarca hoje para La Paz, capital da 
Bolívia, situada a 3.700 metros de altitude, onde dispu- 
tará o torneio interamérica. A adaptação deverá ocorrer 
em um prazo de 10 dias, aproximadamente. O organis- 
mo humano, em altitudes elevadas, necessita desse tem- 
po para se adaptar, evitando-se, assim, risco de um co- 
lapso circulatório." 

(Adaptado da revista Placar, edição fev. 1995.) 


Jogador Adriano 
recebendo oxigênio 
durante uma partida 
da sua equipe, o 
Atlético Paranaense, 
contra o Bolívar, pela 
Taça Libertadores da 
América, em La Paz, 
12/03/2002. 

A adaptação da equipe foi necessária principalmente 
porque a atmosfera de La Paz, quando comparada à das 
cidades brasileiras, apresenta: 

a) menor pressão e menor concentração de oxigênio. 

b) maior pressão e maior quantidade de oxigênio. 

c) maior pressão e maior concentração de gás carbônico. 

d) menor pressão e maior temperatura. 

e) maior pressão e menor temperatura. 

94 (Faap-SP) Num recipiente fechado, de volume igual a 1 5 L, 
está contida uma mistura constituída por 20% molar de 
CH 4 e 80% molar de C 2 H 6 , à temperatura de 27 °C e 
pressão de 1,64 atm. Calcule as massas dos componen- 
tes da mistura, bem como suas respectivas pressões par- 
ciais (massas atômicas: H = 1; C = 12). 



Capítulo 12 • Estudo dos gases 


307 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


307 


29/5/05, 20:54 








Exercício resolvido 


95 (Faap-SP) Uma mistura gasosa formada por C0 2 , N 2 e CO ocupa um volume de 10 L e apresenta seus componentes 
com as respectivas pressões parciais: 0,20 atm, 0,40 atm e 0,30 atm. Calcule os volumes parciais para os componen- 
tes da mistura, bem como a composição da mesma em porcentagem molar. 


Resolução 

A pressão total da mistura é igual a: 

P = p, + p 2 + p 3 — 0,2 + 0,4 4- 0,3 
n, o, v. 

Da relaçao x, = — — = — = — L tiramos o volume parcial do C0 2 : 


P = 0,9 atm 


Sn 


V 


v = £l -v= • i o 

1 P 0,9 


v, = 2,22 L de C0 2 


Por analogia, teremos: 


v 2 =^- 

■v = -M- ■ io => 

p 

0,9 


0 3 

• V= 4^2- . 10 => 

3 p 

0,9 


v 2 = 4,44 L de N 2 


v 3 = 3,33 L de CO 


Quanto ao cálculo da composição da mistura em porcentagem molar (atualmente é preferível dizer "porcentagem em 

mols"), voltemos à fórmula x, = = — = — . Vemos nessa fórmula que as relações — e — são iquais 

' 1 Sn P V M v Sn P V a 

entre si. Conseqüentemente, chega-se ao mesmo resultado calculando-se as porcentagens em mols, seja por 

n, p, v, 

— — , ou J - L , ou 
Sn P V 

Vamos então calcular as porcentagens em mols por meio das pressões parciais, que já são conhecidas: 

• para o C0 2 : 


• para o N 2 : 


• para o CO: 


0,9 atm 

1 00 % 

0,2 atm 

X 

0,9 atm 

1 00 % 

0,4 atm 

Y 

0,9 atm 

1 00 % 

0,3 atm 

z 


x = 22,2% de C0 2 


y = 44,4% de N 2 


z = 33,3% de CO 


96 (FEI-SP) Relativamente a 100 g de uma mistura gasosa que contém 64% de 0 2 e 36% de H 2 em massa, a 27 °C e 1 atm, 

a alternativa correta [ Massas atômicas: O = 16 u; H = 1 u ; R = 0,082 — — I é: 

l mol • K 


a) A mistura ocupa um volume de 72,35 L. 

b) A mistura apresenta composição molar 10% 0 2 e 90% H 2 . 

c) A massa molar média da mistura é 34. 

d) A pressão parcial do 0 2 na mistura é 0,64 atm. 

e) O número de mols da mistura é 2,94. 


97 (Vunesp) Sabendo-se que o volume molar de um gás nas condiçoes normais de pressão e temperatura (CNPT) é igual a 

22,4 L e que R - 0,082 — — , o maior número de moléculas está contido em 1,0 L de: 

mol • K 


a) H 2 , nas CNPT 

b) N 2 , nas CNPT 

c) H 2 , a -73 °C e 2 atm 

d) H 2 , a 27 °C e 1 atm 

e) uma mistura equimolar de H 2 e N 2 , a 127 °C e 1,5 atm 


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Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 








98 (PUC-Campinas-SP) A dispersão dos gases S0 2 , N0 2 , 0 3/ CO e outros poluentes do ar fica prejudicada quando ocorre a 
inversão térmica. 


CL 

c/5 

z; 

cE 

< 

2 


Vista do Rio de Janeiro, 
vendo-se a avenida 
Presidente Vargas e 
uma faixa de poluição 
ao fundo (1997). 

Considere que, numa dessas ocasiões, a concentração do CO seja de 1 0 volumes em 1 - IO 6 volumes de ar (1 0 ppm = 1 0 partes 
por milhão). Quantos m 3 de CO há em 1 - IO 3 m 3 do ar? 

a) 100 b) 10,0 c) 1,00 d) 0,10 e) 0,010 



O 

"D 

O 

<5 

<D 

> 

O) 

0) 

"O 

05 


d> 

"O 

o 

CD 

05 


Exercício resolvido 

99 (UFRJ) As figuras abaixo mostram dois balões iguais e as condições de temperatura e pressão a que eles estão 
submetidos. O balão A contém 41 L de oxigênio puro, e o 8 contém uma mistura de oxigênio e vapor d'água 
(oxigênio úmido). 




P = 3 atm 
t = 27 °C 


a) Quantas moléculas de oxigênio existem no balao A? 

b) Qual dos dois balões é o mais pesado? justifique sua resposta. 


Resolução 

a) Cálculo da quantidade de mols de 0 2 existente no balão A: 

PV = nRT =s 3 • 41 = n- 0,082 ■ 300 
Cálculo do número de moléculas de 0 2 em A: 


n = 5 mol de O, 


1 mol de O, 


5 mol de O, 


6-10 moléculas 
x 


x = 3 ■ 10 24 moléculas de O, 


b) O balão A é mais pesado. De fato, os dois balões têm V, P e T iguais. Pela lei de Avogadro, eles encerram o mesmo 
número de moléculas. No balão A, todas as moléculas são de 0 2 (com massa molar = 32 g). No balão 8, há 
moléculas de 0 2 e algumas moléculas de H 2 0 (massa molar = 18 g), que pesam menos que 0 2 e portanto darão 
massa final menor que a do balão A. 


100 (ITA-SP) Dois balões de vidro, A e 8, de mesmo volume contêm ar úmido. Em ambos os balões a pressão e a tempera- 
tura são as mesmas, a única diferença sendo que no balão A a umidade relativa do ar é de 70% enquanto no balão 8 ela 
é de apenas 1 0%. Em relação ao conteúdo destes dois balões é errado afirmar que: 

a) Os dois balões contêm o mesmo número de moléculas. 

b) Os dois balões contêm a mesma quantidade de gás, expressa em mol. 

c) No balão 8 há maior massa de nitrogênio. 

d) No balão A há maior massa total de gás. 

e) A quantidade (mol) e a massa (grama) de vapor de água são maiores no balão A. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


309 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


309 


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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



101 (UFPI) Sabemos que o gás etileno-C 2 H 4 emitido pelas 
próprias frutas é responsável por seu amadurecimento. 
A resposta que explica por que uma penca de bananas 
amadurece mais rápido quando "abafada" (fechada em 
um saco plástico), do que em uma fruteira é: 

a) menor grau de umidade. 

b) maior pressão parcial do gás etileno. 

c) menor temperatura ambiente. 

d) ausência de luz. 

e) menor concentração do gás etileno. 

102 Misturando-se 4 g de hidrogênio (H 2 ) e 1 6 g de oxigê- 
nio (0 2 ) num recipiente de 82 L mantido a 27 °C, per- 
gunta-se: 

a) Quais as frações molares dos 
dois gases? 

b) Quais suas pressões parciais? 

c) Qual a pressão total da mistura? 

103 (Mackenzie-SP) No interior de um cilindro de êmbolo 
móvel e de massa desprezível, encontram-se aprisiona- 
dos 2,0 g de hélio e 0,25 mol de hidrogênio gasosos. Se 
a temperatura é de 1 27 °C e a capacidade do cilindro de 
10 L, a pressão que deverá ser aplicada ao êmbolo para 
que este permaneça em equilíbrio estático será: 

a) 2,46 atm 

b) 1,64 atm 

c) igual à pressão atmosférica normal 

d) 1 .520,00 mmHg 

e) 1 .246,40 mmHg 

(FEI-SP) As duas questões a seguir estão relacionadas 
com o seguinte enunciado: Um recipiente fechado con- 
tém 1,2 • 1 0 23 moléculas de dióxido de carbono (C0 2 ), 
0,6 mol de oxigênio (0 2 ) e 33,6 g de nitrogênio, à pres- 
são de 750 mmHg. 

104 A massa molecular aparente da mistura gasosa é: 

a) 34,67 c) 61,6 e) 30,8 

b) 52 d) 58,6 

105 A pressão parcial de 0 2 na mistura gasosa, em milíme- 
tros de mercúrio, é: 

a) 525 c) 75 e) 450 

b) 225 d) 250 

106 (UCB-DF) Uma amostra de ar foi coletada no interior 
do túnel Rebouças, Rio de janeiro, para verificação do 
nível de poluição do seu interior. O volume do cilindro 
do ar coletado era igual a 0,1 m 3 e a temperatura mé- 
dia observada no interior do túnel foi de 27 °C. A análi- 
se da amostra de ar indicou que na amostra coletada 
havia 1 mol de N0 2 ; 2 mols de S0 2 e 2 mols de CO. 
(Dados: N = 14;0 = 16;C=12eS = 32.) 

Analise as afirmativas seguintes, julgando-as como ver- 
dadeiras ou falsas. 

0. O número total de moléculas na mistura gasosa co- 
letada é igual a 5. 

1 . Supondo que os gases são ideais 

R = 0/082 atm • L 1 p 0C | e _ se afirmar que a pressão 
mol • K J 

total dentro do cilindro nas condições especificadas 
era igual a 1 2,3 atm. 

2. A percentagem em massa do gás N0 2 na mistura é 
igual a 20%. 


Massas atômicas: 
H = 1; O = 16 


3. O volume de ar amostrado, 0,1 m 3 a 27 °C, 
corresponde a 0,1 5 L na temperatura de 450 K. 

4. Gás ideal é aquele que não apresenta desvios da 
equação de estado, ou seja, segue a equação 
PV = nRT. 

107 (UFC-CE) O monóxido de carbono é um dos poluentes 
do ar presente especialmente em zona urbana. A pres- 
são do monóxido de carbono de 0,004 atm, no ar, re- 
sulta em morte, em pouco tempo. Um carro ligado, 
porém parado, pode produzir, entre outros gases, 
0,60 mol de monóxido de carbono por minuto. Se uma 
garagem a 27 °C tem volume de 4,1 •IO' 1 L, em quanto 
tempo, na garagem fechada, atinge-se a concentração 
letal de CO? 

Observação: Considere que a pressão, na garagem, per- 
manece constante e que não há monóxido de carbono 
presente, inicialmente 

( . . , 0,082 atm 

constante dos qases = — 

V mol • K 



108 (FMTM-MC) O limite superior recomendado de amó- 
nia em um ambiente de trabalho é de 50 ppm em volu- 
me. Considere que um determinado indivíduo inspira 
cerca de 39 kg de ar por dia e que o mesmo trabalha 
numa fábrica que respeita o limite superior recomen- 
dado de amónia. A quantidade máxima de gás amónia 
que aquele indivíduo poderá inalar, após um dia de oito 
horas de trabalho, será, em mL: 

Dados: ppm = partes por milhão 
densidade do ar = 1,3 g/L 

a) 5.000 c) 50 e) 0,5 

b) 500 d) 5 


109 


(UFPE) Em um recipiente fechado de volume constan- 
te, contendo 0,5 mol de C0 2 e 0,2 mol de N0 2 , adicio- 
na-se N 2 até completar 0,3 mol. Identifique, dentre os 
gráficos abaixo, o que melhor representa o que aconte- 
ce com as pressões total e parciais no interior do reci- 
piente durante a adição do nitrogênio. 



Tempo de adição Tempo de adição 




Tempo de adição 


310 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


310 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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15 


DENSIDADES DOS GASES 


A diferença de densidade entre os gases tem várias aplicações em nosso cotidiano. 



Os balões das festas juninas e os 
balões de competição sobem porque 
a densidade do ar quente no interior 
do balão é menor que a do ar externo. 



Os balões que sobem 
espontaneamente no ar são, em 
geral, inflados com hélio (He), que 
é um gás menos denso que o ar. 


g 

a 


Os dirigíveis antigos eram inflados com 
hidrogênio. Como esse gás é muito inflamável, 
usa-se atualmente o gás hélio (He). 



No estudo das densidades dos gases há duas definições importantes a considerar: densidade 
absoluta e densidade relativa. Vamos estudá-las. 


15 . 1 . Densidade absoluta 


Densidade absoluta ou massa específica de um gás, em determinada pressão e tem- 
peratura, é o quociente entre a massa e o volume do gás, nas condições consideradas de 
pressão e temperatura. 


Matematicamente: 


d = 


m 

V 


Com respeito à densidade absoluta devemos notar que: 

• em geral, ela é expressa em gramas/litro (g/L); 

• ela depende da pressão e da temperatura em que o gás se encontra; isso porque a massa ( m ) não 
depende de pressão e temperatura, mas o volume (V) depende; 

• no lugar da massa (m) podemos usar a massa molar ( M ) do gás, desde que no lugar do volume 
( V ) seja usado o volume molar (V M ); disso resulta a equação: 


d = 


V M 


• particularmente, ainda poderíamos considerar o gás nas condições normais, e teríamos a fórmula: 



M 

22,4 


que nos dá a densidade absoluta do gás, em gramas/litro e somente nas condições normais de 
pressão e temperatura; 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


311 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


311 


29/5/05, 20:55 






• no entanto, podemos calcular a densidade absoluta, em qualquer pressão e temperatura, com 
o auxílio da equação de Clapeyron. De fato: 


PV= — RT => — = — => d = — — 

M V RT RT 

Note, nessa última fórmula, que a densidade absoluta de um gás diminui com o aumento de 
temperatura. Dentre as aplicações mais antigas desse fato, destacamos os balões das festas juninas e os 
balões de ar quente usados em competições esportivas. 

15.2. Densidade relativa 

Densidade relativa do gás 1 em relação ao gás 2 é o quociente entre as densidades 
absolutas dei e de 2, ambas sendo medidas nas mesmas condições de pressão e temperatura. 


Matematicamente: 



Com respeito à densidade relativa devemos notar que: 

• ela é apenas um número puro (não tem unidade) e indica quantas vezes um gás é mais (ou 
menos) denso que outro; 

• sendo apenas um número, a densidade relativa não depende das variações de pressão e tempe- 
ratura (evidentemente, desde que os dois gases permaneçam sempre nas mesmas condições 
de pressão e temperatura, como exige a própria definição); 

• podemos particularizar a definição acima, da seguinte maneira: 


5 


1,2 — 


A 

d 2 


Hh 
V , 


m 2 


V 2 


m 

quando V, = V 2 , teremos: § 12 = — L 

m 2 

• e podemos particularizar ainda mais, se considerarmos a massa molar e o volume molar dos gases: 


5 


1,2 


A 

d 2 


tv 1 ± 

K 

K 


K 


K 1 ± 
M 2 


ou 


dj_ _ _M± 
d 2 M 2 


Essas fórmulas são importantes porque mostram que as densidades dos gases são proporci- 
onais às suas massas molares. Desse modo, quando verificamos que um gás é, por exemplo, 
cinco vezes mais denso que outro, já podemos concluir que cada molécula do primeiro gás pesa cinco 
vezes mais do que cada molécula do segundo. Isso facilita a determinação das massas molares no 
laboratório. 

Duas aplicações muito importantes dessa última fórmula são obtidas considerando-se a densidade 
de um gás em relação ao hidrogênio e em relação ao ar, como fazemos a seguir: 

• considerando o gás de referência 2 como sendo o hidrogênio (H 2 ), temos M 2 = 2 g; portanto: 


S 1(2 = ou, abreviadamente: 8 H2 = -y- ou M = 2 8 H2 

(essa última expressão nos diz que a massa molar de um gás é o dobro de sua densidade em 
relação ao hidrogênio); 


312 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


• considerando agora o gás de referência 2 como sendo o ar, temos M 2 — 28,9 (o ar é uma mistura 
contendo principalmente nitrogênio, de M N2 = 28, e oxigênio, de M 0z = 32; por esse motivo o ar 
tem uma "massa molar" que é a média ponderada entre 28 e 32); teremos então: 

§1,2 = 2^V OU/ abreviadamente: 8ar = 2 ÍV OU M = 28 ' 98 ar 

(essa última expressão nos diz que a massa molar de um gás é 28,9 vezes sua densidade em 
relação ao ar). 




ATIVIDADES PRÁTICAS 



ATENÇAO: Para evitar acidentes, o material marcado com 
asterisco (*) deve ser preparado em solução adequa- 
damente diluída e MANUSEADO UNICAMENTE 
PELO PROFESSOR. 

RECOMENDAMOS QUE O EXPERIMENTO SEJA REA- 
LIZADO EXCLUSI VAM ENTE PELO PROFESSOR DE 
MODO DEMONSTRATIVO. 

Mesmo diluídos e em pequena quantidade, esses 
materiais são corrosivos, causam queimaduras e ir- 
ritam a pele e os olhos. Alguns deles desprendem 
vapores irritantes e tóxicos. Nenhum dos reagentes 
deve entrar em contato com a pele, a boca e os 
olhos, nem deve ser aproximado do nariz. 

Óculos de segurança, luvas e aventais protetores 
são altamente recomendados. 

Materiais 

• 1 erlenmeyer • 1 rolha com furo • 2 tubos de vidro em 
"U" • 1 pedaço de mangueira de borracha • 1 béquer 
grande ou 1 cuba de vidro • tiras finas de folha de zinco 

• pregos comuns pequenos • solução aquosa de ácido 
clorídrico (*) • detergente • água 

Procedimento 

• Na cuba de vidro, ou no béquer grande, prepare uma 
solução concentrada de detergente. • Monte o sistema 


de rolha, tubos de vidro e mangueira de borracha como 
o da figura a seguir. 



• Coloque cuidadosamente os metais dentro do 
erlenmeyer e adicione em seguida a solução de HCI. 

• Tampe o erlenmeyer com a rolha. «Tome cuidado 
para que o tubo de saída continue mergulhado na so- 
lução concentrada de detergente. • Anote as observa- 
ções no caderno. 

Perguntas 

1) O que ocorreu dentro do erlenmeyer? 

2) O que é liberado na solução concentrada de deter- 
gente? O que pode ser afirmado sobre a densidade 
dessa substância quando comparada com a do ar? 


Responda em 
seu caderno 


a) O que é densidade absoluta ou massa específica de um gás? 

b) O que é densidade relativa entre dois gases? 



Capítulo 12 • Estudo dos gases 


313 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


313 


29/5/05, 20:56 




f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





Exercício resolvido 

110 Qual a densidade absoluta do oxigênio (0 2 ) a 
600 mmHg e 127 °C? (Massa atômica: 0 = 16) 

Resolução 

. PM , 600 • 32 

d = => d = => 

RT 62,3-400 


d = 0,774 g/L 


111 (Uece) O gás S0 3/ poluente atmosférico, é um dos res- 
ponsáveis pela formação da chuva ácida. A sua densi- 
dade , em g/L a 0,90 atm e 20 °C é, aproximadamente: 
a) 2,0 b) 3,0 c) 4,0 d) 5,0 

112 (UFRN) A densidade de um gás é 1 ,96 g/L, medida nas 
CNPT. A massa molecular desse gás é: 

a) 43,88 c) 49,92 e) 53,22 

b) 47,89 d) 51,32 

113 (Fuvest-SP) Nas condições normais de temperatura e 
pressão, a massa de 22,4 L do gás X 2 (X = símbolo do 
elemento químico) é igual a 28,0 g. 

a) Calcule a densidade desse gás, nessas condições. 

b) Qual a massa atômica do elemento X? Explique como 
encontrou o valor dessa massa. 

114 (FEI-SP) A densidade absoluta do gás sulfídrico (H 2 S) 
aumentará quando: 

a) a pressão diminuir. 

b) a temperatura diminuir. 

c) a temperatura aumentar. 

d) a variação de pressão não afetar a densidade absoluta. 

e) a concentração do H 2 S aumentar. 

115 (UFMG) Um balão de borracha, como os usados em 
festas de aniversário, foi conectado a um tubo de en- 
saio, que foi submetido a aquecimento. Observou-se, 
então, que o balão aumentou de volume. 
Considerando-se essas informações, é correto afirmar 
que o aquecimento: 

a) diminui a densidade do gás presente no tubo. 

b) transfere todo o gás do tubo para o balão. 

c) aumenta o tamanho das moléculas de gás. 

d) aumenta a massa das moléculas de gás. 


Exercício resolvido 

116 Qual a densidade do anidrido sulfuroso (S0 2 ) em 
relação ao ar e em relação ao hidrogênio? (Massas 
atômicas: O = 16; S = 32) 


Resolução 


Inicialmente calculamos a massa molecular do S0 2 e 
temos M = 64. A seguir, aplicamos as fórmulas das 
páginas 31 2-31 3. 


5 


ar 


5 


h 2 


M 

28,9 

M_ 

2 


5 


ar 


5 


h 2 


64 

28,9 

64 

=> 

2 


§ar=2,2 



Observação: 

É fácil notar pelo primeiro cálculo que todos os gases 
com massa molecular maior que 28,9 são mais den- 
sos que o ar e, em conseqüência, eles tendem a des- 
cer quando são soltos ao ar livre; o contrário aconte- 
ce para os gases de massa molecular menor que 28,9. 


117 (UnB-DF) Para que um balão suba, é preciso que a den- 
sidade do gás dentro do balão seja menor que a densi- 
dade do ar. Consultando os dados da tabela abaixo, 
pode-se afirmar que, à mesma temperatura e pressão, 
o melhor gás para esse fim é: 


Gás 

Massa molar (g/mol) 

Temperatura (K) 

He 

4 

373 

Ne 

20 

373 

h 2 

2 

373 

o 2 

32 

373 


a) H 2 b) He c) Ne d) 0 2 


118 (FEI-SP) As águas poluídas do rio Tietê liberam, entre 
outros poluentes, o gás sulfídrico (H 2 S). Um dos maio- 
res problemas causados por esse gás é o ataque corro- 
sivo aos fios de cobre das instalações elétricas existen- 
tes junto a esse rio. 

O gás sulfídrico é mais denso do que o ar e, assim, con- 
centra-se mais próximo ao solo. 

Considerando a massa molar média do ar igual a 28,9, a 
densidade do H 2 S em relação ao ar, nas mesmas condi- 
ções de temperatura e pressão, será aproximadamente: 

a) 0,9 d) 4,8 

b) 1,2 e) 5,0 

c) 2,4 

Exercício resolvido 

119 Nas mesmas condições de pressão e temperatura pesa 
mais 1 L de oxigênio seco ou 1 L de oxigênio úmido? 
Justifique. (Massas atômicas: H = 1; O = 16) 

Resolução 

Um litro de oxigênio seco pesa mais, ou seja, é 
mais denso. 

Isso pode ser justificado pela lei de Avogadro. De 
fato, em 1 L de qualquer gás, medido nas mesmas 
condições de pressão e temperatura, existe sempre 
o mesmo número total (x) de moléculas. No caso 
do oxigênio seco, todas as moléculas serão 0 2 , de 
massa molecular 32; no caso do oxigênio úmido, 
algumas moléculas serão de água, que pesa menos 
(18), diminuindo, então, o peso do conjunto. 
Observação: 

Generalizando o problema anterior, você poderá 
perceber o seguinte: sendo 1 8 a massa molecular da 
água e chamando de M a massa molecular de um 
gás qualquer, teremos: 

• quando M < 1 8, o gás úmido é mais denso que o 
seco; 

• quando M = 1 8, a densidade do gás não se altera 
com a umidade; 

• quando M > 1 8, o gás úmido é menos denso que 
o seco. 


120 Considerando os gases hidrogênio, nitrogênio, hélio, 
xenônio, cloro, metano e argônio, quais os que têm sua 
densidade aumentada com a presença de umidade, em 
condições invariáveis de pressão e temperatura? 


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Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




121 (UCSal-BA) Sob pressão de 750 mmHg e temperatu- 
ra de 25 °C, o volume de 1 mol de gás é 24,8 L. 
Nessas condições, qual dos gases abaixo tem maior 
densidade? 

a) N 2 

b) o 2 

c) F 2 

d) Cl 2 

e) Ne 

122 (UFC-CE) Ao desejar identificar o conteúdo de um cilin- 
dro contendo um gás monoatômico puro, um estudan- 
te de Química coletou uma amostra desse gás e determi- 
nou sua densidade, d = 5,38 g/L, nas seguintes condições 
de temperatura e pressão: 1 5 °C e 0,97 atm. Com base 
nessas informações e assumindo o modelo do gás ideal: 

í Dado: R = 0,082 atm ' L .) 

V mol • K ) 

a) calcular a massa molar do gás; 

b) identificar o gás. 

123 (Unicamp-SP) Um balão meteorológico de cor escura, 
no instante de seu lançamento, contém 100 mols de 
gás hélio (He). Após ascender a uma altitude de 1 5 km, 
a pressão do gás se reduziu a 100 mmHg e a tempera- 
tura, devido à irradiação solar, aumentou para 77 °C 

(constante dos qases ideais: R = 62 ; massa 

a mol • K 

molar do He = 4 g ■ mor 1 ). Calcule, nessas condições: 

a) o volume do balão meteorológico; 

b) a densidade do He em seu interior. 

1 24 (UFU-MC) A massa molecular do CO é 28. A densidade 
de um gás puro, em relação ao CO, é 1,25. Logo, 
9,03 • 1 0 23 moléculas do gás desconhecido pesam: 

a) 31,5 g 

b) 35,0 g 

c) 52,5 g 

d) 23,3 g 

e) 42,0 g 

125 (Fuvest-SP) 

Ao nível do mar e a 25 °C: 

— volume molar de gás = 25 L/mol 

— densidade do ar atmosférico = 1,2 g/L 


A 



As bexigas Ae B podem conter, respectivamente: 

a) argônio e dióxido de carbono 

b) dióxido de carbono e amónia 

c) amónia e metano 

d) metano e amónia 

e) metano e argônio 

1 26 (Fuvest-SP) Deseja-se preparar e recolher os gases metano, 
amónia e cloro. As figuras I, II e III mostram dispositivos 
de recolhimento de gases em tubos de ensaio. 




Considerando os dados da tabela abaixo, 



Massa molar (g/mol) 

Solubilidade 
em água 

Metano 

16 

Desprezível 

Amónia 

17 

Alta 

Cloro 

71 

Alta 

Ar 

29 (valor médio) 

Baixa 


escolha, dentre os dispositivos apresentados, os mais 
adequados para recolher, nas condições ambiente, 
metano, amónia e cloro. Esses dispositivos são, respec- 
tivamente, 

a) II, II e III. 

b) III, I e II. 

c) II, III e I. 

d) II, I e III. 

e) III, III e I. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


315 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


315 


29/5/05, 20:57 


16 


DIFUSÃO E EFUSÃO DOS GASES 


Vimos no estudo da teoria cinética dos gases 
(página 286) que as partículas gasosas estão em 
movimento contínuo e muito rápido. Esse movi- 
mento faz com que dois ou mais gases se mistu- 
rem rapidamente, dando sempre origem a uma 
mistura homogênea. 

Esse fato pode ser constatado dispondo-se de 
dois balões de vidro, ligados entre si por uma comu- 
nicação provida de uma válvula; colocamos num dos 
balões um gás ou vapor colorido (N0 2 , vapor de 
bromo etc.) e deixamos no outro balão simplesmen- 
te o ar (mistura incolor de N 2 e 0 2 ). Abrindo-se a 
válvula, podemos ver o gás colorido "caminhando" 
através do ar e se misturando com ele; esse movi- 
mento espontâneo de um gás através de outro é cha- 
mado de difusão gasosa. 




Sentimos o cheiro de um perfume porque algumas de 
suas moléculas escapam do frasco e se espalham 
(difundem-se) pelo ar. 



Em 1 829, o cientista Thomas Graham, estudan- 
do o "vazamento" dos gases através de pequenos 
orifícios (ou de paredes porosas) — fenômeno deno- 
minado efusão de gases, que é um caso particular 
da difusão gasosa — , enunciou: 


Em condições idênticas, as veloci- 
dades de efusão de dois gases são in- 
versamente proporcionais às raízes qua- 
dradas de suas densidades absolutas. 


Thomas Graham 


Químico escocês, nasceu em Glas- 
gow, em 1 805, e faleceu em Lon- 
dres, em 1869. Estudou a difusão 
de gases e líquidos. Descobriu o 
princípio da diálise, que até hoje 
é importante no tratamento de 
pacientes com deficiências renais. 



Matematicamente: 



Ora, lembrando que d = 


PM 

RT 


(página 31 2) e substituindo d-, e d 2 na fórmula anterior, chegaremos 


a: 


_Kl _ [mT 

v 2 ]j Mj 

Nessas fórmulas, a velocidade de efusão dos gases é medida em unidades de "volume que escapa 
por unidade de tempo"; em geral, ela é expressa em litros por minuto. 

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Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


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Esta última fórmula matemática mostra que os gases 
que se difundem mais rapidamente são os de menor massa 
molar (ou seja, os de menor densidade). Um exemplo inte- 
ressante desse fato é o que ocorre com os balões vendidos 
em parques: eles são inflados com gás hélio, e como esse 
gás "escapa" facilmente pelos poros da borracha, os balões 
acabam murchando, após algumas horas. 

Uma aplicação importante do fenômeno da efusão é 
no enriquecimento do urânio, em que se separam os dois 
isótopos ( 235 U e 238 U) usando seus compostos gasosos 
( 235 UF 6 e 238 UF 6 ). 



Responda em 
seu caderno 


a) O que é difusão gasosa? 

b) Em condições idênticas, qual a relação entre as velocidades de efusão de dois gases? 

c) Quais são as unidades utilizadas para expressar a velocidade de efusão dos gases? 





EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 






Exercício resolvido 

127 (Mackenzie-SP) A velocidade de difusão do gás hi- 
drogênio é igual a 27 km/min, em determinadas 
condições de pressão e temperatura (massas atômi- 
cas: H = 1 ; O = 1 6). Nas mesmas condições, a velo- 
cidade de difusão do gás oxigênio em km/h é de: 

a) 4 km/h d) 240 km/h 

b) 108 km/h e) 960 km/h 

c) 405 km/h 


Resolução 



=> v 02 = 6,75 km/min 

Como foi pedida a velocidade em km/h temos: 


Vq 2 = 6,75 • 60 


v 02 = 405 km/h 


Alternativa c 


128 (UFSE) Dentre os gases abaixo, nas mesmas condições, 
o que se difunde mais rapidamente é: 

a) o monóxido de carbono. 

b) a amónia. 

c) ozônio. 

d) o nitrogênio. 

e) o hidrogênio. 

129 (UFBA) Numa sala fechada, foram abertos ao mesmo 
tempo três frascos que continham, respectivamente, gás 
amoníaco (NH 3 ), dióxido de enxofre (S0 2 ) e sulfeto de 
hidrogênio (H 2 S). Uma pessoa que estava na sala, a igual 
distância dos três frascos, sentiu o efeito desses gases 
na seguinte ordem: 


a) H 2 S, NH 3 e S0 2 d) NH 3 , S0 2 e H 2 S 

b) H 2 S, S0 2 e NH 3 e) S0 2 , NH 3 e H 2 S 

c) NH 3 , H 2 S e S0 2 


Exercício resolvido 

1 30 Um gás está a 27 °C. A que temperatura a velocida- 
de média de suas moléculas irá duplicar? 


Resolução 

Vj_ = IjT =» JZL = (3Õ0~ ^ 1 
v 2 \ T 2 2yÇ \ T 2 4 


=> r 2 = 1 .200 K 


e 2 = 927 °c 


300 

T 2 


Exercício resolvido 

131 A velocidade de efusão do hélio (He) através de um 
orifício é 8 L por minuto. Qual a velocidade de efusão 
do metano (CH 4 ) através do mesmo orifício e nas 
mesmas condições de pressão e temperatura? 


Resolução 

^hélio 

Vmetano 


^metano 

í^hélio 


8 

^metano 



'Vtano = 4 L/min 


1 32 (Uece) Nas mesmas condições de pressão e temperatura, 
um gás X atravessa um pequeno orifício a uma velocidade 
três vezes menor que o hélio. A massa molecular de X é: 
a) 30 b) 32 c) 36 d) 40 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


317 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


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IVÂNIA SANTANNA/ KINO 






Resolução 


133 (Mackenzie-SP) Um recipiente com orifício circular con- 
tém os gases yez.O peso molecular do gás y é 4,0 e o 
peso molecular do gás z é 36,0. A velocidade de escoa- 
mento do gás y será maior em relação à do gás z: 

a) 3 vezes c) 9 vezes e) 1 2 vezes 

b) 8 vezes d) 1 0 vezes 

Exercício resolvido 

1 34 Certo volume de hidrogênio demora 30 min para atra- 
vessar uma parede porosa. Qual o tempo empregado 
pelo mesmo volume de oxigênio na travessia da mes- 
ma parede e nas mesmas condições de pressão e tem- 
peratura? (Massas atômicas: H = 1 ; O = 16) 



Ora, se o hidrogênio é quatro vezes mais rápido que 
o oxigênio e demora 30 min, o oxigênio irá demorar 
4 ■ 30 = 120 min, ou seja, 2 h. 

135 À mesma temperatura, um gás é quatro vezes mais 
denso que outro. Qual é a relação entre suas veloci- 
dades de efusão? 




LEITURA 




A CAMADA DE OZÔNIO 

Freqüentemente encontramos, em jornais e revistas, notícias falando dos perigos trazidos pelo buraco 
na camada de ozônio para a vida animal e vegetal na Terra. 

O que está acontecendo na Terra? É o que vamos explicar, resumidamente, nesta leitura. 

O Sol emite, para a Terra, partículas como prótons, elétrons etc. e também muita energia na forma de 
luz visível e nas demais radiações eletromagnéticas. 

Do total de energia que nos chega do Sol, cerca 
de 46% correspondem a luz visível; 45%, a radiação 
infravermelha; e 9%, a radiação ultravioleta. Esta úl- 
tima contém mais energia e, por isso, é mais perigo- 
sa para a vida dos animais e vegetais sobre a superfí- 
cie da Terra. Em particular, a ultravioleta é a radiação 
que consegue "quebrar" várias moléculas que for- 
mam nossa pele, sendo por isso o principal responsá- 
vel pelas queimaduras de praia. 

Felizmente existe na atmosfera terrestre, aproxi- 
madamente entre 12 e 32 km de altitude, uma ca- 
mada de ozônio (0 3 ). Essa camada é muito tênue 
(porque nela existe cerca de uma molécula de 0 3 para 
cada 1 milhão de moléculas de ar), mas muito im- 
portante, pois funciona como um escudo, evitando 
que cerca de 95% da radiação ultravioleta atinja a 
superfície terrestre. 

Na década de 1 960, os cientistas verificaram que 
a camada de ozônio estava sendo destruída mais ra- 
pidamente que o normal. Vários estudos mostraram 
que a "culpa" era dos óxidos de nitrogênio, presen- 
tes na atmosfera em quantidades cada vez maiores. 

A destruição da camada de ozônio aumentou ainda mais com o uso dos compostos denominados 
"clorofluorcarbonetos" ou "clorofluorcarbonados", conhecidos pela sigla CFC, tirada dos nomes anterio- 
res. Os primeiros e mais importantes são o CCl 2 F 2 , chamado de freon-12 (os números 1 e 2 indicam os 
números de átomos de carbono e de flúor, respectivamente) e o CCl 3 F, chamado de freon-1 1 (isto é, um 
carbono e um flúor). À primeira vista, esses compostos são maravilhosos, pois não são inflamáveis, nem 
tóxicos, nem corrosivos, nem explosivos e se prestam muito bem como gases de refrigeração no funcio- 
namento das geladeiras, freezers, aparelhos de ar condicionado etc., em substituição ao NH 3 , que é muito 
tóxico. Com o passar do tempo, descobriu-se que os freons eram também muito úteis como propelentes 
de aerossóis, em sprays de perfumes, desodorantes, tintas etc. (década de 1960); na fabricação de espu- 
mas de plástico (década de 1960); na limpeza dos microcircuitos de computador (década de 1970) etc. 
Com isso, o consumo de freons foi aumentando. 


Termosfera 



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Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


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A situação tornou-se alarmante quando, em outubro de 1 984, um grupo de cientistas ingleses, traba- 
lhando no Pólo Sul, descobriu a perda de aproximadamente 40% da camada de ozônio sobre a Antártida. 
De lá para cá, esse fato vem se agravando; hoje se calcula que esse "furo" já cobre cerca de 28 milhões de 
metros quadrados sobre a Antártida, o que equivale a dizer que já atinge as partes mais meridionais da 
América do Sul e da Austrália. 

E por que a preocupação com o "furo" na camada de ozônio aumentou tanto nos últimos anos? 
Porque é certo que uma redução de 1% na camada de ozônio corresponde a um aumento de 2% da 
radiação ultravioleta que chega à superfície da Terra, o que trará grandes problemas, como: aumento do 
número de casos de câncer de pele, especialmente nas pessoas de pele clara (e ainda mais se expostas ao 
sol de verão); aumento do número de casos de catarata e cegueira, inclusive em animais; queima de 
vegetais (eucaliptos secam, cactos murcham etc.); alterações no plâncton existente na água do mar, com 
enormes reflexos em toda a cadeia alimentar marítima. 

Atualmente, a tendência mundial é de proibir (ou reduzir) o uso de compostos clorofluocarbonados e 
controlar as emissões dos escapamentos de veículos. 



Imagem de satélite colorizada artificialmente, mostrando Atualmente, os aerossóis não contêm compostos 
o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida (região clorofluorcabonados. 
em azul escuro). Dados obtidos pelo TOMS — Total 
Ozone Mapping Spectrometer — em 1 1/09/2003. 



"Vv- você NÃO ACh 
. QUE SOMOS 


RESPONSÁVEIS PELO 
FURO NA CAMADA 
DE OZÔNIO. ACHA? 


OS BICHOS 




HNmlUNMá 


E, agora, o reverso da medalha 

O ozônio que, como acabamos de ver, é nosso aliado na estratosfera, torna-se um inimigo perigoso no 
ar que respiramos, próximo à superfície da Terra. 

No ar ambiente, o ozônio é um poluente que já apresenta riscos em quantidades tão baixas quanto 
0,1 2 ppm (ppm = partes por milhão, o que significa existir 0,1 2 litro de 0 3 em 1 milhão de litros de ar). O 
ozônio provoca: irritação nos olhos; problemas pulmonares, como edema e hemorragias, chegando a ser 
fatal em doses altas; corrosão da borracha; queima das folhas e dos frutos dos vegetais, sendo o tomate e 
o tabaco os mais sensíveis. 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


319 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


319 


22/6/05, 15:29 


EDUARDO SANTALIESTRA 



■ 


Questões sobre a leitura 

Responda em 
seu caderno 


136 Que parte da radiação solar é bloqueada pela camada de ozônio? 

137 Quais são os principais tipos de compostos que contribuem para a destruição da camada de ozônio? 

138 Na atmosfera o ozônio é um aliado ou um inimigo? 

1 39 (PUC-SP) A presença de ozônio na troposfera (baixa atmosfera) é altamente indesejável, e seu limite permitido por lei é de 
1 60 microgramas por m 3 de ar. No dia 30/07/95, na cidade de São Paulo, foi registrado um índice de 760 microgramas de 
0 3 por m 3 de ar. Qual é a alternativa que indica quantos mols de 0 3 , por m 3 de ar foram encontrados acima do limite 
permitido por lei, no dia considerado (Dado: 1 micrograma = 1CT 6 g)? 

a) 1,25 • 10 5 mol c) 1,87 • 1(T 5 mol e) 2,50 • 1 (T 5 mol 

b) 1,25-1 (T 2 mol d) 1,87-1 (T 2 mol 

140 (U. São judas-SP) Nos frascos de spray usam-se, como propelentes, compostos orgânicos conhecidos como clorofluorcar- 
bonetos (hidrocarbonetos clorofluorados). As substâncias mais empregadas são CCt 2 F 2 e CCIF 3 . O uso dessas substâncias 
vem sendo restringido porque elas causam a destruição da camada de ozônio do nosso planeta. Num depósito abandona- 
do foi encontrado um cilindro supostamente contendo um desses gases. Qual é o gás, sabendo-se que o cilindro tinha um 
volume de 1 5 L, pressão de 1 ,5 atm e a massa do gás era 98,1 g a 1 5 °C? 

Massas atômicas: C = 12 u; Cl= 35,5 u; F = 19 u. R = 62,34 mmH 9 ' L / ou r = o, 082 atm ' L , ou R = 8,31 I 

mol • K mol • K mol • K 

a) somente CCÍ 2 F 2 c) CCÍ 2 F 2 misturado com CCIF 3 e) CCÍ 2 F 5 

b) somente CCÍF 3 d) C 2 CÍ 3 F 




DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




141 (ITA-SP) Consideremos um gás formado de moléculas 
todas iguais e que corresponda ao que se considera um 
gás ideal. Esse gás é mantido num recipiente de volu- 
me constante. Dentre as afirmações abaixo, todas refe- 
rentes ao efeito do aumento de temperatura, a alterna- 
tiva correta, em relação ao caminho livre médio das mo- 
léculas e à frequência das colisões entre as mesmas, é: 
Caminho livre médio Freqüência de colisões 


a) 

b) 

c) 

d) 

e) 


Inalterado 

Diminui 

Aumenta 

Inalterado 

Diminui 


Aumenta 

Inalterada 

Aumenta 

Diminui 

Aumenta 


142 (Vunesp) Durante o transporte de etano (C 2 H 6 ) gasoso 
em um caminhão tanque com capacidade de 1 2,3 m 3 , à 
temperatura de —23 °C, houve um acidente e verificou- 
se uma queda de pressão de 0,6 atm. Admitindo-se a 
temperatura constante, calcular a massa do etano perdi- 
da no ambiente ^massas atômicas: C = 12,0; H = 1,0; 

O = 1 6,0; constante dos gases: R = 0,0821 — — 1 

mol ■ K ) 


143 (UFRJ) No gráfico a seguir estão representadas duas 
isotermas (lei de Boyle-Mariotte) de 1 mol de gás ideal. 
Uma na temperatura de 0 °C e a outra na temperatura 
T (em kelvins). 



a) Qual o valor da pressão P indicada no gráfico, em 
atmosferas? Justifique sua resposta. 

b) Determine o valor da temperatura T (em kelvins). 


144 (Vunesp) Uma mistura de 4,00 g de H 2 gasoso com 
uma quantidade desconhecida de He gasoso é 
mantida nas condições normais de pressão e tempe- 
ratura. Se uma massa de 1 0,0 g de H 2 gasoso for adi- 
cionada à mistura, mantendo-se as condições de pres- 
são e temperatura constantes, o volume dobra. Cal- 
cule a massa em gramas de He gasoso presente na 

mistura |massas atômicas: H = 1; He = 4; constante 

universal dos qases = 0,0821 ; volume ocu- 

a mol • K 

pado por 1 mol de gás nas condições normais de pres- 
são e temperatura = 22,4 l_j. 

145 (UFBA) Um mergulhador utiliza um cilindro de 15 L, 
provido de válvula reguladora, que contém uma mistu- 
ra gasosa de composição volumétrica igual a 68% N 2 e 
32% 0 2 , à pressão de 200 atm. Considerando-se que o 
mergulhador permanece por 36 minutos à profundi- 
dade de 30 m; que, durante todo o procedimento do 
mergulho, a temperatura é de 25 °C; e que, ao retornar 
à superfície, a pressão no cilindro é de 50 atm, determi- 
ne, em L/min, o consumo de oxigênio no período em 
que o mergulhador esteve a 30 m de profundidade, 
submetido à pressão de 4 atm. Considere desprezível o 
consumo de oxigênio durante a descida e a subida do 
mergulhador. 

Indique, justificando de modo completo, toda a resolu- 
ção da questão. 


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146 (Fuvest-SP) Dados referentes aos planetas Vénus e Terra: 



Vénus 

Terra 

Porcentagem (em volume) 
de N 2 na atmosfera 

4,0 

80 

Temperatura na superfície (K) 

750 

300 

Pressão na superfície (atm) 

100 

1,0 


A relaçao entre o número de moléculas de N 2 em volu- 
mes iguais das atmosferas de Vénus e da Terra é: 

a) 0,10 c) 2,0 e) 40 

b) 0,28 d) 5,7 

147 (UMC-SP) A densidade de uma mistura gasosa de C0 2 
e 0 2 numa temperatura de 60,3 °C e pressão de 2,0 atm 
é de 3,0 g/L. A porcentagem, em volume, de 0 2 na 
mistura é de: 

a) 15% c) 35% e) 40% 

b) 25% d) 75% 

148 (Vunesp) Um balão leve, de volume fixo, flutua no ar 
quando preenchido com gás hélio à temperatura am- 
biente. O mesmo balão pode flutuar no ar se for preen- 
chido com ar aquecido e gases quentes produzidos 
pela queima de C 4 H 10 . Conhecendo as massas mola- 
res, em g/mol: ar = 29 (valor médio), He = 4, H = 1, 
C=12, N = 14eO = 16, a explicação para o fato de 
o balão, preenchido pela mistura gasosa aquecida, flu- 
tuar no ar, é: 

a) os produtos C0 2 e H 2 0, formados na combustão do 
C 4 H 10 , são menos densos que o ar. 

b) com o consumo de 0 2 do ar na combustão do C 4 H 10 , 
ocorre a formação de hélio gasoso. 

c) com o consumo de 0 2 do ar na combustão do C 4 H 10 , 
só resta N 2 em seu interior. 

d) com o aquecimento, as moléculas C 4 H 10 sofrem de- 
composição, formando H 2 . 

e) como os gases no interior do balão estão bem mais 
quentes que o ar que o circunda, ocorre diminuição 
do número total de mols dos gases nele contidos, 
tornando o balão menos denso que o ar. 

149 (IME-RJ) Borbulha-se oxigênio através de uma coluna 
de água e, em seguida, coletam-se 100 cm 3 do gás 
úmido a 23 °C e 1,06 atm. Sabendo que a pressão de 
vapor da água a 23 °C pode ser considerada igual a 
0,03 atm, calcule o volume coletado de oxigênio seco 
nas CNPT. 

150 (PUC-SP) Uma mistura de N 2 e vapor de água foi 
introduzida a 20 °C num recipiente que continha um 
agente secante. Imediatamente após a introdução da 
mistura, a pressão era 750 mmHg. Depois de algu- 
mas horas, a pressão atingiu o valor estacionário de 
735 mmHg. Pedem-se: 

a) a composição em porcentagem molar da mistura 
original; 

b) o volume do frasco, sabendo-se que o agente secante 
aumenta seu peso em 0,1 50 g e que o volume ocu- 
pado pelo agente secante pode ser desprezado. 

151 (Uece) Dois gases, H 2 e S0 2 , são colocados nas extremi- 
dades opostas de um tubo de 94,1 cm. O tubo é fecha- 


do, aquecido até 1 .200 °C e os gases se difundem den- 
tro do tubo. A reação que se processa no momento em 
que os gases se encontram é: 

3 H 2 (g) + S0 2 (g) H 2 S (g) + 2 H 2 0 (g) 

O ponto do tubo onde se inicia a reação está a: 

a) 1 4,1 cm do local onde foi colocado o gás H 2 . 

b) 20 cm do local onde foi colocado o gás S0 2 . 

c) 1 8,6 cm do local onde foi colocado o gás S0 2 . 

d) 80 cm do local onde foi colocado o gás H 2 . 

152 (IME-RJ) Um cilindro contendo oxigênio puro teve sua 
pressão reduzida de 2,60 atm para 2,00 atm, em 47,0 min, 
devido a um vazamento através de um pequeno orifí- 
cio existente. Quando cheio com outro gás, na mesma 
pressão inicial, levou 55,1 min para que a pressão caís- 
se outra vez ao valor de 2,00 atm. Determine a massa 
molecular do segundo gás. Considere que ambos os 
processos foram isotérmicos e à mesma temperatura, e 
que os gases, nessas condições de pressão e tempera- 
tura, apresentam comportamento ideal. 

(Enem-MEC) O texto abaixo refere-se às duas questões 
seguintes. 

As áreas numeradas no gráfico mostram a composição 
em volume, aproximada, dos gases na atmosfera ter- 
restre, desde a sua formação até os dias atuais. 



100 
90 
80 
5? 70 
o 60 

IfO 

O* 

¥ 50 
o 

| 40 
ô 30 
20 
10 
0 


5 4 3 2 

Tempo (bilhões de anos) 


0 

t 

Data atual 


(Adaptado de The Random House Encyclopedies, 3. ed. 1990.) 


153 Considerando apenas a composição atmosférica, iso- 
lando outros fatores, pode-se afirmar que: 

I. não podem ser detectados fósseis de seres aeróbicos 
anteriores a 2,9 bilhões de anos. 

II. as grandes florestas poderiam ter existido há aproxi- 
madamente 3,5 bilhões de anos. 

III. o ser humano poderia existir há aproximadamente 
2,5 bilhões de anos. 

E correto o que se afirma em: 

a) I, apenas. d) II e III, apenas. 

b) II, apenas. e) I, II e III. 

c) I e II, apenas. 

154 No que se refere à composição em volume da atmosfe- 
ra terrestre, há 2,5 bilhões de anos, pode-se afirmar que 
o volume de oxigênio, em valores percentuais, era de, 
aproximadamente: 

a) 95% c) 45% e) 5% 

b) 77% d) 21% 


Capítulo 12 • Estudo dos gases 


321 



Capitulo 12C-QF1-PNLEM 


321 


29/5/05, 20:58 



o 

3 



Tópicos do capítulo 

1 As fórmulas na Química 

2 Cálculo da fórmula centesimal 

3 Cálculo da fórmula mínima 

4 Cálculo da fórmula molecular 
Leitura: 0 efeito estufa 


S 


CALCULO DE FORMULAS 



Os cálculos do cientista Albert Einstein permitiram ampliar as bases da Física 
e mudaram o mundo. 


Apresentação do capítulo 


Nos dois capítulos anteriores, vimos cálculos importantes, como os que envolvem a massa 
atômica, o mol, a massa molar e uma série de outros envolvendo os gases. Agora, vamos 
estudar o cálculo das fórmulas das substâncias. Sem dúvida, as fórmulas são muito 
importantes, pois ajudam na identificação de cada substância. Faiaremos das fórmulas 
centesimal, mínima e molecular. 




Capitulo 13-QF1-PNLEM 


322 


29/5/05, 21 :01 



Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


D AS FÓRMULAS NA QUÍMICA 


São conhecidas, atualmente, milhões de substâncias químicas. Para identificá-las, são usados no- 
mes e fórmulas. Em capítulos anteriores, já aprendemos os nomes e as fórmulas de muitas substâncias, 
como, por exemplo: 

• ácido sulfúrico (H 2 S0 4 ); 

• ácido fosfórico (H 3 P0 4 ); 

• óxido ferroso (FeO); 

• óxido de cromo III (Cr 2 0 3 ). 

Estas são chamadas fórmulas moleculares (ou simplesmente fórmulas), pois representam de fato 
a molécula da substância considerada — do ponto de vista tanto qualitativo como quantitativo. As- 
sim, por exemplo, quando dizemos que a fórmula molecular do ácido sulfúrico é H 2 S0 4 , isso indica que 
o ácido sulfúrico é formado por hidrogênio, enxofre e oxigênio e que em cada molécula desse ácido 
existem 2, 1 e 4 átomos dos elementos que o constituem, respectivamente. 

Como apareceram essas fórmulas na Química? Elas surgiram na segunda metade do século XIX, 
como conseqüência das leis das reações e da teoria atômico-molecular. Sem dúvida, a fórmula de uma 
substância é importante, pois dá a idéia clara de sua composição química. 

E atualmente como as fórmulas são determinadas? E evidente que, quando os químicos descobrem 
uma nova substância, eles não conhecem a sua fórmula. O caminho clássico, nessas ocasiões, é subme- 
ter a substância a uma análise química. A análise começa pela purificação da substância, que é a 
chamada análise imediata. Em seguida, a substância já purificada é submetida a uma análise elemen- 
tar (qualitativa e quantitativa). Na qualitativa, determinam-se quais são os elementos presentes na 
substância e, na quantitativa, quanto há de cada elemento. Com esses dados, pode-se, então, calcular 
a fórmula centesimal, que passamos a explicar adiante. 



CÁLCULO DA FÓRMULA CENTESIMAL 


Em nosso dia-a-dia, encontramos porcentagens com grande freqüência. Ouvimos diariamente fra- 
ses do tipo: "A inflação do mês foi de 1 ,2%"; "No último ano, a população aumentou 1 ,3%"; "O preço 
da gasolina subiu 2,3%" etc. 


O MAGO DE ID Parker and Hart 



Na Química, acontece fato semelhante. Dizemos, por exemplo, que a composição centesimal do 
metano (CH 4 ) é 75% de carbono e 25% de hidrogênio. Isso significa que, em cada 1 00 g de metano, 
encontramos 75 g de carbono e 25 g de hidrogênio. 


Capítulo 13 • Cálculo de Fórmulas 


323 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


323 


29/5/05, 21 :02 


TRIBUNE MEDIA /INTERCONTINENTAL PRESS 




Daí a definição: 


Fórmula centesimal (ou composição centesimal ou composição percentual) refere- 
se às porcentagens em massa dos elementos formadores da substância considerada. 

A fórmula centesimal representa a proporção em massa existente na substância, que é sempre 
constante, segundo a lei de Proust (página 51). Vamos, então, exemplificar o cálculo de uma fórmula 
centesimal a partir dos dados obtidos da análise da substância — verifique que, na verdade, esse cálculo 
se resume a um simples cálculo de porcentagens. 

I a exemplo 

A análise de 0,40 g de um certo óxido de ferro revelou que ele encerra 0,28 g de ferro e 0,1 2 g de 
oxigênio. Qual é a sua fórmula centesimal? 


Resolução: 

• Para o Fe 

• Para o O 


0,40 g de óxido 
1 00 g de óxido 
0,40 g de óxido 
1 00 g de óxido 


0,28 g de Fe 
x % de Fe 
0,1 2 g de O 
y % de O 


x = 70% de Fe 


y = 30% de O 


Conferindo: 70% + 30% = 100% 

Outro caminho possível é o cálculo da fórmula centesimal a partir da fórmula molecular da subs- 
tância. 

2 ~ exemplo 

Calcular a composição centesimal do ácido sulfúrico (massas atômicas: H = 1 ; O = 1 6; S = 32). 
Resolução: 

Inicialmente, calculamos a massa molecular do ácido sulfúrico: 


O. 


H, 


1 - 2 + 32 +16-4 

2 + 32 + 64 = 98 


Em seguida, fazemos o cálculo das porcentagens: 


• Para o H: 


• Para o S: 


• Para o O: 


98 g de H 2 S0 4 

2 g de H 

00 g de H 2 S0 4 

x % de H 

98 g de H 2 S0 4 

32 g de S 

00 g de H 2 S0 4 

y % de S 

98 g de H 2 S0 4 

64 g de O 

00 g de H 2 S0 4 

z % de O 

a soma desses 

resultados deve ser iq 


x - 2,04% de H 


y - 32,65% de S 


z — 65,31 % de O 


aproximação dos cálculos, como aconteceria no 2° exemplo se usássemos 2,0 + 32,6 + 65,3 = 99,9). 
É sempre conveniente fazer essa soma para conferir os cálculos. 

324 


Capitulo 13-QF1-PNLEM 


A 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Mü 

• Quando a fórmula da substância apresenta parênteses ou colchetes, é conveniente eliminá-los, como é 
feito em Matemática, para facilitar os cálculos. Por exemplo, Ca 3 (P0 4 ) 2 equivale a Ca 3 P 2 0 8 ; Fe 4 [Fe(CN) 6 ] 3 
equivale a Fe 4 [Fe 3 C 18 N 18 ] ou, melhor, a Fe 7 C 18 N 18 ; e assim por diante. 

• Quando uma substância contém água de cristalização, deve-se calcular a porcentagem da água como 
se H 2 0 fosse um único elemento, "pesando" 18. Assim, por exemplo, na composição centesimal do 
Na 2 C0 3 • 1 0 H 2 0 são dadas as porcentagens do sódio, do carbono, do oxigênio e da água. 

• Há casos especiais em que podem interessar as porcentagens de partes da substância considerada. Por 
exemplo, o Ca 3 (P0 4 ) 2 equivale a (Ca0) 3 (P 2 0 5 ), uma vez que podemos obtê-lo pela reação: 

3 CaO + P 2 0 5 ► Ca 3 (P0 4 ) 2 

Neste caso, a composição centesimal do Ca 3 (P0 4 ) 2 pode ser dada dizendo-se que ele encerra 54,19% 
de CaO e 45,81% de P 2 0 5 . 




Responda em 
seu caderno 


a) O que se pretende determinar na análise qualitativa? 

b) O que se pretende determinar na análise quantitativa? 

c) A que se refere a composição centesimal de uma substância? 




FYFDrírmC Registre as respostas 
CACKV.IV.IUj em seu caderno 




Atenção: Utilize as massas atômicas que forem necessárias. 

1 A análise de 1 ,2 g de um composto revelou que este pos- 
suía 0,24 g de magnésio, 0,32 g de enxofre e 0,64 g de 
oxigênio. Determine a sua composição centesimal. 

2 (PUC-Rj) A água oxigenada é uma solução de peróxido 
de hidrogênio (H 2 0 2 ), fortemente anti-séptica, por libe- 
rar 0 2 . Os percentuais, em massa, de hidrogênio e oxigê- 
nio, nesse composto, são, respectivamente: 

a) 2% e 2% d) 5,9% e 94,1 % 

b) 2% e 32% e) 50% e 50% 

c) 4,0% e 4,0% 

3 Calcule a composição centesimal do sulfato cúprico penta- 
hidratado (CuS0 4 ■ 5 H 2 0). 

Observação : Nesse caso, considere H 2 0 como se fosse 
um único elemento, pesando 1 8. 

4 (Vunesp) A porcentagem em massa de nitrogênio pre- 
sente no nitrato de amónio (massas molares, em g/mol: 
N = 14; H = 1; O =16) é igual a: 

a) 14% c) 28% e) 70% 

b) 1 7,5% d) 35% 

5 (Fuvest-SP) Lavoisier, no Traité Elémentaire de Chimie, cujo 

segundo centenário de publicação foi celebrado em 1 989, 
afirma que a proporção entre as massas de oxigênio e 
hidrogênio que entram na composição de cem partes de 
água é 85 : 15 (massa atômicas: H = 1,0; O = 16,0.) 
Hoje sabemos que essa proporção é aproximadamente: 

a) 67:33 c) 87 : 13 e) 91 : 9 

b) 80:20 d) 89 : 1 1 

Capítulo 13 • Cálculo de Fórmulas 




6 (Unifor-CE) As porcentagens aproximadas, em massa, de 
Mo 0 3 e K 2 0 existentes no dimolibdato de potássio, 
K 2 Mo 2 0 7 , são respectivamente iguais a: 

a) 75,39% e 24,61% 

b) 37,7% e 62,3% 

c) 68,32% e 31,68% 

d) 78,4% e 21,6% 

7 (UFRGS-RS) A combinação entre o nitrogênio e o oxigê- 
nio pode originar diferentes óxidos. Entre os óxidos 
nitrogenados abaixo, aquele que apresenta, em sua com- 
posição, o maior teor ponderai de nitrogênio é o: 

a) NO 

b) N0 2 

c) N 2 0 

d) N 2 0 3 

e) N 2 O s 

8 (UFPI) A uréia, produto de grande aplicação na agricul- 
tura, tem a seguinte fórmula estrutural: 



A massa de nitrogênio em um saco de 60 kg desse mate- 
rial é de: 

a) 1 4 kg 

b) 21 kg 

c) 28 kg 

d) 40 kg 

e) 56 kg 

(Massas atômicas: C = 12; O = 16; N = 14; H = 1.) 

325 


29/5/05, 21 :02 


Capitulo 13-QF1-PNLEM 


325 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


9 (Uece) Quando aquecemos 1 ,63 g de Zn, este se combi- 
na com 0,4 g de oxigênio para formar um óxido de zin- 
co. A composição porcentual do composto é: 

a) 83,0% de Zn e 1 7,0% de oxigênio. 

b) 80,3% de Zn e 1 9,7% de oxigênio. 

c) 20,0% de Zn e 80,0% de oxigênio. 

d) 40,0% de Zn e 60,0% de oxigênio. 

10 (UFRCS-RS) A porcentagem ponderai de enxofre existente 
no S0 2 é igual a: 

a) 2,0 c) 32,0 e) 50,0 

b) 1 6,0 d) 33,3 

1 1 (UCC-CO) A penicilina G, um antibiótico largamente uti- 
lizado, tem fórmula c 16 h 18 n 2 o 4 s. 

Qual a porcentagem de carbono na penicilina G? 

12 (UFPI) Nas alternativas abaixo, encontramos cinco fertili- 
zantes comumente usados. Qual é o que constitui, po- 
tencialmente, fonte mais rica de nitrogênio? 

a) NH 3 c) (NH 4 ) 2 S0 4 e) (NH 2 ) 2 CO 

b) NH 4 N0 3 d) (NH 4 ) 2 HP0 4 


13 (UniFEI-SP) O carbonato de cálcio é formado por 40% 
de cálcio, 12% de carbono e x% de oxigênio (% em 
massa). Em 50 g do referido sal, a quantidade de oxigê- 
nio é igual a: 

a) 8 g c) 24 g e) 48 g 

b) 1 6 g d) 32 g 

14 (Vunesp) As hemácias apresentam grande quantidade de 
hemoglobina, pigmento vermelho que transporta oxigê- 
nio dos pulmões para os tecidos. A hemoglobina é cons- 
tituída por uma parte não protéica, conhecida como gru- 
po heme. Num laboratório de análises, foi feita a separa- 
ção de 22,0 mg de grupo heme de uma certa amostra 
de sangue, onde se constatou a presença de 2,0 mg de 
ferro. 

Se a molécula do grupo heme contiver apenas um áto- 
mo de ferro (Fe = 56 g/mol), qual a sua massa molar em 
gramas por mol? 

a) 154 c) 308 e) 1.232 

b) 205 d) 616 



CÁLCULO DA FÓRMULA MÍNIMA 


Por definição: 

Fórmula mínima (ou empírica, ou estequiométrica) é a que indica os elementos 
formadores da substância, bem como a proporção em número de átomos desses ele- 
mentos expressa em números inteiros e os menores possíveis. 

Vejamos alguns exemplos de fórmula mínima, aproveitando a ocasião para compará-los com 
as fórmulas moleculares correspondentes: 


Substância 

Fórmula molecular 

Fórmula mínima 

Agua oxigenada 

h 2 o 2 

HO 

Glicose 

QH 12 o 6 

ch 2 o 

Acido sulfúrico 

h 2 so 4 

h 2 so 4 

Sacarose 

C 12 H220n 

C 12 H 22 0^ 


Às vezes a fórmula mínima equivale a uma "simplificação matemática" da fórmula molecular. As- 
sim, no primeiro exemplo acima, temos H 2 0 2 :2 = HO; no segundo, C 6 H 12 0 6 :6 = CH 2 0. Outras 

vezes, a simplificação não é possível (foi o que aconteceu no terceiro e no quarto exemplos dados) e, 
então, a fórmula mínima coincide com a fórmula molecular. 

Resumindo, podemos dizer que: 

(fórmula molecular) = (fórmula mínima) ■ n 

Nessa expressão, n = 1, 2, 3, ... número inteiro. 

Voltamos a repetir que, nos cálculos químicos, a fórmula molecular é a mais importante. Como será 
visto mais adiante, a fórmula mínima serve apenas como uma etapa intermediária no cálculo da 
fórmula molecular. 

326 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Vejamos, agora, um exemplo de cálculo da fórmula mínima. 

Calcular a fórmula mínima de um composto que apresenta 43,4% de sódio, 1 1,3% de carbono e 
45,3% de oxigênio (massas atômicas: Na = 23; C = 12, O = 16). 

Vamos adotar o seguinte esquema: 


Dados 

Divisão das porcentagens 
pelas respectivas 
massas atômicas 

Divisão pelo menor 
dos valores 
encontrados (0,94) 

Fórmula 

mínima 

43,4% Na 

43 4 

' - 1.88 
23 

1,88 _ 
0,94 



1 1,3% C 

1 1 3 

' - 0,94 

12 

0,94 _ 1 
0,94 

Na 2 C0 3 

45,3% O 

I 

45 3 

' - 2,82 
16 

I 

2,82 _ 3 
0,94 

I 



1 

1 


’ 



Proporção Proporção Proporção Proporção 

em massa em átomos em átomos em átomos 


Justificação dos cálculos 

A composição centesimal dada no problema (primeira coluna da tabela) é uma proporção em 
massa (são as massas contidas em 100 g do composto). No entanto, a fórmula mínima deve indicar a 
proporção em número de átomos — daí a necessidade dos cálculos feitos na segunda coluna; esses 
cálculos correspondem, em última análise, a cálculos das quantidades em mols (página 269), os quais 

✓ m 

podem ser feitos ou pela fórmula n = — , ou por meio de regras de três. Por exemplo, no caso do 
sódio, temos: 


23 g de Na 
43,4 g de Na 


1 mol | = 43,4 

x \ X 23 


1,88 mol de Na 


Os resultados obtidos na segunda coluna já traduzem a proporção em número de átomos. Pode- 
mos, mesmo, escrever a "fórmula": 

N a i,88 C 0 94 0 2 8 2 

Considerando, porém, que números de átomos são números inteiros, partimos para a terceira colu- 
na, cujos cálculos constituem apenas um artifício matemático, pois multiplicar ou dividir todos os valores 
pelo mesmo número não altera a proporção. Desse modo, a mesma proporção obtida na segunda coluna 
passa a ser representada pelos números inteiros 2:1 : 3, que indicam a fórmula mínima procurada: 

Na 2 CO B 


OBSERVAÇÕES 


• No exemplo anterior, foram dadas as porcentagens dos elementos formadores da substância, que 
representam as massas dos elementos existentes em 100 g da substância. Os cálculos seriam idên- 
ticos se fossem dadas as massas dos elementos existentes em um total diferente de 1 00 g do composto 
(a lei de Proust garante que, mesmo mudando a massa total do composto, a proporção entre seus 
elementos permanece constante). 

• Em certos problemas, acontece freqüentemente o seguinte: dividindo-se todos os valores pelo menor 
deles (terceira coluna), nem sempre chegamos a um resultado com todos os números inteiros. Por 
exemplo, num outro problema poderíamos ter a proporção 2 : 1 ,5 : 3; no entanto, multiplicando esses 
valores por 2, teremos 4:3:6. Generalizando, diremos que, às vezes, no final do problema, somos 
obrigados a efetuar uma tentativa multiplicando todos os valores por 2, ou por 3 etc. (sempre um 
número inteiro e pequeno), a fim de que os resultados finais se tornem inteiros e os menores possíveis. 


Capítulo 13 • Cálculo de Fórmulas 


327 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


327 


6 / 7 / 05 , 15:00 




Responda em 
seu caderno 


a) O que indica a fórmula mínima? 

b) O que se pode dizer sobre a fórmula molecular em relação à fórmula mínima? 



/ : \ 

CYCDnriOÇ Registre as respostas 
EAEKt.lt.IUJ em seu caderno 

1 / 


Atenção: Utilize as massas atômicas que forem necessárias. 

15 (Vunesp) Ferritas são compostos com propriedades mag- 
néticas e utilizados em componentes eletrônicos. A análise 
química de uma ferrita forneceu os resultados: Mg = 1 2%; 
Fe = 56%; O = 32% (massas atômicas: Mg = 24; Fe = 56; 
0 = 16). Determinar a fórmula mínima da ferrita. 

16 Sabendo que uma substância encerra 21,9% de cálcio, 
38,8% de cloro e 39,3% de água de cristalização, calcule 
sua fórmula mínima. 

1 7 (UFV-MG) Sabe-se que, quando uma pessoa fuma um ci- 
garro, pode inalar de 0,1 até 0,2 mg de nicotina. Desco- 
briu-se em laboratório que cada miligrama de nicotina con- 
tém 74,00% de carbono, 8,65% de hidrogênio e 1 7,30% 
de nitrogênio. Calcule a fórmula mínima da nicotina. 

18 1,95 g de um composto encerra 1,1 5 g de sódio e 0,80 g 
de oxigênio. Qual é a sua fórmula mínima? 


Observação: Neste exercício não é necessário calcular as 
porcentagens do sódio e do oxigênio. Pode-se partir das 
próprias massas dadas e seguir o esquema proposto na 
página anterior. 

1 9 (Mackenzie-SP) Ao se analisar um óxido de elemento não- 
metálico Y, encontrou-se a proporção de 1,5 mol de áto- 
mos de oxigênio para 1 mol de átomos de Y. A fórmula 
desse óxido pode ser: 

a) OF 2 c) C0 2 e) N 2 0 3 

b) S0 3 d) Fe 2 0 3 

20 (Fuvest-SP) Um composto submetido à decomposição 
produziu hidrogênio (H 2 ) e silício (Si) na proporção, 
respectivamente, de 3,0 g para 28,0 g (massas molares: 
H 2 = 2,0 g/mol; Si = 28,0 g/mol). No composto origi- 
nal, quantos átomos de hidrogênio estão combinados 
com um átomo de silício? 

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 6 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 




21 (Faap-SP) Calcule a fórmula mínima de um composto 
formado pelos elementos carbono, hidrogênio e nitro- 
gênio, nas seguintes proporções em massa: 38,7% de C, 
16,1% de H e 45,2% de N. 

22 Um óxido de enxofre possui 40% de enxofre. Sua fórmu- 
la mínima será: 

a) SO c) S0 3 e) S 3 0 2 

b) S0 2 d) S 2 0 3 

23 (UniFMU-SP) Uma certa amostra de composto contendo 
potássio, cromo e oxigênio foi analisada, e se obtiveram 
os seguintes valores: 1,95 g de potássio, 2,60 g de cro- 


mo e 2,80 g de oxigênio (Dados: K = 39 u; O = 1 6 u; 
Cr = 52 u). A fórmula esperada para o composto é: 

a) KCrO, c) K 2 Cr0 4 e) K 2 Cr 3 O 10 

b) KCrO, d) K 2 Cr 2 0 7 

24 (FEQ-CE) A análise química de uma amostra revela a 
seguinte relação entre os elementos químicos forma- 
dores da substância: 0,25 mol de H, 0,25 mol de S e 
1,0 mol de O. Pode-se concluir que a fórmula mínima 
da substância é: 

a) H 2 S 2 0 4 c) HSO s e) HS0 2 

b) H 2 S0 4 d) HS0 4 



CÁLCULO DA FÓRMULA MOLECULAR 


Por definição: 

Fórmula molecular é a que indica os elementos formadores da substância e o nú- 
mero exato de átomos de cada elemento na molécula dessa substância. 

Já vimos, na página 326, alguns exemplos de fórmula mínima e de fórmula molecular. E aprendemos 
que a fórmula molecular ou coincide ou é um múltiplo exato da fórmula mínima. Portanto, um dos 
caminhos para determinar a fórmula molecular é calcular inicialmente a fórmula mínima e depois multiplicá- 
la por n. O valor de n, por sua vez, é calculado a partir da massa molar da substância, ou seja: 

(fórmula molecular) = (fórmula mínima) ■ n (sendo n = 1, 2, 3, ... número inteiro) 


328 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 21 :03 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



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A 


Temos então: (massa molar) = (massa da fórmula mínima) • n 

(massa molar) 

Logo: n = 

(massa da formula mínima) 

Nos exercícios, é em geral dada a massa molar. Quando uma nova substância é descoberta ou 
sintetizada nos laboratórios, sua massa molar pode ser calculada por vários processos: 

• se a substância é um gás ou vapor, a massa molar ( M ) pode ser obtida com o uso da equação de 

Clapeyron: PV = 

• se a substância é um líquido que pode ser vaporizado sem se decompor, também podemos 
empregar a equação de Clapeyron; 

• para substâncias sólidas, existem outros processos, que serão vistos no segundo volume desta 
obra. 

Por sua vez, a massa da fórmula mínima é obtida pela soma das massas atômicas dos átomos 
constituintes da fórmula mínima. 

4.1. Cálculo da fórmula molecular a partir da fórmula mínima 

Exemplo 

Uma substância de massa molar 1 80 encerra 40,00% de carbono, 6,72% de hidrogênio e 53,28% 
de oxigênio. Pede-se sua fórmula molecular. (Massas atômicas: H = 1 ; C = 1 2; O = 1 6) 

Resolução: 

Vamos inicialmente calcular a fórmula mínima, como aprendemos no item anterior: 



Divisão das porcentagens 

Divisão pelo menor 

Fórmula 

Dados 

pelas respectivas 

dos valores 

mínima 


massas atômicas 

encontrados (3,33) 


40,00% de C 

4 °' 00 = 3,33 
12 

3,33 _ 1 
3,33 


6,72% de H 

6 ' 72 =6,72 
1 

6,72 _ 2 
3,33 

ch 2 o 

53,28% de O 

53,28 

16 

3,33 _ 1 
3,33 



Agora, podemos calcular a massa da fórmula mínima (CH 2 0), somando as massas atômicas dos 
átomos aí contidos: 1 2 + 1 • 2 + 1 6 = 30 
Podemos, também, dizer que: 


(fórmula molecular) = (CH 2 0)„ em que: n = 


(massa molar) 


(massa da fórmula mínima) 


Considerando que a massa molar foi dada no enunciado do problema ( M = 180), concluímos que: 

180 


n = 


30 


n = 6 


Logo: (fórmula molecular) = (CH 2 0) 6 


(fórmula molecular) = C 6 H 12 0 6 


Capítulo 13 • Cálculo de Fórmulas 


329 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


329 


29/5/05, 21 :03 


4.2. Cálculo direto da fórmula molecular 


Podemos calcular a fórmula molecular de uma substância sem utilizar a fórmula mínima. Vamos 
resolver novamente o problema anterior. Pelo enunciado do exemplo anterior, já sabemos que a subs- 
tância é formada por carbono, hidrogênio e oxigênio, o que nos permite iniciar a resolução do proble- 
ma escrevendo que a fórmula molecular e a massa molar serão: 

Q Hy O z 

1 | j 

Ux + 1 y + 1 6z = 1 80 

Basta, agora, montar uma regra de três para cada um dos elementos químicos que aí aparecem: 


• Para o C 


• Para o H 


• Para o O 


1 00% da substância 
1 80 g da substância 
1 00% da substância 
1 80 g da substância 
1 00% da substância 
1 80 g da substância 


40,00% de C 
1 2x g de C 
6,72% de H 
1 y g de H 
53,28% de O 
1 6z g de O 


x = 6 


y= 12 



Com isso, temos diretamente: 


c 6 h 12 o 6 


Responda em 
seu caderno 


a) O que indica a fórmula molecular? 

b) O que é necessário conhecer para determinar a fórmula molecular de uma substân- 
cia, tomando como base a fórmula mínima? 



EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Atenção: Use as massas atômicas que forem necessárias. 

25 (U. São Judas-SP) Um dos constituintes do calcário, da 
casca de ovo, da pérola, da concha do mar, usado como 
matéria-prima na produção do cimento, tem a seguinte 
composição percentual: 40,1% de cálcio, 12,0% de car- 
bono e 48,0% de oxigênio (massas atômicas: C = 1 2 u, 
O = 1 6 u. Ca = 40 u). Sabendo-se que a sua massa mo- 
lar é 100,1 g/mol, podemos afirmar que a sua fórmula 
molecular é: 

a) CaC 3 0 2 c) CaC0 2 e) CaC 2 0 6 

b) CaC 2 0 4 d) CaC0 3 

26 (PUC-Campinas-SP) A combustão realizada em altas tem- 
peraturas é um dos fatores da poluição do ar pelos óxi- 
dos de nitrogênio, causadores de afecções respiratórias. 
A análise de 0,5 mol de um desses óxidos apresentou 
7,0 g de nitrogênio e 1 6 g de oxigênio. Qual a sua fór- 
mula molecular? 

a) N 2 0 5 c) N 2 0 e) NO 

b) N 2 0 3 d) NO, 

27 (EEM-SP) Um composto cuja massa molar é 80 g encerra 
35% de nitrogênio, 60% de oxigênio e 5% de hidrogê- 
nio (massas atômicas: H = 1; N = 14; O = 1 6). Se o 
composto em questão for um sal de amónio, qual será 
sua fórmula iônica? 


Exercício resolvido 

28 (EEM-SP) O sulfato de ferro II hidratado, quando 
aquecido a cerca de 120 °C, perde 45,3% de sua 
massa (dados: H = 1; O = 16; S = 32; Fe = 56). 
Quantas são as moléculas de água de cristalização 
no sal hidratado? 


Resolução 

Seja FeS0 4 • x H 2 0 a fórmula do sulfato de ferro II 
hidratado. A perda de 45,3% em massa, no aqueci- 
mento, corresponde às x H 2 0 que "evaporaram". 
Temos, pois, uma primeira resolução: 

FeSQ 4 • x H 2 0 *• FeS0 4 + x F1 2 0 


152 + 18x 
1 00% 


1 8x 1 
45, 3% J 



Ou uma segunda resolução, mais simples, que se 
obtém considerando que, se 45,3% são de x H 2 0, 
então (100% - 45,3%) = 54,7% são de FeS0 4 . 
FeSO„ • x H 2 0 *- FeSO, + x H 2 0 


152 18x 1 

54,7% 45,3% J 



A fórmula procurada é, pois: 


FeS0 4 ■ 7 H 2 0 


330 



29/5/05, 21 :03 


Capitulo 13-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 





Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


29 (UFF-RJ) Foram aquecidos 1,83 g de uma amostra de 
Al 2 (S0 4 ) 3 hidratado, até que toda a água fosse elimina- 
da. A amostra anidra pesou 0,94 g. Determine a fórmula 
molecular do sal hidratado. 

30 (UFSCar-SP) Um grama de um gás cuja estrutura contém 
somente átomos de boro e hidrogênio ocupa a 3 °C e 1 atm 


o volume de 820 ml_ (dados: R = 0,082 • atm ■ mol 1 • K ; 
massas atômicas: H = 1; B = 10,8). O composto é: 

a) B 5 H, 4 

b) BH 3 

c) B 4 H 10 

d) B 3 H 12 

e) B 2 H 6 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




31 (Fuvest-SP) Determine a fórmula molecular de um óxido 
de fósforo que apresenta 43,6% de fósforo, 56,4% de 
oxigênio (% em massa) e massa molecular 284 (massas 
atômicas: P = 31; O = 16.) 

32 (Unicamp-SP) Sabe-se que 1 ,0 mol de um composto con- 
tém 72 g de carbono (C), 12 mols de átomos de hidro- 
gênio (H) e 1 2 • 1 0 23 átomos de oxigênio (O). Admitin- 
do o valor da constante de Avogadro como sendo 
6,0 • 1 0 23 mol 1 e com base na Classificação Periódica 
dos Elementos, escreva: 

a) a fórmula molecular do composto; 

b) a fórmula mínima do composto. 



33 (PUC-Campinas-SP) Em 0,5 mol de quinina, substância 
utilizada no tratamento da malária, há 120 g de carbo- 
no, 12 g de hidrogênio, 1,0 mol de átomos de nitrogê- 
nio e 1,0 mol de átomos de oxigênio. 


Cascas da árvore 
Cinchona, de onde 
se extrai a quinina. 


Pode-se concluir que a fórmula molecular da quinina é: 

a) C 20 H 12 N 2 O 2 d) C 10 H 6 N 2 O 2 

b) C 20 H 24 N 2 O 2 e) C 5 H 6 NO 

c) C 10 H 12 NO 

34 (UMC-SP) Um sal higroscópico, muito usado nas indús- 
trias farmacêuticas, tem uma massa molecular 280 e 
contém 25,8% de água de cristalização (dados: H = 1; 
O = 1 6). O número de moléculas de água de cristaliza- 
ção, que existe, em cada molécula do sal higroscópico 
mencionado, é: 

a) 3 moléculas d) 10 moléculas 

b) 4 moléculas e) 12 moléculas 

c) 5 moléculas 

35 (Fuvest-SP) Certo gás X é formado apenas por nitrogênio 
e oxigênio. Para determinar sua fórmula molecular, com- 
parou-se esse gás com o metano (CH 4 ). Verificou-se que 
volumes iguais dos gases X e metano, nas mesmas con- 
dições de pressão e temperatura, pesaram, respectiva- 
mente, 0,88 g e 0,32 g (massas molares, em g/mol: H = 1; 
C = 1 2; N = 1 4; O = 1 6). Qual a fórmula molecular do 
gás X? 

a) NO c) N0 2 e) N 2 O s 

b) N 2 0 d) N 2 0 3 



— 

LEITURA 




O EFEITO ESTUFA 


Você conhece as estufas usadas, 
em lugares frios, para o cultivo de 
flores e plantas delicadas. O teto e 
as laterais de vidro permitem a en- 
trada da luz solar, mas impedem a 
saída dos raios infravermelhos (ca- 
lor), mantendo-se assim o interior 
da estufa aquecido. 

De modo análogo, a presença 
de nuvens e de gás carbônico, na 
atmosfera terrestre, cria um efeito 
estufa natural, pois retém uma 
parte do aquecimento, que é pro- 
vocado pela luz solar na superfície 
da Terra. Esse fenômeno mantém a 
temperatura terrestre em níveis nor- 
mais, possibilitando a vida de to- 
dos os vegetais e animais. 



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IV 

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Cultivo de flores em estufa. 


Capítulo 13 • Cálculo de Fórmulas 


331 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


331 


29/5/05, 21 :04 


VICENTE GONZALEZ/CID 



Acontece que, nas últimas décadas, a quantidade de C0 2 na atmosfera aumentou muito rapidamente 
em função da explosão demográfica, do desenvolvimento industrial acelerado, dos desmatamentos e 
queimas de florestas (como acontece na Amazônia) etc. Lembre-se de que a civilização moderna consome 
muita energia, que é produzida, em grande parte, pela queima do carvão e dos derivados do petróleo: 


C + 0 2 ► C0 2 + Energia 

(carvão) 

C 8 H 16 + 12 0 2 * 8 C0 2 + 8 H 2 0 + Energia 

(gasolina) 



0 desmatamento, entre outros problemas que causa, reduz a 
absorção do gás carbônico da atmosfera pelas folhas dos 
vegetais. Na foto temos uma área desmatada à beira do Rio 
Cassiporé, Amapá, 2000. 



Pelas chaminés, são lançadas no ar 
grandes quantidades de gás carbônico. 



332 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


332 


13/7/05, 19:34 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Como conseqüência, o efeito estufa vem se intensificando, pois maiores quantidades de C0 2 , na at- 
mosfera, retêm cada vez mais radiações infravermelhas refletidas pela Terra, impedindo essas radiações 
de "escapar" para o espaço exterior. Além disso, os cientistas constataram que não só o C0 2 e o vapor de 
água retêm o calor refletido pela Terra, mas também partículas em suspensão no ar e outros gases poluentes, 
como o CO, NO x , 0 3 , CFC, CH 4 (metano) etc. Esses gases passaram a ser chamados de gases do efeito 
estufa, e calcula-se que eles podem ser os responsáveis por até 50% desse efeito. 

E quais são as ameaças do aumento do efeito estufa e do conseqüente aumento da temperatura da 
Terra? São inúmeras e — o que é pior — de difícil previsão. Vejamos alguns exemplos. 

Um dos perigos desse problema é o derretimento de parte das calotas polares, com o conseqüente 
aumento do nível médio dos oceanos e a inundação de regiões baixas à beira-mar (por exemplo: cidades 
como o Rio de Janeiro, Nova York, Veneza etc.; e países como a Holanda, Bangladesh etc.). 

Q 

o 


Praça de São Marcos inundada. Veneza, Itália, 17/11/2002. 

Também representam perigo as modificações climáticas, mais ou menos profundas, como: 

• alteração no regime das chuvas (regiões com muita chuva, havendo deslizamento de morros, e 
regiões com secas severas, ocorrendo desertificação); 

• tempestades e furacões mais freqüentes e mais violentos; 

• temperaturas mais altas. 

Ocorreriam alterações na agricultura, não só devido às variações de temperatura e chuvas, mas 
também pela proliferação de pragas e insetos. 

Haveria ainda maior quantidade de C0 2 dissolvido nos oceanos, rios e lagos, provocando alterações 
no desenvolvimento dos corais e das carapaças de animais aquáticos, com reflexos em toda a vida vegetal 
e animal das águas. 

As grandes cidades e as grandes aglomerações industriais sofrem ainda mais os efeitos da poluição 
atmosférica, por ocasião de um fenômeno meteorológico conhecido como inversão térmica: 




Icebergs. Territórios do Nordeste, Canadá. 


Sem inversão 



Sem a inversão térmica, 
a temperatura do ar 
vai diminuindo 
gradativamente com a 
altitude, e os gases 
emitidos por fábricas e 
veículos sobem e se 
dispersam, pois são 
mais quentes que o 
próprio ar. 


Com inversão 



Com a inversão térmica, 
a temperatura do ar 
aumenta abruptamente 
na chamada camada de 
inversão; essa camada 
"abafa" a fumaça e 
"sufoca" a cidade. 


Temperatura 


Capítulo 13 • Cálculo de Fórmulas 


333 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


333 


29/5/05, 21 :04 


CHRISTOPHE LEPETIT/GAMMA 




As soluções para todos esses problemas são muito complicadas. De fato, essas soluções exigiriam a 
modificação do próprio modo de vida de todos os países industrializados do mundo, incluindo produção 
e uso mais eficiente e racional de matéria e energia; eliminação de todo e qualquer desperdício. 

A ONU (Organização das Nações Unidas) tem organizado, nas últimas décadas, convenções internacio- 
nais sobre as mudanças climáticas, tais como as reuniões da ECO-92, no Rio de Janeiro, em 1992, o 
Protocolo de Kyoto (Japão), em 1 997, a Reunião de Haia (Holanda), em 2000, a Reunião de Johannesburgo 
(África do Sul), em 2002 (e por isso chamada de Rio + 1 0). Em cada reunião é proposta uma longa lista de 
"boas intenções", que deveriam ser seguidas por todos os países do mundo. Infelizmente essas "boas 
intenções" não foram aplicadas até hoje, em razão de interesses econômicos, políticos, militares etc. 

Desse modo, a situação na Terra vem piorando, como atestam as manchetes da imprensa, nos últimos 
tempos. Por exemplo: 

• O mundo consome 20% mais do que pode repor; 

• O topo do monte Everest está derretendo; 

• No Alasca, até o gelo permanente está derretendo; 

• O C0 2 irá aumentar a acidez dos oceanos; 

• A intensificação do efeito estufa poderá devastar áreas agrícolas; 

• O aquecimento global seria a causa de 1 60.000 mortes por ano, no mundo; 

• O governo francês admitiu 1 0.000 mortos, devido aos efeitos do calor, no verão de 2003. 


OS BICHOS 


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Questões sobre a leitura 


Responda em 
seu caderno 


36 O que é e qual a causa da intensificação do efeito estufa? 

37 Cite três gases causadores do efeito estufa. 

38 Cite três conseqüências possíveis do aumento do efeito 
estufa. 

39 O que é inversão térmica? 

40 (Mackenzie-SP) A combustão de carvão e de derivados 
de petróleo aumenta a concentração de um gás na at- 
mosfera, provocando o aumento do efeito estufa. O gás 
em questão é: 

a) Cl 2 

b) o 3 

c) H 2 

d) co 2 

e) 0 2 

41 (Mackenzie-SP) "2002 África do Sul — Rio + 10 
Ouvidos atentos... Esperança. 

Muito barulho. E o resultado? De positivo, quase nada. 
Os compromissos assumidos no Rio para a redução da 
emissão de poluentes ficaram no papel. Pressionados, 
principalmente pelas indústrias automobilística e petrolí- 


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fera, os países mais ricos e que mais poluem anunciaram aL 
novas metas de redução para 2012, bem aquém do ne- 
cessário e do já assumido. 

Para os ambientalistas e para os cientistas essa redução é 
irrisória e inócua. 

E de 1 0 em 1 0 anos vão-se representando farsas." 

O texto acima: 

I. reflete a satisfação dos ambientalistas pela redução da 
emissão de poluentes. 

II. mostra a vontade da indústria petrolífera em resolver 
já os problemas dos poluentes. 

III. afirma que daqui a 10 anos os problemas causados 
pela poluição estarão equacionados. 

IV. mostra que a emissão de poluentes deve ser tão-so- 
mente objeto de discussão. 

V. afirma que os países ricos já eliminaram a emissão de 
poluentes. 

Das afirmações feitas: 

a) apenas I e III são corretas. 

b) apenas II e III são corretas. 

c) nenhuma é correta. 

d) apenas IV e V são corretas. 

e) apenas II e V são corretas. 


334 



Capitulo 13-QF1-PNLEM 


334 


29/5/05, 21 :04 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


42 (Enem-MEC) O Protocolo de Kyoto — uma convenção das Nações 
Unidas que é marco sobre mudanças climáticas — estabelece que 
os países mais industrializados devem reduzir até 2012 a emissão 
dos gases causadores do efeito estufa em pelo menos 5% em rela- 
ção aos níveis de 1 990. Essa meta estabelece valores superiores ao 
exigido para países em desenvolvimento. Até 2001, mais de 120 
países, incluindo nações industrializadas da Europa e da Ásia, já 
haviam ratificado o protocolo. No entanto, nos EUA, o presidente 
George W. Bush anunciou que o país não ratificaria "Kyoto", com 
os argumentos de que os custos prejudicariam a economia ameri- 
cana e que o acordo era pouco rigoroso com os países em desen- 
volvimento. (Adaptado do Jornal do Brasil, 11 abril 2001.) 

Na tabela encontram-se os dados sobre a emissão de C0 2 . 

Considerando os dados da tabela, qual é a alternativa que repre- 
senta um argumento que se contrapõe à justificativa dos EUA de 
que o acordo de Kyoto foi pouco rigoroso com países em desen- 
volvimento? 

a) A emissão acumulada da União Européia está próxima à dos 
EUA. 

b) Nos países em desenvolvimento as emissões são equivalentes às 

dos EUA. World Resources 2000/2001 . 

c) A emissão per capita da Rússia assemelha-se à da União Euro- 
péia. 

d) As emissões de C0 2 nos países em desenvolvimento citados são muito baixas. 

e) A África do Sul apresenta uma emissão anual per capita relativamente alta. 


Países 

Emissões de C0 2 
desde 1950 
(bilhões de 
toneladas) 

Emissões 
anuais 
de C0 2 
per capita 

Estados Unidos 

186,1 

16 a 36 

União Européia 

127,8 

7 a 16 

Rússia 

68,4 

7 a 16 

China 

57,6 

2,5 a 7 

Japão 

31,2 

7 a 16 

India 

15,5 

0,8 a 2,5 

Polônia 

14,4 

7 a 16 

África do Sul 

8,5 

7 a 16 

México 

7,8 

2,5 a 7 

Brasil 

6,6 

0,8 a 2,5 


DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




43 (Fuvest-SP) A dose diária recomendada do elemento cálcio 
para um adulto é de 800 mg. Suponha certo suplemento 
nutricional à base de casca de ostras que seja 1 00% CaC0 3 
(massas molares, em g/mol: Ca = 40; O = 1 6; C = 1 2). Se 
um adulto tomar diariamente dois tabletes desse suple- 
mento de 500 mg cada, qual porcentagem de cálcio da 
quantidade recomendada essa pessoa está ingerindo? 

a) 25% b) 40% c) 50% d) 80% e) 1 25% 

44 (Aman-Rj) Uma argila apresenta 45% de sílica e 1 0% de 

umidade. Se secarmos completamente essa argila, o teor 
de sílica será: 

a) 90% b) 50% c) 45% d) 55% e) 1 00% 

45 (IME-RJ) Uma fonte de vanádio é o mineral vanadinita, 

cuja fórmula é Pb 5 (V0 4 ) 3 Cl. Determine: 

a) a porcentagem em massa de vanádio nesse mineral; 

b) a massa em gramas de vanádio numa amostra que 
contém 2,4 ■ 10 24 átomos de cloro. 

46 (Cesgranrio-RJ) Uma substância que contém somente Kr 
e F fornece, por aquecimento, 45 mL de Kr(g) e 90 mL 
de F 2 (g), nas mesmas condições de temperatura e pres- 
são. Qual a fórmula mínima da substância? 

a) KrF b) KrF 2 c) KrF 4 d) Kr 2 F e) Kr 3 F 

47 (Cesgranrio-Rj) Qual a massa atômica de X, se 46,5 g do 
composto X 3 (P0 4 ) 2 contêm 1 8,0 g de X? 

a) 9,0 b) 11,0 c) 24,5 d) 27,0 e) 40,0 

48 (UFF-RJ) No combate à dor e à febre um medicamento 
muito utilizado é a aspirina, cuja composição centesimal 
é: C = 60,00%, H = 4,45% e O = 35,56%. 

Sabendo-se que em uma amostra de aspirina com 0,1 8 g 
de massa existem 6,02 ■ 1 0 20 moléculas, conclui-se que a 
fórmula molecular desse composto é: 

a) C 9 H 6 0 3 c) C 10 H 12 O 3 e) C 8 H 8 0 4 

b) c 8 h 4 o 5 d) c 9 h 8 o 4 


Capítulo 13 • Cálculo de Fórmulas 




49 (Vunesp) As substâncias indicadas abaixo são de grande 
importância como fertilizantes porque fornecem nitro- 
gênio. Indique qual delas é potencialmente a mais rica 
fonte desse elemento (massas atômicas: H = 1; C = 12; 
N = 14; O = 16; S = 32; K = 39). 

a) Uréia, CO(NH 2 ) 2 

b) Nitrato de amónio, NH 4 N0 3 

c) Sulfato de amónio, (NH 4 ) 2 S0 4 

d) Guanidina, HNC(NH 2 ) 2 

e) Nitrato de potássio, KN0 3 

50 (UFRJ) Nitrogênio é um dos elementos mais importantes 
para o desenvolvimento das plantas. Apesar dos proces- 
sos naturais de fornecimento do mesmo, grande parte 
necessária para a agricultura é suprida através da adição 
de fertilizantes. Tais fertilizantes são comercializados sob 
forma de uréia, sulfato de amónio e nitrato de amónio. 
A tabela a seguir apresenta os preços desses fertilizantes 
por tonelada. 


Produto 

Fórmulas 

Preço do produto 
(expresso em reais 
por tonelada) 

Uréia 

NH 2 CONH 2 

230,00 

Sulfato de 
amónio 

(NH 4 ) 2 so 4 

210,00 

Nitrato de 
amónio 

nh 4 no 3 

335,00 


a) Com base na proporção (em massa) de nitrogênio em 
cada um dos fertilizantes, indique qual deles é o mais 
barato. Justifique. 

b) O sulfato de amónio pode ser obtido industrialmente 
pela reação do carbonato de amónio com o sulfato 
de cálcio. Escreva a equação que descreve essa reação 
química. 

335 


6/7/05, 15:02 


Capitulo 13-QF1-PNLEM 


335 



Tópicos do capítulo 

1 Introdução 

2 Casos gerais de cálculo 
estequiométrico 

3 Casos particulares de cálculo 
estequiométrico 

Leitura: Produção do ferro e do aço 




CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO 



Indústria química em Runcorn, Cheschire, Inglaterra. 


Apresentação do capítulo 


0 padeiro estima a quantidade de farinha para fazer certo número de pães. A montadora 
de automóveis caicuia o número de peças que irá precisar no mês. As equipes de Fórmula 7 
calculam a quantidade de combustível para os carros completarem um certo número de 
voltas no circuito. Num exame de sangue , o laboratório caicuia os índices pedidos peio 
médico. 0 banco caicuia os juros a serem cobrados por um empréstimo. E assim por diante. 

Lembre-se também que muitas profissões são baseadas em cá/cu/os: economistas , 
administradores , contadores , engenheiros , agrimensores, projetistas etc. 

Na Química, não podia ser diferente. Um dos interesses principais é o cáicuio das 
quantidades de reagentes e/ou produtos de uma reação, isto é, o cáicuio estequiométrico. 


Capitulo 14a-QF1-PNLEM 336 29/5/05,21:08 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


INTRODUÇÃO 


Tanto no laboratório como na indústria química, é muito importante calcular as quantidades das 
substâncias que são utilizadas ou produzidas nas reações químicas. Aliás, esse cálculo é importante 
também em nosso cotidiano. Ao preparar um bolo, por exemplo, devemos misturar os ingredientes 
(farinha, ovos, açúcar etc.) numa proporção adequada. Caso contrário, ao levar o bolo ao forno, a 
reação química que aí se processa não atingirá o resultado desejado. 




O consumo de combustível depende do tamanho, da potência e 
da velocidade do veículo. 


Quando um bolo é preparado, os ingredientes são misturados 
em quantidades muito bem definidas. 


De modo geral, esses cálculos são simples. Por exemplo, se fizermos a seguinte pergunta: "Se, para 
preparar um bolo, precisamos de 3 ovos, então quantos ovos serão necessários para preparar dois 
bolos? Qualquer pessoa responderá "de cabeça": 6 ovos. Esse é um cálculo típico entre duas grandezas 
(bolos e ovos) diretamente proporcionais. Essa é também a idéia fundamental do cálculo 
estequiométrico. 

Do ponto de vista matemático, o cálculo estequiométrico exige apenas as quatro operações funda- 
mentais: soma, subtração, multiplicação e divisão. 



Daí a definição 

Cálculo estequiométrico ou estequiometria (do grego: stoikheion, elemento; metron, 
medição) é o cálculo das quantidades de reagentes e/ou produtos das reações químicas 
feito com base nas leis das reações e executado, em geral, com o auxílio das equações 
químicas correspondentes. 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


337 



Capitulo 14a-QF1 -PNLEM 


337 


29/5/05, 21 :08 


MAURÍCIO DE SOUSA PRODUÇÕES EDUARDO SANTALIESTRA / CID 




A 


O cálculo estequiométrico é uma decorrência das leis das reações químicas e da teoria atômico- 
molecular. Nesse cálculo, são utilizadas, normalmente, as informações quantitativas existentes na pró- 
pria equação que representa a reação química. Por exemplo: 


• a equação 

n 2 (g) 

+ 

3 H 2 (g) 

* 2 NH 3 (g) 

• nos indica que 

1 molécula de N 2 

+ 

3 moléculas de H 2 

2 moléculas de NH 3 

• e também que 

1 mol de N 2 

+ 

3 mols de H 2 

* 2 mols de NH 3 

• ou que 

28 g de N 2 

+ 

3 • 2 g de H 2 

* 2 • 1 7 g de NH 3 

• ou ainda que 

1 litro de N 2 

+ 

3 litros de H 2 

* 2 litros de NH 3 


(Esta última linha só vale para gases a P e T constantes.) 


De acordo com as leis das reações, as proporções acima são constantes, permitindo a montagem 
de uma regra de três para calcular as quantidades envolvidas na reação. Por exemplo: 

• a equação 1 N 2 + 3 H 2 * 2 NH 3 

• indica que 1 mol N 2 reage com 3 mol H 2 produzindo 2 mol NH 3 

Sendo assim, o cálculo das quantidades que reagem e são produzidas é facílimo, quando feito em 
mols. Por exemplo, se fosse perguntado quantos mols de NH 3 são produzidos a partir de 1 0 mols de N 2 , 
bastaria "olhar" para as relações acima e responder "de cabeça" que são produzidos 20 mols de NH 3 . 
Esse cálculo é traduzido matematicamente pela seguinte regra de três: 

1 N 2 + 3 H 2 * 2 NH 3 


2 mol de NH 3 

[ 1 -x = 2 • 10 => 


Veja que, no cálculo acima, usamos uma regra matemática: "Entre grandezas diretamente propor- 
cionais, a multiplicação 'em cruz' dará produtos iguais". 

Generalizando, o cálculo estequiométrico (ou seja, a regra de três) poderá ser feito em outras 
unidades — gramas, quilogramas, toneladas, número de moléculas etc. Bastará "traduzir" a quantidade 
de mols que aparece na equação química para a unidade que for mais conveniente à resolução do 
problema. Por exemplo, se fosse perguntado qual é a massa de NH 3 , em gramas, produzida a partir de 
1 0 g de N 2 , teríamos, após calcular as massas molares, N 2 = 2-14 = 28 g e NH 3 = 14 + 3-1 =17 g: 

N 2 + 3 H 2 

28 g de N 2 

1 0 g de N 2 

Para resolver problemas envolvendo cálculo estequiométrico mais rapidamente, vamos mencionar 
algumas regras: 


2 NH, 


2 • 1 7 g de NH 3 


28 -x = 10-2-17 


x = 12,14 g de NH 3 


x = 20 mol de NH 3 


1 mol de N 2 
1 0 mol de N 2 


Regras fundamentais 

1- ) Escrever a equação química mencionada no problema. 

2- ) Balancear ou acertar os coeficientes dessa equação (lembre-se de que os coeficientes 

indicam a proporção em mols existente entre os participantes da reação). 

3 â ) Estabelecer uma regra de três entre o dado e a pergunta do problema, obedecendo 
aos coeficientes da equação, que poderá ser escrita em massa, ou em volume, ou em 
mols, conforme as conveniências do problema. 


338 



Capitulo 14a-QF1 -PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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2 


CASOS GERAIS DE CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO 


2 . 1 . Quando o dado e a pergunta são expressos em massa 

Exemplo 

Calcular a massa de óxido cúprico obtida a partir de 2,54 g de cobre metálico (massas atômicas: 
O = 1 6; Cu = 63,5). 

Resolução: 

• equação balanceada: 2 Cu + 0 2 *• 2 CuO 

• informação da equação: 2 mols de Cu P roc| uzem ^ 2 mols de CuO 


Dado em 
massa 



2 • 63,5 g 
2,54 g 


2 • 79,5 g 

x 



Pergunta 


em massa 


2,54-2-79,5 

x = — — 

2 • 63,5 


x = 3,1 8 g de CuO 


Neste exemplo, a regra de três obtida da equação foi montada em massa (gramas), pois tanto o 
dado como a pergunta do problema estão expressos em massa. 



' — 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





Atenção: Use as massas atômicas que forem necessárias. 


Exercício resolvido 

1 (UFSM-RS) O ácido fosfórico, usado em refrigerantes do tipo "cola" e possível causador da osteoporose, pode ser 
formado a partir da equação não-balanceada: 

Ca 3 (P0 4 ) 2 + H 2 S0 4 H3PO4 + CaS0 4 

Partindo-se de 62 g de Ca 3 (P0 4 ) 2 e usando-se quantidade suficiente de H 2 S0 4/ qual, em gramas, a massa aproximada 
de H 3 P0 4 obtida? 

a) 19 c) 39 e) 51 

b) 25 d) 45 


Resolução 

Inicialmente devemos acertar os coeficientes da equação: 


Alternativa c 


Ca 3 (P0 4 ) 2 + 3 H 2 S0 4 

310 g 

62 g 


2 H 3 P0 4 
2 • 98 g 


4- 3 CaS0 4 


x = 39,2 g de H 3 P0 4 


2 (UFV-MG) O alumínio (Al) reage com o oxigênio (0 2 ) de acordo com a equaçao química balanceada a seguir: 

4 Al (s) + 3 0 2 (g) ► 2 Al 2 0 3 (s) 

A massa, em gramas, de óxido de alumínio (Aí 2 0 3 ) produzida pela reação de 9,0 g de alumínio com excesso de oxigênio é: 

a) 17 c) 8,5 e) 27 

b) 34 d) 9,0 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 339 



Capitulo 14a-QF1-PNLEM 


339 


29/5/05, 21 :09 





3 (Ufac) Utilizando 148 g de hidróxido de cálcio Ca(OH) 2 , a 
massa obtida de CaCÍ 2 , segundo a equação balanceada, é: 

2 HCÍ (aq) + Ca(OH) 2 CaCl 2 (aq) + 2 H 2 0 

Dados: Ca — 40 g/mol; Cl — 35,5 g/mol; 

O — 16 g/mol; H — 1 g/mol. 

a) 1 1 1 g c) 222 g e) 22,4 g 

b) 75,5 g d) 74 g 

4 (UFF-RJ) Acompanhando a evolução dos transportes aé- 
reos, as modernas caixas-pretas registram centenas de 
parâmetros a cada segundo, constituindo recurso funda- 
mental na determinação das causas de acidentes aero- 
náuticos. Esses equipamentos devem suportar ações 
destrutivas e o titânio, metal duro e resistente, pode ser 
usado para revesti-los externamente. 

O titânio é um elemento possível de ser obtido a partir do 
tetracloreto de titânio por meio da reação não-balanceada: 

TiCÍ 4 (g) + Mg(s) ► MgCÍ 2 (l) + Ti (s) 

Considere que essa reação foi iniciada com 9,5 g de TiCl 4 (g). 
Supondo-se que tal reação seja total, a massa de titânio 
obtida será, aproximadamente: 

a) 1,2 g c) 3,6 g e) 7,2 g 

b) 2,4 g d) 4,8 g 


5 (Vunesp) O carbonato de cálcio (CaC0 3 ), principal cons- 
tituinte do calcário, é um sal usado na agricultura para 
corrigir a acidez do solo. Esse sal, ao ser aquecido 
vigorosamente, sofre decomposição térmica, produzin- 
do óxido de cálcio (CaO) e gás carbônico (C0 2 ). Con- 
siderando a massa molar do CaC0 3 = 100 g/mol, do 
CaO = 56 g/mol e do C0 2 = 44 g/mol, e que 1 0 kg de 
carbonato de cálcio puro sofreram decomposição térmi- 
ca, a quantidade de óxido de cálcio produzido será de: 

a) 2.200 g d) 5.600 g 

b) 2.800 g e) 1 1 .200 g 

c) 4.400 g 

6 (Ceeteps-SP) Um dos mecanismos de destruição da cama- 
da de ozônio na atmosfera é representado pela equação: 

NO (g) + 0 3 (g) » NO, (g) + 0 2 (g) 

(massas molares: N = 14 g • mol -1 ; O = 16 g • moC 1 .) 
Considerando que um avião supersônico de transporte 
de passageiros emita 3 toneladas de NO (g) por hora de 
vôo, a quantidade de ozônio, em toneladas, consumida 
em um vôo de 7 horas de duração é: 

a) 336,0 d) 21,0 

b) 70,0 e) 13,1 

c) 33,6 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



7 (UFF-RJ) O fósforo elementar é industrialmente obtido 
pelo aquecimento de rochas fosfáticas com coque, na 
presença de sílica. 

Considere a reação 

2 Ca 3 (P0 4 ) 2 + 6 Si0 2 + 10 C * 

* P 4 + 6 CaSi0 3 + 10 CO 

e determine quantos gramas de fósforo elementar são 
produzidos a partir de 31,0 g de fosfato de cálcio. 

a) 3,10 g c) 12,40 g e) 62,00 g 

b) 6,20 g d) 32,00 g 

8 (UnB-DF) A respiração aeróbia, processo complexo que 
ocorre nas células das plantas e dos animais, pode, 
simplificadamente, ser representada pela seguinte equa- 
ção não-balanceada: 

C 6 H 12 0 6 + 0 2 C0 2 + H 2 0 

Considerando as massas atômicas /W a (C) = 12 u, M a ( H) 
= 1 u e M a ( O) = 1 6 u, calcule, em gramas, a quantidade 
de gás carbônico produzida na reação completa de 36 g 
de glicose. Despreze a parte fracionária de seu resultado, 
caso exista. 

9 (PUC-MC) Fosfogênio, COCÍ 2 , é um gás venenoso. Quan- 
do inalado, reage com a água nos pulmões para produzir 
ácido clorídrico (HCÍ), que causa graves danos pulmo- 
nares, levando, finalmente, à morte: por causa disso, já 
foi até usado como gás de guerra. A equação química 
dessa reação é: 

COCl 2 + H 2 0 > C0 2 + 2 HCÍ 

Se uma pessoa inalar 198 mg de fosfogênio, a massa de 
ácido clorídrico, em gramas, que se forma nos pulmões, 
é igual a: 

a) 1,09 • 10 -1 d) 3,65 • 1 CT 2 

b) 1,46 • 10 -1 e) 7,30 • 1 CT 2 

c) 2,92 • 10 _1 

340 


10 (Vunesp) Um químico quer extrair todo o ouro contido 
em 68,50 g de cloreto de ouro (III) di-hidratado, 
AuCÍ 3 • 2 H 2 0, através da eletrólise de solução aquosa do 
sal. Indique a massa de ouro, em gramas, obtida, após 
redução de todo o metal (Dados: Au = 200 g/mol; 
AuCÍ 3 • 2 H 2 0 = 342,5 g/mol.) 

a) 34,25 b) 40,00 c) 44,70 d) 68,50 e) 100,0 
Observação: Basta considerar que cada molécula 
AuCC 3 • 2 H 2 0 encerra um átomo Au. 

1 1 (UFSCar-SP) O alumínio metálico é obtido pela redução 
eletrolítica da bauxita, na presença da criolita que age 
como fundente, abaixando o ponto de fusão da bauxita 
de 2.600 °C para cerca de 1 .000 °C. 



Considerando que a bauxita é composta por óxido de 
alumínio, Aí 2 0 3 , a massa em toneladas de alumínio me- 
tálico a partir de 51,0 toneladas de bauxita é de: 
a) 23,5 b) 25,5 c) 27,0 d) 32,0 e) 39,3 

12 (UCB-DF) Através do aquecimento em corrente de oxi- 
gênio, um metal Me é transformado no seu óxido corres- 
pondente de acordo com a equação: 

Me + — 0 2 * Me O 

2 

Sabendo que, quando 4 g desse metal reagem com oxi- 
gênio, obtêm-se 5,6 g do óxido, determine a massa atô- 
mica desse metal. (Dado: 0 = 16.) 



Capitulo 14a-QF1-PNLEM 


340 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



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2.2. Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em volume (ou vice-versa) 

Exemplo 

Calcular o volume de gás carbônico obtido, nas condições normais de pressão e temperatura, por 
calcinação de 200 g de carbonato de cálcio (massas atômicas: C = 1 2; O = 1 6; Ca = 40). 

Resolução: 

• equação balanceada: CaC0 3 A > CaO + C0 2 

• informação da equação: 1 mol de CaC0 3 - — 1 mol de C0 2 


Dado em 
massa 


100 g 
200 g 


22,4 L(CNPT) 

Vo 


Pergunta 
em volume 


V 0 = 


200 • 22,4 
100 


1/ 0 = 44,8 L de C0 2 (CNPT) 


Agora a regra de três é, "de um lado", em massa (porque o dado foi fornecido em massa) e, "do 
outro lado", em volume (porque a pergunta foi feita em volume). 

Uma variação interessante desse problema seria o caso de o enunciado pedir o volume final do C0 2 
não nas condições normais de pressão e temperatura, mas sim em outras condições. Digamos, a 
700 mmHg e 27 °C. Um dos caminhos possíveis seria efetuar a resolução, chegar aos 44,8 L de C0 2 
(CNPT) e, em seguida, aplicar a equação geral dos gases: 


PV 


P n V n 


700 • 1/ 


760-44,8 


V= 53,4 Lde C0 2 


T T 0 300 273 

Outro caminho possível seria efetuar a regra de três anterior da seguinte maneira: 
CaC0 3 *- CaO + C0 2 

100g 1 mol 

200 g n 

E, em seguida, aplicar a equação de Clapeyron: 

PV = nRT => 700 ■ V = 2 ■ 62,3 • 300 


n = 2 mol de CO, 


V = 53,4 L de C0 2 


Evidentemente, é bom recordar que o uso do volume molar (22,4 L) e das relações YY- e PV = nRT 

somente pode ser feito para substâncias gasosas. 


EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Atenção: Use as massas atômicas que forem necessárias. 

Exercício resolvido 

1 3 (Cesgranrio-RJ) O CO, produzido pela decomposição térmica de 320 g de carbonato de cálcio teve seu volume medido 

atm • L 


a 27 °C e 0,8 atm. Dados: Ca = 40; C = 1 2; O = 1 6; R = 0,082 


a) 22,4 
J- resolução 


b) 44,8 


CaCQ 3 

100 g 
320 g 

fX 

To 


CaO 



mol • K 
d) 71,6 


|. O valor, em litros, encontrado foi: 
e) 98,4 


22,4 L (CN) 

V„ 


1 • 71,68 _ 0,8 • V 


V 0 = 71,68 Lde C0 2 (CNPT) 


273 


300 


V= 98,4 Lde C0 2 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


341 



Capitulo 14a-QF1-PNLEM 


341 


29/5/05, 21:10 



2- resolução 


CaC0 3 


CaO + CO 


100 g 
320 g 


1 mol 
n 


n = 3,2 mol de C0 2 


PV = nRT => 0,8 • V = 3,2 • 0,082 


300 => 


1/ = 98,4 L de C0 2 


A pequena diferença entre as duas respostas deve-se ao valor aproximado da constante R. 
Alternativa e 


14 (Mackenzie-SP) 

CH 4 (g) + 2 0 2 (g) C0 2 (g) + 2 H 2 0 (g) 

O volume de C0 2 , medido a 27 °C e 1 atm, produzido na combustão de 960,0 g de metano, é: 

a) 60,0 L c) 1 .344,0 L e) 960,0 L 

b) 1.620,0 L d) 1.476,0 L 

Dados: 

• massa molar do CH 4 = 1 6 g/mol 

• constante universal dos gases: R = 0,082 — — . 

mol • K 


15 (Ceeteps-SP) Antiácido estomacal, preparado à base de bicarbonato de sódio (NaHCOj), reduza acidez estomacal provocada 
pelo excesso de ácido clorídrico segundo a reação: 

HCl(aq) 4- NaHC0 3 (aq) NaCÍ (aq) + H 2 0 (L) + C0 2 (g) 

(massa molar NaHC0 3 = 84 g/mol; volume molar = 22,4 L/mol a 0 °C e 1 atm). 

Para cada 1,87 g de bicarbonato de sódio, o volume de gás carbônico liberado a 0 °C e 1 atm é de aproximadamente: 

a) 900 ml_ c) 645 mL e) 224 mL 

b) 778 mL d) 493 mL 

16 (Unifor-CE) A decomposição total de 100 g de carbonato de cálcio (CaC0 3 ) em óxido de cálcio e dióxido de carbono, que 
volume produzirá deste último quando medido a 1 atm e 25 °C? (Dados: volume molar de gás a 1 atm e 25 °C = 25 L/mol; 
massas molares, em g/mol: CaC0 3 = 100; C0 2 = 44.) 

a) 1 0 L c) 25 L e) 1 00 L 

b) 15 L d) 50 L 

17 (Cesgranrio-RJ) Numa estação espacial, emprega-se óxido de lítio para remover o C0 2 no processo de renovação do ar de 
respiração, segundo a equação: 

Li 2 0 + co 2 *■ lí 2 co 3 

(Dados: C = 12; O = 16; Li = 7.) 

Sabendo-se que são utilizadas unidades de absorção contendo 1,8 kg de U 2 0, o volume máximo de C0 2 , medido nas 
CNPT, que cada uma delas pode absorver, é: 

a) 1.800 L c) 1.120 L e) 672 L 

b) 1.344 L d) 980 L 

18 (UFPI) Pilotos levam tabletes de LiH para, no caso de acidente no mar, encher barcos ou coletes salva-vidas com gás 
hidrogênio obtido da reação desse composto com água: 

LiH + H 2 0 ► LiOH + H 2 

Considerando R- 0,082 atrr | ^ , indique quantos gramas de LiH são necessárias para inflar um barco salva-vidas, de 

volume igual a 8,20 L, pressão de 3,00 atm e temperatura de 27,0 °C. 

a) 7,94 g c) 37,8 g e)87,7g 

b) 11,1 g d) 44,4 g 

19 (UFSM-RS) O airbag é inflado quando o nitrogênio (N 2 ) é produzido através do azoteto de sódio, em condições especiais. 
Uma das reações envolvidas nesse processo é 

2 NaN 3 (s) ► 2 Na (s) + 3 N 2 (g) 

Considerando CNPT e o volume molar 22,7 L, a massa de azoteto de sódio necessária para inflar um airbag de 10 L com 
nitrogênio, conforme a equação dada, é, aproximadamente: 

a) 0,19 g c ) 1 9 g e) 68 g 

b) 1,9 g d) 1 30 g 


342 



Capitulo 14a-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 21:10 


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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




20 (UFSM-RS) Os CFCs, gases clorofluorcarbonetos, propelentes de sprays, ao atingirem 40 km de altitude, são decompostos 
pela radiação ultravioleta. Em conseqüência, átomos de cloro são liberados, destruindo a camada de ozônio, conforme a 
reação: 

Cl + 0 3 (g) ► CIO (g) + 0 2 (g). 

Atendendo a essa equação balanceada e considerando volume molar 22,7 L e CNPT, pode-se afirmar que 0,71 g de Cl, 
nesse processo, fornecerá: 

a) 0,454 L de 0 2 b) 4,54 L de 0 2 c) 45,4 L de 0 2 d) 22,7 L de 0 2 e) 1 1 ,4 L de 0 2 

21 (UFF-RJ) O hidróxido de lítio, LiOH, por seu baixo peso molecular, tem sido utilizado para a renovação do ar no interior das 
espaçonaves, onde absorve o C0 2 exalado pelos astronautas, segundo a reação incompleta: 

LiOH (s) + C0 2 (g) * X (s) 4- H 2 0 (l) 

Determine o volume máximo de C0 2 à pressão de 781 mmHg que pode ser absorvido por 348 mg de LiOH à temperatura 
de 21 °C. 

22 (Fatec-SP) A destruição em massa por armas químicas constitui-se num dos maiores temores da sociedade civilizada atual. 
Entre os mais temidos agentes químicos destacam-se o VX, de propriedades semelhantes às do Sarin, porém mais tóxico, e 
o gás mostarda, também letal. A denominação do "gás mostarda" foi dada devido à cor semelhante do condimento e a seu 
efeito picante sobre a pele. A atuação desse gás se deve, entre outras coisas, à sua reação com a água, produzindo HCl, o 
responsável pela irritação da pele, dos olhos e do sistema respiratório. Assim, com base na equação: 

Cl — CH 2 CH 2 — S — CH 2 CH 2 — CL + 2 HOH ► HO— CH 2 CH 2 — S— CH 2 CH 2 — OH + 2 HCl 


Gás mostarda Gás clorídrico 

e supondo um rendimento de 1 00% no processo, o volume de gás clorídrico, nas condições ambiente, obtido a partir de 
1 tonelada de gás mostarda é aproximadamente: (Dados: volume molar, nas condições ambiente = 24,5 L/mol; massa 
molar do gás mostarda = 1 59 g/mol.) 

a) 1,5 • 10 5 L b) 3,1 • 1 0 5 L c)6,5-10 s L d)3,2-10 ? L e)2,8-10 4 L 

23 (UF)F-MG) Sabendo-se que, nas CNPT, 1 mol de qualquer gás ocupa um volume igual a 22,4 L, determine a massa, em 

gramas, de gás carbônico que se obtém, quando se provoca a combustão completa de 5,6 L do gás metano nas CNPT. 
a) 22,4 b) 5,6 c) 28 d) 44 e) 1 1 

24 (UFR-RJ) Um motor a álcool emite, na queima do combustível, gás carbônico e água. Levando-se em conta que o oxigênio 
queima estequiometricamente o álcool e que foram consumidos 30 litros de combustível, calcule o que se solicita abaixo, 
considerando: 

1) densidade do etanol = 0,8 kg/litro 

2) C 2 H 6 0 + 3 0 2 ► 2 C0 2 + 3 H 2 0 

a) a quantidade de água produzida na descarga; 

b) o volume de gás carbônico emitido nas condições normais; 

c) o volume de oxigênio utilizado a 30 °C em pressão atmosférica. 

2.3. Quando o dado e a pergunta são expressos em volume 

Exemplo 

Um volume de 15 L de hidrogênio, medido a 15 °C e 720 mmHg, reage completamente com 
cloro. Qual é o volume de gás clorídrico produzido na mesma temperatura e pressão? 

Resolução: 

2 HCÍ(g) 

2 volumes de HCÍ 


equação balanceada: 


H 2 (g) + 


• informação da equação: 1 volume 


rio I— I 


Cí 2 (g)- 

produz 


Dado em 


|— 1 L 

2 L < — 


Pergunta 

volume 


► 15 L 

1/ -< 


em volume 


V = 


15-2 

1 


1/ = 30 L de HCÍ (a 1 5 °C e 720 mmHg) 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


343 



Capitulo 14a-QF1 -PNLEM 


343 


29/5/05, 21:10 


O cálculo estequiométrico entre volumes de gases é um cálculo direto e imediato, desde que os 
gases estejam nas mesmas condições de pressão e temperatura. De fato, as leis volumétricas de Gay- 
Lussac (página 291 ) e a lei de Avogadro (página 291 ) permitem afirmar que a proporção dos volumes 
gasosos que reagem e são produzidos numa reação coincide com a própria proporção dos coeficien- 
tes da equação química dessa reação. No entanto, se o dado e a pergunta do problema são volumes 

gasosos em condições diferentes de pressão e temperatura entre si, devemos usar a relação no 

início ou no fim dos cálculos, pois a regra de três somente admite volumes nas mesmas pressão e 
temperatura (quaisquer que sejam P e T ). 


EXERCÍCIOS 


■7 1 

Registre as respostas 
em seu caderno 


Atenção: Use as massas atômicas que forem necessárias. 
25 Considerando a reação 

N 2 (g) + 3 H 2 (g) ► 2 NH 3 (g), calcule 

quantos litros de NH 3 (g) sao obtidos a partir de 3 litros 
de N 2 (g). Considere todos os gases nas CNPT. 


26 


(UCF-RJ) Uma das transformações que acontecem no in- 
terior dos "catalisadores" dos automóveis modernos é a 
conversão do CO em C0 2 , segundo a reação 


CO + — o 2 
2 


C0 2 . Admitindo-se que um 


motor tenha liberado 1 .120 Lde CO (medido nas CNPT), 
o volume de 0 2 (medido nas CNPT) necessário para con- 
verter todo o CO em C0 2 é, em litros, igual a: 

a) 2.240 c) 560 e) 336 

b) 1.120 d) 448 

27 Quantos litros de oxigênio são necessários para reagir 
completamente com 40 L de monóxido de carbono? 
Quantos litros de gás carbônico serão formados nessa 
reação? (Os três gases foram medidos a 22 °C e 720 mm 
de mercúrio.) 


2.4. Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em mols (ou vice-versa) 


Exemplo 


Quantos mols de ácido clorídrico são necessários para produzir 23,4 gramas de cloreto de sódio? 
(Massas atômicas: Na = 23; Cí = 35,5) 

Resolução: 


• equação balanceada: 

• informação da equação: 


HCÍ + 


1 mol de HCÍ 


NaOH — NaCÍ + H 2 0 

— produz — ► 1 mol de NaCÍ 


Pergunta 


em mols 



1 mol 

n 


58,5 g 
23,4 g 


Dado em 
massa 


n = 


23.4 

58.5 


n = 0,4 mol de HCÍ 



EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





Atenção: Use as massas atômicas que forem necessárias. 

28 (UCB-MS) Dada a equação química não-balanceada: 

Na 2 C0 3 + HCÍ * NaCÍ + C0 2 + H 2 0 

A massa de carbonato de sódio que reage completamen- 
te com 0,25 mol de ácido clorídrico é: 

a) 6,62 g c) 1 3,25 g e) 20,75 g 

b) 26,50 g d)10,37g 

29 (UEMG) O ferro metálico, em contato com o gás oxigê- 
nio, durante alguns meses, sofre oxidação chegando a 
um tipo de ferrugem denominado óxido férrico. Quantos 
mols de ferro metálico são oxidados por 1 34,4 litros de 
gás oxigênio, medido nas CNPT? (Fe = 56; 0 = 16). 


a) 2,0 mols c) 6,0 mols e) 8,0 mols 

b) 4,0 mols d) 10,0 mols 

30 (PUC-RJ) Na poluição atmosférica, um dos principais irri- 
tantes para os olhos é o formaldeído, CH 2 0, o qual é 
formado pela reação do ozônio com o etileno: 

0 3 (g) + C 2 H 4 (g) ► 2 CH 2 0 (g) + O (g) 

Num ambiente com excesso de 0 3 (g), quantos mols 
de etileno são necessários para formar 1 0 mols de for- 
maldeído? 

a) 10 mols d) 2 mols 

b) 5 mols e) 1 mol 

c) 3 mols 


344 



Capitulo 14a-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 21:10 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


31 (UFMC) Um ser humano adulto sedentário libera, ao respirar, em média, 0,880 mol de C0 2 por hora. A massa de C0 2 pode 
ser calculada, medindo-se a quantidade de BaC0 3 (s), produzida pela reação: 

Ba(OH) 2 (aq) + C0 2 (g) ► BaC0 3 (s) + H 2 0 (l) 

Suponha que a liberação de C0 2 (g) seja uniforme nos períodos de sono e de vigília. A alternativa que indica a massa de 
carbonato de bário que seria formada pela reação do hidróxido de bário com o C0 2 (g), produzido durante 30 minutos, é 
aproximadamente: 

a) 197 g b) 1 73 g c)112g d) 86,7 g e) 0,440 g 

32 (UFR-RJ) Considere a reação Zn (s) 4- HCl (aq) *- ZnCl 2 (aq) + H 2 (g). 

a) Faça o balanceamento da referida reação. 

b) Sabendo-se que 73 g do ácido clorídrico reagem completamente, calcule o número de mols do cloreto de zinco formado. 


EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 


Registre as respostas 
em seu caderno 


33 (UFPE) O azoteto de sódio, NaN 3 , quando inflamado so- 
fre decomposição rápida fornecendo nitrogênio gasoso 
que é utilizado para inflar os sacos de ar ( airbags ) de au- 
tomóveis, de acordo com a reação: 

2 NaN 3 (s) »- 2 Na (s) + 3 N 2 (g). 

Quantos mols de azida de sódio são necessários para gerar 
nitrogênio suficiente para encher um saco de plástico de 
44,8 L a 0 °C e à pressão atmosférica? 

Dados: R = 0,082 atm ' 1 2 
mol ■ K 

Massa atômica (g/mol): N = 14; Na = 23 
Considere que o nitrogênio gasoso tem comportamento 
ideal nas condições acima. 

a) y b) 2 c) 3 d) | e) ± 

34 (Unifor-CE) A dissolução de N0 2 (g) em água produz áci- 
do nítrico, de acordo com a equação não-balanceada: 

NO, + H 2 0 ► H + + N0 3 “ + NO 

Nessa reação, quantos mols de ácido nítrico são obtidos 

pelo consumo de 3 mols de N0 2 ? 

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 


35 (Fatec-SP) O enxofre é uma impureza presente na gasoli- 
na e um dos responsáveis pela chuva ácida nos grandes 
centros urbanos. O teor de enxofre na gasolina pode ser 
determinado queimando-se uma amostra do combustí- 
vel, oxidando-se os produtos gasosos com solução de 
peróxido de hidrogênio e titulando-se o ácido sulfúrico 
(H 2 S0 4 ) assim formado. 

A partir de uma amostra de 10,0 g de gasolina obtive- 
ram-se 2,00 • 1CT 3 mol de H 2 S0 4 pelo método descrito. 
A porcentagem de enxofre, em massa, na gasolina anali- 
sada, é de (Dado: massa molar do S = 32 g/mol.): 

a) 0,196% c) 1,96% e) 20,0% 

b) 0,640% d) 6,40% 

36 (ITA-SP) Uma mistura de azoteto de sódio, NaN 3 , e de óxido 
de ferro (III), Fe 2 0 3 , submetida a uma centelha elétrica reage 
muito rapidamente produzindo, entre outras substâncias, 
nitrogênio gasoso e ferro metálico. Na reação entre o 
azoteto de sódio e o óxido de ferro (III) misturados em 
proporções estequiométricas, a relação (em mol/mol) 
N 2 (g)/Fe 2 0 3 é igual a: 

a) — c) — e) 9 

2 2 

b) 1 d) 3 


2.5. Quando o dado é expresso em massa e a pergunta em número de partículas 
(ou vice-versa) 


Exemplo 

Quantas moléculas de gás carbônico podem ser obtidas pela queima completa de 4,8 g de carbo- 
no puro? (Massa atômica: C = 12) 

Resolução: 

• equação balanceada: C + 0 2 * C0 2 

• informação da equação: 1 mol de C ► 1 mol de C0 2 


Dado em 
massa 


1 2 g 

4,8 g 


6,02 • IO 23 moléculas -* — 


Pergunta 
em número 

X < 


de partículas 


x = 


4,8 • 6,02 - IO 23 
12 


x = 2,4 • 1 0 23 moléculas de C0 2 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


345 



Capitulo 14a-QF1 -PNLEM 


345 


29/5/05, 21:11 



f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





Atenção: Use as massas atômicas que forem necessárias. 

37 (UFR-RJ) O gás cianídrico é uma substância utilizada em 
câmara de gás. Esse composto é preparado por uma rea- 
ção do ácido sulfúrico (H 2 S0 4 ) com o cianeto de potássio 
(KCN). Com relação a esse composto, pede-se: 

a) a equação química balanceada para sua obtenção; 

b) o número de moléculas formado a partir de 32,5 g de 
cianeto de potássio. 


38 (PUC-MC) Dada a reaçao: 
Ácido 

Ferro + . - , . 

clorídrico 


Cloreto 

férrico 


Hidrogênio 


o número de moléculas de gás hidrogênio, produzidas 
pela reação de 1 1 2 g de ferro, é igual a: 

a) 1,5 c) 9,0 -IO 23 e) 3,0 -IO 24 

b) 3,0 d) 1,8 -IO 24 

39 (UFPE) Nas usinas siderúrgicas, a obtenção de ferro me- 
tálico a partir da hematita envolve a seguinte reação (não- 
balanceada): 

Fe 2 0 3 (s) + CO (g) * Fe (s) + C0 2 (g) 

Percebe-se dessa reação que o C0 2 é liberado para a at- 
mosfera, podendo ter um impacto ambiental grave rela- 
cionado com o efeito estufa. Qual o número de molécu- 
las de C0 2 liberadas na atmosfera, quando um mol de 
óxido de ferro (III) é consumido na reação? 

Considere: número de Avogadro igual a 6 • 1 0 23 mor'. 

a) 6 • 1 0 23 c) 1 2 ■ 1 0 23 e) 1 8 • 1 0 23 

b) 24 • 1 0 23 d) 36 • 1 0 23 


40 (UFRGS-RS) Os clorofluorcarbonos (CFCs) sofrem decom- 
posição nas altas camadas da atmosfera, originando áto- 
mos de cloro, os quais atacam moléculas de ozônio (0 3 ), 
produzindo oxigênio. Supondo que 1 mol de ozônio seja 
totalmente transformado em moléculas de oxigênio, o 
número de moléculas produzidas é: 

a) 3,01 -IO 23 c) 9,03 -10 23 e) 18, 06 -10 23 

b) 6,02 • 1 0 23 d) 1 2,04 • 1 0 23 

41 (UFF-Rj) Em relação à produção de fosfato de sódio por 
meio da reação do ácido fosfórico com um excesso de 
hidróxido de sódio, pede-se: 

a) a equação balanceada para a reação; 

b) a quantidade, em gramas, de fosfato de sódio produ- 
zido ao se utilizar 2,5 • 1 0 23 moléculas de ácido 
fosfórico. 

42 (Vunesp) Para transformar uma molécula de P 4 O, 0 em 
ácido ortofosfórico, o número mínimo de moléculas de 
água necessário é: 

a) 1 c) 4 e) 6 • 1 0 23 

b) 2 d) 6 

43 (UEM-PR) O principal componente do cimento do tipo 
portland é a cal virgem, nome popular do óxido de cál- 
cio. Esse composto, quando hidratado, forma o hidróxido 
de cálcio, também conhecido como cal apagada. O vo- 
lume de água necessário para reagir estequiome- 
tricamente com 1 8 • 1 0 23 moléculas de cal virgem é, em 
mL, igual a ... 

Considere a densidade água igual a 1 g/mL. 

(Dados: Ca = 40; O = 1 6 e H = 1 .) 


2.6. Havendo duas ou mais perguntas 

Neste caso, teremos uma resolução para cada uma das perguntas feitas. 


Exemplo 


Quais são as massas de ácido sulfúrico e hidróxido de sódio necessárias para preparar 28,4 g de 
sulfato de sódio? (Massas atômicas: H = 1; O = 1 6; Na = 23; S = 32) 

Efetuando dois cálculos estequiométricos separadamente: 

• para obter a massa de ácido sulfúrico: 


H 2 S0 4 + 2 NaOH 

98 g 

x 


Na 2 S0 4 
142 g 
28,4 g 


+ 2 H 2 0 


x = 1 9,6 g de H 2 S0 4 


• para obter a massa de hidróxido de sódio: 
H 2 S0 4 + 2 NaOH 

1 v 1 

2 • 40 g 

y — 


Na 2 S0 4 
142 g 
28,4 g 


+ 2 H 2 0 


y = 1 6,0 g de NaOH 


Uma outra maneira de resolver o problema é transformar a quantidade dada para mols, usando-a 
para obter as respostas pedidas. No caso, foram dadas 28,4 g de sulfato de sódio, que correspondem a: 


m _ 28,4 
M ~ 142 


n = 0,2 mol de Na 2 S0 4 


346 



Capitulo 14a-QF1 -PNLEM 


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29/5/05, 21:11 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Temos então: 



h 2 so 4 

+ 

2 NaOH 

Na 2 S0 4 

+ 

2 H 2 0 

• informação da equação: 

1 mol 

+ 

2 mols 

*• 1 mol 

+ 

2 mols 

• obedecendo à equação: 

0,2 mol 

+ 

0,4 mol 

* 0,2 mol 

+ 

0,4 mol 



V resposta: 


2- resposta: 

m = nM 


m = nM 

m = 0,2 ■ 98 


m = 0,4 • 40 

m = 1 9,6 g de H 2 S0 4 


m = 1 6,0 g de NaOH 


EXERCÍCIOS 


Registre as respostas 
em seu caderno 


Atenção: Use as massas atômicas que forem necessárias. 

44 (Vunesp) Mergulha-se uma barra de 3,27 g de zinco metá- 
lico em ácido nítrico diluído até dissolução total do metal. 

a) Escreva a equação química da reação que ocorre, in- 
dicando os nomes dos produtos formados. 

b) Sabendo-se que as massas molares (em g/mol) são 
H = 1,0; N = 14; O = 16 e Zn = 65,4; calcule as 
massas (em gramas) dos produtos formados. 

45 (UFV-MC) O gás hidrogênio é facilmente produzido em 
laboratórios, fazendo-se reagir ferro com uma solução de 
ácido sulfúrico, de acordo com a equação abaixo: 

Fe(s) + H 2 S0 4 (aq) * FeS0 4 (aq) + H 2 (g) 

Ao se reagirem 1 1 ,2 gramas de esponja de aço com exces- 
so de ácido sulfúrico, em condições normais de pressão e 
temperatura (1 atm e 0 °C), considerando que a esponja de 
aço seja constituída de puro ferro, qual a massa de sulfato 
ferroso produzida e o volume de gás hidrogênio liberado? 

a) 30,4 gramas e 4,5 litros d) 15,2 gramas e 2,3 litros 

b) 1 54 gramas de 24 litros e) 1 5,2 gramas e 22,4 litros 

c) 152 gramas de 23 litros 


46 (Fuc-MT) Na síntese de 1 1 0 g de gás carbônico, as quan- 
tidades mínimas necessárias de reagentes são: 

a) 30 g de carbono e 40 g de oxigênio 

b) 60 g de carbono e 80 g de oxigênio 

c) 55 g de carbono e 55 g de oxigênio 

d) 60 g de carbono e 50 g de oxigênio 

e) 30 g de carbono e 80 g de oxigênio 

47 (UFMG) Um bom método para a preparação controlada 
de oxigênio muito puro é a decomposição térmica de 
permanganato de potássio sob vácuo. Essa reação pode 
ser representada pela equação: 

2 KMn0 4 (s) ► K 2 MnO„ (s) + MnO, (s) + 0 2 (g) 

Com relação à decomposição completa de 2 mols de 
permanganato de potássio, é incorreto afirmar que: 

a) a massa de KMnCt, (s) decomposta é 31 6,0 g. 

b) a massa total dos produtos sólidos é 300,0 g. 

c) a quantidade de 0 2 (g) produzida é 1 mol. 

d) as quantidades, em mols, de cada um dos produtos 
são iguais. 


Massas 
atômicas: 
C = 12; 
0 = 16 



CASOS PARTICULARES DE CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO 


Vamos agora considerar alguns casos particulares de cálculo estequiométrico. Continuam valendo 
as regras fundamentais já mencionadas na página 338. Iremos apenas acrescentar alguns cuidados ou 
alguns detalhes. 

3.1. Quando aparecem reações consecutivas 

Consideremos, como exemplo, a fabricação industrial do ácido sulfúrico a partir do enxofre. Ela se 
processa por meio das três reações consecutivas dadas a seguir: 

S + 0 2 - > - — so 2 

sorr io 2 — *- so 3 

so 3 *"+ h 2 o ► h 2 so 4 

Quando um problema fornece, por exemplo, a massa do enxofre inicial e pede a massa do H 2 S0 4 
produzido, um dos caminhos do cálculo seria manter as três equações separadas e calcular primeiro a 
massa de S0 2 , depois a massa de S0 3 e, finalmente, a massa de H 2 S0 4 . No entanto, é muito mais 
prático "somar algebricamente" as equações químicas e efetuar o cálculo estequiométrico direta- 
mente na equação final. 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


347 



Capitulo 14b-QF1 -PNLEM 


347 


29/5/05, 21:13 






Exemplo 

Qual é a massa de H 2 S0 4 produzida a partir de 8 toneladas de enxofre? 
Resolução: 

S + 0 2 ' -S02 

-80^ + — O 2 _ . . — " -803 4h 

.sef'+ h 2 o * h 2 so 4 



s + 

32 t — 
8 t — 


0 2 + H 2 0 

2 2 2 



x = 24,5 t de H 2 S0 4 


Nesse tipo de problema é indispensável que: 

• todas as equações estejam balanceadas individualmente; 

• as substâncias "intermediárias" (no caso S0 2 e S0 3 ) sejam canceladas; em certos problemas, 
isso obriga a "multiplicar" ou "dividir" uma ou outra equação por números convenientes, que 
levem ao cancelamento desejado. 

Daí para diante recaímos num cálculo estequiométrico comum, em que a regra de três é estabelecida 
em função da equação química que resulta da soma das equações intermediárias. 



f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




Exercício resolvido 

48 (Fuvest-SP) Duas das reações que ocorrem na produção do ferro são representadas por: 

2 C (s) + 0 2 (g) * 2CO(g) 

Fe 2 0 3 (s) + 3 CO (g) ► 2 Fe (s) + 3 C0 2 (g) 

O monóxido de carbono formado na primeira reação é consumido na segunda. Considerando apenas essas duas 
etapas do processo, calcule a massa aproximada, em quilogramas, de carvão consumido na produção de 1 tonelada de 
ferro (massas atômicas: Fe = 56; C = 1 2; O = 1 6). 


Resolução 

Multiplicando a 1- equação por três e a 2- equação por dois, temos: 


Equaçao-soma: 


6 c + 3 o 2 *• -é-eer 

2 Fe 2 Q 3 + _6 -eer * 4 Fe + 6 C0 2 


6 C + 3 0 2 + 2 Fe 2 0 3 

6 • 1 2 kg 

x 


• 4 Fe + 

4 • 56 kg 
1 .000 kg 


6 C0 2 


x = 321 kg de C 


Note que foi necessário multiplicar a I a equaçao por 3 e a 2 a por 2 para podermos cancelar o CO que está presente 
tanto na I a como na 2 a equação. 


49 (UFF-RJ) Garimpeiros inexperientes, quando encontram pirita, pensam estar diante de 
ouro, por isso, a pirita é chamada "ouro dos tolos". 

Entretanto, a pirita não é um mineral sem aplicação. O H 2 S0 4 , ácido muito utilizado 
nos laboratórios de química, pode ser obtido a partir da pirita por meio do processo: 


4 FeS 2 
2 S0 2 

+ 

11 o 2 
o 2 

< 

p 

2 Fe 2 0 
2 S0 3 



so 3 

+ 

h 2 o 


h 2 so 4 


Qual é a opção que indica a massa de H 2 S0 4 obtida a partir de 60,0 kg de pirita, com 
100% de pureza, por meio do processo equacionado acima? 

a) 9,8 kg b) 1 2,4 kg c) 49,0 kg d) 60,0 kg e) 98,0 kg 



Amostra de pirita (FeS 2 ). 


348 



Capitulo 14b-QF1-PNLEM 


348 


29/5/05, 21:13 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 



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50 (PUC-RS) Um dos efeitos da chamada "chuva ácida" causada pelo S0 2 (g) lançado na atmosfera é a transformaçao do 
mármore, CaC0 3 (s), em gesso, CaS0 4 (s), que pode ser representado pelas seguintes equações: 

2 S0 2 (g) + 0 2 (g) * 2 S0 3 (g) 

S0 3 (g) + H 2 0(l) ► H 2 S0 4 (aq) 

H 2 S0 4 (aq) + CaC0 3 (s) - CaS0 4 (s) + H 2 0 (l) + C0 2 (g) 

A quantidade de gesso que pode ser formada, no máximo, pela reação de 44,8 litros de S0 2 (g) lançado na atmosfera, 
nas CNPT, é: 

a) 34 g b) 68 g c) 1 36 g d) 272 g e) 340 g 

51 (PUC-RS) Em 2,8 kg de óxido de cálcio, também conhecido como "cal virgem", foi adicionada água, formando hidróxido 
de cálcio, usado para pintar uma parede. Após a sua aplicação, transformou-se numa camada dura, pela reação química 
com gás carbônico existente no ar, formando carbonato de cálcio. A massa de sal obtida é, aproximadamente, igual a: 

a) 5,0 kg b) 2,8 kg c) 1,6 kg d) 1,0 kg e) 0,6 kg 

52 (Fuvest-SP) Uma instalação petrolífera produz 12,8 kg de S0 2 por hora. A liberação desse gás poluente pode ser evitada 
usando-se calcário, o qual por decomposição fornece cal, que reage com o S0 2 formando CaS0 3 , de acordo com as equações: 

CaC0 3 (s) *- CaO (s) + C0 2 (g) 

CaO (s) + S0 2 (g) ► CaS0 3 (s) 

Qual a massa mínima de calcário (em kg), por dia, necessária para eliminar todo o S0 2 
formado? 

Suponha 100% de rendimento para as reações. 

a) 128 b) 240 c) 480 d) 720 

53 (Unb-DF) Na seqüência de reações: 

Na 2 0 + H 2 0 ► 2 NaOH 

H 3 P0 4 + 3 NaOH ► Na 3 P0 4 4- 3 H 2 0 

Se partirmos de 1 0 mols de Na 2 0, obteremos: 

a) 10molsdeH 2 O c) mols de Na 3 P0 4 e) 20 mols de Na 3 P0 4 

b) 20 mols de H 2 0 d) 1 5 mols de Na 3 P0 4 


Massas molares (g/mol): 


CaCO . 1 00 

SO, 64 


e) 1.200 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 




54 (Uerj) Uma das principais causas da poluição atmosférica 
é a queima de óleos e carvão, que libera para o ambiente 
gases sulfurados. A seqüência reacional abaixo demons- 
tra um procedimento moderno de eliminação de anidrido 
sulfuroso, que consiste em sua conversão a gesso. 

S0 2 + H 2 0 ► H + + HS0 3 

H + + HS0 3 + J o 2 * 2 H + + so; 2 

2 H + + SO; 2 + Ca(OH) 2 * CaS0 4 • 2 H 2 0 

Gesso 

Calcule a massa de gesso, em gramas, que pode ser ob- 
tida a partir de 192 g de anidrido sulfuroso, consideran- 
do um rendimento de 100% no processo de conversão. 

55 (UFPA) Uma das formas de poluição de nossos dias é a 
chuva ácida. Ela provoca a destruição de monumentos his- 
tóricos, como a Basílica de Nazaré, em Belém, cuja facha- 
da é revestida de mármore, através da corrosão provocada 
pelo ácido. A origem dessa forma de poluição encontra-se 
na queima de derivados de petróleo que contêm impure- 
zas como o enxofre, e se processa segundo as reações: 


S 

+ 

o 2 — 

— * so 2 

Massas atômicas: 

2 S0 2 

+ 

o 2 — 

— * 2 S0 3 

S = 32; O = 16; 

so 3 

+ 

h 2 o — 

— h 2 so 4 

H = 1 


Considerando-se que em 100 L de gasolina encontram- 
se 3,2 mg de enxofre, a quantidade (em gramas) de áci- 
do sulfúrico formada pela queima desse volume de com- 
bustível será de: 

a) 98 c) 98-1 (T 2 e) 98-1 0“ 4 

b) 98 • 1 0 _1 d) 98 -1(T 3 

Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


56 (UnB-DF) Um aluno decidiu realizar um projeto de Quí- 
mica para sua escola, investigando o teor de iodato de 
potássio em uma marca de sal. Uma amostra de massa 
igual a 1 ,0 g do sal de cozinha foi dissolvida em água e o 
iodo foi precipitado na forma de iodeto de prata (Agl), 
conforme representado pelas seguintes equações: 

KIO, (aq) + 3 H 2 S0 3 (aq) Kl (aq) + 3 H 2 SO„ (aq) 

Kl (aq) + AgN0 3 (aq) Agl (s) + KN0 3 (aq) 

Sabendo que a massa de iodeto de prata obtida foi de 
4,70 • 10 -5 g e considerando que M(KI0 3 ) = 214 g/mol 
e M( Agl) = 235 g/mol, calcule, em gramas, a massa de 
iodato de potássio presente em uma tonelada de sal. Des- 
preze a parte fracionária de seu resultado, caso exista. 

57 (Fuvest-SP) O equipamento de proteção conhecido como 
airbag, usado em automóveis, contém substâncias que 
se transformam, em determinadas condições, liberando 
N 2 que infla um recipiente de plástico. As equações das 
reações envolvidas no processo são: 

2 NaN 3 * 2 Na + 3 N 2 

Azoteto de sódio 

10 Na + 2 KN0 3 > K 2 0 + 5 Na 2 0 + N 2 

a) Considerando que N 2 é gerado nas duas reações, 
calcule a massa de azoteto de sódio necessária para 
que sejam gerados 80 L de nitrogênio, nas condi- 
ções ambientes. 

b) Os óxidos formados, em contato com a pele, podem 
provocar queimaduras. Escreva a equação da reação 
de um desses óxidos com a água contida na pele. 
(Dados: volume molar de gás nas condições ambien- 
tes: 25 L/mol; massa molar do NaN 3 : 65 g/mol.) 

349 



Capitulo 14b-QF1-PNLEM 


349 


29/5/05, 21:13 


A 


*=315:5=»* = 63 carros 


3.2. Quando são dadas as quantidades de dois (ou mais) reagentes 

Analise a seguinte situação: se, para montar um carro, são necessários 5 pneus (4 mais 1 de reserva) 
e 1 volante, quantos carros poderemos montar com 315 pneus e 95 volantes? 

5 pneus 1 carro 

315 pneus * 

Considerando que cada carro precisa de apenas 1 volante, serão necessários apenas 63 volantes para 
montar o número de carros que calculamos acima — sobrando, portanto, 32 volantes (95 - 63 = 32). 

Concluímos assim que, na questão proposta, existem volantes "em excesso" (ou pneus "em falta"). 
Podemos ainda dizer que o número de pneus constitui o fator limitante em nossa linha de montagem. 

Com as reações químicas acontece algo semelhante. Vamos considerar o seguinte exemplo: mistu- 
ram-se 147 g de ácido sulfúrico e 100 g de hidróxido de sódio para que reajam segundo a equação 

H 2 S0 4 + 2 NaOH * Na 2 S0 4 + 2 H 2 0 (massas atômicas: H = 1 ; O = 1 6; Na = 23; S = 32). Pede- 

se calcular: 

a) a massa de sulfato de sódio formada; 

b) a massa do reagente que sobra (em excesso) após a reação. 

Vamos calcular inicialmente a massa de NaOH que reagiria com os 147 g de H 2 S0 4 mencionados 
no enunciado do problema: 


H,S0 4 + 2 NaOH 


Na,S0 4 


2 H,0 



* = 120 g de NaOH 


Isso é impossível, pois o enunciado do problema informa que temos apenas 100 g de NaOH. 
Dizemos então que, neste problema, o H 2 S0 4 é o reagente em excesso, pois seus 147 g "precisariam" 
de 1 20 g de NaOH para reagir completamente — mas nós só temos 1 00 g de NaOH. 

Vamos, agora, "inverter" o cálculo, isto é, determinar a massa de H 2 S0 4 que reage com os 100 g 
de NaOH dados no enunciado do problema: 


h 2 so 4 

98 g 
Y 


2 NaOH 

2 -40 g 
100 g 


Na,S0 4 


2 H 2 0 


y= 122,5 g de H 2 S0 4 


Agora isso é possível, e significa que os 100 g de NaOH dados no problema reagem com 122,5 g 


de H 2 S0 4 . Como temos 1 47 g de H 2 S0 4 , sobrarão ainda 24,5 g de H 2 S0 4 (147 - 1 22,5 = 24,5), o que 


responde à pergunta (b) do problema. 

Ao contrário do H 2 S0 4 que, neste problema, é o reagente em excesso, dizemos que o NaOH é o 
reagente em falta, ou melhor, o reagente limitante da reação, pois o NaOH será o primeiro reagente 
a acabar ou se esgotar, pondo assim um ponto final na reação e determinando as quantidades de 
produtos que poderão ser formados. 

De fato, podemos calcular: 


Reagente em 
excesso 


Reagente 

limitante 


H 2 S0 4 + 2 NaOH 


2 -40 g 
1 00 g 


Na 2 S0 4 + 2 H,0 


142 g 


z = 1 77,5 de Na 2 S0 4 


Isso responde à pergunta (a) do problema. Veja que o cálculo foi feito a partir dos 1 00 g de NaOH 
(reagente limitante), mas nunca poderia ter sido feito a partir dos 147 g de H 2 S0 4 (reagente em 
excesso), pois chegaríamos a um resultado falso — note que os 147 g de H 2 S0 4 não podem reagir 
integralmente, por falta de NaOH. 


350 


Capitulo 14b-QF1 -PNLEM 


350 



29/5/05, 21:14 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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• E importante notar que as substâncias não reagem na proporção em que nós as misturamos, mas 
sim na proporção em que a equação (ou seja, a lei de Proust) determina. Daí o cuidado ao resolver 
problemas que dão as quantidades de dois reagentes. Devemos sempre lembrar que é o reagente em 
falta (ou reagente limitante ou fator limitante) que "comanda" toda a reação, pois, no instante 
em que ele acaba, a reação será interrompida. 

• Problemas desse tipo são resolvidos mais facilmente quando trabalhamos com as quantidades dos 
reagentes em mols. De fato, no problema anterior temos: 


Dados • 


147 g de H 2 S0 4 
100 g de NaOH 


n = 


m 147 


n = 


M 98 
m 100 


M 40 


n = 1,5 mol de H 2 S0 4 
n = 2,5 mol de NaOH 


Ora, pela própria equação vemos que só será possível: 

Reagente limitante 


Segundo a equação, 
somente podem reagir 


Como tínhamos j 1,50 mol 


Sobrarão 


| 0,25 mol 
X 98 


v 

zero 





' "A 


i h 2 so 4 

+ 2 

NaOH - 

*■ 1 

Na 2 SO 


''v 


'A 


1,25 mol 

+ 2,5 

mol 

* 1, 

25 mol 

t 

t 




1,50 mol 

2,5 

mol 




X 142 


2 H,0 


24,5 g de H 2 S0 4 em excesso 


1 77,5 g de Na 2 S0 4 produzido 




CYEDfíriOÇ Registre as respostas 
em seu caderno 





58 


(Vunesp) Na indústria, a amónia é obtida pelo processo 
denominado Haber-Bosh, pela reação entre o nitrogênio 
e o hidrogênio na presença de um catalisador apropria- 
do, conforme mostra a reação não-balanceada: 
Catalisador 


N 2 (g) + H 2 (g) ► NH 3 (g) 


Com base nessas informações, considerando um ren- 
dimento de 100% e sabendo que as massas molares 
desses compostos são: N 2 = 28 g/mol, H 2 = 2 g/mol, 
NHj = 17 g/mol, calcule: 

a) a massa de amónia produzida reagindo-se 7 g de ni- 
trogênio com 3 g de hidrogênio; 

b) nas condições descritas no item a, existe reagente em 
excesso? Se existir, qual a massa em excesso desse 
reagente? 


59 (UFF-RJ) O cloreto de alumínio é um reagente muito uti- 
lizado em processos industriais que pode ser obtido por 
meio da reação entre alumínio metálico e cloro gasoso. 
Se 2,70 g de alumínio são misturados a 4,0 g de cloro, a 
massa produzida, em gramas, de cloreto de alumínio é: 

a) 5,01 c) 9,80 e) 15,04 

b) 5,52 d) 13,35 


60 (UVA-CE) O brometo de cálcio encerra 20% de cálcio em 
massa, juntando 4 g de cálcio e 4 g de bromo, teremos, 
no máximo: 

a) 8 g de brometo de cálcio 

b) 7 g de brometo de cálcio 

c) 6 g de brometo de cálcio 

d) 5 g de brometo de cálcio 

61 Em 200 g de hidróxido de bário, mantidos em suspensão 
aquosa, são borbulhados 1 6 L de anidrido sulfúrico, me- 
didos a 27 °C e 950 mmHg. Pergunta-se: 

a) Qual é a substância em excesso e qual é sua massa? 

b) Qual é a massa do sulfato de bário formado na reação? 
Sugestão: Faça o cálculo em mols. 

62 (Cesgranrio-Rj) O H 2 S reage com o S0 2 segundo a reação: 

2 H 2 S + S0 2 » 3 S + 2 H 2 0 

Dentre as opções abaixo, qual indica o número máximo 
de mols de S que pode ser formado quando se faz reagi- 
rem 5 mols de H 2 S com 2 mols de S0 2 ? 

a) 3 c) 6 e) 15 

b) 4 d) 7,5 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


351 



29/5/05, 21:14 


Capitulo 14b-QF1-PNLEM 


351 



Exercício resolvido 

63 (Fuvest-SP) A combustão do gás metano, CH 4/ dá como produtos C0 2 e H 2 0, ambos na fase gasosa. Se 1 L de metano for 
queimado na presença de 1 0 L de 0 2/ qual o volume final da mistura resultante? Suponha todos os volumes medidos nas 
mesmas condições de temperatura e pressão e comportamento ideal para todos os gases. 


Resolução 

Esta questão é de resolução fácil porque a proporção dos volumes gasosos (a P e T constantes) em uma reação química 
coincide com a própria proporção dos coeficientes da equação correspondente. Temos, pois: 


CH 4 (g) +2 0; (g) ► C0 2 (g) + 2 H 2 0 (g) + excesso (?) 



Portanto, o volume final da mistura (\? fina i) resultante será: 

Vi™, = 1 L + 2 L + 8 L 


Afinal = 1 1 L 


64 (Vunesp) Considere a reaçao em fase gasosa: 

N 2 + 3 H 2 ► 2 NH 3 

Fazendo-se reagir 4 L de N 2 com 9 L de H 2 em condições de pressão e temperatura constantes, pode-se afirmar que: 

a) os reagentes estão em quantidades estequiométricas. 

b) o N 2 está em excesso. 

c) após o término da reação, os reagentes serão totalmente convertidos em amónia. 

d) a reação se processa com aumento do volume total. 

e) após o término da reação, serão formados 8 L de NH 3 . 

65 Um recipiente contém 5 L de 0 2 , a 20 °C e 700 mmHg; outro recipiente contém 1 0 L de H 2 , a 20 °C e 700 mmHg. Os dois 
gases são transferidos para um terceiro recipiente e, sob ação de um catalisador e aquecimento, reagem formando água: 

H 2 + yO ; * H 2 0 

A massa de água obtida será: 

a) 6,9 g b) 6,4 g c) 5,3 g d) 6,1 g e)1,7g 

Sugestão: Faça o cálculo em mols. 


/ 

EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



66 (PUC-SP) Misturam-se 1 ,000 kg de CS 2 e 2,000 kg de Ct 2 
num reator, onde se processa a transformação: 

CS 2 + 3 Cí 2 1 CCÍ ; + S Ct 2 

As massas do CCÍ 4 formado e do reagente em excesso 
que resta quando a reação se completa são: 

a) 1,446 kg de CCt 4 e 0,286 kg de CS 2 

b) 2,026 kg de CCt 4 e 0,286 kg de CS 2 

c) 1,446 kg de CCl 4 e 0,286 kg de Cl 2 

d) 2,026 kg de CCl 4 e 0,286 kg de Cl 2 

e) 1,286 kg de CCl 4 e 0,732 kg de Cl 2 

67 (PUC-RJ) A nave estelar Enterprise, de / ornada nas estre- 
las, usou B 5 H 9 e 0 2 como mistura combustível. As duas 
substâncias reagem de acordo com a seguinte equação 
balanceada: 

2 B 5 H 9 (Q + 1 2 0 2 (g) > 5 B 2 0 3 (s) + 9 H 2 0 (g) 

a) Se um tanque contém 1 26 kg de B 5 H 9 e o outro 240 kg 
de 0 2 líquido, qual tanque esvaziará primeiro? Mostre 
com cálculos. 

b) Quanta água terá sido formada (em kg) quando um 
dos reagentes tiver sido completamente consumido? 

68 (Ceeteps-SP) Amónia é matéria-prima fundamental na fa- 
bricação de produtos importantes, como fertilizantes, ex- 


plosivos, antibióticos e muitos outros. Na indústria, em 
condições apropriadas, a síntese da amónia se realiza a 
partir de nitrogênio e hidrogênio gasosos, como mostra 
a equação: 

N 2 (g) + 3 H 2 (g) ► 2 NH 3 (g) 

Considerando que nitrogênio e hidrogênio foram coloca- 
dos para reagir em quantidades tais como ilustrado na figu- 
ra, onde CD representa H 2 e QO representa N 2 


c?£ o 


C ò 
D 

CO ^0 


Qd 

CP 

O 


e supondo rendimento de 100%, pode-se afirmar que: 

a) nitrogênio e hidrogênio estão em proporções 
estequiométricas. 

b) hidrogênio foi colocado em excesso. 

c) nitrogênio é o reagente limitante. 

d) hidrogênio é o reagente limitante. 

e) ambos os reagentes estão em excesso. 

Sugestão: Para ter os dados do problema, basta contar as 
moléculas CO e existentes na figura. 


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Capitulo 14b-QF1-PNLEM 


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29/5/05, 21:15 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




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69 (Vunesp) São colocadas para reagir entre si as massas de 
1 ,00 g de sódio metálico e 1 ,00 g de cloro gasoso. Con- 
sidere que o rendimento da reação é 1 00%. São dadas as 
massas molares, em g/mol: Na = 23,0 e Cl = 35,5. A 
afirmação correta é: 

a) há excesso de 0,1 53 g de sódio metálico. 

b) há excesso de 0,352 g de sódio metálico. 

c) há excesso de 0,282 g de cloro gasoso. 

d) há excesso de 0,1 53 g de cloro gasoso. 

e) nenhum dos dois elementos está em excesso. 

70 (Unb-DF) Em um recipiente, colocam-se 5 mols de áto- 
mos de ferro e 4 mols de vapor d' água para reagir se- 
gundo a equação não-balanceada: 

Fe (s) + H 2 0 (v) Fe 3 0 4 (s) + H 2 (g) 

Espera-se: 

a) a formação de um mol de Fe 3 0 4 . 

b) a formação de dois mols de H 2 . 

c) um excesso de 3 mols de Fe. 

d) um excesso de 1 mol de vapor d'água. 

e) que nada ocorra, pois o ferro não reage com vapor 
d'água. 


71 (Fuvest-SP) H 2 (g) e Cí 2 (g) estão contidos em balões in- 
terligados por meio de um tubo com torneira, nas condi- 
ções indicadas no desenho. Ao se abrir a torneira, os ga- 
ses se misturam e a reação entre eles é iniciada por expo- 
sição à luz difusa. Forma-se então HCÍ (g), em uma rea- 
ção completa, até desaparecer totalmente pelo menos 
um dos reagentes. 



0 = 25°C 6 = 25°C 

P = 1 atm P = 5 atm 

Quanto vale a razão entre as quantidades, em mols, de 
Cí 2 (g) e de HCÍ (g), após o término da reação? 

a) 1 d) 4 

b) 2 e) 6 

c) 3 


3.3. Quando os reagentes são substâncias impuras 

Imagine a seguinte situação: vamos convidar para um churrasco 25 parentes e amigos. Supondo 
que, em média, cada pessoa coma 300 g de carne "limpa", precisaremos comprar 25 • 300 g = 7.500 g 
(ou 7,5 kg) de carne "limpa". Se formos comprar carne com osso, deveremos comprar mais de 7,5 kg 
para que, retirados os ossos, sobrem 300 g de carne "limpa" para cada convidado. 

Na Química acontece algo semelhante. É comum o uso de reagentes impuros, principalmente 
em reações industriais, ou porque são mais baratos ou porque já são encontrados na natureza acompa- 
nhados de impurezas (o que ocorre, por exemplo, com os minérios). Consideremos o caso do calcário, 
que é um mineral formado principalmente por CaC0 3 (substância principal), porém acompanhado de 
várias outras substâncias (impurezas), supondo o seguinte exemplo numérico: 


r 


100 g de calcário — 

é a amostra de 
material impuro 
(substância impura) 


v. 



90 g de CaC0 3 — é a "parte 
pura", que nos interessa 
(substância pura ou principal) 


10 g de impurezas — é o 

"restante", que não interessa 
(não irá participar das reações) 


Sendo assim, define-se: 

Grau de pureza (p) é o quociente entre a massa da substância pura e a massa total da 
amostra. 

90 

No exemplo, temos: p = = 0,9 

K F 100 

Porcentagem de pureza (P) é a porcentagem da massa da substância pura em rela- 
ção à massa total da amostra. 


No exemplo, temos: 


1 00% de calcário 
90 g de CaC0 3 puro 


1 00% 
P 


P = 90% 


Como notamos: 


P = 1 00p 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


353 



Capitulo 14b-QF1 -PNLEM 


353 


29/5/05, 21:15 


1 e exemplo 


A 


(UFRN) Uma amostra de calcita, contendo 80% de carbonato de cálcio, sofre decomposição quan- 
do submetida a aquecimento, segundo a equação abaixo: 

A 

CaC0 3 *• CaO + C0 2 

Qual a massa de óxido de cálcio obtida a partir da queima de 800 g de calcita? 

Resolução: 

O enunciado nos diz que a calcita contém apenas 80% de CaC0 3 . Temos então o seguinte cálculo 
de porcentagem: 

1 00 g de calcita 80 g de CaCO B 1 

?• x = 640 g de CaC0 3 puro 
800 g de calcita x J 


Note que é apenas essa massa (640 g de CaC0 3 puro) que irá participar da reação. Assim , teremos 
o seguinte cálculo estequiométrico: 

+ co 2 


CaC0 3 

► CaO 

1 00 g 

56 g 

640 g 

y 


y = 358,4 g de CaO 


2 a exemplo 

Deseja-se obter 180 L de dióxido de carbono, medidos nas condições normais, pela calcinação 
de um calcário de 90% de pureza (massas atômicas: C = 1 2; O = 1 6; Ca = 40). Qual é a massa de 
calcário necessária? 

Resolução: 

Esta questão é do "tipo inverso" da anterior. De fato, na anterior era dada a quantidade do reagente 
impuro e pedida a quantidade do produto obtido. 

Agora é dada a quantidade do produto que se deseja obter e pedida a quantidade do reagente 
impuro que será necessária. Pelo cálculo estequiométrico normal, teremos sempre quantidades de 
substâncias puras: 

CaC0 3 CaO + C0 2 

1 00 g 22,4 L (CNPT) 1 

l x = 803,57 g de CaC0 3 puro 
x 1 80 L (CNPT) J 


A seguir, um cálculo de porcentagem nos dará a massa de calcário impuro que foi pedida no 
problema: 


100 g de calcário impuro 

x 


90 g de CaC0 3 puro 
803,57 g CaCO B puro 


x = 892,85 g de calcário impuro 


Note que a massa obtida (892,85 g) é forçosamente maior que a massa de CaC0 3 puro (803,57 g) 
obtida no cálculo estequiométrico (relembre a estória contada na página anterior, quando mencionamos 
a compra de "carne com osso" para um churrasco). 


3 a exemplo 

(UFRGS-RS) O gás hilariante (N 2 0) pode ser obtido pela decomposição térmica do nitrato de amónio 
(NH 4 N0 3 ). Se de 4,0 g do sal obtivermos 2,0 g do gás hilariante, podemos prever que a pureza do sal é 
da ordem de: 

a) 1 00% b) 90% c) 75% d) 50% e) 20% 


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Capitulo 14b-QF1 -PNLEM 


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29/5/05, 21:15 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Resolução: 

Esta questão é diferente das anteriores, pois agora a pergunta é o valor da pureza do reagente. 
Pelo cálculo estequiométrico, temos: 

NH 4 NO b — N 2 0 + 2 H 2 0 


80 g 44 g 1 

l x = 3,636 g de NH 4 N0 3 puro 
x 2,0 g J 

Veja que a resposta (3,636 g) se refere ao NH 4 NO B puro, pois o cálculo baseado diretamente na 
equação se refere sempre às quantidades que efetivamente reagem. 

Podemos agora efetuar o seguinte cálculo de porcentagem: 

4,0 g do "sal" 3,636 g de NH 4 N0 3 puro 

100% do "sal" y% de NH 4 NO s puro 

Alternativa b 


y = 90,9% 



FYFDrírmC Registre as respostas 
cAEKUUUj em seu caderno 




72 (Mackenzie-SP) 

O HF é obtido a partir da fluorita (CaF 2 ), segundo a rea- 
ção equacionada a seguir: 

CaF 2 + H 2 SO„ CaS0 4 + 2 HF 



A massa de HF obtida na reaçao de 500,0 g de fluorita de 
78% de pureza é: 

a) 390,0 g c)100,0g e) 250,0 g 

b) 304,2 g d) 200,0 g 

73 (Mackenzie-SP) Uma amostra de 340,0 g de salitre-do- 
chile, cujo teor em nitrato de sódio é de 75%, reage 
com ácido sulfúrico concentrado, produzindo bissulfato 
de sódio (NaHS0 4 ) e ácido nítrico (dadas as massas 
molares, em g/mol: H = 1 ; N = 1 4; O = 1 6; Na = 23; 
S = 32). A massa mínima de ácido, necessária para 
reagir com todo o nitrato de sódio é igual a: 

a) 392,0 g c) 522,7 g e) 294,0 g 

b) 147,0 g d) 73,5 g 

74 (Mackenzie-SP) Na queima de 10 kg de carvão de 80% 
de pureza, a quantidade de moléculas de gás carbônico 
produzida é: 

Dados: massa molar (g/mol) C = 12; O = 16; 

equação química: C + 0 2 ► C0 2 . 

a) 17,6 -IO 28 c) 57,6 -IO 19 e) 4,0 -IO 26 

b) 6,25 -10 27 d) 4,8 -IO 26 

75 (Cesgranrio-R|) Os combustíveis fósseis, como carvão e pe- 
tróleo, apresentam impurezas, dentre elas o enxofre. Na 
queima desses combustíveis, são lançados na atmosfera 
óxidos de enxofre que, em determinadas condições, são 
oxidados e, em contato com a umidade do ar, se transfor- 
mam em ácido sulfúrico. Este último precipita sob forma 
de "chuva ácida", causando sérios danos ao meio ambien- 
te. Esses fenômenos estão representados pelas equações: 

Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


s + o 2 * so 2 

so 2 + J o 2 so 3 

so 3 + h 2 o ► h 2 so 4 

A massa de ácido sulfúrico formada com a queima total 
de 1 2,8 kg de carvão contendo 2,5% em massa de enxo- 
fre é igual a: 

a) 0,32 kg c) 0,98 kg e) 1,32 kg 

b) 0,64 kg d) 1,28 kg 

76 Para obtermos 8,8 g de anidrido carbônico pela queima 
total de um carvão de 75% de pureza, iremos precisar de: 

a) 3,2 g de carvão d) 0,9 g de carvão 

b) 2,4 g de carvão e) 2,0 g de carvão 

c) 1,8 g de carvão 

77 (Uece) Partindo-se de 200 g da soda cáustica, por 
neutralização completa com ácido clorídrico obtêm-se 
234 g de cloreto de sódio. 

A porcentagem de pureza da soda cáustica é de: 
a) 58,5% b) 23,4% c) 60% d) 80% 

78 (PUC-SP) O clorato de potássio (KC10 3 ) pode ser decom- 
posto por aquecimento, segundo a equação: 

2 KC10 3 (s) ► 2 KCl (s) + 3 0 2 (g) 

A decomposição de 2,45 g de uma amostra contendo 
KCÍ0 3 produziu 0,72 g de 0 2 . 

Considerando que a reação foi completa e que somente o 
KCÍ0 3 reagiu sob o aquecimento, essa amostra contém: 

a) 1 00% de KC10 3 d) 60% de KC10 3 

b) 90% de KClOj e) 30% de KC10 3 

c) 75% de KCÍ0 3 

79 (Vunesp) Uma amostra de 12,5 g de carbonato de 
magnésio foi tratada com excesso de solução de ácido 
sulfúrico, ocorrendo a reação: 

MgC0 3 + H 2 S0 4 ► MgS0 4 + C0 2 + H 2 0 

Nessa reação obtiveram-se 600 cm 3 de gás carbônico me- 
didos à temperatura de 27 °C e 5 atmosferas de pressão 
(massas atômicas: H = 1 ; C = 1 2; O = 1 6; S = 32; Mg = 24; 
volume de 1 mol de gás a 0 °C e 1 atm = 22,4 dm 3 ). A 
porcentagem de pureza da amostra inicial é: 

a) 82 c) 22 e) 75 

b) 1 8 d) 43 

355 



Capitulo 14b-QF1-PNLEM 


355 


6/7/05, 15:03 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



80 (PUC-MG) A equaçao da ustulaçao da pirita (FeS 2 ) é: 

4 FeS 2 (s) + 1 1 0 2 (g) 8 S0 2 (g) + 2 Fe 2 0 3 (s) 

A massa de óxido férrico obtida, em kg, a partir de 300 kg 
de pirita, que apresenta 20% de impurezas, é igual a: 

a) 160 

b) 218 

c) 250 

d) 320 

e) 480 

81 (Unicamp-SP) Em 1 990 foram consumidos, em nosso país, 
cerca de 1 64 bilhões (164-1 0 9 ) de cigarros. A massa de 
um cigarro que é queimada corresponde a aproximada- 
mente 0,85 g. Considerando que 40% da massa do ci- 
garro seja do elemento carbono, quantas toneladas de 
dióxido de carbono (C0 2 ) os fumantes lançaram na at- 
mosfera em 1990, no Brasil? (Massas atômicas relativas: 
C = 1 2; O = 1 6 e 1 tonelada = 1 0 6 g.) 

82 (UFPA) O fósforo branco (P 4 ), usado na produção dos 
ácidos fosfórico e fosforoso, é muito tóxico e emite luz, 
quando em contato com o ar ou atmosfera de oxigênio. 
É obtido em forno especial com eletrodos de grafite, se- 
gundo a equação não-balanceada: 


Ca 3 (P0 4 ) 2 4- Si0 2 + C *■ CaSi0 3 4- CO -l- P 4 

Dê a nomenclatura do sal formado, faça o balanceamento 
dos coeficientes da equação química e calcule a quanti- 
dade em gramas de fosfato de cálcio (80% puro) neces- 
sárias para se obterem 620 g de fósforo branco. 

83 (UFPR) Na reação de 5 g de sódio com água, houve des- 
prendimento de 2,41 5 L de hidrogênio nas CNPT. Qual é 
o qrau de pureza do sódio? (Massas atômicas: Na = 23; 
O = 16; H = 1.) 

84 (Efoa-MG) Uma amostra de 1,225 g de KCÍ0 3 é decom- 
posta por aquecimento em cloreto de potássio sólido e 
oxigênio molecular gasoso. O oxigênio molecularforma- 
do na reação ocupou um volume de 0,1 68 L nas condi- 
ções normais de pressão e temperatura (CNPT). 

a) Escreva a equação química balanceada que represen- 
ta a decomposição térmica do KQ0 3 . 

b) Calcule o grau de pureza da amostra. 

(Dados: 1 mol de gás ideal ocupa um volume de 22,4 L 
nas CNPT; massas molares, em q/mol: O = 1 6; Cl = 35,5; 
K = 39.) 


3.4. Quando o rendimento da reação não é total 

Suponha que sejam necessárias 8 dúzias de laranjas para se fazerem 5 litros de suco. Se comprar- 
mos 8 dúzias de laranjas e, por infortúnio, 1 dúzia apodrecer e for jogada fora, é evidente que só 
conseguiremos fazer menos de 5 litros de suco. 

Na Química ocorre, muitas vezes, algo parecido. De fato, é comum uma reação química produzir 
uma quantidade de produto menor do que a esperada pela equação química correspondente. 
Quando isso acontece, dizemos que o rendimento da reação não foi total. Esse fato pode ocorrer 
porque a reação é "incompleta" (reação reversível) ou porque ocorrem "perdas" durante a reação 
(por má qualidade da aparelhagem ou deficiência do operador). 

Por exemplo, vamos considerar a reação C + 0 2 ► C0 2 , supondo que deveriam ser 

produzidos 100 litros de C0 2 (CNPT); vamos admitir também que, devido a perdas, foram produzidos 
apenas 90 litros de C0 2 (CNPT). Em casos assim, dizemos que: 


Rendimento (r) é o quociente entre a quantidade de produto realmente obtida em 
uma reação e a quantidade que teoricamente seria obtida, de acordo com a equação quí- 
mica correspondente. 


No exemplo acima, teríamos: r = 


90 

100 


0,9. 


Rendimento porcentual ( R ) é o rendimento de uma reação expresso em termos 
porcentuais (o que é muito comum em exercícios). 


No exemplo dado, temos: R = 90%. 


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Capitulo 14b-QF1 -PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


I a exemplo 


(Cesgranrio-RJ) Num processo de obtenção de ferro a partir da hematita (Fe 2 0 3 ), considere a equa- 
ção não-balanceada: 

Fe 2 0 3 + C * Fe + CO 

(Massas atômicas: C = 1 2; O = 1 6; Fe = 56) 

Utilizando-se 4,8 toneladas (t) de minério e admitindo-se um rendimento de 80% na reação, a 
quantidade de ferro produzida será de: 

a) 2.688 kg b) 3.360 kg c) 1.344 t d) 2.688 t e) 3.360 t 

Resolução: 

Após o balanceamento da equação, efetuamos o cálculo estequiométrico da forma usual: 

Fe 2 0 3 + 3 C ► 2 Fe + 3 CO 

1 60 t 2 • 56 t 1 

t x = 3,36 t de Fe 

4,8 t x 


A massa de ferro (3,36 toneladas) seria obtida se a reação tivesse aproveitamento ou rendimento 
total (100%). No entanto, no enunciado se diz que o rendimento é de apenas 80%. Devemos então 
efetuar o cálculo envolvendo o rendimento percentual dado: 


Rendimento de 100% 
Rendimento de 80% 


3,36 t de Fe 
Y 


y = 2,688 t de Fe 


Alternativa a 


2 a exemplo 


(PUC-SP) Sabe-se que o cobre metálico reage com ácido nítrico diluído e produz óxido de nitrogê- 
nio II, água e um composto iônico no qual o cobre tem número de oxidação +2. 

a) Formule e ajuste a equação da reação entre cobre e ácido nítrico diluído. 

b) Calcule a massa de metal que deve reagir com o ácido nítrico e produzir 4,48 L de gás (CNPT), em 
um processo no qual o rendimento é de 50%. 

Resolução: 


Este problema é do "tipo inverso" do anterior. De fato, no anterior dava-se a quantidade do reagente 
e pedia-se a quantidade do produto formado; agora, é dada a quantidade do produto e pedida a 
quantidade de reagente necessária à reação. Pelo cálculo estequiométrico usual, temos: 

3 Cu + 8 HNO b ► 2 NO" + 4 H 2 Q + 3 Cu(NQ 3 ) 2 


3 • 63,5 g 

x 


2 -22,4 L (CNPT) 
4,48 L (CNPT) 


x = 1 9,05 g de Cu 


No enunciado se diz, porém, que o rendimento da reação é de 50%, o que indica que apenas 50% 
do cobre inicial será aproveitado na reação. Para compensar essa perda, devemos partir de uma quan- 
tidade maior de cobre. Assim, temos: 



50% 

1 00% 


1 9,05 g de Cu 

y 


y = 38,1 g de Cu 


3 a exemplo 

Uma massa de 32,70 g de zinco metálico reage com uma solução concentrada de hidróxido de 
sódio, produzindo 64,53 g de zincato de sódio (Na 2 Zn0 2 ). Qual é o rendimento dessa reação? 
Diferente dos anteriores, o problema pede agora o rendimento da reação. 

Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 357 



Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


357 


29/5/05, 21:21 


Façamos inicialmente um cálculo estequiométrico normal, sem pensar no rendimento: 


Zn + 2 NaOH ► Na 2 Zn0 2 + H 2 


65,4 g 143,5 g 

> x = 71,75 g de Na 2 Zn0 2 
32,7 g x J 

Passemos, agora, para o cálculo do rendimento porcentual: 



71,75 g 
64,53 g 


de Na 2 Zn0 2 
de Na 2 Zn0 2 


1 00% 

y 


y « 90% 




EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




85 (Ufes) A equação 2 NaCt + Mn0 2 + 2 H 2 S0 4 *■ Na 2 S0 4 + MnS0 4 + C l 2 + 2 H 2 0 representa a reação que se 

passa para obtermos o cloro. Considerando que ela teve um rendimento de 85%, que foi realizada na temperatura de 27 °C 
e a uma pressão de 1,5 atm, e que utilizamos 500 g de sal, o volume de cloro obtido, em litros, é: 

a) 59,6 b) 82,5 c) 119,2 d) 280,5 e) 1 .650,0 

86 Deseja-se obter 25,4 kg de cloreto de cal pela reação: 

Ca(OH) 2 + Cl 2 *• CaCl(CÍO) + H 2 0 

Cloreto de cal 

Sendo de 80% o rendimento dessa reação, pede-se calcular a massa de hidróxido de cálcio necessária. 

87 (Cesgranrio-RJ) Soluções de amónia sao utilizadas com frequência em produtos de limpeza doméstica. A amónia pode ser 
preparada por inúmeras formas. Dentre elas: 

CaO (s) + 2 NH 4 Cl (s) ► 2 NH 3 (g) + H 2 0 (g) + CaCl 2 (s) 

(H = 1; N = 14; O = 16; O. = 35,5; Ca = 40) 

Partindo-se de 224 g de CaO, obtiveram-se 1 02 g de NH 3 . O rendimento percentual da reação foi de: 

a)100 b) 90 c) 80 d) 75 e) 70 

88 (Unirio-RJ) "A contaminação da água com arsênio está preocupando a Primeira-Ministra de Bangladesh (...) que já pediu 
ajuda internacional." (Jornal do Brasil, 05 out. 1999.) 

O arsênio não reage rapidamente com a água. O risco da permanência do As em água é o seu depósito nos sedimentos. É 
a seguinte a reação do arsênio com NaOH: 

2 As + 6 NaOH ► 2 Na 3 As0 3 + 3 H 2 

75 g de arsênio reagiram com NaOH suficiente, produzindo 25,2 L de H 2 , nas CNPT. (V M = 22,4 L; massa atômicas: H = 1 u; 

O = 16 u, Na = 23 u; As = 75 u) O rendimento percentual da reação foi de: 

a) 75% b) 80% c) 85% d) 90% e) 95% 



EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 

Registre as respostas 
em seu caderno 



89 (PUC-MG) Em um tubo, 1 6,8 g de bicarbonato de sódio 
são decompostos, pela ação do calor, em carbonato 
de sódio sólido, gás carbônico e água vapor. O volume de 
gás carbônico, em litros, obtido nas CNPT, supondo o 
rendimento da reação igual a 90%, é igual a: 

a) 2,02 

b) 2,48 

c) 4,48 

d) 4,03 

e) 8,96 

90 (Vunesp) A reação entre amónia e metano é catalisada 
por platina. Formam-se cianeto de hidrogênio e hidrogê- 
nio gasosos (massas molares, em g/mol: H = 1 ; C = 1 2; 
N = 14). 


a) Escreva a equação química balanceada da reação. 

b) Calcule as massas dos reagentes para a obtenção de 
2,70 kg de cianeto de hidrogênio, supondo-se 80% 
de rendimento da reação. 

91 (Unip-SP) Uma amostra contendo 2,10 g de carbona- 
to de magnésio foi tratada por ácido clorídrico, obten- 
do-se 476 mL de gás carbônico, medidos nas condi- 
ções normais de temperatura e pressão (massas atômi- 
cas: C = 12; O = 16; Mg = 24; volume molar nas 
CNPT = 22,4 L/mol). O rendimento da reação foi: 

a) 75% 

b) 80% 

c) 85% 

d) 90% 

e) 95% 


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Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A 


3.5. Quando há participação do ar nas reações químicas 

O ar seco e puro é uma mistura gasosa que contém 78,02% de nitrogênio, 20,99% de oxigênio e 
0,94% de argônio em volume (além de porcentagens mínimas de outros gases nobres); o ar atmosféri- 
co contém ainda umidade (vapor de água) e várias impurezas (monóxido de carbono, derivados de 
enxofre etc.). 

Para efeito de cálculo, costuma-se considerar que o ar tem aproximadamente 21 % de 0 2 e 79% 
de N 2 (juntamente com os outros gases) em volume. 

Note que a proporção 21% de 0 2 : 79% de N 2 : 100% de ar pode ser simplificada para 1 : 4 : 5, o 
que facilita extraordinariamente muitos problemas de cálculo estequiométrico, como podemos perce- 
ber pelas considerações feitas a seguir. 

Dos componentes do ar, somente o oxigênio costuma participar das reações, provocando com- 
bustões (queimas), ustulações (oxidações de sulfetos metálicos) e outras oxidações em geral. O nitro- 
gênio (e muito menos os gases nobres) não reage, a não ser em casos muitos especiais; daí o motivo 
de o nitrogênio ser chamado gás inerte. 

Embora não reagindo, o nitrogênio faz parte tanto do ar que reage como dos gases finais que 
são produzidos na reação. É esse aspecto importante que vamos abordar neste item. 

Exemplo 

Um volume de 56 L de metano são completamente queimados no ar, produzindo gás carbônico e 
água. Supondo todas as substâncias no estado gasoso e nas mesmas condições de pressão e temperatura. 
(Composição volumétrica do ar: 20% de 0 2 ; e 80% de N 2 ) 

a) Qual o volume de ar necessário à combustão? 

b) Qual o volume total dos gases no final da reação? 

Resolução: 

Tratando-se de um cálculo estequiométrico entre volumes gasosos, nas mesmas condições de pres- 
são e temperatura, a resolução é imediata — basta seguir os coeficientes da equação balanceada: 


1 

ch 4 + 

2 0 2 

- 1 co 2 + 

2 H 2 0 (vapor) 

I 


1 

1 

1 

1 

• 56 L + 

2 • 56 L 

- 1 • 56 L + 

2 • 56 L + Sobra de N 2 


a) Cálculo do volume do ar necessário à combustão 

Se o volume de oxigênio é 2 • 56 = 1 1 2 L, o volume de ar será: 
20% de 0 2 1 00% de ar 

112 L de 0 2 x L de ar 


x = 560 L de ar 


Veja que, em última análise, esse cálculo corresponde a multiplicar o volume do 0 2 por 5, de 
acordo com a proporção já mencionada: 1 0 2 : 4 N 2 : 5 ar. 
b) Cálculo do volume total dos gases no final da reação 

Pela equação acima notamos que, no final, teremos: 56 L de C0 2 ; 2 • 56 = 1 1 2 L de vapor de água; 
além da sobra de N 2 que existe no ar inicial e que não reage. Ora, sabendo a composição volumétrica 
do ar, temos: 


ou então: 


1 00% de ar 
560 L de ar 

20% de 0 2 
112 Lde 0 2 


80% de N 2 
x L de N 2 

80% de N 2 
y L de N 2 


x = 448 L de N, 


y = 448 L de N 2 


Na verdade, esses cálculos são desnecessários, pois, relembrando a proporção 1 0 2 : 4 N 2 : 5 ar, 
vemos que basta multiplicar o volume de 0 2 por 4, e teremos o volume do N 2 . 

Concluindo, diremos que o volume da mistura gasosa final será: 


56 L de C0 2 + 11 2 L de vapor de água + 448 L de N 2 , ou seja: 


616 L 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


359 



Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


359 


29/5/05, 21:21 



f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





92 Qual é o volume de ar, medido a 27 °C e 700 mmHg, 
necessário para oxidar 28 L de S0 2 (medidos nas condi- 
ções normais), transformando-o em S0 3 ? (Dado: o ar 
contém aproximadamente 20% de 0 2 em volume.) 

93 Uma massa de 1 2 g de pirita (FeS 2 ) sofre ustulação com a 
quantidade estequiométrica de 0 2 fornecida pelo ar, se- 
gundo a equação: 

4 FeS 2 + 1 1 0 2 » 2 Fe 2 0 3 + 8 S0 2 

Qual o volume gasoso final, medido nas condições nor- 
mais de pressão e temperatura? 

(Dado: composição volumétrica do ar: 20% de 0 2 e 80% 
de N 2 .) 

Observação: Lembre-se de que o Fe 2 0 3 é sólido, nada 
tendo a ver com o volume gasoso final pedido. 

94 (Fuvest-SP) A combustão completa de 16 mols de 
magnésio metálico foi realizada utilizando-se 50 mols 
de uma mistura gasosa contendo 20% de 0 2 , 78% de N 2 
e 2% de argônio (% em mols). 

a) Escreva a equação química que representa essa com- 
bustão. 


b) Calcule a porcentagem em mols de 0 2 na mistura 
gasosa, após a combustão. 

95 (Mackenzie-SP) Numa cápsula de porcelana, de massa 
igual a 15,0 g, foram queimados totalmente 4,8 g de 
magnésio em presença de gás oxigênio suficiente, ob- 
tendo-se óxido de magnésio. Após a queima, a cápsula 
foi novamente pesada e o valor encontrado foi de 23,0 g. 
Nesse experimento: 

Dados: 

Equação química: 2 Mg + 0 2 ► 2 MgO 

Massa molar (g/mol): Mg = 24; 0 = 16 

Considerar a composição do ar (em volume) = 20% de 

oxigênio e 80% de nitrogênio 

a) a lei de Lavoisier não foi obedecida. 

b) a massa de oxigênio que reagiu com o magnésio foi 
de 18,2 g. 

c) o volume de ar necessário à combustão foi de 1 1 ,2 L, 
medido nas CNPT. 

d) foram produzidos 23,0 g de óxido de magnésio. 

e) foram obtidos 19,8 g de óxido de magnésio. 


3.6. Quando os reagentes são misturas 

Em nosso dia-a-dia, é muito comum lidarmos com misturas. Quando comemos um pedaço de 
bolo, por exemplo, devemos lembrar que esse bolo é o resultado de uma "mistura" de farinha, ovos, 
manteiga etc. 

Na Química é também muito comum aparecerem misturas participando como "reagentes" das 
reações químicas. Podemos citar alguns exemplos: 

• as ligas metálicas são misturas de metais; 

• a gasolina, que queima nos motores dos automóveis, é uma mistura de hidrocarbonetos (pre- 
ponderantemente C 7 H 16 e C 8 H 18 ); 

• certas misturas gasosas são usadas como combustíveis, como, por exemplo: o chamado "gás de 
água" (mistura de CO e H 2 ); o "gás de botijão para fogões" (mistura de C 3 H 8 e C 4 H 10 ). 

Nesses problemas, a dificuldade fundamental reside no seguinte: as misturas não são obriga- 
das a obedecer a uma proporção constante; no entanto, toda equação química deve obedecer 
a uma proporção constante, de acordo com a lei de Proust. Vamos então considerar dois exem- 
plos ilustrativos: 

I 2 exemplo — Quando a composição da mistura reagente é dada 

Uma mistura formada por 5 mols de flúor e 1 0 mols de cloro reage completamente com o hidro- 
gênio. Qual é a massa total dos produtos formados? (Massas atômicas: H = 1; F = 19; Cí = 35,5) 

Resolução: 

Vamos considerar separadamente as reações do flúor e do cloro e efetuar dois cálculos 
estequiométricos separados. 

• para o flúor: 

H 2 + F 2 * 2 HF 

1 mol 2 • 20 g 1 

[ x = 200 g de HF 

5 mol x 


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Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


2 HCÍ 



rrr r 



para o cloro: 


H 2 + 


Cí 2 

1 mol 
1 0 mol 



/ = 7 30 g de HCÍ 


A massa total dos produtos (m tota |) formados será, portanto: 
m tota i = 200 g de HF + 730 g de HCÍ = 


m. 


total 


= 930 g 


(massa total) 


Note que não podemos somar as duas equações vistas acima, pois a soma: 


2 H 2 + 


1 F 2 + 


1 Cí, 


2 HF + 2 HCÍ 


apresenta a proporção de 1 mol de F 2 para 1 mol de Cí 2 , enquanto o enunciado do problema fala em 
5 mols de F 2 e 1 0 mols de Cí 2 . 

Sendo assim, em problemas com misturas de reagentes, o ideal é resolver as equações químicas 
separadas, efetuando o cálculo estequiométrico também separadamente. 

2 a exemplo — Quando a composição da mistura reagente não é conhecida — pelo 
contrário, constitui a pergunta do problema 

Uma massa de 24 g de uma mistura de H 2 e CO queima completamente, produzindo 112 g de 
produtos finais. Pede-se calcular as massas de H 2 e de CO existentes na mistura inicial (massas atômicas: 
H = 1; C = 12; O = 16). 

As reações mencionadas no problema são: 


2 H 2 + 


O, 


2 CO + O, 


2 H 2 0 
2 CO, 


Neste caso também não podemos somar as equações porque não conhecemos a proporção em 
que o H 2 e o CO estão misturados (aliás, esta é exatamente a pergunta do problema). Assim sendo, o 
caminho é trabalhar com cada equação química separadamente, como foi feito no I a exemplo. Inicial- 
mente vamos adotar o seguinte raciocínio: 

• uma vez que a massa total da mistura de H 2 e CO foi dada (24 g), se chamarmos de x a massa de 
H 2 , a massa de CO será igual a (24 - x) gramas; 

• analogamente, a massa total da mistura final de H 2 0 e C0 2 também foi dada (112 g), e se 
chamarmos de y a massa de H 2 0, a massa do C0 2 será igual a (1 1 2 — y) gramas. 

Vamos agora retomar as equações químicas separadamente e efetuar os cálculos estequiométricos 
correspondentes: 

• para o H 2 , temos: 


2 H 2 

2 ' 2 g 
x 


O, 


2 H,0 



y = 9x 


para o CO, temos: 

2 CO + 0 2 


2 CO, 



2 -44 g 

(112 y) g 


44x - 28/ = -2.080 


Temos, portanto, um sistema algébrico de duas equações e duas incógnitas que, resolvido, 
fornecerá: 


x=10gdeH 2 e /=14gdeCO 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


361 



Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


361 


29/5/05, 21 :22 



f 

EXERCÍCIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 





96 (Fesp-SP) Uma amostra de 1 kg de calcário contém 90% de CaC0 3 , 5% de MgC0 2 e 5% de Si0 2 . O calcário é aquecido a 
850 °C, ocorrendo as reações: 

CaC0 3 *• CaO + C0 2 

MgC0 3 *• MgO + C0 2 

Si0 2 ► inalterado 

A massa de mistura CaO + MgO + Si0 2 obtida será: 

a) 504,5 g b) 527,8 g c) 577,9 g d) 900 g e) 628,9 g 

97 Uma massa de 39,2 g de uma mistura de carbono e enxofre (na proporção de 3 : 5, em mols respectivamente) queima 
completamente. Qual a massa total dos produtos formados? 

98 Uma massa de 500 g de pólvora, cujos ingredientes foram misturados nas proporções da equação abaixo mencionada, 
deu, após a detonação, os produtos igualmente mencionados. Quantos litros de gases serão produzidos, considerando-se 
a pressão de 700 mmHg e a temperatura de 20 °C? 

2 KN0 3 + S + 2 C * K 2 S0 4 + N 2 + 2 CO 

Pólvora Gases formados 

Sugestão: Use diretamente a equação dada, considerando o "mol" da pólvora como sendo a soma: 

2 mol de KN0 3 + 1 mol de S + 2 mol de C 

99 Uma massa de 300 mg de uma mistura de cloreto de sódio e cloreto de potássio produz, pela adição de excesso de 
solução de nitrato de prata, 720 mg de cloreto de prata. Qual é a composição em massa da mistura inicial? 

100 (IME-RJ) 1 0 g de uma liga de cobre e prata são tratados com ácido sulfúrico a quente, liberando 2,1 L de um gás, medidos 
nas CNPT. Calcule a composição percentual da liqa, usando as seguintes massas atômicas aproximadas: O = 16; S = 32; 
Cu = 64; Ag = 108. 

Observação: As reações do problema são: 

Cu + 2 H 2 S0 4 ► CuS0 4 + 2 H 2 0 + SO { 

2 Ag + 2 H 2 S0 4 <- Ag 2 S0 4 + 2 H 2 0 + SO,'' 

101 (ITA-SP) 1,31 g de uma mistura de limalhas de cobre e zinco reagiu com excesso de solução de ácido clorídrico, numa 
aparelhagem adequada, produzindo gás hidrogênio. Esse gás, depois de seco, ocupou um volume de 269 ml_ sob pressão 
de 0,90 atm e a 300 K (que corresponde a 1,10-273 K). A fração de massa do zinco nessa mistura é: 

a) 0,13 b) 0,25 c) 0,50 d) 0,75 e) 1,00 


LEITURA 


PRODUÇÃO DO FERRO E DO AÇO 

Os principais minérios de ferro são: hematita (Fe 2 0 3 ), limonita (Fe 2 O s • 2 H 2 0), magnetita (Fe 3 0 4 ) 
etc. Os sulfetos de ferro, como, por exemplo, a pirita (FeS 2 ), são abundantes na natureza, mas não servem 
para extração e produção do ferro, pois o enxofre é um dos elementos mais prejudiciais às propriedades do 
ferro e do aço. 

A extração ou metalurgia do ferro e de suas ligas recebe o nome especial de siderurgia. Os princi- 
pais produtos siderúrgicos são: 

• ferro-gusa (ou simplesmente gusa): liga de ferro que contém de 2 a 5% de carbono, além de 
impurezas como Mn, Si, P etc.; 

• ferro fundido: liga de ferro com 2 a 5% de carbono, mas com quantidades de impurezas menores 
que o gusa; 

• aço, aço comum ou aço carbono: liga de ferro com 0,2 a 1 % de carbono e baixa porcentagem de 
impurezas (Mn, Si, P, S etc.); 

• aço doce ou ferro doce: aço que contém menos de 0,2% de carbono; 

• aços ligas ou aços especiais: aços que contêm outros elementos químicos e que apresentam quali- 
dades especiais: 

— aço inoxidável: Fe + C + Cr + Ni 

— aço para trilhos: Fe + C + Mn 

— aço para ferramentas de corte: Fe + C + W + Mo 

— aço para ímãs: Fe + C + Aí + Ni + Co (Aí Ni Co) 

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Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


A produção do ferro e de suas ligas começou na pré-história (Idade do Ferro) e cresceu muito a partir 
de 1 750, quando começou a era da industrialização. Atualmente o processo siderúrgico começa, via de 
regra, pela produção do gusa, nos chamados altos-fornos, de acordo com o esquema a seguir. 


Alto-forno 



Reações fundamentais 

(nas alturas aproximadas em que 
ocorrem no interior do alto-forno) 


Cases 

t 


Estrutura 
de aço 


Tijolos 

refratários 


Fe 2 0 3 + CO -»■ C0 2 + 2 FeO 


Tubulação 
(ar quente) 




Saída da 
escória 

Saída do 
ferro fundido 


: co 2 + c -► 

2 CO 

'-►FeO + CO -► 

A 

co 2 

co, + c -*• 

2 CO 

A - 


c + o, -*■ 

CO, 

A " 



Ar 


200 °C 


500 °C 


1 .000 °C 


Carga 


Coque 

Minério de ferro 
Calcário 


A 


o 


V I 


Para melhor compreensão desse esquema, é importante lembrar que um alto-forno funciona 
ininterruptamente, durante anos, e também assinalar os seguintes pontos: 

a) a carga é levada por caçambas e introduzida na parte superior do alto-forno, e é formada fundamen- 
talmente por: 

• minério de ferro (em geral, Fe 2 0 3 ); 

• carvão coque: queima (C + 0 2 ► C0 2 + Calor), produzindo o calor necessário ao funcio- 
namento do forno; e produz também o CO (C0 2 + C ► 2 CO), que é o principal redutor do 

minério de ferro (acompanhe as reações no esquema anterior); 

• fundente: considerando que as impurezas do minério de ferro são, em geral, sílica (Si0 2 ) e silicatos 
de difícil fusão, usa-se como fundente o calcário (CaC0 3 ), que provoca a reação: 

Si0 2 + CaC0 3 * CaSi0 3 + C0 2 

(o CaSi0 3 irá formar a escória, que será retirada pela parte inferior do forno); 



Um dos altos-fornos da Companhia 
Siderúrgica Nacional (CSN). 


b) os gases sobem pelo alto-forno e, na saída, ainda contêm uma porcentagem elevada de CO, que os 
torna combustíveis, sendo então empregados no preaquecimento do ar que entrará no alto-forno; 

c) pela parte inferior, são escoados, a cada 4 ou 5 h, em primeiro lugar a escória (que, depois de resfriada 
e solidificada, serve como pedra para pavimentação ou para fabricação do cimento) e, em segundo 
lugar, o ferro gusa (que normalmente é purificado para se obter o aço). 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


363 



Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


363 


29/5/05, 21 :22 







O aço (liga ferro-carbono, como já vimos na página 362) é o produto siderúrgico mais importante e de 
maior utilidade no mundo moderno. É obtido pela purificação do gusa, que pode ser feita por vários 
processos; atualmente o mais comum é o conversor a oxigênio, no qual um jato de oxigênio queima as 
impurezas do gusa, até chegar aos limites adequados ao aço (adiciona-se também um pouco de fundente, 
que reagirá com parte das impurezas, formando a escória correspondente). Vemos abaixo um esquema do 
conversor a oxigênio. 


Conversor a oxigênio 

Entrada de 
çj oxigênio puro 


Gases que irão passar 
por um purificador 


Chaminé 


Saída do aço purificado 
(inclina-se o conversor) 


Aço fundido 



Lança de 
oxigênio 


Conversor 



Interior de fundição, vendo-se o 
caldeirão despejando metal 
derretido num forno. 


As características do aço comum dependem fundamentalmente de dois fatores: 

• a porcentagem de carbono: aços com teores baixos de carbono são mais maleáveis e dúcteis; aços 
com mais carbono são duros e tenazes; 

• o tratamento térmico: chamamos de "tratamento térmico" ao aquecimento seguido de resfriamento 
do aço, com intensidades e velocidades variáveis; isso altera as propriedades do aço, pois modifica 
sua estrutura cristalina. 

Dois exemplos de tratamento térmico importantes são: 

• a têmpera: é o aquecimento seguido de um resfriamento rápido do aço; com esse tratamento, o 
aço fica mais "duro", porém mais "quebradiço"; 

• o recozimento: é o aquecimento seguido de um resfriamento mais lento do aço; com isso, ele fica 
mais elástico, porém menos "duro". 

O aço comum é utilizado na forma de: 

• chapas (para automóveis, fogões, geladeiras; na construção civil); 

• fios (arames, cabos, vergalhões para concreto); 

• perfis (trilhos, vigas para construções, em várias formas); 

• eixos (para máquinas e veículos). 

O aço é também muito utilizado na produção de aços especiais ou aços-liga, que foram menciona- 
dos na página 362. 



ACADfMIA DE 
GINASTICA 


EU NÃO TO ESPERANDO 
TER MÚSCULOS DE AÇO 
OE CHUMBO JÁ TÁ BOM. 


5 S 

i 




FRANK & ERNEST ® by Bob Thaves 


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Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Questões sobre a leitura 


Responda em 
seu caderno 


102 Qual é o nome da metalurgia do ferro e do aço? 

103 Qual é a composição do aço comum? 

104 Quais são os componentes da "carga" de um alto-forno? 

105 Quais são os produtos de um alto-forno? 

106 Em que consiste um tratamento térmico do aço? A que ele visa? 

107 (UFV-MG) A reação da hematita (fórmula química Fe 2 0 3 ) com monóxido de carbono 
(CO) em alto-forno representa o processo industrial para a obtenção do ferro metálico 
(Fe), que, após resfriamento, solidifica-se. 

Fe 2 0 3 (s) + CO (g) ► Fe (s) + C0 2 (g) 

Qual é a alternativa correta? 

a) O monóxido de carbono atua como agente catalisador. 

b) Os coeficientes da equação química balanceada são 1, 2, 2, 2. 

c) A hematita atua como agente redutor. 

d) O átomo de ferro, na hematita, recebeu três elétrons. 

e) Esse método de obtenção do ferro é chamado de processo eletrolítico. 



Amostra de hematita. 


r 

DESAFIOS 

Registre as respostas 
em seu caderno 




108 (Uece) O cloro nao é encontrado livre na natureza. Na indústria, ele é obtido pela eletrólise de solução aquosa de 
cloreto de sódio. 

2 NaCÍ + 2 H 2 0 * 2 NaOH + H 2 + Cl 2 

Forma compostos importantes, tais como o NaCÍO, usado na purificação e tratamento da água, em piscinas; alvejante 
doméstico; fungicida e também com aplicação na medicina. 

Para obtenção de 2,84 toneladas de cloro, devem-se utilizar: 

a) 1,44 • 10 5 g de água c) 2,88 toneladas de água 

b) 4,68 toneladas de cloreto de sódio d) 2,34 • 1 0 6 g de cloreto de sódio 

109 (UFMG) Em um creme dental, encontra-se um teor de flúor de 1,9 mg desse elemento por grama de dentifrício. O flúor 
adicionado está contido no composto "monofluorfosfato de sódio", Na 2 P0 3 F (massa molar: 1 44 g/mol). A quantidade de 
Na 2 P0 3 F utilizada na preparação de 100 g de creme dental é: 

a) 0,144 g b) 0,190 g c)1,44g d) 1,90 g 

110 (Unicamp-SP) Duas amostras de carbono, C, de massas iguais, foram totalmente queimadas separadamente, empregando- 
se oxigênio, 0 2/ num dos casos, e ozônio, 0 3/ no outro. Houve sempre combustão completa, produzindo somente C0 2 . 

a) A massa de dióxido de carbono, C0 2 , que se forma, é a mesma nos dois casos? Justifique sua resposta. 

b) São iguais as quantidades, em mols, de 0 2 e de 0 3 consumidas nas duas reações? Justifique sua resposta. 

111 (Vunesp) Os automóveis modernos estão equipados com airbags (bolsas de ar) para proteger os ocupantes em caso de 
colisão. Muitos deles são inflados com nitrogênio, N 2 , gás liberado na reação muito rápida entre azida de sódio, NaN 3 , e 
o óxido de ferro III, iniciada por centelha elétrica. A equação para a reação é: 

6 NaN 3 (s) + Fe 2 0 3 (s) ► 3 Na 2 0 (s) + 2 Fe (s) + 9 N 2 (g) 

a) Quantos mols de azida de sódio serão necessários para produzir 73,8 litros de nitrogênio (volume do airbag cheio) a 
27 °C e 1 atm de pressão? 

í Dados: R = 0,082 atm ' L 

mol • K ) 

b) Nessa mesma temperatura, qual será a pressão interna do airbag após a reação se, durante uma colisão, o mesmo for 
comprimido a um terço do seu volume? 

112 (Unicamp-SP) Em um recipiente aberto à atmosfera com capacidade volumétrica igual a 2,24 litros, nas condições nor- 
mais de temperatura e pressão, colocou-se uma massa de 0,36 g de grafite. Fechou-se o recipiente e, com o auxílio de 
uma lente, focalizando a luz solar sobre a grafite, iniciou-se sua reação com o oxigênio presente produzindo apenas gás 
carbônico. Assuma que todo o oxigênio presente tenha sido consumido na reação. 

a) Escreva a equação química da reação. 

b) Qual é a quantidade de gás carbônico formado, em mol? 

c) Qual será a pressão dentro do recipiente quando o sistema for resfriado até a temperatura inicial? Justifique. 


113 (Vunesp) Uma molécula de hemoglobina, que é uma proteína do sangue, combina-se com quatro moléculas de oxigênio. 
A massa de 1,00 g de hemoglobina reage exatamente com 1,53 mL de oxigênio à temperatura do corpo (37 °C) e sob 

pressão de 760 mmHg (constante universal dos gases= 0,082 atrr | ^ j. 


a) Calcular o número de mols de oxigênio que se combina com a hemoglobina. 

b) Calcular a massa molecular da hemoglobina. 


Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 


365 



Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


365 


29/5/05, 21 :23 


RUIZ RUIZ DE VELASCO / CID 



114 


(Fatec-SP) Uma mistura de metano (CH 4 ) e cloro (Cí 2 ), ambos 
gasosos, em proporções estequiométricas, foi submetida à ação 
da luz, como ilustrado ao lado. 

A equação 

CH 4 (g) + Cí 2 (g) * CH3CI (g) + HCÍ(g) 

representa a reaçao que ocorreu. Considerando rendimento 
de 100%, afirma-se que a diferença observada entre os volu- 
mes gasosos nos estados inicial e final deve-se: Áj 

I. à quantidade de mols de gás produzido, que aumentou a 
pressão interna; 

II. à dissolução do HCÍ gasoso na água, que causou redução 
da pressão interna; 

III. à água que, ao ser "empurrada" para dentro do tubo, com- 
primiu a mistura gasosa. 

Dessas afirmações, apenas: 

a) a I está correta. c) a III está correta. 

b) a II está correta. d) a I e a II estão corretas. 


Mistura gasosa 



Estado 

inicial 





Estado 

final 


Água 


e) a II e a III estão corretas. 


115 (Unicamp-SP) Temos as reações de magnésio metálico e de 
alumínio metálico com ácido clorídrico. As quantidades em 
mols dos sólidos são iguais. O alumínio está do lado A e o 
magnésio do lado 8. Agitam-se as garrafas para virar os recipien- 
tes contendo ácido de modo a iniciar as reações. 

a) Escreva a equação que representa a reação entre o alumí- 
nio e o ácido. 

b) Após a reação ter-se completado, os níveis das colunas I e II 
do líquido no tubo em forma de U irão se alterar? Explique. 


At em 
tiras 


Conexões flexíveis 



Solução 
de ácido 


Mg em 
tiras 


Solução 
de ácido 


116 (Vunesp) No preparo de um material semicondutor, uma matriz de silício ultrapuro é impurificada com quantidades 
mínimas de gálio, através de um processo conhecido como dopagem. Numa preparação típica, foi utilizada uma massa de 
2,81 g de silício ultrapuro, contendo 6,0 • 10 22 átomos de Si. Nessa matriz, foi introduzido gálio suficiente para que o 
número de seus átomos fosse igual a 0,01 % do número de átomos de silício. Sabendo que a massa molar do gálio vale 
70 g/mol e a constante de Avogadro vale 6,0 • 1 0 23 , a massa de gálio empregada na preparação é igual a: 

a) 70 g b) 0,70 g c) 0,0281 g d) 7,0 • 1 0 4 g e) 6,0 • 1 0 23 g 

117 (Vunesp) O valor considerado normal para a quantidade de ozônio na atmosfera terrestre é de aproximadamente 
336 U.D. (Unidades Dobson), o que equivale a 3,36 L de ozônio por metro quadrado de superfície ao nível do mar e à 
temperatura de 0 °C. 

a) Calcule a quantidade de 0 3 , em número de mols por m 2 , nessas condições (336 U.D. ao nível do mar e a 0 °C). 

b) Sabendo que um átomo de cloro (Cí) pode reagir com 1 00.000 moléculas de ozônio (um dos processos responsáveis 
pela destruição da camada de ozônio), qual a massa de cloro, em gramas por metro quadrado, suficiente para reagir 
com dois terços do ozônio nessas condições? 

Dados: Massa molar do cloro (Cí): 35,5 g/mol. 

Número de Avogadro: 6,0 ■ 1 0 23 . 

118 (Unicamp-SP) Certos solos, por razões várias, costumam apresentar uma acidez relativamente elevada. A diminuição dessa 
acidez pode ser feita pela adição, ao solo, de carbonato de cálcio, CaC0 3 , ou de hidróxido de cálcio, Ca(OH) 2 , ocorrendo 
uma das reações a seguir representadas: 

CaC0 3 + 2 H + ► Ca 2+ + C0 2 + H 2 0 

Ca(OH) 2 + 2 H + > Ca 2+ + 2 H 2 0 

Um fazendeiro recebeu uma oferta de fornecimento de carbonato de cálcio ou de hidróxido de cálcio, ambos a um 
mesmo preço por quilograma. Qual dos dois seria mais vantajoso, em termos de menor custo, para se adicionar à mesma 
extensão de terra? justifique. 

119 (Unicamp-SP) júlio Verne, famoso escritor de ficção científica do século passado, num de seus romances, narrou uma 
viagem realizada com um balão cheio de gás aquecido. Para manter o gás aquecido era utilizada uma chama obtida pela 
combustão de hidrogênio, H 2 . O hidrogênio era produzido pela reação de um metal com ácido. 

Suponha que o escritor fosse você, e que estivesse escrevendo o romance agora. Você sabe que, devido ao pequeno espaço 
disponível no balão e ao poder de ascensão do mesmo, deve-se transportar o menor volume e a menor massa possíveis. 
Considerando os três metais, magnésio, Mg, alumínio, Aí, e zinco, Zn, e que a quanti- 
dade de hidrogênio para a viagem deve ser a mesma em qualquer dos casos, qual 
desses metais você escolheria para ser usado na viagem: 

a) pelo critério da massa de metal a ser transportada? justifique. 

b) pelo critério do volume de metal a ser transportado? justifique. 


Metal 

Densidade (g/cm 3 ) 

Mg 

1,7 

Aí 

2,7 

Zn 

7,1 


366 



Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


366 


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120 (Fuvest-SP) As florestas, que cobrem parte do nosso planeta, participam da remoção do dióxido de carbono do ar atmosfé- 
rico que respiramos. No entanto, em uma nave espacial, é preciso utilizar determinadas substâncias para retirar o dióxido de 
carbono do ar que os astronautas respiram. Isso pode ser feito por meio de qualquer das seguintes transformações: 

peróxido de sódio + dióxido de carbono ► carbonato de sódio + oxigênio 

hidróxido de magnésio + dióxido de carbono ► carbonato de magnésio + água 

hidróxido de lítio + dióxido de carbono ► carbonato de lítio + água 

a) Utilizando fórmulas químicas, escreva as equações balanceadas que representam essas transformações. 

b) Uma nave espacial deve carregar o mínimo de carga. Assim, qual dos reagentes das três transformações acima seria o 
mais adequado para uma viagem interplanetária? Explique. 

c) Um astronauta produz cerca de 400 L de C0 2 , medidos a 25 °C e 1 atm, a cada 24 horas. Calcule a massa do reagente, 
escolhido no item b, que será necessária para remover esse volume de C0 2 . 

Dados: 

Volume molar de gás a 25 °C e 1 atm: 25 L/mol. 

Massas molares (g/mol): H = 1,0; Li = 7,0; C = 1 2; O = 1 6; Na = 23; Mg = 24. 

121 (Fuvest-SP) Um sólido 5 é decomposto por aquecimento e o produto sólido obtido, ao reagir com água, forma hidróxido 
de cálcio. Este reage com carbonato de sódio, produzindo soda cáustica (NaOH) e regenerando o sólido S que é reciclado. 
Qual a fórmula de S e sua respectiva massa necessária para iniciar um ciclo de produção de soda cáustica a partir de 
1,06 tonelada de carbonato de sódio? 

Admita em todas as etapas um rendimento de 100% (massas molares, em g/mol: C = 12; O = 16; Na = 23; Ca = 40). 

a) CaO e 0,56 t c) Ca(OH) 2 e 1 ,06 t e) CaC0 3 e 2,00 t 

b) CaO e 1 ,1 2 t d) CaC0 3 e 1,00 t 

122 (PUC-SP) Os gases nitrogênio (N 2 ) e oxigênio (0 2 ) podem reagir em diversas proporções, formando diferentes óxidos de 
nitrogênio (N x 0 2 ). Em uma determinada condição foram colocados em um reator 32,0 g de 0 2 e 20,0 g de N 2 . Terminada 
a reação, supondo a formação de apenas um tipo de óxido, é coerente afirmar que foram obtidos: 

a) 52,0 g de N 2 0 3 . 

b) 40,0 g de NO, restando 1 2,0 g de 0 2 sem reagir. 

c) 48,0 g de NO, restando 4,0 g de N 2 sem reagir. 

d) 46,0 g de N0 2 , restando 6,0 g de N 2 sem reagir. 

e) 50,0 g de N 2 0 3 , restando 2,0 g de 0 2 sem reagir. 

123 (UFF-RJ) Para se determinar o percentual de Ca 2+ presente em amostra de leite materno, adiciona-se íon oxalato, C 2 0|“, na 
forma de Na 2 C 2 0 4 à amostra, o que provoca precipitação de CaC 2 0 4 . A adoção do procedimento descrito, em determina- 
da amostra de leite materno com 50,0 g de massa, originou 0,192 g de CaC 2 0 4 . Deduz-se, então, que o percentual de 
Ca 2+ nessa amostra equivale a: 

a) 0,12% b) 0,24% c) 0,50% d) 1,00% e) 2,00% 

124 (Unifenas-MG) Os ácidos são substâncias químicas que, em solução aquosa, liberam o cátion hidroxônio ou hidrônio 
(H 3 0 + ). Um dos ácidos de larga aplicação industrial é o H 3 P0 4 , usado como acidulante e conservante em refrigerantes, 
como fertilizante para o solo, sob a forma de fosfatos etc. 

Quando se ingerem alimentos ricos em cálcio, fundamentais para a calcificação dos ossos, há a possibilidade do arraste do 
cálcio para as fezes, esfraquecendo a estrutura óssea do indivíduo. 

Uma reação, não-balanceada, representativa da ação H 3 P0 4 , sobre um sal contendo cálcio, pode ser assim equacionada: 

H 3 P0 4 + Ca« 2 ► Ca 3 (P0 4 ) 2 + HCt 


Insolúvel 

Se um indivíduo ingerir 490 g de um refrigerante, com 0,1 % de H 3 P0 4 , em paralelo com alimentos que contenham teor 
de cálcio suficiente para a reação com total de H 3 P0 4 , presente na quantidade de refigerante ingerida, o organismo 
expelirá a seguinte quantidade de cálcio: 

a) 0,30 g b) 0,20 g c)0,15g d) 0,10 g e) 0,05 g 

125 (Cesgranrio-RJ) Uma indústria adquire hidróxido de sódio impuro como matéria-prima para o seu processo. Segundo as 
normas da empresa, devem ser recusadas as remessas com teor de NaOH inferior a 80%. Três amostras, designadas por I, 
II e III, contendo cada uma 5 g do produto, são analisadas com H 2 S0 4 , sendo as massas de ácido consumidas na neutralização, 
respectivamente: 


Amostra 

H 2 S0 4 (g) 

1 

4,98 

II 

4,63 

III 

4,52 


(Dados: Na = 23; O = 16; H = 1; S = 32.) 

Do resultado da análise acima depreende-se que a(s) amostra(s) aprovada(s) foi(foram): 


a) apenas a 1 b) apenas a II 

c) apenas a III 

d) apenas a 1 e a II 

e) apenas a II e a III 

Capítulo 14 • Cálculo Estequiométrico 



367 



Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


367 


29/5/05, 21 :23 


126 (Faap-SP) Uma amostra de 100 g de carvão coque, contendo impurezas consideradas como cinzas, reage com oxigênio 
de ar formando 623 L de uma mistura gasosa a 700 mmHg e 27 °C, que contém 30% em volume de C0 2 . Calcule a 
porcentagem de impurezas do carvão (Dado: C = 12). 

127 (Mackenzie-SP) Fe 2 0 3 + 3 CO 2 Fe + 3 C0 2 

Relativamente à equação acima, que representa de forma simplificada a obtenção do ferro a partir da hematita, fazem-se 
as afirmações abaixo. 

I. O ferro é obtido por redução da hematita. 

II. Ocorre uma reação de adição. 

III. Obtêm-se 210 kg de ferro, se for usada uma tonelada de hematita com 40% de pureza e considerando que o rendi- 
mento da reação foi de 75%. 

IV. No monóxido de carbono ocorre redução. 

Dados: Massas molares (g/mol): Fe = 56; O = 16; C = 12. 

Dentre as afirmações, somente são corretas: 

a) I e II b) II e IV c) II e III d) III e IV e) I e III 

128 (UFC-CE) Uma amostra pesando 5,0 g de uma liga especial usada na fuselagem de aviões, contendo alumínio, magnésio 
e cobre, foi tratada com álcali para dissolver o alumínio e reduziu seu peso para 2,0 g. Esse resíduo de 2,0 g, quando 
tratado com ácido clorídrico para dissolver o magnésio, reduziu-se a 0,5 g de cobre. Determine a composição centesimal 
dessa liga especial. 

129 (Fuvest-SP) Num balão de aço, cuja capacidade é 120 mL, encontra-se confinada uma mistura eqüimolar de monóxido de 
carbono, hidrogênio e oxigênio. A pressão da mistura é 1,2 atm e a temperatura é 20 °C. Num certo instante, provoca-se 
a combustão completa da mistura. Se a temperatura após a combustão for reajustada para 20 °C, qual será aproximada- 
mente a pressão total no interior do balão? 

130 (Fuvest-SP) Uma mistura de carbonato de amónio e carbonato de cálcio foi aquecida até a completa decomposição. 
Obteve-se 0,20 mol de um resíduo sólido, além de uma mistura gasosa que, resfriada a 25 °C, condensou-se parcialmente. 
A fase gasosa restante, a essa mesma temperatura e sob 1 atm de pressão, ocupou 1 2,2 L. 

a) Escreva a equação que representa a decomposição do carbonato de amónio e a que representa a decomposição do 
carbonato de cálcio, indicando o estado físico de cada substância a 25 °C. 

b) Calcule a quantidade, em mols, de carbonato de amónio e de carbonato de cálcio na mistura original. 

(Dados: volume molar dos gases a 25 °C e 1 atm = 24,4 L/mol; a pressão do vapor d'água, a 25 °C, é desprezível.) 

131 (UFMG) Suponha que 1 mol de nitrato de chumbo (II), Pb(N0 3 ) 2 , foi submetido a aquecimento e se decompôs totalmen- 
te. A reação produziu óxido de chumbo (II), PbO, e uma mistura gasosa, cujo volume, medido a 25 °C e 1 atmosfera, foi 
de 61,25 L. 

Considere que 1 mol de um gás qualquer, a 25 °C e 1 atmosfera, ocupa o volume de 24,5 L. 

Com base nessas informações, a alternativa que apresenta, corretamente, a equação da reação de decomposição do 
nitrato de chumbo (II) é: 


a) Pb(N0 3 ) 2 (s) 

— ► PbO (s) 

+ 

2 NO, (g) 

+ y0 2 (g) 

b) Pb(N0 3 ) 2 (s) 

— * PbO (s) 

+ 

N 2 0 4 (g) 

+ y0 2 (g) 

c) Pb(N0 3 ) 2 (s) 

— ► PbO (s) 

+ 

NO (g) + 

NO, (g) + 

d) Pb(NQ 3 ) 2 (s) 

— * PbO (s) 

+ 

n 2 (g) + 

f 0 2 (g) 


368 



Capitulo 14C-QF1-PNLEM 


368 


29/5/05, 21 :23 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


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RESPOSTAS 


Capítulo 


Primeira visão 
da Química 


1. Por exemplo, a areia, o barro e o granito. 

2. Não, pois a água pode se apresentar na forma sólida (gelo) 
ou na forma gasosa (por exemplo, vapor d'água que consti- 
tui a umidade do ar). 

3. Por exemplo, o ar, o gás carbônico (dos extintores de incên- 
dio) e o hidrogênio (nos balões de parques de diversão, que 
"sobem" no ar). 

4. Raspando e eliminando a ferrugem e, a seguir, pintando o 
portão. 

5. Os tubos de plástico são mais fáceis de fabricar, são mais ba- 
ratos e não enferrujam. 

6. Para melhorar a conservação do alimento e, muitas vezes, 
para melhorar a sua cor, odor, consistência etc. 

7. Para aquecer, iluminar a caverna, assar os alimentos, afugen- 
tar animais perigosos etc. 

8. Por exemplo, uma pilha comum que transforma energia quí- 
mica em energia luminosa, por meio de uma lanterna. 

9. Restos de comida, papel, latas de alumínio, sacos plásticos, 
vidros etc. 

10. Depende do seu uso. 

11. b 12. b 13. d 

14. São as regiões da Terra em que há vida vegetal e/ou animal. 

15. Do ar, do solo e da água. 16. É o Sol. 17. e 


Capítulo 


Conhecendo a matéria 
e suas transformações 


1. c 
5. b 


2. d 
6. a 


3. b 


4. a 


7. a) 1 fase; b) 2 fases; c) 1 fase; d) 2 fases; e) 3 fases 


8. c 

9. a 

10. 

b 

ii. 

d 

28. 

12. e 

13. (Resolvido) 






14. A 20 °C, o oxigênio é gasoso, c 

fenol é sólido e 

o pentano é 


líquido. 







15. b 

16. a 

17. 

c 

18. 

c 

29. 

19. (Resolvido) 

20. e 

21. 

(Resolvido) 



33. 

22. 8.500 g 






35. 

23. a) 0,020 kg 

; b) 1 5.000 mg 

c) 

2.500.000 g 


36. 

24. 1 0 g 

25. (Resolvido) 



26. 

4.500 L 

27. a) 1.820 mL; b) 0,250 L; 

c) 0,015 m 3 



40. 

28. b 

29. (Resolvido) 

30. 

d 



41. 

31. (Resolvido) 

32. b 

33. 

a 

34. 

d 

35. (Resolvido) 

36. c 

37. 

a 

38. 

e 

42. 

39. d 

40. b 

41. 

b 

42. 

c 


43. e 

44. d 

45. 

b 

46. 

c 

43. 

47. d 

48. a 

49. 

c 

50. 

a 

47. 

51. e 

52. d 

53. 

b 

54. 

c 

49. 

55. c 

56. a 

57. 

a 

58. 

a 

50. 

59. d 

60. d 

61. 

e 

62. 

b 

54. 

RESPOSTAS 

• VOLUME 1 







63. Destilam na sequência: nitrogênio (P.E. = -196 °C), argônio 
(P.E. = -186 °C) e, por último, o oxigênio (P.E. = -183 °C), 
respeitando a ordem crescente de suas temperaturas de 
ebulição. 

64. Água que contém compostos benéficos à saúde. 

65. Água de gosto ruim e imprópria para beber. 

66. O caminho da água evaporando da superfície terrestre, 
condensando-se nas nuvens, voltando à superfície em forma 
de chuva e, inclusive, percorrendo o subsolo terrestre. 

67. d 68. c 69. b 70. b 

71. a 72. b 73. c 74. a 

75. a 76. b 77. a 78. c 

79. b 80. b 81. e 


Capítulo 


Explicando a matéria e 
suas transformações 


1. c 


2. d 


3. c 


4. (Resolvido) 


4,9 


5. Não, pois o quociente -y— , da 2 a experiência, é igual a 3,5 

e não coincide com o quociente -y|- , da 1 a experiência, que 

é igual a 3. Isto corresponde a dizer que a 2 a experiência não 
pode ocorrer com os valores dados. 

6. b 

7. a) H; b) C; c) Ca; d) Cd; e) Cr; f) K; g) P; h) Pb; i) F; j) Fe 

8. a) sódio; b) enxofre; c) silício; d) estanho; e) ouro; f) cloro; 
g) bromo; h) alumínio; i) prata; j) mercúrio 


9. c 

10. b 

11. e 

12. b 

13. d 

14. d 

15. (Resolvido) 


16. e 

17. b 

18. e 

19. a 

20. d 

21. d 

22. e 

23. a 

24. c 

25. e 

26. b 

27. b 


28. Envolvem reações químicas as proposições 01, 02, 04 e 32. 
Somando estes números temos: 01 + 02 + 04 + 32 = 39. Esta 
é a resposta pedida. Observamos que essa maneira de enun- 
ciar uma questão é usada em vários vestibulares brasileiros. 
30. c 31. d 32. c 

34. (Resolvido) 

35. Liberam energia: a, d 

Consomem energia: b, c, e 

37. c 38. b 39. a 

igem de todos os materiais é o planeta Terra. E da energia 
é o Sol. 

Os recursos renováveis são os que podem ser repostos com 
uma certa rapidez. Não-renováveis são o contrário. 

O aumento populacional, o aumento do consumo de maté- 
ria e energia e o desperdício de matéria e energia. 


44. e 
48. c 
ternativ 
51. d 
55. b 


45. e 


52. d 
56. d 


46. b 


53. e 


369 


A 


01 -Respostas-QFI -PNLEM 


29/5/05, 21 :24 






Capítulo 


A evolução dos modelos 
atômicos 


1. 

b 

2. a 

3. 

e 


25. 

(Resolvido) 26. b 

27. d 

28. e 

4. 

23 kg; carga nula 

5. 

b 

6. d 

29. 

e 30. d 

31. b 

32. c 

7. 

1 t; 543 g 

8. b 

9. 

(Resolvido) 


33. 

c 34. b 

35. b 

36. e 

10. 

b 

11. e 

12. 

(Resolvido) 


37. 

(Resolvido) 38. (Resolvido) 39. e 

40. b 

13. 

b 

14. b 

15. 

c 

16. d 

41. 

e 42. (Resolvido) 43. a 

44. d 

17. 

a 

18. c 

19. 

c 

20. a 

45. 

(Resolvido) 46. b 

47. c 


21. 

d 

22. a 

23. 

d 

24. a 

48. 

Na < At < Zn < Ni < Pd 

49. c 

50. e 

25. 

b 

26. a 

27. 

c 

28. b 

51. 

e 52. d 

53. c 

54. b 

29. 

d 

30. b 

31. 

d 

32. e 

55. 

b 56. d 

57. a 

58. c 


33. (Resolvido) 

35. c 36. d 

39. (Resolvido) 40. s, p, d, f 
42. 32 elétrons 
45. 1 0 elétrons 
48. b 


34. De 3,95 a 3,66 metros 
37. b 38. c 

41. (Resolvido) 


43. c 
46. a 


44. (Resolvido) 
47. (Resolvido) 
1 


49. n = 4; l = 3; m = -3; s = - — 

2 

50. n = 5; l = 0; m = 0; s = — — 51 . e 

2 

52. 5 orbitais 53. 14 elétrons 54. c 

55. n = 4; l = 0 56. e 57. c 

58. e 59. c 60. (Resolvido) 

61. Is 2 2S 2 2 p 6 3s 2 3 p 3 62. d 63. (Resolvido) 

64. d 65. 35 66. (Resolvido) 67. c 

68. a; e 69. (Resolvido) 70. c 

71 . 1 s 2 2 s 2 2 p 6 3 s 2 3 p 6 72. b 

73. a) K = 2; í. = 8; M = 1 8; N « 8; O = 1 
b) 1 s 2 2S 2 2p 6 3S 2 3p 6 4S 2 3d 10 4p 6 5s’ 

1 


c) rr = 5; l = 0; m = 0; 5 = -y 


74. d 
77. d 
80. d 


75. b 
78. b 
81. e 


76. d 
79. e 
82. a 


83. Ao regresso dos elétrons de orbitais mais energéticos para 
orbitais menos energéticos. 

84. Na luz comum, as ondas se propagam de forma desordenada. 
Na luz laser, ocorre o contrário. 

85. Certos elementos, cujos elétrons vibram com frequência de 
diferentes cores. 

86. Um gerador de ondas eletromagnéticas que agita as molécu- 
las dos alimentos, aquecendo-os. 

87. Um aparelho que identifica elementos químicos, pelas raias 
emitidas pelo elemento. 

88. e 89. c 90. a 91 . d 

92. Estão corretos: a, c, d. 93. Somente (1) está errado. 

94. Somente (0) está correto. 95. Estão corretas: a, b, c, d. 

96. Estão corretas: a, b. 97. c 98. d 

99. e 100. d 


Capítulo 


A classificação periódica 
dos elementos 


1. e 

2. d 

3. c 

4. a 

47. 

São processos de aquecimento seguido de resfriamento, para 

5. c 

6. a 

7. e 

8. a 


alterar suas estruturas cristalinas. 


9. b 

10. c 

11. c 

12. a 

48. 

c 

49. b 

50. e 

51. d 

13. (Resolvido) 


14. b 

15. c 

52. 

c 

53. d 

54. b 

55. b 

16. a 

17. (Resolvido) 


18. a 

56. 

d 

57. e 




19. (Resolvido) 20. b 21. (Resolvido) 

22. a 23. (Resolvido) 

24. a) enxofre: [Ne] 3 s 2 3 p 4 ; b) ferro: [Ar] 4s 2 3 d 6 ; c) césio: [Xe] ós 1 


59. Estando no mesmo grupo (mesma coluna) que o sódio, o 
potássio também é muito reativo. 

60. Porque o cálcio é muito mais abundante na natureza do que 
o magnésio. 

61 . A reatividade do bromo é intermediária à do cloro e à do iodo. 


62. c 

63. e 

64. d 

65. e 

66. d 

67. e 

68. b 

69. c 

70. c 

71. d 

72. c 

73. d 

74. a 

75. d 

76. c 



Capítulo 


As ligações químicas 


i. 

5. 

7. 

11 . 

14 

15 
19 
21 

24 

26. 

30. 

34. 


35. 

38. 

40. 


41. 

44. 

45. 

46. 


(Resolvido) 2. c 3. a 4. (Resolvido) 

At 3+ (2 - 8); 0 2 ~ (2 - 8); Ai 2 0 3 6. e 

e 8. (Resolvido) 9. c 10. a 

(Resolvido) 12. d 13. d 

a) CT; b) Ca 2+ ; c) Zn 2+ ; d) K + 
d 16. c 17. a 18. a 

Na + : 96,5 pm; Sr 2 *: 1 1 7 pm 20. e 

c 22. a 23. (Resolvido) 

H xo p ox h 25. d 


H — P — H 

I 

H 

(Resolvido) 27. d 
b 31. a 


H 


0 

t 

H — O — Ct - 

1 

O 


-O H 


28. (Resolvido) 29. a 
32. a 33. c 


XX 

x n x 

X U X 
o 

XX o 
3X0 XoCl C 
XX o 
o 

X o x 

X U X 
XX 

37. d 


XX 

■o; 

XX 


a 36. b 

c 39. d 

O mercúrio, porque, apesar de ser líquido em condições am- 
biente, apresenta brilho metálico, é bom condutor de calor e 
eletricidade, tem densidade elevada e forma cátions em com- 
postos iônicos. 

c 42. b 43. e 

Uma união de elementos com predominância dos metais. 
Em geral, pela fusão conjunta de seus elementos constituintes. 
Seus elementos formadores; a estrutura cristalina; os trata- 
mentos térmicos. 


370 


01 -Respostas-QFI -PNLEM 


4 - 


29/5/05, 21 :24 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




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Capítulo 


A geometria molecular 


Capítulo 



Ácidos, bases e sais 
inorgânicos^ 


1. c 


2. (Resolvido) 


3. São corretas: b, 

d. 

4. c 

5. (R 

6. b 7. 

a 

8. e 

9. e 

10. d 11. 

d 

12. e 

13. a 

14. d 15. 

a 

16. c 


17. (Resolvido) 


18. a 

19. e 

20. a 21. 

(Resolvido) 


22. b 

23. (Resolvido) 


24. b 


25. (Resolvido) 


26. d 

27. b 

28. a) A (cloro): 7 elétrons de valência; grupo 1 7. 


B(arsênio): 5 elétrons de valência; grupo 15. 

C (estanho): 4 elétrons de valência; grupo 14. 

b) O cloro é o mais eletronegativo, formando com o arsênio 
o composto AsCX 3 . 

29. a) As maiores eletronegatividades aparecem nos halogênios 

(grupo 1 7 ou coluna 7A) e as menores, nos metais alcali- 
nos (grupo 1 ou coluna IA), 

b) Será uma ligação iônica. 

30. a) O semimetal é o boro, que está no 2- período, grupo 1 3, 

subgrupo A. 

b) São covalentes porque A < 1,7. 


31. a 

32. d 

33. a) As ligações são covalentes. 

b) Porque na molécula de SiH 4 (tetraedro regular), os vetores 
momento dipolar se anulam. 


34. 

d 

35. (Resolvido) 


36. 

d 

37. 

e 

38. e 

39. b 

40. 

a 

41. 

(Resolvido) 


42. a 

43. 

c 

44. 

(Resolvido) 


45. d 

46. 

e 

47. 

b 

48. a 

49. a 

50. 

b 

51. 

d 

52. a 

53. b 

54. 

b 

55. 

c 

56. d 

57. (Resolvido) 



58. 

e 

59. d 

60. (Resolvido) 



61. 

d 

62. (Resolvido) 


63. 

b 

64. 

e 

65. (Resolvido) 


66. 

c 

67. 

a 

68. (Resolvido) 


69. 

c 

70. 

e 

71. c 

72. d 

73. 

b 

74. 

c 

75. c 

76. d 

77. 

d 

78. 

e 

79. d 

80. c 

81. 

e 


82. Os metais têm uma nuvem de elétrons livres que os torna 
bons condutores de eletricidade. Os não-metais estão em 
situação oposta. Os semicondutores que são, em geral, 
semimetais, têm poucos elétrons livres, daí suas baixas 
condutividades elétricas. 


83. É a adição de pequenas quantidades de impurezas ao semi- 
condutor, para aumentar sua condutividade elétrica. 

84. Em diodos, transistores, células solares etc. 

85. e 86. e 87. c 

88. c 89. c 90. c 

91. e 92. a 93. b 

94. d 

95. Estão corretas as alternativas 01 , 04, 08 e 1 6. 

96. e 97. b 98. b 

99. 3 100. d 


1. (Resolvido) 

2. a) Porque no estado líquido (fundido) os íons Na + e CfT estão 

livres. 

b) Porque é um composto molecular. 

c) No NaCÍ a dissolução libera os íons Na + e Cf. . No HCi a 
água provoca a ionização em H + e C(T. 

3. a) E o cloreto de sódio (NaCÍ), pois fundido dispõe de íons 

Na + e C(T livres. 

b) E o iodo (l 2 ), pois suas moléculas são apoiares. 

4. b 5. (Resolvido) 6. d 

7. a) HMnO„; b) H 3 P0 3 ; c) H 2 C 2 0 4 ; d) H 2 S0 3 ; e) H 3 As0 4 ; 

f) h 4 sío 4 

8. a) ácido bromídrico; 

b) ácido arsênico e ácido arsenioso; 

c) ácido hipoiodoso, ácido iodoso, ácido iódico e ácido 
periódico; 

d) ácido (orto) antimônico, ácido piroantimônico 

9. e 10. a 11. c 

12. a) HBr ► H + + Br 

b) HN0 2 H + + NO, 

c) H 2 S0 3 ► 2 H + + SOr 

d) H 4 P 2 0 7 ► 4 H + + P 2 Or 

13. a) HBr + H 2 0 » H s O + + Br 

b) HNO, + H 2 0 ► H 3 0 + + NO, 

c) H 2 S0 3 + 2 H 2 0 ► 2 H 3 0 + + SÓ, - 

d) H 4 P 2 0 7 + 4 H 2 0 ► 4 H 3 0 + + P 2 Or 

14. a 15. b 


16. Graus de ionização: H 2 S: 10%; H 2 S0 4 : 66%; HN0 3 : 80% 
Força de ionização: H 2 S < H 2 S0 4 < HN0 3 

O 

t H-O^ 


17. H 

1 

0 

1 

n 

r^> 

1 

o 

18. 


1 



o 


19. b 

20. a 

21. b 

23. a 

24. d 

25. a 


27. a) LiOH; b) Cr(OH) 3 ; c) Fe(OH) 2 ; d) Au(OH) 3 ; e) CuOH 

28. a) hidróxido de magnésio; 

b) hidróxido de césio; 

c) hidróxido mercúrico ou hidróxido de mercúrio II; 

d) hidróxido estanoso ou hidróxido de estanho II; 

e) hidróxido platínico ou hidróxido de platina IV. 

29. a 30. e 31. d 

32. a) Ba(OH) 2 ► Ba 2+ + 2 OH~ 

b) KOH ► K + + OH~ 

33. NH 4 OH > Ca(OH) 2 > AgOH 

34. Porque é praticamente insolúvel em água. 


35. c 

36. e 

37. e 


38. Apenas (08) está correta. 

39. e 

40. c 

41. b 

42. c 

43. c 

44. e 

45. d 

46. a 

47. b 

48. b 

49. b 

50. c 

51. d 

52. (Resolvido) 

53. a 

54. e 

55. e 

56. d 


57. d 

58. a) Mg(OH) 2 + H 2 S0 4 * MgS0 4 + 2 H 2 0 

b) KOH + HNO, ► KN0 3 + H 2 0 

c) Ba(OH) 2 + H 2 S0 4 » BaS0 4 + 2 H 2 0 

d) Fe(OH) 2 + H 2 S0 4 » FeS0 4 + 2 H 2 0 


RESPOSTAS • volume 1 


371 



01 -Respostas-QFI -PNLEM 


371 


29/5/05, 21 :25 



43. c 


59. e 
63. e 
67. a 

69. a) NH 

NH.OH 


60. b 
64. d 
68. c 
H,0 — 


61. e 
65. e 


— ► nh 4 oh 

NH: + OhT 


b) Devido à reação: NH 4 OH 


62. b 
66. c 


H,0 + NH, 


70. Normalmente de lagos e rios. A chamada "água mineral" pro- 
vém de fontes específicas. 

71. É a água apropriada para se beber. Deve ser límpida, aerada, 
não conter microorganismos nocivos e conter vestígios de 
sais naturais em solução. 

72. Numa série de processos e reações químicas visando purificar 
a água até torná-la potável. 


73. b 

74. b 

75. e 

76. d 

1. c 

2. d 

3. b 

4. e 

77. d 

78. c 

79. d 

80. c 

5. e 

6. b 

7. e 

8. e 

81. c 

82. e 

83. e 

84. a 

9. a 

10. a 

11. a 

12. c 

85. c 




13. c 

14. e 

15. a 

16. e 

86. a) Mg 2+ 

< Ca 2+ < K + 



17. b 

18. a 

19. c 

20. c 


H 1 + 



21. d 

22. e 

23. e 



b) 


I 

H — N — H 
t 

H 


c) K 2 HPO„ e CaHPCX, (ou MgHP0 4 ) 

d) K: metal alcalino; Mg: metal alcalino-terroso. 

87. a) Abriu a torneira. 

b) Como o HCl (g) é muito solúvel na água, ela será "aspira- 
da" para o balão formando um esguicho. Além disso, o 
indicador tornassol mudará da cor azul para vermelha, 
devido à ação do HCl. 

88. e 


Capítulo 


Óxidos inorgânicos^ 


3. c 
7. e 

Mn0 2 — ► Mn0 3 
SnCl, + H,0 


Mn 2 0 7 


1. a 2. d 3. c 4. e 

5. e 6. b 

8. MnO — ► Mn 2 0 3 

9. SnO + 2 HCl 

2 NaOH + SnO ► Na 2 Sn0 2 + H 2 0 

10. e 11. a 12. d 13. b 

14. d 15. d 16. e 17. c 

18. e 19. (Resolvido) 

20. a) Ga(OH) 3 ; b) Ra(OH) 2 ; c) FrOH; d) Be(OH) 2 ; e) RbOH 

21. c 22. d 23. (Resolvido) 

24. a 25. a 26. c 

27. d 28. c 29. b 

30. a) V 2 O s ; b) Ce0 2 ; c) Mn 2 0 7 ; d) Zr0 2 ; e) Cr0 3 

31. a 32. a 33. e 

34. b 35. c 36. d 

37. Devido ao C0 2 existente na atmosfera, que reage com a água 
produzindo ácido carbônico: 

co 2 + h 2 o ► h 2 co 3 

38. O S0 2 tem origem natural (vulcões, por exemplo) ou resulta 
das atividades humanas (combustão do carvão e dos deri- 
vados do petróleo). Os óxidos de nitrogênio também podem 
ter origem natural (por exemplo, provocados pelos raios: 

N 2 + 0 2 ► 2 NO) ou resultar das atividades humanas 

(combustão dos derivados do petróleo). 


39. Os ácidos sulfúrico e nítrico. 


40. c 
44. a 

47. a) Na 2 0 2 
b) 2 H 2 0 2 

48. b 


41. e 
45. c 

2 H 2 0 

49. b 


42. e 
46. d 

* 2 NaOH 

2 H,0 + O? 


h 7 o 2 


50. a) Cálcio; b) Por exemplo, o bário (Ba); c) 2 

51. b 52. b 53. a 


Capítulo 


As reações químicas 


24. O CaC0 3 (calcário), porque reage com a acidez do solo (H + ), 
segundo a equação: 


2 H + 


25. NH 4 HCO, 


CaCO, 


Ca 2 


H,0 + co; 


NH 3 (g) + CO/ (g) + H 2 0' (g) 


A expansão dos gases formados faz crescer a massa do bolo. 


26. b 

27. e 

28. a 

29. d 

30. b 

31. e 

32. a 

33. d 

34. d 

35. c 

36. d 

37. a 


38. O NH| em solução aquosa produz, junto com NaOH: 


NHJ 


NaOH 


Na 


H,0 


NH, 


39. 

42. 

44. 


45. 

49. 

50. 


O gás amónia (NH 3 ) em contato com o papel tornassol ver- 
melho umedecido, reage com a água: 

nh; + h 2 o » NH 4 OH 

O NH 4 OH, que é básico, muda a cor do tornassol vermelho 
para azul. 

e 40. d 41. c 

c 43. a 

a) C0 2 + 2 NaOH * Na 2 C0 3 + H 2 0 

b) Não reagem, pois são ambos de caráter ácido. 

c) Al 2 0 3 + 3 H 2 S0 4 ► Al 2 (S0 4 ) 3 + 3 H 2 0 

d) Não reagem, pois o CO é um óxido neutro (indiferente). 

e) MgO + 2 HCl ► MgCl 2 + H 2 0 

f) Fe 3 0 4 + 8 HCl ► FeCl 2 + 2 FeCl 3 + 4 H 2 0 

(o Fe 3 0 4 é um óxido duplo equivalente a FeO + Fe 2 0 3 ) 

g) Não reagem, pois o Na 2 0 2 é um peróxido. 

h) K 2 0 + H 2 S0 4 ► K 2 S0 4 + H 2 0 

. d 46. e 47. c 48. d 


51. 

55. 

59. 

61. 

62. 


Estão corretos os itens 0 e 3. 

a) No primeiro erlenmeyer: S + 0 2 - 
Adicionando-se água: S0 2 + H 2 0 
tância A) 

No segundo erlenmeyer: 2 Mg 
Adicionando-se água: MgO - 
(substância B) 

b) H 2 S0 3 + Mg(OH) 2 

a 52. b 53. b 

d 56. a 57. b 

a 60. c 

Estão corretos os itens 0, 2 e 3. 
a 


f o 2 - 

h 2 o 

MgS0 3 4 


so 2 

► H 2 S0 3 (subs- 


2 MgO 
- Mg(OH) 2 


2 H 2 0 
54. e 
58. d 


372 


A 


01 -Respostas-QFI -PNLEM 


372 


29/5/05, 21 :25 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


63. Areia (Si0 2 ), soda ou barrilha (Na 2 C0 3 ) e calcário (CaC0 3 ). 

64. Adicionando aos componentes normais pequenas quantida- 
des de óxidos metálicos (Fe 2 0 3 , CaO etc) e aquecendo o con- 
junto em fornos apropriados. 

65. Calcário (CaC0 3 ), argila (em que predominam silicatos de 
alumínio) e areia (Si0 2 ). 

66. Devido à cristalização dos silicatos de cálcio e alumínio. 

67. a 


68. a) PbO, 2 + Na 2 S 

► PbS; + 

2 NaCX 

b) C + 0 2 1 

► co/ 


c) H 2 S0 4 + Na 2 S - 

► Na 2 S0 4 

+ H 2 S 2> 

d) Zn + H 2 S0 4 

► ZnS0 4 + 

H/ 

69. b 70. e 

71. b 

72. b 

73. e 74. d 

75. c 

76. c 

77. d 78. a 

79. c 

80. d 

81. Os quatro itens estão corretos. 

82. d 

83. b 




Capítulo 



Massa atômica e massa 
molecular 


i. 

4. 

7. 

9. 

10 . 

14. 

18. 

21 . 

24. 

26. 

29. 

32. 

35. 

39. 

42. 

44. 

47. 

51. 

53. 

54. 

55. 

56. 

57. 

58. 

59. 

60. 

61. 

62. 


(Resolvido) 

2. 

6,92 u 

3. 

(Resolvido) 



d 

5. 

55% de 79 M e 45% de 81 M 

6. 

e 

(Resolvido) 



8. 

24,6 u 



a) 30 u; b) 

i 64 

u; c) 100 

u; d) 1 20 u; e) 

82 

u; f) 149 u, 

g) 860 u; h) 286 u 





d 

11. 

b 

12 . 

a 

13. 

(Resolvido) 

a 

15. 

e 

16. 

d 

17. 

(Resolvido) 

b 

19. 

(Resolvido) 



20. 

b 

(Resolvido) 



22. 

e 

23. 

(Resolvido) 

5 • 1 0 23 g 



25. 

(Resolvido) 



e 

27. 

b 

28. 

(Resolvido) 



b 

30. 

b 

31. 

(Resolvido) 



a 

33. 

c 

34. 

(Resolvido) 



b 

36. 

a 

37. 

c 

38. 

b 

a 

40. 

d 

41. 

e 



e 

43. 

92,63% de 

Ag 

e 7,37% de 

Cu 


3,43 • 10~ 22 

g 


45. 

30 u 

46. 

b 

c 

48. 

d 

49. 

d 

50. 

b 

d 

52. 

0,038 mol 






No corpo humano (como o comprimento de um pé) ou no 
esforço humano ou dos animais etc. 

É um conjunto de unidades fáceis de se estabelecer e relacio- 
nadas entre si, de um modo racional. 

As básicas são sete: o metro (m); o quilograma (kg); o segundo 
(s); o Ampere (A); o Kelvin (K); o mol (mol) e a candeia (cd). 

c 

e 

d 

Apenas a alternativa (02) está correta. 

A remessa deve ser confiscada, pois contém 1,68 ■ 10~ 3 g de 
Hg 2 ~ por quilo de atum. 

a) 60% de 12, Sb e 40% de 123 Sb; 

b) 1,20 ■ 1 0 23 átomos de alumínio 

a) O mais abundante é o isótopo-24 cuja massa mais se apro- 
xima de 24,3 g/mol. 

b) 94 g/mol; 96 g/mol; 98 g/mol 


Capítulo 



Estudo dos gases 


1. (Resolvido) 

2. 2.500 mL (ou cm 

3. (Resolvido) 

4. 2,6 atm 5. a 


6. c 

7. (Resolvido) 


8. -73 °C 

9. (Resolvido) 

10. e 

11. d 

12. b 13. b 

14. a 

15. (Resolvido) 

16. a 

17. a 

18. e 

19. (Resolvido) 

20. a 

21. e 

22. d 23. d 

24. c 

25. 2,1 3 atm 



26. a) 27 °C; 



b) Transformação isotérmica 


27. c 

28. 600 K e 2 atm 

29. b 

30. c 

31. (Resolvido) 



32. Sim, pois obedecem à proporção 1 : 2 : 1 : 2. 

33. c 34. (Resolvido) 

35. a) 2 : 2 : 5; 
b) 30 L 

36. b 

37. 50 moléculas de oxigênio e 100 moléculas de água. 

38. c 39. b 

40. Admitamos que no volume considerado existam x molécu- 
las. Teremos então: 

a) o maior número de átomos de oxigênio está no C0 2 
(serão 2x átomos de oxigênio); 

b) de carbono no C 2 H 4 (são 2x); 

c) de hidrogênio no C 2 H 4 (são 4x) 


41. 

c 

42. c 

43. c 


44. 

(Resolvido) 


45. b 


46. 

a 

47. d 

48. (Resolvido) 


49. 

c 

50. b 

51. a 

52. d 

53. 

(Resolvido) 


54. e 


55. 

(Resolvido) 


56. 112 mL 


57. 

(Resolvido) 


58. d 


59. 

(Resolvido) 


60. c 


61. 

a 

62. 30 u 

63. d 

64. a 

65. 

d 

66. (Resolvido) 


67. 3 g 

68. 

c 

69. e 

70. e 


71. 

a) 114,5 g; 





b) 5,59 atm 



72. 

e 




73. 

Estão corretas as alternativas: (0), (1) e (2). 


74. 

b 

75. e 

76. c 

77. 3,2 g 

78. 

a 

79. e 

80. b 

81. a 

82. 

a 

83. (Resolvido) 


84. a 

85. 

b 

86. 91 1 mmHg 

87. (Resolvido) 

88. 

1 2,3 atm 




89. 

a) 1 2,3 atm; 




b) 8,48 atm 



90. 

b 

91. (Resolvido) 


92. e 

93. 

a 




94. 

Massas: 3,2 

g de CH 4 e 24 i 

3 de C 2 H 6 



Pressões parciais: 0,328 atm e 1,312 atm 


95. 

(Resolvido) 


96. b 

97. c 

98. 

e 

99. (Resolvido) 

100. d 


RESPOSTAS • volume 1 


373 



01 -Respostas-QFI -PNLEM 


373 


13/7/05, 11:47 




40. d 
43. c 


41. c 
44. b 


42. d 


101. b 

102. a) x H2 = 0,8; x 02 = 0,2 



b) p H2 = 0,6 atm; p 0; 

, = 0,1 5 atm; 




c) P = 0,75 atm 




103. 

a 104. e 

105. b 

106. 

F, F, V, F, V 

107. 

1 1 minutos 

108. b 

109. 

a 

110. 

(Resolvido) 

111. b 

112. 

a 

113. 

a) 1,25 g/L; 





b) 14 u 





114. b 115. a 1 16. (Resolvido) 

117. a 118. b 119. (Resolvido) 

120. Hidrogênio, hélio e metano 121. d 

122. a) 131 g/mol; b) Xenônio 

1 23. a) 2, 1 7 ■ 1 0 4 litros; b) 1,84-1 0 2 g/L 

124. c 125. e 126. b 127. (Resolvido) 

128. e 129. c 130. (Resolvido) 

131. (Resolvido) 132. c 133. a 

1 34. (Resolvido) 

135. O gás mais denso difunde-se com a metade da velocidade 
do gás menos denso. 

136. Fundamentalmente, as radiações ultravioleta. 

137. São os óxidos de nitrogênio e os clorofluorcarbonados. 

138. Entre 12 km e 32 km de altitude, a camada de ozônio nos 
protege das radiações solares, sendo, pois, um aliado. Junto 
à superfície da Terra, o ozônio é um inimigo, pois é prejudi- 
cial às pessoas, animais e plantas. 

139. a 140. b 141. a 142. 10,8 kg 

143. a) 1 atm; b) 546 K 

144. 12 g 

145. 5 litros de 0 2 por minuto (a 30 m de profundidade com 4 
atm de pressão). 

146. c 147. b 148. e 149. 95 cm 3 

150. a) 98% de N 2 e 2% de vapor de água; b) 1 0,14 L 

151. d 152. 44 u 153. a 154. e 


Capítulo 



Cálculo de fórmulas 


i. 

3. 

4. 

8. 

11 . 

14. 

17 . 

21 . 

25. 

29. 

32. 

33. 

36. 

37. 

38. 

39. 


20% de Mg; 26,6% de S; 53,3% de O 2. d 
25,5% de Cu; 1 2,8% de S; 25,6% de O; 36,1 % de H 2 0 
d 5. d 6. a 7. c 

c 9. b 10. e 

57,48% de C 12. a 13. c 

d 15. MgFe 2 0 4 16. CaCl 2 • 4 H 2 0 

C 5 H 7 N 18. NaO 19. e 20. c 

CH 5 N 22. c 23. d 24. d 


d 26. d 27. NH; N0 3 ~ 28. (Resolvido) 


AÍ 2 (S0 4 ) 3 • 1 8 H 2 0 


30. e 31. P 4 O 10 


3 ) C 6 H 12 0 2 ; 

b) c 3 h 6 o 

b 34. b 35. b 


É o aumento do aquecimento da Terra causado pela poluição 
atmosférica. 

C0 2 , CO e óxidos do nitrogênio (NO, N0 2 etc). 

Derretimento da calota polar, modificações no clima terrestre 
e aumento da acidez dos oceanos. 

É o abafamento da poluição do ar, próximo ao solo, causado 
por um aquecimento irregular da atmosfera. 


374 


45. a) 1 0,8% de vanádio; b) 61 2 g de vanádio 

46. c 47. e 48. d 49. d 

50. a) Uréia; 

b) (NH 4 ) 2 C0 3 + CaS0 4 — 


(NH 4 ) 2 S0 4 + CaC0 3 


Capítulo 



Cálcul o este qui omét rico 


i. 

(Resolvido) 

2. a 

3. c 

4. b 

5. 

d 


6. c 

7. b 

8. 52 g de CO 

9. 

b 


10. b 

11. c 

12. M = 40 

13. 

(Resolvido) 


14. d 

15. d 

16. 

c 


17. b 

18. a 

19. c 

20. 

a 


21. 0,17 L 

22. b 

23. e 

24. 

a) 

28,17 kc 

1 água; 




b) 

2,33 • 1C 

I 4 L de C0 2 ; 




c) 

3,88 • 1C 

I 4 L de 0 2 



25. 

6 L 

.de NH 3 

26. c 

27. 20 L de 0 2 

e 40 L de C0 2 

28. 

c 


29. e 

30. b 

31. d 

32. 

a) 

Zn + 2 HCt 

► Zn« 2 + H 2 



b) 

1 mol 




33. 

e 





34. 

b 


35. b 

36. e 


37. 

a) 

2 KCN 4 

h 2 so 4 — 

► K 2 S0 4 + 2 HCN 


b) 

3 • 1 0 23 moléculas de HCN 


38. 

d 


39. e 

40. c 


41. 

a) 

h 3 po 4 + 

3 NaOH - 

► Na 3 P0 4 + 3 

h 2 o 


b) 

68,3 g de Na 3 P0 4 



42. 

d 


43. 54 mL 



44. 

a) 

Zn + 

2 HN0 3 

» Zn(N0 3 ) 2 

+ h 2 





(nitrato de zinco 

e hidrogênio) 


b) 

9,47 g de Zn(N0 3 ) 2 

e 0,1 g de H 2 


45. 

a 


46. e 

47. b 

48. (Resolvido) 

49. 

e 


50. d 

51. a 

52. c 

53. 

a 


54. 516 g 

55. e 

56. 42,8 g 

57. 

a) 

1 30 g; 





b) 

K 2 0 + H 

i 2 o . 

• 2 KOH (idem para 

o Na 2 0) 

58. 

a) 

8,5 g de 

NH 3 ; b) 4,5 

i g de H 2 em excesso 

59. 

a 


60. d 



61. 

a) 

61 g de 

Ba(OH) 2 em 

excesso; b) 189,1 

g de BaS0 4 

62. 

c 


63. (Resolvido) 

64. b 

65. 

a 


66. a 



67. 

a) 

O tanque que esvaziará primeiro é o de 

o 2 . 


b) 

1 01 kg de água 



Os 

00 

d 


69. b 

70. a 

71. b 

72. 

d 


73. e 

74. e 

75. c 

76. 

a 


77. d 

78. c 

79. a 

80. 

a 


81. 204.500 toneladas de C0 2 



82. CaSi0 3 : silicato de cálcio 

2 Ca 3 (P0 4 ) 2 + 6 Si0 2 + 1 0 C >- 6 CaSiO, + 1 0 CO + P 4 

3.875 g de fosfato de cálcio impuro 

83. 99% 

84. a) 2 KCÍO ► 2 K« (s) + 3 0 2 (g) 

b) 0,5 ou 50% 

85. a 86. 18,5 kg 87. d 

88. a 89. a 



01 -Respostas-QFI -PNLEM 


374 


29/5/05, 21 :25 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 




Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


93. 29,1 L 


90. a) NH 3 + CH 4 ► HCN + 3 H 2 

b) 2,1 25 kg de NH 3 e 2 kg de CH 4 

91. c 92. 83,5 L de ar 

94. a) 2 Mg + 0 2 ► 2 MgO 

b) 4,8% 

95. c 96. c 97. 90,4 g 98. 151,6 L 

99. 279 mg de NaCl e 21 mg de KCl 

100. 42,68% de Cu e 57,32% de Ag 

101. c 102. Siderurgia. 

103. Ferro com 0,2% a 1% de carbono, além de impurezas. 

1 04. Minério de ferro (em geral, Fe 2 0 3 ), fundente (em geral, calcário, 
CaC0 3 ) e carvão coque. 

105. Ferro-gusa e escória. 

1 06. Consiste num aquecimento seguido de um resfriamento mais 
ou menos rápido. Visa melhorar as propriedades do aço. 

107. d 108. b 109. c 

110. a) Sim, pois partimos de massas iguais de carbono. 

b) Não, pois as equações indicam a proporção 3 0 2 : 2 0 3 
em mol. 

1 1 1. a) 2 mol de NaN 3 ; 
b) 3 atm 

112. a) C + 0 2 ► C0 2 

b) 0,02 mol de C0 2 

c) 1 atm 

113. a) 6,0-10 5 mol de 0 2 
b) 6,66 -1 0 4 u 


114. b 

1 15. a) 2 Al + 6 HCl ► 2 AlCl 3 + 3 H 2 

b) Sim, pois em quantidades equimoiares, o alumínio pro- 
duz um volume de H 2 maior, já que a reação do Mg é: 

2 Mg + 4 HCl *- 2 MgCl 2 + 2 H 2 

116. d 

1 1 7. a) 0,1 5 mol de 0 3 / m 2 
b) 3,55 • 10 5 g de Cl 

118. E mais vantajoso comprar Ca(OH) 2 , pois a quantidade de 
mols em 1 kg de Ca(OH) 2 é maior do que em 1 kg de CaC0 3 
e ambos reagem com H + na mesma proporção molar. 

1 19. a) O alumínio, de menor massa. 

b) Também o alumínio, de menor volume. 

120. a) 2 Na 2 0 2 + 2 C0 2 » 2 Na 2 C0 3 + 0 2 

Mg(OH) 2 + C0 2 ► MgCO s + H 2 0 

2 LiOH + C0 2 ► Li 2 C0 3 + H 2 0 

b) O LiOH, devido a menor massa. 

c) 2,08 g 


121. 

d 

122. d 

123. a 124. a 

125. 

a 

126. 16% de 

impurezas 

127. 

e 

128. 60% de 

Al; 30% de Mg; 1 0% de Cu 

129. 

0,4 atm 



130. 

a) (NH 4 ) 2 

CO , (s) 

— 2 NH 3 (g) + C0 2 (g) + H 


CaCO 

,(s) *■ 

CaO (s) + C0 2 (g) 


b) 0,1 mol de (NH 4 ) 2 C0 3 e 0,2 mol de CaC0 3 

131. 

a 




RESPOSTAS • volume 1 


375 



01 -Respostas-QFI -PNLEM 


375 


29/5/05, 21 :26 


1 vèr- 

□ nz 





LISTA DE SIGLAS 


Acafe-SC 

Associação Catarinense das Fundações Educacionais 

AEUDF 

Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal 

Aman-RJ 

Academia Militar das Agulhas Negras 

Ceeteps-SP 

Centro Estadual de Educação Tecnológica "Paula Souza" 

Cefet-PR 

Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná 

Cesgranrio-RJ 

Fundação Cesgranrio 

EEM-SP 

Escola de Engenharia Mauá 

Efoa-MG 

Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas 

Enem-MEC 

Exame Nacional de Ensino Médio 

Esal-MG 

Escola Superior de Agronomia de Lavras 

Esan-SP 

Escola Superior de Administração de Negócios 

Esef-Jundiaí-SP 

Escola Superior de Educação Física de Jundiaí 

Estácio-RJ 

Universidade Estácio de Sá 

F. Ibero-Americana-SP 

Faculdade Ibero-Americana de Letras e Ciências Humanas 

F. M. Pouso Alegre-MG 

Faculdade de Medicina de Pouso Alegre 

Faap-SP 

Fundação Armando Alvares Penteado 

Faesa-ES 

Faculdades Integradas Espírito-Santenses 

Fafeod-MG 

Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina 

Fasp-SP 

Faculdades Associadas de São Paulo 

Fatec-SP 

Faculdade de Tecnologia de São Paulo 

FCC-BA 

Fundação Carlos Chagas da Bahia 

FCMSCSP-SP 

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo 

FEI-SP 

Faculdade de Engenharia Industrial 

FEP-PA 

Fundação Educacional do Estado do Pará 

FEQ-CE 

Fundação Educacional Edson Queiroz 

Fesp-PE 

Fundação do Ensino Superior de Pernambuco 

Fesp-SP 

Faculdade de Engenharia de São Paulo 

FGV-SP 

Fundação Cetúlio Vargas 

FMIt-MG 

Faculdade de Medicina de Itajubá 

FMTM-MG 

Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro 

FMU/Fiam-Faam/Fisp-SP 

Faculdades Metropolitanas Unidas 

FUERN 

Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte 

Fuvest-SP 

Fundação Universitária para o Vestibular 

IME-RJ 

Instituto Militar de Engenharia 

ITA-SP 

Instituto Tecnológico de Aeronáutica 

ITE-Bauru-SP 

Instituto Toledo de Ensino 

Mackenzie-SP 

Universidade Presbiteriana Mackenzie 

Osec-SP 

Organização Santamarense de Ensino e Cultura 

PUC-Campinas-SP 

Pontifícia Universidade Católica de Campinas 

PUC-MG 

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 

PUC-PR 

Pontifícia Universidade Católica do Paraná 

PUC-RJ 

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 

PUC-RS 

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul 

PUC-SP 

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 

U. São Judas-SP 

Universidade São Judas Tadeu 

UCB-DF 

Universidade Católica de Brasília 

UCB-MS 

Universidade Católica Dom Bosco 

UCG-GO 

Universidade Católica de Goiás 

UCSal-BA 

Universidade Católica de Salvador 

UCS-RS 

Universidade de Caxias do Sul 

Uece 

Universidade Estadual do Ceará 

UEL-PR 

Universidade Estadual de Londrina 


376 



02-Siglas-QF1 -PNLEM 


376 


6/7/05, 15:04 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


UEMG 

Universidade do Estado de Minas Gerais 

UEM-PR 

Universidade Estadual de Maringá 

UEPG-PR 

Universidade Estadual de Ponta Grossa 

Uerj 

Universidade Estadual do Rio de Janeiro 

Uespi 

Universidade Estadual do Piauí 

Ufac 

Fundação Universidade Federal do Acre 

Ufam 

Universidade Federal do Amazonas 

UFBA 

Universidade Federal da Bahia 

UFC-CE 

Universidade Federal do Ceará 

Ufes 

Universidade Federal do Espírito Santo 

UFF-Rj 

Universidade Federal Fluminense 

UFG-GO 

Universidade Federal de Goiás 

UFJF-MG 

Universidade Federal de Juiz de Fora 

UFMA 

Fundação Universidade Federal do Maranhão 

UFMG 

Universidade Federal de Minas Gerais 

UFPA 

Universidade Federal do Pará 

UFPB 

Universidade Federal da Paraíba 

UFPE 

Universidade Federal de Pernambuco 

UFPel-RS 

Fundação Universidade Federal de Pelotas 

UFPI 

Fundação Universidade Federal do Piauí 

UFPR 

Universidade Federal do Paraná 

UFRGS-RS 

Universidade Federal do Rio Grande do Sul 

UFRJ 

Universidade Federal do Rio de Janeiro 

UFRN 

Universidade Federal do Rio Grande do Norte 

UFRRJ 

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 

UFSC 

Universidade Federal de Santa Catarina 

UFSCar-SP 

Fundação Universidade Federal de São Carlos 

UFSE 

Fundação Universidade Federal de Sergipe 

UFSM 

Universidade Federal de Santa Maria 

UFU-MG 

Fundação Universidade Federal de Uberlândia 

UFV-MG 

Fundação Universidade Federal de Viçosa 

UGF-RJ 

Universidade Gama Filho 

Ulbra-RS 

Universidade Luterana do Brasil 

UMC-SP 

Universidade de Mogi das Cruzes 

UnB-DF 

Fundação Universidade de Brasília 

Uneb-BA 

Universidade Estadual da Bahia 

Unicamp-SP 

Universidade Estadual de Campinas 

Unicenp-PR 

Centro Universitário Positivo 

Uniceub-DF 

Centro Universitário de Brasília 

Unicid-SP 

Universidade Cidade de São Paulo 

Uniderp-MS 

Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do 
Pantanal 

UniFEI-SP 

Centro Universitário da Faculdade de Engenharia Industrial 

Unifenas-MG 

Universidade de Alfenas 

UniFMU-SP 

Faculdades Metropolitanas Unidas 

Unifor-CE 

Universidade de Fortaleza 

Unigranrio-RJ 

Universidade do Grande Rio 

Unip-SP 

Universidade Paulista 

Unirio-RJ 

Fundação Universidade do Rio de Janeiro 

Unisinos-RS 

Universidade do Vale do Rio dos Sinos 

Unitau 

Universidade de Taubaté 

Uniube 

Universidade de Uberaba 

Univali-SC 

Universidade do Vale do Itajaí 

UVA-CE 

Universidade do Vale do Acaraú 

Vunesp 

Fundação para o Vestibular da Unesp 


LISTA DE SIGLAS • volume 1 


377 



!-Siglas-QF1 -PNLEM 


377 


29/5/05, 21 :26 


TABELAS AUXILIARES 


CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS DOS ELEMENTOS 


Período 

Elemento 

Número 

atômico 

Número de elétrons em cada subcamada 

Número de 
elementos 
por 

período 

Is 

2s 

2p 

3s 

3p 

3d 

4s 

4p 4d 4f 

5s 5 p 5 d 5f 

6s 6p 6d 

7s 


H 

1 

1 













1- 

He 

2 

2 












2 


Li 

3 

2 

1 













Be 

4 

2 

2 













B 

5 

2 

2 

1 












C 

6 

2 

2 

2 











2- 

N 

7 

2 

2 

3 










8 


0 

8 

2 

2 

4 












F 

9 

2 

2 

5 












Ne 

10 

2 

2 

6 












Na 

11 

2 

2 

6 

1 











Mq 

12 

2 

2 

6 

2 











Al 

13 

2 

2 

6 

2 

1 









3 S 

Si 

14 

2 

2 

6 

2 

2 








8 


P 

15 

2 

2 

6 

2 

3 










S 

16 

2 

2 

6 

2 

4 










a 

17 

2 

2 

6 

2 

5 










Ar 

18 

2 

2 

6 

2 

6 










K 

19 

2 

2 

6 

2 

6 


1 








Ca 

20 

2 

2 

6 

2 

6 


2 








Sc 

21 

2 

2 

6 

2 

6 

1 

2 








Ti 

22 

2 

2 

6 

2 

6 

2 

2 








V 

23 

2 

2 

6 

2 

6 

3 

2 








Cr 

24 

2 

2 

6 

2 

6 

5 

1 








Mn 

25 

2 

2 

6 

2 

6 

5 

2 


1 â série de 





Fe 

26 

2 

2 

6 

2 

6 

6 

2 


transição 





Co 

27 

2 

2 

6 

2 

6 

7 

2 







4 2 

Ni 

28 

2 

2 

6 

2 

6 

8 

2 






18 


Cu 

29 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

1 








Zn 

30 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 








Ca 

31 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

1 







Ce 

32 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

2 







As 

33 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

3 







Se 

34 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

4 







Br 

35 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

5 







Kr 

36 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 







Rb 

37 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 


1 





Sr 

38 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 


2 





Y 

39 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

1 

2 






Zr 

40 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

2 

2 






Nb 

41 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

4 

1 






Mo 

42 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

5 

1 






Tc 

43 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

6 

1 

2 â série de 




Ru 

44 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

7 

1 

transição 




Rh 

45 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

8 

1 





5 2 

Pd 

46 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 





18 


Ag 

47 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 

1 






Cd 

48 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 

2 






In 

49 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 

2 1 





Sn 

50 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 

2 2 





Sb 

51 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 

2 3 





Te 

52 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 

2 4 





1 

53 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 

2 5 





Xe 

54 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 10 

2 6 





378 



03-Tabelas-QF1 -PNLEM 


378 


29/5/05, 21 :27 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS DOS ELEMENTOS 


Período 

O 

+-> 

c 

o> 

E 

o o 

KJ 

E ! 

n3 <0 

Número de elétrons em cada subcamada 

Número de 
elementos 
por 

período 

_a; 

LU 

Z (ü 

Is 

2s 2p 

3s 

3 p 3 d 

4s 

4p 4d 

4f 

5s 

5p 5 d 

5 f 

6s 6p 6d 

75 


Cs 

55 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 


2 

6 



1 








Ba 

56 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 


2 

6 



2 








La 

57 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 


2 

6 

1 


2 








Ce 

58 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

2 

2 

6 



2 








Pr 

59 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

3 

2 

6 



2 








Nd 

60 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

4 

2 

6 



2 








Pm 

61 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

5 

2 

6 



2 








Sm 

62 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

6 

2 

6 



2 

Ví 







Eu 

63 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

7 

2 

6 



2 








Cd 

64 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

7 

2 

6 

1 


2 

1 c 







Tb 

65 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

9 

2 

6 



2 

+-> 

c 



O 




Dy 

66 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

10 

2 

6 



2 

—1 



HZ 

V* 




Ho 

67 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

11 

2 

6 



2 




C 




Er 

68 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

12 

2 

6 



2 




i- 

4— 1 




Tm 

69 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

13 

2 

6 



2 




• 0> 

■O 



6 o - 

Yb 

70 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 



2 






32 


Lu 

71 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

1 


2 




'OI 

Ví 




Hf 

72 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

2 


2 








Ta 

73 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

3 


2 








W 

74 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

4 


2 








Re 

75 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

5 


2 








Os 

76 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

6 


2 








Ir 

77 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

7 


2 








Pt 

78 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

9 


1 








Au 

79 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


1 








Hq 

80 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 








Tl 

81 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

1 







Pb 

82 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

2 







Bi 

83 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

3 







Po 

84 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

4 







At 

85 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

5 







Rn 

86 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

6 







Fr 

87 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

6 


1 





Ra 

88 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

6 


2 





Ac 

89 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

6 

1 

2 




O 


Th 

90 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 


2 

6 

2 

2 




HZ 


Pa 

91 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

2 

2 

6 

1 

2 




Ví 

C 


U 

92 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

3 

2 

6 

1 

2 




i_ 

+-> 


Np 

93 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

4 

2 

6 

1 

2 




0> 

■o 


Pu 

94 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

6 

2 

6 


2 




(Z 

+-> 

r- 

Am 

95 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

7 

2 

6 


2 

O 



1 (?) 


Cm 

96 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

7 

2 

6 

1 

2 

‘ E 



E 

o 


Bk 

97 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

9 

2 

6 


2 

■M 

u 

1 

u 

c 


Cf 

98 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

10 

2 

6 


2 

< 

1 

.Sá 


Es 

99 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

11 

2 

6 


2 


1 

'<U 

V) 


Fm 

100 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

12 

2 

6 


2 



rj- 


Md 

101 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

13 

2 

6 


2 


1 



No 

102 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

14 

2 

6 


2 


1 



Lr 

103 

2 

2 

6 

2 

6 

10 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

10 

14 

2 

6 

1 

2 


1 



TABELAS AUXILIARES • VOLUME 1 


379 


03-Tabelas-QF1 -PNLEM 


379 


29/5/05, 21 :27 


FUNÇÕES INORGÂNICAS 

PRINCIPAIS CÁTIONS 



Monovalentes (+1) 

Bivalentes (+2) 

Trivalentes (+3) 

Tetravalentes (+4) 



H + 

Be 2+ 

b 3+ 


TO 


nh; 

Mg 2+ 

aí 3+ 


1 

.5 

Li + 

Ca 2+ 

bí 3+ 


Ê 

c 

«u 

Na + 

Sr 2+ 

Cr 3+ 


a> 

3 

to 

> 

K + 

Ba 2 ' 



t/> 

O 

'O 

Ví 

Rb 

Ra 2+ 



CL 


Cs + 

Zn 2+ 





Ag + 

Cd 2+ 





Cu + 

Cu 2+ 





Hg 2 2+ 

Hg 2+ 





Au + 


Au 3+ 



V) 


Fe 2+ 

Fe 3+ 



TO 





TO 

Q. 

*0 


Co 2+ 

Co 3+ 


-o 

§ 

L 

Q. 


Ni 2+ 

Ni 3+ 


3 

Vi 

VI 

.5 

’ü 


Sn 2+ 


Sn 4+ 

CL 

<s 

TO 


Pb 2+ 


Pb 4+ 




Mn 2+ 


Mn 4+ 




Pt 2+ 


Pt 4+ 





As 3+ 






Sb 3+ 


Indica o N ox mais comum. 


PRINCIPAIS ÂNIONS 


Ânions bivalentes 

Nome 

Ânion 

Carbonato 

cor 

Cromato 

CrO 2 

Dicromato 

Cr 2 0 2 - 

Estanato 

SnO 2 " 

Estanito 

SnOf 

Fosfito 

HPO 2- 

Manganato 

MnO 2 " 

Metassilicato 

SiOf 

Oxalato 

C 2 0 2 

Sulfeto 

S 2 " 

Sulfato 

sor 

Sulfito 

sor 

Tiossulfato 

s 2 or 

Zincato 

Zn0 2 2 “ 


Ânions monovalentes 

Nome 

Ânion 

Nome 

Ânion 

Acetato 

CHjCOO 

Hipobromito 

BrO 

Aluminato 

aeo 2 

Hipoclorito 

CIO 

Bismutato 

BiO 3 

Hipofosfito 

h 2 po 2 

Bromato 

Br 0 3 

Hipoiodito 

IO 

Brometo 

Br 

lodato 

IO 3 

Cianato 

OCN 

lodeto 

1 

Cianeto 

CN 

Metafosfato 

PO - 3 

Clorato 

ao 3 

Nitrato 

no 3 

Cloreto 

Cl 

Nitrito 

no 2 

Clorito 

ao 2 

Perclorato 

ao 4 

Fluoreto 

F 

Periodato (meta) 

I0 4 

EHidreto 

H 

Permanganato 

Mn0 4 

EHidroxila 

OH 

Tiocianato 

SCN 


Ânions trivalentes 

Nome 

Ânion 

Antimoniato 

Antimonito 

Arseniato 

Arsenito 

Borato 

Ferricianeto 

Ortofosfato 

Sbor 

Sbor 

Asor 

Asor 

Bor 

[Fe(CN) 6 ] 3 - 

PO 3 - 


Ânions tetravalentes 

Nome 

Ânion 

Ferrocianeto 

[Fe(CN) 6 ] 4 - 

Ortossilicato 

SiO 4 

Piroantimoniato 

Sb 2 0 4 

Piroarseniato 

As 2 0 4 

Pirofosfato 

p 2 o 4 - 


Nomenclatura dos ânions 

Terminação 

Terminação 

do ácido 

do ânion 

ídrico 

eto 

oso 

ito 

ico 

ato 


380 



03-Tabelas-QF1-PNLEM 


380 


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SUGESTÕES DE LEITURA PARA OS ALUNOS 


▼ Ecologia 

1 . Samuel Murgel Branco, O desafio amazônico, 
2- edição, 2004, Editora Moderna. 

2. José Lutzenberger, Manual de ecologia - do jardim 
ao poder, I a edição, 2004, Editora L&PM Editores. 

3. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Ecologia Cós- 
mica - Uma visão cósmica da ecologia, 1 a edição, 
2000, Editora Itatiaia. 

4. Núbia Melhem Santos e outros, Burle Marx- Jardins 
e ecologia, I a edição, 2002, Editora Senac/Rio. 

5. Samuel Murgel Branco, Agua: origem, uso e preser- 
vação, 2 a edição, 2004, Editora Moderna. 

6. Zysman Neiman, Era verde?, 9- edição, 1 989, Edi- 
tora Atual. 

7. Vera Lúcia Novaes, Ozônio: aliado e inimigo, 1 a edi- 
ção, 1997, Editora Scipione. 

8. Beatriz Marcondes e Maria Elisa Marcondes Helene, 
Evolução e biodiversidade - o que nós temos com 
isso?, I a edição, 1996, Editora Scipione. 

▼ Energia 

1 . Valdir Montanari, Energia nossa de cada dia, 2 a edi- 
ção, 2003, Editora Moderna. 

2. Paulo Roberto Moraes, Fontes de energia, I a edi- 
ção, 2002, Editora Harbra. 

3. Jean-Marie Martim, A economia mundial da energia, 
I a edição, 1992, Editora Unesp. 

T Esco lha p rofission al 

1. Dulce Whitaker, A escolha da carreira e 
globalização, 2 a edição, 1997, Editora Moderna. 

2. Eliane Arbex Rodrigues, Escolhera profissão, I a edi- 
ção, 2004, Editora Scipione. 

▼ História da Química, Ciência 
e Tecnologia 

1 . Attico Chassot, A ciência através dos tempos, 2 a edi- 
ção, 2004, Editora Moderna. 

2. José Atílio Vanin, Alquimistas e químicos, I a edi- 
ção, 1994, Editora Moderna. 

3. Bernard Vidal, História da Química, 1 - edição, 1 986, 
Edições 70. 

4. Robson Fernandes de Farias e outros, História da 
Química no Brasil, 1 a edição, 2004, Editora Átomo. 


5. Andréa Guerra, Galileu e o nascimento da ciência 
moderna, I a edição, 1998, Editora Atual. 

6. Roberto de Andrade Martins, O universo: teoria 
sobre sua origem e evolução, I a edição, 1994, 
Editora Moderna. 

7. Silvério Crestana, Centros e museus de ciência — vi- 
sões e experiências, I a edição, 1998, Editora Saraiva. 

8. Cientistas do Brasil, I a edição, Depoimentos, 1998, 
SBPC. 

▼ Poluição 

1. M. Elisa Marcondes Helene, Poluentes atmosféri- 
cos, I a edição, 1994, Editora Scipione. 

2. Paulo Jorge Moraes Figueiredo, A sociedade do lixo, 
2 a edição, 1995, Editora Unimep. 

3. John Barnes, Chuva ácida, I a edição, 1993, Editora 
Scipione. 

4. Francisco Capuano Scarlato, Joel Arnaldo Pontin, 
Do nicho ao lixo, 5 a edição, 1 992, Editora Atual. 

5. Mário Tolentino, Romeu Filho, Roberto da Silva, 
A atmosfera terrestre, 2- edição, 2004, Editora 
Moderna. 

6. Joel Arnaldo Pontin e Francisco Capuano Scarlato, 
O ambiente urbano, 1 a edição, 1 999, Editora Atual. 

7. Samuel Murgel Branco e Eduardo Murgel, Polui- 
ção do ar, 2 a edição, 2004, Editora Moderna. 

8. S. Massaro E. J. Pontin, Poluição química, 3 a edição, 
1 994, Editora Brasiliense. 

▼ Química Geral 

1 . André Guinier, A estrutura da matéria: do céu azul 
ao material plástico, I a edição, 1 996, Edusp. 

2. Hans Christian von Baeyer, Arco-Íris, flocos de neve, 
quarks, I a edição, 1994, Editora Campus. 

3. Valdir Montanari, Viagem ao interior da matéria, 
5 a edição, 1993, Editora Atual. 

▼ Química In orgâ nica Descritiva 

1 . Aécio Pereira Chagas, Argilas: as essências da terra, 
I a edição, 1996, Editora Moderna. 

2. Eduardo Leite do Canto, Minerais, minérios, metais. 
De onde vêm? Para onde vão?, 2 a edição, 2004, 
Editora Moderna. 

3. Ivone Mussa Esperidião, Olímpio Nóbrega, Os 
metais e o homem, 1 a edição, 1 999, Editora Ática. 


SUGESTÕES DE LEITURA • VOLUME 1 


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MUSEUS BRASILEIROS LIGADOS À CIÊNCIA 


• Casa da Ciência 

Centro Cultural de Ciência e Tecnologia da UFRJ 
Rua Lauro Müller, 3 - Botafogo 
22290-1 60 Rio de Janeiro (RJ) 
teí/fax: (021) 2542-7494 
e-mail:  
site: http://www.casadaciencia.ufrj.br 
Natureza: Pública Data de criação: 1995 
Especialidade: Ciências 

• Coleção de Fósseis, Minerais e Rochas 

Universidade Estadual Paulista. Instituto de Biociências, 

Letras e Ciências Exatas 

Rua Cristóvão Colombo, 2.265 

1 5054-000 São José do Rio Preto (SP) 

tel: (01 7) 221 -2350 fax: (01 7) 221 -2356 

Natureza: Pública Data de criação: 1963 

Especialidade: Rochas. Minerais. Fósseis 

• Espaço Ciência 

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente 
Complexo de Salgadinho 
53111-960 Olinda (PE) 

tel/fax: (081 ) 3301 -61 39 / 3301 -61 54 / 3301 -61 51 
e-mail:  
site: http://www.espacociencia.pe.gov.br 
Natureza: Pública Data de criação: 1994 
Especialidade: Ciências 

• Estação Ciência 

Universidade de São Paulo. Pró-Reitoria de Cultura e 

Extensão Universitária 

Rua Guaicurus, 1.274 

05033-002 São Paulo (SP) 

tel: (01 1 ) 3673-7022 fax: (01 1 ) 3673-2798 

site: http://www.eciencia.usp.br 

Natureza: Pública Data de criação: 1987 

Especialidade: Ciências 

• Museu de Minerais e Rochas Carlos Isotta 

Departamento Nacional de Produção Mineral 
Av. André Araújo, 2.150 - Aleixo 
69060-001 Manaus (AM) 
tel: (092) 61 1 -1 1 1 2 fax: (092) 61 1 -1 723 
Natureza: Pública Data de criação: 1982 
Especialidade: Minerais. Rochas. Mineração. 

Metalurgia. Gemas 

• Museu de Ciência e Tecnologia 

Universidade Estadual da Bahia 
Av. Jorge Amado, s/n 
41710-050 Salvador (BA) 
tel: (071) 231-9368 

Natureza: Pública Data de criação: 1977 
Especialidade: Ciência. Tecnologia 


• Museu de Energia 

Companhia Paranaense de Energia - Copei 
Rua Desembargador Motta, 2.347 
80420-190 Curitiba (PR) 
tel: (041) 331-4407 / 310-5050, ramal 4407 
fax: (041) 233-1592 

Natureza: Pública Data de criação: 1994 
Especialidade: Ciências 

• Museu de Minerais Dr. Odorico Rodrigues 
de Albuquerque 

Secretaria Estadual de Turismo 
Rua Senador Pompeu, 350 - Centro 
60025-000 Fortaleza (CE) 
tel: (085) 231-3566 
fax: (085) 218-1167 

Natureza: Pública Data de criação: 1975 
Especialidade: Minerais. Pedras ornamentais 

• Museu de Geociências 

Universidade de Brasília. Instituto de Geociências 
Campus Universitário Darcy Ribeiro 
70910-900 Brasília (DF) 
tel: (061) 273-4735 
fax: (061 ) 347-4062 

Natureza: Pública Data de criação: 1960 
Especialidade: Geociências 

• Museu de História Natural e Jardim 
Botânico da UFMG 

Universidade Federal de Minas Gerais 

Rua Gustavo da Silveira, 1 .035 - Santa Inês 

31 080-01 0 Belo Florizonte (MG) 

tel: (031) 3461-7666 

fax: (031) 3461-7486 

Natureza: Pública Data de criação: 1968 

Especialidade: Ciências naturais. Ciências da terra 

• Museu de Mineralogia 

Prefeitura Municipal de Congonhas. Fundação 

Municipal de Cultura, Lazer e Turismo 

Al. Cidade Matozinhos de Portugal, 153 - Romaria 

36406-000 Congonhas (MG) 

tel: (031) 3731-1300, ramal 302 

fax: (031) 3731-3133 

Natureza: Pública Data de criação: 1996 

Especialidade: Mineralogia. Fósseis 

• Museu de Ciência e Técnica 

Universidade Federal de Ouro Preto. Escola de Minas 

Praça Tiradentes, 20 

35400-000 Ouro Preto (MG) 

tel: (035) 3559-1 526 fax: (031 ) 3559-1 528 

Natureza: Pública Data de criação: 2002 

Especialidade: Mineralogia 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


• Museu de Minerais e Rochas 

Universidade Federal de Uberlândia. Centro de 
Ciências Humanas e Artes. Geografia. 

Av. Universitária, s/n - Bloco Q, Campus Santa Mônica 
38400-902 Uberlândia (MC) 
tel: (034) 3239-4229 fax : (034) 3239-4506 
Natureza: Pública Data de criação: 1987 
Especialidade: Paleontologia. Mineralogia. Geologia 

• Museu de Geologia 

Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências 

Humanas, Letras e Artes. Geografia 

Av. Colombo, 5.790 - Campus Universitário 

87020-900 Maringá (PR) 

tel/fax: (044) 26 1-4290, ramal 290 

Natureza: Pública Data de criação: 1993 

Especialidade: Geologia. 

• Museu Amsterdam Sauer de Pedras 
Preciosas e Minerais Raros 

Rua Garcia D'Avila, 105 - Ipanema 
22421-010 Rio de janeiro (RJ) 
tel: (021) 2512-1132 fax: (021 ) 2294-4728 
Natureza: Privada Data de criação: 1 989 
Especialidade: Pedras preciosas. Minerais raros 

• Museu de Geologia 

Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. 
Superintendência Regional de Porto Alegre. 
Departamento de Gerência de Relações Institucionais e 
Desenvolvimento 

Rua Banco da Província, 105 - Santa Teresa 

90840-030 Porto Alegre (RS) 

tel: (051) 3233-7311 fax: (051) 3233-7772 

e-mail:  

Natureza: Pública Data de criação: 1995 

Especialidade: Geologia. Mineralogia. Gemologia. 

Petrografia. 


MUSEUS • volume 1 


• Museu de Geociências 

Universidade de São Paulo. Instituto de Geociências 

Rua do Lago, 562 - Cidade Universitária 

05508-080 São Paulo (SP) 

tel: (01 1 ) 3091 -3952 fax: (01 1 ) 3091 -4670 

site: http://www.igc.usp.br 

Natureza: Pública Data de criação: 1934 

Especialidade: Geociências 

• Museu de Rochas, Minerais e Minérios 

Universidade de São Paulo. Escola Politécnica 
Av. Prof. Martins Rodrigues, 2.373 - Butantã 
05508-900 São Paulo (SP) 
tel: (011) 3091-5435 

Natureza: Pública Data de criação: década de 1 940 
Especialidade: Rochas. Minerais. Minérios 

• Museu Vivo de Ciência e Tecnologia de 
Campina Grande 

Secretaria Especial de Tecnologia e Informática 
Prefeitura Municipal de Campina Grande 
Largo do Açude Novo, s/n° - Centro 
58100-000 Campina Grande (PB) 
tel: (083) 31 0-61 71 / 31 0-631 9 / 31 0-6323 
e-mail:  
Natureza: Pública Data de criação: 1997 
Especialidade: Ciências 

• Seara da Ciência Universidade Federal do 
Ceará 

Rua Paulino Nogueira, 315, bloco 1, térreo 
Benfica - 60020-270 Fortaleza (CE) 
tel: (085) 288-7375 / 288-7376 / 288-8391 
fax: (085) 288-8333 
e-mail:  
site: http://www.searadaciencia.ufc.br 
Natureza: Pública Data de criação: 1999 
Especialidade: Ciências 


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 


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Chemistry in the Community. 2. ed. Dubuque, 
Kendall/Hunt Publishing Company, 1993. 

A Project of the American Chemical Society; Chemistry 
in Context; Appiying Chemistry to Society. 1 . ed. 
Dubuque, Wm. C. Brown Publishers, 1994. 

ATKINS, P.; JONES, L. Chemistry; Moiecules, Matter 
and Change. New York, W. H. Freeman Co., 
1997. 

BROWN, T. L; LE MAY JR., H. E.; BURSTEN, B. E. 
Chemistry; the centrai Science. 7. ed., Upper 
Saddle River, Prentice-Hall, 1997. 

CHANG, R. Química. 5. ed., Lisboa, McGraw-Hill, 
1994. 

COTTON, F. A. Advanced Inorganic Chemistry, 6. ed. 
New York, John Wiley & Sons Inc., 1 999. 

COX, P. A. The Elements on Earth; inorganic Chemistry 
in the Environment. 1. ed. Oxford, Oxford 
University Press, 1 995. 

EMSLEY, J. The consumer's Cood Chemical Guide. 1 . 
ed. Oxford, W. H. Freeman Co. 1994. 

GILLESPIE, R. J. Atoms, Moiecules and Reactions; an 
Introduction to Chemistry. New Jersey, Prentice- 
Hall, 1994. 

GREENWOOD, N. N.; EARNSHAW, A. Chemistry of 
the Elements. 2. ed. Oxford, Butterworth- 
Heinemann, 1 997. 

HILL, J. W. Chemistry for Changing Times. 2. ed. New 
York, Macmillan, 1992. 

KOTZ, J. C; JOESTEN, M. D.; WOOD, J. L; MOORE, 
J. W. The Chemical World: concepts and 
applications 1 . ed. Orlando Saunders College 
Publishing, 1994. 


KOTZ, J. C; PURCELL, K. F. Chemistry & Chemical 
Reactivity. 2. ed. Fort Worth, Saunders College 
Publishing, 1991 . 

LIDE, D. R. Handbook of Chemistry and Physics. 
82. ed. Boca Raton, CRC Press, 2001. 

MAHAN, B. H.; MYERS, R. J. University Chemistry. 4. ed. 
Menlo Park, Benjamin Cummings, 1987. 

MASTERTON, W. L.; HURLEY, C. N. Chemistry 
Principies & Reactions. 3. ed. Orlando, Saunders 
College Publishing, 1997. 

The Merck Index. 12. ed. New Jersey, Merck & Co. 
Inc., 1996. 

MILL, J. W.; PETRUCCI, R. H. General Chemistry. 2. ed. 
Upper Saddle River, Prentice-Hall, 1996. 

MURRY J.; Fay R. C. Chemistry. 3. ed. New Jersey, 
Prentice-Hall, 2001 . 

OLMSTED III, j.; WILLIAMS, G. M. Chemistry; the 
Molecular Science. 1. ed. St. Louis, Mosby-Year 
Book Inc., 1 994. 

PARTINGTON, J. R. A short History of Chemistry . 3. ed. 
New York, Dover Publications Inc., 1989. 

PAULING, L. General Chemistry. New York, Dover 
Publications Inc., 1970. 

SCHWARTZ, A. T. Chemistry in Context. New York, 
American Chemical Society, 1997. 

SELINGER, B. Chemistry in the Marketpiace. 3. ed. Sydney, 
Harcourt Brace Jovanovich Publishers, 1 986. 

SHRIVER, D. F.; ATKINS, P. W.; LANGFORD, C. H. 
Inorganic Chemistry. 2. ed. Oxford, Oxford 
University Press, 1994. 

SNYDER, C. H. The Extraordinary Chemistry of Ordinary 
Things. 1 . ed. New York, John Wiley & Sons Inc., 
1992. 


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Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. 


Que elemento apresenta esta distribuição eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10?

Alternativa correta: d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2. O número atômico do titânio é 22, isso quer dizer que no núcleo atômico existem 22 prótons. O átomo no estado fundamental é eletricamente neutro e, por isso, o titânio apresenta 22 elétrons.

Qual e o subnível mais energético de um átomo?

Número de elétrons no subnível mais energético: o subnível mais energético é o 6s. Assim, o número de elétrons nele é 2. Número de elétrons no subnível mais externo: o subnível mais externo também é o 6s.

Qual o número atômico do elemento que apresenta o subnível mais energético 5p3?

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p3 que da o numero 51 espero ter contribuido !!

Qual e o elemento químico que tem a seguinte distribuição eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2?

O átomo de ferro (número atômico = 26) tem a seguinte distribuição eletrônica nos subníveis em ordem energética: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6.