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Entre os sistemas político-sociais que vigoraram no mundo, um dos mais recorrentes no Enem é o Antigo Regime, que perdurou do fim da Idade Média até o final da Moderna. Explicaremos então, as principais características do período, que são extremamente importantes para o entendimento de grandes acontecimentos posteriores, como as revoluções inglesa, francesa e industrial, prato cheio para questões da prova de Ciências Humanas do exame nacional. Até meados do século XVIII, a Europa vivia no Antigo Regime, período que se caracterizava pelo absolutismo monárquico, sociedade estamental e mercantilismo. A França é o país em que o sistema foi efetivamente aplicado, então será utilizada como exemplo para esclarecer as suas características. O absolutismo monárquico caracteriza-se pela centralização do poder nas mãos do rei, e Luís XIV, rei da França no período, foi o exemplo mais representativo desse tipo de governo. Dele é a famosa frase “O Estado sou eu”, que simboliza sua autoridade absoluta. A sociedade era dividida em três ordens: Primeiro Estado, formado pelo clero, Segundo Estado, pela nobreza e Terceiro Estado, pelo restante da população, ou seja, a burguesia, os camponeses e os sans-culottes (artesãos, assalariados, pequenos proprietários, servos e desempregados). O mercantilismo é um modelo em que o poder econômico de uma nação é baseado na quantidade de riqueza que há guardada, que no início correspondia ao montante de ouro e prata, já que esses estavam escassos. Caracteriza-se também pela grande intervenção do Estado na economia e pela balança comercial favorável, ou seja, mais exportações do que importações. Além disso, a economia era predominantemente agrária e a indústria basicamente têxtil. Entretanto, esta enfrentava grande concorrência com a inglesa, devido ao Tratado de Eden-Rayneval, no qual os impostos foram reduzidos para a exportação de tecidos ingleses para a França e de vinhos franceses para a Inglaterra. Em relação aos aspectos culturais, havia grande intolerância religiosa e filosófica. A sociedade estamental acarretava em grande desigualdade entre os grupos sociais, pois só o Terceiro Estado pagava os impostos enquanto o Primeiro e o Segundo eram providos de grandes privilégios, os quais geravam enormes gastos. Além disso, a produção agrícola muitas vezes não era suficiente para suprir as necessidades da população. Esses dois fatos causaram crises que culminaram na Revolução Francesa, quando o Antigo Regime teve seu fim no país. Mas isso já é assunto para um próximo artigo. Até lá! Lu�s XIV (1638-1715) foi rei da Fran�a entre 1643 e 1715 um per�odo de ouro da hist�ria francesa. Foi chamado de rei Sol, pelo brilho de sua corte. Construiu o Pal�cio de Versalhes e o transformou no centro da vida da corte e do Governo. Lu�s XIV nasceu em Saint-Germain-em-Laye, Yvelines, no dia 5 de setembro de 1638. Era filho de Lu�s XIII e de Ana d��ustria, infanta da Espanha. Inf�ncia e juventudeEm 1643, aos cinco anos, ap�s a morte do pai, Lu�s XIV herdou ao trono. Durante a menor idade, sua m�e foi a regente do pa�s sob a supervis�o do primeiro ministro o "cardeal Jules Mazarino". O cardeal foi tamb�m o encarregado de ensinar ao jovem a arte da diplomacia. Em 1648, aos dez anos, Lu�s v� irromper uma revolta que marcou profundamente sua personalidade. A revolta da �Fronda� que foi liderada por magistrados, pelo parlamento de Paris, pelos nobres e contou com a participa��o de ponder�veis parcelas populares, fazia oposi��o aos direitos e decis�es reais. A guerra civil que se estendeu por cinco anos, fez o jovem rei correr o risco e sofrer priva��es que modelaram seu car�ter. Ele viu a evolu��o da revolta e seu sufocamento pela habilidade pol�tica de Mazarino. O cardeal passou a ser visto por Lu�s XIV como o homem que salvou tanto o pa�s quanto a coroa das amea�as da Fronda. Vencida a revolta, Mazarino organizou para o monarca uma enorme m�quina administrativa, na Fran�a, que desde ent�o representou um dos principais elementos de poder da monarquia. Entre as regras, era fundamental evitar que qualquer homem do reino ascendesse a propor��es t�o elevadas que pudessem transform�-lo em perigo para a seguran�a do estado. Em seu futuro governo n�o havia grandes oportunidades para a nobreza, o poder m�ximo seria do rei e ele com 15 anos j� se preparava para ser um futuro autocrata. Embora proclamada sua maioridade em 1651, aos 13 anos, o governo da Fran�a ficou por mais 10 anos ainda nas m�os de Mazarino. Casamento de Lu�s XIVEm 1660, de acordo com um pacto o tratado dos Pireneus, Lu�s XIV casa-se com Maria Teresa da �ustria, sua prima, filha de Filipe IV da Espanha e de Isabel da Fran�a, irm� de Lu�s XIII. Maria Teresa renunciou a todos os seus direitos sobre a coroa espanhola, levando para o matrim�nio um dote de 500 mil escudos. Mazarino sabia que esse dote jamais seria pago, pois a Fran�a estava empobrecida ap�s d�cadas de guerra, e isso seria bom, pois mais tarde, o rei da Fran�a poderia invocar direitos � sucess�o espanhola. O reinado de Lu�s XIVEm 1661 o cardeal Mazarino morre e Lu�s XIV assume imediatamente as r�deas do governo. Escolhe o �Sol� para embelezar o emblema de seu governo e declara a seus ministros que pretende assumir toda a responsabilidade de governar o pa�s. Lu�s XIV se achava um representante de Deus na Terra e considerava pecado a desobedi�ncia e a rebeli�o. Fortaleceu o absolutismo mon�rquico e tinha controle total sobre o governo. Durante os�anos de seu reinado, a Fran�a conheceu o per�odo de maior poderio militar, uma prosperidade econ�mica, progresso cient�fico, e excel�ncia art�stica. Amante das artes, o rei tornou-se protetor de artistas e literatos. Pascal, La Fontaine, Racine e Moli�re s�o alguns dos escritores que fizeram da �poca de Lu�s XIV o per�odo glorioso da literatura francesa. As principais cidades do reino passaram por uma grande transforma��o, mandou construir jardins e monumentos por toda parte, a Academia de Arte e Institutos cient�ficos. No plano interno, as finan�as foram postas em ordem pelo Ministro Jean-Baptiste Colbert, com uma s�rie de medidas que encheram de ouro os cofres do Estado. Criou uma marinha mercante, al�m de f�brica, estradas, pontes e canais. Em 1669, teve in�cio a reforma e amplia��o do pal�cio de Versalhes, edificado sobre um antigo pavilh�o de ca�a de Lu�s XIII, tornou-se um gigantesco e luxuoso pal�cio,�modelo para a vida na corte em diversos pa�ses europeus. Expans�o territorialLu�s XIV empreendeu um processo de expans�o territorial em que qualquer meio era v�lido para que os objetivos fossem alcan�ados. Baseava as a��es na ideia de que sua supremacia pessoal tinha de ser aceita por todos os outros pa�ses da Europa, dizia:
O rei votava o mais profundo desprezo pelos tratados entre as na��es. Na �poca, a Fran�a era de fato o pa�s mais din�mico e desenvolvido do continente. O povo franc�s estava convencido de que era natural impor sua domina��o a todos os pa�ses. O desejo de grandeza de Lu�s XIV ia desde a necessidade de humilhar o papa Alexandre VII at� o de intervir na sucess�o de Filipe IV, da Espanha. Reivindicava o trono espanhol para sua mulher, Maria Teresa. Em uma r�pida campanha, �O Rei Sol� conquista Flandres e o Franco Condado. A Holanda � atingida, forma uma alian�a com a Inglaterra e a Su�cia, contra Lu�s XIV. Ele assina a paz, mas � vantajosa: garante-lhe novos territ�rios. Aos poucos, a fronteira de norte a leste se consolida, a Europa humilhada com a intimida��o do �Rei Sol�, come�a a se levantar contra sua ambi��o. Mesmo assinando um tratado de paz, foram anexados Estrasburgo, Luxemburgo, Courtrai, Dixmude e uma dezena de outras cidades. Manda tamb�m bombardear G�nova. Em 1697, a Fran�a � obrigada a enfrentar uma guerra defensiva no reino, contra a poderosa coliga��o de v�rios pa�ses. A Fran�a � literalmente arrasada na batalha de Hogue. Na paz assinada em 1697, a Fran�a fica em posi��o de inferioridade. Novas guerras s�o lan�adas por Lu�s XIV, mas a fal�ncia do poderio militar � vis�vel e a situa��o financeira e social � cr�tica. Os esfor�os de guerra levaram o povo � mis�ria. O tesouro estava vazio, os campos empobrecidos, a nobreza arruinada e o progresso industrial cerceado pelo ex�lio de t�cnicos, artistas e artes�os protestantes, amplamente perseguidos. �ltimos anos,�morte e sucess�oApesar de tudo, Lu�s XIV inicia novas guerras, mas os resultados s�o desastrosos. Das conquistas territoriais, pouco resta. Depois de ter atingido a mais alta gl�ria, a Fran�a era agora a imagem da decad�ncia. O Rei Sol arrependia-se amargamente disso. Perto da morte, olhou para o bisneto, que viria a ser rei da Fran�a, e lhe disse:
Lu�s XIV faleceu em Versalhes, Fran�a, no dia 1 de setembro de 1715. Quais as principais características do governo de Luís XIV?O reinado de Luís XIV foi marcado pela centralização da monarquia francesa, consolidação das fronteiras e prosperidade econômica. Uma das heranças de Luís XIV foi o palácio de Versalhes, onde a corte girava em torno do rei. Não por acaso, o monarca recebeu os apelidos de "Rei Sol" e “O Grande”.
Quais foram as principais realizações de Luís XIV?Criou uma marinha mercante, além de fábrica, estradas, pontes e canais. Em 1669, teve início a reforma e ampliação do palácio de Versalhes, edificado sobre um antigo pavilhão de caça de Luís XIII, tornou-se um gigantesco e luxuoso palácio, modelo para a vida na corte em diversos países europeus.
Por que dizemos que o rei Luís XIV foi considerado o maior rei absolutista da Europa?O rei Luís XIV (1643-1715), conhecido como “Rei Sol”, personificou todas as características do absolutismo, e a ele foi atribuída a frase “O Estado sou Eu”. Essa característica de representação completa do Estado fazia do rei um elemento político absoluto. Daí vem o termo absolutismo.
Qual era o objetivo de Luís XIV?No reinado de Luís XIV, a arte é oficialmente organizada para servir a glória do príncipe e vai se tornar um instrumento do poder. É elaborada uma filosofia da soberania a partir de argumentos baseados na história da Antiguidade e em uma ideia de governo inspirada por Maquiavel.
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Qual foi a característica mais marcante do governo de Luís XIV sua resposta?
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