Qual a diferença do remedio generico para o original

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Atualmente os medicamentos genéricos estão muito presentes no cotidiano dos brasileiros. Afinal, o seu valor é consideravelmente inferior ao dos remédios em versões originais. No entanto, diante de um preço muito menor, é comum que surjam dúvidas em relação à qualidade desse tipo de produto.

As suspeitas englobam se o medicamento genérico é confiável, se realmente funciona no tratamento de patologias e por que em determinadas situações, alguns médicos receitam somente a versão original, entre outras. Além disso, os pacientes desejam saber por que o seu valor é tão inferior.

Felizmente, os remédios genéricos são confiáveis e podem ser a primeira opção da população. A sua política começou em 1999, completando 20 anos de existência de leis rigorosas e fiscalização em relação à indústria farmacêutica.

Neste artigo, conversaremos mais sobre quais são os fatos que comprovam a eficácia dos medicamentos genéricos, por que o seu valor é menor do que os remédios originais e como é possível aderir ao reembolso dos custos desses produtos na Cemig Saúde. 

Para elaborá-lo, contamos com a ajuda da dra. Ameliana de Paula Silotti Moreira, auditora farmacêutica da Cemig Saúde e mestre em pediatria pela UFMG. Boa leitura!

1. Têm a mesma qualidade que os remédios originais

Os medicamentos genéricos são comercializadas há um bom tempo. O começo de sua história ocorreu nos Estados Unidos, no início da década de 1960. Desde então, mais de 50 anos se passaram, e essa indústria não para de crescer em todo o mundo.

Apesar de ser um termo bastante presente no dia a dia da população, poucas pessoas realmente sabem o que são esses remédios. Os genéricos são medicamentos com o mesmo princípio ativo (ou fármaco), dose e forma farmacêutica que os originais — ou seja, os de referência.

Isso significa que o medicamento de referência é inovador, uma vez que foram feitas várias pesquisas para determinar a sua fórmula, eficácia, posologia, efeitos colaterais e outros tópicos importantes. A partir do remédio de referência, cria-se uma cópia idêntica, que é o medicamento genérico.

É importante frisar que, para ser considerado genérico, todos os componentes devem seguir o mesmo padrão do medicamento referência, medidos em testes, o que determina uma qualidade equivalente. O genérico deve ter o que se chama de “a mesma bioequivalência e biodisponibilidade do medicamento inovador”, aponta a Dra. Ameliana.

Ainda, é importante salientar que o genérico é diferente do que recebe o nome de medicamento similar, que é uma cópia parcial. Isso quer dizer que ele não é composto inteiramente pela fórmula do remédio de referência. “O similar é bioequivalente, mas não tem a mesma biodisponibilidade”, explica a Dra. Ameliana.

2. São regulamentados pela Anvisa

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão brasileiro responsável pela proteção da saúde de toda a população do Brasil. Para tanto, são criadas legislações e regulamentos técnicos, assim como promovidas fiscalizações, a fim de controlar sanitariamente a produção, distribuição e comercialização de fármacos.

De acordo com a Lei 5.991/1973, os medicamentos englobam todos os produtos farmacêuticos com finalidade curativa, profilática, paliativa ou para realizar diagnóstico. Assim, qualquer produto com esse fim, independentemente da sua natureza (animal, vegetal, mineral ou sintética), é considerado medicamento, sendo necessário registro na Anvisa para ser fabricado e comercializado.

Para tanto, a agência avalia toda a documentação administrativa e técnico-científica dos fármacos, a fim de assegurar a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos. Após a aprovação, a Anvisa continua a monitorar as drogas, a fim de avaliar a ocorrência de eventos adversos e problemas relacionados ao seu uso.

Para que determinado laboratório tenha um medicamento genérico para controlar a Diabetes aprovado, por exemplo, é preciso comprovar a eficácia, ter formulação idêntica à original e benefícios maiores que os riscos para a população. “O laboratório que o fabrica apresenta os resultados para a Anvisa e a Anvisa faz a contraprova, se não ficar idêntico o laboratório só poderá registrar como similar ou deve refazer a fórmula até ficar idêntico”, detalha a Dra. Ameliana.

3. Passam por rígidos testes de qualidade

Após algum laboratório realizar a cópia de um remédio de referência, é necessário provar para a Anvisa que o medicamento é idêntico ao original. Para tanto, é fornecido à Agência um material técnico que explica todos os procedimentos realizados e a veracidade dos fatos. Além disso, é necessário que a empresa que fabricou o genérico apresente os resultados de testes de laboratório e as técnicas utilizadas no processo de fabricação.

A Anvisa, além de analisar toda a documentação, realiza a contraprova. Isso significa que alguns testes são escolhidos e replicados. Então, os resultados são comparados com os que foram fornecidos pelo laboratório e devem ser iguais.

Caso não sejam, a droga é recusada e devolvida para o laboratório, que terá de modificar a fórmula até que ela fique idêntica à original. Se não forem exatamente iguais, a empresa só pode registrar o remédio como similar, e não como genérico.

Por que os genéricos são mais baratos?

O preço dos medicamentos genéricos, que pode ser consideravelmente mais baixo, causa muita desconfiança no consumidor. No entanto, a diferença de valores tem uma explicação bastante fácil de entender.

No passado, as patentes dos medicamentos, ou fórmulas originais, pertenciam à empresa que os criava. Assim, elas podiam cobrar o preço que lhes interessava, o que, em alguns momentos, tornou-se insustentável para a população, que precisa envelhecer com saúde.

A partir da necessidade de drogas mais acessíveis, foi criada a Lei dos Genéricos, que prevê que as patentes dos medicamentos de marca podem ter duração máxima de 20 anos.

Após esse período, qualquer laboratório pode criar remédios com a mesma formulação, ou seja, fazer cópias. Isso é possível porque a “receita” das drogas, com todos os detalhes, será divulgada para a indústria farmacêutica

Como não é preciso investir recursos em pesquisas, testes e outras fases da criação de medicamentos, os genéricos são muito mais baratos, mas apresentam a mesma qualidade da formulação original.

Como funciona o reembolso dos custos com medicações na Cemig Saúde?

A Cemig Saúde reembolsa 80% do valor do medicamento genérico prescrito com receita. Para tanto, o paciente deve enviar o cupom fiscal de sua compra e a receita. Esse processo pode ser feito pela própria plataforma do plano ou aplicativo.

Para começar, a pessoa precisa fornecer seu login, usando a mesma senha e usuário do portal. Então, deve selecionar a opção “reembolso” e clicar no sinal de “+”, para incluir uma nova solicitação. Nesse espaço, informa-se o tipo de documento, se nota fiscal, cupom ou recibo. É preciso preencher o número do documento e a data em que a compra foi realizada, devendo sempre ficar atento à validade do comprovante.

Informe, também, os dados do estabelecimento onde a compra ou o serviço foram realizados, como CPF/CNPJ, nome, estado e cidade. Por fim, clique em “Adicionar despesa”. Em seguida, escolha o beneficiário e marque o tipo de despesa, a quantidade e o valor e clique em “Incluir despesa”. Para isso, você pode usar a busca ou o leitor de código de barra.

Agora, clique em “próximo”, para incluir os comprovantes da despesa. Basta selecionar o ícone que parece um clipe e, em seguida, escolher as imagens, uma de cada vez. Pronto! A solicitação será analisada pela equipe da Cemig Saúde. Se todas as informações estiverem corretas, o reembolso será feito em até 30 dias.

Entendeu por que os remédios genéricos são confiáveis? Esse tipo de medicação tem a qualidade comprovada e valores muito inferiores, contribuindo para a economia dos gastos com drogas. Ao final do mês, esse valor é bastante significativo, não é mesmo?

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Qual o melhor remédio genérico ou original?

O preço baixo não é motivo para questionar a eficácia desses remédios. Os genéricos contêm o mesmo princípio ativo na mesma dose e forma farmacêutica que as versões com marca (originais). Também apresentam eficácia e segurança equivalentes —tudo comprovado cientificamente junto ao órgão regulador, a Anvisa.

Tem diferença entre remédio genérico é original?

A fórmula do genérico é a mesma do remédio original, com o mesmo princípio ativo, concentração e ação no organismo. A diferença é que não pode ter marca - a embalagem deve apresentar apenas o princípio ativo que está na fórmula, como Paracetamol ou Ácido acetilsalicílico, por exemplo.

Por que os medicamentos genéricos são mais baratos?

São mais baratos por serem cópias de medicamentos já conhecidos e não precisam de investimento em pesquisa para o seu desenvolvimento.

Qual a marca de genérico mais confiável?

1) Neo Química – 24.859.004 unidades vendidas. 5) Teuto Brasileiro – 10.386.335 unidades vendidas. 8) EMS Pharma – 8.825.891 unidades vendidas. 13) Medley – 7.109.684 unidades vendidas.