Quais são os tipos de backbone?

Tecnologia

Em tradução direta, a expressão em inglês “backbone” significa “espinha dorsal”. Na prática, o termo mais apropriado para ela é “rede de transporte” e tal qual uma espinha dorsal ela é um elemento essencial para que a internet possa existir.

Sem esse mecanismo seria praticamente impossível acessar os sites que visitamos hoje. É por meio dos backbones que a informação circula, seja enviada pelo usuário ou recebido a partir dos servidores. Entender como se dá o seu complexo funcionamento também nos ajuda a compreender como a internet funciona.

Como os backbones funcionam?

Imagine uma grande rede interligada. No mundo das telecomunicações, os backbones são os responsáveis por interligar as operadoras de internet aos servidores externos, sejam eles nacionais ou internacionais. Esse processo ocorre em questão de segundos e não chegamos a nos dar conta de quão intrincadas são essas conexões.

Quando você tenta acessar uma página essa requisição vai para a sua operadora de internet, que a partir dali busca o servidor no qual essa informação está. Uma vez que o servidor seja localizado e envie a resposta, as informações são reencaminhadas pela sua operadora até o seu computador ou smartphone.  

Da mesma forma que ele permite a conexão do seu PC com redes maiores, o backbone conecta ainda você às redes menores, o que torna essa rede de comunicação bastante complexa. Esse direcionamento de tráfego ocorre o tempo todo, em velocidades altíssimas e em volumes altos.

Backbones no Brasil

O primeiro backbone instalado no Brasil data de 1992. Durante a primeira fase da internet no país – que foi de 1991 a 1993 – a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) conduziu um projeto que interligava dez capitais brasileiras e o Distrito Federal, oferecendo conexões com capacidades de 64 kbps.

As primeiras cidades contempladas foram: Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. As pesquisas para a criação dessa rede, no entanto, começaram cinco anos antes, em 1988, em uma parceria entre universidades do Sudeste, do Sul e dos Estados Unidos.

Atualmente, além da RNP, a outros backbones em funcionamento.  Empresas como Embratel (o maior deles no país), Oi, KDD Nethal, Comsat Brasil, Level 3 (Impsat/Global Crossing), AT&T, NTT, UOL Diveo, CTBC, Mundivox do Brasil, Telefonica e TIM Intelig prestam esse tipo de serviço.

 Além dos backbones nacionais há aqueles em escala estadual. É o caso dos seguintes: ANSP (SP), Rede Norte-riograndense de Informática (RN), Rede Pernambuco de Informática (PE), Rede Rio (RJ), Rede Tchê (RS) e REMAV (Redes Metropolitanas de Alta Velocidade).

Por fim, há ainda a rede internacional de backbones. A ligação entre os continentes é feita por meio de cabos de fibra óptica submersos. Você pode conferir um mapa completo dessas conexões no site Submarine Cable Map.

A espinha dorsal da internet

O funcionamento da internet como conhecemos hoje não seria possível se não fosse pela estrutura de backbones. São essas pequenas conexões entre redes pontuais que permitem que o acesso às informações seja mais rápido, independentemente da localização dos servidores. Caso contrário, as requisições teriam que viajar longas distâncias até encontrar os parâmetros necessários, o que resultaria em um tempo de espera muito maior para o recebimento dos dados.

Com a demanda cada vez maior por internet de alta velocidade em todo o país, investimentos são realizados para que novas rotas sejam abertas todos os anos. A região brasileira que mais tem recebido investimentos em infraestrutura de redes de alta capacidade e fibra óptica é o Nordeste. 

Segundo a Anatel, somente em 2018 houve um aumento de mais de 30% no total de acessos realizados por provedores de internet no Nordeste, passando de 1.061.278 pontos de acessos, em janeiro de 2018, para 1.388.571, em dezembro do mesmo ano. Em outras regiões o fenômeno é similar, ainda que em menor escala, seja pelo fato de a demanda ser menor ou pela existência de redes suficientes.

Fonte(s): Copel Telecom, Canaltech, Exame, Telium, Com Stor e Oficina da Net

Backbone ("espinha dorsal" ou "rede de transporte", em português) é uma rede principal por onde os dados dos clientes da internet trafegam. Ele controla o esquema de ligações centrais de um sistema mais abrangente com elevado desempenho.

O backbone é o responsável pelo envio e recebimento dos dados entre diferentes localidades, dentro ou fora de um país. Essa grande espinha dorsal é dividida em partes menores com a finalidade de impedir que o tráfego e a transmissão de dados sejam lentos. No entanto, por continuar a ser a rede principal, o backbone faz a conexão de todas as redes menores, sendo possível, então, acessar qualquer rede por meio dele.

Ao enviar um email, por exemplo, o usuário na verdade está enviando dados de uma rede local para o backbone, que depois encaminha a outra rede local até que a mensagem chegue ao destino. Ao acessar um site, o procedimento acontece similarmente, onde o tráfego de informações passa necessariamente pelo backbone antes de chegar à rede local do usuário.

Na Internet encontram-se vários backbones divididos hierarquicamente, com o objetivo de manter sistemas internos com elevado desempenho a fim de controlar e monitorar o tráfego de dados. Existem os backbones de ligação intercontinental que são derivados dos backbones internacionais, sendo os backbones nacionais derivados destes.

Tecnicamente falando, os backbones precisam ser concebidos com protocolos e interfaces condizentes ao débito que se pretende utilizar. Desses protocolos, entre os utilizados destacam-se o ATM e o Frame Relay. Já no quesito hardware, a fibra óptica e a comunicação sem fios são os mais utilziados.

Os pontos de acesso que significam um por cada usuário do sistema são comuns na periferia. Cada um desses pontos de acesso impõem a velocidade total do backbone. Para exemplificar: se uma operadora fornece 10 linhas de 1 Mbit cada uma, ela obrigatoriamente precisa dispor de um backbone superior a 10 Mbit, levando em consideração uma margem de tolerância.

Hoje em dia a principal tecnologia utilizada nas redes de transporte é a SONET / SDH, ainda que outras como a Carrier Ethernet ainda fazem parte das redes.

No Brasil, as empresas Telefónica, Embratel, Global Crossing, Brasil Telecom, Telecom Italia e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) fornecem esse serviço.

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O que são backbones de 3 exemplos?

De um modo geral, temos três tipos de backbones em funcionamento. Os nacionais, com a finalidade de manter a comunicação entre as diferentes regiões do país. Os backbones internacionais, responsáveis pela conexão entre países de um mesmo continente. E os intercontinentais, que ligam países de diferentes continentes.

Quantos backbones existem no mundo?

Apesar de enorme, este é só mais um dentro do grande universo de backbones submarinos espalhados pelo planeta Terra. Hoje, pode-se dizer que existem cerca de 190 cabos deste tipo em operação (ou sendo construídos) no fundo dos nossos oceanos.

Qual o maior backbone do mundo?

Graças a essa eficiência, os backbones marinhos crescem cada vez mais. Atualmente, o maior cabo de todos é o SeaMeWe 3. Ele conecta nada menos do que 32 países, saindo da Alemanha e chegando até a cidade de Keoje, na Coreia do Sul.

Qual a função backbone?

O backbone pode ser visto como um intermediário na transmissão de mensagens e dados entre redes locais. Servidores distantes que precisam trocar dados os enviam, primeiramente, ao backbone encarregado no local. Ao ligar operadoras a servidores externos, estas estruturas transmitem dados com velocidades altíssimas.